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2 jornal do commercio

Recife I 30 de setembro de 2014 I terça-feira

cidades

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AACD ganha mais um parceiro de peso

jc nas ruas Jorge Cavalcanti

cavalcanti.jorge@gmail.com twitter: @jc_jcnasruas telefone: (81) 3413.6103

Esburacada e perigosa

A

Sérgio Bernardo/JC Imagem

k Isso já deveria ser uma escola

No bairro de Sítio dos Pintos, na Zona Norte do Recife, Prefeitura do Recife, ainda na gestão de João da Costa, começou a construir uma escola. De acordo com o prazo estabelecido na placa oficial, as obras deveriam ter sido finalizadas em janeiro de 2013. Mas, pelo que a imagem acima comprova, a empreitada ficou pelo meio do caminho.

À espera

72 novos juízes

Até as 17h de ontem, último dia do prazo, o diretor do Presídio ASP Marcelo Francisco Araújo, Arthur Henrique, não havia enviado as explicações à Justiça sobre o caso em que detentos foram flagrados transportando caixas e mais caixas de munição.

Os novos magistrados tomam posse hoje, em uma solenidade no TJPE. Depois do curso de formação de 480 horas na Escola Judicial do Tribunal, eles assumirão comarcas vagas no interior do Estado. Hoje, há cerca de 400 juízes em PE e outras 260 vagas abertas.

Os motoristas surdos poderão se comunicar com os agentes de arrecadação da Rota do Atlântico por meio da Língua Brasileira de Sinais.

Bancos de leite com estoque baixo

Os hospitais Barão de Lucena, no Recife, e Jesus Nazareno, em Caruaru, precisam de doação. Mais informações pelo 3184-6552 para o HBL. E 3719-9338 para a unidade do Agreste.

Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) e o Pernambuco dá Sorte formalizaram ontem, com a assinatura de um contrato, a parceria que vai proporcionar auxílio financeiro, suporte institucional e marketing social à AACD durante um ano. A instituição vai receber R$ 42 mil por mês até setembro do próximo ano, totalizando um investimento de R$ 504 mil. Os recursos vêm de títulos de capitalização. O convênio faz parte do projeto Pernambuco dá Sorte Solidário, promovido junto ao Instituto Ativa, que desenvolve ações sociais por todo o País. Atualmente, três instituições filantrópicas do Recife são beneficiadas, como o Lar do Nenen, na Madalena (Zona Oeste do Recife), a Creche Comunitária Nossa Senhora de Boa Viagem e o Projeto Estrela Guia. De acordo com o presidente do conselho regional da AACD no Estado, o ex-governador de Pernambuco Gustavo Krause, a parceria é importante para ampliar as áreas de atuação da associação. “Com os recursos, vamos poder nos aprimorar do ponto de vista científico e oferecer mais serviços. Vamos receber R$ 42 mil todo mês, durante um ano, e o corpo clínico e o setor administrativo vão identificar as áreas de prioridade para aplicar o dinheiro”. A associação atende crianças de zero a 16 anos com deficiência física, adultos amputados e pessoas com le-

BOA HORA Entidade, que atende crianças com deficiência física, estendeu serviços para adultos sões medulares. Cerca de 900 atendimentos são realizados por dia nos serviços clínicos e de terapia. A médica Vanessa Van der Linden explica que a reestruturação da unidade para tratar adultos é a necessidade mais urgente da AACD. “Começamos a trabalhar com adultos há dois anos. Antes, tudo era voltado para crianças. Por isso, precisamos fazer reformas em vestiários e nos banheiros”. O sócio e gestor do Pernambuco dá Sorte Julio Pascoal afirma que o projeto pode ser renovado por mais 12 meses. “Estamos muito felizes com essa parceria, porque a instituição realiza um trabalho bastante importante para a sociedade. O prazo do convênio é de um ano, mas a ação pode ser renovada por outro período igual. Eu espero que essa parceria dure por muito tempo”. A AACD funciona na Ilha Joana Bezera, área central do Recife, há 15 anos, e já realizou aproximadamente 265 mil consultas clínicas e cerca de 1, 2 mil terapias.

Filantrópicos pedem socorro H

André Malagueta Galvão/Divulgação

k Letreiro para gringo ver

Na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, o ponto ao qual o turista deve se dirigir para tirar dúvidas está mal identificado. Faltam três letras na fachada do imóvel, contrastando com a boa aparência que deve marcar a atividade.

