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PESSOAS OU IDEIAS?

2011 alternativas para votar na essência mais do que aparência, só depende de nós.

SUPERAÇÃO É SOBRENOME.

Quando não se pode mudar um começo, realizamos um novo final.

RELAXE. É GRÁTIS! Movimento espontâneo quebra paradigmas, promove o relaxamento interior e o encontro de gigantes - yôga no parque.

“PRA VIVER DE ARTE É PRECISO ESTAR CONECTADO COM O MUNDO” – Rimon

AUSTRÁLIA X BRASIL Energias de lá inspirando mares daqui, e vice-versa.

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cultura musical por: Hora Sonora / foto: Felipe Waltrick & Marco Baco

Fotografar shows, espetáculos, concertos, e tantos outros acontecimentos que envolvem música, vai muito além de apenas documentar ou noticiar quem é o astro, o artista, a banda. Para mim, a essência deste trabalho é capturar momentos que reproduzam os ritmos, os estilos e as sensações sonoras do momento do clique. Como fotógrafo amante e confidente da música, também tenho como desafio procurar pela batida perfeita, só que de uma maneira diferente. Meu propósito é tentar capturar a batida de um modo que consiga prender a sonoridade dela e passar a sensação por meio da foto. Os cliques são nos compassos, nas viradas. Muitas vezes quando me dou conta, estou fotografando e dançando ao mesmo tempo. Infelizmente não é o jeito mais fácil de conseguir boas fotos. Meu consolo?

Poder bater o pe a vontade.

A grande arte do DJ é realizada com simples toques. É a contradição. Várias vezes a música forte é comandada pela leveza.

O lúdico, a magia e as cores fortes são características do CIRCO IMPERIAL DA CHINA. A agilidade, e principalmente a leveza dos bailarinos e acrobatas, são uma das primeiras conclusões que se tira do espetáculo. Elétrica,

calma,

berrante,

delicada, furiosa, meiga. Todos os

adjetivos

são

possíveis

de se usar para descrever a BJÖRK. Jeitos e trejeitos, caras e bocas. Um prato cheio para os fotógrafos. Pena que

O que pensar ao imaginar um show

a Pedreira Paulo Leminski

do JORGE BEN? Felicidade, alquimia,

não proporciona mais esses

diversão, brasilidade, sorrisos. Salve

momentos.

Jorge sempre envolta das mulheres.

A música eletrônica facilita a interação com o fotógrafo por causa do seu kick marcante e muito claro. É a primeira vez que os DJS LIQUID SOUL E PERFECT STRANGER, respectivamente, tocam juntos. Antes de mais nada eles são amigos. Todo mundo que estava no dancefloor da Tribal Tech 2010 percebeu. 16

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E não é pra menos. O EP lançado no começo de 2010 é ótimo. As cinco músicas que compõem o álbum são baseadas em relacionamentos e decepções, o que faz com que sejam suaves, com acordes simples e tom melancólico. Vale à pena ouvir. A banda, que sofre influências de nomes como Buck Owens e George Jones, diz já ter material para lançar um álbum. Assim que o trabalho estiver pronto, pretendem fazer a divulgação pelo Brasil. Quando isso acontecer, Curitiba terá mais orgulho ainda de ser a cidade representada por Rosie and Me. Que venha esse CD!

ROSIE AND ME CURITIBA E O FOLK DE Curitiba tem uma infinidade de bandas que estão ganhando

destaque nacional e internacionalmente. A nova geração da capital é eclética e tem ótimos grupos em todos os estilos musicais. Se fosse para enumerar uma banda da cidade que representa bem o folk, com certeza é preciso escolher Rosie and Me. Essa banda nasceu como muitas outras: de forma despretensiosa. Rosanne Machado, a vocalista do grupo, começou seu interesse pela música desde pequena. Quando tinha 8 anos, ganhou seu primeiro violão. A partir daí não abandonou mais o gosto pelas notas. Adorava compor letras de música, mas tinha vergonha de mostrar para os outros. Só em 2006, quando se uniu ao amigo carioca Alex Souza, as pessoas puderam conhecer seu talento. A dupla disponibilizou uma música na internet, que logo teve um grande número de acessos. Isso fez com que Rosanne chamasse mais dois amigos para tocarem juntos, o Tiago Barbosa e o Guilherme Miranda. O RESULTADO FOI A BANDA ROSIE AND ME, QUE HOJE É FORMADA POR ROSANNE, TIAGO E GUILHERME, ALÉM DE THOMAS KOSSAR E WILDSON SEGUCHI. A música do grupo herda algumas características do folk dos anos 60, mas enquanto Bob Dylan trazia letras de protesto e luta pelos direitos civis, o folk de Rosie and Me trás canções leves, que falam sobre amor. O que aproxima a banda curitibana dos grandes cantores do gênero americano é o idioma. Todas as letras de Rosanne são em inglês. Segundo a garota, se as músicas fossem em português, perderiam um pouco a musicalidade e soariam cafonas. Mas as pessoas que entendem as letras não acham nem um pouco piegas o que a banda está tocando. Exemplo disso é o fato do grupo estar recebendo um grande reconhecimento por parte da galera dos Estados Unidos e Europa. Quem procurar o que já foi escrito a respeito de Rosie and Me verá que os sites gringos adoram a banda curitibana. MOVING

