Pontes dp 21 09 2014

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DIARIO d e P E R N A M B U C O

economia ■ ■ ■

Recife, DOM - 21/09/2014

diario econômico

Copa, bola fora para hotel RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS - 23/06/14

rochelli dantas - interina rochellidantas.pe@dabr.com.br

O entrave burocrático O Complexo Industrial Portuário de Suape quer se tornar um concentrador de veículos. Por esses dias, a diretoria do empreendimento irá se reunir com executivos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para apresentar a infraestrutura existente para operações do setor e buscar novos contratos. Hoje, o local conta com um pátio de cinco hectares, cuja obra foi concluída em 2013 e está pronta para operação, e outro com quatro hectares já em funcionamento. Com isso, o empreendimento já recebe carros da GM e da Volkswagen. Daqui, o produto segue para as concessionárias pernambucanas e também para outros estados. Em breve, os veículos da Fiat passarão a circular pelo local. O porto pernambucano tem uma vantagem: a localização geográfica. As montadoras hoje utilizam, preferencialmente, a cabotagem (navegação entre portos marítimos de um mesmo país sem perder a costa de vista) para esse tipo de operação. Em alguns casos, a distribuição precisa ser via terrestre. E já ter empresas realizando este tipo de serviço puxa a chegada de outras. Mas existe uma pedra no meio do caminho: a burocracia. Todas as licitações e autorizações referentes aos portos brasileiros são realizadas pela Antaq junto à Secretaria Especial de Portos. Essa centralização dificulta o andamento. Alguns terminais aguardam a licitação há mais de um ano. No início deste ano, Suape deu início, por exemplo, à construção de um novo pátio de veículos, uma área de dez hectares, que será destinada à operação da Fiat. A ideia é que ela seja arrendada por uma empresa, que ficará responsável pela operação. Mas, para isso, o complexo necessita da autorização. A previsão era de que as licitações avançassem a partir de maio. Até agora nada. Para pegar carona na indústria automobilística e ter lucros maiores, o Complexo de Suape precisa encarar esta burocracia. Ou operar o espaço por conta própria, o que é permitido, mas aí o lucro não é o mesmo.

Primeira convocação Mais uma oportunidade para aqueles que desejam se tornar fornecedores do polo automotivo pernambucano. O Instituto Euvaldo Lodi (IEL/PE) está convocando fabricantes de produtos e prestadoras de serviços para integrarem o Programa de Qualificação de Fornecedores (PQF), que foi desenhado junto com o MDIC e a Fiat Chrysler e oferece capacitação a este público. Informações e inscrições: www.ielpe.org.br.

De olho nas vagas RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS - 28/11/13

A Esposende já está contratando funcionários para os últimos meses do ano, considerados o melhor período de vendas para o comércio. A promessa da empresa é chegar a mil temporários. Deste total, 25% serão contratados em outubro, 65% em novembro e 10% em dezembro. O total de funcionários poderia ser maior, mas o setor está desanimado. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera avanço de apenas 3% nas vendas no período, o pior índice desde 2004.

Troca de moedas Com investimento na ordem de R$ 750 mil, a Recife Câmbio, em Boa Viagem, já prepara terreno para a abertura da terceira filial. Vai funcionar no Cone Suape Multicenter. De acordo com o diretor da empresa, Pedro Pragana, a unidade terá como foco atender os grandes executivos que precisam de moeda estrangeira para fechar negócios ou viajar.

Metalmecânica Empresários e pesquisadores do Brasil e da Alemanha participam de um encontro de negócios no próximo dia 29, no Hotel Armação, em Porto de Galinhas. A ideia é identificar demandas importantes e tecnologias que agreguem valor aos processos produtivos do setor de metalmecânica.A reunião faz parte da programação do 5º Bragfost (Brazil-Germany Frontiers of Science andTechnology Symposium). O foco está no setor de metalmecânica.

Jogos da Copa do Mundo atraíram turistas de vários países, além dos próprios brasileiros de outros estados

Fluxo de hóspedes só foi maior nos dias que antecederam os jogos. No restante de jo julho, julh ocupação ficou abaixo do esperado e mantém-se baixa

O fluxo de hóspedes está voltando à normalidade ao poucos, mas está bem abaixo do mesmo período em outros anos” Otaviano Maroja, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) em Porto de Galinhas.

JULIANA CAVALCANTI julianacavalcanti.pe@dabr.com.br

O

ano de 2014 gerou bastante expectativa no setor hoteleiro pernambucano por conta da Copa do Mundo e agora, no pós-evento, os empresários começam a contabilizar os refflex lexos da grande divulgação do Brasil no exterior. Se por um lado o evento trouxe muitos turistas durante o período dos jogos, por outro, o faturamento esperado pelo setor não se realizou no restante do mês de julho – por conta também do evento – e nem vem se recuperando da forma esperada, devido ao período eleitoral. “Durante a Copa os resultados foram muito bons nos dias próximos ao jogos, mas no restante deixamos de vender porque o brasileiro não viajou tanto para poder assistir aos jogos. Então, se no início do ano já tinha acontecido uma perda por causa do encurtamento das férias escolares, no meio do ano o resultado não foi completo por-

que a tradição é de as pessoas assistirem aos jogos com as famílias e não programaram tantas viagens”, explica Otaviano Maroja, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Porto de Galinhas. De acordo com Otaviano Maroja, que também é dono do Solar Porto de Galinhas, os bloqueios feitos para atender a operadora oficial da Copa – com diárias mais altas – acabaram afastando os turistas “comuns”, já que impediam a comercialização de diárias com tarifas menores do que a estabelecida pela operadora.

Normal

“O fluxo de hóspedes está voltando à normalidade ao poucos, mas está bem abaixo do mesmo período em outros anos. A imagem do Brasil está bastante valorizada no exterior, mas o resultado vem aos poucos, não é imediato”, complementa Maroja, lembrando que desde 2008 – ano de início da crise ecolunômica internacional – o fflu

xo de estrangeiros vem caindo. Se antes até 40% dos hóspedes vinham de outros países, agora esse percentual não passa de 10%. Sérgio Paraíso, diretor de Marketing do grupo Pontes Hotéis, diz que o resultado dos hotéis da rede no Recife foram maiores em 15%; já para o segundo semestre, o resultado deve ficar em torno dos 10%. Já para o Summerville, em Porto de Galinhas, o faturamento deve crescer em torno de 12%. “Esperávamos crescer em 2014, como um todo, entre 10% e 15% e terminaremos com um resultado de 5%”, avalia. Segundo Sérgio Paraíso, o período de eleições trava normalmente uma série de investimentos e de eventos que ficam em compasso de espera por conta da lei eleitoral e também por uma expectativa dos resultados. Além desse fator, o desaquecimento da economia fez as empresas congelarem algumas ações, como treinamentos e viagens promocionais.


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