Cultura de Paz e Não Violência

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21/07/2012

Como construir uma Cultura de Paz e Justiça com base na Não Violência

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monja heishin gandra


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Introdução Buda  Sidarta

Gautama – jovem príncipe – 600 AC  Contato com o sofrimento, a velhice e a morte  A busca por respostas – caminho dos renunciantes  A tigela de arroz doce  O sentar despertar  O Buda


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Sidarta testemunhou o sofrimento humano e foi o mobilizou para a busca radical do “esclarecimento” A iluminação – despertar


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Buda – O desperto Eu, a grande Terra, e todos os seres,nos tornamos o caminho...


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As quatro nobres verdades O

sofrimento existe  Há causas que geram o sofrimento  A extinção do sofrimento  O caminho de oito aspectos


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O cuidado com todas as formas de vida Nos mobiliza para o olhar em profundidade E a atuarmos tendo por base esse princípio A Cultura de Paz – A Cultura da Não Violência


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Um passo a passo


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1. Compreender o significado de Cultura 2. Compreender os princípios da violência  a Cultura da Violência 3. Compreender o significado da Paz  a Cultura de Paz 4. Compreender para mudar e mudar com suavidade


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1. A Cultura


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 Cultura

... conjunto global de modos de fazer, ser, interagir e representar que, produzidos socialmente, em grupo, envolvem simbolização e, por sua vez, definem o modo pelo qual a vida em sociedade, comunidades, se desenvolve.”


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Humberto maturana neurobiólogo

... Uma cultura é uma rede de coordenações de emoções e ações na linguagem, que configura o modo particular de entrelaçamento do agir e do emocionar das pessoas que a vivenciam...

Formas do conviver humano, naquilo que o faz humano... Dar voltas juntos... As diferentes culturas, enquanto modos diferentes de convivência humana, são redes diferentes de conversação.


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Uma cultura se transforma em outra quando muda a rede de conversações que as constitui e define.

A mudança cultural torna-se necessária quando o repertório de valores (direções e significados) já não dá mais conta da realidade, ou não promove satisfação e visão de futuro.


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A cultura ocidental à qual pertencemos se caracteriza , enquanto rede particular de conversações, pelas coordenações peculiares de ações e emoções que constituem nossa convivência cotidiana de valorização da guerra e da luta, da aceitação da hierarquia, da autoridade e do poder, da valorização do crescimento e da procriação e da justificação racional do controle do outro através da apropriação da verdade.


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Assim, em nosso conversar, estamos em guerra contra a pobreza, queremos justiça a todo custo, lutamos contra a fome, respeitamos a hierarquia do saber, o conhecimento nos dá autoridade e poder, os problemas da humanidade se resolvem com o crescimento econômico e o progresso tecnológico que nos permite dominar e subjugar a natureza...submissão ao poder e à razão...


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Não centrar a relação nas conversações de guerra, competição, dominação, autoridade, hierarquia, luta, controle, preconceitos, propriedade, segurança, certeza, obediência ou poder...

MAS 

Centrar nas conversações de colaboração, aceitação, co-inspiração, confiança, ajuda, inclusão, busca de convivência, acordo, compartilhamento, parceria, reconhecimento das diferenças e acolhimento ...e, o “não sei”, abertura para o novo...


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2. Compreender os princípios da violência a Cultura da Violência Reconhecer a Cultura

da Violência


Na constituição da UNESCO encontramos a idéia de que a guerra como instituição é baseada numa cultura de guerra, que é mais ampla e profunda que as guerras em si. Como no iceberg, a guerra é a ponta que pode estar visível em dado momento... enquanto a “cultura da guerra” existe perenemente, apoiando guerras em particular, e sendo continuamente reforçada pelas guerras passadas e pelas práticas de violência tanto explícitas quanto simbólicas, físicas e institucionalizadas, culturais ou estruturais...


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O que ameaça a paz não são os conflitos, mas a ideologia que faz os homens e mulheres acreditarem que a violência e o não esforço para o contato com o outros, é o único meio de resolver tais conflitos... Reflexões de Gandhi


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O que é violência?


