Mon Quartier - Março de 2011

Page 1

1

MARÇO DE 2011 Nº 19 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Na velocidade da bike indoor Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança Cuidado com as dietas milagrosas O que dita a moda outono/inverno 2011 Março 2011


2

Marรงo 2011


3

Marรงo 2011


4

Onde encontrar a Mon Quartier? Pág. 05

Participe das promoções pela Internet Pág. 11

Feedback O espaço do leitor Pág. 06

Saúde O perigo das dietas milagrosas Pág. 12

Mauriceias Mandaram o Recife pra mim Pág. 08 O direito de cada um Liberdade de expressão Direito essencial à democracia Pág. 09

Juanpa Ausín

Saúde em revista Morte: o medo primordial Pág. 10 Quer continuar recebendo a revista? Pág. 11

e xpe die nte

Foto: Juanpa Ausín.

Março 2011

Moda O que dita a moda outono/inverno 2011 Pág. 22 Escrivinhos Uns goles, um blog Pág. 23

Meio Ambiente Capibaribe de Águas Limpas? Pág. 13

Esportes Na velocidade da bike indoor Pág. 24

Capa Espaço Villagio: o charme mediterrâneo no bairro do Espinheiro Pág. 14

Tecnologia Você conhece a Mapoteca Digital? Pág. 26

Acordes Xico de Assis Pág. 18 Gastronomia Comer bem é levar uma Boa Lembrança Pág. 20


5

Confira nossos pontos de distribuição

Março 2011


6

“Esta semana li pela primeira vez um exemplar da Mon Quartier, emprestada por uma colega de trabalho. Parabenizo a equipe pela iniciativa e qualidade”. Luciana Frias “Tive o prazer de receber dois exemplares da revista Mon Quartier de uma amiga, uma das quais abordava as belezas de Noronha. Já li muito sobre os encantos da ilha, sem contar os mais diversos testemunhos de colegas e amigos que já estiveram por lá. No entanto, como as páginas da Mon Quartier expressaram tão bem as belezas, serviços e facilidades do lugar, eu já decidi: vou à Noronha ainda neste ano! E já dei o primeiro passo. Os contatos estão sendo feitos. Gostaria de parabenizar toda a equipe por esse trabalho retratando Fernando de Noronha, o qual proporcionou-me tão prazerosa leitura!” Floro Neto

“Gosto muito da revista, com ótimas matérias e colunas imperdíveis. Parabenizo especialmente a jornalista Fabiana Gonçalves, da coluna Escrivinhos. Sempre acesso o seu blog e quando pego na revista, é a primeira parte que eu leio”. Manoel C. Santos “Eu nem estava animada para o carnaval, mas depois que li a matéria de capa da Mon Quartier desse mês, fui correndo providenciar a minha fantasia. Fiquei sabendo de muitas prévias que eu não conhecia. Obrigada por espalhar esse espírito de alegria pela cidade”. Janine Andrade “Fantástico o vídeo sobre o Spa Exxperimente. Amei! Vou ligar hoje mesmo, para saber os preços. O fundo musical fez eu entrar no clima. Parabéns aos jornalistas”. Gorette Lins

Envie suas críticas, comentários e sugestões para naidenobrega@monquartier.com.br

ata Valois. Faça como a Mon Quartier e a colunista Ren Contrate a Unu Soluções e entre de vez na rede mundial de computadores.

A Unu Soluções é especialista em gerar resultados através do planejamento, execução e acompanhamento de ações de divulgação de negócios na Internet.

Rua Conselheiro Portela, 665, salas 14/110. Espinheiro - Recife - PE. Fone/Fax: 81 32428501 E-mail: contato@unu.com.br Março 2011

s olucoe

@unus


7

Marรงo 2011


8

Recebi o Recife de presente. Embaladinho em 47 caixas. Tem o quadro com foto aérea by Alcir Lacerda que meu irmão me deu de presente antes da partida. Tem o conjunto de bandejas de madeira e porcelana decorada que comprei no mercado de São José. Tem o abajur de sisal que ganhei de presente de um amigo. Tem o racho de Chico Negromonte, pai de outro amigo. Tem o conjunto de três quadros com imagens do Bairro do Recife no começo do século 20. Tem as tapeçarias que comprei em Gravatá. Tem a manta que meu cunhado me trouxe de Fortaleza. Tem a obra de arte em forma de prato feita pela mãe de uma amiga. Tem os livros que chegaram com a poeira do Recife. Aquele vaso de flores daquela loja do Espinheiro. Aqueles potinhos do supermercado das Graças. Aquele porta-retrato que comprei em algum lugar dos Aflitos. As fotos. Os CDs. A miniatura da Torre Eiffel. O ovo de cerâmica com a assinatura de Brennand. As flores de Guita Charifker.

