CÁSSIA MOREIRA
KOKUA: CENTRO DE CUIDADOS, RESGATE E ABRIGO ANIMAL
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Vila Velha, como pré-requisito do programa do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof.ª Dra. Simone Neiva.
VILA VELHA 2020
“As criaturas que habitam esta terra em que vivemos, sejam elas seres humanos ou animais, estĂŁo aqui para contribuir, cada uma com sua maneira peculiar, para a beleza e a prosperidade do mundoâ€?. Dalai Lama
AGRADECIMENTOS A Deus por sempre estar presente em minha vida e me dar forças para vencer cada obstáculo. A minha família, principalmente aos meus pais, Regina e Celso, por todo o suporte, paciência, compreensão e amor durante toda a minha vida. Aos meus amigos que fizeram parte da minha trajetória e permitiram que essa caminhada se tornasse mais leve e divertida. A minha professora e orientadora que fez parte de um ciclo importante da minha vida que se encerra.
RESUMO
A quantidade de animais em situação de rua vem aumentando cada
A proposta contará com um hospital veterinário 24h (vinte e quatro
vez mais e ainda é um problema sem solução, principalmente
horas), que possuirá laboratórios, consultórios, salas de cirurgia e
devido ao crescimento considerável de animais domésticos nas
fisioterapia e demais setores de atendimentos veterinário,
famílias brasileiras e em paralelo a esta situação, muitos são
considerando atendimentos particulares e públicos, para atender os
negligenciados e abandonados por seus donos, muitas vezes por
animais resgatados e acolhidos no abrigo. Além do abrigo e do
não terem conhecimento sobre as responsabilidades que envolvem
hospital veterinário, a edificação contará com atendimentos de
adotar um animal.
banho e tosa; venda de produtos para animais, desde remédios até
Para melhor compreensão das condições em que os animais se
brinquedos e alimentos; creche para cães e gatos de pequeno e
encontram ou vivem nos dias atuais foram realizados levantamentos
grande porte; e por fim, um setor para a feirinha de adoção e
de dados e análises gráficas de modo a compreender melhor alguns
eventos.
aspectos fundamentais como: o bem-estar animal; a importância de leis específicas e mais rigorosas com relação aos maus-tratos animais; o início da relação entre o ser humano e os animais; a importância de educar a sociedade com relação a adoção responsável e o modo como a arquitetura pode se tornar uma solução para a grande quantidade de animais nas ruas.
Palavras-chave: abrigo animal; saúde pública e bem-estar animal.
ABSTRACT
The number of stray animals is increasing and is still a problem
The proposal will have a veterinary hospital 24h (twenty-four hours),
without solution, mainly due to the considerable growth of
which will have laboratories, offices, operating rooms and
domestic animals in Brazilian families and in parallel to this situation
physiotherapy, and other sectors of veterinary care, considering
many are neglected and abandoned by their owners often for not
private and public care, to assist animals rescued and welcomed to
being aware of the responsibilities involved in adopting an animal.
the shelter. In addition to the shelter and the veterinary hospital, the
To better understand the conditions in which animals are living
building will have bathing and grooming services; selling products
today, data surveys and graphical analysis were conducted in order
for animals, from medicines to toys and food; daycare for small and
to better understand some fundamental aspectssuch as: animal
large dogs and cats; and finally, a sector for the adoption fair and
welfare; the importance of specific and stricter laws regarding
events.
animal mistreatment; the beginning of the relationship between humans and animals; the importance of educating society about responsible adoption; and how architecture can become a solution to the large scale of animals on the streets.
Key-words: animal shelter; public health, and animal welfare.
Figura 1: Lobo 23 Figura 2: Escultura de gato em homenagem à Bastet 24 Figura 3: Domesticação precoce do gato em Chipre 24 Figura 4: Gato abandonado 30 Figura 5: Localização Palm Springs Animal Care Facility 35 Figura 6: Setorização - Palm Springs Animal Care Facility 36 Figura 7: Fachada principal - Palm Springs Animal Care Facility 37 Figura 8: Fachada lateral - Palm Springs Animal Care Facility 37 Figura 9: Acesso ao espaço - Palm Springs Animal Care Facility 37 Figura 10: Pátio interno e área de socialização - Palm Springs Animal Care Facility Figura 11: Salão dos gatos - Palm Springs Animal Care Facility 38 Figura 12: Localização - Animal Refuge Centre 38 Figura 13: Setorização Pavimento Térreo - Animal Refuge Centre 39 Figura 14: Setorização 1º Pavimento - Animal Refuge Centre 39 Figura 15: Área de vivência - Animal Refuge Centre 40 Figura 16: Maquete - Animal Refuge Centre 40 Figura 17: Fachada - Animal Refuge Centre 40 Figura 18: Fachada e acesso à quarentena - Animal Refuge Centre 40 Figura 19: Localização e entorno do terreno 42 Figura 20: Incidência solar no período da manhã 44 Figura 21: Incidência solar no período da tarde 44 Figura 22: Temperaturas máximas, mínimas e médias 46 Figura 23: Velocidade média do vento 46 Figura 24: Uma pessoa em cadeira de rodas - vistas frontal e superior 48 Figura 25: Um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas 48 Figura 26: Duas pessoas em cadeira de rodas – vistas frontal e superior 48 Figura 27: Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento 48 Figura 28:Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento 49 Figura 29: Áreas de transferência e manobra para uso da bacia sanitária 49 Figura 30: Medidas mínimas de um sanitário acessível 49 Figura 31: Áreas de transferências para a bacia sanitária 50 Figura 32: Pavimento Térreo 58 Figura 33: Primeiro Pavimento 58 Figura 34: Segundo Pavimento 59 Figura 35: Aerobrise 60 Figura 36: Desempenho do forro 60
38
Figura 37: Membrana Soltis Figura 38: Implantação Figura 39: Planta Baixa – Pavimento Térreo Figura 40: Pet Shop e Recepção Figura 41: Detalhe 01 – Canil Figura 42: Detalhe 02 – Apoio abrigo Figura 43: Planta Baixa – Primeiro Pavimento Figura 44 – Detalhe 01 - Gatil Figura 45: Detalhe 02 – Apartamentos Hospital Veterinário Figura 46: Planta Baixa – Segundo Pavimento Figura 47: Detalhe 01 – Apoio dos funcionários Figura 48: Detalhe 02 – Segundo Pavimento Figura 49: Planta de Cobertura Figura 50: Corte A-A Figura 51: Corte B-B Figura 52: Paisagismo Figura 53: Fachada frontal Figura 54: Fachada frontal Figura 55: Fachada frontal Figura 56: Fachada frontal – embarque e desembarque Figura 57: Fachada – embarque e desembarque Figura 58: Fachada – embarque e desembarque Figura 59: Fachada frontal Figura 60: Passarela Figura 61: Abrigo – acesso principal Figura 62: Abrigo Figura 63: Abrigo Figura 64: Abrigo, Hospital Veterinário e Pátio Figura 65: Fachada lateral direita – Hospital Veterinário Figura 66: Fachada lateral direita – Hospital Veterinário Figura 67: Fachada lateral esquerda – Hospital Veterinário Figura 68: Fachada lateral esquerda – Hospital Veterinário Figura 69: Hall de acesso dos funcionários Figura 70: Hall de acesso dos funcionários Figura 71: Pátio livre Figura 72: Pátio livre
61 64 65 66 66 66 67 68 68 69 70 70 71 72 73 74 77 77 78 78 79 79 81 82 82 83 84 84 85 85 86 86 87 88 88 89
Figura 73: Deck e espelho d’água Figura 74: Deck e espelho d’água Figura 75: Deck e espelho d’água Figura 76: Vista de fundos do Hospital Veterinário Figura 77: Pátio dos cães Figura 78: Pátio dos cães Figura 79: Estacionamento de clientes e visitantes Figura 80: Estacionamento de clientes e visitantes Figura 81: Estacionamento de veículos utilitários Figura 82: passeio e espera de animais Figura 83: Canil Figura 84: Canil Figura 85: Canil Figura 86: Canil Figura 87: Gatil Figura 88: Gatil Figura 89: Gatil e jardim interno Figura 90: Gatil Figura 91: Gatil Figura 92: Iluminação de piso Figura 93: Iluminação de piso
89 90 90 91 92 92 93 93 94 94 95 95 96 96 97 97 98 98 99 99 100
Foto 1: Rua Dylio Penedo Foto 2: Entorno do terreno Foto 3: Vegetação nativa do terreno
43 43 45
Gráfico 1: População de Animais no Brasil Gráfico 2: Mudança de residência – Donos de cães Gráfico 3: Mudança de residência – Donos de gatos Gráfico 4: Castração – Donos de cães Gráfico 5: Castração – Donos de gatos
19 28 28 29 29
Quadro 1: Circunstâncias nas quais se perdeu o animal de estimação Quadro 2: Criminalização de maus-tratos contra animais Quadro 3: Posse responsável de animais domésticos Quadro 4: Cálculo dos Índices Urbanísticos Quadro 5: Grau de impacto da ZOP-C Quadro 6: Conceito e partido Quadro 7: Abrigo Quadro 8: Venda Quadro 9: Apoio Funcionários – Hospital Veterinário Quadro 10: Institucional Quadro 11: Hospital Veterinário Quadro 12: Paisagismo
28 31 31 47 47 54 55 56 56 56 57 75
1 INTRODUÇÃO 1.1 Justificativa 1.2 Objetivos 1.3 Metodologia 2 HISTÓRICO 2.1 Primórdios da domesticação de cães e gatos 2.2 Benefícios da convivência entre animais e pessoas 3 ABANDONO ANIMAL 3.1 Histórico do abandono animal 3.2 Abandono de animais domésticos 3.3 Políticas Públicas 3.4 Saúde pública 3.5 Situação dos animais de rua da RMGV 4 ESTUDO DE CASO 4.1 Palm Springs Animal Care Facility 4.1.1 Implantação e setorização 4.1.2 Características e materiais 4.2 Animal Refuge Centre 4.2.1 Implantação e setorização 4.2.2 Características e materiais 5 CONDICIONANTES PROJETUAIS 5.1 Localização do terreno 5.2 Incidência solar 5.3 Condicionantes funcionais 5.4 Condicionantes ambientais e climáticas 5.5 Condicionantes legais 5.5.1 Plano Diretor de Vila Velha 2017 - Lei Complementar nº 040 de 2017 5.5.2 ABNT NBR 9050 de 2015 5.5.3 Legislações para Hospitais Veterinários
18 20 20 21 22 23 25 27 28 30 30 32 32 34 35 35 36 38 38 40 41 42 44 44 45 46 46 48 50
6 O PROJETO 6.1 Premissas do projeto 6.2 Conceito e partido arquitetônico 6.3 Programa de necessidades e pré-dimensionamento 6.4 Fluxograma e setorização 6.5 Materiais 6.6 Sistema estrutural 7 PRANCHAS 7.1.1 Implantação 7.1.2 Planta baixa pavimento térreo 7.1.3 Planta baixa primeiro pavimento 7.1.4 Planta baixa segundo pavimento 7.1.5 Planta de cobertura 7.1.6 Cortes 7.1.7 Paisagismo 8 Maquete 3D 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
52 53 54 55 58 59 61 63 64 65 67 69 71 72 74 76 101 103
Nos dias atuais, um dos assuntos que vem ganhando muita atenção
Segundo os dados atualizados do Instituto Pet Brasil com base no
nas mídias digitais, refere-se ao aumento de residências com
IBGE nos anos 2013 e 2019, houve um grande crescimento de
animais de estimação, a quantidade de animais abandonados,
animais domésticos de espécies variadas no Brasil, totalizando 139,3
animais em situação de rua e de abrigos superlotados que em sua
milhões de animais de estimação, o que supera a população desses
maioria não possuem estrutura adequada.
animais no ano de 2013, de 132,4 milhões (DANIEL GERALDES, 2019). Esses dados confirmam que as pessoas atualmente buscam
60
Gráfico 1: População de animais no Brasil
cada vez mais a companhia de animais em suas residências,
População de Animais no Brasil
principalmente cães e gatos, considerando-os até mesmo como membros de suas famílias.
