Hapvida 17 09 2014

Page 1

Recife I 17 de setembro de 2014 I quarta-feira

k

www.jconline.com.br

Centro de São Paulo vira campo de batalha

ancelmo gois Ancelmo Gois

agois@oglobo.com.br pelo twitter: @ancelmocom

Panda no Zoo do Rio

VIOLÊNCIA Reintegração de posse provoca protestos de sem-teto e confrontos contra a PM, por mais de 12 horas, com prisões, feridos, saques e até ônibus incendiado

O governo chinês decidiu enviar para o Zoológico do Rio um casal de pandas, um dos animais mais queridos do planeta. O urso tem sido um elemento importante de relações públicas da China. A “Diplomacia do Panda” ganhou destaque em 1972, quando Richard Nixon ganhou de Mao Tsé-Tung dois pandas. Em um ano, mais de um milhão visitaram os pandas no Zoo de Washington.

S

AG

k A vênus negra brasileira O que diriam os fãs de Josephine Baker (1906-1975) que apelidaram a cantora e atriz francesa de “deusa do ébano” e “vênus negra” diante da nossa Cris Vianna, 37 anos? É assim que ela, no papel de Juju Popular, ex-rainha de bateria, vai aparecer na novela “Império”, desfilando com um valiosíssimo colar de esmeraldas colombianas durante a festa de lançamento da nova coleção da empresa de José Alfredo. Tem hora em que esse comendador é mau que nem pica-pau. Mas de joia, como Juju, ele entende.

Deus castiga

Como era de se esperar, o assalto sofrido pelo arcebispo dom Orani Tempesta no Sumaré, no Rio, foi destaque no exterior. O site do The Guardian ressaltou que ele foi reconhecido pelos ladrões, que mesmo assim levaram crucifixo, anel e caneta.

A explosão

A juíza Maria Leticia Gonçalves, da 39ª Vara do Trabalho do Rio, condenou a Light a pagar indenização de R$ 385 mil para Haendel Melo. Em 2011, ele sofreu um acidente quando fazia a manutenção da rede subterrânea de distribuição de energia na Rua Conde de Bonfim e foi vítima de uma explosão.

Einstein no Rio

Será aberta em fevereiro no Rio unidade de ensino do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. Terá 300 vagas para cursos de pós-graduação em saúde.

Editores: Gilvandro Filho gilvandro.filho@jc.com.br Bianca Negromonte bianca@jc.com.br Gilvan Oliveira goliveira@jc.com.br Fale conosco: (81) 3413-6182 Twitter: @jc_brasil

Chatô ...

A 6ª Vara de Órfãos e Sucessões do Estado do Rio de Janeiro julgou procedente a ação movida pela filha e pelo espólio de um filho de Assis Chateaubriand contra Nilson Bandeira Gomes, de 64 anos. Ele, em novembro de 2010, entrou na Justiça do Rio, onde corre o inventário do jornalista e empresário, alegando que Chatô era seu pai. Queria embolsar 25% dos bens a serem divididos. A sentença reconheceu que é falsa a documentação apresentada por Nilson.

Segue...

Segundo o advogado João Frederico Trotta, o processo “desmontou toda a farsa encenada por Nilson Bandeira Gomes, provando, inclusive, que o mesmo utiliza nome falso há mais de 20 anos para tentar dar um golpe nessa sucessão”. João Trotta diz ainda que a mãe de Nilson nunca teve qualquer relacionamento com Chatô.

Reprodução/Internet

k Só falta o Facebook

Apesar de inúmeros perfis em seu nome, Júlio Cesar, goleiro titular do Brasil nas últimas duas Copas, só aderiu às redes sociais segunda passada. O agora goleiro do Benfica criou o @ojuliocesar_12 no Instagram e no Twitter. Em 24 horas, ele conseguiu mais de 7 mil seguidores no Instagram.

Calma, gente

Mas ...

Marta Suplicy não discursou no encontro de artistas com Dilma e Lula, dia 15, no Teatro Casa Grande, no Rio. Ainda ouviu Ana Paula Lisboa, líder comunitária da Maré, pedir a volta de Juca Ferreira como ministro da Cultura se Dilma for reeleita.