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cultura musical _LOCOMOTIVA DUBEN

por: Felipe Gollnick (www.defenestrando.com) / foto: Tomas Bernal

SUINGADO: “MÃO BEIJADA” RETRATA A VIDA, MAS EM UM RITMO DE AVENTURA. E DESSE AGITO PASSAMOS DIRETO PARA O REFRESCO DA BOSSA NOVA, POIS “DE SOLA” TRAZ O SOSSEGO DAQUELE RITMO TRANQUILO E A LETRA ASSEGURA O CONFORTO QUE É TER A SEGURANÇA DE FAZER AS COISAS DE UM JEITO BEM FEITO. JÁ A PRIMEIRA FAIXA DO EP, “INFORMAÇÃO”, É UM REGGAE QUE FALA DESSA VIAGEM QUE É O MUNDO DE HOJE: DESIGUALDADES

SOCIAIS,

CONFUSÕES

CLIMÁTICAS E EXCESSO DE INFORMAÇÃO, TUDO ISSO DESNORTEANDO TODO MUNDO AO MESMO TEMPO. Enfim, o som da Locomotiva Duben é um som gostoso. É para ouvir numa tarde agradável de domingo enquanto se relaxa ao sol com os amigos, em vibrações de um otimismo necessário para acreditar que o mundo ainda tem salvação. É tudo isso que encontramos no EP “Todos os Seres”. Para ouvir e ficar tranquilo.

Escutar o EP “Todos os Seres” da

+ Jorge Ben), mas é gostoso ver como eles

Locomotiva Duben é olhar para o presente.

trafegam entre outras sonoridades sem

Em uma época em que o que há em

perder a mão. Veja-se, por exemplo, a faixa

evidência é a variedade, a Locomotiva se

“Mais um samba para a nega”, onde um

sai bem em misturar uma boa quantia

sambinha gostoso de repente vira uma

de

de

pequena sessão de dub (e a transição é tão

um caldeirão brasileiro e atual. Não são

sonoridades

diferentes

bem executada que um desatento pode ser

perceptíveis

pego de surpresa).

apenas

as

dentro

referências

contidas no nome da banda (Duben = Dub 18

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HÁ LÁ TAMBÉM UM SAMBA-ROCK


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por: Felipe Gollnick (www.defenestrando.com) / fotos: Felipe Gollnick, Juan Felipe & divulgação

AR NOVO NA CURITIBA DE 2011. A CIDADE QUE, DE UNS ANOS PRA CÁ, VIROU NASCENTE DE ÓTIMAS NOVIDADES MUSICAIS, NÃO PARA NUNCA DE GERAR FILHOS ROQUEIROS PRÓDIGOS. BANDAS QUE ESTÃO CONSAGRANDO A CIDADE PELO PAÍS AFORA, VIA INTERNET COMO SABONETES, ANACRÔNICA E CHARME CHULO, JÁ NÃO SÃO TÃO NOVAS ASSIM. NOVIDADE ATRÁS DE NOVIDADE, OUTROS NOMES NOVÍSSIMOS ESTÃO COMEÇANDO A FICAR EM EVIDÊNCIA. POR COINCIDÊNCIA OU NÃO, VÁRIAS DELAS SURGIRAM MAIS OU MENOS AO MESMO TEMPO COM UMA SONORIDADE SEMELHANTE, FORMANDO TALVEZ UMA NOVA GERAÇÃO POP. COM VOCÊS, OS GRUPOS QUE TÊM TRAZIDO FRESH AIR AOS SUBTERRÂNEOS DA CIDADE:

MONACO BEACH

HOMEMADE

YOKOFIVE

COLORPHONIC

CINEMA MUDO

O Monaco Beach vem

BLOCKBUSTER

A Yokofive é a banda

Entre riffs empolgantes

Eis aqui um som não

firme em trajetória

O Homemade

menos pop das indicadas

e vocais agudos está o

recomendável para os

ascendente, abrindo

Blockbuster parece que

aqui. Na verdade, as

novíssimo Colorphonic,

que têm problemas com

caminho montanha

na hora de compor as

músicas deles são

que também lançou

o coração, em qualquer

acima com seus teclados

suas músicas entendeu

sim bem pop até um

seu EP de estreia

sentido da ideia. Seja

e guitarras climáticos

o que está acontecendo

determinado momento,

(“O E Contido em

pelas melodias doloridas,

e os vocais abafados de

no indie-rock dançante

que é quando os dois

Cada História”) bem

pelas letras confessionais

alguma dor confessada. A

atual, fez algumas

guitarristas resolvem

recentemente e que vem ou pelo trompete

densidade sentimental e

adaptações ao clima

abusar das pedaleiras

conquistando espaço nos cortante, as músicas

para fazer (muito)

subterrâneos da cidade

do Cinema Mudo são

me lembra alguns

e chacoalhou mais

barulho. Dá pra chamar

com a cor de seu nome

bem capazes de mexer

números do The Killers;

outras influências da

de shoegaze, de noise ou

bem presente em suas

com os sentimentos

já o pessoal do Move

música moderna em

o que for. Os shows deles

músicas. Esse som, tal

de algum desavisado.

