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Diego Nigro/JC Imagem

k Jana, Bruno e Paulo: bilhete aéreo comprado duas vezes

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economia Recife I 2 de setembro de 2014 I terça-feira

Gás de cozinha 10% mais caro O

preço do gás vai aumentar, em média, 10% segundo uma estimativa feita pela presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado de Pernambuco (Sinregás), Francine Gulde. O preço do botijão de gás é livre e varia de acordo com as despesas das distribuidoras (que entregam aos vendedores) e dos revendedores, que comercializam para os consumidores finais. O aumento deveria ter entrado em vigor ontem, mas pelo menos três revendedoras consultadas pelo JC estão refazendo os seus custos para chegarem ao novo preço. Atualmente, o botijão de 13 quilos, o mais usado, é vendido, na média, por R$ 45 e passará a ser comercializado, também na média, por R$ 49,50. Ontem, uma revendedora dos Bultrins, em Olinda, estava até sem o produto para entregar aos seus clientes devido à falta de entrega da distribuidora. “A gente não sabe porque o gás não foi entregue. Já com relação ao aumento, é uma interrogação o quanto vai ficar o preço do gás, porque o clandestino faz

uma concorrência desleal com quem está formalizado que também acaba baixando o preço”, lamenta o dono de uma revenda Albuquerque Gás, Wellington Albuquerque. O reajuste médio foi mais alto do que a inflação registrada nos últimos 12 meses que ficou em 6,53%, segundo o IPCA, índice que mede a inflação oficial do País. “É um absurdo. Da última vez que comprei, estava por R$ 42. O meu salário não vai subir 10%. A inflação está lá em cima e a gente compra cada vez menos”, diz a merendeira Maria José Andrade, que trabalha como terceirizada numa escola do Estado. A microempreendedora Jaldenice Guimarães afirma que o gás é uma despesa que não tem como economizar. “O jeito é continuar fazendo minhas tabelas de despesas apontando os gastos que são prioritários e os que podem ficar para depois”, conta. Segundo as informações do Sinregás-PE, o aumento do preço do gás de cozinha ocorreu porque as distribuidoras aumen-

Rodrigo Carvalho/JC Imagem

PREÇOS Botijão de 13 quilos, o mais usado nas residências, deve passar a custar em torno de R$ 49,50. Hoje, sai por R$ 45

CARESTIA Maria José considera o aumento absurdo e diz que salário não sobe para acompanhar taram os preços e cresceram as despesas com os custos do transporte (como combustíveis, pneus), além do dissídio coletivo das categorias que trabalham com as empresas que distribuem o produto. O último aumento do preço do gás variou entre 5% e 7% e

Reajuste ficará acima da inflação acumulada

entrou em vigor em 1º de setembro do ano passado.

ALERTA

“É importante alertar o consumidor para procurar o melhor preço e melhores condições de recebimento do produto, comprando das revendas au-

torizadas”, argumenta Francine Gulde. E acrescenta: “as autorizadas têm funcionários treinados e podem ajudar ao consumidor, caso ocorra algum problema”. Ainda de acordo com Francine, é bom o consumidor pedir a nota fiscal, porque sabe a quem recorrer, caso haja algum imprevisto com o botijão de gás. Em todo o Estado, existem 1,6 mil revendas autorizadas de GLP (o gás de cozinha). As revendedoras de gás devem observar as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para tornar mais seguro o manuseio e armazenamento do produto. Geralmente, o revendedor clandestino vende o produto mais barato, mas não dá qualquer garantia ao consumidor. Problemas no botijão de gás podem causar desde um princípio de incêndio até a perda do imóvel. E no gás, como nos demais produtos, também vale a pena o consumidor pesquisar. Às vezes, revendas autorizadas em locais mais populares cobram mais barato do que uma instalada num bairro nobre.

A

s operadoras privadas de planos de saúde ressarciram o Sistema Único de Saúde (SUS), público, em R$ 184 milhões de janeiro a julho deste ano. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula o sistema privado, esse montante arrecadado em favor do sistema público já supera a marca alcançada durante todo o ano passado, de R$ 183,2 milhões. Essa cobrança acontece quando um beneficiário de plano de saúde utiliza os serviços públicos por algum motivo. Apesar do avanço, o valor que as operadoras deixam de pagar ainda é bem maior e muitas empresas, apesar de correrem o risco de entrar na lista da dívida ativa da união, simplesmente ignoram as cobranças e não pagam. Só este ano os valores encaminhados para inscrição na dívida ativa já atingem R$ 104,3 milhões. Desde 2011, já foram encaminhados para a dívida ativa R$ 425,5 milhões. Segundo a ANS, até o final do primeiro semestre de 2014, havia 462 operadoras ativas inscritas em dívida ativa da ANS em função do ressarcimento ao SUS. O valor total atualizado em cobrança judicial é R$ 579,24 milhões. Para o ressarcimento ao SUS, a ANS identifica o paciente atendido pelo sistema público e cruza as informações desse paciente com o banco de dados da agência reguladora, cujo cadastro de usuários é abastecido pelos planos de saúde. A partir da identificação de um usuário com plano de saúde que tenha sido atendido no SUS, a ANS notifica a operadora sobre os recursos que devem ser ressarcidos e cobra a devolução. Caso as operadoras não pa-