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Na concepção de Gandhi, violência é: “qualquer coisa que possa impedir a auto realização individual, não apenas atrasando o progresso de uma pessoa, mas também mantendo-a estagnada. Sob essa perspectiva a violência é violenta porque leva ao retrocesso


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Johan Galtung Norueguês, fundou o Instituto de Pesquisas de Paz em Oslo, 1959, e teve papel decisivo na mediação e prevenção da violência em 45 conflitos armados no mundo...

... praticamos violência quando não consideramos a relevância das “necessidades básicas”, determinantes para a continuidade dos organismos vivos:

A Sobrevivência O Bem-estar A Liberdade A Identidade


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3. Compreender o significado da Paz ďƒ a Cultura de Paz


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O olhar de justiça sob a lente da cultura de paz 

Observar o grau de atenção às necessidades básicas de pessoas, comunidades, povos, nações e também de todos os “organismos vivos...”

Desenvolver o olhar mais profundo do que pode estar por trás da violência, de atos de violência...tratar as causas...reunir esforços...

Identificar caminhos pacíficos, não violentos para assegurar a atenção às necessidades de pessoas e comunidades – mediação, diálogo, cooperação, parcerias, explicitação de pontos de vista...


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A Não-Violência é a atitude ética e espiritual do homem vivo que reconhece a violência como à negação da humanidade e que decide recusar submeter-se a sua dominação.


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A Cultura de Paz ĂŠ uma necessidade urgente! E, resposta Ă sustentabilidade humana e planetĂĄria


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“Prevenção e resolução não-violenta dos conflitos” “É uma cultura baseada em tolerância, solidariedade e compartilhamento em base cotidiana...”


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Respeita todos os direitos individuais – o princípio do pluralismo, que assegura e sustenta a liberdade de opinião...

Empenha em prevenir conflitos violentos resolvendo-os em suas fontes, exclusão, pobreza extrema e degradação ambiental, entre outras.


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A Cultura de Paz procura resolver os problemas por meio do diálogo, da negociação e da mediação, de forma a tornar a guerra e a violência inviáveis...


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E... “Não é suficiente que a paz seja uma aspiração; ela tem de ser ancorada e aceita como um imperativo para a sobrevivência e, portanto, objetivo soberano de indivíduos e grupos sociais. Paz não é um evento. É um estado. Um estado mental e, portanto, refletido no estado das instituições sociais” Ravindra Varma Presidente da Gandhi Peace Fundation


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“A Cultura de Paz é iniciativa de longo prazo, que deve levar em conta os contextos histórico, político, econômico, social e cultural de cada ser humano. É necessário aprendê-la, desenvolvê-la e colocá-la em prática no dia-a-dia familiar, regional e nacional. É um processo sem fim. A Paz não é um processo passivo: a humanidade deve esforçar-se por ela, promovê-la e administrá-la, dentro de um contexto cultural... .”


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O que fazer para mudar o modelo mental – cultura de guerra – cultura de paz? mudar o modo de sentir, que muda o modo de pensar, que muda o modo de falar, que muda o modo de agir


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Respeitar a vida Rejeitar a violĂŞncia Ser generoso Ouvir para compreender Preservar o planeta Redescobrir a solidariedade


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Xaquiamuni

Buda

Somos interdependentes  Tudo está em constante transformação  Não existe nada fixo e isolado  Desenvolver o olhar de compaixão ativa  O olhar do cuidado com todas as formas de vida, pois dependemos delas, somos simultaneamente tudo o que existe... E Essa realidade está em nós, somos nós... 


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E, a percepção dessa realidade se dá quando acessamos a nossa natureza Zazen, meditação, yoga, estudos de iniciativas, realizações, reflexões em movimentos de cultura de paz e não violência, interações, mudança no falar e sentir...para a nova rede de conversações...


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“Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo.” Mahatma Gandhi ___/\___ Mãos em prece monja heishin heishin.zendo@gmail.com http://caleidoscopiozen.blogspot.com


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