That Jukebox acha o som

uma mistura certeira: o

têm sido sensacionais e

qual o do Homemade

Também novíssima

mais parecido com Two

resultado são músicas

meus pêsames a quem

Blockbuster, também

no cenário, a banda

a construção das músicas subtropical da cidade

não é de Curitiba e

vai muito bem numa

já em seus primeiros

Shoes. De qualquer jeito,

qualquer pista de dança

nunca pôde ir a uma

pista de dança, que o

meses de vida ganhou

trata-se de sonoridade

que se preze. A banda

apresentação deles:

diga a faixa “Deslizar em o concurso “Garagem

explicitamente gringa e

ainda fez poucos shows,

digamos apenas que

Outras Palavras”, carro

atraente. É uma banda

mas pouco a pouco

trata-se de um ótimo

forte do grupo. Daquelas Gazetinha”, organizado

de futuro promissor e

alguns convites vão

exercício de resistência

músicas que você fica

pelo suplemento teen

grandes chances de cair

fazendo o HMBB rodar

para a capacidade de

tentando imitar o som

do principal jornal de

no gosto da galera.

por aí. Eles também

seus tímpanos. Pena

das guitarrinhas com a

Curitiba: indício claro

já fazem parte do cast

que essa barulheira não

boca.

de talento. Há indícios

da Vigilante, selo de

esteja tão bem retratada

de que um primeiro EP

bandas indie da Deck

no EP de estreia deles, o

esteja vindo por aí.

Disc, gravadora grande

“Creation Steppers in the

de bandas como Nação

Noise Fever”. Mas vale a

Zumbi e Pitty.

pena.

Door Cinema Club e Good capazes de incendiar

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de Talentos Fnac/


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sonho é

Nascer a gente nasce em todo canto. Morar é diferente. Aí carece de gostar do lugar e principalmente das relações que se cria por lá. Pra quem é do mundo, casa é o coração dos outros. Por isso não pergunto mais quem sou nem onde estou. Agora penso em quem estou e onde sou. Essas são coisas que passam na cabeça da gente. Coisa de gente andarilha que procura um aragem de descanso.

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destino

Ludovica Muluc (www.sonhoedestino.blogspot.com) por: Flavia Fernandes / foto: Themis Camargo


caro leitor _DESAPEGO

por: Rafael Rodrigues Machado

Hora da virada… SUPERAÇÃO! E assim, foi! E assim é. Honradamente lançamos esta edição da MOVING Magazine mostrando como a prática realiza o que a teoria um dia sonhou. Numa grande festa de celebração à vida, nada melhor do que chegar ao local bem acompanhando e ser recebido com música e bons amigos. Por isso seja bem vindo e mesmo que não tenha o samba no pé, relaxe, a beleza é estarmos em movimento... Aprendendo, vivendo! Então chega de cerimônias e venha dançar com as primeiras páginas de uma salada musical pra lá de apurada, inteligente e suingada. Deixe-se levar para longe, bem longe, até encontrar um local onde o seu voto é consciente na essência, mais do que aparência. Encontramos um coletivo de pensadores e realizadores que está propondo isso, vote livre. Arte, quando destrói, tambem constrói. É o que mostramos em matéria de eventos esportivo-criativo-cultural que acontecem em São Paulo, Curitiba, aqui e lá, artelivre multimidiática de seres iluminados, dispostos a espalhar ideias que merecem. Como o paralelo entre ondas e tubos de energia que contagiam e por isso estampam as páginas da revista. Ideias de um ensaio fotográfico belíssimo que surgiu de uma realização tão poderosa que somente ela mesma para contar essa história. Ideias de empreendedores que juntos movimentam-se para trabalhar melhor ou simplesmente yôgar no parque e sentir o sol se pôr. Para noutro dia realizar tudo isso e muito mais... Artes, esportes de ação, ecoturismo, empreendedorismo, educação e ambientetotal, saúde é bem estar, moda é superar, você + eu = nós! MOVING Magazine #65, boa leitura!

expediente _MOVING MAGAZINE # 65 Distribuição Dirigida

_REDAÇÃO E PRODUÇÃO Equipe MOVING MAGAZINE / Consciente coletivo e colaboradores criativos

_COMERCIAL & PUBLICIDADE comercial@movingmagazine.com.br Romeu Gomes Correa romeu@movingmagazine.com.br Marcel Justi marcel@movingmagazine.com.br

_RELAÇÕES PÚBLICAS E PRODUÇÃO Ana Carolina Bonn (anacarolina@movingmagazine.com.br) & Marcel Justi

_MARKETING & COMUNICAÇÃO marketing@movingmagazine.com.br

_FOTOGRAFIA Gus Benke, Bruno Santos, Guilherme Aguilar (Guiga)

_CORRESPONDÊNCIA Rua Teixeira Coelho, 60 - Batel, Curitiba / PR Cep: 80.420-150 / Fone: 3029.8210 moving@movingmagazine.com.br

_DIREÇÃO José Romeu Gomes / Dir. Superintendente Rafael Rodrigues Machado / Diretor de Criação & Marketing

_PROJETO GRÁFICO Face Brand Gestão de Marcas >> www.facebrand.com.br _CRIAÇÃO & ARTE Leonardo Jacomel & Rafael Rodrigues Machado _COLABORADORES DESTA EDIÇÃO _TEXTO Felipe Waltrick, Felipe Gollnick, Flavia Fernandes, Themis Camargo, Lucas Ajuz, Thiago Mouro, Pablo Barbacovi, Gil Voidelo, Marcel Justi, Rafael Tempo, Silvio Lopes, Leonardo Setembre, Carlos Alberto de Oliveira, Fernanda Daichtman, Michelle Mosele_FOTO Felipe Waltrick, Marco Baco, Alice Rodrigues, Luis Cequinel, Juan Felipe, Débora Spanhol, Lucas Pontes, Alex Brandão, Jorge Brivilati, Mateus Silva, Fabio Zen, Eduardo Fleck Rosa, Helton Sade, Silvio Lopes, Davy Nigro, Thaís Zago, Diego Aguilera _COLUNAS Anderson Camargo, Alex Carolino, Sergio Laus, Vanessa Kleein Machado, Ana Paula Taques, Willian Leite_ILUSTRAÇÕES Ana Paula Nísio, Leonardo Jacomel.

