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Complexo Itaquera O CENTRO NA PERIFERIA
MONICA SOARES MARAGNO Junho | 2019
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CENTRO UNIVERSITÁRIO BELAS ARTES DE SÃO PAULO ARQUITETURA E URBANISMO
Complexo Itaquera O CENTRO NA PERIFERIA MONICA SOARES MARAGNO Orientador: Vasco de Mello
Trabalho Final de Graduação Apresentado ao Centro Universitário Belas Artes de São Paulo São Paulo Junho | 2019
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Agradecimentos
À Deus acima de tudo , essencial em minha vida, autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia. À minha mãe Francisca Soares, minha melhor amiga e companheira, pelo amor, incentivo e apoio incondicional, pela dedicação de sempre dar o seu melhor para me ajudar a alcançar meus objetivos e me incentivar a ser uma pessoa melhor e não desistir dos meus sonhos , e mesmo se a jornada for dura terei seus braços abertos para me amparar e aconselhar. Ao seu amor imensurável , e ao total orgulho da melhor mãe que eu poderia ter. Ao meu pai Adauto Maragno, pelos ensinamentos e sabedoria no qual me concedeu e por me fazer entender que o futuro é feito a partir de constante dedicação no presente. À Vilma Tereza, minha companheira de 4 patas, meu ponto de equilíbrio e amor. Ao Felipe Duarte que ao longo desses meses me deu não só força, mas apoio, paciência para vencer essa etapa da vida acadêmica e por suportar as crises de estresse e as madrugadas
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exaustivas que me acompanhou fazendo os trabalhos, me alimentando e contando os minutos de revezamento entre dormir e projetar. Obrigada por independentemente das situações ter se mantido firme com a certeza e sua incansável e hilária forma de me encorajar a concluir minha graduação. Á todos que serão citados agradeço imensamente por me conhecer e aceitar como pessoa , obrigada pelo apoio, atenção e conexão, acredito que nada nessa vida é por acaso , e agradeço a Deus e a vida por me proporcionar esse encontro com todos vocês. À Ariana Bezerra, minha amiga com quem passei esses últimos 5 anos, estando sempre ao meu lado dentro e fora da faculdade, obrigada por me compreender, ensinar e apoiar em tantos momentos da minha vida. À Thaís Bastos pela amizade e apoio em diferentes etapas da minha vida acadêmica e pessoal, no qual serei eternamente grata, irmã “postiça” de alma e coração que a vida me deu. À Elisabeth Salazar, pelo apoio, compreensão
e por ter me ajudado desde a concepção a elaboração deste trabalho, amiga de trabalho com a qual criei laços que levarei por toda minha vida. À Thayna Ribeiro pelo incentivo e grande ajuda com o fortalecimento de material para a realização deste trabalho. Ao Italo Temoteo por todo apoio em situações diversas que passamos juntos, a disposição e o carinho que propuseram momentos de aprendizado e alegria. Aos amigos Veridiana Alves, Elaine Guerreiro, Icaro Rodrigues, Fernanda Almeida, Mariane Araújo, Suellen Oliveira, Viviane Mendes, Marcela Simão, Queila Andrade e Francisco, pelo apoio e incentivo. À Eneida Heck minha mentora de estágio, pelas contribuições valiosas, apoio e carinho, por sempre se dispor em ajudar, pelos cuidados e preocupações afetuosas, servindo de exemplo para que eu me tornasse uma profissional melhor a cada dia. À equipe da SPurbanismo, Priscila Gyenge, Luciana Costa, Rafael, Lucy, Lucia Lumi e
Vladimir Ávila, por toda a ajuda e apoio durante este período tão importante da minha formação acadêmica. À esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram a janela que hoje vislumbro um horizonte superior. Ao meu orientador Vasco de Mello pelo suporte, apoio e confiança. À todos os professores em especial, Ivanir de Abreu, Débora Sanches, Cristina Ecker e Mônaco por me proporcionar o conhecimento não apenas racional, mas a manifestação do caráter e afetividade da educação no processo de formação profissional, meus eternos agradecimentos. À todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da minha pesquisa.
MUITÍSSIMO OBRIGADA!
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Dedico este trabalho aos meus pais pela educação que me deram e a base perfeita para construir meu saber.
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1.
Sumário 1.1 Introdução | p. 14 1.2 Justificativa | p. 16 1.4 Metodologias | p. 19 Fundamentação Teórica | p. 21 2.1 Expansão Urbana - Cidade fragmentada | p. 22 2.2 Segregação espacial | p. 24
4. 5.
O projeto | p. 88 5.1 Projeto | p. 88 5.2 Diretrizes Projetuais | p. 89 5.3 Quadro de áreas | p. 90 5.4 Implantação | p. 92 5.5 Ampliações | p.94 5.6 Corte Urbano | p. 96
2.7 Cidade Policêntrica | p. 44
5.7 Perspectiva Axonometrica Explodida | p.98 5.8 Diagrama Geral | p. 100
Área de Intervenção - Itaquera| p. 47
5.9 Planta perspectivada | p. 101
3.1 Contexto histórico| p. 48
5.10 Masterplan - Renders | p. 102
3.2 Contexto Urbano | p. 51
5.11 Instrumentos urbanísticos | p.104
3.3 Cheios e vazios | p. 52
5.12 Habitação de Interesse Social | p. 108
3.4 Topografia | p. 53
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4.1 Parque Santo Amaro V | p. 74 4.3 Urban 21 - Um novo olhar para os vazios | p.82
2.6 Formação e construção da identidade | p. 38
3.7 Favelas e ocupações em áreas de risco | p. 56
Referências | p. 73 4.2 Ágora tech Park | p. 78
2.5 Gentrificação: exclusão e resistência popular | p. 34
3.6 Uso e Ocupação | p. 55
3.10 Operação Urbana Rio Verde JAcu | p.62
3.13 Levantamento Fotográfico | p. 70
2.4 Movimentos pendulares | p. 32
3.5 Hidrografia e Áreas Verdes | p. 54
3.9 Equipamentos | p. 60
3.12 Legislação vigente | p.66
2.3 Cidade dormitório - Zona Leste | p. 28
3.
3.8 Sistema Viário | p. 58
3.11 Polo Institucional Itaquera - OUCRVJ
Considerações Iniciais | p. 13
1.3 Objetivos | p. 18
2.
3.
6. 7.
5.13 Renders | p. 110 Considerações finais | p. 119 Referências Bibliográficas | p. 123
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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1.1 INTRODUÇÃO
1.1 INTRODUÇÃO
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A concentração da pobreza na cidade de São Paulo produziu uma expressão dúbia do espaço: de um lado a cidade formal, que concentra os grandes centros, investimentos, infraestrutura e do outro a cidade informal que possui grande fragilidade urbana e social e que cresce de forma desmedida e desordenada, evidenciando as grandes problemáticas geradas por um processo urbanístico segregatório e sem planejamento. Como resultado de um processo de urbanização segregado encontram se oportunidades fragmentadas, enquanto as regiões centrais possuem infraestrutura de qualidade, moradias, acesso a empregos, serviços, lazer e cultura, as regiões periféricas configuram se como cidades dormitórios, despidas de todo investimento público, sendo necessários grandes deslocamentos para se ter acesso a todo tipo de oportunidade,
A criação de novas e centralidades nas periferias movimenta a economia, gera empregos e principalmente possibilita capacitação profissional e educacional para os moradores dessas regiões inserindo os na sociedade de forma plena e não segregada, novas centralidades atraem novos investimentos que por sua vez atraem mais pessoas, requalificação dos espaços e mais oportunidades. Portanto a redução dos problemas ocasionados do processo desenfreado da expansão urbana , pode ser solucionada através do planejamento urbano, utilizando mecanismos de sustentabilidade urbana e adequando aos parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo. A proposta de intervenção dessa área é fundamental para o reordenação da cidade, contribuindo com melhorias nas condições urbanas, habitacionais e qualidade
dessa forma trabalhar, estudar e se valer dos benefícios que a cidade propicia se torna um processo dispendioso. Cidades Insustentáveis com desigualdades socioterritoriais, e problemáticas no âmbito urbanístico como moradia digna, falta de direito a cidade, defasagem de equipamentos públicos e áreas de lazer de qualidade. Assim como a maioria das cidades brasileiras, Itaquera necessita de requalificação urbana em seus assentamentos precários e espaços ociosos.
de vida da população.
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1.2 JUSTIFICATIVA O extremo leste da cidade hoje mais conhecido como “área dormitório”, se dá em função da baixa oferta de postos de trabalho e a alta densidade populacional. Por isso, o propósito principal deste estudo é criar polos voltados à atração de atividades econômicas para a geração de empregos e de renda para a região. A fim de diminuir os deslocamentos entre o Centro e o extremo Leste, que penalizam tanto a cidade como seus moradores, e a implantação do parque linear rio verde requalificando o espaço e a vida urbana. A extensão da avenida Jacu Pêssego até o Rodoanel Sul coloca essa porção territorial em condições privilegiadas no que diz respeito ao acesso às principais rotas de conexão entre São Paulo, o Porto de Santos, o Aeroporto de Guarulhos e outras cidades e estados. Servindo como ligação alternativa transitória ao trecho leste do Rodoanel. Com estas iniciativas, o caráter regional de Itaquera é consolidado como centro polarizador dos investimentos públicos na região para reestruturação urbana a ser empreendida e amplifica os efeitos destas ações para os bairros do entorno.
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1.2 JUSTIFICATIVA Diante à atual realidade enfrentada nos dias de hoje, torna-se cada vez mais extinto a valorização do espaço público de qualidade e a sua utilização, para que isso aconteça é preciso ter um espaço atrativo para ser frequentado e convidativo aos olhos dos usuários. Compreende-se que o Complexo Itaquera como nova centralidade e o parque linear Rio Verde por meio da interação entre instituições de ensino e pesquisa e empresas, oferecerá à população a oportunidade de capacitação tecnológica, isto é, educação formal, técnica e profissionalizante, para absorver a oferta de empregos que é esperada e de outros serviços urbanos que terão seu uso maximizado em função da sua excelente acessibilidade e localização. Originando novas condições, formas de vivenciar e de se construir com cidadania.
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1.3 OBJETIVOS
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1.4 METODOLOGIA
O objetivo é proporcionar um novo centro e um parque linear na região de Itaquera, zona leste de São Paulo, obtendo como público alvo moradores da região em geral, promovendo e fomentando o desenvolvimento da Zona Leste por meio da atração de investimentos públicos e privados, com vistas à geração de renda e criação de empregos, reestruturar a mobilidade, expandir a competitividade das empresas instaladas na região. Além de solucionar questões ambientais com o parque linear, proporcionando oportunidades de espaços de vivência de permanência nas relações cotidianas. A proposta será alicerçada por ações de incentivo a investidores que decidirem investir na região com a instalação ou aumento de suas unidades por meio de Incentivos Seletivos, com a intenção fundamental de capacitação populacional para o desen-
Os estudos devem ser elaborados de maneira interdependente, caracterizando - se como ótimo o resultado de cada trabalho quando este evidenciar a utilização das informações e conclusões das demais áreas técnicas apresentadas e produzidas durante sua confecção. O objetivo é a análise dos seguintes estudos: - Histórico e condições da região: Subprefeitura, Prefeitura de São Paulo, Pesquisas Bibliografia, Pesquisa de campo; - Elaboração de mapas de estudos: Conexões, Viabilidade, Análise, Diagnóstico; - Estudos Urbanísticos: Análise urbana do local; - Estudos de Legislação: PDE, Lei de Parcelamento, Uso e ocupação do Solo 16.402/16, - Estudos econômicos e pesquisas quantitativas: IBGE, Habisp, Spurbanismo, Sehab, Smul;
volvimento socioeconômico, o programa consiste na implantação de equipamentos públicos, além de intensificar a economia regional, transformar Itaquera em um Polo de atrações de investimentos, especialmente os destinados à formação e capacitação profissional, aproximando no tempo e no espaço habitação, trabalho e lazer.