Março 2011

O autógrafo emoldurado de Romero Britto. Os bordados que mamãe mandou fazer. A manta que era suficiente pra noites ventiladas de junho (e que na minha nova terra gelada não deve servir nem no verão!). Uma surpresa em cada caixa. Como é que se pode ficar surpresa em reencontrar os próprios objetos? É que quatro meses de vida nova parecem beeeem mais do que o calendário aponta. E tem mais – reencontrar tudo aquilo que tanto fez falta é uma alegria ao mesmo tempo que um desapego. A alegria de se ver retratada na própria casa, seja ela onde for. O desapego em prol de uma vida mais simples. Recebi um sopro da vida feliz do Recife, com seus cheiros, seu calor, sua umidade, sua peculiaridade. Os gatinhos perceberam a familiaridade e correram felizes para as caixas entreabertas. Brincadeira de esconde-esconde nas lembranças que carreguei comigo. O Recife que me acompanha a todo lugar.


9

O conceito de liberdade de expressão, segundo a melhor doutrina, seria o direito de manifestar livremente opiniões, ideias e pensamentos. É um conceito basilar nas democracias modernas, nas quais a censura não tem respaldo moral. Um dos pilares do estado democrático de direito. Desde a Constituição do Império, havia no Brasil a garantia da liberdade de expressão, o que preservou-se até a Constituição de 1937. No entanto, no período do Estado Novo, sob o governo do Presidente Vargas, o princípio constitucional da liberdade de expressão foi estipardo e os brasileiros começaram a conviver com a censura, como meio de impedir a publicação ou a reprodução de informações. No seu segundo governo, Getúlio Vargas ainda editou a lei da imprensa (lei nº 2.083/53), com grande repressão à liberdade dos profissionais da comunicação, inclusive regulamentando crimes de imprensa. Felizmente, esse período passou e o direito de expressão - fundamental para a concretização do princípio da dignidade humana, garantia individual e proteção da sociedade contra o arbítrio e os desmandos dos governantes - foi consagrado na constituição federal atual, conferindo várias inovações com relação à liberdade de manifestação do pensamento e grande amplitude aos direitos e garantias individuais. Quando a liberdade de expressão começa a ser cerceada por um determinado Estado, a tendência é que ele se torne autoritário e ditatorial, como no caso do período do Estado Novo brasileiro e dos vários países do mundo árabe, que estamos acompanhando nos últimos dias e que por certo não queremos para nossa sociedade. A liberdade de expressão, sobretudo sobre política e objetivos públicos, é o alicerce imprescindível de toda democracia, pois os governos democráticos não devem controlar qualquer opinião, discurso, ou seja, nenhuma forma de expressão, principalmente no caso do Brasil, que vive uma democracia jovem, consolidada há pouco mais de vinte anos. Portanto, para que possamos manter a democracia, ela deverá lastrear-se na liberdade de expressão, em contraposição a qualquer censura que represente a extinção do Estado democrático. A divergência de ideias e o direito de expressar opiniões não podem ser de nenhuma forma restringidos. Está na constituição. É lei. É nosso Direito.