_FOTO CAPA Por: Ricardo Cunha


índice 024 SALVE A PEDREIRA! 032 MAIS PRA LÁ DO QUE PRA CÁ 038 DINHEIRO NÃO É CAPIM 040 CULTURA POPULAR - VOTO LIVRE 044 DESTROY AND CREATE 050 ARTE É CULTURA - RIMON GIMARÃES 054 IDEIAS QUE MERECEM SER ESPALHADAS 056 SE ESTA ONDA FOSSE MINHA 088 NÚCLEOS VIVOS 102 ECOTURISMO 106 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 136 COLUNAS

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É GRÁTIS.

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070 FOTO GUS BENKE


fotos: Alice Rodrigues & Luis Cequinel (Fundação Cultural de Curitiba) / colaboração: César (Prefeitura Municipal de Curitiba)

SALVE A

MOVING Magazine participa do movimento que

clama

pelo

retorno

cultural

e

reabertura da Pedreira Paulo Leminski em Curitiba. Se você tem alguma inquietação sobre este assunto e gostaria de expressar o seu grito de opinião, compartilhe: >> movingmagazine@movingmagazine.com.br É conversando que a gente se entende, às vezes melhor até, cantando! >> www.apedreiraenossa.com.br



espelho meu

_SE FOI SHOW ESTIVEMOS LÁ

fotos: Guilherme Trancoso Aguilar (Guiga) & Bruno Santos

A LIGA Universitária e a MOVING Magazine proporcionaram ao público curitibano o maior show de hardcore e surf music de 2010, PENNYWISE! Se você foi ao showzaço e deseja compartilhar algum sentimento, escreva ou envie sua foto para: movingmagazine@movingmagazine.com.br

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espelho meu

_SE FOI SHOW ESTIVEMOS LÁ

fotos: Guilherme Trancoso Aguilar (Guiga) / Bruno Santos / Débora Spanhol

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mais prá lá do que pra cá _WORK: GOLD COAST

por: Themis Camargo / fotos: Arquivo Pessoal

“Cinco meses vai ser pouco nesse paraíso” essas foram as minhas palavras no primeiro dia de muitas pedaladas na orla das praias de

curitibanos. Foi nessa escola onde passei uns dos meus melhores e mais divertidos momentos na Austrália.

Gold Coast – Austrália. E foi mesmo! Fiquei lá por um ano. E que

Fiquei fascinada com tantas praias, com o azul daquele mar,

ano! Nunca tinha vivido tantas novas experiências, sentido tantas

com o sol que reinava na grande maioria dos nossos dias, dos

emoções, conhecido tantos lugares e pessoas maravilhosas em tão

muitos mais muitos simpáticos passarinhos coloridos, das noites

pouco tempo em um ano de Austrália.

estreladas, do poder daquela lua. E o mais incrível disso tudo é

DESEMBARQUEI NA GOLD COAST EM MAIO DE 2009, MINHA

a perfeita combinação entre BELEZA NATURAL X MODERNIDADE.

IRMÃ JÁ ESTAVA MORANDO LÁ POR CINCO MESES. MINHA IDÉIA

De um lado tem praias limpas, paradisíacas e logo ali do outro

INICIAL ERA SÓ PASSAR UM MÊS VISITANDO A THAÍS COM MINHA

lado um dos mais altos e imponentes hotéis do mundo o Q One.

MÃE E VOLTAR PARA O MEU CONFORTÁVEL MUNDINHO BATEL.

Tudo funciona perfeitamente bem, muito limpo, organizado,

AINDA BEM QUE ESSA IDÉIA FOI SÓ INICIAL. NÃO DEMOROU

seguro, calmo. As pessoas são super educadas, as crianças são livres

MUITO PARA EU MUDAR OS PLANOS, TOMAR CORAGEM, LARGAR

e felizes, os velhinhos são carismáticos e respeitados, os jovens

MEU EMPREGO, CONSEGUIR UMA GRANA, CONTAR COM UMA

curtem a vida sem medo de ser feliz. O surf é o espírito e alma

BOA AGÊNCIA DE VIAGENS E COMEÇAR EMBARCAR NESSA NOVA

australiana. Todo mundo surfa, tudo mundo mesmo, de pranchão,

ETAPA DA MINHA VIDA. Fui sem muitos planos, minha intenção

de pranchinha, de stand up, de body board, de jacaré.

era passar cinco meses, estudando,curtindo, voltar e conseguir um

Para sobreviver e curtir esse paraíso é preciso muitos dólares,

emprego melhor. Porém logo que cheguei me apaixonei por aquela

o custo de vida é alto. E é preciso ser “hardworker” (trabalhar

“OZ life”. Por sorte do destino fui parar em Burleigh Heads, mais

pesado) expressão famosa entre os muitos brasileiros e todos os

conhecida como Beautiful Burleigh: uma praia linda, tranqüila,

outros imigrantes que lá residem. Para quem se joga sem falar

famosa por suas ondas, nem muito perto nem muito longe de

inglês a difilcudade de arrumar trabalho fica ainda maior. No meu

Surfers Paradise, o “centrinho” da Gold Coast. Estudei ali mesmo

caso, além do inglês o inverno foi um fator que contribuiu para

na Burleigh Heads English School, uma escola de inglês pequena,

essa dificuldade de conseguir trampo no começo.