54,2
52,2
Com esse crescimento da quantidade de animais domésticos no
50 39,8
37,9
40 30
Brasil, também aumentaram as situações de maus tratos e o
22,1
19,1
18
20
abandono de um número considerável desses animais, resultando
23,9
10
em uma quantidade de aproximadamente 30 milhões de cães e 2,3
2,21
gatos nas ruas, como indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2019). É necessária uma atenção especial para os casos
0 2013 Cães
Aves
2019 Gatos
Peixes
Répteis e pequenos mamíferos
desses animais que vivem em condições de rua, não se tratando somente de uma questão social de saúde pública, mas também
Fonte: Instituto Pet Brasil com base no IBGE de 2013 e 2019 (gráfico adaptado pela autora)
visando ao lado do animal que passa por inúmeras situações de risco.
os benefícios relacionados a convivência entre animais e pessoas, histórico da domesticação entre cães e gatos e como se iniciou a Tendo em vista o aumento considerável da quantidade de animais abandonados por seus donos, de animais que sempre viveram em situação de rua e os problemas relacionados a esses casos, principalmente o risco que esses animais enfrentam vivendo pelas
ruas das cidades, consequentemente necessitando de locais que atendam a essa grande demanda de animais, é a justificativa pela qual se teve a motivação para realizar o projeto em questão. Pensando nessas circunstâncias se justifica a escolha do tema sobre o abrigo de animais de forma que seja possível acolher e suprir as
suas necessidades que a maioria dos abrigos existentes atualmente não atendem devido à grande demanda que possuem constante e
relação entre eles e os seres humanos. Análises gráficas realizadas para este trabalho também irão auxiliar no entendimento e análise da situação atual em que os animais se encontram na atualidade. Os dados obtidos nesta primeira etapa auxiliaram a fazer um projeto arquitetônico que permitirá acolher e oferecer tratamentos veterinários em um ambiente estruturado para animais de pequeno e médio porte, incluindo aqueles que estão ou sempre viveram em situação de rua, onde o projeto contará com uma ala veterinária planejada de forma a oferecer conforto e uma boa estrutura para os animais e para os médicos veterinários, permitindo atender todos os animais da mesma forma.
incessantemente, garantindo uma boa qualidade de vida desses animais até que consigam uma adoção responsável. Levando em consideração que um animal já em tratamento e em um lugar bem
estruturado, possuem mais chances de serem adotados.
Como objetivo para a segunda etapa do trabalho, foi desenvolvido o projeto de um abrigo animal com capacidade para recolher até 170 cães e 217 gatos, além de possuir uma área superior a 400m² para abrigar répteis e pequenos animais.
A primeira etapa do presente trabalho de conclusão de curso teve
O projeto também conta com um hospital veterinário 24h, petshop
como objetivo, pesquisar, analisar e entender os casos relacionados
e creche, atendendo cães de pequeno, médio e grande porte. O
com o aumento de animais nas famílias brasileiras e nas ruas, como
Hospital Veterinário possui diversos ramos de atendimento para melhor suprir as necessidades dos animais do abrigo e os da população.
Para o desenvolvimento inicial do trabalho e melhor entendimento do tema adotado, foram feitos pesquisas e levantamentos de dados sobre os diferentes conceitos do tema em questão. Dados importantes de gráficos utilizados neste trabalho foram retirados e comparados do IBGE, Instituto Waltham e outros, nos quais ilustram o crescimento de animais domésticos no Brasil nos últimos anos. Para melhor compreender como essa tipologia de projeto funciona na prática, foram feitos dois estudos de casos, onde projetos com a mesma característica foram analisados em seus diversos setores relacionados a atendimentos veterinários e ao conforto e o bemestar dos animais.
o cão passou cada vez mais a perder a sua função, tendo que se adaptar, passando de caçadores a pastores, e surgindo assim, uma nova seleção genética (BAURÚ; MARÍLIA, 2015). Ainda não se sabe a data nem o local de origem onde a
Com a evolução da humanidade, o cão passou a ser apenas um
domesticação e a parceria entre os cães e os homens ocorreu, mas
animal doméstico, estando cada vez mais presente nas famílias de
desde os primórdios do ser humano, sempre houve uma relação
várias localidades do mundo, se tornando animais de estimação
estreita com os animais, principalmente os cães (Canis lupus
para companhia sem nenhuma função econômica.
familiaris), relacionado aos benefícios essenciais que os humanos possuíam, como a subsistência, sobrevivência e companhia, que
Figura 1: Lobo
encontramos até os dias de hoje. Em troca os cães recebiam proteção, abrigo e fonte de alimentação confiável (THOUGHTCO, 2019). Estudos afirmam que os cães que conhecemos atualmente são descendentes dos lobos (BAURÚ; MARÍLIA, 2015), e teorias apontam que os lobos do passado eram atraídos pelos homens por procura de alimento, se satisfazendo através dos restos encontrados.
Fonte: Michael Mazzone (acesso em 19 de outubro de 2019)
Institivamente atraídos para as aldeias e tribos, os lobos perceberam o alimento fácil e passaram a dividir o território, dando início a
Segundo a especialista em medicina felina, Dr. Laila Massad Ribas
aproximação natural entre as duas espécies, o qual ter os lobos por
(PORTAL MEDICINA FELINA), os gatos domésticos da atualidade são
perto passou a significar proteção de ataques de outros animais e os
originados do cruzamento de outras espécies, sendo algumas delas
lobos passaram a ter os homens como única fonte de alimento.
o Felis silvestris lybica (África), Felis silvestris silvestris (Europa) e o
Posteriormente, os homens deixaram de se alimentar somente da
Felis silvestris ornata (Ásia central).
caça e passaram a criar animais e a explorar a agricultura, e com isso
Segundo Oliveira (2013), estima-se que os primeiros registros históricos sobre a domesticação dos gatos vêm do Egito, que
também teria sido responsável pela popularização da espécie, onde
Durante séculos os egípcios proibiram a exportação dos gatos, não
os felinos eram admirados pela população local e possuíam grande
tendo a ordem efetivada a longo prazo, e à cerca de mais de 2000
relevância até mesmo em sua religião, que é representada pela
anos o gato domesticado passou a ser tripulante em navios que
deusa Bastet (representação fig. 02).
exportavam grãos, com função de extinguir os roedores, o que acabou proliferando os gatos pelo mundo, passando a ter
Figura 2: Escultura de gato em homenagem à Bastet
naturalmente uma melhor e maior convivência com os homens. Ainda segundo Oliveira (2013), não se pode afirmar que a domesticação dos felinos se iniciou pelo território egípcio, pois, assim como as pinturas e esculturas encontradas na região, há outros vestígios históricos precedentes aos achados egípcios em outros locais do mundo (fig. 03). Figura 3: Domesticação precoce do gato em Chipre
Fonte: Ministério de Antiguidades do Egito (acesso em 26 de agosto de 2019)
Outra explicação dada ao início da domesticação dos felinos seria devido ao início da produção agrícola, em que grandes armazéns de
grãos colaboravam com a proliferação de roedores e o aumento da quantidade de lixo nas grandes cidades, atraindo ainda mais desses animais indesejados e assim ameaçando as produções e a saúde das pessoas, mas que por outro lado serviram de fonte de alimento para os gatos, se tornando o princípio do convívio entre os felinos e os
homens.
Fonte: “Early taming of the cat in Cyprus”, science, vol. 304 (acesso em: 26 de agosto de 2019)
Há anos se ouve falar sobre os benefícios que a convivência com os animais pode trazer à saúde e outros aspectos da vida humana. Além de representarem fonte de apego e afeto, já foi comprovado Estudos científicos relacionados aos benefícios da interação de
que também há melhoria psicológica e emocional com relação ao
pessoas e animais se iniciou por volta de 1960 no Brasil e foram
convívio entre os animais e os seres humanos, revelando que a
feitos em diversas fases importantes da vida das pessoas, como na
qualidade de vida melhorou consideravelmente depois de ter
infância, viuvez, velhice entre outros, agregando um maior
inserido um animal de estimação em casa, resultando em
conhecimento com o passar do tempo sobre os benefícios que a
diminuição da ansiedade, estresse, tensão, e melhorando o
relação entre os animais e as pessoas representam (ALMEIDA;
comportamento
ALMEIDA; BRAGA, 2015), e assim desenvolvendo técnicas que
relativamente duradouro, não somente para o indivíduo, mas
envolvem o animal para tratamentos e terapias das pessoas, não
também para o círculo familiar ou até mesmo se tratando de um
apenas se tratando da saúde física, mas também da saúde mental
contexto social mais amplo (ALMEIDA; ALMEIDA; BRAGA, 2015).
humano,
que
muitas
vezes
possui
efeito
desses indivíduos. A medicina atual também descobriu que os animais são benéficos para a saúde humana, e que as pessoas nos dias de hoje não buscam ter a companhia do animal somente pelo lazer, mas também devido aos benefícios relacionados a saúde. Além desses estudos que compravam inúmeras melhorias em características distintas da saúde dos seres humanos, a presença do animal, principalmente do cachorro, induz a atividade física diária, como levá-los para passear devido às suas medidas sanitárias, contribuindo, assim, com a redução da ansiedade e até mesmo da pressão arterial, além de reduzir o sentimento de solidão.
Os animais têm características que ainda precisam ser amplamente estudadas. Eles podem captar nossos sentimentos, expectativas e intenções, além de serem capazes de reconhecer nossa linguagem corporal e por meio dela captar nosso estado de espírito. Também por meio das alterações químicas que ocorrem em nosso organismo podem identificar como está nosso humor, nossa saúde e nosso estado geral [...]. (Almeida, Almeida e Braga, 2015, p.2).
Os animais também são usados em terapias médicas, como por exemplo na depressão, câncer, estresse, paralisia cerebral, autismo e Alzheimer (AYRES, 2016). Além disso, uma boa interação entre os animais e os seres humanos não trazem benefícios somente aos homens, mas também aos animais em relação a sua alimentação adequada, moradia, conforto, lazer e outros.
Segundo dados retirados da Revista Época (2015), estudos também comprovam que comparado com as pessoas que não possuem animais de estimação, os donos de cães são menos propensos a sofrerem de depressão, que existem grandes chances de se controlar a hipertensão ao ter a companhia de um animal doméstico e que, interagir, brincar e ter a companhia de um animal acalma, relaxa e reduz a agressividade, podendo também amenizar transtornos psiquiátricos.