- Estudo de Capacidade de Suporte da Infraestrutura de Mobilidade: Metrô, CPTM, CET, SPObras; - Conhecimentos técnicos arquitetônicos e urbanísticos; - Plano de comunicação: Relatório Fotográfico;
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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2.1 EXPANSÃO URBANA - CIDADE FRAGMENTADA
O crescimento desordenado no processo da urbanização e expansão da cidade foi originado de diversos fatores sociais, políticos e econômicos. A política estatal junto com a influência de uma organização concêntrica da elite dirigente modelaram a forma urbana sobre seus interesses e necessidades. Assim, a cidade começa a ser expandida e segregada, de modo que o centro tenha infraestrutura, moradia e trabalho, território considerado privilegiado, que poucos teriam oportunidade de desfrutar, enquanto a população de baixa renda consequentemente é designada as mais diversas fragilidades urbanas da cidade, configurando uma urbanização dispersa e fragmentada. Dessa forma, além da segregação social, forma-se a segregação espacial interpretada como ocupação central para os ricos versus ocupação periférica para os pobres, iniciando a apropriação de uso e ocupação
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dos espaços urbanos. Os novos bairros que surgiam com centralidades destinados as elites desfrutaram de melhores infraestruturas urbanas e acesso a diversidade de serviços, comércios e espaços públicos de qualidade. Enquanto isso, a população de baixa renda foi coagida a habitar loteamentos irregulares ou clandestinos, distantes do centro, sem infraestrutura, intensificando o crescimento das regiões periféricas e compondo uma geografia social da cidade que se transcende até hoje (ROLNIK, 2017). Diante dessa urbanização acelerada, começam a ser ditadas por grandes companhias os preços territoriais, determinando ocasionalmente qual população seria beneficiada por novas infraestruturas. Formando tanto novos bairros e novas melhorias na malha urbana quanto espaços abandonados e desprovidos de cidade, tal período caracterizou uma política pública urbana que até hoje afeta a população da cidade.
Área urbanizada, segundo períodos de expansão Região Metropolitana de São Paulo 1881-2002
Até 1929
1975 a 1985
1930 a 1949
1986 a 1992
1950 a 1962
1963 a 1974
1993 a 2002
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2.2 SEGREGAÇÃO ESPACIAL
Segundo Teresa Pires do Rio Caldeira (2000), a cidade de São Paulo sofreu três tipos de segregação urbanística. O primeiro tipo de segregação ocorre no fim do século XIX até os anos 1940, formada por pequenos grupos segregados por tipos de moradia; o segundo tipo de segregação, denominada centro-periferia até 1980, destinando as classes média e alta nas áreas centrais com infraestrutura, e as classes mais baixas em áreas periféricas, período em que houve um alto crescimento da metrópole paulistana, como citado anteriormente; e o terceiro tipo ocorre desde 1980, onde diferentes grupos sociais ocupam a mesma região, mas, de forma individualista, com muros altos, condomínios fechados como modelo ideal de moradia e segurança, negando a cidade e sua vivência social. Observa-se que desde o primeiro tipo de segregação , a tendência sempre foi de se
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parar as classes sociais, e para mudar o conceito da intervenção do Estado no planejamento urbano , foi elaborado o Plano de Avenidas. [...] propunha mudar o sistema de circulação da cidade abrindo uma série de avenidas partindo do centro até os subúrbios. Ele exigiu uma considerável demolição e remodelação da região central, cuja zona comercial foi reformada e aumentada, estimulando a especulação imobiliária. Consequentemente, os trabalhadores que não podiam pagar os elevados aluguéis acabaram sendo expulsos do centro[...] Uma das principais causas da concentração da cidade era o transporte coletivo baseava-se no sistema de bondes, que requeria instala
ções caras e, portanto, expandia-se lentamente. Porque esse sistema cobria apenas uma pequena área da cidade, era difícil desalojar os moradores pobres do centro da cidade onde trabalhavam. O lançamento de um sistema de ônibus associado à progressiva abertura de novas avenidas, possibilitou a expansão da cidade em direção a periferia (CALDEIRA, 2003, p. 216217).
Com a vigência da Lei do inquilinato e o Plano de Avenidas, desestimulando a criação de habitações para locação ocasionados pelo congelamento do valor dos aluguéis até 1964. Juntamente com o baixo custo de lotes na periferia , ocasionou a autoconstrução como forma de moradia própria consolidada, com cultura popular até os dias de hoje, seguindo o tipo de segregação da cidade: centro-periferia. (GROSBAUM,2012)
Com as novas aberturas de avenidas em 1930 e o uso do transporte coletivo, possibilitando a compra de terrenos por mais que eram afastados do centro se tornavam acessíveis no preço, mas garantindo a locomoção de casa para o trabalho e com a oportunidade de casa própria, porém desprovidos de infraestruturas e saneamento básico, o que os tornavam dependentes da região central , mesmo com a ineficiente rede de transporte coletivo no qual a população gasta horas para se locomover (CALDEIRA,2000). Região consolidada com a condição de cidade dormitório, sendo um assunto bastante discutido pelo Governo, mas que ainda carece de soluções e intervenções urbanísticas. A grande massa encontrou muitas dificuldades na metrópole que surgia, “a sedução fácil de uma teoria de conveniência harmoniosa e divertida é negada, entretanto, pela geografia socioeconômica das origens” (ROLNIK, 2001, p.45), a cidade que crescia absorveu a mão de obra dos migrantes, mas a periferia, aos olhos do poder público se configurou no habitar dos menos favorecidos (OLIVEIRA, 2015).
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2.2 SEGREGAÇÃO ESPACIAL [...]A expansão horizontal ilimitada, concepção coerente com o modelo radiocêntrico de sistema viário proposto pelo plano de Prestes Maia, viabilizou o lançamento de loteamentos em periferias distantes. A autoconstrução em lotes próprios era, por sua vez, a resposta, do ponto de vista da economia imobiliária, à crise da moradia. (ROLNIK,2017,p.34)
Número de Lançamentos Residenciais Verticais Município de São Paulo 1992 a 2015 Distribuição das Favelas Distribuição das Favelas - Município de São Paulo Município de São Paulo 2017 2017
PERUS
JACANA TREMEMBE
FREGUESIA BRASILANDIA PIRITUBA JARAGUA
SANTANA TUCURUVI SAO MIGUEL CASA VERDE CACHOEIRINHA
ITAIM PAULISTA
VILA MARIA VILA GUILHERME PENHA
LAPA SE
ERMELINO MATARAZZO
MOOCA
GUAIANASES ARICANDUVA FORMOSA CARRAO
PINHEIROS BUTANTA
ITAQUERA CIDADE
VILA PRUDENTE
TIRADENTES
SAPOPEMBA
VILA MARIANA
SAO MATEUS IPIRANGA
CAMPO LIMPO SANTO AMARO
CIDADE ADEMAR
M’BOI MIRIM
CAPELA DO SOCORRO
Favelas Distrito Prefeituras Regionais
PARELHEIROS
0
5
10
Quilômetros
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>
Fonte: Secretaria Municipal de Habitação Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento - SMUL Coordenadoria de Produção e Análise de Informação – Geoinfo .
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Território e cidadania Território e Desigualdades Sociais
Território e Desigualdades Sociais
Conjuntos CD 2006
Conjuntos Cohab
2.3 CIDADE DORMITÓRIO - ZONA LESTE
Território 2006 e cidadania
Território e cidadania
A Zona leste foi caracterizada com ocupações irregulares e ilegais , pois não haviam políticas públicas para produção e subsídio a moradia até meados de 1970, contrariando as normas urbanísticas, formando a desarticulação viária, a insuficiência de áreas de domínio público e a inconclusa implantação dos melhoramentos urbanos.
dos lotes, foram se adensando progressivamente, conformando uma condição mais extrema do que a dos loteamentos irregulares (GROUSBAUM, 2012, p.13)
Por falta de políticas públicas abrangentes para controlar e atender esta demanda, os assentamentos espontâneos se forma como alternativa viável à população sem condições de viabilizar uma habitação pelo mercado formal. As favelas, localizadas nos sítios mais precários e sem nenhum tipo de traçado prévio
Ao passar dos anos e depois alguns movimentos sociais se manifestaram e a população começa a reivindicar seus direitos e sendo reconhecidos perante a cidade, resultando no planejamento de novas moradias e a construção da COHAB, como objetivo era produzir habitações populares a preços acessíveis. (CALDEIRA,2000; OLIVEIRA , 2015; RODRIGUEZ,2013)
[...] desenvolve programas habitacionais e promove a
construção de novas unidades com recursos provenientes do Fundo Municipal de Habitação e de convênios com agentes financeiros, como a Caixa Econômica Federal, outras entidades governamentais e iniciativa privada. Tem, ainda, como uma de suas atribuições, a aquisição e comercialização de terrenos e glebas com a finalidade de provisão de moradia para a população de baixa renda (SOUZA, 2009,S.P.). Mesmo reconhecidos pelas leis, na Constituição e no Estatuto da Cidade, o direito e o acesso pleno aos serviços públicos, as regiões periféricas nascidas do processo fragmentado de formação da cidade, ainda são invisíveis, a população continua estagnada em espaços urbanos, porém distantes do direito e acesso à cidade.
Conjuntos CDHU 2006
Conjuntos Cohab 2006
Conjuntos COHAB - 2006
Território e Desigualdades Sociais
Con 200
Conjuntos Cohab 2006
Território e cidadania
Conjuntos CDHU - 2006
Conjuntos CDHU 2006
Conjuntos Cohab 2006 Distritos
Número de unidades habitacionais 0 De 1 a 300 De 301 a 750 De 751 a 2000
Distritos Número de unidades habitacionais
De 2001 a 3000 3001 e mais
0 De 1 a 300 De 301 a 750 Distritos
Distritos Número de unidades habitacionais2006. Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU, 0 De 1 a 300
De 751 aNúmero 2000 de unidades habitacionais De 2001 a 3000
3001 e mais
0
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Quilômetro
0
A provisão habitacional por parteDedo tem, via de regra, reforçado o padrão de crescimento periférico e a formação de bairros 301Estado a 750 De 1 a 300 De 751 a 2000 em modificar este tipo de ação esbarra na valorização do solo urbano, que dificulta a residenciais monofuncionais. A dificuldade De 301 a 750 De 2001 a 3000 produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorrente do Estatuto da Cidade, algumas ações têm 3001 e mais De 751 a 2000 de população de baixa mudado este panorama, valendo-se principalmente de instrumentos urbanísticos que garantem a presença De 2001 a 3000 renda em áreas mais valorizadas pelo mercado.