Março 2011


10

Uma coisa nós sabemos: de nossa finitude como seres humanos, de nossa morte. Isso é ponto pacífico e não há como mudá-lo, pois é consequência inegociável de nascer. Todos nós morreremos um dia. Talvez hoje, daqui a alguns meses, anos ou décadas. Por doença aguda ou crônica, por acidente, por agressão ou por suicídio. De forma lenta e arrastada ou subitamente. Aflito e apavorado ou com aceitação passiva do destino. Não importa. Não poderia tratar de assunto dessa magnitude sem ser absolutamente direto. Morreremos, um dia! A questão é: o que fazer nesse período em que estamos aqui, no corpo e com os sentidos que nos foram ofertados? O que fazer da nossa vida? Todo medo – seja ele qual for – tem apenas uma raiz: o medo de morrer. Não há quem não tenha aflição só de pensar nesse tema, ou, melhor dizendo, o único tema absolutamente certo da vida. Contudo, a maneira de encarar é que muda de pessoa para pessoa. Algumas exibem abertamente notável temor da morte, a ponto de tudo que faz, fala, pensa ou sente, tem relação com o ocaso da existência humana, fato que torna a vida travada e insuportável. Outras, as mais comuns, disfarçam esse medo e o manifestam na forma de doenças físicas e mentais ou na própria vida de alto risco que leva. Mais uma vez, não importa. O corpo chegará à finitude. Pense agora, por exemplo, no ano de 1889. Pense na Terra e nos habitantes dessa época. Nenhum está mais aqui. O planeta possui hoje cerca de 7 bilhões de pessoas, mas de 1889 não há mais ninguém. Assim será, talvez, em 2125. Nenhum de nós provavelmente estará aqui. Foi preciso criar algo que nos trouxesse um alento, uma esperança. Assim, do medo primordial, nasceram as religiões. Oferecem um consolo, uma visão eterna do ser humano, mas cobra seu preço. E, muitas vezes, essa cobrança aumenta mais ainda o temor da morte em virtude da possibilidade de amargar um inferno eterno (conversa fiada!). Também surgiram a filosofia e a medicina, que antigamente caminhavam Março 2011

juntas com as religiões, na tentativa de prolongar e suavizar o tempo terreno de permanência. No início do século passado, brotou a Física Quântica, a física das possibilidades. Diferente da Física clássica (newtoniana), a quântica tinha seus olhos voltados para terreno invisível extremo: o mundo subatômico, o mundo que ocorre na intimidade dos átomos, dos quais somos feitos, e que não se obedece às leis clássicas da física. Uma de suas máximas diz que, até que o observador interfira no que se é observado, duas ou mais são as possibilidades da realidade se materializar, tornar-se o que chamamos de “real”, que é um conceito bem particular de cada um. Daí, novas áreas de estudo e pesquisa dos fenômenos da consciência surgiram, revelando que – provavelmente – a consciência independe do corpo para se manifestar. Aliás, que o próprio corpo, com seus cinco sentidos básicos, é um limitador da manifestação da consciência em sua plenitude. Em uma conclusão ainda não devidamente aprofundada, a consciência sobreviveria à morte física, manifestando-se mais complexa e intensamente em um mundo não acessível aos nossos sentidos limitados de 3 dimensões. Não é o fato de podermos prová-lo que esse mundo (ou até outros mais, infinitos talvez) não exista. Talvez tudo isso seja apenas mais um consolo, que torna nossos dias mais suportáveis diante da morte corporal certa. Talvez, não. O fato é que, encarar a morte de frente significa encarar o medo primordial, gerador de todos os outros medos. Olhar a morte de lado, de bandinha, só aumenta a angústia. Fazer esse enfrentamento direto, com ou sem ajuda profissional, transcendental ou religiosa, é o gatilho para, pelo menos em parte, dissolver o medo de quase tudo e todos que carregamos hoje. E viver mais plenamente, pois, em verdade, o medo da morte é só o medo de se entregar à vida. Quer perder o medo? Mergulhe da cabeça na vida! Sua saúde vai agradecer.