Como observado no quadro 01 sobre as circunstâncias nas quais as pessoas se desfazem de seus animais de estimação, é possível Segundo Coronato (2016), os brasileiros adotam e compram animais
afirmar que os motivos são questionáveis. Segundo o Bol (2016),
de estimação sem pensar nas consequências, o que gera grande
inúmeros animais domésticos são abandonados em períodos de
aumento na quantidade de abandonos por motivos fúteis. Entre um
férias no Brasil, sendo de 20% entre cães e gatos. Situações que
dos motivos que levam ao abandono de cães e gatos, não castrar o
poderiam facilmente ser evitadas se houvessem o mínimo de
animal é o principal deles, levando à proliferação indesejada e
organização e compaixão por parte dos donos desses animais.
descuidada, resultando no abandono e gerando um sofrimento Gráfico 2: Mudança de residência – donos de cães
desnecessário ao animal. Poucos são os casos benignos de pessoas que precisam se separar
“Se eu tivesse de me mudar, levaria o meu cachorro comigo”
de seus animais de estimação e procuram uma alternativa humana e adequada, doando-os para outra família que possa cuidar bem do animal e assim contribuir com a diminuição do problema relacionado ao abandono e maus tratos. Quadro 1: Circunstâncias nas quais se perdeu o animal de estimação
Não concordam
Concordam
Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham, 2015 (tabela adaptada pela autora) “O animal faleceu”
67%
“Mudei de residência e não pude leva-lo comigo”
14%
“O animal foi envenenado”
5%
“O animal se perdeu”
3%
“Não possuía tempo para cuidar do animal como gostaria”
3%
“O animal foi roubado”
2%
“Tive que deixa-lo, porque um membro da minha família era alérgico”
2%
“Tive de deixá-lo, porque o meu filho nasceu”
2%
“Tive de deixá-lo, porque o comportamento do animal era inadequado”
2%
“Tive de deixá-lo, porque era muito caro”
1%
Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham, 2015 (tabela adaptada pela autora)
Gráfico 3: Mudança de residência – donos de gatos “Se eu tivesse de me mudar, levaria o meu gato comigo”
Não concordam
Concordam
Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham, 2015 (tabela adaptada pela autora)
A mudança de residência (representado no quadro 01 e nos gráficos
Gráfico 5: Castração donos de gatos
02 e 03) se encaixa na segunda posição das causas que mais levam
Castração – donos de gatos
as pessoas a se desfazerem de seus animais, mas, considerando que atualmente o animal possui o mesmo apreço que um membro da
Possuem macho castrado
família, em casos de necessidade de mudança de residência esses
Possuem macho não castrado
animais deveriam ser incluídos nos planos dessas famílias mediante
Possuem fêmea castrada
a esta situação.
Possuem não fêmea castrada
Gráfico 4: Castração donos de cães
Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham, 2015 (tabela adaptada pela autora)
Castração – donos de cães
Ainda segundo o Bol (2016), outro motivo que leva ao abandono Possuem macho castrado
refere-se a ninhada inesperada de seus animais como um dos
Possuem macho não castrado
principais motivos, se tornando um dos problemas cada vez mais
Possuem fêmea castrada
comuns e rudes da atualidade. Esta situação ocorre com frequência
Possuem não fêmea castrada
mesmo sabendo das responsabilidades que se tem ao adotar um
animal, e uma delas prevê a castração, tanto para evitar ninhadas Fonte: Ibope Inteligência e Instituto Waltham, 2015 (tabela adaptada pela autora)
inesperadas quanto para prevenir os animais de possíveis problemas de saúde, como por exemplo, o câncer de mama e a menor vulnerabilidade a infecções uterinas em fêmeas e problemas de próstata e câncer de testículos em machos (WORLD ANIMAL
PROTECTION, 2015), possuindo locais que fazem o procedimento cirúrgico gratuito da esterilização e castração.
maus-tratos e até mesmo soluções mais simples, como conscientizar e incentivar a população sobre a adoção/posse responsável, Em se tratando da história da domesticação dos animais no início da
tornando a ação mais frequente em vista do bem-estar animal.
relação com os homens, sabe-se que eles serviam unicamente para satisfazer as necessidades dor ser humano (THOUGHTCO, 2019),
Figura 4: Gato abandonado
mas, com a evolução da humanidade os animais se tornaram bichos de estimação, perdendo a sua função inicial e ganhando cada vez mais espaço nas famílias do mundo todo, o que tornou popular até certo período, a comercialização de várias espécies de animais, contribuindo com a grave e recorrente situação atual referente ao abandono e outros gêneros de maus-tratos. O abandono dos animais domésticos se tornou um dos maiores problemas da atualidade, correspondendo como “maus-tratos
Fonte: Instituto Pet Brasil. (Acesso em: 07 de novembro de 2019)
animais” e ocorrendo de maneira indiscriminada no Brasil. Apesar de ser considerado como crime, os donos desses animais não possuem consciência de suas ações nem mesmo do que o abandono pode significar para o animal.
Relacionado a quantidade de animais que já nasceram em situação
Devido a esse aumento indiscriminado do abandono de animais
de rua e incluindo os que foram abandonados, as políticas públicas
domésticos, soluções estão sendo pensadas de forma a amenizar
atualmente têm sido confundidas apenas com atitudes ofuscadas e
esses casos, como a implementação de leis que proíbem a venda de
reduzidas de se resolver o problema, tendo como único meio de
animais, penalidades mais severas para casos de abandono e outros
solução, a vacinação e a castração (CRMV-SP, 2019), e devido a esse
gêneros de
desconhecimento da sociedade com relação aos direitos e deveres
de cuidar dos animais, percebe-se a importância na discussão em
Quadro 3: Posse responsável de animais domésticos
âmbito jurídico sobre o tema. Essas ações não resolvem o problema
Art. 1º Essa Lei dispõe, no Município de Garça, sobre a posse responsável de animais de estimação e proíbe o abandono desses animais.
de forma efetiva a longo prazo, uma vez que os animais nas ruas estão expostos a todo tipo de situação, além de poderem transmitir doenças aos seres humanos e haver outros riscos devido ao comportamento imprevisível desses animais. Segundo o advogado Vinícius Cordeiro (2018), candidatos à presidência da república acrescentaram em seus programas de governo, capítulos relacionados a dedicação de proteção animal, citando a necessidade de criar um órgão específico para cuidar da política pública em questão a nível federal. A questão também envolve uma punição legal mais severa para maus tratos animais, que inclui o caso daqueles que abandonam seus animais.
Art. 3º As pessoas físicas ou jurídicas que possuam animais de estimação são obrigadas a tê-los sob posse responsável, nos termos desta Lei. Parágrafo único. Entende-se por posse responsável a obrigação de cuidar do animal, disponibilizando-lhe alimentos, higiene, cuidados médicos veterinários e abrigo. Art. 4º Os animais de estimação não poderão ser abandonados em áreas públicas nem poderão ser deixados sozinhos em áreas particulares por prazo superior a 48 (quarenta e oito) horas. § 1º O desrespeito ao disposto neste artigo sujeita os infratores às seguintes penalidades: I - Multa de R$ 1.000,00 (Hum mil reais) por animal abandonado. Infrações praticadas por pessoas físicas; II - Multa de R$ 3.000,00 (Três mil reais) por animal abandonado. Infrações praticadas por pessoas jurídicas. § 2º Em caso de reincidência, as multas serão aplicadas em duplicidade. Art. 19. É proibido o abandono de animais domésticos em logradouros públicos ou privados. Fonte: Leis municipais, Vereador Júlio Marcondes de Moura Filho (acesso em: 20 de outubro de 2019)
Em alguns municípios do Brasil já existem leis que protegem os animais contra maus-tratos, e o abandono faz parte desta lista, como apresentado nos quadros abaixo: Quadro 2: Criminalização de maus-tratos contra animais Art. 1º. Esta Lei acrescenta redação a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, para aumentar as penas contra a prática de atos abusivos e maus-tratos contra animais e o meio ambiente. Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Fonte: Câmara dos Deputados, projeto de lei n.º 10.827, de 2018, Sra. Mariana Carvalho (acesso em: 20 de outubro de 2019)
Os direitos dos animais devem ser respeitados em todas suas expressões. Há de se buscar que eles sejam amplamente divulgados para que a sociedade reconheça que os animais são seres vivos e não objetos que podem ser descartados de forma irresponsável como acontece na atualidade. O país deve investir mais na divulgação das consequências de se abandonar animais nas vias públicas, seja, pelos meios de comunicação, através de um programa de conscientização com crianças e jovens em escolas públicas e privadas, nas universidades, enfim, buscar formas de esclarecimento sobre a importância dos animais domesticados dentro da sociedade [...]. (SOLANGE, 2012).
Não apenas se tratando de um problema social, as condições dos animais em situação de rua também se relacionam diretamente
Segundo o portal Tribuna Online (2016), a Sopaes (Sociedade
com a saúde pública, uma vez que a vida nas ruas expõe os animais
Protetora dos Animais do Espírito Santo) indica que a Região
a uma série de riscos e vulnerabilidades. Considerando que a
Metropolitana da Grande Vitória, possui em média 190 mil animais
maioria deles não possuem vacinação e que, por não se
em situação de rua, sendo os cães a maioria.
alimentarem adequadamente ficam debilitados e arredios, ficando
Muitos desses animais são semidomiciliados, ou seja, têm dono, mas passam a maior parte do dia nas ruas, mas procriam e podem ser transmissores de doenças. É preciso conscientizar os donos de animais sobre os transtornos que o abandono pode causar. (ALMEIDA, 2016).
ainda mais suscetíveis a contrair e transmitir doenças para os seres humanos,
onde
algumas
delas
são:
raiva,
leishmaniose,
leptospirose, toxoplasmose, bicho-geográfico e entre outros (INSTITUTO PENSI, 2011). Os animais em condições de rua não
Atualmente no município de Vila Velha não existem locais que
somente são um risco a saúde pública como também estão expostos
ofereçam serviços gratuitos para animais de rua ou abrigados,
a todo tipo de situação, como acidentes de trânsito, agressões e
apenas locais que contribuem com descontos em tratamentos
envenenamento.
específicos para animais adotados naquele local, e os abrigos, que
São cerca de 30 milhões de animais em situação de abandono no Brasil. A Organização Mundial da Saúde estima que entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães vivem pelas ruas das cidades do país. Para a veterinária Laís Alarça, especialista da Hercosul Alimentos, a situação é grave, mas a conscientização é um passo importante para solucionar o problema. (ANDA, 2017).
atualmente existem apenas dois na cidade de Vila Velha, o Animais Carentes ES e o SOS Peludinhos, ambos localizam-se no bairro de Barramares.
A prefeitura do município de Vila Velha realizou serviços em prol da população, onde, segundo a Secretaria do Meio Ambiente (2019), cães e gatos em situação de rua receberam cuidados veterinários
em ordem da Prefeitura Municipal. O serviço constituiu no envio de uma equipe especializada para recolher os animais das ruas e depois
foram
devidamente
encaminhados
para
receberem
tratamentos veterinário, que foram realizados pela Clínica Veterinária RBV LTDA ME e posteriormente esses animais foram
para adoção. Dentre os serviços da empresa, estão: o recolhimento dos animais abandonados; transporte; guarda provisória; alimentação; higiene e manejo em geral; além de procedimentos clínicos e cirúrgicos; exames; internação; vacinação e assistência médica veterinária para animais de pequeno porte (caninos e felinos), encontrados em situação de abandono e/ou necessidades especiais em Vila Velha. (CRUZ, 2019).