3001 e mais
A precariedade habitacional reflete distintas estratégias de sobrevivência das classes populares diante das contingências cotidianas. A favela e o cortiço refletem a busca por melhores localizações do ponto de vista0 da acessibilidade e18 das relações comunitárias, 6 12 Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU, 2006. Quilômetro Fonte: Cadastro Unificado dos Sehab/Cohab/CDHU, 2006.juntamente com os conjuntos importantes para a sobrevivência pobres. Já os loteamentos, habitacionais, são os principais responsáveis pela expansão horizontal da cidade em direção às periferias. Constituem, portanto, soluções mais ligadas à propriedade A provisão habitacional por parte do Estado tem, via de regra, reforçado o padrão de crescimento periférico e a formação de bairros territorial, mesmo que informal, agravadas pelos altos custos sociais de mobilidade que são requeridos.
residenciais monofuncionais. A dificuldade em modificar este tipo de ação esbarra na valorização do solo urbano, que dificulta a produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorrente do Estatuto da Cidade, algumas ações têm mudado este panorama, valendo-se principalmente de instrumentos urbanísticos que garantem a presença de população de baixa Fonte: Cadastro Unificado Sehab/Cohab/CDHU, 2006. renda em áreas mais valorizadas pelo mercado.
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A provisão habitacional por parte do Estado tem, via de regra, reforçado o padrão de residenciais monofuncionais. A dificuldade em modificar este tipo de ação esbarra Olhar São Paulo 56 A precariedade habitacional reflete distintas estratégias de sobrevivência das classes populares diante das contingências cotidianas. A produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação decorre favela e o cortiço refletem a busca por melhores localizações do ponto de vista da acessibilidade e das relações comunitárias, importantesmudado para a sobrevivência pobres. Já os loteamentos, juntamente com conjuntos são osvia principais A provisão habitacional porosparte dohabitacionais, Estado tem, de regra, reforçado estedospanorama, valendo-se principalmente de instrumentos urbanísticos 29 oqp responsáveis pela expansão horizontal da cidade em direção às periferias. Constituem, portanto, soluções mais ligadas à propriedade residenciais monofuncionais. A dificuldade em modificar este tipo de ação renda em áreas mais valorizadas mercado. territorial, mesmo que informal, agravadas pelos altos custos sociais depelo mobilidade que são requeridos.
produção de moradia social. Mais recentemente, e com apoio da legislação
Anhangüera
Quadroespacial Econômico Distribuição da atividade econômica Distritosformais, segundo setores de atividade econômica Empregos Distritos do Município de São Paulo Variação Distribuição espacial daIndústria atividade econômica Empregos formais, segundo setores de atividade econômica 2004 13.064 Distritos do Município de São Paulo
Bandeirantes
Território e Desigualdades Sociais Território e Desigualdades Sociais Pres. Dutra
Ayrton Senna
Empregos formais, segundo setores de atividade econômica 0,00 2004 Anhangüera Bandeirantes Distritos do Município de São Paulo -13.796 2004 Distribuição espacial da atividade econômica Indústria Comércio Número de empregos,
Jacu-Pêssego
Território e oportunidades econômicas Marginal Território Tietê e oportunidades Variação econômicas dos empregos formais 1996-2001
Entende-se a periferia, uma área mesVariação dos empregos formais 1996/2001 Variação dos empregos formais mo que urbanizada , está territorialmente disMarginal 1996/2001 Pinheiros tante das centralidades de extensão , ao contexto urbano e á condição de cidade. Anhangüera
por áreas de ponderação
Distritos
Bandeirantes
Variação
Av. Brig. Faria Lima
Ayrton Senna
Jacu-Pêssego Pres. Dutra
Jacu-Pêssego Número de empregos, por áreas de ponderação
Número de empregos, por áreas de ponderação
Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Av. Brig. Faria Lima
Av. Brig. Faria Lima
Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Marginal Trabalhadores Pinheiros
Trabalhadores
Pres. Dutra
Marginal Tietê
Av. Brig. Faria Lima
Anchieta
Av. Brig. Faria Lima
Imigrantes Anchieta Av.de do Moraes Estado Av. Prof. Abraão Av.Imigrantes Ricardo Jafet Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Dom Pedro I
Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Anhangüera
Pres. Dutra
Trabalhadores
Anchieta Marginal Av. do TietêEstado
Pres.
Av. Brig. Faria Lima
Av. do Estado
Imigrantes Av. RicardoImigrantes Jafet Av. Prof. AbraãoAv. deDom Moraes Av. Prof.I Abraão de Moraes Pedro Av. Ricardo Jafet Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I Av. Dom Pedro I
Pres. Dutra
Marginal Tietê
Trabalhadores
Av. Brig. Fa
Pres. Dutra
Marginal Pinheiros Anchieta
Trabalhadores
Av. do Estado Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Brig. Faria Lima Av. Dom Pedro I
Av. Brig. Faria Lima
Anchieta Av. do Estado
Anchieta Av. Brig. Faria Lima Av. do Estado Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Trabalhadores
Marginal Bandeirantes
Marginal Tietê Marginal Pinheiros
Anchieta Imigrantes Anchieta Av.Av. doProf. Estado Abraão de Moraes
Bandeirantes
Pres. Dutra
Marginal Pinheiros
Marginal Tietê Marginal Pinheiros
Av. Paulista Av. Brig. Faria Lima
Anhangüera
Tietê
Av. Brig. Faria Lima
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Anchieta Imigrantes Av. do Estado Av. Prof. Abraão de Moraes Imigrantes Av. Ricardo Jafet Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Dom Av. Pedro I Jafet Ricardo
Trabalhadores
Trabalhadores
Marginal Pinheiros
Trabalhadores
Bandeirantes
Bandeirantes
Anhangüera
Pres. Dutra
Serviços Pres. Dutra
Serviços
Marginal Trabalhadores Pinheiros
Bandeirantes
Marginal Tietê
Marginal Marginal Tietê
Anchieta Av. do Estado
Av. Brig. Faria Av. Lima do Estado
Anchieta Av. do Estado
Pres. Dutra
Imigrantes Marginal Av. Prof. Abraão de Moraes Pinheiros Av. Brig. Faria Lima Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro Av. I Brig. Faria Lima
Av. Brig. Faria Lima
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Anhangüera
Comércio
Pinheiros Trabalhadores Marginal Pinheiros
Marginal Pinheiros
Av. Brig. Faria Lima
Tietê
Pres. Dutra
Marginal Tietê
Av. Brig. Faria Lima
Marginal Pinheiros
Bandeirantes
Bandeirantes
Trabalhadores
Bandeirantes
Pres. Dutra
Marginal Tietê
Marginal Pinheiros
Av. Paulista
Anchieta Av. do Estado
Indústria Pres. Dutra Anhangüera
MarginalMarginal PinheirosTietê
13.796 8.253 3.641 932 2
932 2
Marginal Pinheiros
Marginal Tietê
-13.796
13.796 Anchieta 8.253 Av. 3.641do Estado
Marginal Tietê
Marginal Pinheiros
Anhangüera
Bandeirantes
Pres. Dutra
0,00
Ayrton Senna
Serviços
Anhangüera
Tietê
13.064
-13.796
Marginal Tietê
Bandeirantes
Variação
0,00
A
Bandeirantes
Trabalhadores Anhangüera Distritos do Município de São PauloAnhangüera Bandeirantes Serviços - 2004 Comércio Empregos formais, segundo setores de atividade econômica 2004 Marginal Marginal
Anhangüera
Anhangüera
13.064
Pres. Dutra
Áreas inteiras já consolidadas, com infraestrutura completa, ainda carregam a marca de um processo de ocupação ex post, ou seja, em que a cidade chegou Território e Desigualdades Sociais muito depois dos moradores e suas casas. (ROLNIK,2017, p. 67)
Distritos
Anhangüera
espacial da atividade IndústriaDistribuição Comércio Empregos formais, segundo setores deeconômica atividadePres. econômica Dutra
Bandeirantes Indústria
Bandeirantes
Anhangüera
13.796 Anhangüera 8.253 3.641 932 2
Se
Comércio
Anchieta Av. do Estado
Av. Paulista Anchieta
Anchie Av. do
Imigrantes Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Prof. Abraão de Av. Ricardo Jafet Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Av. Eng. Luiz CarlosAnchieta Berrini Av. do Estado Av. do Estado
Imigrantes Imigrantes Av. Abraão Moraes Av. Prof. Prof. Abraão de de Moraes Av. Ricardo Ricardo Jafet Av. Jafet Av. Dom Dom Pedro I I Av. Pedro Av. Paulista
Av. Dom Pedro I Portanto, a infraestrutura que Território as torna e oportunidades econômicas Av. Paulista Av. Paulista Av. Paulista Av. Paulista O mapa de variação de empregos indica forte crescimento na oferta de Av. Paulista parte da cidade, não integra plenamente e fiAv. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Ber Av. Eng. Luiz Carlos Berrini Av. Eng. Luiz Carlos Berrini empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros. Variação dos empregos formais Número de Empregos Número de Empregos sicamente na condição de “ser cidade”.1996/2001 A Zona Outras regiões também se destacam, sobretudo Barra Funda e Vila Mariana. O mapa de variação de empregos indica forte crescimento na oferta deainda pequenas variações positivas espalhadas pela cidade, Observam-se Leste foi precariamente urbanizada através da empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros. 15.951 20.644 Número de Empregos principalmente na zona na leste. Número de Empregos Número de Empregos 9.132 Outras regiões também se destacam, Barra e Vilaindica Mariana. O mapa sobretudo de variação de Funda empregos forte crescimento ofertaJá de os círculos em azul indicam áreas que 10.992 4.081 necessidades de seus residentes , ainda hoje 5.122 Observam-se ainda pequenas variaçõesnopositivas espalhadas pela cidade, empregos eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros. Númer perderam empregos formais. A indústria é a responsável por boa parte das Número de Empreg 1.045 Número de Empregos Número de 1.469 Empregos Número de Empregos Número deEmpregos Empregos Número de Empregos Número de Empregos Número de 1 principalmente na zona leste. Já os círculos em azul indicam áreas que Barra Funda e Vila Mariana. Outras regiões também se destacam, sobretudo 10 perdas no período citado, tal como ocorre na Lapa, na Vila Leopoldina, na desprovidos da cidade no quesito direito a perderam empregos formais.Observam-se A indústria éainda a responsável por boa parte das pequenas variações positivas espalhadas pela cidade, 63.950 15.951 região central em áreas próximas perdas no período citado, talprincipalmente como ocorre na Vila Leopoldina, naeem naLapa, zonana leste. Já os círculos azul indicam áreas que à Av. do Estado. É importante dizer que o 20.644 15.951 20.644 9.132 moradia digna, oportunidades de trabalho, 38.332 10.992 9.132 região central e em áreas próximas à Av.empregos do Estado.formais. É importante dizer que o perderam A indústria é a responsável por boade parte das 4.081 10.992 mapa expressa o saldo empregos formais. Pode haver, portanto, 5.122 4.081 16.098 1.045 5.122 1.469 mapa expressa o saldo deperdas empregos formais. Pode portanto, no período citado, tal haver, como ocorre na Lapa, na Vila Leopoldina, na 1.045 1 1.469 10 4.141 quantidade e qualidade de equipamentos púsimultaneamente perda em um setor e ganho em outro. Desse modo, 1 10 simultaneamente perda emregião um setor e eganho em próximas outro. Desse modo, central em áreas à Av. do Estado. É importante dizer que o 2 eventuais reconversões produtivas podem estar camufladas no reconversões mapa. mapa locais expressa o saldo de empregos formais. Pode haver, portanto, locais podem estar camufladas no mapa. eventuais produtivas blicos. Os dados indicam que, no município, houve variação positiva no total de em outro. Desse modo, simultaneamente perda em um setor e ganho Os dados indicam que, no município, houve variação positiva no total de empregos em 71,05% das áreas de ponderação do Censo. eventuais reconversões produtivas locais podem estar camufladas no mapa. Segregação exposta pelo poder público, Os dados indicam que, noempregos município, houve variação positiva no totalde deponderação do Censo. em 71,05% das áreas empregos em 71,05% das áreas de ponderação do Censo. 0 6 12 18 com seus planos para a cidade , contribuindo Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais − Rais. Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo para a ocupação periférica desordenada ao Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais − Rais. longo dos anos , omitindo a malha urbana e a 0 6 12 18 Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais. 0 6 12 Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações − Rais. qualidade de vida urbana que ali habitam. Realizado com Philcarto -Sociais http://perso.club-internet.fr/philgeo Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo. Fonte: MinistérioNota: do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais − Rais. O gráfico com as principais atividades Quilômetros (exclusive Av. Paulista
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
Av. Paulista
Av. Paulista
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Anhangüera
Av. Dom Pedro I
Av. Paulista
Av. Paulista
Bandeirantes
Av. Paulista
Av. Paulista
Av. Paulista
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
Distritos
Variação
13.064
Pres. Dutra
Ayrton Senna
15.951 9.132 4.081 1.045 1
0,00
Jacu-Pêssego
-13.796
Número de empregos, por áreas de ponderação
Marginal Tietê
15.951 9.132 4.081 1.045 1
20.644 10.992 5.122 1.469 10
63.950
20.644 10.992 5.122 1.469 10
38.332 16.098 4.141 63.950 2
38.332 16.098 4.141 2
13.796 8.253 3.641 932 2
Marginal Pinheiros
Quilômetros
Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais. Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo. Av. Brig. Faria Lima Fonte: Fundação Seade. Cadastro de Unidades Locais. Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo. Anchieta Av. do Estado
60 60
30
Imigrantes Av. Prof. Abraão de Moraes Av. Ricardo Jafet Av. Dom Pedro I
0
6
12
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Quilômetros
0
6
18
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Av. Eng. Luiz Carlos Berrini
O mapa de variação de empregos indica forte crescimento na oferta de empregos no eixo sudoeste, ao longo da faixa da Marginal do Pinheiros.