Nélida Piñon não gostou de ver o seu nome incluído na lista de artistas e intelectuais que foram apoiar Dilma. A imortal diz que não esteve e nem compareceria a esse tipo de evento político. A escritora avisa que “não apoia o governo do PT”.

ÃO PAULO – A reintegração de posse em uma ocupação da Avenida São João transformou ontem o centro de São Paulo em campo de batalha. Durante mais de 12 horas, protestos promovidos por grupos de sem-teto e confrontos contra a Tropa de Choque da Polícia Militar foram engrossados por centenas de estudantes, usuários de drogas, vândalos e integrantes de coletivos. Nove pessoas foram presas (2 por lesão corporal contra PMs, 6 por arrastão e 1 por incendiar ônibus) e 75 acabaram levadas a delegacias por resistência e desobediência. Pelo menos 12 pessoas, incluindo 5 policiais militares, saíram feridas dos tumultos que se espalharam o dia todo pelas ruas da região central, desde o Viaduto do Chá até a Praça da República. Mesmo após o comércio baixar as portas, houve arrastões, saques e depredações em lojas e agências bancárias dos calçadões das Ruas Barão de Itapetininga e 7 de Abril. Na área mais movimentada do centro, na frente do Teatro Municipal e a cerca de 600 metros da Prefeitura, manifestantes conseguiram atear fogo em um ônibus biarticulado para 120 passageiros. Com o incêndio, uma fumaça negra se espalhou pela região, por volta das 9h30, e provocou ainda mais pânico e correria pelas ruas. Durante todo o dia, o trânsito ficou bloqueado nas principais vias do centro. O confronto teve início por volta das 7h30, quando a PM tentava cumprir autorização judicial para retirar cerca de 200 pessoas da Ocupação São João, na esquina da Avenida Ipiranga. Alguns sem-teto insatisfei-

Mariana Topfstedt/Estadão Conteúdo

brasil

jornal do commercio 7

CENÁRIO Principais vias foram bloqueadas. Manifestantes chegaram a fazer barricadas de fogo tos com a falta de caminhões para levar os pertences começaram a atirar, do alto do prédio de 20 andares, pedras e eletrodomésticos contra os policiais. O revide da PM com bombas de gás foi imediato. Mais de 30 bombas foram disparadas em menos de cinco minutos de confronto. Mulheres grávidas e com crianças de colo tentavam se proteger na garagem da ocupação. Dezenas de sem-teto do prédio eram colocados nos camburões da PM e encaminhados para três delegacias da região. “Não houve abuso nem truculência. O que houve é que muitos vândalos que não têm nada a ver com a ocupação estão aproveitando para fazer bandalheira”, afirmou o coronel da

PM Glauco Silva de Carvalho, responsável pela reintegração. O prédio da Avenida São João era ocupado por integrantes da Frente de Luta Por Moradia (FLM), entidade que comanda 13 das 60 ocupações que existem hoje no centro de São Paulo. Assim que a PM começou a lançar bombas contra o prédio da São João, outros sem-teto de ocupações da FLM nas Ruas Marconi e 7 de Abril passaram a fazer barricadas de fogo pelo centro. O movimento dos semteto conseguiu a adesão de dezenas de adolescentes moradores de rua, usuários de drogas, estudantes secundaristas e skatistas que estavam pelo centro. Até integrantes da torcida uniformizada Independente, do São Paulo, que estavam no Largo do Pai-

çandu, ajudaram a fazer barricadas e lançaram pedras contra a PM. “Aqui é todo mundo contra a PM, em qualquer situação. Nós vamos pra cima”, dizia Alexssandro Gastão, 19 anos, skatista que estava na Galeria do Rock. Como dezenas de outros jovens que estavam no centro e resolveram também enfrentar a Tropa de Choque, Gastão participou dos protestos de junho de 2013 promovidos pelo movimento Passe Livre. “Com a polícia é guerra sempre”, emendou Gastão, estudante do 1º ano de Filosofia. A perseguição e os consequentes confrontos entre PM e manifestantes se arrastaram por todo o dia. A FLM promete fazer novos protestos hoje.