A edificação construída representa uma parceria público/privada de forma a facilitar os cuidados médicos e a adoção dos animais abrigados. O local foi escolhido como Estudo de Caso devido à sua O Palm Springs Animal Care Facility localiza-se em um terreno de
característica e organização espacial, que possui um sistema
três hectares na cidade de Palm Springs, ao lado do DeMuth Park,
moderno de suporte, cuidados e conforto para os animais, além de
no estado norte-americano da Califórnia. O design exterior da
haver pátios internos e externos para cães e gatos, espaço para
edificação reflete a herança arquitetônica de meados do século em
adoção e uma sala educacional.
Palm Springs, e foi realizado pelo escritório Swatt Miers Architects (ARCHDAILY, 2012). Figura 5: Localização Palm Springs Animal Care Facility
A edificação possui 21.000m² e aproveita boa área do terreno onde se encontra, sem deixar de apresentar uma grande área livre na parte externa, se integrando de forma harmônica com o DeMuth Park, o parque da cidade que fica em frente ao Palm Springs Animal Care Facility que possui uma grande área verde com espaço para cães. Como observado na figura 06, os acessos ocorrem pelas fachadas lateral e frontal e o terreno ainda dispõe de 24 vagas de estacionamento para visitantes e 12 para funcionários.
Fonte: Google Earth Pro, 2019 (modificado)
Figura 6: Setorização – Palm Springs Animal Care Facility
Cada setor da edificação é bem estabelecido, de forma a dividir as demais alas e facilitar o trabalho realizado na edificação e principalmente no conforto dos animais, evitando que espécies diferentes se cruzem. Além das alas que abrigam os animais, existem os diferentes setores de apoio, como a área de resgate onde os animais são “recebidos” em um ambiente específico que evita que possíveis doenças dos animais recolhidos sejam transmitidas para os demais, também possuem as clínicas de atendimento médico e outras áreas de suporte animal. A circulação também foi bem planejada, oferecendo a população uma melhor aproximação dos animais que estão para adoção, de modo que a circulação de serviço não interfira na circulação de visitantes e vice-versa. Uma circulação específica para a sala de aula também foi criada, local onde ocorrem palestras e ensinos educacionais relacionados aos animais de forma a conscientizar a
Fonte: Archdaily (modificado)
população (ARCHDAILY, 2012).
O programa básico da edificação constitui em recolher e abrigar cães, gatos e outros animais de portes menores e oferecer abrigo e cuidados diferenciados para cada uma dessas espécies até que
Apesar de estar localizado em uma região urbana, o entorno da
sejam adotados, oferendo um ambiente com detalhes construtivos
edificação possui uma combinação entre áreas verdes e áridas, por
que tornam o local em que se encontram mais confortáveis e
situar-se em uma região desértica.
adeptos a sua adoção.
A tonalidade e a leveza dos materiais utilizados na fachada se
A entrada pública de visitantes e possíveis interessados na adoção
destacam ao mesmo tempo que se integram com a paisagem do
dos animais está localizada ao lado da entrada de adoção (fig. 09 e
local, onde as espécies de plantas e árvores desérticas e as
10), para a recepção de animais de rua ou resgatados, a fim de
montanhas se harmonizam com os tons terrosos e mais claros que
reduzir o risco de transmissão de doenças (ARCHDAILY, 2012).Os
foram utilizados nas áreas externas do edifício (fig. 07 e 08).
componentes específicos do programa incluem um ambiente direcionado para o público, com um design central de canil interno e
Figura 7: Fachada principal – Palm Springs Animal Care Facility
externo com acesso público para adoção dentro de um convidativo pátio (fig. 10). Figura 9: Acesso ao espaço – Palm Springs Animal Care Facility
Fonte: Swatt Miers Architects Figura 8: Fachada lateral – Palm Springs Animal Care Facility Fonte: Swatt Miers Architects
As áreas dos animais são constituidas com materiais de longa durabilidade pela necessidade de limpeza que o ambiente demanda de pelo menos duas vezes ao dia, e também pelo desgaste que ocorre pelo uso dos próprios animais. Esses materiais incluem pisos e paredes de resina epóxi, tetos acústicos não absorventes e outros dispositivos de proteção (ARCHDAILY, 2012).Todas as unidades Fonte: Swatt Miers Architects
externas da cobertura e as áreas médicas possuem sistema para amenizar a temperatura do ambiente e trazer maior conforto para o animal devido ao clima local onde a edifcação se encontra.
Figura 10: Pátio interno e área de socialização – Palm Springs Animal Care Facility
O Animal Refuge Centre é o maior centro de refúgio de animais da Holanda, podendo abrigar até 180 cães, 450 gatos e 30 funcionários. O projeto foi realizado pelo escritório Arons en Gelauff Architecten e possui no total 5.800m², tendo sua obra concluída em 2007 (ARCHDAILY, 2008). Figura 12: Localização – Animal Refuge Centre Fonte: Swatt Miers Architects Figura 11: Salão dos gatos– Palm Springs Animal Care Facility
Fonte: Google Earth Pro (modificado)
Fonte: Swatt Miers Architects
Mesmo com restrições orçamentárias, Palm Springs Animal Care Facility é considerada uma construção ecológica e teve o seu projeto concebido com uma certificação LEED “prata” devido a conservação
da água que é reciclada da estação de tratamento de esgoto, que é utilizada para a irrigação do jardim e também para limpar a extensa área dos animais (fig. 10 e 11) que necessita de limpeza frequente (ARCHDAILY, 2012).
O formato diferenciado do terreno onde a edificação se encontra fez com que a tipologia da construção tivesse que se adequar ao
seu formato, permitindo criar longos corredores de serviço que atendem aos canis e outras áreas do edifício, além de originar dois grandes centros que são utilizados como área de recreação para os animais. A extensão do edifício o deixa com um aspecto de uma
“longa fita” que percorre pela via navegável em torno do terreno
Na figura 13 são representados os setores do pavimento térreo da
(ARCHDAILY, 2008).
edificação, onde possui o acesso de veículos, pedestres e o acesso
O edifício foi planejado de forma a ser voltado para o seu interior,
para área de quarentena da edificação. Além dos acessos, no
onde possuem os grandes centros de vivência de forma a reduzir o
pavimento térreo se encontram as baias dos cães, os grandes
ruído dos animais para a vizinhança, tornando o edifício semelhante
centros, que servem como área de convivência, e os demais setores
a uma prisão. Outro importante planejamento do local foram as
de apoio aos serviços realizados no edifício, como a recepção, áreas
baias, onde os canis se localizam no pavimento térreo e os gatis no
de cuidados médicos e entre outros.
pavimento superior, separando a área dessas duas espécies e evitando o estresse dos animais.
Figura 14: Setorização 1º Pavimento – Animal Refuge Centre
Figura 13: Setorização Pavimento Térreo – Animal Refuge Centre
Fonte: Archdaily (modificado)
No primeiro pavimento (fig. 14), separado da área dos cães, localizam-se as baias dos gatos junto com outras áreas de apoio, sendo possível ver os centros de vivência do pavimento térreo. Fonte: Archdaily (modificado)
Figura 15: Área de vivência – Animal Refuge Centre
Figura 17: Fachada – Animal Refuge Centre
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Figura 16: Maquete – Animal Refuge Centre
Figura 18: Fachada e acesso à quarentena – Animal Refuge Centre
Fonte: Archdaily
Fonte: Archdaily
Apesar da edificação estar localizada em uma região urbana, o entorno onde se encontra é rodeado por área verde e é margeado
pelo rio da cidade. As tonalidades dos materiais utilizados na fachada foram retiradas dos tons de verde da vegetação encontrada na paisagem ao redor do edifício (fig. 17 e 18).
O terreno em questão foi escolhido por situar-se em uma localização de fácil acesso através de transportes coletivos e O terreno escolhido (fig. 19) localiza-se no bairro Jockey de Itaparica
privados, além de ficar afastado de centros urbanos e de regiões
na Rodovia do Sol com a Rua Dylio Penedo, na cidade de Vila Velha
onde há grande densidade residencial, de forma a não causar
no estado do Espírito Santo, cidade vizinha a capital do estado,
transtornos devido aos ruídos que os animais do local podem gerar,
Vitória. Em seu entorno encontram-se edificações com quantidade
atendendo às recomendações do zoneamento e do PDM do
de gabarito limitado devido ao zoneamento onde se localiza,
município de Vila Velha.
evitando a interferência com cones aeroviários.
Pontos de referência como o Shopping Boulevard e o Jockey Club de Vila Velha também são fatores que facilitam a localização do
Figura 19: Localização e entorno do terreno
terreno. Com uma área plana de 24.012,71m², o local escolhido para a implantação do projeto localiza-se em um zoneamento que facilita cumprir as funções determinadas pelo PDM de Vila Velha, sendo elas: orientar a convivência adequada de usos e atividades
diferentes e introduzir novas dinâmicas urbanas.
Brasil Espírito Santo Vila Velha
Shopping Boulevard Terreno
Fonte: Mapas gerados pela autora
Terreno Av. Est. José Júlio Rodovia do Sol Rua Dylio Penedo
Foto 1: Rua Dylio Penedo
Fonte: Fotos geradas pela autora Foto 2: Entorno do terreno
Fonte: Fotos geradas pela autora
Os acessos ao terreno ocorrem pela Rua Dylio Penedo, onde há um menor fluxo de veículos e dispõe de vagas de estacionamento, permitindo que o acesso pela Rodovia do Sol seja exclusivo para embarque e desembarque.
Analisando a figura 20, nota-se que a fachada frontal da edificação recebe maior incidência solar no período da manhã, e de acordo O estudo da incidência solar foi desenvolvido a partir das coordenadas geográficas da cidade de Vila Velha aplicadas no software SketchUp, onde foi possível fazer a análise da incidência solar sobre a edificação em diferentes horários e meses e permitir que uma melhor estratégia para a proteção do edifício fosse desenvolvida.
com o programa de necessidades desenvolvido, significa que neste período, a incidência atinge principalmente a passarela, petshop, recepção, creche, auditório, área de circulação do abrigo e, devido ao vão existente, também ocorre incidência solar em parte da circulação do Hospital Veterinário. Essa incidência ocorre até o meio dia e posteriormente passa a ocorrer na fachada lateral sul e sudoeste e nos fundos da edificação (fig. 21), atingindo
Figura 20: Incidência solar no período da manhã
principalmente todo o pátio dos animais, o salão de eventos, passarela e parte do Hospital Veterinário. Analisando a incidência solar que ocorre nos diferentes períodos do dia e do ano na edificação (fig. 20 e 21), verifica-se que há necessidade de proteger todos os lados da edificação para garantir 9h - Fevereiro
9h - Junho
9h - Outubro
Fonte: Imagem gerada pela autora
o melhor conforto dos ambientes. As estratégias utilizadas farão o uso de brises, cobogós, elementos de proteção internos e arborização para o pátio do abrigo e pátio de uso livre.
Figura 21: Incidência solar no período da tarde
O foco do projeto foi criar uma estrutura adequada que possa atender uma grande e diversificada quantidade de animais, como 17h - Fevereiro
17h - Junho Fonte: Imagem gerada pela autora
17h - Outubro
cães, que é a espécie mais encontrada nas ruas, os gatos, répteis e pequenos animais.