6
12
Quilômetros
Olhar São Paulo
Av. Paulista
60
12
Quilômetros
Olhar São Paulo
18
Nota: Realizadodo com Philcartoe -Emprego. http://perso.club-internet.fr/philgeo Valor Adicionado Fiscal,Anual segundo ramos de atividade Fonte: Ministério Trabalho Relação deprincipais Informações Sociaiseconômica − Rais.
Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo
0
6
12
18 Quilômetros
os serviços financeiros), segundo o valor Quilômetros Município de São Paulo Nota: Realizado com Philcarto - http://perso.club-internet.fr/philgeo adicionado fiscal, ilustra bem a diversidade 2005 Indústria - minerais não metálicos econômica de São Paulo. Dos 18 ramos de Olhar São Paulo O gráfico O gráfico com as principais atividades (exclusive Indústria - máquinas, aparelhos e materiais alétricos 31 co( atividade cujo valor adicionado fiscalas é superior a Indústria - metalurgia básica - ferrosos O gráfico com principais atividades Valor Adicionado Fiscal, segundo principais ramos de atividade econômica ValorIndústria Adicionado Fiscal, segundo principais ramos de atividade econômica - vestuário e acessórios financeiros), segundo o valor os serviços segundo principais ramos de atividade econômica os serviços 1Obilhão de reais, três as estão no setor de serviços Indústria - produtos de plástico gráfico com principais atividades (exclusiv Município de São Valor Paulo Adicionado Fiscal,
Município de São Paulo
Comércio varejista - distribuição de combustíveis
os serviços financeiros), segundo
2.4 MOVIMENTOS PENDULARES
A desigualdade nas regiões periféricas reflete-se também na oferta da distribuição de equipamentos e de infraestrutura de serviços públicos, espaços desiguais e baixa qualidade de vida para parcelas da população (MARICATO, 2000; BURGOS, 2008; ROLNIK, 2012). A diversidade de elementos presentes no espaço urbano, permeiam e diferenciam os deslocamentos populacionais, formando um panorama atual diversificado dos movimentos. Decréscimo nos fluxos migrató rios de longa distância; intensi ficação da migração de retorno; consolidação da migração intra-metropolitana ; aumento dos movimentos migratórios intra-regionais e de curta distância; predomínio das migrações do tipo urbano-urbano; aumento dos movimentos pendulares da população (Baeninger, 1998:8). Os deslocamentos pendulares, caracterizados como um tipo de mobilidade populacional, mais intensos em áreas de maior concentra32
ção da população como a zona leste, tornaram-se um importante aspecto a ser considerado na dinâmica urbana metropolitana. Constituem-se numa dimensão da organização e da alocação das atividades econômicas, mediatizados pela junção dos processos de transformação do espaço urbano, derivados da sua forma de expansão, da ocupação pela população, e da divisão das funções urbanas. As profundas desigualdades econômicas e sociais na região se expressam no espaço, na ocupação e na distribuição do uso do solo que assumem uma forma altamente discriminatória, segregando nas áreas mais distantes e carentes de infraestrutura as camadas mais pobres da população. Essa situação obriga a população a buscar recursos e atividades, deslocamentos diários denominados movimentos pendulares em direção a área central para o lugar de trabalho, estudos, consumo e passeio e devolvê-las a seus bairros no fim do dia, sobrecarregando o transporte público e congestionando as principais vias estruturais da cidade. Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
33
2.5 GENTRIFICAÇÃO: EXCLUSÃO E RESISTÊNCIA POPULAR De acordo com Fix (2001), gentrificação consiste na valorização comercial mediante a especulação imobiliária, por sua vez em terrenos ociosos ou simultaneamente com a expulsão da população pobre , de uma área de interesse da cidade. O mercado imobiliário adquirem os terrenos por um baixo custo para a construção de empreendimentos pois serão supervalorizados através do mercado. Esses empreendimentos tem o propósito de armar novas centralidades concentrando parte da economia e do poder local. O que seria uma restauração de áreas degradadas juntamente a melhorias, acaba deteriorando e fortalecendo a segregação socioespacial. Essas estratégias fazem parte de um concepção de concentração e desconcentração projetual de áreas de dispersão residencial, fugindo da cidade e seus congestionamentos , uma maneira de escape para a população que deseja uma centralidade afastada. A chegada de novos empreendimentos pelo mercado imobiliário, a presença de capi
34
tal global, bem como forte repressão e por seu poder ser maior que o da população que será deslocada, acabam intervindo em expulsão e realocação para áreas periféricas e ainda mais distantes, ou seja, uma substituição dos habitantes , reprimindo as minorias opositoras à gentrificação e a precarização da vida das pessoas na cidade, onde não conseguem desfrutar das novas melhorias e requalificação das áreas públicas que serão ajustadas em todo o contexto. Essas intervenções abordam um discurso da “requalificação” como algo prejudicial e indesejado precisando ser retirado da região, mudando o uso social dos espaços e a criação de uma nova imagem da cidade.(UCHÔA 2014). Como podemos observar no Projeto Nova Luz (2005), em uma remodelação do uso e espaço, parte da proposta revendo a desapropriação e demolição de 13 quadras urbanas, dispersando a população de baixa renda e as demais partes ficariam a disposição de lançamentos imobiliários construídos pelo consórcio vencedor.
ABANDONO DEGRADAÇÃO DE SERVIÇOS BÁSICOS E EQUIPAMENTOS PÚBLICOS.
ESTIGMATIZAÇÃO
ENCARECIMENTO AUMENTO DAS TARIFAS E CUSTO DE VIDA, CONSEQUÊNCIA DO “ENOBRECIMENTO”.
ESPECULAÇÃO
DENUNCIA DA POBREZA E INSEGURANÇA NA REGIÃO MERCADO IMOBILIÁRIO ADQUIRI IMÓVEIS E LOTEAMENTOS NA CIDADE.
TERRENO BAIXO CUSTO
EXPULSÃO
EXPULSÃO DA POPULAÇÃO ORIGINÁRIA POR MEIO DE ACORDOS O BAIRRO “ENTRA NA MODA”. OU À FORÇA.
COMERCIALIZAÇÃO
TERRENO ALTO CUSTO
Fonte: Elaborado pela autora,2019.
35
O projeto foi revogado em 2013 por uma Ação Civil Pública movida pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o projeto de lei 282/2013, alegando a falta de participação social e segmentos da sociedade civil, ignorando completamente os usos existentes, sem nenhuma diretriz e soluções de garantia para a manutenção e empregabilidade da população afetada. Caso os munícipios cumprissem seu papel constitucional de dar prioridade ao transporte coletivo, controlar o uso do solo seguindo as leis e os planos diretores e regulamentar a atividade imobiliária visando o interesse social, orientado pelo Estatuto da Cidade, esse impacto poderia ser bem menos violento. Mas não é o que acontece. (MARICATO,2013)
A requalificação faz parte de um embasamento de atividades de melhoramento em uma determinada região, abrangendo não somente estética, mas principalmente aos cidadãos que as habitam. Assim é preciso mecanismos de controle para a administração e distribuição de renda e classes, dos aluguéis, mercadoria, terrenos entre outros, de forma que sejam condizentes o acesso de todos , para a permanência em áreas que mesmo com novos empreendimentos e avanço na infraestrutura existente, não se sintam coagidos a se realocar, e que não seja destinado/acessível apenas para um determinado grupo/classe econômica, evitando a total segregação, seja ela social ou espacial.
GENTRIFICAÇÃO REURBANIZAR A CIDADE
REQUALIFICAR OS ESPAÇOS URBANOS
RES-SIGNIFICAR OS ESPAÇOS PÚBLICOS
= SEGREGAÇÃO SOCIO - ESPACIAL
36
37
2.6 FORMAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
O conjunto de trabalho, estudo e lazer, ou valor, conhecimento e alegria denominada e retratada como ócio criativo, de acordo com Domenico De Mais (2000), que demonstra como a satisfação pessoal aumenta a produtividade e a imaginação do indivíduo: Existe um ócio alienante, que nos faz sentir vazios e inúteis. Mas existe também um outro ócio, que nos faz sentir livres e que é necessário à produção de idéias, assim como as idéias são necessárias ao desenvolvimento da sociedade (DE MAIS in RUANO, (2017) Através do ócio criativo é possível desenvolver uma identidade do indíviduo por sua sabedoria, e não pelos seus bens. As longas jornadas de trabalho e a locomoção deixam o indivíduo com menos tempo para suas atividades e tempos livres, que muitas das vezes é nesse tempo que surgem novas idéias e reflexões.
