Educação Social e Espiritualidade Congresso Internacional de Pedagogia Social 25 de julho de 2012 monja heishin gandra
EDUCAÇÃO ESPIRITUALIDADE
NÃO DOIS
UM
pressupostos Budista: Interdependência intersomos Transitoriedade transformação contínua da realidade Não há um “eu” isolado, não há entidades fixas Educacional Como processo vivo de desenvolvimento do conhecimento por meio de interações, relações, conflitos, ampliações de percepções, mudanças, re-significações...reconhecimento do outro, da comunidade humana e de todas as formas de vida Cultural A cultura e seus valores de convivência formam e conformam processos educacionais – delimitando ou ampliando aprendizados
as contradições na busca do significado humano As Religiões “territorializaram” a espiritualidade –por meio de verdades fixas... A busca pela espiritualidade passa a ser fora da vida cotidiana, como uma busca de paz, uma vez que o dia a dia é carregado de sofrimento e dificuldades – não se aprofunda a superação... A espiritualidade que se busca não pertence a esse mundo, mas a um mundo representado mentalmente como ideal e alimentado por estímulos de premiações e compensações...
Vivemos separando, colocando em “gavetinhasâ€? as nossas alternativas de felicidade e de respostas Ă nossa realidade essencial
Talvez o pensamento ainda do Renascimento esteja impregnado em nossa cultura quando o olhar científico para a realidade deveria ser desconectado de subjetividade O mundo descrito estava pronto, de existência independente As nossas experiências de interações configurando o observar ativo deveria ser descartado...
Uma visão dualista: Educação e espiritualidade são duas realidades distintas Sendo a Educação obrigação do Estado A espiritualidade obrigação de religiões e gurus
no dualismo...  As oportunidades de viver o dia a dia com intensidade se perde.  A busca pelo sentido da vida continua incansavelmente;  A busca de auto conhecimento se acentua...
as contradições na busca do significado humano A educação formal desenvolve seu plano pedagógico não considerando a realidade social que se apresenta repleta de conflitos, necessidades, valores, especificidades culturais A educação não se volta a desenvolver valores de cooperação, parceria, participação em seus espaços O Estado não define de maneira mais “urgente” políticas de lazer, cultura, que contemple às necessidades “represadas” das comunidades do entorno de suas estruturas públicas
A educação formal – com base cultural, traz em si sistemas que limitam a leitura de mundo. Esse mundo já vem traduzido, segundo os valores culturais e econômicos e condicionantes sociais Formando sistemas separados: educação e espiritualidade
outro olhar... Os processos educativos devem desenvolver a capacidade das interações, da leitura de mundo por meio de vivências, da compreensão das subjetividades, da diversidade. A cognição não consiste em ideias que o observador tem de um mundo anterior. O processo cognitivo é uma construção dinâmica e inerente ao fluxo da vida, ao processo de viver Assim, à medida em que se desenrolam as suas vidas, os sistemas vivos vão construindo os seus mundos Viver é conhecer, conhecer é viver, é conviver...
a responsabilidade da educação “espiritualidade ativa” É ancorar o ser humano na maravilhosa experiência do viver, do compartilhar a sua existência com seus semelhantes e com a riqueza da diversidade de sua espécie e de todas as formas de vida – aprender a reconhecer e a cuidar... Desenvolver o ser humano de maneira integral, em todas as suas potencialidades, para a sua plena realização. Desenvolver o encantamento pela aventura da leitura do mundo, segundo Paulo Freire, e do transformar para a convivência harmoniosa e compartilhada...
É a realidade que elaboramos à medida que vivemos, segundo referências que estão presentes em nossa estrutura... Estruturas constituídas em um contexto cultural educacional Não é algo unilateral, mas resultado de relações e de “reconhecimentos”
A espiritualidade educacional É a energia que impulsiona à ação de interações... O sentimento de insatisfação diante de algo fixo, permanente e “inquestionável” – à busca do sentido da interdependência; É a energia de ampliação de nossas estruturas psicoafetivas, cognitivas, interativas – dinâmicas em rede... É a motivação ao processo de conhecimento e “desvelamento” de mundo É a transcendência do significado da existência humana que se configura possível por meio das interações com todas as formas de vida É o mais profundo aprendizado
Considerar em seus princípios essa dimensão mais complexa, comprometendo-se com uma abordagem sistêmica, inter e transdisciplinar dos conteúdos educacionais Desenvolver a participação e a interação indissociável de seus conteúdos com a realidade social e sustentável Estimular o desenvolvimento da criatividade, das interações, da investigação do desconhecido sem pré-conceitos e catalogações – em redes que se interconectam
Aprendizado que ancora o ser humano em seu cotidiano Que configura a sua autonomia mobilizando a ser um agente transformador da realidade Protagonista, ator, parceiro, colaborador Onde as dificuldades estimulam as suas habilidades para inúmeras possibilidades de superação Seu dia a dia é vivido no aqui e no agora Seu futuro é vinculado à sua presença absoluta no presente A busca de significado de sua existência se dará em processos de convivência humana ambiental
Educação espiritualidade educação espiritualidade... Uma mesma realidade essencial
Referências:
Xaquiamuni Buda, princípios de seus ensinamentos Freire, Paulo. Educação Como Prática da Liberdade Maturana e Varela, A Árvore do Conhecimento. As bases biológicas da compreensão humana Mariotti, Humberto, As Paixões do Ego. Complexidade, Política e Solidariedade Piaget, Jean. A Equilibração das Estruturas Majorantes. www.comitepaz.org.br
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