11

Flรกvia Poggi (esq.) e Karla Della Santa, ganhadora do sorteio

Marรงo 2011


12

Passar o dia inteiro comendo só melancia. Toda uma semana, apenas na sopa. Abolir qualquer carboidrato da alimentação. Dieta da lua, do sol, do verão, ou do artista famoso da TV. Não dá para contabilizar de tantas que são as dietas consideradas milagrosas, de resultados imediatos, que ganham cada vez mais espaço na sociedade brasileira. A loucura atinge tal estágio que tem gente que passa um dia inteiro só tomando água para estar bem numa festa, ou entrar num vestido. “Passei anos substituindo o café da manhã e o jantar por shakes. Cheguei ao peso que queria, mas passava o dia inteiro com fome e o pior, após um período descobri que estava com uma anemia muito acentuada. Sofri muito para voltar às taxas normais”, conta a estudante de Turismo Riva Paloma, que também chegou a tomar inibidores de apetite: “Assim como aconteceu na época dos shakes, os períodos que passei tomando remédio me deixaram muito magra, embora eu ficasse num mal humor terrível. No entanto, sempre que eu parava, engordava mais ainda”. Segundo a endocrinologista Cristiane Modesto, geralmente o desespero das pessoas aumenta no verão e o pior é que, como elas não conseguem manter o ritmo por muito tempo, acabam recuperando todo o peso – ou ainda mais, como acontecia com a estudante Riva Paloma. “Essas dietas da moda são inadequadas nutricionalmente, devido as restrições exageradas de calorias e nutrientes, além da Março 2011

monotonia, que deixa as pessoas com altos índices de irritabilidade, má digestão, constipação, diarréia e mais susceptíveis a resfriados e gripes, pela depleção de macro e micronutrientes”, alerta a médica, reforçando que as dietas mais perigosas são as que propõem medidas mais radicais, acarretando num jejum prolongado, e as que têm a composição muito restrita, com apenas um ou dois tipos de alimentos. “Ao usar essas medidas desfundamentadas cientificamente, os indivíduos terminam evoluindo um estado de acidose metabólica, depletam indevidamente suas reservas protéicas e passam a apresentar também deficiências vitamínicas e minerais. Além disso, quase sempre diminuem a autoestima, pelo acometimento da sensação de fracasso repetitivo, o que não é fácil de tolerar”. Está provado e comprovado. Não existe um só método de emagrecimento imediato que seja saudável. “Recomendamos a prática de exercícios rotineiramente, associados à devida ingestão calórica na forma de macro e micronutrientes essenciais”, afirma a endocrinologista. O melhor resultado vai depender da mudança real dos hábitos de vida, a exemplo de assimilar a prática de exercícios como algo imprescindível ao cotidiano, como escovar os dentes. Além disso, é fundamental adquirir alimentos naturais

e restringir ao máximo os produtos mais industrializados. Se a pessoa que está com sobrepeso quer mesmo reduzir medidas, precisa ficar de olho na hora do supermercado, evitando comprar tentações como tortas, doces, quitutes de festa etc. “Não tê-los em casa é uma boa ajuda para resistir. O único alimento que se deve ingerir em abundância é a água, principalmente no calor pernambucano. Costumo aconselhar meus pacientes a investir no ‘ser feliz’, sem focar o prazer da refeição como única fonte de felicidade. Ao extrapolar de forma pouco frequente, numa festinha ou comemoração, comendo o que não é recomendado para emagrecer ou manter o peso saudável, não se põe tudo a perder. No dia seguinte, aumente a dose dos exercícios e diminua o valor calórico do cardápio. Continuamos sendo seres humanos, sujeitos a pequenas falhas, o que não implica em persistirmos no erro e com baixa estima, pois somos o melhor investimento de Deus”, conclui Cristiane, que é formada em Medicina e Nutrição pela Universidade Federal de Pernambuco e pós graduada em Endocrinologia e Geriatria. Quanto à nossa personagem Riva Paloma, nunca mais arriscou as dietas malucas. “Briguei muito com meu corpo, mas hoje não me deixo abalar por estar um pouco acima do peso. O essencial é ter uma cabeça legal, boa autoestima e não deixar que os modismos afetem a saúde. Procuro usar roupas que valorizem o meu tipo físico e mantenho uma relação agradável com meu corpo”, afirma a futura turismóloga.


