economia
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Fernando Castilho
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Dr. Antônio virou Tonhão Na campanha para governador de São Paulo, de 1986, o empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente de honra do Grupo Votorantim, virou Tonhão. E se o PMDB não tivesse se aproveitado da onda que varreu o Brasil, teria vencido Orestes Quércia. Tonhão ganhou esse apelido dos marqueteiros que achavam que era preciso popularizá-lo. Não precisava. Em São Paulo, Antônio Ermírio de Moraes, pela sua performance em atividades na Votorantim e como presidente do Hospital da Beneficência Portuguesa, onde despachava de segunda à sexta das 7 às 9h, construíra no imaginário popular a ideia do sujeito rico, competente e trabalhador. Ou dito de outra forma: ele personificava a ideia do cara que nascera em berço de ouro, mas que estruturara um megagrupo empresarial. E que trabalhava duro: 12 horas por dia. Era o protótipo brasileiro que acredita no trabalho. O resto, Ermírio de Moraes construiu, com seu jeito despojado de vestir-se, de comportar-se e de atender a qualquer pessoa, sempre chamando-o de senhor ou de senhora. Resumindo: personificava o modelo de sucesso que todo mundo quer ser. Aquele sujeito boa-praça que todos sabem que é multimilionário, mas que se comporta como uma pessoa comum, porque tem uma história como grande empreendedor. Por isso na campanha, o Tonhão virou um candidato com tanto potencial, que foi capaz de derrotar, em números de votos, ninguém menos que Paulo Maluf num dos melhores momentos de sua vida política. Mas São Paulo tem dessas coisas e perdeu uma chance extraordinária de formatar um padrão de político para o Brasil.
Feira de hospitais quer movimentar R$ 200 mi
EVENTO Hospitalmed começou ontem no Centro de Convenções. Feira é voltada para profissionais da área e um dos pontos fortes são as oficinas para reciclar a mão de obra
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Hospitalmed – Feira de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios começou ontem no Centro de Convenções de Pernambuco e segue até o dia 28 deste mês. O evento acontece pelo segundo ano consecutivo no Recife e pretende reunir mais de 15 mil profissionais da área de saúde para conhecer as principais tendências e lançamentos do setor e discutir os rumos da gestão hospitalar nas regiões Norte e Nordeste do País. Este ano, a feira está três vezes maior e conta com 300 marcas expositoras, que se reúnem com objetivo de realizar negócios, numa expectativa de movimentar R$ 200 milhões, quatro vezes mais em relação ao resultado obtido na edição do ano pas-
Clemilson Campos/JC Imagem/8-8-2012
jc negócios
CUSTO BAIXO Noblat: “O profissional poderá se reciclar” sado. “As regiões Norte e Nordeste são muito promissoras, mas também muito carentes de eventos que tragam inovações tecnológicas e qualificações pa-
ra os profissionais do setor”, diz diretor da BTS Informa e gestor do evento, Rodrigo da Fonte. Esta edição da Hospitalmed conta com a participação de grandes hospitais particula-
res da cidade, como o Real Hospital Português, Hospital Albert Sabin e Hospital Santa Joana, entre os expositores, além de empresas fornecedoras da área hospitalar, a exemplo da Totvs, MV, Agfa Heathcare, Inbramed e outras. A qualificação profissional é um dos pontos fortes desta edição. Além de congregar nove eventos simultâneos, a Hospitalmed realiza cerca de 60 workshops com diversos temas, entre eles, gestão, faturamento, auditoria e outros. “O profissional terá a oportunidade de se reciclar a um custo acessível”, diz o coordenador do evento, Eurico Noblat.
q Mais na web Horário e programação de oficinas no www.jc.com.br
k Macarrão preparado no espaço
A Nissin Miojo anunciou que vai preparar, no espaço, pela primeira vez na história, um alimento que será cozido pela atmosfera. Será assim: um foguete não tripulado levará uma cápsula, especialmente construída para carregar os ingredientes da receita e ejetará o recipiente no espaço. A ideia é que a refeição entre em ponto de ebulição quando a cápsula cruzar a mesosfera no caminho de volta para casa. O foguete será lançado em janeiro de 2015, nas comemorações dos 50 anos de Nissin Miojo Lámen no Brasil.
