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2 jornal do commercio

Recife I 12 de setembro de 2014 I sexta-feira

cidades

www.jconline.com.br/cidades Bobby Fabisak/JC Imagem

jc nas ruas Jorge Cavalcanti

cavalcanti.jorge@gmail.com twitter: @jc_jcnasruas telefone: (81) 3413.6103

Conselho de cuia na mão

Amanda Vasconcelos/Divulgação

k A surpresa da Compesa

Moradores do Curado IV, em Jaboatão dos Guararapes, estão sem água na torneira desde a última quinta-feira por causa de uma obra. Eles reclamam que não foram avisados pela Compesa de que o serviço seria realizado nem que o abastecimento seria suspenso. Para piorar a situação, por causa da cicatriz aberta na via, o caminhão de coleta não consegue recolher o lixo de casas da Rua 13. E os resíduos já estão acumulados em alguns pontos. Diante da falta de informação, eles perguntam se há previsão de quando o serviço será normalizado.

Fim da armadilha

Celpe, se liga!

A Emlurb escreve à coluna para comunicar que as três bocas de lobo que estavam abertas na Rua Sete de Setembro, na Boa Vista, foram tampadas. Pena que antes precisou uma mulher pisar no buraco e levar um tombo, na última segunda-feira, quando a chuva castigou o Recife.

Desde a manhã da 4ª feira, algumas residências e estabelecimentos da Rua Surubim, no bairro de Arthur Lundgren, em Paulista, estão sem energia elétrica, embora as contas tenham sido pagas, reclama a vizinhança. Só uma moradora registrou cinco protocolos (8045317793 é o número do último deles).

Sérgio Bernardo/JC Imagem

k Um pouco de ordem na Aurora

Um dos dois coretos da Rua da Aurora, área central do Recife, foi restaurado e vai abrigar uma base da Guarda Municipal, deixando de ser abrigo para morador de rua e ponto de consumo de e crack. O outro espaço ainda não foi reformado, mas está nos planos da PCR. Os dois estão localizados nas imediações da Secretaria de Planejamento, quase na cabeceira da Ponte do Limoeiro.

TREINAMENTO Equipes simularam atendimento a um viajante, testaram comunicação, equipamentos e cuidados com o doente

Samu e Huoc estão prontos para o ebola SAÚDE Equipes, já treinadas, simularam ontem atendimento para detectar dificuldade e acertar trabalho conjunto numa eventual entrada de caso suspeito em Pernambuco

U

ma força-tarefa formada por 28 profissionais do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, já está treinada para receber um eventual portador do vírus ebola. Ontem, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da unidade de saúde simularam o atendimento a um viajante suspeito, testando a comunicação entre as autoridades sanitárias, equipamentos de proteção individual e o manejo do doente antes da transferência ao Instituto de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde o Ministério da Saúde pretende concentrar o tratamento. Embora seja improvável que a epidemia chegue ao Brasil, a proximidade do Nordeste com a África não elimina o risco de entrada de alguém infectado, vindo da Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria, vítimas do surto que já causou mais de duas mil mortes, segundo a Organização Mundial de Saúde. A preocupação maior é com marinheiros. “Já temos 14 médicos, quatro enfermeiros e dez técnicos de enfermagem voluntários de diferentes clínicas do hospital, que poderão ser convocados a qualquer momento, além de profissionais da limpeza”, explicou Demetrius Montenegro, chefe do Isolamento de Doenças Infecciosas do Huoc. Ele acredita que em menos de seis horas após o primeiro chamado o hospital poderá receber o doente de forma segura. A presença de um suspeito em avião