guem, são encaminhadas para inscrição em dívida ativa da ANS e no Cadin, o cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal. A inscrição no Cadin impede a contratação com o poder público. Já a inscrição em dívida ativa é uma fase prévia à cobrança judicial. Em função disso, a operadora não consegue obter certidão negativa de débitos perante a ANS e fica desabilitada para o Programa de Conformidade Regulatória. O ressarcimento ao SUS é uma obrigação da ANS prevista na Lei 9656/1998 que criou a agência. O objetivo dessa obrigação é induzir as operadoras de planos de saúde a cumprirem os contratos com uma rede de prestadores de serviços adequada e qualificada para os consumidores. Em outras palavras, é a tentativa de forçá-las a melhorar seus serviços de forma que o seu cliente não termine utilizando o já superlotado sistema público de saúde. De acordo com a ANS, o sistema de cobrança do ressarcimento melhorou nos últimos anos. Segundo a agência, antes o processo de trabalho era mais extenso pois eram necessárias duas análises técnicas, uma pelo Ministério da Saúde e outra pela própria ANS. Além disso, havia a necessidade de notificar a operadora antes de inscrevê-la no Cadin, além de outros trâmites burocráticos que terminavam atrasando o processo de cobrança e falta de pessoal.

q Mais na web Lista completa da situação dos planos em www.jconline.com.br

á estão nas ruas as promoções da Liquida Grande Recife, ação promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que começou ontem e vai até este sábado. De acordo com a entidade, 4,2 mil estabelecimentos estão envolvidos, mas é preciso que os empresários se engagem para que a campanha consiga reverter a má fase pela qual passa o comércio da Região Metropolitana. No Centro do Recife, o movimento de compras motivadas pela ação promocional ainda é tímido. “Ainda é cedo, acabou de começar”, pondera o gerente da Casa Pio, Rui Pimentel, “mas acredito que a partir do segundo dia veremos mais procura por causa da ‘Liquida’”, avalia. Já a gerente da Cattan, Maria Célia Marcelino, afirma que ontem já foi possível notar um movimento maior na loja. “Nossa torcida é que a Liquida venha melhorar a situação do comércio”, comenta Célia. A CDL Recife estima que as vendas de 2014 já estão cerca de 10% mais baixas do que em 2013, chegando a até 20% em alguns casos. O superintendente da entidade, Hugo Philippsen, espera que a Liquida Grande Recife seja um marco de retomada para o co-

Fotos: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Planos devolvem Preços promocionais até sábado verba dos SUS J

PROCURA Movimento nas ruas ainda é baixo. Cremilda aproveitou, mas, antes de comprar, pediu desconto mércio. Ele lembra que o segundo semestre é rico de boas notícias para o comércio, com liberação das primeiras parcelas do 13º salário, Dia das Crianças, Na-

tal e Ano Novo. Ele destaca que os empresários têm papel importante no sucesso da ação, principalmente dando bons descontos e mostrando ao cliente as vanta-

gens. Entre elas, está a participação de sorteios de prêmios para compras acima de R$ 50 – saiba mais no site www.cdlrecife.com. br/liquida, onde também é possível checar onde há descontos.

SEM DESCONTO

Pessoas que passavam no Centro do Recife ontem à tarde ainda não sentiram a influência da promoção nos preços. “Eu soube da Liquida Recife na semana passada, vi em um panfleto. Vim agora porque recebi dinheiro. Mas quando comprei tive que pedir um desconto, porque não tinha nenhum”, diz a professora Cremilda Silva, 51 anos. A técnica em enfermagem Nailde Souza, 28 anos, teve a mesma impressão. “As coisas que vi na semana passada estão com o mesmo preço. Comprei umas coisas porque já ia comprar mesmo”, afirma. Quem também não viu diferença nos preços nem nos descontos foi a secretária Evane Bezerra, 53 anos. “Está tudo do mesmo jeito”, garante.

q Mais na web Saiba como preparar sua loja www.jconline.com.br/economia

Produção de cerveja cai 2,7% S

ÃO PAULO – A produção brasileira de cerveja no mês de agosto, de 1,036 bilhão de litros, recuou 2,7% na comparação com igual mês do ano passado, segundo dados preliminares do Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), da Receita Federal. O resultado negativo inter-

rompeu uma série de seis meses de alta na produção na comparação anual. Na comparação com julho deste ano, a produção da bebida também teve queda, de 1,9%. Já no acumulado de 2014, a produção de cerveja no País apresenta um crescimento de 8,7% em relação

ao mesmo período do ano passado, com 9,037 bilhões de litros. Neste ano, a produção da bebida foi beneficiada for fatores sazonais, como as altas temperaturas do verão, o Carnaval tardio e a realização da Copa do Mundo. Ainda de acordo com o Sicobe, a fabricação de refrige-

rantes no mês passado totalizou 1,199 bilhão de litros, uma redução de 9% ante agosto de 2013 e de 4,3% ante julho deste ano. De janeiro a agosto, a produção de refrigerantes soma 9,974 bilhões de litros, ligeira alta de 0,2% na comparação com igual período do ano passado.


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