com um ambiente familiar e boa para quem está a fim de aprender,

Na gold coast o forte é o turismo: pouco turista, pouco trabalho,

porque a maioria dos alunos não só são brasileiros como também

pouco “money”. Com a chegada do verão, com o inglês mais afiado, com mais segurança as oportunidades foram aparecendo. Trabalhei como cleaner (faxineira) em hotéis, em car-wash (lavacar), em eventos e shows e por fim e sorte consegui um emprego bom e estável de waitress (garçonete) em um restaurante. Foi aí que meu inglês fluiu de vez. Infelizmente, não tive oportunidade de alugar uma VAN e sair viajando Austrália afora como é muito comum por lá. Conheci lugares mais próximos e baratos como a charmosa praia Byron Bay, Ninbin a “Jamaica Australiana”, a elegante metrópole Brisbane. Porém, felizmente, viajei para outros dois destinos que com certeza dariam mais histórias interessantes para a Moving Magazine, Thailandia e Indonésia. Partindo da Austrália, com dólares no bolso você aproveita muito e gasta pouco para conhecer esses dois países. Não só recomendo para todos, como acredito que essa experiência que tive na Austrália me engrandeceu como pessoa.


mais prá lá do que pra cá

_TRAVEL: NEW ZEALAND

por: Bruno Santos / fotos: Arquivo Pessoal

TUDO JUNTO & Snowboarding, Surfe, Bugee Jump... Passagens na mão, malas

As paisagens na Nova Zelândia são alucinantes, lagos, praias,

prontas lá estava eu, indo pra Nova Zelândia. Até então conhecia

montanhas, florestas. Acho que um dos únicos lugares do mundo

pouca coisa desse país de pouco mais de quatro milhões de

onde você pode praticar snowboard, surf e bugee jump, tudo no

habitantes, sabia somente das plantações de kiwi e das belas

mesmo dia, pois basta dirigir cerca de três horas de lugar para lugar.

paisagens. Cheguei a Auckland, metrópole, milhões de pessoas nas

A população de lá é dividida entre a de origem inglesa e os nativos

ruas, alta velocidade e a famosa Skytower. Como não fazia muito o

da ilha (os maoris e kiwis), as pessoas são muito hospitaleiras,

meu estilo, esse lugar urbano ao extremo, então fui para o Mount

principalmente os maoris, que se identificam muito com nós

Maunganui, local no litoral onde conhecia alguns amigos. Quando

brasileiros, talvez pela cultura forte, simpatia e musicalidade

se vai morar fora do país é interessante que se tenha alguns

desse povo.

conhecidos, isso ajuda muito. Como a maioria dos brasileiros que

CONSIDERO A NOVA ZELÂNDIA UM PAÍS MUITO ESPECIAL, POR

ganham algum para o sustento na Nova Zelândia, trabalhei por um

SE TRATAR DE DUAS PEQUENAS ILHAS, E GEOGRAFICAMENTE

tempo nas fazendas de kiwi, mas também vi que não era a minha

SER TÃO PEQUENO, QUANDO COMPARADA COM A AUSTRÁLIA,

praia esse tal de trabalho pesado, cansativo, ao estilo bóia fria.

PAÍS VIZINHO, POR EXEMPLO. VÁRIAS CIDADEZINHAS BACANAS

Trabalhei em fazenda de vaca leiteira, restaurantes e mais tarde

DE SE VISITAR, QUE ÀS VEZES NÃO SÃO MUITO COMENTADAS.

com o visto quase expirando consegui trabalho numa fábrica,

POR ISSO ROAD TRIPS SÃO INDISPENSÁVEIS POR LÁ. E ASSIM,

dessa vez com o visto de trabalho (work permit) regularizado.

SEM ROTEIRO ALGUM, POIS O PAÍS OFERECE TODA A ESTRUTURA PARA ESSE TIPO DE VIAGEM, COMO ESTACIONAMENTOS, BANHEIROS LIMPOS COM CHUVEIRO E BACKPACKERS. Como primeira experiência morando fora do Brasil, aprendi muita coisa, e com certeza curti muito também, novas amizades, novas experiências, ampliei e muito meus horizontes, recomendo a qualquer um que me pergunta.

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_MATT PERSY

por: Lucas Ajuz / foto: Arquivo Pessoal

ESTAVA FRIO, ERA DOMINGO. A SENSAÇÃO TÉRMICA FICA MUITO BAIXA NO SUDOESTE DA AUSTRÁLIA, PORQUE QUASE NÃO EXISTEM MONTANHAS E POR ISSO VENTA MUITO POR LÁ. PELO MENOS ERA O QUE MATT REPETIA.

EU, MATT E A INTERNET Eu tinha sido acordado por ele, com uma alta e sincera gargalhada, pulando da cama assustado com a roupa de borracha molhada que levei na cara. O relógio marcava cinco e meia da manhã. Tinha ido dormir tarde aquela noite, depois de algumas “Pints” no pub da cidade. “_Tem altas!” disse ele, em um típico sotaque aussie. Antes de querer odiá-lo pensei que o mar realmente deveria estar bom, Matt não se daria o trabalho de acordar um jovem estudante brasileiro, barulhento e devorador de sorvete alheio durante a madrugada, somente para “crowdear” o mar.

