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DIARIO d e P E R N A M B U C O

brasil

Recife, SAB - 24/05/2014

Alcançando os objetivos do milênio Relatório divulgado ontem pelo governo mostra que o país conseguiu atingir parte das metas estipuladas pela ONU antes do prazo

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Brasil atingiu a meta assumida com a Organização das Nações Unidas (ONU) no compromisso Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. Os números integram o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado ontem em Brasília pelo governo federal. A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015. A redução de morte materna, no entanto, não teve o mesmo sucesso. O documento admite que o Brasil dificilmente vai cumprir o compromisso de chegar em 2015 com no máximo 35 óbitos maternos a cada 100 mil nascimentos. Para isso, seria necessário praticamente

ENGARRAFAMENTOS

São Paulo tem novo recorde de trânsito ALEX SILVA/ESTADÃO

Engarrafamentos atingiram 39,6% das vias paulistas A cidade de São Paulo bateu recorde de trânsito ontem. Às 19h, havia 344 quilômetros de congestionamento nas vias monitoradas pela Companhia de Engenharia de Trânsito (CET), 35 km a mais que o registrado em novembro do ano passado, último recorde. Às 18h30, o recorde já havia sido batido, com 338 km de lentidão. No dia 14 de novembro, véspera do feriado da Proclamação da República, a capital chegou a 309 quilôme-

RIO DE JANEIRO

tros de lentidão. O índice de ontem representa 39,6% das vias na cidade congestionadas, muito acima da média do horário de 20% (ou 175 km). Segundo a CET, o motivo do recorde é a chuva, que fez os motoristas diminuírem a velocidade, e o excesso de veículos. Mas o trânsito também foi reflex ef lexo da greve dos motoristas e cobradores da Grande São Paulo e da manifestação que reunia 5 mil professores. AKEMI NITAHARA/AGÊNCIA BRASIL

Ato contra discriminação no Cristo Aos pés do Cristo Redentor, um ato celebrou ontem o respeito aos direitos humanos e o combate à discriminação. A cerimônia contou com a presença dos netos de Mandela, Kweku e Ndaba, e foi parte da iniciativa mundial Zero Discriminação, do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, e da campanha “Somos todos iguais”, da Reitoria do Cristo Redentor. A ima-

MARCOS VIEIRA/ESTADO DE MINAS

Netos de Mandela e turista gem da campanha é uma borboleta, símbolo de transformação, que representa o compromisso de cada um em assumir um comportamento aberto à diversidade.

Queda na mortalidade infantil foi maior na faixa de idade entre um e quatro anos reduzir pela metade os indicadores de 2011. Naquele ano, o número de mortes de mulheres durante a gravidez, o parto ou até 42 dias após o nascimento do bebê era de 63,9 por 100 mil nascimentos. Embora ainda muito superior ao compromisso assumido, os índices de mortalidade materna no país já foram significativamente maiores. Em 1990,

eram 143 por 100 mil nascimentos. O relatório argumenta ainda que o Brasil não é o único país a ter um desempenho nessa área abaixo do que se era esperado.

Mortalidade

O relatório preparado pelo governo mostra que a queda mais significativa registrada na mortalidade na infância

ocorreu na faixa entre um e quatro anos de idade. Atualmente, o problema está concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do bebê, o período neonatal. Embora o documento ressalte que o Brasil conseguiu cumprir a meta à frente de uma série de países, o texto admite que o nível de mortalidade até os cinco anos ainda é elevado.

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Outros indicadores favoráveis O relatório também ressalta o alcance integral da meta de reduzir à metade o percentual da população sem acesso a saneamento. A meta foi atingida em 2012. De acordo com o trabalho, em 1990 53% da população viviam em moradias com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica. Em 2012, o percentual subiu para 77%. A meta brasileira para a pobreza extrema é mais ambiciosa que a mundial. O compromisso era reduzir a pobreza extrema a um quarto do nível de 1990 até 2015. De acordo com o relatório, em 2012, o nível da pobreza extrema era menos de um sétimo do nível de 1990. Pelos cálculos do governo, 3,6% da população vive com menos de R$ 70 mensais. Em 2012, 23,2% dos jovens de 15 a 24 anos não haviam completado o ensino fundamental. Embora o percentual ainda seja expressivo, os números brasileiros já foram muito piores. Em 1990, 66,4% dos jovens não haviam completado os anos de estudo.


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