Prêmio para a 51 Atendida pela agência pernambucana Gruponove, a cachaça 51 conquistou o 1º lugar do Top of Mind Natal como a marca mais lembrada pelo público consumidor na categoria Aguardente de Cana
Ciclo de logística No Amcham Business Center acontece, hoje, o Ciclo de Decisões: Logística. Com Marcílio Cunha, da MC Log, Fernando Perez, da Cone, Carlos Dubeux, da Vitarella, e Menotti Marques do Grupo Campari.
Paulo Câmara no Convention
Amanhã, o Recife Convention & Visitors Bureau receberá o candidato a governador de Pernambuco pelo PSB, Paulo Câmara, para o café da manhã.
Certificado para a Coopanest
A Cooperativa dos Anestesiologistas de Pernambuco anuncia a criação do seu Programa de Qualidade que mira na candidatura de certificação internacional.
Estado dos sem...
...usina de açúcar
Sem as usinas Pedroza (Cortez) e UnaAçúcar (Água Preta), a Associação dos Fornecedores de Cana estima que um milhão de toneladas de cana de produtores estão sem destino industrial.
A AFCP estima que, por ter capacidade de processamento, a usina Pumaty (Palmares) poderia ter condições de absorver a sobra de matéria-prima que ficará sem moer na Mata Sul.
k Salão Nordeste Feira de lanchas e produtos náuticos Deu gente no Salão Náutico do Nordeste, realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, neste final de semana. A mostra teve um público de mais de 8 mil pessoas interessadas nas novidades do setor de lanchas e acessórios. O evento em 2015 deverá acontecer em abril.
BC defende uso da nota de crédito O Banco Central defendeu ontem a legalidade da ferramenta escore (nota) de crédito, utilizada na análise das concessões de financiamento. Há hoje mais de 120 mil ações no país contra o uso desse serviço. Um dos argumentos é que se trata de um banco de dados. Com isso, pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), seria necessário dar acesso às informações existentes aos clientes. O governo, empresas de análise de crédito e o setor bancário afirmam, entretanto, que não há banco de dados. O escore seria uma ferramenta que analisa dados de outros bancos, como cadastro de inadimplentes e dados pessoais fornecidos e de consumo dos quais o cliente já têm conhecimento. Ele é um modelo estatístico que calcula a probabilidade de inadimplência do consumidor nos próximos meses. O resultado da consulta é apresentado em uma escala numérica, na qual o menor índice representa maior risco. A questão está em análise, no momento, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em audiência pública, o procurador geral do BC, Isaac Sidney Menezes Ferreira, afirmou que o escore atende aos direitos dos consumidores e deveres daqueles que concedem o crédito.
DEFESA
“O escore de crédito não se confunde com banco de dados. Não reúne informação, avalia informações reunidas em bancos de dados regulados por legislação própria”, afirmou Ferreira. O procurador geral do BC afirmou que essa ferramenta está dentro das regras de defesa do consumidor e da legislação do setor financeiro. Disse ainda que é obrigação dos bancos evitar a concessão de crédito de maneira imprópria. Segundo Ferreira, uma decisão desfavorável ao uso do escore teria, como efeito imediato, aumento da inadimplência e retração nas concessões de crédito, além de trazer instabilidades ao sistema financeiro. “O Banco Central tem a expectativa de que a decisão seja pela legalidade”, afirmou. A audiência foi proposta pelo ministro do STJ Paulo de Tarso Sanseverino, relator de um recurso da Boa Vista Serviços. A empresa foi condenada em instâncias inferiores a indenizar um consumidor do Rio Grande do Sul que teve pedidos de cartões em lojas e bancos negados, mesmo sem haver restrição de crédito contra ele. O processo tramita sob o rito dos recursos repetitivos, ou seja, a decisão passará a ser o entendimento do Tribunal sobre o assunto e valerá para processos semelhantes.