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Ele, um típico australiano do sul de Sidney, estava naquela região pela qualidade das ondas e também pelo estilo de vida simples. Por isso, antes de ser um cara localista, tinha orgulho da exuberância que a natureza de seu país podia proporcionar, então aquela intimação mascarada de convite, logo cedo, era algo como “VIU SÓ COMO A AUSTRÁLIA É FODA?”. E não foi diferente. Chegamos a praia sem ninguém. Nenhuma alma. O vento continuava a soprar, era terral e lambia a crista das ondas suavemente. De onde observamos as séries de 6 pés entrando, a luz estava baixa, deixando a cor do mar em um tom azul bem escuro, contrastando com o amarelo da areia, o verde do “bush” e o branco da espuma. Fiz uma cara feliz ao olhar para aquelas esquerdas, mas meu corpo não reagiu da mesma forma. Sete graus, seis em ponto, marcava o painel da caminhonete velha que não tinha primeira marcha. Matt me deu uma zoada e foi logo vestindo a sua pré-histórica roupa de neoprene. Em cinco minutos já estava lá fora. Antes de eu conseguir passar o canal ele já dropava sua primeira. Um drop seguro, com a cavada na medida para rasgar a rabeta com elegância em cima do lip. Quando passou por mim, dobrei o pescoço e pude contar ainda umas três bordoadas que ele mandou até o inside. Me posicionei ansioso e em alguns minutos tive minha primeira chance. Para mim aquele drop seria de grande responsabilidade. Por ser muito mais velho e anos luz de horas surfadas, meu amigo aussie tinha um sentimento paternal por mim. Ao me ver dropar uma onda perfeita, desengonçado, joelho durão, mas com uma alegria gigante, ele sentia orgulho. Gostava de comentar sobre as sensações durante aquela descarga de adrenalina e não hesitava nunca em prosear a respeito do esporte mais tradicional na terra dos cangurus. Como eterno curioso e apaixonado pelo surf, adorava toda essa bagagem e oportunidade de aprender. Perguntava muito e sempre pedia para me levar pros melhores picos. Aquele foi meu primeiro mar realmente clássico da vida, um presente. Voltamos conversando sobre a queda no caminho de volta. O “crowd” já estava mais feroz, eram dez horas dizia o relógio. Paramos a caminhonete onde tinha uma bela vista do line-up, ali fiz essas fotos com minha FM10. Almoçamos algumas “tortas aussie”, daquelas de posto, com gosto de nada. Foi o sacrifício necessário por que a intenção era um cochilo ali mesmo e partir pra fazer um itinerário parecido durante a tarde. Em alguns meses tive que ir embora. Meu tempo naquela simpática cidadezinha estava chegando ao fim. NOS DESPEDIMOS SAUDOSOS. EU DIZENDO QUE ELE DEVERIA VIR AO BRASIL E ELE ME DIZENDO PRA NOS ENCONTRARMOS NA INDONÉSIA. Fizemos alguns planos, nos abraçamos e antes de dizer adeus sugeri uma troca de e-mails, ele não quis. Matt não usava internet. Não tinha interesse. Então me deu um velho cartão postal que alguma namorada havia enviado, ali tinha seu endereço antigo onde recebia correspondências. Nunca mais nos vimos. Às vezes me pergunto sobre como seria um encontro com o velho Matt, tantos anos depois. MOVING

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dinheiro não é capim _AUSTRÁLIA

por: Pablo Barbacovi

mais de dois idiomas para poder vencer e

quanto

ter sucesso no mercado de trabalho.

sugerem a busca e a utilização dos serviços

Não

pensando

apenas

na

departamentos

de

imigração

parte

das agências especializadas em trabalho e

profissional, o desenvolvimento pessoal

intercâmbio para economizar em tempo,

é também uma das grandes conquistas

dinheiro e alinhar os processos de vistos e

e benefícios que se obtém através da

entrada nos países mais fáceis.

experiência de morar fora. Iniciativa, pró-

A maioria das escolas, hoje trabalha

atividade e o famoso “saber se virar por

com uma tabela de preços especiais para

conta própria”... Não tem preço que pague

agências, com descontos e promoções,

por essa bagagem que você traz de volta.

tornando assim, a viagem mais barata,

A globalização, a universalização das

melhor assessorada e contando com a

MORAR FORA!

informações e a divulgação rápida através

experiência de profissionais que também

COM CERTEZA VOCÊ

das redes sociais e sites de buscas e

já estiveram onde muita gente está hoje,

CONHECE ALGUÉM QUE JÁ

informações, além de trazer e disponibilizar

do outro lado desta reportagem, buscando

PASSOU UM TEMPO

informações para todo o mundo, o que,

informações de como tirar a sua viagem

ALÉM DOS LIMITES DAS

de fato é um benefício, são também os

para o exterior do papel.

TERRAS TUPINIQUINS

mesmos “ventos” que levam essas notícias

E CASO VOCÊ AINDA NÃO TENHA

sem nenhuma preocupação em verificar a

planejamento e economia de grana, esse

TIDO ESSA EXPERIÊNCIA,

veracidade e a fonte das mesmas antes que

ponto é sempre um dos fatores que mais

COMECE A PENSAR.

essas caiam na mão de viajantes ávidos por

preocupa os viajantes. Diversos estudos

ESSA É UMA IDEIA QUE,

informações.

são feitos ano após ano para poder se

Bem,

falando

um

pouco

sobre

A palavra de ordem para quem quer

quantificar o quanto um estudante e/ou

FRONTEIRAS E GLOBALIZADO,

viajar, estudar ou mesmo trabalhar fora do

viajante precisa para poder passar um mês

DEIXOU DE SER PRIVILÉGIO DE

país é uma só: PLANEJAMENTO.

no país escolhido. Na edição #64, falamos

HOJE, EM UM MUNDO SEM

POUCOS.

