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COLUNA
Raul Fernandes Jr.
Ex-diretor de redação da MOTOCICLISMO, é especialista em mercado de motocicletas
As duas rodas na Espanha
Um estudo realizado em 2020, pela Associação Espanhola de Fabricantes de Motos, divulgou interessantes informações sobre usuários de motos e scooter.
Se você tem sugestões para esta coluna, envie para: redacao@ motociclismo team.com.br As cidades de Barcelona, Madri e Valência respondem pelo parque circulante de 30% das motocicletas na Espanha. O número de scooter registrados aumentou 54% na última década e apenas 15% das motos são de propriedade de mulheres. De acordo com esse relatório, as três cidades abrigam um total de 1,02 milhão de motos, dos 3,39 milhões de motocicletas, scooter e ciclomotores que circulam na Espanha.
No final de 2020, a província de Barcelona encabeçava com folga essa lista com 510.650 unidades. É um número significativo para o país, pois supera a soma das províncias de Madri (318.533) e Valência (192.414). Essas três províncias têm características comuns que favorecem o tráfego de veículos de duas rodas, os grandes centros urbanos e o clima ameno.
Na última década (2010-2020), percebeu-se claramente duas tendências no segmento das motos. Enquanto o número de ciclomotores assegurados diminuiu 45%, o número de motocicletas aumentou praticamente na mesma proporção, e o dos scooter evoluiu ainda mais, porque aumentou em 54%.
Analisando mais a fundo o estudo, os usuários de duas rodas têm perfil jovem e adultos maduros. O perfil individual mais comum nos motociclistas é de pessoas de 47 anos, geralmente experientes. Nos scooter, 86% dos proprietários dirigem há mais de dez anos. O estudo também teve uma análise do amor pelas motocicletas que coloca Málaga como a província com mais veículos de duas rodas por habitante. Já por municípios, Pozuelo de Alarcón é a cidade mais motociclista por excelência na Espanha.
Esse relatório mostrou como os homens ainda predominam no mundo do motociclismo espanhol. As mulheres são proprietárias de apenas 15% dos veículos de duas rodas. Esse número está significativamente abaixo da presença global de mulheres como proprietárias de todos os tipos de veículos automotores (26%). Mesmo no meio motociclístico, existem diferenças, porque elas possuem 22% dos ciclomotores e 20% dos scooters (de menor peso e maior caráter urbano).
Já no Brasil, conforme reportagem publicada no site da Motociclismo Online, e segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) analisados pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), o número de mulheres habilitadas para pilotar motos cresceu 95,7% entre 2011 e 2020. As mulheres motociclistas habilitadas saltou de pouco mais de 4 milhões para 7,9 milhões. Segundo o levantamento, mais de 985 mil CNHs de categoria A foram tiradas por elas em todo o país até novembro de 2020. O Brasil está mudando bastante e as mulheres também estão “invadindo” o mundo da moto. Que bom!
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