O setor térreo do abrigo pode comportar até 170 cães, considerando apenas dois por baia, e para evitar o estresse entre as diferentes espécies, os gatis ficam localizados no primeiro
pavimento, comportando um total de 212 gatos, se considerar 04 animais por baia. No primeiro pavimento também é onde encontrase o setor dos répteis e pequenos animais, possuindo pouco mais de 400m² de área livre. Outro elemento condicionante da edificação foram os pátios. O
pátio livre para a circulação das pessoas pelo terreno, e o pátio dos animais do abrigo, que envolve uma grande área verde e arborizada. A ideia do Hospital Veterinário veio posterior ao desenvolvimento
O terreno definido para o desenvolvimento do projeto é todo coberto por vegetação rasteira, arbustos e árvores de pequeno porte. A ideia é manter um percentual de área permeável superior ao que o zoneamento do local permite, acrescentando novas espécies de plantas e árvores ao paisagismo, contribuindo com um microclima melhor e tornando a circulação e permanência das pessoas pelo terreno mais confortável. Foto 3: Vegetação nativa do terreno
do projeto do abrigo, compreendendo a necessidade de haver um local que ofereça cuidados veterinários especializados e específicos
para a notável quantidade de animais que o abrigo é capaz de acolher. E como a ideia inicial era desenvolver apenas o abrigo dos animais e um pequeno centro de cuidados, o programa de necessidades do hospital foi desenvolvido de forma que possa haver futuras melhorias e ampliações em sua estrutura interna e externa,
se adequando ao melhor aproveitamento do setor.
Fonte: Foto gerada pela autora
A cidade de Vila Velha possui clima quente durante grande parte do
Figura 23: Velocidade média do vento
ano, sendo de janeiro a março os meses mais quentes com temperatura máxima de 32º e mínima de 24º, sendo os meses mais frios de junho a setembro (fig. 22).
Figura 22: Temperatura máxima, mínima e média
Fonte: Weather Spark
º Fonte: Weather Spark
A o vento predominante do município de Vila Velha vem do
Os parâmetros das condicionantes legais foram obtidos através da
Nordeste e a sua velocidade varia de 14km/h até 19km/h durante o
leitura e análise do PDM de Vila Velha, instrumento que é utilizado
ano (fig. 23), o que permite a maior captação do vendo pelo pátio
como base para que o projeto esteja dentro das regulamentações,
livre e edifício em pilotis.
de forma a promover a ordenação dos espaços da cidade de acordo com as suas diferentes funções sociais, também servindo como uma consulta de viabilidade de forma a ilustrar a melhor estratégia de
construção a ser adotada.
Analisando o Mapa de Zoneamento, verifica-se que o terreno
Conforme o PDM de Vila Velha, a quantidade de vagas de
escolhido se localiza em uma Zona de Ocupação Prioritária C (ZOP-
estacionamento de clínicas, hospitais e similares, acima de 600m²,
C), compreendendo as seguintes exigências:
devem possuir uma vaga a cada 25,00m² de área computável, resultando em um total de 166 vagas para veículos comuns, 20
Quadro 4: Cálculo dos Índices Urbanísticos
vagas para motos, 20 vagas para veículos utilitários e 40 vagas
Área Total do Terreno: 24.012,71m²
horizontais para bicicletas, somando um total de 206, ficando acima
Zoneamento: Zona de Ocupação Prioritária C (ZOP-C)
do valor mínimo de 166 vagas de estacionamento entre motos,
Condicionantes
PDM
Terreno
Projeto
Coeficiente de Aproveitamento Mínimo
0,2
4.802,54m²
-
Coeficiente de Aproveitamento Básico
3,0
72.038,13m²
-
Coeficiente de Aproveitamento Máximo
4,0
96.050,84m²
-
Taxa de Ocupação Máxima
50%
12.006,35m²
4.925,25m² = 20,5%
Impacto
Taxa de Ocupação Mínima
20%
4.802,54m²
14,073.36
Grau de impacto I
Afastamento Frontal
3m
-
6m
Grau de impacto II
Afastamentos Laterais
2,3m
-
6m
Afastamentos Fundos
2,3m
-
6m
Fonte: Quadro gerado pela autora
Analisando o quadro 4, é possível afirmar que o projeto se encontra dentro dos limites definidos pelo Plano Diretor Municipal da cidade de Vila Velha. De acordo com a tabela referente aos graus de impacto permitidos pelo zoneamento onde o terreno escolhido se localiza, confirma-se que o local pode receber o empreendimento proposto.
veículos comuns e utilitários. Quadro 5: Graus de impacto da ZOP-C
Grau de impacto III Grau de impacto IV
Atividades Uso não residencial não compatível com o uso residencial Uso não residencial cujo impacto permita sua instalação nas proximidades do uso residencial. Uso não residencial cujo impacto permita sua instalação apenas em locais nos quais gerem baixo impacto viário. Grau de Impacto 4: uso não residencial cuja instalação é condicionada à aprovação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) caso estejam implementadas fora de Zonas de Especial Interesse Empresarial. Fonte: Quadro gerado pela autora
Figura 26: Duas pessoas em cadeira de rodas – vistas frontal e superior
A norma em questão estabelece critérios e parâmetros técnicos
relacionados arquitetônicos
as
condições e
edifícios,
de
acessibilidade
considerando
de
projetos
condições
que
complementam as necessidades individuais, independente da sua idade ou limitações físicas. Nas figuras 24 a 28, são ilustradas as dimensões variadas que uma
Fonte: ABNT NBR 9050
Figura 27: Área para manobra de cadeira de rodas sem deslocamento
pessoa necessita para circular e fazer a manobra na cadeira de rodas de forma segura e confortável pelo ambiente. Figura 24: Uma pessoa em cadeira de rodas - vistas frontal e superior
Fonte: ABNT NBR 9050 Fonte: ABNT NBR 9050 Figura 25: Um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas
Fonte: ABNT NBR 9050
Figura 28:Manobra de cadeiras de rodas com deslocamento
Para o projeto, foram consideradas medidas internas de 2x2 metros para melhor conforto dos clientes e instalação dos equipamentos acessíveis. Figura 29: Áreas de transferência e manobra para uso da bacia sanitária
Fonte: ABNT NBR 9050
Figura 30: Medidas mínimas de um sanitário acessível
Fonte: ABNT NBR 9050
Para a dimensão dos sanitários acessíveis, a norma utiliza o giro de 360º da cadeira de rodas como parâmetro de dimensionamento, além das medidas e altura dos equipamentos e da área de transferência necessária para a cadeira de rodas, que fica ao lado da bacia sanitária (fig. 29).
Fonte: ABNT NBR 9050
Figura 31: Áreas de transferências para a bacia sanitária
Fonte: ABNT NBR 9050
Para o melhor desenvolvimento do Hospital Veterinário, foi preciso analisar e seguir as normas estabelecidas pela Resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária de 2015, essas normas são referentes aos ambientes e equipamentos que um Hospital Veterinário 24h deve conter. TÍTULO II DOS ESTABELECIMENTOS MÉDICO-VETERINÁRIOS Capítulo I Dos Hospitais Art. 2º Hospitais Veterinários são estabelecimentos capazes de assegurar assistência médico-veterinária curativa e preventiva aos animais, com atendimento ao público em período integral (24 horas), com a presença permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário. Art. 3º São condições para o funcionamento de Hospitais Veterinários:
I - Setor de atendimento: a) sala de recepção; b) consultório; c) geladeira, com termômetro de máxima e mínima para manutenção exclusiva de vacinas, antígenos e outros produtos biológicos; e d) sala de arquivo médico, que pode ser substituída por sistemas de informática. II - Setor de diagnóstico contendo, no mínimo: a) laboratório de análises clínicas; b) radiologia; e c) ultrassonografia. III - setor cirúrgico: a) sala de preparo de pacientes; b) sala de antissepsia e paramentação, com pia e dispositivo dispensador de detergente sem acionamento manual; c) sala de lavagem e esterilização de materiais, contendo equipamentos para lavagem, secagem e esterilização de materiais. d) a sala de lavagem e esterilização de materiais pode ser suprimida quando o estabelecimento utilizar a terceirização destes serviços, comprovada pela apresentação de contrato/convênio com a empresa executora; e) unidade de recuperação anestésica, contendo, no mínimo: sistemas de aquecimento (colchões térmicos e/ou aquecedores) e monitorização do paciente, com no mínimo temperatura corporal, oximetria, pressão arterial não-invasiva e eletrocardiograma; sistemas de provisão de oxigênio e ventilação mecânica; armário de fácil acesso com chave para guarda de medicamentos controlados e armário para descartáveis necessários a seu funcionamento; no caso dos medicamentos sujeitos a controle, será obrigatória a sua escrituração em livros apropriados, de guarda do médico veterinário responsável técnico, devidamente registrados nos órgãos competentes. f) sala cirúrgica: mesa cirúrgica impermeável e de fácil higienização; equipamentos para anestesia inalatória, com ventiladores mecânicos; equipamentos para monitorização anestésica; sistema de iluminação emergencial própria; foco cirúrgico; instrumental para cirurgia, em qualidade e quantidade adequadas à rotina; bombas de infusão; aspirador cirúrgico; mesas auxiliares; paredes impermeabilizadas de fácil higienização, observada a legislação sanitária pertinente;
sistema de provisão de oxigênio; equipamento básico para intubação endotraqueal, compreendendo no mínimo tubos traqueais e laringoscópio; sistema de aquecimento (colchões térmicos e/ou aquecedores); sistema de exaustão e climatização. IV - Setor de internação: a) mesa e pia de higienização; b) baias, boxes ou outras acomodações individuais e de isolamento compatíveis com os animais a elas destinadas, de fácil higienização, obedecidas as normas sanitárias municipais e/ou estaduais; c) local de isolamento para doenças infecto-contagiosas; d) armário para guarda de medicamentos e materiais descartáveis necessários a seu funcionamento. V - Setor de sustentação: a) lavanderia; b) local para preparo de alimentos para animais; c) depósito/almoxarifado; d) instalações para descanso, preparo de alimentos e alimentação do médico veterinário e funcionários; e) sanitários/vestiários compatíveis com o número de funcionários; f) setor de estocagem de medicamentos e fármacos; g) unidade de conservação de animais mortos e restos de tecidos. (CFMV, 2012).
O salão de eventos proposto para o edifício não só abrigará feirinhas de adoção dos animais do abrigo como também devem abrigar Mediante as informações e dados obtidos para este trabalho, o projeto desenvolvido propõe um abrigo que irá acolher uma quantidade considerável de animais em situação de rua e irá oferecer tratamentos e cuidados veterinários necessários para, posteriormente poderem ser postos para adoção. Além de oferecer serviços de banho, tosa, atendimento veterinário 24h, venda de produtos e uma creche para cães de pequeno, médio e grande porte, também contará com atendimento gratuito para os animais acolhidos, oferecendo alguns serviços como, vacinação, exames e entre outros para os animais que foram adotados no local. O projeto também contará com setor específico somente para os animais resgatados e acolhidos e uma área livre onde eles poderão ter convívio com outros animais e um momento de lazer enquanto recebem tratamento e esperam por uma adoção responsável, além de possuir um ambiente onde poderão ajudar, de certa forma, na terapia de crianças, que permitirá que elas possam ler e interagir com os animais. Também existirá um local bem estruturado e convidativo para a feirinha de adoção e eventos e um grande pátio para a livre circulação das pessoas pelo pavimento térreo.
campanhas de adoção de outros locais, além de também ser um espaço disponível para a realização de palestras sobre a conscientização da adoção responsável e outros temas relacionados aos animais, podendo se tornar um ambiente onde colégios, universidades, instituições de animais e empresas interessadas de todo o país possam visitar com o intuito de agregar conhecimento e oferecer produtos e/ou serviços. A intenção do projeto, com apoio de uma administração públicoprivado, visa realizar atendimento tanto para os animais acolhidos no abrigo abrigados como para o público em geral, incluindo os menos favorecidos. Serão oferecidos todos os serviços que um hospital veterinário pode oferecer em ressonância com as leis municipais e estaduais onde o mesmo estará inserido.