Foi-se o tempo em que buscar uma ajuda

um pouco sobre os custos de vida na

especializada era sinônimo de altos custos.

Nova Zelândia. Nessa edição escolhemos a Austrália.

O mercado de trabalho a muitos anos

Principalmente dentro do mercado de

vem “ensaiando” e pregando a necessidade

turismo e intercâmbio. Algumas décadas

A imigração australiana exige e leva em

do domínio de um segundo idioma. Desde

atrás era, sim, mais barato negociar e

consideração que cada viajante tenha em

a virada do milênio essa necessidade não

buscar preços direto com agências e escolas

média AU$ 1.500,00 para cada mês que

era mais um diferencial e sim, um requisito

locais, no país de destino, para economizar

for passar no país. Claro, esse valor é o

obrigatório. Hoje já falamos em dominar

em cursos porém, hoje, tanto escolas

mínimo exigido e foi calculado com base nos gastos de um estudante padrão. O melhor “termômetro” para saber o quanto se deve levar é você mesmo, afinal é o seu padrão de vida, as suas viagens, baladas e gastos pessoais que irão definir o quanto você realmente precisa para se manter. Converse sempre com o seu agente de intercâmbio! Ele consegue te auxiliar com os detalhes específicos da sua viagem e do seu planejamento financeiro. Ao lado, uma relação de serviços que você irá utilizar e a média de preços que eles custam. É um ótimo início para pensar no quanto levar!

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cultura popular _VOTOLIVRE.ORG

por: Rafael Rodrigues / Fotos: Lucas Pontes & Gus Benke

VOCÊ VOTA EM IDEIAS OU EM PESSOAS? EM MEIO A TODA ESSA EFERVESCÊNCIA POLÍTICO-SOCIAL DEVIDO AO MOMENTO DA CORRIDA ELEITORAL, A MOVING MAGAZINE DESVIA-SE DAS TRADICIONAIS BOCAS DE URNAS E SAI EM BUSCA DA REALIDADE DOS FATOS, DA ESSÊNCIA VISTA SOB OS OLHOS DE QUEM PRECISA E NÃO DE QUEM PROMETE. RECENTEMENTE UM GRUPO ORGANIZADO DA SOCIEDADE CIVIL LANÇOU EM CURITIBA, UM PROJETO QUE SE MOSTRA PERTINENTE E VIÁVEL COMO ALTERNATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO DEMOCRÁTICO E SUSTENTÁVEL DE UMA SOCIEDADE CONSCIENTE E PARTICIPATIVA.

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MOVING


Em 2006, foi criada a Associação Paranaense de Encaminhamento

se assim, a necessidade de um estudo de viabilidade técnica e

Legislativo Autônomo – A.P.E.L.A, por Marcos Juliano Ofenbock,

jurídica. O estudo da estratégia ficou a encargo de Henrique Ressel,

economista e empresário (criador do Footsack) com a intenção de

advogado, empresário, mestrando em antropologia e professor de

viabilizar projetos de Iniciativa Popular. Em 2008, Marcos chamou

antropologia jurídica. Dá-se então, início ao período de gestação do

um grupo de amigos para reforçar essa ideia e juntos começaram

projeto VotoLivre.Org. E nove meses depois de intensos encontros

a definir melhores estratégias para uma ação inovadora através

semanais, o lançamento em praça pública, no dia 25 de julho de

da internet. Nesse encontro a ideia evoluiu para um site que

2010, escolhendo-se como palco a Praça 29 de Março (data esta da

possibilitasse capturar votos necessários, realizando o primeiro

praça, o aniversário de Curitiba), para simbolicamente representar

processo de votação na internet com o Título Eleitoral, definindo-

um presente da sociedade civil organizada para a cidade.

QUEM SOMOS? NÓS SOMOS A SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA (UMA ASSOCIA-

ÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS) E SEM PARTIDOS POLÍTICOS ENVOLVIDOS. NÃO SOMOS POLÍTICOS, SOMOS CURITIBANOS, PESSOAS COMO VOCÊ, ARQUITETOS, ENGENHEIROS, MÉDICOS, ESTUDANTES, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS, PUBLICITÁRIOS, ADVOGADOS, APOSENTADOS, ADMINISTRADORES, FARMACÊUTICOS, EMPRESÁRIOS, PSICÓLOGOS, PROFESSORES, ENFERMEIROS, DENTISTAS, CONTADORES, FISIOTERAPEUTAS, JUÍZES, DESEMPREGADOS, BOMBEIROS, POLICIAIS, DONAS DE CASA, TRABALHADORES EM GERAL, JORNALISTAS, HISTORIADORES, GEÓLOGOS, MATEMÁTICOS, VETERINÁRIOS, ASTRÔNOMOS, PEDAGOGOS, SOCIÓLOGOS, ANTROPÓLOGOS, FILÓSOFOS, CIENTISTAS, ATLETAS, APRESENTADORES DE TELEVISÃO, MÚSICOS, ARTISTAS, FOTÓGRAFOS, BIÓLOGOS, ECONOMISTAS, COZINHEIROS, SECRETÁRIAS, DESIGNERS, PESQUISADORES. SOMOS DO BEM.