Meio Ambiente

13

Se pedirmos ao recifense que cite cinco palavras que lembre melhor Pernambuco, com certeza uma será Capibaribe. A sensação que temos é de que o rio é nosso, sendo o recifense e ele inseparáveis. Na ótica de quem nasceu no Recife, nada melhor representa o Rio Capibaribe do que as suas várzeas, onde primeiro se consolidou a cultura da cana de açúcar, sendo ocupadas por engenhos e povoadas por trabalhadores escravos e seus feitores. O Capibaribe, que já foi o rio das capivaras, por onde passa se insinua na paisagem com seus meandros de cobra, cor de argila e o verde das baronesas desgarradas. Pena que o rio carregue consigo uma mágoa. Mesmo sendo orgulho do pernambucano, contraditoriamente foi abandonado à própria sorte pela maioria da sociedade. Se antes era balneário da classe abastada, hoje recebe o esgoto de todas as classes. Se antes transportava canoas de comércio e passageiros, hoje parece um depósito de achados e perdidos, pelo lixo que acumula. Embora isso seja verdade, é também certo que nem todos aceitam esta situação terminal, absurda e autofágica, porque com a morte do rio morre também um pouco de cada cidade por onde ele passa. Por isso, neste mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, pense no Capibaribe de águas limpas, recuperado, para melhor servir à própria sociedade, e até mesmo em um dia poder nadar no Capibaribe. Por que não? O seu engajamento neste movimento pela recuperação faz a diferença.

Março 2011


Capa

14

Marรงo 2011


Capa

15

Marรงo 2011


Juan pa Au s

Capa

16

Março 2011

ín


Capa

17

Marรงo 2011


O samba não é carioca, não é baiano, não é pernambucano, não é paulista. O samba é de quem ama o samba. Não importa o sotaque. Ele contagia em qualquer lugar do planeta. Difícil não querer buscar informações sobre o compositor e/ou intérprete da canção. Impossível ficar parado. O pernambucano Xico de Assis sabe como poucos expor esse sentimento. Criado no bairro de Santo Amaro, na região central do Recife, Xico tem uma voz potente. Mas não é apenas a garganta que chama a atenção de quem o está assistindo. O coração é que fica mais evidente. Xico canta o samba porque ama o samba. Cada verso cantado transborda em emoção.

18

Xico de Assis começou a cantar ainda garoto, participando do programa Festa do Guri, da Rádio Clube de Pernambuco, apresentado por Paulo Ferreira. A partir daquele momento, começou a “fome” do artista pelo samba. Estudou canto e não para de fazer pesquisas sobre o ritmo. Nas suas apresentações, é possível mergulhar na história do samba, afinal Xico passeia nos clássicos de Noel Rosa, Ataulfo Alves, Pixinguinha, passando por Benito de Paula, Almir Guineto, Alcione, Beth Carvalho, desaguando nos cantores contemporâneos, como Zeca Pagodinho e Jorge Aragão. Vigor da voz e sua interpretação no palco causam comoção. Xico imprime um ritmo alucinante no show, fazendo releituras ousadas, mas sempre respeitando a estrutura da canção original. Tudo, no entanto, vai depender do cenário do momento. Se o público pede suingue, ele atende. Se for mais cadenciado, o cantor também manda ver no ritmo, comprovando assim que seu repertório é bastante variado. “Comecei minha carreira cantando samba. Para mim, ele representa o Brasil de uma forma geral. Quando estou no palco, estou em casa. O palco é onde tenho a resposta do público. É o lugar mais importante da minha vida artística e, por isso, merece todo respeito”, afirma Xico. O cantor já se apresentou nas mais diversas casas de shows e também em bares e restaurantes da cidade. Sua última investida foi o Pedra de Toque, no Parnamirim, onde encheu a casa. Também foi assim no Quintal do Lima, Banquete e Sabor e Arte. Xico também abriu a noite para artistas consagrados, como Elza Soares e Demônios da Garoa. Shows inesquecíveis para ele também para o público. Mas, curiosamente, o mais marcante foi a abertura do show de Jorge Vercilo, no Teatro da UFPE. “Show de abertura é sempre um desafio. A gente nunca sabe a reação do público. Nos shows de Elza Soares e Demônios da Garoa, foi mais tranquilo, pois o público deles tem a ver com o meu. Mas o de Jorge Vercilo foi um desafio. A plateia era repleta de jovens e adolescentes, que queriam ouvir algo mais pop. Mas a recepção foi fantástica. O público adorou”, conta.

