MARÇO 2011
revista do consumidor
Veja a RANGER que ameaçará a S10
A CARA DEFINITIVA DO NOVO
ECOSPORT A CARA DEFINITIVA DO NOVO ECOSPORT
Chega em 2012 a partir de R$ 55 000
WWW.CARROONLINE.NET ISSN 0104-5733
R$ 9,90 MARÇO 2011 | Nº 209 | ANO 18
SAIBA QUAL É O CAMPEÃO DO CUSTO-BENEFÍCIO
Renault Grand Tour x Chevrolet Classic x Chevrolet Astra x Renault Clio x Fiat Mille x Chevrolet Corsa
ANO 18 | Nº 209
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ESPECIAL DE 10 PÁGINAS 125 ANOS DO AUTOMÓVEL
SUPERPEGA DE ESPORTIVOS Audi RS 5 x BMW X6 M x Mercedes C 63 AMG 2/18/11 5:20:39 PM
WHAT CAR? VOLKSWAGEN AMAROK
4x4
MARCHA REDUZIDA 2,70:1 Descer uma “pirambeira” como a da foto acima é tarefa fácil para a picape VW, que vem equipada com HDC (Hill Descent Control), que controla a descida por meio do ABS e do controle de tração, mesmo com o motor em ponto morto.
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AÇÃO É COM ELA! RAMPA MÁXIMA 45° Piso molhado e pneus de asfalto não foram empecilho. Com a tração integral e a reduzida engatadas, a picape venceu o obstáculo sem muito esforço.
AVALIAÇÃO
DISTÂNCIA MÍNIMA DO SOLO 200 MM
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N
Repare no bom vão livre na parte inferior da Amarok. Ele permite que a picape passe com facilidade por locais difíceis de serem transpostos.
AVALIAÇÃO
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INCLINAÇÃO LATERAL 49,7° Nesta, que é uma das provas mais difíceis em nossa avaliação, a Amarok mostrou equilíbrio. Com quase 50° de inclinação, a picape se manteve firme.
AVALIAÇÃO
CURSO DE SUSPENSÃO 190 MM O trabalho do conjunto de suspensão foi muito bom nesta prova. A Amarok manteve as rodas apoiadas durante a manobra de transposição sobre a valeta que se formou após a chuva.
AVALIAÇÃO
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Potente e robusta, a VW Amarok saiu-se bem diante dos obstáculos de nossa avaliação
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texto Angelo Treviso fotos Pedro Bicudo
Não é preciso trafegar durante muito tempo com a picape VW Amarok para constatar que ela faz sucesso por onde quer que passe. Com dimensões generosas (aliás, ela está mais para um modelo grande do que médio) e um visual moderno e atraente, ela chama muita atenção, mesmo tendo sido lançada há mais de um ano no país. Como se não bastasse, a versão Highline, a mais sofisticada da picape Volkswagen, ainda exibe robustez, potência, acabamento esmerado e capacidade para vencer os obstáculos de uma trilha severa. Graças a isso, o modelo tornou-se a nova referência no seu segmento, por oferecer tecnologia embarcada e equipamentos nunca vistos em suas principais concorrentes no país — Toyota Hilux, Nissan Frontier e Mitsubishi L200 Triton. Com tantas qualidades, resolvemos submeter o modelo à nossa exigente Prova dos 9 e o resultado não poderia ter sido melhor. Mas vale ressaltar que o principal responsável pelo excelente desempenho obtido no teste é o moderno motor 2.0 TDi alimentado por um sistema de injeção direta de combustível common rail e dois turbocompressores, graças aos quais o propulsor consegue gerar ótimos 163 cv de potência e 40,8 mkgf de torque. www.carroonline.net 111
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WHAT CAR? VOLKSWAGEN AMAROK
4x4 Submetida à exigente avaliação da Carro, a VW Amarok mostrou que também é boa para rodar em trilhas
TRANSPOSIÇÃO CENTRAL 23°
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A Amarok possui um bom ângulo de transposição central, desde que não conte com os estribos laterais, que limitam a capacidade off-road da picape.
AVALIAÇÃO
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ÂNGULO DE ENTRADA 30° Permite “entrar” com facilidade num obstáculo, sem correr o risco de raspar a parte inferior do para-choque no terreno.
AVALIAÇÃO
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ÂNGULO DE SAÍDA 17,6° Embora bom para uma picape, é limitado para a prática do off-road. Repare, na foto ao lado, que além do para-choque, o estepe também acabou ficando vulnerável nesta prova.
AVALIAÇÃO
TRAVESSIA DE RIACHO 500 MM Passar com as rodas encobertas pela água, na altura dos faróis, é possível desde que a travessia seja feita em baixa velocidade e aceleração moderada.