38
Essa insatisfação não é muito discutida pelo simples fato do regime capitalista categorizar como doença e incentivar a mudança e pensamento crítico (SAFATLE,2012). O cidadão sem tempo para reflexões e influenciadas pelo capitalismo e consumo, que transmite uma imagem de satisfação, camuflando os questionamentos e manipulando o conformismo, pois a insatisfação e a manifestação, gera um pensamento crítico, sendo confrontante ao sistema. O Capitalismo depende do indivíduo, então os manipulam e exploram e em diversas casos o Estado se ausenta, os tornando incapazes de reivindicar diante ao sistema que ignoram a baixa qualidade de vida, o direito ao trabalho, à saúde, à educação e à propriedade das famílias, principalmente as mais pobres, atingindo brutalmente uma família em todo contexto. A formação histórica das necessidades e configurações das relações sociais de seu desenvolvimento, se dá a partir da organização e do modo de ida na sociedade moderna, para considerar uma identidade e construção histórica e so-
social é necessário analisar as categorias idade, moratória, geração e crise de geração. Portanto a recuperação do espaço urbano através de políticas públicas como espaços de convivência comum da sociedade , lazer e educação, devem estar dispostos a toda e qualquer região como instrumentos de inclusão e acessível a todos. [...] ao mesmo tempo, pela heterogeneidade e pelo agrupamento, pela diversidade e pela semelhança, portanto, marcada por determinações de classe, gênero, etnia e também clivada por diferenças produzidas pelas condições educacionais e culturais, pelo local de moradia e pela relação que estabelece com outras gerações, em especi-
especial com o mundo adulto e sua entrada nele. Por isso, é importante compreender as experiências concretas nas quais a juventude se produz, articulando expectativas, o ambiente cultural, trajetórias, modos de pensar e agir com as condições materiais e concretas nas quais estão inseridos. (MARCASSA, 2017, p. 14). Um dos principais desafios é o de romper com estigmas criados sobre os jovens, que acabam por transferir uma problemática inerente às estruturas de vulnerabilidade, sendo vistos como jovens vulneráveis. Ao mesmo tempo em que a responsabilidade pelo quadro de vulnerabilidade é transferida aos jovens, as políticas frequentemente são imbuídas de caráter assistencialista, voltadas a um
39
jovem frágil, que terá superado essa condição somente ao alcançar sua fase adulta. As ações que estimulam a formação pessoal e profissional fazem parte dos interesses dos jovens, principalmente no campo da qualificação profissional. Assim, a necessidade de uma boa formação profissional torna-se ainda mais iminente, ao assegurar emprego e renda essas como legítimas preocupações juvenis, ainda que pouco reconhecidas pelas políticas públicas. Nesse contexto DAYRELL (1996) sugere a produção de “novos espaços, novos tempos e novas formas de sua produção e formação como atores sociais” a partir da produção sociocultural especialmente para jovens. Investindo na importância do processo de socialização e de constituição do sujeito , identificando que essas práticas constroem referências na vivência da condição juvenil, promovendo um sentido a vida cujo contexto é desprovido do mesmo. No contexto da globalização, na qual as condições socioeconômicas da população que habitam nos territórios com precariedade social, evidenciada pela pobreza e poucas oportunidades de emprego, transmite o sentimen nto da baixa autoestima para suas perspectivas profissionais e a falta de perspectiva de um futuro promissor. 40
ocasiona o indivíduo a ser vulneráveis a transgressões. São excluídos de situações dignas de sobrevivência, pois dependem de uma inserção precoce no mundo do trabalho, que lhes propicia salários que custam exaustivas horas de trabalho e que acarretam consequências negativas, que não priorizam o seu desenvolvimento comprometendo as condições de uma vida digna, como o acesso e usufruto pleno dos bens proporcionados pela vida na cidade.
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
Isso implica o descrédito de suas potencialidades na ocupação de postos de trabalho que oferecem poucas condições de mobilidade profissional ascendente, muitas vezes sem garantia trabalhista e com baixa remuneração. Sabemos que o direito a cidade é o fator importante no âmbito urbano e na cidadania . Porém, viver nas periferias, principalmente das grandes cidades, é conviver com vulnerabilidades variadas,equipamentos públicos insuficientes, poucas diversidades de trabalho, cultura, esporte e lazer, limitadas e
Cultura, educação, comunidade, lazer e esporte são esferas constituintes na elaboração e vivência dos processos de construção de identidade individual e coletiva na formação da sociabilidade. Sendo assim, a necessidade de compreender o uso e o sentido e as relações construídas entre as comunidades e seus espaços de esporte e lazer é parte de um processo de reivindicação de direitos, luta por democracia participativa e construção (IDDEHA,2012 p.133)
A partir disso, entende-se a relevância de entender as trajetórias vividas pela população em questão e sua luta cotidiana para construir sua identidade no âmbito do espaço urbano, onde o local de moradia eventualmente é mesmo determinante nessa constituição.
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
41
A partir disso, entende-se a relevância de entender as trajetórias vividas pela população em questão e sua luta cotidiana para construir sua identidade no âmbito do espaço urbano, onde o local de moradia eventualmente é mesmo determinante nessa constituição. (...) qualificação dos sistemas de espaços livres é, portanto, contribuir para a educação, saúde, transportes, habitação (vida cotidiana), saneamento e meio ambiente, é construir uma cidade melhor, é pensar no homem enquanto cidadão e não apenas como consumidor (QUEIROGA et al.,2011) Diante dessa desestrutura educacional, do trabalho predatório e da invisibilidade , o que mais estimula esses indivíduos à valorização da formação profissional, educacional e cultural é o fator evidente para a empregabilidade diversificada e a ascensão social,
42
desmistificando sua vulnerabilidade e incapacidade de se destacar perante a sociedade. (...) qualificação dos sistemas de espaços livres é, portanto, contribuir para a educação, saúde, transportes, habitação (vida cotidiana), saneamento e meio ambiente, é construir uma cidade melhor, é pensar no homem enquanto cidadão e não apenas como consumidor (QUEIROGA et al.,2011) Sobre essa realidade excludente, define – se formação social ,profissional, e cultural com prioridade, como também a viabilização de uma forma digna para a autodeterminação. Ao mesmo tempo em que vivenciam os problemas, se preocupam em transmitir uma imagem de auto suficiênciwa diante da sociedade, como forma de se defenderem da opressão do bairro.
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
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Território e Desigualdades Sociais
2.7 CIDADE POLICÊNTRICA
No decorrer da expansão urbana a ideologia de um centro urbano com infraestrutura de qualidade perdurou por muitos anos. Com o espraiamento da mancha urbana o surge novas pequenas centralidades, efeito da insuficiência e esgotamento da demanda populacional. O centro tradicional passa a competir simultaneamente com outros centros emergentes de menos dimensão que atraem a população do seu âmbito de influência, configurando um método de fragmentação e de hierarquização de partes da cidade. (BARRETOS,2010)
A cidade de São Paulo passa a experienciar subcentros em um modelo policêntrico com a disposição de valorizar as potencialidades de cada região da cidade, evitando uma concentração excessiva da atividade econômica em um único centro, entretanto com serviços limitados e com menor quantidade de
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Territórios e oportunidades econômicas
Território e oportunidades econômicas
de usuários. Decorrente de acessos viários e a rede de transporte coletivo, formam – se especialidades em seu entorno , capazes de diversificar o comércio, a cultura, educação. A cidade policêntrica deve ser articulada a uma rede de conexões local e regionais, utilizando como instrumento com finalidade a cidade compacta e dinâmica, permitindo maior flexibilidade locacional. Atuando como polo dinamizadores principalmente em áreas periféricas. A centralidade periférica é vista também de maneira geral como uma especialização comercial. Sendo assim, entende-se que para a composição de uma nova centralidade é relevante evidenciar a sua atratividade, e o aumento do fluxo regional , assim planejando e garantindo a autossuficiência do cotidiano e os deslocamentos propositalmente derivados da implantação, mediante atração e investimentos, a geração de renda, a competitividade e intensificação da economia, assim, adequando a região ser um polo indutor no desenvolvimento urbano.
População e empregos formais População e empregos formais
Transportes coletivos Coletivo Transporte
!
! !
!
!
!
%! % ! !
!
!
! ! ! !
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! ! !
Distritos
! !
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!
Número de empregos em 2004, por área de ponderação 81.662 73.500 65.338 57.176 49.014 40.852 32.690 24.528 16.366 8.204 42
!! !
! %
! !
! !
!
! !
Números de habitantes em 2000, por distritos Até 130.000 De 130.001 a 200.000 200.001 e mais
Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento - Sempla/Dipro; IBGE. Censo Demográfico 2000; Ministério do Trabalho e Emprego. Relação Anual de Informações Sociais - Rais 2004.
!
Corredor de Ônibus Terminal de Ônibus
!
!
Linha Ferroviária Linha Metroviária Aeroportos
Terminais Rodoviários %
0
6
12
18
Quilômetro
O mapa de população e empregos foi concebido para mostrar os contrastes na distribuição espacial de ambos. Para isso, foram sobrepostas as duas camadas, de forma a destacar, principalmente, as maiores concentrações em ambas. Desse modo, as manchas escuras em vermelho e marrom correspondem às zonas de maior concentração de empregos, enquanto os tons mais carregados de verde indicam as áreas mais populosas da cidade. A imagem ilustra, portanto, um fenômeno conhecido: a distância entre moradia e emprego, que gera a necessidade de grandes deslocamentos diários para a maioria da população.
45
3. ÁREA DE INTERVENÇÃO EM ITAQUERA 46
47
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO
Itaquera é um dos distritos situados na Zona Leste de São Paulo, seu nome, de origem tupi significa “pedra dura”. Sua urbanização ocorreu com a chegada da estrada de ferro, consolidando aglomerações urbanas ao redor da estação e um pequeno centro comercial. A região passou a ser desenvolvida e redesenhando novas morfologias urbanas, entre 1973 e 1986 com o início das obras da Estação Corinthians-Itaquera do Metrô e CPTM e a implantação os novos conjuntos habitacionais da COHAB potencializando uma alta densidade demográfica. A partir de 1994 houve uma forte intensificação das favelas, o viário passa por novos melhoramentos e a necessidade de conectar o bairro com os distritos vizinhos, pois os equipamentos de infraestrutura não atendem a demanda dos seus habitantes e o atual cresci
48
mento populacional. Em 1995 foi inaugurada a Avenida Jacu – Pêssego, que atravessa o distrito de ponta a ponta. Em 2000 com a inauguração da linha de trem Itaquera – Guaianazes houve a desativação da antiga estrada de ferro, sobre o seu traçado foi inaugurado a Nova Radial Leste, em 2004. Após uma grande demanda de comércios na região, é inaugurado o Shopping Metrô Itaquera, ao lado da estação de metrô CorinthiansItaquera, ocasionando a implantação de edifícios habitacionais de médio padrão.
Fonte: Elaborado pela autora,2019.
Mapeamento Sara - 1930 Fonte: Geosampa.
Imagens áereas - Gegran 1973 Fonte: PMSP (2012).
Imagens aéreas em 1980 Fonte: PMSP (2012).
Imagens aéreas em 2003 Fonte: PMSP (2012).
49
3.2 CONTEXTO URBANO
50
Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo, 2016.
A avenida Radial Leste no sentido
destacando – se dos demais bairros da zona
leste - oeste e principalmente a avenida Jacu
Leste.
– Pêssego possuem papel de eixo integrador
metropolitano, ligando o porto de Santos ao
tro de São Paulo e a 21km do Aeroporto In-
aeroporto de Guarulhos. Complementando
ternacional de Guarulhos, gerando forte
com a linha 3 – vermelha do Metrô e a li-
demanda em relação ao transporte coletivo
nha 11 – Coral expresso leste da CPTM, até
direcionado ao Centro e aos parques indus-
Estação Estudantes, como importante nó de
triais de Guarulhos e Santo Amaro, e ligação
conexão entre modos de transporte da Zona
ao extremo Leste de São Paulo.