Quadro 6: Conceito e partido Vivência
Mediante as informações e dados obtidos para este trabalho, o projeto desenvolvido propõe um abrigo que irá acolher uma quantidade considerável de animais em situação de rua e irá
Conforto Ambiental
· ·
Utilização de pátio de livre; Estratégia de disposição dos blocos.
·
Disposição dos blocos e do pátio a favor da direção do vento predominante da região; Utilização de treliças de madeira; Pátio com vegetação original e com acréscimo de novo paisagismo; Utilização de vegetação arbórea para proteção da incidência solar, conforto dos pedestres e animais e estética do projeto.
· · ·
oferecer tratamentos e cuidados veterinários necessários para, posteriormente poderem ser postos para adoção. Além de oferecer serviços de banho, tosa, atendimento veterinário 24h, venda de
Leveza Estética
produtos e uma creche para cães de pequeno, médio e grande porte, também contará com atendimento gratuito para os animais acolhidos, oferecendo alguns serviços como, vacinação, exames e entre outros para os animais que foram adotados no local.
Integração
· · ·
Utilização do vidro; Preferência pelo uso de linhas retas e formas geométricas simples; Utilização de materiais e cores naturais.
· · · · ·
Utilização de edifício sobre pilotis; Passarela; Pátio livre; Paisagismo; Vidro. Fonte: Quadro gerado pela autora
O projeto também contará com setor específico somente para os animais resgatados e acolhidos e uma área livre onde eles poderão
O partido e conceito arquitetônico obteve-se através da análise do
ter convívio com outros animais e um momento de lazer enquanto
extenso programa de necessidades desenvolvido, onde a ideia base
recebem tratamento e esperam por uma adoção responsável, além
do projeto teve início pelo ponto principal do projeto, o abrigo, onde
de possuir um ambiente onde poderão ajudar, de certa forma, na
a intenção era envolver, em uma longa circulação, o restante dos
terapia de crianças, que permitirá que elas possam ler e interagir
setores, de forma a tornar visível todo o abrigo enquanto o
com os animais. Também existirá um local bem estruturado e
deslocamento pelo terreno ocorresse. O desenvolvimento deu
convidativo para a feirinha de adoção e eventos e um grande pátio
seguimento depois do resultado do formato em “L” que o abrigo
para a livre circulação das pessoas pelo pavimento térreo.
obteve, onde um pátio de livre circulação de pedestres foi criado
para complementar e deixar o projeto mais interessante a nível de escala humana. O desenvolvimento dos demais setores em um edifício sobre pilotis no centro do terreno surgiu para permitir que todo o abrigo fosse melhor visualizado de pontos distintos, tornando
Setor
o abrigo mais convidativo, de forma a induzir as pessoas a conhecerem aquele local.
Quadro 7: Abrigo Ambiente Quantida de
Área (m²)
Área total (m²)
Recepção
2
128,00
256,00
Banheiro M/F
4
2,00
8,00
Almoxarifado Depósito de lixo Depósito de materiais Preparo de alimentos
1 1 1
34,20 34,20 41,54
34,20 34,20 41,54
1
24,45
24,45
Canil
Baias Solários
70 70
10,00 6,80
700,00 473,00
Gatil
Baias Jardins
53 53
10,00 6,80
530,00 360,40
Répteis e pequenos animais
Répteis e pequenos animais
1
445,74
445,74
Circulação Horizontal
-
-
-
1.264,83
Recepção
Além das estratégias utilizadas para o desenvolvimento do projeto, acredita-se que, somado a um local bem estruturado, o pátio de livre circulação para o entretenimento das pessoas, traz uma maior
Apoio
visibilidade e chama mais atenção para a situação especial deste trabalho, que é o abrigo de animais.
Fonte: Quadro gerado pelo autor
Setor
Petshop
Quadro 8: Venda Ambiente Quantidad e
Quadro 10: Institucional Área (m²)
Recepção/cai 1 51,23 xa Loja 1 172,77 DML 1 5,80 Depósito de 1 5,91 materiais Banheiro M/F 4 2,00 Banho e tosa 1 33,91 Baias 1 18,13 Fonte: Quadro gerado pelo autor
Área total (m²)
Plantonistas
Hall de entrada dos funcionários
Quantid
Área (m²)
ade
Área total (m²)
51,23
172,77 5,80 5,91 8,00 33,91 18,13
Quadro 9: Apoio Funcionários – Hospital Veterinário Setor Ambiente Quantidad Área (m²) Área total e (m²)
Funcionários
Ambiente
Vestiário F/M Copa/refeitório Descanso Depósito de lixo DML Depósito de materiais Almoxarifado Lavanderia Circulação
2 1 1 1 1 1
35,13 117,90 69,19 4,06 5,10 5,00
70,26 117,90 69,19 4,06 5,10 5,00
1 1 -
5,90 64,57 -
5,90 64,57 52,53
Dormitórios Copa Hall Descanso Depósito de lixo Circulação
5 1 1 1 1 -
21,73 52,64 36,90 4,06 37,34
38,21 21,73 52,64 36,90 4,06 37,34
Hall 1 54,19 Portaria 1 48,76 Banheiro 1 6,00 Copa 1 7,30 Depósito de lixo 1 4,06 Circ. de serviço 1 22,93 Fonte: Quadro gerado pelo autor
54,19 48,76 6,00 7,30 4,06 22,93
Cães de pequeno porte Cães de médio porte Cães de grande porte Terraço
1
20,38
20,38
1
20,47
20,47
1
20,47
20,47
1
1.679,23
1.679,23
Recepção/sala de espera Banheiro M/F
1
246,74
246,74
4
2,00
8,00
Salão de eventos 2 651,17 Fonte: Quadro gerado pelo autor
Quadro 11: Hospital Veterinário Setor
Recepção principal
Ambiente
Quantidade
Área (m²)
Área total (m²)
Sala de espera
1
279,35
279,35
Banheiro M/F
4
2,00
4,00
Recepção
1
237,79
237,79
secundária/ sala de espera Atendimento
Administração
Exames e análises
Consultórios
6
9,94
59,54
Banheiro M/F
4
2,00
8,00
Sala do psicólogo
2
6,86
13,72
Circulação
-
-
134,53
Passarela
-
-
180,76
Administração
1
22,80
22,80
Arquivo médico
1
27,27
27,27
Direção
1
16,20
16,20
Financeiro
1
25,51
25,51
Gestão
1
30,03
30,03
Circulação
-
-
7,91
Eletrocardiograma
1
22,14
22,14
Ultrassom
1
21,54
21,54
Radiologia
1
18,47
18,47
Raio-x
1
17,96
17,96
Emergência
4
9,47
38,42
Fisioterapia
3
17,73
53,28
Farmácia
1
19,80
19,80
Vacinação cães
2
9,20
18,40
Vacinação gatos
2
9,60
19,20
Apartamentos
10
7,40
74,00
Procedimentos
Armazenamento de rações
1
11,10
11,10
Preparo de alimentos
1
11,10
11,10
Circulação
-
-
355,54
Pré-operatório cães
1
14,80
14,80
Pré-operatório gatos
1
14,80
14,80
Internação cães
1
14,80
14,80
Internação gatos
1
14,80
14,80
Esterilização
1
16,10
16,10
Sala cirúrgica
2
21,65
43,30
Antissepsia
2
9,25
18,50
Pós-operatório cães
1
13,69
13,69
Pós-operatório gatos
1
13,69
13,69
UTI
1
27,94
27,94
Laboratório de diagnóstico
1
16,10
16,10
1
16,19
16,19
Depósito cães
1
7,73
7,73
Depósito gatos
1
7,96
7,96
Circulação
-
-
239,87
Quarentena
1
45,81
45,81
Banho e tosa
1
19,05
19,05
Freezer
1
23,85
23,85
Circulação
-
-
26,52
de raiva Laboratório de diagnósticos gerais
Privativo
Fonte: Quadro gerado pelo autor
O térreo também conta com um extenso pátio exclusivo para o banho de sol dos animais do abrigo, que se localiza por toda a
A implantação do edifício foi desenvolvida de forma que o pátio livre no pavimento térreo conduza as pessoas por toda a edificação, dando ênfase principalmente para o abrigo de animais. Um dos partidos utilizados no projeto foi a utilização do pátio e
extensão da parte de trás do edifício e um pátio para a livre circulação das pessoas que ocorre por todo o pavimento, incentivando o uso público daquele local, principalmente em dias de feirinha de adoção de animais.
edifício em pilotis de forma que a disposição dos blocos permitisse
uma melhor circulação da ventilação natural pelo local e seja um
Figura 33: Primeiro Pavimento
ambiente confortável para a melhor circulação e permanência das
Abrigo – gatos e pequenos animais
pessoas.
Administração Atendimento
Figura 32: Pavimento Térreo
Passarela (conexão abrigo) Abrigo - cães Hospital Veterinário Petshop
Fonte: Imagem gerada pela autora
Acesso Hospital Veterinário Acesso Funcionários Fonte: Imagem gerada pela autoria
No primeiro pavimento (fig. 33) encontra-se o setor do abrigo onde ficam os gatos e pequenos animais, de modo a separar o abrigo por espécie, evitando um possível estresse e desconforto dos animais.
O pavimento térreo da edificação (fig. 32) abriga os canis do abrigo,
O primeiro pavimento também abriga o setor administrativo de toda
petshop, guarita de acesso restrito para funcionários e a recepção
a edificação, a recepção principal do hospital veterinário, o hospital
secundária do hospital veterinário, onde é feita uma diretriz dos
veterinário 24h e a passarela que permite a circulação das pessoas
atendimentos e serviços para a recepção principal que fica no
até o abrigo.
primeiro pavimento.
Figura 34: Segundo Pavimento
permitem que a limpeza frequente do local ocorra sem que o material se desgaste em um curto período do tempo, sendo mais Creche / Salão de Eventos / Descanso dos plantonistas
adequado também ao uso dos animais. Treliças de madeira de reflorestamento personalizadas foram criadas especificamente para o abrigo, para permitir uma melhor ventilação do local e melhor integração visual dos animais com a área externa.
Fonte: Imagem gerada pela autoria
O segundo (fig.34) da edificação abriga a área de descanso dos plantonistas do hospital veterinário, possuindo acesso direto do setor dos funcionário até este ambiente; o salão de eventos, onde as feirinhas de adoção de animais também irão ocorrer; a creche e o pátio aberto, servindo como um anexo da creche onde os animais poderão ter acesso.