AVALIAÇÃO
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As respostas ao acelerador surgem logo a 1 750 rpm, o que torna a dirigibilidade da picape bastante agradável. Além disso, ela mereceu elogios na hora de retomar velocidade em aclives. O câmbio manual de 6 marchas tem acionamento fácil, e o sistema de auxílio de arrancadas em aclives (HSA) é muito útil, pois “segura” a picape durante três segundos, permitindo que o condutor tire o pé do freio e acelere sem que o veículo desça de ré numa saída de semáforo numa ladeira, por exemplo. Um ponto a se criticar é a falta de um câmbio automático, mesmo como opcional, o que só deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Talvez por isso não se vejam mais Volkswagen Amarok rodando pelo país. Já o sistema de tração 4x4 com acionamento elétrico é um dos trunfos da picape. Por meio das teclas localizadas à esquerda da alavanca do câmbio, o motorista pode selecionar a tração apenas nas rodas traseiras, nas quatro rodas e também reduzir a caixa de transferência para transformar a picape num “trator”. Como se não bastasse, ainda existem dois recursos que melhoram o desempenho da picape em trilhas. O bloqueio do diferencial traseiro e o controle automático de descida. O segundo tem funcionamento similar ao de sistemas existentes em veículos BMW, Land Rover e Mercedes-Benz, por exemplo, e permite descer uma ladeira com o motor funcionando em marcha-lenta, apenas utilizando os freios e o ESP. Por dentro, a sensação de espaço é boa. Os bancos são bastante confortáveis e na traseira o espaço é suficiente para abrigar três adultos, sem que nenhum deles fique com a cabeça raspando no teto, ou com os joelhos pressionando os encostos dos bancos dianteiros. Com relação aos equipamentos, A Amarok Highline traz, de série, freios com ABS e ESP, controle eletrônico de tração e arcondicionado automático, entre outros. Um utilitário com muito luxo! ■
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NO ASFALTO
Melhor que muitos carros de passeio Se a VW Amarok mostrou ser valente no uso fora-de-estrada severo, rodando no asfalto ela mostrou-se uma excelente companheira de viagem. O motor 2.0 turbodiesel trabalha suavemente em velocidades de cruzeiro. Rodando a 120 km/h e em 6ª marcha, é possível utilizar o cruise-control e usufruir de uma comodidade encontrada em carros de luxo. Sua posição elevada de dirigir oferece boa visibilidade ao motorista e a suspensão macia e firme ao mesmo tempo proporcionam um nível de conforto muito bom, capaz de proporcionar viagens de longas distâncias sem cansaço.
Motor 4 cilindros em linha, dianteiro, longitudinal; Cilindrada 1968 cm3; Cabeçote DOHC, 16 válvulas; Potência 163 cv a 4 000 rpm; Torque 40,8 mkgf a 1 500 rpm; Câmbio Manual, de 6 marchas; Tração integral, com reduzida; Rodas 18” de liga leve; Susp. dianteira independente, triângulos superpostos; Susp. traseira eixo rígido, molas semielípticas; Ângulo de entrada 30°; Ângulo de saída 17,6°; Transposição de rampa 23°; Travessia de água 500 mm; Rampa máxima 45°
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Quer sugerir um veículo para ser avaliado na Prova dos 9? Então, escreva para carro@ motorpressbrasil.com.br com a sua indicação. As melhores ideias serão publicadas aqui.
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A análise de quem conhece
o assunto off-road A VW Amarok é uma picape ímpar no segmento off-road e seus atributos técnicos estão em um nível muito acima do das rivais. Ela é a única, por exemplo, a contar com controle de estabilidade (ESP), um item cuja importância nem é preciso lembrar. Mas foi na terra que ela mostrou as qualidades que realmente importam para nós (ao menos na Prova dos 9): seus atributos off-road. Ela conta com controle de tração, e conforme você “cai” nas valetas, o sistema freia a roda que está sem aderência, passando a tração para a que está em piso firme. Na hora em que as duas rodas traseiras caíram na mesma erosão, foi só utilizar outro dispositivo: o bloqueio total do diferencial traseiro. Mas foi na hora de descer as rampas é que a Amarok surpreendeu de verdade. Mesmo com o câmbio em ponto morto, desci as “pirambeiras” sem sequer pisar no freio. Ela fez tudo sozinha e, como se não bastasse, ainda corrigiu a trajetória no piso escorregadio. Confesso que essa foi uma experiência complicada. Eu pertenço à “velha escola”, que recomenda descer sempre engrenado, com a reduzida acionada e usando o freio-motor. Mas a tecnologia me fez perder qualquer receio. O “calcanhar de Aquiles” da versão avaliada eram os estribos, equipamento que não vem de fábrica (como em algumas concorrentes) e que limitou demais o ângulo de transposição central, deixando a picape muito baixa. Para não danificar a peça, tive de desviar dos obstáculos mais salientes, já que, por conta da grande distância entreeixos a picape poderia se “enroscar” com muita frequência. Os pneus voltados para uso sobre asfalto com rodas aro 18” também não são ideais para o uso no fora-da-estrada. Seria melhor se a Amarok tivesse rodas menores e pneus apropriados. Agora, a pergunta que não quer calar: com todos esses atributos que elencamos, por que a Amarok não está emplacando no mercado nacional? Na minha opinião, porque não possui uma versão com câmbio automático. E, mesmo tendo um excelente câmbio manual de 6 marchas, falta esse item de conforto. Ainda mais para quem pode investir quase R$ 120 000 reais em um veículo desse porte. A verdade é que ninguém quer mais se cansar pisando numa embreagem. E isso também se aplica às picapes.
■ O controle automático em descidas (HDC) é acionado junto à alavanca do câmbio
■ A Amarok oferece a tração 4x4 com modo reduzido (Low)
cipou Clauset parti i O piloto Cacá ar na África, fo ões do rali Dak e ES Õ de duas ediç RT SE S O RALLY DO ssia CAMPEÃO D Book da trave ss ne ui G no m.br .co é recordista sil @tsobra de carro. caca das Américas
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