Divulgacão

Para 2011, Xico já arregaçou as mangas para lançar o substituto do Tem choro no samba, disco lançado em 2002, no qual ele interpreta o que há de melhor do samba brasileiro. O novo disco já está montado e tem nome: Saracoteio. Além de interpretar, Xico compôs quatro canções para o trabalho e que ele vem interpretando nos shows que faz pela cidade. Março 2011


19

Novembro Marรงo 2010 2011


Fotos: Divulgacรฃo

20

Marรงo 2011


21

Marรงo 2011


22

Moda

Quem vive o mundo da moda, já sabe. Quando estamos em pleno verão, com um calor daqueles, as coleções de outono/inverno já estão sendo lançadas. Os desfiles apontam roupinhas mais comportadas, corpos cobertos e, embora o Recife não tenha aquele invernão de andar de cachecol e luvas, em junho, julho e agosto dá para desfilar trajes um pouco mais pesados, sem medo de ser feliz. Segundo a empresária da moda Zilda Cantarelli, as cores predominantes do inverno 2011 serão preto, bege, verde oliva, bordô, índigo, cinza mescla, branco e... camelo (!). Sim, camelo não é apenas um animal, mas, segundo a nomenclatura da moda, é a cor que chega com tudo para as araras da época mais fria do ano. É uma cor canela dourada, com tons de vermelho e marrom. Chique, não? O camelo desbancou o famoso nude, up das estações passadas. Zilda lembra, no entanto, que alguns estilistas ousam no inverno, apostando nas cores mais vivas. “Estão saindo muitas coleções descontraídas, em tons mais alegres. Já passou o tempo onde todos apostavam apenas nas cores sóbrias e fechadas”.

Fotos: Divulgação

O inverno 2011 também promete valorizar os detalhes. Renda, couro, brilho, transparência, patchs, pedrarias, aplicações militares e estampas (desde as animais até as gráficas abstratas). O xadrez também aparece. Os cintos, em todos os tamanhos, modelos e materiais, continuam presentes. As pulseiras também seguem em alta para o próximo inverno. “Elas foram protagonistas no verão e continuarão uma forte tendência”, afirma a empresária Flavia Poggi, dona de uma loja de bijuterias finas.

Março 2011

Com relação às formas, destaque para as sobreposições, com as peças 2 em 1. O cós é alto, com cintura marcada ou não. Saia slim e vestidos longos. As golas entram em cena, com força. Blazer e casaquinhos chegam em cortes variados, inclusive masculinos. Jeans despojados, com com shapes diversos: jegging e breech-up. Saruel, skiny, boot cut e boyfriend. Os macacões, que foram destaque no verão, não saem do armário. Mas, Zilda Cantarelli lembra: não importa o que mandam os editoriais, sua personalidade é quem deve ditar a sua moda!


23 23

Tudo começou com as rolhas. A cada vinho que eu provava, guardava a rolha e escrevia nela a data e o local onde a bebida havia sido tomada. Se gostasse muito daquele rótulo, também dava uma nota para ele ali mesmo, na cortiça.

Nesse meio tempo, depois de ler um tanto, participar de cursos e degustar bastante, também me formei como sommelier profissional. Não para trabalhar num restaurante ou distribuidora, mas para poder falar sobre vinhos com mais propriedade.

Com a popularização da internet e dos blogs, a minha “técnica” ganhou outros rumos. Já gostava de escrever (aliás, já vivia disso) e tinha interesse por vinhos. Um belo dia, filosofando com minha taça, uma palavra me chegou automaticamente à cabeça: Escrivinhos! Isso traduzia o que eu queria transmitir ao público: falar sobre um assunto tido como esnobe ou elitista, de forma simples. Ou seja, comecei a “escrivinhar” sobre a bebida milenar em um blog.

As “escrivinhadas” também saíram do mundo virtual e acharam um terroir muito interessante na querida Mon Quartier. Aos sábados, comecei a servir minhas sugestões no caderno Gastrô, do Diario de Pernambuco.

Isso foi em fevereiro de 2008. Antes, muita água (e vinho) já tinha rolado. Lembro da moda do Mateus Rosé, fui acometida pela febre do vinho branco alemão Liebfraumilch e consegui, graças a Baco, me desvencilhar rapidamente dos Reservados da vida. Comecei contando na web minhas descobertas de vinhos tomados em casa ou com amigos. O público começou a ler. Primeiro foram os mais chegados, depois alguns aficionados pela bebida. Quando já estava com a adega virtual bem abastecida, os acessos começaram a vir de toda parte, inclusive do exterior.