Atendimento deve Ladrão pede perdão, ser feito em 2 horas mas rouba arcebispo

B

RASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu prazos máximos para o atendimento de pacientes em serviços de emergência e urgência, além de diretrizes para que conselhos locais e o Ministério Público (MP) sejam acionados em casos de falta de vagas. Segundo as resoluções, já em vigor, pacientes que chegam a esses serviços devem passar pela classificação de risco imediata e, após essa etapa, devem ser atendidos em, no máximo, duas horas. Casos graves devem ser atendidos imediatamente. Os prontos socorros e outras emergências podem cuidar de cada paciente por um período máximo de 24 horas. Depois desse prazo o paciente precisa ter alta, ser transferido ou internado. Em caso de falta de vagas, o diretor técnico do hospital deve notificar o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o gestor responsável local, que deverá buscar uma solução. Se ele for omisso ou se recusar a resolver a crise, o diretor técnico do hospital deve comunicar imediatamente ao MP. As resoluções mesclam novos padrões para o atendimento com regras já estabelecidas, mas pouco usadas, criando um grupo de diretrizes que podem facilitar a sanção

de diretores técnicos e gestores. “Não temos a ilusão que todos problemas das UPAs e emergências estarão solucionados. Mas (as resoluções ) apontam para soluções. Pela primeira vez, dão aos CRMs, sindicatos médicos e também ao MP meios para implantar ações para cobrar dos gestores a solução dos problemas”, destacou Mauro Ribeiro, relator das resoluções.

CFM fixou os prazos máximos para serviços de emergência Segundo Ribeiro, em caso de falta de vagas na rede, é preciso que os gestores públicos contratem leitos privados. Carlos Vital, presidente em exercício do CFM, afirmou que é uma tentativa de redução de danos e de encontrar caminhos em meio ao caos instalado. Disse ainda que “a medida não tem relação com a campanha eleitoral”. As resoluções reforçam que a passagem do plantão deve ser feita de um médico ao outro e que cada paciente tem direito a ter um médico formalmente responsável por ele.

R

IO DE JANEIRO Um dos bandidos que participaram do assalto ao cardeal e arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, pediu perdão ao religioso antes de levar um anel, um crucifixo e o celular dele. O crime aconteceu na noite de segunda (15) no trajeto entre o Centro de Estudos do Sumaré, no Alto da Boa Vista, e a sede da Arquidiocese na Glória (zona sul do Rio). O fotógrafo Gustavo de Oliveira, que estava no carro do arcebispo, relatou o diálogo entre o assaltante e o arcebispo. Segundo ele, o jovem questionou se Tempesta era da Igreja e depois pediu perdão, dizendo não querer fazer aquilo. Dom Orani então disse “eu te perdoo, meu filho”. Ao ser absolvido, o assal-

tante fugiu. Também foram levados a mochila de um seminarista e o equipamento fotográfico de Oliveira, estimado em R$ 25 mil. Na fuga, os bandidos resolveram abandonar os pertences de dom Orani e os telefones roubados. Oliveira disse que a picape preta a serviço da Arquidiocese, seguia pela Estrada do Sumaré, por volta das 20h, quando foi interceptada por um carro de cor prata, atravessado na pista. Um dos três assaltantes se aproximou armado e mandou dom Orani descer. “Ao pegar o crucifixo, perguntou se era de ouro. O religioso disse que não. Os objetos foram guardados na mochila de um seminarista que acabou lançada em uma rua das saídas do Sumaré”, narrou.

k rápidas Mulher é morta diante dos filhos

Médico baleado por vingança

Uma empresária foi morta na frente dos filhos em uma tentativa de roubo, no Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo, na segunda-feira. Segundo a PM, Vanessa Barone, 39, e os três filhos foram abordados por ladrões e um dos meninos reagiu.

A Polícia Civil investiga a hipótese de o ex-médico Daniel Forti, 52, ter atirado contra o urologista Anuar Mitre, 65, médico do Hospital Sírio-Libanês, por vingança. O paciente estaria descontente com uma cirurgia na uretra feita pelo especialista.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.