Leste. Caracterizando como importante
centralidade concentradora de equipamen-
na região, sendo o equipamento de lazer de
tos indutores de desenvolvimento urbano,
alta importância regional.
Fonte: Própria autora, 2019.
Fonte: Própria autora, 2019.
A região encontra-se a 20 km do cen-
O Parque do Carmo, que está situado
51
3.4 TOPOGRAFIA
3.3 CHEIOS E VAZIOS A região entre a linha férrea e o afluente do Rio Verde persiste como uma grande gleba vazia, composta por uma malha viária fina e a permanência dos vazios (não construídos). A ausência de espaços vazios no interior das quadras são notório, em destaque no centro das quadras do entorno imediato da estação.
Decorrente da construção da Arena Corinthians e a ampliação do Shopping Itaquera houve uma valorização do terreno na região, atraindo olhares do mercado imobiliário que começou a investir gradualmente em lotes vazios e ociosos do bairro.
A região entre a linha férrea e o afluente do Rio Verde persiste como uma grande gleba vazia, composta por uma malha viária fina e a permanência dos vazios (não construídos). A ausência de espaços vazios no interior das quadras são notório, em destaque no centro das quadras do entorno imediato da estação.
Decorrente da construção da Arena Corinthians e a ampliação do Shopping Itaquera houve uma valorização do terreno na região, atraindo olhares do mercado imobiliário que começou a investir gradualmente em lotes vazios e ociosos do bairro.
Mapa Cheios e Vazios - Itaquera
Mapa Topografico - Altitude
Mapa Topografico - Relevo e Hidrografia
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados topographic-map.com,2019.
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
Cheio Vazio Perímetro Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
52
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
53
3.5 HIDROGRAFIA E ÁREAS VERDES
Analisando o mapa, as áreas verdes são defasadas em relação a região, e as poucas existentes preconizam de manutenção, grande parte dessas áreas são pequenas praças e rotatórias. A falta de tratamento devidamente correta das apps ao longo dos cursos d’ água está bem caracterizado no mapa, são áreas que estão com ocupações irregulares que deveriam ser de espaços de lazer na envoltória da proteção de mananciais. A região apresenta 40,8m²/hab. de cobertura vegetal e 12,9m²/hab em áreas verdes públicas, assim caracterizado por uma baixíssima presença de cobertura vegetal em áreas de ocupação urbana consolidada e boa infraestrutura urbana. Em regiões com remanescentes de vegetação e sob forte pressão da ocupação urbana desordena, altamente precária. Os córregos da região têm suas margens quase que totalmente ocupada por favelas ou construções irregulares. Essa situação, além de representar riscos para os moradores, impede que os cursos d’ água se façam presentes na paisagem urbana, não se utiliza o potencial paisagístico, tampouco contribui para a conscientização sobre a importância da recuperação da qualidade desses recursos naturais.
54
3.6 USO E OCUPAÇÃO
Mapa Hidrografia e verdes / Recursos naturais
O mapa de Uso e Ocupação do Solo indica que a maior parte de Itaquera é formada por uso residencial, com algumas regiões de centralidades em uso misto, seguidas por comércios e equipamentos públicos e institucionais.
Mapa Uso e Ocupação do solo.
Legenda:
Legenda:
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
55
3.7 FAVELAS E OCUPAÇÕES EM ÁREA DE RISCO A região tem a presença de algumas favelas com áreas de risco, como enchentes e desabamentos, pois ocupam as áreas de APPs. O Parque Linear do Rio verde atualmente tem sua porção lindeira ocupada por loteamentos privados e irregulares.
Mapa áreas com favelas e ocupações INTERVENÇÃO
Favela Manuel Ribas
Parque Linear Rio Verde
FAVELA ATINGIDA
FAMÍLIAS
Paz
300
Miguel Ignácio Curi I
500
Francisco Munhoz Filho
440
Lavios
90
Manuel Ribas
15
Análisando a tabela ao lado , observa-se que 1345 famílias serão atingidas e realocadas para a intervenão e implantação do Parque Linear Rio Verde, áreas com favelas em situações de risco ambiental, que estão em Áreas de Proteção de Mananciais.
Mapa ZEIS, áreas de Risco e assentamentos precários
Favela da paz Favela Miguel Ignácio Curi I
Domicílios em favelas
Favela Francisco Munhoz Filho
Favela Lavios
Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
56
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
Fonte: Caderno de Subprefeituras - Itaquera.
57
3.8 VIÁRIO
As principais vias de conexão da área são a Avenida Radial Leste (Avenida Dr. Luis Aires) e a Avenida Jacu Pêssego. A avenida José Pinheiro Borges (Nova Radial Leste), Avenida Itaquera, Avenida Líder, Avenida Miguel Ignacio Curi no sentido leste-oeste, Avenida Har-
ry Danhemberg e Avenida Aricanduva. As conexões viárias sentido leste- oeste são estruturadas e contínuas, decorrente da urbanização historicamente radial , enquanto a ligação norte-sul possui traçados interrompidos.
Mapa Intervenções Viárias - 2007 - 2014
Mapa Classificação viária
1. Ligação Av. Águia de Haia – Av. Itaquera 2. Ligação Av. Itaquera - Av. Miguel Inácio Curi 3. Nova via de conexão - Norte-Sul 4. Adequações na Av. Radial - Leste e transposição em desnível da Av. Adervan Machado. 5. Acessibilidade geral e fluxo viário interno da Rodoviária. 6. Alargamento da Av. Radial Leste 7. Binário da Av. Itaquera Fonte: Elaborado pela autora com base no caderno da subprefeitura,2019
58
Fonte: SPurbanismo, 2004.
Fonte: Elaborado pela autora com base de dados do Geosampa,2019.
59
3.9 EQUIPAMENTOS Dentre os equipamentos em destaque na região, temos o Parque do Carmo, O Parque Raul Seixas, Aquario de Itaquera e o Sesc Itaquera. Relativamente baixo o número de equipamentos quanto a demanda populacional regional, levando em conta que Itaquera é uma centralidade representativa para a Zona Leste , e por ser importante no âmbito municipal. Mapa Equipamentos Públicos e suas demandas
Fonte: Caderno da Subprefeitura - Itaquera,2016.
60
61
3.10 OPERAÇÃO URBANA RIO VERDE - JACU
A antiga lei geral de zoneamen-
incremento das atividades econômicas,
to 13.885/2004, classificava a Operação Ur-
atraindo investimentos geradores de em-
bana Consorciada Rio Verde – Jacu (Lei nº
prego e renda, com incremento das ativi-
13.872/2004) como Instrumento de Intervenção
dades industriais, comerciais e de servi-
Urbana Estratégica Regional, visando ao rede-
ços e a implantação de Áreas de Projetos
senho da ocupação territorial da porção extre-
Estratégicos.
ma leste do município, com objetivo prioritário
de definir um conjunto de diretrizes e instru-
13.872 revogou a Lei da Operação Urbana
mentos urbanísticos cuja aplicação serviria
Consorciada Rio Verde Jacu nº 13.872 de
para preparar o espaço físico da região para o
12 de julho de 2004.
Conexões e perímetros de projetos Estratégicos da Operação Urbana Rio Verde Jacu.
Em 18 de Julho de 2016 a Lei nº
IMAGEM
Mapa perímetro da OUCRVJ, 2004. Fonte: SPurbanismo
62
Fonte: SPurbanismo
63
3.11 PÓLO INSTITUCIONAL ITAQUERA - OUCRVJ Vista geral leste-oeste
A proposta de Intervenção e o projeto do Polo Institucional (2008/2010) , teve como objetivo novos usos dos espaços públicos, e atividades focadas no ensino e na capacitação profissional, bem como o suporte ao empreendedorismo e à atividade econômica.no entorno da área prevista da Arena Corinthians, com caráter estratégico que tira partido de sua acessibilidade por meio das estações do Metrô e da CPTM, constituindo uma das centralidades propostas da Operação Urbana Rio Verde – Jacu. O Polo Institucional Itaquera seria construída em frente a Estação Corinthians – Itaquera, 64
com um conjunto de escolas técnicas, laboratórios e incubadoras, centro de Convenções, pavilhão de exposições, hotel, fórum Regional da Justiça. O projeto também tinha duas unidades de cursos de ensino técnico e superior de tecnologia, a Fatec Itaquera Miguel Reale e Etec Itaquera II únicas propostas que foram implantadas e inauguradas em 2012, mantidas pelo Centro Paula Souza (CEETESP) e vinculada a Secretaria do Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo e o terminal urbano de Itaquera que teve 40% de ampliação.
Fonte: SPurbanismo
1 - Fórum 2 - Rodoviária 3 - FATEC / ETEC 4 - Capacitação e Formação profissional - SENAI 5 - Incubadora e Laboratórios para o Parque Tecnológico da Zona Leste 6 - Centro de Convenções e Eventos 7 - Batalhão da Polícia Militar 8 - Obra Social Dom Bosco 9 - Parque Linear Rio Verde 10 - Arena Corinthians
2
9
4
10
1
6
5 3
8 7
Viário Novo Edifícios Propostos
Fonte: SPurbanismo
Praças Passarelas Massa Arbórea Fonte: SPurbanismo
Áreas Verdes Propostas
65
3.12 LEGISLAÇÃO VIGENTE
Analisando o mapa de zoneamento Lei 16.402/16 atual legislação vigente, o perímetro de intervenção é definido por 6 zonas diferentes com regras de parcelamento, uso e ocupação do solo : ZC –
ZONA
DE
CENTRALIDADE
• Destinadas à atividades típicas de áreas centrais ou de subcentros regionais ou de bairros, promovendo usos não residenciais, com densidade construtiva e demográfica médias e a qualificação paisagística e dos espaços públicos. • CA MÁXIMO: 2.
Mapa de Zoneamento
DE
ZEU – ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO URBANA
• Destinada à moradia digna para a população de baixa renda por intermédio de melhorias urbanísticas, recuperação ambiental e regularização fundiária de assentamentos precários e irregulares, bem como à provisão de novas HIS e HMP.
• Promove usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado à implantação do sistema de transporte público coletivo. • CA MÁXIMO: 4
ZEIS 1 – ZONA INTERESSE SOCIAL
ESPECIAL
• CA MÁXIMO: 2.
ZM – ZONA MISTA
ZEPAM – ZONA ESPECIAL PROTEÇÃO AMBIENTAL
• Promove usos residenciais e não residenciais, no mesmo lote ou edificação, com densidades construtiva e demográfica baixas e médias. • CA MÁXIMO 2.
• Destinada a preservação e proteção do patrimônio ambiental, remanescentes de Mata Atlântica e outras formações de vegetação nativa e arborização de relevância ambiental. • CA MÁXIMO: 0,1.
DE
Fonte: Elaborado pela Autora com base de dados da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação. 2019.
66
ZEUP – ZONA EIXO DE ESTRUTURAÇÃO URBANA PREVISTO
• Igual a ZEU, porém, os parâmetros urbanísticos somente serão ativados após emissão da Ordem de Serviços das obras infraestruturas do sistema de transporte que o eixo define • CA MÁXIMO: 4
Fonte: Geosampa, 2019.
67
3.13 LEGISLAÇÃO VIGENTE
Mapa Caderno de Propostas do Plano Regional de Itaquera
Mapa Macroáreas
Fonte: Geosampa, 2019.