Nesses três anos de blogueira, vi muita coisa acontecendo na internet. O número de blogs sobre vinhos cresceu de forma espantosa. Muitos deles, com proposta bem profissional. Recentemente, o Escrivinhos foi considerado um dos 20 sites de vinhos mais influentes do Brasil. Deu uma felicidade! Um blog com nome caipira (os portugueses adoram) todo saidinho! Hoje, minha realização é escrever sobre vinhos com boa relação de preço-qualidade. Além de ser um dos assuntos mais apreciados pelo público, também ajuda a quebrar os mitos e frescuras em torno da bebida e, de quebra, ainda envolve outra atividade bem legal: a garimpagem de rótulos. Mas aí só eu tomando outra tacinha pra contar... E lembrem, bebida não combina com exagero.

Março 2011


24

Oficialmente, o verão se despede nesse mês de março, dando vez ao outono chuvoso do Nordeste brasileiro. As pancadas de chuva do mês passado anunciaram que os recifenses já podem preparar as sombrinhas e capas, embora o calorzinho amigo não tenha ido embora. É justamente nessa época, de manhãs e noites chuvosas, que muita gente abandona a prática esportiva. Afinal de contas, acordar cedinho pra correr, caminhar ou nadar já é uma tarefa desafiadora para alguns. Imagina debaixo de chuva? Uma ótima opção para quem não quer parar de malhar, ou mesmo para quem está buscando uma nova atividade física, é a bike indoor, praticada nas melhores academias da cidade, com o auxílio de bicicletas estacionárias, muita música e motivação. Por sua característica basicamente aeróbia, a atividade proporciona uma melhoria da resistência física e muscular, além de uma agressiva queima de calorias, prato cheio para quem deseja perder uns quilinhos. A depender do metabolismo e da intensidade do treino, a perda pode chegar às 600 calorias por aula, que normalmente tem a duração de 40 minutos. “Além do ganho de resistência e melhora do condicionamento físico, favorece a diminuição de triglicerídeos e melhora as taxas de colesterol. Na parte estética, proporciona definição muscular, principalmente nos membros inferiores e glúteo, além do fortalecimento do abdômen, em função da própria postura do ciclismo”, afirma o professor de bike indoor e coordenador da equipe de ginástica da academia Hi Casa Forte, João Jeferson, mais conhecido como JJ. O esporte pode ser praticado em distintas modalidades, sendo as mais conhecidas RPM e Spinning. O RPM é um programa da Body Systems, empresa multinacional voltada ao fitness, que possui roteiros de aulas pré-estabelecidas. “As aulas simulam pedaladas reais, em asfalto, montanhas ou terrenos mistos. O RPM obedece exercícios e intensidades de cargas pré-determinados pela Body Systems. O professor pode até fazer alguma alteração, mas sempre dentro de um programa. Já o Spinning é uma aula onde o professor tem mais liberdade, montando toda a aula, escolhendo músicas e intensidade das atividades” esclarece JJ, que também atua como personal trainer. A atividade é coletiva e as salas climatizadas. Normalmente são utilizadas luzes coloridas e a impressão é de que se está numa boate. A música vai ritmando as pedaladas, juntamente com o estímulo do professor, que pedala junto com os alunos. “A música, o alto-astral, o conforto e o clima agradável motivam o aluno, o que é fundamental nessa atividade física”, conta o Março 2011


25

Saúde

professor. Aqueles que estão fora de forma ou na boa idade também não têm porque desanimar. Segundo JJ, o esporte não oferece restrições de idade e ajuda a eliminar o sobrepeso. “Evidentemente que para dar início a qualquer atividade física, é preciso fazer um check up geral, analisando minuciosamente como está a saúde. Idade avançada não é impedimento. Basta pedalar num ritmo diferenciado. Pessoas que estão acima do peso, ou mesmo que tenham lesões antigas (em joelhos e coluna, por exemplo) podem praticar o esporte, mediante um programa adaptado a eles e, claro, sempre acompanhados pelo médico e professor. A mesma situação se aplica a cardiopatas ou hipertensos. Não é preciso esperar ter fôlego para começar. O aluno começa lentamente e esse fôlego vem com a prática”. No Spinning, o treino pode ser contínuo, com um aumento constante da frequência cardíaca, ou intercalado, com variações de frequência. As cargas vão mudando de acordo com a simulação (corrida, subida de montanha etc), e sempre sob o comando do professor, que observa atentamente cada ciclista. “A gente vai conhecendo os alunos e, dessa forma, dá para sentir como cada um está na aula, possibilitando desafiá-los, mas sempre com muita responsabilidade”.

