Pontes dp 05 06 2014

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DIARIO d e P E R N A M B U C O -

especial

Recife, QUI - 05/06/2014

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Já pensou usar outro tipo de energia? Soluções como uso do gás natural e energia solar ainda são pouco usadas em Pernambuco, mas já são acessíveis a quem se interessar

+ saibamais

Fontes energéticas no Brasil

De acordo o Ministério de Minas e Energia, em 2012, o Brasil produziu 552 trilhões e 5 bilhões de watts por hora ou 552,5 TWh. A maior parte do valor, 83,3%, foi produzida por energias renováveis, que são as que são provenientes de recursos naturais.

O setor renovável que mais produziu foi o hidráulico, através das usinas hidrelétricas, com 76,9% do total disponível, 592,8 TWh. Mesmo com uma grande produção interna, o país importou energia do exterior: 40,3 TWh.

As demais produções por energias renováveis apresentam tímidas expressões junto às não renováveis: gás natural, 7,9%. biomassa, 6,8%, derivados do petróleo, 3,3%, energia nuclear, 2,7%, carvão e derivados, 1,6% e eólica, 0,9%. A solar não chega nem a ser mencionada na análise.

ALCIONE FERREIRA/ DP/D.A PRESS

É

impossível imaginar o século 21 desligado da tomada. Trabalhando na mais alta voltagem possível, o ritmo de produção e consumo da sociedade vem exigindo cada vez mais dos recursos energéticos, trazendo impactos negativos para o meio ambiente. Mas como é possível obter alternativas? A energia solar, apesar de ter custo alto de investimento, já está disponível para particulares. No Recife, a empresa Salviano Engenharia é uma das mais atuantes, já tendo feito projetos para o Mar Hotel, em Boa Viagem, e para a Arena Pernambuco em São Lourenço da Mata. A tecnologia usa placas fotovoltaicas que captam e usam a luz do sol para aquecer água e até gerar eletricidade. “Para residências, o retorno do investimento vem em cerca de dois a três anos, com contas de energia bem mais baixas”, explica o engenheiro Carlos Salviano, diretor da firma. O resultado é aprovado pelo administrador Carlos Alberto Pessoa, que instalou há dois anos um sistema de aquecimento de água por placas solares na casa onde mora, no bairro de Cajueiro, Zona Norte do Recife. “Acho uma incoerência usar outros tipos de energia, o estado deveria incentivar essa alterna-

tiva. Minha conta de luz agora dá o mesmo valor que o da casa que morava antes, que tinha metade do tamanho desta”, compara. O gás natural é uma opção mais acessível de energia. Apesar de sua produção não ser renovável, ele traz segurança, conforto e economia, podendo ser usado em sistemas de refrigeração e ar condicionado, alimentar fornos e fogões, aquecer água e combustível para veículos. Através de tubulações subterrâneas, o gás chega a 11 bair-

ros do Grande Recife. Até 2016, mais 15 áreas serão beneficiadas. Segundo Jaílson Galvão, diretor técnico-comercial da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), responsável pela distribuição do gás natural no estado, os interessados podem aderir solicitando a ligação da tubulação a casas ou edifícios. Na RMR, já são mais de 13 mil usuários. “O GN emite menos poluentes e é seguro, pois dispensa o uso de cilindros ou botijões de gás inflamáveis

dentro de casa ou nas dependências de condomínios, diminuindo os riscos com acidentes”, detalha. Apesar dos benefícios, Jaílson reconhece que o uso local do GN ainda é baixo. ”No Nordeste, temos a tradição de chuveiro elétrico, que é o vilão da conta de energia, assim como o ar condicionado. Os prédios mais modernos já trazem aquecimento a gás porque usar eletricidade para aquecer água é desperdício, além de perigoso”, lembra o diretor.

Por meio de placas fotovoltaicas, a energia solar pode aquecer a água do banheiro e até gerar eletricidade


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