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Editora: Cláudia Santos Editoras-assistentes: Leianne Correia e Tatiana Nascimento
Recife, QUI - 18/09/2014
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O vice-presidente Michel Temer confirmou ontem que o governo prevê novos reajustes de preços dos combustíveis
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Churrasco ainda mais salgado Preço do quilo da carne não para de subir e acumula alta de 20%. Tendência é que valor continue a subir por conta da seca que afeta o país
Preço médio do quilo da carne em R$
Fonte: Dieese-PE
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MIRELLA FALCÃO mirellafalcao.pe@dabr.com.br
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O
preço da carne bovina não para de subir. Nos últimos doze meses, o produto já acumula um aumento de 20% e a tendência é de que siga em trajetória de alta. Por conta da estiagem prolongada nas principais áreas de produção do país, especialmente em São Paulo, não houve pasto para engordar o gado e agora há menos oferta do animal para o corte. Segundo a Associação Pernambucana de Supermercados (Apes), o frango, o peixe e a carne suína estão com preços estáveis e podem substituir a carne bovina. Segundo pesquisa da Dieese-PE que acompanha os preços de três tipos de corte (patinho, chã de dentro e chã de fora), a carne bovina saltou de R$ 15,27, no mesmo período do ano passado, para R$ 17,99. Segundo a Apes, o patinho, que custava R$ 15, hoje está por R$ 18. O coxão mole subiu de R$ 14 para R$ 16,80. E a paleta, de R$ 8 passou para R$ 9,50. De acordo com a supervisora técnica do Dieese-PE, Jackeline Natal, o produto subiu de preço em 12 das 17 capitais pesquisadas, no levantamento de agosto. “Não é um problema local. Decorre de uma restrição da oferta de bovinos por conta da estiagem nas regiões produtoras, no Sudeste e no Centro-Oeste. Afetou a pastagem durante o período da safra, nos primeiros cinco meses do ano. Como essa falta de chuvas continuou pela entressafra, no segundo semestre, prolongou a queda na oferta”, detalha ela. Paralelo à isso, a cotação da carne bovina no mercado internacional tem estimulado
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2013
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as exportações, diminuindo ainda mais a oferta já afetada pela quebra de safra. “Cerca de 20% da produção se destina ao mercado externo e o valor de venda no mercado externo está bem atrativo. A Rússia, por conta do embargo dos Estados Unidos e da Europa, está buscando novos fornecedores de carne e isso reforçou um comércio já bastante ativo com o Brasil”, afirma ela. Edvaldo Guilherme, presidente da Apes, conta que os aumentos de preço se tornaram mais intensos nos últimos 60 dias. “Infelizmente, como a gente não observa uma melhora nas condições
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climáticas nas áreas produtoras, é difícil saber quando haverá uma melhora na oferta e nos preços do produto.” Segundo ele, o encarecimento tem diminuído as vendas. “O consumidor não deixou de comprar, mas está levando uma quantidade menor”, diz. Para fugir do cenário de alta, uma alternativa é substituir a carne por outras proteínas que estão com os preços estáveis, segundo Edvaldo. “O quilo frango congelado está custando R$ 3,99. Há pescados por R$ 7,99 o quilo, caso do peixe castanha. E há cortes de carne suína, como o carré, por R$ 7,99”, afirma ele.
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