Para a proteção das fachadas contra a incidência solar que ocorre no edifício ao longo do dia, foi utilizado o aerobrise vertical da empresa Hunter Douglas, que é um elemento para ser utilizado especificamente em fachadas, ajudando a diminuir a incidência solar no interior do ambiente e promovendo um melhor conforto aos usuários. Outros motivos relevantes foram levados em consideração para a escolha do material, como a suas características de montagem rápida e fácil e a facilidade para a limpeza, que é importante devido ao pó de minério que atinge a região.
Para finalizar todo o projeto minuciosamente pensado nos animais, clientes e funcionários, foi feita uma pesquisa sobre os materiais mais adequados para cada setor do projeto. No setor do abrigo foi utilizado piso cimentado impermeável, lavável e antiderrapante, as paredes receberam pintura látex com acabamento liso com característica lavável e impermeável para garantir a fácil limpeza e durabilidade dos materiais. Esses materiais
Figura 35: Aerobrise
ser um produto reciclado com certificação LEED. O produto utilizado no forro da edificação foi escolhido principalmente devido as suas características de absorção de ruídos, que é importante para o setor do abrigo, e a sua resistência à umidade e bactérias, que é de grande importância para o setor do hospital veterinário. Figura 36: Desempenho do forro
Fonte: Hunter Douglas
No revestimento das fachadas onde o vidro não é utilizado, foi aplicado a madeira plástica Ecopex, material que não apresenta rachaduras, não solta farpas, não absorve umidade, possui fácil limpeza, não necessita de manutenção e entre outros. No forro foi utilizado o sistema de forros sustentáveis de alto desempenho da Armstrong Ceiling Soluctions, o Tegular e Vector, produto com aparência de textura muito fina e alto desempenho acústico. O produto é resistente a impactos, poeira e riscos, possui ótima durabilidade e absorção de ruídos, reduz os custos da iluminação e energia em até 18%, possui um bom desempenho de resistência à umidade e bactérias e possui fácil instalação, além de
Fonte: Armstrong Ceiling Soluctions
Para o piso da edificação foi escolhido o piso vinílico produzido com
Figura 37: Membrana Soltis
materiais reciclados, e a principal característica é o conforto acústico que o produto possui, que é ideal para ambientes com grande fluxo de pessoas. O piso vinílico também é capaz de conservar a temperatura agradável dos ambientes internos em qualquer estação do ano, e devido a sua proteção com resina de poliuretano, o produto é mais resistente a riscos, manchas e água. Foi considerado utilização da iluminação geral em LED para reduzir
Fonte: Archdaily
os gastos de energia elétrica e automação dos portões internos dos canis que deverão em caso de incêndio. Para o setor do Abrigo foi utilizado o vidro da empresa Vidros Habitat, que protege o interior da edificação do calor em até 56% e
Para garantir a compatibilidade entre o projeto arquitetônico e
possui proteção UV de 86%.
estrutural, o sistema estrutural do projeto foi desenvolvido apenas
E para a proteção interna dos ambientes em períodos de alta
realizando um pré-dimensionamento dos pilares e definição do
incidência solar, é utilizado a Membrana Soltis. A membrana
melhor tipo de laje a ser utilizada no projeto.
apresenta uma grande resistência a radiação ultravioleta, poluição e
A solução mais adequada é o uso da laje protendida que foi
abrasão, sendo ideal para o local onde a edificação se localiza, além
escolhida devido a sua esbeltez e capacidade de vencer grandes
de ser 100% reciclável.
vãos (LOUREIRO, 2006), característica necessária devido ao uso do edifício sobre pilotis de forma a utilizar menos pilares e um vão de até 10m, além de possuir como uma de suas vantagens a durabilidade e o fato de ser adequada para locais com classes de agressividade ambiental forte.
A dimensão dos pilares utilizados são de 20 x 40 deforma suportar
melhor os grandes vãos utilizados no projeto. Com relação à esbeltez (L/h), estas lajes são capazes de vencer grandes vãos utilizando pequenas espessuras e apresentando fissuração e flechas reduzidas, pois, além da précompressão, a protensão balanceia grande parte das cargas permanentes e somente uma parte da carga total é que provoca flechas e tensões de tração no concreto. Como, normalmente, essas tensões são inferiores à resistência do concreto à tração, o cálculo das flechas pode ser feito adotando-se o momento de inércia da seção bruta de concreto, que é de duas a três vezes maior do que o da seção fissurada. (LOUREIRO, 2006).
Figura 38: Implantação
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 39: Planta Baixa – Pavimento Térreo
Loja - Petshop Recepção/caixa - petshop Banho e tosa Baias DML Depósito de materiais Banheiro PNE Recepção principalHospital Veterinário Hall de entrada dos funcionários Portaria Banheiro Copa Depósito de lixo Circulação de serviço Recepção Abrigo Canil Solário Preparo de alimentos Almoxarifado
Depósito de lixo Depósito de materiais Circulação de visitantes Banheiro PNE Acesso/ saída dos edifícios Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 40: Pet shop e recepção
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 41: Detalhe 01 - Canil
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 42: Detalhe 02 – Apoio Abrigo
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Recepção Circulação Consultórios
Figura 43: Planta Baixa – Primeiro Pavimento
Banheiro PNE Direção Arquivo médico Administração Financeiro Gestão Sala do psicólogo Circulação Hospital Vet. Ultrassom Eletrocardiograma
Radiologia Raio-X Emergência Fisioterapia Sala de vacinação – cães Sala de vacinação - gatos
Recepção gatil
Farmácia
Circulação visitantes
Apartamentos
Gatil
Armazenamento de rações
Jardim - gatil
Preparo de alimentos
Banheiro PNE
Pré-operatório - cães
Setor Pequenos Animais
Pré-operatório - gatos Internação - cães
Depósito de lixo
Internação - gatos
Almoxarifado
Sala de cirurgia
Depósito de materiais
Antissepsia
Preparo de alimentos
Pós-operatório - gatos Pós-operatório - cães UTI Esterilização Laboratório de diagnóstico de raiva Laboratório de diagnósticos gerais
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora Depósito de materiais - cães
Banho e tosa
Almoxarifado
Vestiário Feminino
Copa/refeitório
Depósito de materiais - gatos
Quarentena
DML
Vestiário Masculino
Descanso/circulação
Freezer
Lavanderia
Depósito de materiais
Depósito de lixo
Passarela
Figura 44: Detalhe 01 - Gatil
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 45: Detalhe 02 – Apartamentos Hospital Veterinårio
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 46: Planta Baixa – Segundo Pavimento
Recepção/ sala de espera Creche – pequeno, médio e grande porte Banheiro PNE Terraço Salão de eventos 01 Salão de ventos 02
Hall Copa Dormitórios Descanso Circulação de serviço Depósito de lixo
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 47: Detalhe 01 – Apoio dos funcionários
Figura 48: Detalhe 02 – Segundo Pavimento
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 49: Planta de Cobertura
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 50: Corte A-A
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 51: Corte B-B
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 52: Paisagismo
Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Quadro 12: Paisagismo
Imagem
Legenda/desenho
Espécie
Buxinho (arbusto)
Flor de Lótus
Ipê Rosa
Ipê Branco
Características Clima: mediterrâneo, subtropical, tropical e temperado. Luminosidade: meia sombra, sol pleno. Ciclo de vida: perene. Clima: equatorial, oceânico, subtropical, tropical. Luminosidade: difusa, meia sombra, sol pleno, sombra Ciclo de vida: perene Clima: Subtropical, tropical. Luminosidade: Sol Pleno. Porte: De 6-9, 9-12 e acima de 12. Ciclo de vida: Perene. Fenologia: Floresce de junho-agosto. Clima: Subtropical, tropical. Luminosidade: Sol Pleno. Porte: De 6-9m, 9-12m e acima de 12m. Ciclo de vida: Perene.
Palmeira Imperial
Clima: equatorial, mediterrâneo, oceânico, subtropical e tropical. Altura: acima de 12m. Luminosidade: sol pleno. Ciclo de vida: perene.
Palmeira-fuso
Clima: Equatorial, oceânico, mediterrâneo, subtropical, tropical. Porte: até 4.6 metros. Luminosidade: Sol pleno, meia sombra. Ciclo de vida: Perene.
Argila Expandida
Piso Drenante
A argila expandida é capaz de drenar a água até as raízes da vegetação do terreno.
A pedra drenante é capaz de absorver água e tem o poder antiderrapante. Outra vantagem é que mantêm a temperatura.
Fonte das imagens: site pinterest, flickr e archiexpo Fonte das informações: site jardineiro.net e archiexpo
Figura 53: Fachada frontal Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 54: Fachada frontal Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 55: Fachada frontal Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 56: Fachada frontal – embarque e desembarque Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 57: Fachada frontal – embarque e desembarque Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 58: Fachada frontal – embarque e desembarque Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
As figuras 53 a 59 ilustram a fachada frontal do edifício, onde localizam-se os acessos ao Abrigo, Petshop, recepção principal do Hospital Veterinário e por onde ocorre o embarque e desembarque das pessoas. Nas figuras também é possível visualizar o estilo e a cor da brise utilizada para a proteção da incidência solar e o material em madeira plástica utilizada na fachada para uma melhor estética da edificação. Analisando as figuras também é perceptível a estratégia utilizada para convidar as pessoas a circularem pelo terreno, uma vez que o mesmo oferece sombreamento, locais de permanência e um visual agradável e fresco devido ao paisagismo implementado. Parte do paisagismo proposto também é apresentado logo na fachada do edifício, como a Palmeira Imperial, que foi utilizada para agregar a estética do projeto além de ser mais um elemento de proteção à incidência solar.
Figura 59: Fachada frontal Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 60: Passarela Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 61: Abrigo – acesso principal Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 62: Abrigo Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
As figuras 60, 61 e 62 representam a entrada principal do abrigo e a passarela de circulação entre a recepção secundária do Hospital Veterinário e o segundo pavimento do abrigo, onde se localizam os gatis.
Figura 63: Abrigo Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 64: Abrigo, Hospital Veterinรกrio e Pรกtio Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 65: Fachada lateral direita – Hospital Veterinário Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 66: Fachada lateral direita – Hospital Veterinário Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 67: Fachada lateral esquerda – Hospital Veterinário Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 68: Fachada lateral esquerda – Hospital Veterinário Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
As figuras 64 a 68 ilustram a janela em fita utilizada tanto para a leveza estética do edifício quanto para a ventilação cruzada no interior do Hospital Veterinário, considerando que uma quantidade relevante desses ambientes não pode possuir aberturas. Para garantir a ventilação e iluminação natural da circulação e de outros cômodos, as janelas foram dispostas de forma a suprir as necessidades desses ambientes.
Figura 69: Hall de acesso dos funcionários Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 70: Hall de acesso do funcionรกrios Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 71: Pรกtio livre Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 72: Pátio livre Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 73: Deck e espelho d’água Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 74: Deck e espelho d’água Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 75: Deck e espelho d’água Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 76: Vista dos fundos do Hospital Veterinรกrio Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 77: Pátio dos cães Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 78: Pátio dos cães Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 79: Estacionamento de clientes e visitantes Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 80: Estacionamento de clientes e visitantes Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 81: Estacionamento de veĂculos utilitĂĄrios Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 82: Passeio e espera de animais Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 83: Canil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 84: Canil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 85: Canil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 86: Canil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 87: Gatil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 88: Gatil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 89: Gatil e jardim interno Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 90: Gatil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 91: Gatil Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 92: Iluminação de piso Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
Figura 93: Iluminação de piso Fonte: Projeto desenvolvido pela autora
A obtenção de conhecimentos sobre o tema, que ainda é pouco discutido, resultou e permitiu que novas considerações sobre o abandono animal e os direitos que eles possuem fossem feitas. O trabalho realizado apresenta não só a importância de haver uma
arquitetura que atenda às necessidades dos animais, como também as questões sociais que o tema envolve, onde a maioria das pessoas ainda não possuem consciência da problemática existente, como por exemplo, a relação que ocorre entre a saúde pública e os animais de rua, beneficiando toda a sociedade.
