Marcos meira 1509 2014

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Editora: Cláudia Santos Editoras-assistentes: Leianne Correia e Tatiana Nascimento

Recife, SEG - 15/09/2014

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Conexões estreitas entre quadrilhas GABRIELA KOROSSY/ CAMARA DOS DEPUTADOS

Documentos encontrados pela Polícia Federal mostram que Alberto Yousseff e Carlos Cachoeira mantiveram contato

A

Polícia Federal encontrou no escritório da contadora Meire Poza documentos que revelam as conexões entre duas quadrilhas flag f lagradas em escândalos com desvio de recursos públicos nos últimos anos. Contratos, notas fiscais e extratos bancários que estavam com a contadora mostram que uma empresa de fachada do doleiro Alberto Youssef manteve negócios com outra empresa de fachada que atuava no esquema operado pelo bicheiro Carlos Cachoeira. Do lado de Youssef está a RCI Software. Do lado de Cachoeira, que mantinha ligações com a empreiteira Delta, aparece a empresa Alberto & Pantoja. Repasses de dinheiro da Pantoja para a RCI foram descobertos pela CPI do caso Cachoeira, mas na época não se conseguiu avançar na identificação do que era aquele dinheiro. Nem a quem se destinava.

Contadora Meire Poza tinha documentos que mostravam relação entre os dois Agora, com os novos documentos apreendidos pela PF, os investigadores já sabem que a RCI não só está na lista de empresas operadas por laranjas de Youssef como foi usada para arrecadar dinheiro junto a grandes empreiteiras do país envolvidas com a Petrobras. No escritório de Meire Poza foram encontrados contratos em nome da RCI e várias notas fiscais. Um deles é assinado pela construtora OAS. Outro pelo consórcio Sehab, formado pela mesma OAS e pela construtora Constran.

Empreiteira

Os documentos mostram como o doleiro está próximo da empreiteira. O consórcio Sehab foi criado no dia 27 de setembro de 2010. Um dia depois o consórcio assinou contrato com a Prefeitura de São Paulo, na gestão de Gilberto Kassab (PSD), para obras de urbanização da favela Real Parque, no montante de R$ 140,8 milhões. No dia 4 de outubro, um dia depois das eleições, a RCI foi contratada pelo consórcio para prestar consultoria em “implantação de

software”. O contrato vincula o pagamento de R$ 280 mil ao “êxito” do negócio. No caso da OAS, o contrato é de R$ 225 mil para “consultoria em informática”. Foi assinado em julho de 2010 e tem texto semelhante ao do assinado pelo consórcio. Há também a previsão de que o pagamento só será realizada após o “êxito” do contrato. Em maio de 2012, encontrado pelo O Globo em São Paulo, Eufranio Ferreira Alves confessou ser laranja. (DA AGÊNCIA O GLOBO)

Paulo Roberto Costa pode ser solto Após passar as duas últimas semanas prestando depoimentos para cumprir o acordo de delação premiada sobre o esquema de desvio de dinheiro na Petrobras, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa aceitou repatriar US$ 23 milhões que haviam sido depositados na Suíça. Isso pode fazer com que ele saia

da cadeia ainda esta semana, como parte de um acordo firmado entre Costa e o Ministério Público Federal no Paraná. Se for solto, ele deverá usar tornozeleira eletrônica, segundo o site do jornal Valor Econômico. O acordo para pagar os US$ 23 milhões em conta no exterior foi revelado ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo.

CURTA EXPANSÃO

AZUL LINHAS AEREAS/DIVULGAÇÃO

DÓLAR

B5

Azul depende de decisão do governo Com 103 destinos em operação, a Azul chegou perto do limite de cidades para onde pode voar no Brasil. Para concretizar parte do seu plano de expansão, a empresa precisa avançar no mercado regional e entrar no Aeroporto de Congonhas. Mas para isso, depende de deci-

sões do governo. O avanço no mercado doméstico está sujeito à aprovação do plano de estímulo à aviação regional, que está tramitando no Congresso.

Os depoimentos de Costa apontaram o envolvimento de diversos políticos na esfera do Executivo e do Legislativo com o suposto pagamento de propina da estatal. O ex-diretor foi preso em março, na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Após ser solto em maio, ele foi novamente detido, preventivamente, no mês seguinte.

Wikipedia

O perfil de Costa na enciclopédia colaborativa Wikipedia foi alterado por meio de um computador com IP da Petrobras. O texto, que ficou no ar por cerca de seis minutos, dizia que Costa era cria de FHC e havia sido demitido pelo PT por estar “muito soltinho”. A estatal confirmou que a alteração foi feita na empresa.


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