ou navio deve ser comunicada pela tripulação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que acionará a Secretaria Estadual de Saúde. Daí, serão convocados o Samu e o Huoc. No Oswaldo, uma ala do isolamento será esvaziada quando houver necessidade de atendimento. Numa das quatro salas ficará o paciente; em outra, os medicamentos; numa terceira, os profissionais vão se vestir e a quarta ficará para repouso do profissional. Tanto as equipes do hospital quanto as do Samu terão que vestir roupas especiais para evitar contato com secreções do doente suspeito. Vão usar luvas e sobrebotas duplas, coladas com fitas ao macacão. A proteção individual inclui capacete e viseira e deve ser incinerada após o atendimento. A ambulância e o leito serão desinfectados. Os primeiros cuidados incluem testagem para malária, que pode ser confundida com o ebola. A enfermaria terá suporte para cuidados intensivos, se o caso exigir. É considerado suspeito procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão da doença que apresente febre súbita, acompanhada ou não de hemorragia. O médico Leonardo Gomes, coordenador do Samu, explica que a remoção de suspeitos será exclusiva do serviço 192. Trinta kits de proteção individual, segundo ele, já estão na sede do serviço. A máscara disponível pelo SUS é a N-95, a mesma usada na última epidemia de gripe A H1N1.

Jovem ainda em estado grave C

ontinua internada, em estado grave, a comerciante atingida por uma bala perdida durante uma tentativa de assalto a um delegado da Polícia Civil na Rua Imperial, no bairro de São José, área central do Recife, na última segunda-feira. De acordo com o último boletim do Hospital Esperança, Eloíse Stekalin, 24 anos, respira com a ajuda de aparelhos, está estável e não tem previsão de alta médica. A jovem estava na garupa da moto do namorado, quando um homem, identificado como Luiz Cláudio da Rocha

Sérgio Bernardo/JC Imagem

Os integrantes do Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente não aguentaram o arrocho financeiro e foram pedir socorro ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Querem pressionar o governo do Estado por um orçamento razoável. A entidade sustenta que só recebeu, desde janeiro, R$ 50 mil. A Secretaria de Planejamento diz que foram R$ 419 mil. Apesar de o valor alegado pelo Estado ser pouco mais de oito vezes o apontado pelo conselho, é uma ninharia quando leva-se em consideração o tamanho dos desafios e a importância do tema. Um Estado que se vangloria de ser um colosso nos indicadores econômicos também deveria experimentar ser superlativo na liberação de verba para o conselho. As abarrotadas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) são a ponta do longo processo social de defesa, promoção e, quando o trem descarrilha, ressocialização dos jovens. A superlotação do sistema e as 15 mortes dentro das unidades, desde 2012, sob a custódia do Estado, são evidências de várias falhas. Erraram família, sociedade e Estado. Ser generoso com o orçamento do Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente poderia ser interpretado como choque de gestão e inversão de prioridades, termos tão em voga nesta época do ano no guia eleitoral de televisão. Significaria investir na prevenção, em vez desperdiçar com um tratamento pouco eficaz. Na contramão da desvalorização do conselho por parte do Estado, a Prefeitura do Recife dá um bonito exemplo quando o assunto é atenção ao jovem em situação de vulnerabilidade social. Tocado pela Secretaria de Segurança Urbana, o projeto Trampolim capacita e emprega egressos da Funase. Jovens que dificilmente teriam chance de emprego de carteira assinada, salário razoável e atividade digna. Sem a mão estendida do poder público, a delinquência puxará para baixo.

Outra vítima, motoqueiro ficou com bala alojada no braço

Teixeira, 24, teria batido com uma arma no vidro do carro do delegado Isaías Novaes, em um suposto assalto. O policial reagiu à abordagem e acertou Eloíse, o suspeito e um homem de 57 anos que trafegava em outra motocicleta. O suspeito, atingido no tórax e no braço, foi encaminhado ao Hospital da Restauração (HR). Ele passou por uma cirurgia e, ontem, foi transferido para a enfermaria. O quadro de saúde de Luiz é estável, mas ainda não há previsão de alta. O outro ferido, Amaury José Teixeira, foi baleado no braço direito e já se

encontra em casa. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e informou que a arma do assaltante ainda não foi encontrada. De acordo com a Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS), a corregedoria abriu uma sindicância para apurar o episódio. Até a conclusão do processo, o delegado Isaías Novaes vai continuar a trabalhar normalmente. O DHPP informou também que os depoimentos de Eloíse e do suspeito vão ser colhidos assim que os dois deixarem o hospital.


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