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esperança não morre
Maria do Carmo Duarte começa por contar que recorda com “tristeza” o momento em que perdeu a sua mãe, “tinha 4 anos”, por causa da “trovoada, que trazia um maldito raio com ela”. Uma memória que guarda consigo e que expressa com um misto de saudade e doçura, porque todas as mães são e serão sempre queridas.
Frequentou a escola até à “3ª classe” e “não pôde fazer mais, pois teve de ir trabalhar com 10 anos”. Naquela época, o trabalho no campo era sinónimo de dureza e a alegria aparecia quando alguém cantava. Maria do Carmo lembra estes anos com a dureza da ceifa, da apanha da azeitona e do tomate, quer fosse “à chuva, ao frio, ao sol e ao gelo”.
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As condições de vida difíceis são verdadeiros desafios que se colocam e a maioria das pessoas, sobretudo de antigamente, aprendiam o quão valioso é saber criar e aproveitar oportunidades alternativas para ficar bem e ter uma vida digna. Apesar do sofrimento, Maria do Carmo diz que foi “criada pelos seus avós maternos que, mesmo sendo pobres, fizeram por ela”.