Cais dp 29 05 2014

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DIARIO d e P E R N A M B U C O

viver ■ ■ ■

Recife, QUI - 29/05/2014 ALCIONE FERREIRA/DP/D.A PRESS

d8

O

LUIZA MAIA luizamaia.pe@dabr.com.br

+ goldeplaca

O que foi feito

O Museu da Cidade do Recife traduziu o material para o inglês. A Caixa Cultural aderiu às exposições bilíngues. Em 203, Dali - A divina comédia, a mais vista do ano no estado, era só em português. Três espaços exploram a temática esportiva durante o período: o Museu do Homem do Nordeste, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), em Olinda, com a mostra Ora bolas (reabertura do casarão), e o Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe), com Futebol e religião: Histórias e enredos de uma paixão nacional, ambas bilíngues, diz a Fundarpe.

Para gringo (não?) ver Paço do Frevo (acima) aposta na música. O principal atrativo de Apitaço, no Museu do Nordeste, é o apito que confirmou milésimo gol de Pelé, em 1969

MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE/DIVULGAÇÃO

to de 40% do público no período com relação a 2012. Nenhuma das 17 instituições contatadas pela reportagem fez pesquisas para estimar a procura e a maioria não contabiliza a origem dos visitantes para preparar equipe ou atividades. Em julho de 2013, o Viver visitou nove instituições federais, estaduais e municipais e nenhuma tinha exposições bilíngues. Em

quase todas, havia profissionais fluent f luentes em outros idiomas, mas eles não estavam nas ocasiões. Pouco mudou de lá para cá, mesmo com muitas propostas à época. O Museu do Homem do Nordeste planejava inclur novas placas na exposição permanente Territórios plurais, a mais rica da cidade sobre raízes indígenas, africanas e europeias, mas o projeto não

tem data para ser efetivado. O espaço aproveita o mundial para a mostra Apitaço, a partir de 10 de junho (acima). Dos centros contatados, apenas quatro confirmaram exposições e sinalizações bilíngues: o Paço do Frevo, o Instituto Ricardo Brennand, o Museu da Cidade do Recife e o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam). “O material bilíngue é fun-

damental, porque permite a proximidade para desfrutar mais do conteúdo, ter mais profundidade de conhecimento e autonomia”, diz Paulo Braz, gerente-geral do Paço do Frevo. O palácio aposta nas programações semanais - concertos e jam sessions - para atrair os torcedores. O Museu do Estado de Pernambuco iniciou a substituição das placas informativas das peças.

INÊS CAMPELO/DP/D.A C PRESS

Centros culturais pecam na falta de planejamento de atividades específicas para atrair os turistas durante a Copa

s museus estão de portas abertas e todos os turistas são bem-vindos, preferencialmente assim, em português. Mas, apesar da previsão de presença de 193 mil turistas brasileiros e 37 mil estrangeiros no Recife na Copa do Mundo, de acordo com o Ministério do Turismo, muitos museus e centros culturais do estado não desenvolveram estratégias para aproveitar os torcedores, seja com eventos e exposições ou mesmo material bilíngue. “Embora não exista expectativa (de quantidade), sabe-se que os espaços culturais e os museus serão procurados pelos turistas”, diz a Secretaria de Turismo de Pernambuco, em nota. A grade cultural da Copa 2014 - da Secretaria de Cultura de Pernambuco e Fundarpe - destaca os polos descentralizados. “Quem vier a Pernambuco no período terá acesso à diversidade cultural, principalmente no que concerne aos folguedos e brincantes do período junino”, diz a Fundarpe, em nota. Mas, na Copa das Confederações, entre 15 e 30 de junho de 2013, 39,5% dos turistas estrangeiros visitaram museus, casas de cultura e exposições, aponta pesquisa do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Eles foram ainda a bairros históricos (50,8%), monumentos (39%) e shows (15,5%). Só na Caixa Cultural, no Marco Zero, houve aumen-

A Prefeitura do Recife concluiu a instalação de 500 placas de sinalização turística e viária (12 de instituições culturais), por R$ 840 mil.

+ bolafora

O que não foi feito

O Mepe e o Museu do Homem do Nordeste não efetivaram a troca das placas para outras bilíngues. Não foram planejadas atividades nas ruas, como em Londres (duraram quatro anos) e na África do Sul (exposições ao ar livre chamavam para os museus e centros culturais). O Museu de Arte Popular estará fechado no evento. No Cais do Sertão, um dos mais novos da cidade, os vídeos não são legendados. A verba da Petrobras para o Museu do Estado de PE e Museu de Arte Contemporânea não chegou.

Em agosto de 2013, o Viver denunciou a falta de ações

O Museu de Arte Popular ficará fechado durante o período da Copa do Mundo PREFEITURA DO RECIFE/DIVULGAÇÃO AÇÃO

À exceção do Paço do Frevo e do Memorial Luiz Gonzaga, as instituições não planejaram eventos específicos para os turistas, embora tenham ações regulares.

Museu da Cidade do Recife conseguiu traduzir o material informativo para o inglês

+ público

Média mensal de visitação aos centros culturais e percentual de estrageiros (para os que contabilizam) Caixa Cultural: 14 mil Instituto Ricardo Brennand: 12 mil Não há levantamento quantitativo Paço do Frevo: 10 mil (média dos três primeiros meses) Cais do Sertão: 7.100 (público do primeiro mês) Memorial Chico Science: 4.300 Museu do Homem do NE: 3 mil Centro Cultural Correios: 3 mil Museu da Cidade do Recife: 3 mil (5% estrangeiros) Museu do Estado de Pernambuco (Mepe): 964

Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães: 1.800 (25% estrangeiros) Museu Murilo La Greca: 1 mil Museu de Arte Sacra de Pernambuco (Maspe): 511 Memorial Luiz Gonzaga: 650 Museu da Abolição: 333 (560 antes das obras do Túnel da Abolição) Museu Regional de Olinda (Mureo): 238 Mamam no Pátio: 180 (13% estrangeiros) MAC: 84


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