Aos 26 anos, JJ dá oito aulas por dia, sendo três de bike. Também é personal trainer, atendendo os clientes na própria Hi, em outras academias a escolha do cliente, ou nos parques da cidade, principalmente na Jaqueira. O dia puxado desse atleta começa as cinco da matina e vai até às 22h30. “Para praticar RPM ou Spinning basta a disponibilidade de vir para a academia. Esse é o passo mais importante. Permanecer no esporte é fácil, pois é uma atividade apaixonante. Aproveito para convidar os leitores a conhecê-la de perto. A primeira aula é free”. Serviço João Jeferson (JJ): E-mail: joão_jeferson@hotmail.com Fone: 81 8835.6852 Março 2011


26

Para facilitar a vida dos arquitetos e engenheiros que precisam compartilhar seus arquivos com outros profissionais e disponibilizar os projetos para seus clientes, o engenheiro Gustavo Araújo e a arquiteta Marta Megda, proprietários da Plotjet Impressões Técnicas - pioneiro bureau de plotagens de Recife-, decidiram criar a Mapoteca Digital, sistema web que está prestes a completar dois anos de vida. Hoje, o sistema (de tecnologia totalmente pernambucana) atende também a professores de universidades, onde seus alunos podem fazer downloads de projetos a serem trabalhados e inserir os seus desenhos desenvolvidos, através de um simples link, nesse caso, com data certa para expirar. Com uma interface didática e fácil de usar, o sistema é de acesso gratuito (plataforma básica) e permite manipular, gerenciar e atualizar arquivos, além de possibilitar o acompanhamento do gestor e responsável pelo projeto de todas as ações feitas por outros usuários. No caso das construtoras, por exemplo, o gestor da mapoteca pode inserir um projeto e cadastrar outros usuários, profissionais envolvidos naquele projeto (colaboradores, projetistas, desenhistas e prestadores de serviços). A partir daí, ele escolhe os níveis de acesso: quais visitantes podem visualizar, alterar e até solicitar plotagens dos desenhos, online. “Além da facilidade

Março 2011

de estar tudo em meio digital, economizando dinheiro e tempo, o responsável tem todo o controle sobre quem mexeu no projeto e a certeza de quando foi feita uma visualização ou alteração. É perfeito para quem gosta de acompanhar rigorosamente a atuação dos prestadores de serviços. Outro ponto muito comentado por nossos clientes foi a redução de custos com plotagens desnecessárias. Basta entrar no sistema para verificar se uma plotagem já foi feita por outro usuário, evitando duplicidade de solicitações”, afirma Marta Megda. Um item bem interessante é que mesmo na versão básica (gratuita) é possível personalizar a Mapoteca com uma logomarca ou foto. Dessa forma, um estudante ou profissional autônomo que ainda não tenha escritório pode entregar seus trabalhos aos clientes num ambiente digital, com personalidade e profissionalismo. Encomendando periodicamente os serviços da Plotjet ou pagando uma pequena taxa mensal, o usuário pode dispor da versão avançada. Com ainda mais ferramentas, a versão é recomendada para ambientes corporativos com vários projetos e usuários. A Plotjet Impressões Técnicas faz parte do Grupo Épura Gráfica Digital e presta serviços de plotagens e impressões a laser em alta qualidade, com entrega rápida em toda a Região Metropolitana do Recife.


27

Na Gráfica Provisual, qualidade da impressão, rapidez na entrega e excelência no acabamento são prioridades. Para isso, contamos com os mais modernos equipamentos gráficos e uma equipe preparada e eficiente. Juntos esses fatores garantem a satisfação dos nossos clientes.

Março 2011


28

Marรงo 2011


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.