68
Mapa Setores de Macroarea
Mapa Perímetro de Qualificação Ambiental
Fonte: Geosampa, 2019.
Fonte: Geosampa, 2019.
Fonte: Caderno de Propostas dos Planos Regionais das Subprefeituras.
69
3.14 LEVANTAMENTO FOTOGRĂ FICO
3
6 4 5
2
1
2
3
4
5
6
7
8
1
8
7
Fonte: Elaborado pela autora, com base do Google Earth,2019 70
Fonte: Acervo da Autora,2019. 71
4. REFERÊNCIAS4.PROJETUAIS O PROJETO
72
73
4.1 PARQUE NOVO SANTO AMARO V
O Lote da Intervenção fica localizado em uma área densamente urbanizada, na zona sul da cidade de São Paulo, região de mananciais da represa Guarapiranga e em meio a uma grande favela paulista. Caracteriza-se por ser uma região de fundo de vale com curso d’água central, e é densamente ocupado por construções irregulares. Inserida na Zeis 1 , as ruas que o circundam são extremamente compridas, porém muito estreitas, dificultando a circulação de pedestres e veículos. O entorno, cujo os lotes são estreitos, irregulares e desprotegidos, não possui espaços públicos com uso voltado à população local. O conjunto habitacional deixa clara a importância do resgate da cultura local, ao recuperar usos já existentes, tem como partido a apropriação da comuni-
dade ao conjunto habitacional e o tratamento paisagístico das áreas livres, além de adaptar – se a topografia existente além de utilizar um sistema estrutural que favorece a racionalização do processo construtivo. Respeitando as características naturais da área e realocando parte da população residente, respeitando a identidade dos moradores durante o processo projetual. A implantação de novos espaços públicos permeáveis, mobiliário urbano, lazer e serviços, contribuindo com toda a comunidade, além da valorização de áreas verdes. A relação entre a forma do prédio e das fachadas com a sua funcionalidade envolvendo a circulação e disposição dos ambientes utilizando o dimensionamento mínimo e questões ambientais.
Fonte: Archadaily. Nome RESIDENCIAL PARQUE NOVO SANTO AMARO V
74
Ano 2009-2012
Escritório VIGLIECCA & ASSOCIADOS
Local RUA ZÂMBIA PARQUE INDEPENDÊNC IA ZONA SUL-SP
Área TOTAL 21.900m² CONSTRUÍDA 14.674,3m²
Unidades 201 HABITAÇÕES 11 TIPOLOGIAS 52,5 A 76,5m²
Fonte: Archadaily. 75
TOPOGRAFIA • Os blocos residenciais respeitam a topografia do terreno, variando de três a sete pavimentos conforme a declividade entre a rua e o térreo do parque, realçando o caráter longilíneo do terreno.
Fonte: Archdaily. 76
CIRCULAÇÕES • O formato estreito impede que a insolação do sol da tarde na fachada oeste seja evitada, sendo esta uma das maiores fachadas do conjunto, juntamente da fachada leste. é vantajoso durante o inverno, pois aquece o interior das habitações, mas é desfavorável durante os dias quentes de verão por aquecer os ambientes.
ZONEAMENTO •O zoneamento foi desenvolvido para criar pontos focais de atração nas extremidades do terreno, promovendo um fluxo constante ao longo da intervenção, favorecendo a segurança para os usuários.
A análise desse conjunto habitacional deixa clara a importância do resgate da cultura local, ao recuperar usos já existentes, tem como partido a apropriação da comunidade ao conjunto habitacional e o tratamento paisagístico das áreas livres, além de adaptar – se a topografia existente além de utilizar um sistema estrutural que favorece a racionalização do processo construtivo. Respeitando as características naturais da área e realocando parte da população residente, respeitando a
identidade dos moradores durante o processo projetual. A implantação de novos espaços públicos permeáveis, mobiliário urbano, lazer e serviços, contribuindo com toda a comunidade, além da valorização de áreas verdes. A relação entre a forma do prédio e das fachadas com a sua funcionalidade envolvendo a circulação e disposição dos ambientes utilizando o dimensionamento mínimo e questões ambientais.
Fonte: Archdaily. 77
4.2 ÁGORA TECH PARK A preservação, manutenção e adequação da vegetação para o uso, seja para lazer, contemplação ou até para reuniões ao ar livre, é fundamental para que haja coerência com o conceito do parque tecnológico. Seguindo premissas de Smart Cities, o desenho do masterplan prioriza os pedestres e as áreas verdes, a marquise fortalece a integração dos diferentes pro-
Fonte: Archdaily. 78
gramas e públicos, além de criar um caminho agradável e em contato com o bosque e os serviços oferecidos nos térreos dos edifícios. O traçado prioriza os pedestres, implementando um sistema de bicicletas compartilhadas. A combinação entre boa arquitetura, a produção de energia limpa, e a internet das coisas tornam o parque praticamente autossustentável.
Concurso para desenvolver o Plano de Ocupação e Primeiro Edifício do Ágora Tech Park no Condomínio Perini Business Park, localizado em Joinville, Santa Catarina, Brasil. Estudo preliminar de uma área total de 70.000m² com o potencial construtivo de 50.000m².
Fonte: Archdaily. 79
O Projeto traz como referência para o TFG, a harmonia na implantação através das linhas retas dos edifícios, das poucas alterações na malha viária, do
Fonte: Archdaily. 80
tráfego de pessoas e veículos. além das faixas de pedestres serem criadas para facilitar os acessos de pedestres e ciclistas no parque.
Fonte: Archdaily. 81
4.3 URBAN 21: UM NOVO OLHAR SOBRE OS VAZIOS A área estudada, com 24 hectares, fica entre duas estações do Metrô e é cortada pelo rio Trapicheiros, que é canalizado em quase toda sua extensão e aberto em apenas alguns pequenos trechos.
Fonte: Arcoweb. 82
- Autor: Equipe Epiak - Local: Tijuca , Rio de Janeiro – Brasil - Data: 2016 - Tipo de projeto: Projeto urbano de revitalização
Fonte: Arcoweb. 83
As diretrizes projetuais foram organizadas em três etapas: implantação de edifícios de uso misto, gerando mais postos de trabalho e residências; remodelação do traçado viário, visando diminuir as áreas destinadas ao carro e a aumentar aquelas permeáveis e para pedestres; e conexões urbanas, a partir da criação de diferentes camadas (residencial, comercial, viária e natural). Propõe-se a criação de parques, a partir da reintegração do rio existente, com a função de valorizar a natureza e os marcos naturais, educando a população e auxiliando no combate contra enchentes. Para verificar a viabilidade financeira dessa solução, e de todas as outras apresentadas, os estudantes
fizeram uma série de cálculos levando em consideração a articulação entre as esferas pública e privada. O Projeto traz como referência para o TFG, a forma como atua em uma escala de projeto que atende todas às exigências do edital do concurso. Apresentando propostas e soluções de requalificação do espaço público que priorizam a escala do pedestre, respeitam a do bairro, integram o preexistente com o novo e preocupam-se com a questão ambiental. Ademais, a partir de uma boa leitura da área marcada por importantes desafios urbanos, o projeto consegue traduzir as necessidades encontradas, com um desenho de qualidade. Fonte: Arcoweb.
Fonte: Arcoweb. 84
Fonte: Arcoweb.
85
4. 5. O PROJETO
86
87
5.1 PROJETO O modelo policêntrico promove uma estrutura urbana relativamente desconcentrada e uma rede de centralidades que valoriza as potencialidades de todas as regiões da cidade. A proposta parte do reconhecimento da centralidade existente e seu potencial, assim como a necessidade de criação de novas oportunidades de geração de trabalho e renda, da qualificação e da inserção da mescla de
5.2 DIRETRIZES PROJETUAIS usos em uma região caracterizada por densidades habitacionais elevada. Portanto propõe uma nova centralidade de acordo com o porte de sistema de mobilidade associado, ou seja para o sistema de alta capacidade são apresentados coeficientes urbanísticos capazes de configurar um espaço urbano de alta densidade de usos mistos além de incentivar maior intensidade de atividades comerciais e de serviços.
Conferir maior qualidade ambiental.
Melhorar o desenho e a forma urbana.
Fortalecer a dimensão sociaL.
ITAQUERA, ZONA LESTE - SP
Viabilizar a mobilidade urbana sustentável.
Equilibrar a oferta de emprego e moradia. Fonte: Mapa Elaborado pela Autora, com base de dados do Geosampa, 2019. 88
89
5.3 QUADRO DE ÁREAS SETOR INSTITUCIONAL SETOR INSTITUCIONAL
HOTELEIRO SETOR SETOR HOTELEIRO
SETOR HOSPITALAR SETOR HOSPITALAR
Administração/ Administração/ 35.000m² misto Garagem + Edifício Garagem 35.000m² 21.600m²21.600m² Uso mistoUso + Edifício 7.400m² Pronto Atendimento Pronto Atendimento
Marquise Marquise
21.435m² 21.435m² Hotel Hotel
Administração Administração
3.900m²Restaurante Restaurante 1.800m²1.800m² Especialidades Especialidades 48.200m²48.200m² Ama e Crechê 3.900m² Ama e Crechê
Edifício Comercial I Edifício Comercial I
de CentroCentro de Convenções e 7.608m²Convenções 152.000m² e 7.608m² 152.000m² Exames Exames EventosEventos
5.000m²
7.400m²
7 Quadras Poliesportivas 7 Quadras Poliesportivas 4.200m²
4.200m²
5.000m²
Academias,Playground’s Academias,Playground’s e equipamentos4.690m² e equipamentos
4.690m²
HabitacionalHabitacional 272.160m² 272.160m²
Comércio/Serviços 85 Edifícios Comércio/Serviços 85 Edifícios Cachorródromo1.300m² 32.500m²32.500m² Cachorródromo 60.200m² Uso misto HIS + Comércio 60.200m² Uso misto HIS + Comércio Total: 350.500m² Total: 350.500m²
1.300m²
FabLab, Ateliê,Ateliê, FabLab, Comércio e Maternidade/Leitos Incubadora, Coworking e m² 7.608m²Comércio e 22.126m²Maternidade/Leitos Centro Comercial Incubadora, Coworking e 7.608 22.126m² 46.800m²46.800m² Centro Comercial Serviços Serviços Sebrae Sebrae
3280m²
3280m²
Horta Comunitária Horta Comunitária 570m²
570m²
Sesc Sesc
120m²
120m²
Quiosques Quiosques
360m²
4.560m²
4.560m²
para Espaço para Espaço Foodtruck , Foodtruck , 1.120m² Quiosque comercial Quiosque comercial
1.120m²
700m²
700m²
Pista de Skate 250m² Pista de Skate
250m²
2.980m²
Pista de Aeromodelismo Pista de Aeromodelismo 500m²
500m²
19.275m² Biblioteca 19.275m² Biblioteca
11.063m²Total 11.063m²
Total
159.100m² Posto Policial 159.100m² Posto Policial
Edifício Comercial 24.000m² Multiuso 11.063m² Edifício Comercial II e III II e III24.000m² EspaçoEspaço Multiuso 11.063m²
Edifício Multiuso Edifício Multiuso
SenacSenac
11.700m² Exposições 11.063m² 11.063m² 11.700m² Exposições
SETOR RODOVIÁRIO Escola de Escola de Esportes SETOR RODOVIÁRIO Esportes
Senai Senai
9.000m² 11.700m² Livraria/Café9.000m² Rodoviária 11.700m² Livraria/Café Rodoviária
Pesquisa e Pesquisa e Desenvolvimento Desenvolvimento
6.000m² Auditório 6.000m² Auditório
6.770m² 6.770m²
Comércio e Serviços Comércio e Serviços (Térreo) (Térreo)
Total Total
13.467m² Escola de Artes 13.467m² Escola de Artes
Crechê
Edifício Comercial IV e V 9.000m² Edifício Comercial IV e V 9.000m²
90
SETOR PARQUE LINEAR SETOR PARQUE LINEAR
Ama
Crechê
2.980m² 570m²
Ama
255m²
360m²
570m² 255m²
20.000m² 20.000m²
142.226 142.226
Total
Total
259.885m² 259.885m²
TOTAL TOTAL
Total
Total
13.467m² 13.467m²
Total
Total
142.887,707m² 142.887,707m²
388.355m² 388.355m²
91
5.4 IMPLANTAÇÃO
Area Total da Intervenção 13,7km.
