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jornal do commercio 3

Recife I 19 de junho de 2014 I quinta-feira

JC no mundial

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Costa Rica é empolgação Fotos: Alexandre Gondim/JC Imagem

CHEGADA AO RECIFE Centenas de costa-riquenhos foram ao Mar Hotel recepcionar a seleção, que chegou ontem

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arulhentos e muito animados. Se depender da empolgação dos torcedores (misturando-se aos curiosos eram cerca de 200) que recepcionaram a seleção da Costa Rica, ontem à noite, no Mar Hotel, em Boa Viagem, temos tudo para vermos mais uma zebra na Copa do Mundo. Mesmo sabendo da força e tradição da Itália, todos estavam confiantes em outro bom resultado na competição. Um dos mais empolgados, ainda mais depois da vitória por 3x1 contra o Uruguai, era Luis Ferrandino, de 42 anos. Natural de San Jose, a capital do país, ele estará meio dividido no jogo de amanhã, uma vez que sua família é de Ísquia, uma ilha italiana que pertence à região de Nápoles. “Estou com o coração partido, mas vamos ganhar. Estou confiante numa vitória por 2x1, com gols de Campbell e Urena. Vou aos Mundiais desde 1990 e posso garantir que vamos avançar às oitavas de final”, disse. Se atingir o objetivo traçado por Ferrandino, a Costa Rica igualará a campanha de 1990, quando chegou a essa fase, sendo eliminada pela Tchecoslováquia. Para sentir de perto o clima da delegação da América Central, muitos costa-riquenhos fizeram questão de se hospedar no mesmo hotel em que a seleção ficará em sua estada no Recife. Foram reservados cerca de 60 apartamentos (cada um comporta, em média, duas pessoas). A estimativa da Fifa é que 3 mil costa-riquenhos estejam presentes amanhã na Arena Pernambuco. Ontem, os cerca de 200 torcedores – entre naturais do país da América Central e curiosos das redondezas –, se amontoaram na rua Barão de Souza Leão, em frente ao hotel, para ver o time do técnico Jorge Luis Pinto chegar. A CTTU chegou a interditar o trecho, desviando o fluxo de veículos nas ruas adjacentes. Quando os jogadores chegaram, a torcida fez a festa. Mesmo sem parar para dar entrevistas, alguns ainda acenaram para a centena que se aglomerava num gradil de proteção. “Fiquei meio chateado porque eles não pararam para falar conosco, mas ainda assim deu para ver alguns, como Campbell, Oscar Granados e Christian Bolanos. Vamos ganhar de 2x1”, disse o confiante Jorge Solano, de 29 anos.

ANIMAÇÃO Seleção da Costa Rica (no alto), que chegou sob um forte esquema de segurança ontem à noite no Mar Hotel, em Boa Viagem, foi recebida por muitos torcedores costa-riquenhos e curiosos (à esquerda). Para Luis Ferrandino (de vermelho à direita), placar será de 2x1 a favor

Giuseppe Cacace/AFP

Itália tenta se adaptar ao calor Da Redação, com agências

A Itália tem chegada prevista ao Recife hoje, às 10h20, e vai direto fazer o reconhecimento da Arena Pernambuco, palco da partida de amanhã contra a Costa Rica, a partir das 13h. Ontem, em Mangaratiba (RJ), onde está sediado o “quartel-general” da Azzurra, a rotina dos jogadores mudou para que começassem a se adaptar ao horário do jogo. Ontem, em vez do café da manhã, os jogadores fizeram uma refeição como se fosse o almoço de dias de jogo, com direito a massa. Às 12h45, teve então início o treino. Neste momento, a temperatura era de 26ºC, com o sol escondido entre nuvens e uma brisa, que ajudava a refrescar – depois, o tempo fechou e ficou em 24ºC. No Recife, no mesmo horário, o termômetro mostrava 28ºC. Para amanhã, há a possibilidade de chuva durante a partida. O temor com as condições climáticas é constante na delegação italiana. Foi assim antes do jogo em Manaus contra a Inglaterra (e depois houve uma chiadeira geral pelo fato de não ter havido paradas técnicas para os jogadores poderem se hidratar). E está sendo assim para o jogo no Recife, principalmente por causa

BRONCA De Rossi disse que calor no Recife “quase matou” italianos no jogo da Copa das Confederações, em 2013

do horário. Os jogadores que estiveram na Copa das Confederações no ano passado ainda se lembram muito bem – e sem nenhuma saudade – do sufoco que passaram no jogo contra o Japão na Arena Pernambuco, vencido de virada por 4x3. “No ano passado quase morremos lá (no Recife) e a partida foi disputada à noite. Agora vamos jogar às 13h, é assustador”, disse o volante De Rossi, na última terça-feira. A combinação de alta temperatura com elevada taxa de umidade é o que mais assusta os italianos. A delegação italiana está fazendo pressão para que amanhã o jogo seja paralisado uma vez em cada tempo para que os jogadores possam beber água. Todos os que falam com os jornalistas – sejam jogadores, o técnico Cesare Prandelli, o médico Enrico Castellacci ou o presidente da Federação Italiana de Futebol, Giancarlo Abete – dizem que a adoção desta medida é uma questão de bom senso. Outro consenso entre os italianos é que o horário da partida é mais prejudicial a eles do que aos costarriquenhos, que estão mais habituados a um clima quente e úmido como o do Recife.


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