Sabe-se que os abrigos não são o suficiente para resolver o problema do abandono animal, mas a finalidade deste projeto é lapidar o vínculo entre as pessoas e os animais e promover um local que é de grande importância para ambos, estabelecendo a importância que o tema deve possuir.
ALMEIDA, Maíra L.; ALMEIDA, Laerte P.; BRAGA, Paula F. S. Aspectos psicológicos na interação homem - animal de estimação. 6 f. Iniciação Científica. Universidade Federal de Uberlândia, 2015. Disponível em: <http://patastherapeutas.org/wpcontent/uploads/2015/05/Aspectos_...pdf>. Acesso em 26 de agosto de 2019. ALMEIDA, Luciana. Tribuna Online. Grande Vitória tem mais de 190 mil cães nas ruas, 08 de setembro de 2016. Disponível em: < https://tribunaonline.com.br/grande-vitoria-tem-mais-de-190-milcaes-nas-ruas>. Acesso em: 09 de maio de 2020. ANDA. “Mais de 30 milhões de animais abandonados estão esperando uma chance”, 20 de maio de 2017. Disponível em: < https://www.anda.jor.br/2017/05/mais-de-30-milhoes-de-animaisabandonados-estao-esperando-uma-chance-diz-especialista/>. Acesso em 07 de setembro de 2019. ARCHDAILY. Animal Refuge Centre / Arons en Gelauff Architecten, 11 de junto de 2008. Disponível em: <https://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-engelauffarchitecten?ad_medium=widget&ad_name=recommendation>. Acesso em: 10 de outubro de 2019. ARCHDAILY. Palm Springs Animal Care Facility / Swatt Miers Architects, 24 de maio de 2012. Disponível em: <https://www.archdaily.com/237233/palm-springs-animal-carefacility-swatt-miers-architects>. Acesso em 10 outubro de 2019. ARMSTRONG. Forro Tegular e Vector. 2019. Disponível em: <https://www.armstrongceilings.com/commercial/ptbr/commercial-ceilings-walls/ultima-vector-ceiling-tiles.html>. Acesso em 20 de maio de 2020.
ARONS EM GELAUFF ARCHITECTEN. 5 star shelter – Animal Refuge Centre, 2013. Disponível em: <https://aronsengelauff.nl/other/5star-shelter>. Acesso em: 10 de outubro de 2019. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. AYRES, Nathalie. Minha Vida. Animais também podem ser terapeutas e ajudar no tratamento de doenças, 25 de julho de 2019. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/bemestar/galerias/16239-animais-tambem-podem-ser-terapeutas-eajudar-no-tratamento-de-doencas>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. BAURU; MARÍLIA. G1. A evolução dos cães até se tornarem animais de estimação, 10 de janeiro de 2015. Disponível em: <http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/mundopet/2014/noticia/2014/12/mundo-pet-evolucao-dos-caes-ate-setornarem-animais-de-estimacao.html>. Acesso em: 20 outubro de 2019. BOL. Sete motivos questionáveis de quem abandona o animal de estimação, 20 de dezembro de 2016. Disponível em: <https://www.bol.uol.com.br/listas/7-motivos-questionaveis-dequem-abandona-o-animal-de-estimacao.htm>. Acesso em 07 de setembro de 2019.
BRASIL. Resolução nº 1015, de 09 de novembro de 2012. Conceitua e estabelece condições para o funcionamento de estabelecimentos médico veterinários de atendimento a pequenos animais e dá outras providências. CFMV, 2012.
BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra; jsessionid=00657B387522889ECCDF2CD6C400642D.proposicoesWe bExterno2?codteor=1685284&filename=Avulso+-PL+10827/2018>. Acesso em: 20 de outubro de 2019. CASTELLAR, Guilherme. Super Interessante. Como os gatos conquistaram a terra, 16 de fevereiro de 2017. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/como-os-gatos-conquistaram-aterra/>. Acesso em: 29 de outubro de 2019. CORDEIRO, Vinícius. Pleno News. As políticas públicas de proteção animal, 08 de novembro de 2018. Disponível em: <https://pleno.news/opiniao/vinicius-cordeiro/as-politicas-publicasde-protecao-animal.html>. Acesso em: 07 setembro de 2019. CORONATO, Marcos. 3 comportamentos péssimos que levam ao abandono de animais, medidos pelo Ibope. Época 15 de junho de 2016. Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/3comportamentos-pessimos-que-levam-ao-abandono-de-animaissegundo-o-ibope.html>. Acesso em 07 setembro de 2019.
CUNHA, Sandra. CRMV SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo). Animais de rua: um problema que demanda participação coletiva, 01 de fevereiro de 2019. Disponível em: <https://www.crmvsp.gov.br/arquivo_release/01.02.19_Perigo_Ani mais_de_rua.pdf>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. DIEBEL, James; NORDA, Jacob; KRETCHMER, Orna. Weather Spark. Condições meteorológicas médias de Vila Velha. Disponível em: <https://pt.weatherspark.com/y/30847/Climacaracter%C3%ADstico-em-Vila-Velha-Brasil-durante-o-ano#SectionsTemperature>. Acesso em: 09 de maio de 2020.
ESPÍRITO SANTO. Lei Municipal nº 4.575/2007, 20 de dezembro de 2017. Vila Velha, 2017. Disponível em: < https://www.vilavelha.es.leg.br/processo-legislativo/novo-pdm1/novo-pdm-pl-040-2017>. Acesso em: 20 de março de 2020. GERALDES, Daniel. Editora Stilo. Censo Pet: 139,3 milhões de animais de estimação no Brasil, 13 de junho de 2019. Disponível em: <https://www.editorastilo.com.br/censo-pet-1393-milhoes-deanimais-de-estimacao-no-brasil/>. Acesso em 06 setembro de 2019.
CRUZ, Rovena. Hoje ES. Vila Velha terá serviço de recolhimento de cães e gatos, 18 de dezembro de 2019. Disponível em: <https://hojees.com.br/vila-velha-tera-servico-de-recolhimento-decaes-e-gatos/>. Acesso em: 09 de maio de 2020.
HIRST, Kris K. ThoughtCo. Dog History: how and why dogs were domesticated, 25 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.thoughtco.com/how-and-why-dogs-weredomesticated-170656>. Acesso em: 20 outubro de 2019.
CUNHA, Patrícia. O Imparcial. Animais de rua são problemas crônicos. Disponível em: <https://oimparcial.com.br/cidades/2019/03/animais-de-rua-saoproblemas-cronicos/>. Acesso em: 25 de agosto de 2019.
HUNTER DOUGLAS. Aerobrise. Abril de 2008. Disponível em: <http://www.microlux.com.br/site/wpcontent/uploads/Brise_Aerobrise_Quadrobrise.pdf>. Acesso em 20 de maio de 2020.
INSTITUTO PET BRASIL (IPB). País tem 3,9 milhões de animais em condição de vulnerabilidade, 26 de agosto de 2019. Disponível em: < http://institutopetbrasil.com/imprensa/pais-tem-39-milhoes-deanimais-em-condicao-de-vulnerabilidade/>. Acesso em: 07 de novembro de 2019. LOUREIRO, Giordano José. Projeto de lajes protendidas com cordoalhas engraxadas. 22 f. Artigo. Universidade de São Paulo, 2006. Disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/Protendido/Art.%20Laje%20Pr ot.%20Cord.%20Engrax.pdf>. Acesso em 20 de abril de 2020. MARTINS, Binha. A história do gato doméstico por Carlos Gandra, 04 de setembro de 2015. Disponível em: <http://www.revistaneoo.com/2015/09/a-historia-do-gatodomestico-por-carlos.html>. Acesso em: 06 de setembro de 2019. MASSAD, Laila R. Portal Medicina Felina. A história do gato. Disponível em: <http://portalmedicinafelina.com.br/historia-dogato/>. Acesso em: 31 de outubro de 2019. MOREIRA, Karolina. Prefeitura de Vila Velha. Centro de Zoonoses é totalmente reformado, 23 de junho de 2016. Disponível em: <http://vilavelha.es.gov.br/noticias/2016/06/centro-de-controle-dezoonoses-e-totalmente-reformado-10453>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. MURARO, Celia Cristina; NOVAIS, Darlei A. Jusbrasil. Maus tratos de cães e gatos em ambiente urbano, defesa e proteção aos animais, 2014. Disponível em: <https://carollinasalle.jusbrasil.com.br/artigos/163211587/maustratos-de-caes-e-gatos-em-ambiente-urbano-defesa-e-protecao-aosanimais>. Acesso em: 23 de outubro de 2019.
OLIVEIRA, Bruno. Pet Love. A história da domesticação dos gatos,19 de maio de 2013. Disponível em: <https://www.petlove.com.br/dicas/a-historia-da-domesticacaodos-gatos>. Acesso em: 26 de agosto de 2019. PEREIRA, Susana. Mundo dos Animais. A presença dos animais na história do homem, 19 de janeiro de 2014. Disponível em: <https://www.mundodosanimais.pt/animais-pre-historicos/apresenca-dos-animais-na-historia-do-homem/>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. PROTEÇÃO ANIMAL MUNDIAL. Desmistificado: veja 8 benefícios da castração, 05 de fevereiro de 2015. Disponível em: <https://www.worldanimalprotection.org.br/not%C3%ADcia/desmiti ficando-veja-8-beneficios-da-castracao>. Acesso em: 07 setembro de 2019. SÃO PAULO (Estado). Lei nº 5068, de 12 de julho de 2016. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a/sp/g/garca/leiordinaria/2016/507/5068/lei-ordinaria-n-5068-2016-dispoe-sobrea-posse-responsavel-de-animais-de-estimacao-e-proibe-oabandono-desses-animais-no-municipio-de-garca>. Acesso em: 06 de novembro de 2019. SCHOLZE, Marianne. IG São Paulo. 10 benefícios dos pets à saúde e ao bem-estar humano, 20 de abril de 2013. Disponível em: <https://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-04-20/10-beneficiosdos-pets-a-saude-e-ao-bem-estar-humano.html>. Acesso em: 26 de agosto de 2019. SETÚBAL, José Luiz. Instituto PENSI. Doenças transmitidas por animais, 17 de outubro de 2011. Disponível em: <https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/doencastransmitidas-por-animais/>. Acesso em: 19 de outubro de 2019.
SOLANGE, Maria. Portal Educação. As consequências do abandono de animais à saúde pública, 12 de outubro de 2012. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/asconsequencias-do-abandono-de-animais-a-saude-publica/19132>. Acesso em: 25 de agosto de 2019. SWATT MIERS ARCHITECTS. Palm Springs Animal Care Facility. Disponível em: <https://www.swattmiers.com/palm-springs-animalfacility>. Acesso em 10 de outubro de 2019.