Uma solução...

...por um teto

Representantes das milhares de famílias que ocupam área privada no bairro de Passarinho, no Recife, têm encontro hoje com o procurador-geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon, para tentar desativar uma bomba que tem data marcada para ser detonada.

Pelo prazo estabelecido em ordem judicial, as famílias têm até o dia 9 de novembro para desocupar o terreno. E alegam que não têm para onde ir. Além do MPPE, o Executivo deveria interceder em favor de uma solução e, assim, evitar a ação de reintegração de posse.

ospitais filantrópicos do Estado ostentam em suas fachadas cartazes pretos com letras brancas. Os dizeres “Os hospitais filantrópicos pedem socorro” chamam a atenção de quem passa em frente às unidades. O ato, um grito de socorro de proporção nacional, pretende chamar a atenção para a atual situação das unidades de saúde beneficentes no País e levar a debate público o investimento para o repasse da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com a Federação dos Hospitais Filantrópicos de Pernambuco (Fehospe), desde 2005 a tabela de procedimentos do SUS, que apresenta valores a serem pagos a hospitais particulares e filantrópicos que possuem convênio com o sistema, está congelada. Um exemplo seria o repasse de cerca de R$ 530 por parto, enquanto os gastos com o procedimento ficam em torno de R$ 1.200. Por outro lado, a dívida dos hospitais em todo o Brasil só aumenta. Segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil (CMB), em 2013, a dívida das

Edmar Melo/JC Imagem

Libras agora nas praças de pedágio

Alexandre Gondim/JC Imagem

ASSISTÊNCIA A Empresa Pernambuco dá Sorte vai repassar R$ 42 mil por mês para a instituição ampliar projetos e atendimento na unidade recifense da Ilha Joana Bezerra

A péssima conservação do trecho da BR-101 que corta Pernambuco não faz da rodovia federal apenas uma dor de cabeça constante para motoristas. O asfalto decadente e a falta dele em vários pontos, consequência do tráfego de veículos pesados aliado à ausência de manutenção, geram um perigo real aos condutores e elevam a possibilidade de acidentes fatais. Os números da Polícia Rodoviária Federal atestam o risco que é trafegar pela BR-101 no Estado. No próximo mês, com nove meses de atraso em relação à promessa inicial, o serviço de requalificação da rodovia começará. Pela estimativa oficial, serão 21 meses de obras. As interdições na pista exigirão paciência dos motoristas que são obrigados a circular pela rodovia. Em que pese o cronograma traçado pelas autoridades, é de se esperar que a reforma da BR-101 se arraste por um tempo maior. Com a exceção da Arena Pernambuco, nenhuma grande intervenção anunciada nos últimos anos no Estado foi concluída no tempo prometido. As fortes chuvas – sempre elas! – e o atraso na liberação de verbas são justificativas recorrentes dos gestores públicos. No caso da BR-101, acredito que não será diferente.

HOSPITAIS Unidades de saúde exibem faixas pretas nas fachadas, chamando atenção para a crise instituições de saúde filantrópicas era estimada em R$ 15 bilhões. Destes, R$ 5,4 bilhões eram referentes a débitos com a União e R$ 10 bilhões, acumulados com bancos e fornecedores.

DEFASAGEM

Para o superintendente-executivo da Santa Casa de Misericórdia no Recife, Fernando Costa, uma das instituições filantrópicas mais tradicionais do Estado, o movimento, reali-

zado em vários Estados, é uma forma de alertar a sociedade para a situação das entidades no País. “A cada R$ 100 gasto em um procedimento, a tabela do SUS só cobre R$ 35. Existe uma defasagem de 35%. Com isso, houve um subfinanciamento desses procedimentos, através de endividamento bancário e fiscal”, explica o superintendente-executivo. Pelo menos 12 do total de 24 hospitais filantrópicos de Pernambuco aderiram à para-

lisação e afixaram os cartazes em protesto. Juntas, as instituições possuem 3 mil leitos e são responsáveis por aproximadamente 150 mil atendimentos mensais. Grande parte delas destina de 90% até 100% da sua capacidade no atendimento do Sistema Único de Saúde, ainda que a legislação exija apenas 60%. “Os hospitais filantrópicos são os grandes parceiros do SUS, que fazem mais com menos”, observa Fernando Costa.


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