RODOVIÁRIA SETOR HOTELEIRO Ampliação I SETOR HOSPITALAR
SETOR INSTITUCIONAL SETOR PARQUE LINEAR
Ampliação II
92
93
5.5 AMPLIAÇÃO I E II
94
95
5.6 CORTE URBANO Hospital
Arena Corinthians Comércios
Habitação de Interesse social
Restaurante Habitação de Interesse social
Escola de Artes
Habitação de Interesse social
Corte A-A
Marquise
Pesquisa e Desenvolvimento Edifício Comercial Habitação de Interesse Social
Ama e Crechê
Senac
Restaurante
Sesc Edifício
Comercial
Edifício Comercial Administração
Arena Corinthians
Hotel Centro de Convenções e Eventos
Corte B-B 96
97
5.7 PERSPECTIVA AXONÔMETRICA EXPLODIDA
Rodoviária Restaurante
Centro de Convenções Livraria Café Foyer
Blocos Residenciais
Ateliê, Fab Lab , Sebrae, Incubadora, Coworking
PÁTIO
Auditório Exames Leitos
Hotel Lojas e Serviço
Áreas de esporte e lazer
Administração SESC
SENAC Comercial Pesquisa e Desenvolvimento
Administração SERVIÇ
OS
Comercial
Hospital
Áreas de esporte e lazer Blocos Residenciais
Comercial
Blocos Residenciais
CONTEMPLAÇÃO
Comercial SENAI
SERV
Áreas de esporte e lazer
IÇO
S
SER
VIÇ
OS
MARQUISE
Posto Policial Áreas de esporte e lazer
Blocos Residenciais
Áreas de esporte e lazer Áreas de esporte e lazer
Blocos Residenciais
Diagrama Complexo Itaquera Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. 98
Diagrama Parque Linear - Equipamentos Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. 99
5.8 DIAGRAMA GERAL
5.9 PLANTA PERSPECTIVADA
Hoteleiro Hospital
Parque Linear
Institucional
Diagrama Geral - Indicativos Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. 100
Planta perspectivada Fonte: Elaborado pela Autora, 2019.
101
COMPLEXO INSTITUCIONAL
5.10 MASTERPLAN - RENDER’S EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE PÚBLICO
Equipamentos Parque Linear Rio Verde
Academia, Bicicletário, Quiosque e Fonte de água.
Horta Comunitária
EQUIPAMENTO HOTELEIRO E DE EVENTOS BLOCOS RESIDENCIAIS
Quiosques.
102Quadra Poliesportiva e Playground.
Cachorródromo
Pista de Skate e Pista de Aeromodelismo.
ESPAÇOS LIVRES PARA CONVIVÊNCIA E LAZER Áreas Verdes
103
Infraestrutura Aeroviária Heliponto
Eixo Ambiental Praça de Absorção
5.11 INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
Nova Frente de Desenvolvimento Urbano Transporte Público Comércio e Serviços
Fruição Pública
Comércio e Serviços
Percurso Sombreado Fruição Pública
Uso misto no edifício garagem
Uso Misto Comércio Hab. Interesse Social Equipamento Público AMA e Creche
Equipamento Público Hospital Hotel
Pespectiva - Instrumentos e IncentivosUrbanísticos Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. 104
Comercial
Para a realização do conjunto de intervenções estão previstos mecanismos de arrecadação de recursos, mecanismos de incentivo a implantação de páreas verdes, instrumentos para o atendimento dos moradores e usuários das edificações que serão atingidas diretamente pela implantação das obras, além dos que buscam assegurar a função social da propriedade urbana. O projeto propõe prover de habitação as famílias moradoras em favelas diretamente atingidas pelas obras propostas, além de, através da aplicação dos instrumentos urbanísticos, estimular a renovação de tipologias habitacionais e auferir recursos para a provisão de moradias da população hoje residente em situação de precariedade, muitas vezes em áreas de risco, configurando este impacto em si como
Alto coefiente de Aproveitamento
altamente positivo, pela sua natureza social e ambiental. Assim, não se trata simplesmente de aplicação direta de mecanismos e instrumentos urbanísticos e tributários de exceção com o objetivo de arrecadar recursos de imediato, mas sim de implementá-los com o objetivo de criar condicionantes de desenvolvimento que, a médio e longo prazo, certamente reverterão em contrapartida para o poder público na medida em que o equilíbrio de usos, as ocupações produtivas, racionais e harmoniosas do território terão reflexos em economias significativas na implantação, manutenção e otimização da utilização de infraestruturas, na preservação e recuperação da qualidade ambiental, e por fim na melhoria de Índices de Desenvolvimento Humano.
105
Incrementando as atividades econômicas geradoras de emprego e renda, garantindo a melhoria da qualidade urbanística através do estímulo à verticalização do uso residencial com controle da ocupação e aumento das taxas de permeabilidade, a facilitação da circulação de bens e serviços, o aumento das possibilidades de mobilidade dos moradores e usuários e a criação de espaços públicos de vivência e de prática da sociabilidade. As propostas desenvolvidas neste projeto destaca-se a promulgação do Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001, que regulamenta os Arts. 182 e 183 do capítulo II da Constituição Federal com diretrizes inovadoras relativas à politica urbana, atingindo o desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantindo o bem – estar de seus habi106
tantes, tendo o Plano Diretor Estratégico como instrumento básico para atingir o cumprimento da função social da propriedade. O Art. 183 trata da concessão de uso especial para fins de moradia, instrumento que garante o direito à moradia pela posse de imóvel ocupado com esta finalidade. Com relação a regularização fundiária de interesse social em áreas permanentes, a Lei nº 11.997/2009 representa um grande avanço na abordagem de áreas urbanas consolidadas proporcionando alternativas de intervenção para melhoria das condições de habitabilidade. Este projeto é beneficiado por esta abordagem que prioriza o interesse social em intervenções necessárias nas diversas ocupações irregulares sobre córregos e encostas para dar soluções aos moradores.
Recuperar a qualidade ambiental dos córregos tributários ao rio.
Recuperar a qualidade ambiental dos córregos tributários ao rio. Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Equipamento Público
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social Recuperar a qualidade ambiental dos córregos tributários ao rio.
Comércio
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social Comércio
Equipamento Público
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Equipamento Público Fruição Pública
Quota Ambiental
Comércio Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social Fruição Pública
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Recuperar a qualidade ambiental dos córregos tributários ao rio.
Uso Misto Comércio Hab. de Interesse Social
Perspectiva - Instrumentos e Incentivos Urbanísticos Fonte: Elaborado pela Autora, 2019. 107
5.12 HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
b.w.
A.S. COZ.
(B) 300m² Aptos 56m² e 76m² 4 aptos por andar 10 pavimentos residenciais X 40aptos = 40 famílias
A.S. COZ.
DORM.
COZ.
DORM.
Sala
b.w.
A.S.
Considerando 4 pessoas por família.
Sala
COZ.
DORM.
DORM.
PATAMAR
b.w.
A.S.
A.S.
b.w.
DORM.
DORM.
COZ.
Sala
- Promover ações de pós - ocupação e acompanhamento social;
(C) 252m² Aptos 52m² 4 aptos por andar 13 pavimentos residenciais X 52aptos = 52 famílias
Sala
DORM.
DORM.
- Promover o atendimento habitacional na forma de prestação de serviço social às famílias em condições de vulnerabilidade ou risco social;
A.S.
Sala Sala COZ.
DORM. DORM. DORM. DORM.
- Promover a produção de HIS por meio da constituição de um parque público, do incentivo à produção privada e da ampliação de convênios e parcerias;
b.w.
- Priorizar a população de baixa renda e o atendimento à população residente em áreas insalubres, de risco e de preservação permanente;
(A) 580m² Aptos 56m² e 76m² 8 aptos por andar 8 Pavimentos residenciais X 64 aptos = 64 famílias
1.345 Famílias com situações de risco que serão realocadas para novos empreendimentos de Habitação de Interesse Social.
b.w.
Diretrizes da Política Habitacional conforme Plano Diretor Estratégico:
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O projeto prevê 4.036 Aptos de 52m² , 56m² e 76m². Garantindo moradia a população que será realocada e para novos moradores na região.
Escala.:1:500 109
5.13 PERSPECTIVAS
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6. 1 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conviver em bairros periféricos no extremo leste da cidade trouxe questionamentos importantes para serem levados em consideração durante minha formação e o real papel do arquiteto urbanista na cidade, assim, trazendo a oportunidade de análise e propostas de novas melhorias na periferia de São Paulo. A responsabilidade e as possibilidades que são abertas fazem toda a diferença para transformar a vida de muitas pessoas, principalmente daquelas desprovidas da cidade como um todo, população essa que ainda sofre com o sistema capitalista neoliberal. Reverter o quadro de desigualdade e segregação social nas cidades, apresenta dificultosos planejamentos, mas que com sensibilidade e boas análises urbanísticas é possí-
120
vel descentralizar e proporcionar uma nova cidade acessível a todos. A segregação socioespacial na cidade impede a diversidade social, a possibilidade dos encontros e do desenvolvimento interpessoal. Contudo, o desenvolvimento e o papel formador do cidadão são essenciais, pois é trabalhando cada indivíduo que atingiremos toda uma sociedade. O objetivo de transformar a realidade e o futuro da população através da inclusão e acessibilidade se torna essencial para o desenvolvimento e formação de um cidadão pleno. A convivência com as diferenças sociais é essencial nesse processo, Através de um processo humanizado que estimula o compartilhamento cultural e a construção coletiva de ideias.
Vale esclarecer desde já, que o estudo embora enfatize os aspectos predominantemente locacionais, objetiva antes de mais nada estabelecer um sistema lógico de atacar os problemas de um município, com as dimensões de São Paulo e com as diversidade regionais que apresenta, dando prioridade àquela região que mostrar potencial para resolver os problemas identificados. A arquitetura e o urbanismo têm papel fundamental na colaboração de projetos que instiguem espaços de melhor qualidade que não excluem, mas se favoreçam as relações sociais públicos e privados. Estimulando o desenvolvimento e geração também de empregos, através da qualificação e requalificação profissional e da formação do desenvolvimento de empresas que futuramente
serão instaladas na região. Com isso, espera-se para esta região da cidade, não só a inserção de uma grande parcela da população no processo de formação profissional , mas também o estabelecimento de uma política de trabalho e geração de renda, contribuindo para a melhoria da competitividade e para a redução da desigualdade social.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2000.
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