SOMOS O POVO BRASILEIRO. MOVING

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O VotoLivre.Org tem como objetivo ENCAMINHAR PROPOSTAS

*Art. 7º - Todo Poder emana do povo, que o exerce por meio de re-

DE LEI MUNICIPAL POR INICIATIVA POPULAR. Segundo o “Artigo

presentantes eleitos, ou diretamente. E como votar? Preenchendo

1° de Constituição Federal/88: - Todo poder emana do povo que o

seu cadastro com o nome completo, email, endereço, CPF e título

exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente”. EM

de eleitor, em um sistema no site votolivre.org. Se não souber o

AÇÃO INICIAL COM A LEI DA MOBILIDADE SUSTENTADA URBANA

número do seu título, lá no site mesmo tem um link para consultar

(LEI DA BICICLETA), A PROPOSTA INSTITUI A BICICLETA COMO

a base de dados do TSE; E isso vale? Sim, você está manifestando a

MODAL DE TRANSPORTE REGULAR E ESTABELECE: 5% das vias

sua adesão ao projeto de lei e o seu voto é computado por título de

urbanas destinadas à construção de ciclo-faixas e ciclovias, no mo-

eleitor mediante verificação do CPF válido. A listagem com os dados

delo funcional interconectando o centro da idade (em Curitiba as

dos eleitores que assinarem a proposta será entregue na Comissão

ciclovias ligam os parques em modelo turístico) + bicicletários em

de Participação Legislativa da Câmara Municipal de Curitiba (com

pontos estratégicos da cidade como, terminais de transporte co-

cópia para o Tribunal Regional Eleitoral - TRE/PR), que, em caso de

letivo, prédios públicos (municipal, estadual e federal), estabele-

dúvida, poderá fazer a respectiva conferência da adesão do eleitor.

cimentos de ensino, estabelecimentos comerciais, praças públicas de grande circulação do centro da cidade. É uma proposta que fortalece a educação e a cultura do uso da bicicleta como meio de transporte. Estimulando o turismo consciente - Roteiro turístico para conhecer Curitiba de bicicleta e a implementação do SAMBA (Solução Alternativa para a Mobilidade por Bicicletas de Aluguel), a exemplo das cidades do Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa. Para uma iniciativa popular propor uma Lei Municipal como essa é preciso de 5% de votos do eleitorado - em Curitiba isto representa cerca de 65 mil assinaturas. E isto é possível? Sim. Esse procedimento é previsto na própria Lei Orgânica do Município de Curitiba*, no seu artigo 7º e 55, e na Constituição Federal (art. 1º. e art. 61). 44

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>> votolivre.org


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por: Gil Voidelo / fotos: Alex Brandão, Jorge Brivilati & Mateus Silva

AND CRE

MOSTRA DESTROY AND CREATE TRATA DA RELAÇÃO DOS SKATISTAS

COM O DESIGN DAS CIDADES E OS LIMITES ENTRE CRIAÇÃO E DESTRUIÇÃO, INTERVENÇÃO E TRANSGRESSÃO. A Adidas Skateboarding apresentou a mostra Destroy and Create, em cartaz entre os dias 6 de agosto e 3 de setembro, na Matilha Cultural, no Centro de São Paulo. Desenvolvida pela Vista Skateboard Art, com curadoria de Lucas Pexão, Destroy and Create explora a relação dos skatistas com a arquitetura das metrópoles, a destruição inerente à sua prática e o resultado artístico do contato entre os skates e a cidade. O projeto envolve inúmeros artistas visuais, fotógrafos, videomakers, skatistas e arquitetos, em um experimento que produz arte e reflexão a respeito da subcultura do skate como forma de expressão gráfica e corporal. Para Tiane Allan, gerente de marketing da Adidas Skateboarding, a sinergia de todo o time foi fundamental no projeto “A PAIXÃO DE TODOS OS ENVOLVIDOS FICA CLARA NAS IMAGENS QUE CONSEGUIMOS CAPTAR. TODO O CONCEITO ESTÁ MUITO BEM AMARRADO E O RESULTADO NÃO PODERIA SER MELHOR.” A mostra apresentou lado a lado shapes, tênis, fotos e vídeos que registram artisticamente o processo de destruição - desde sua utilização como suporte para pintura, passando pela transformação destas obras de arte em skates, até a performance de skatistas com as peças, em três sessões realizadas durante o mês de junho. “Escolhemos a Avenida Paulista, no Centro de São Paulo, justamente por que ela é um ponto de encontro natural dos skatistas da cidade”, afirma Lucas Pexão, curador do projeto. “São trinta fotos de três fotógrafos e 2 vídeos de artistas especialmente convidados para a exposição”, conta. 46

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EATE

S K AT E U N E ARQUITETURA, A RT E E M Ú S I C A E M S Ã O PA U L O

SHAPES COMO SUPORTE Mantendo em destaque o processo criativo da prática do skate, em Destroy and Create, shapes são usados como suporte para a produção de obras de arte por artistas com raízes ou conexões com esse universo. Desde o início de junho, os shapes transformados em peças de arte foram montados como skates (ganhando eixos, rodas e rolamentos) e usados por skatistas da Equipe Adidas Skateboarding. Por também ser uma forma de arte, o registro do skate como performance foi feito por fotógrafos e videomakers convidados para captar as sessões dos skatistas da equipe da Adidas Skateboarding e um skatista convidado, com toda liberdade de formato e edição.

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ESCULTURA LIBERADA PARA SKATISTAS Durante a Destroy and Create a Matilha Cultural também recebeu Vênus, uma escultura criada pelo Coletivo Noh e que serviu como obstáculo para skatistas realizarem suas manobras, estabelecendo uma conexão direta entre arquitetura, arte e skate. Após um mês de exposição na galeria, a escultura Vênus serviu como molde para uma peça de concreto instalada em local público. Em plena Praça Marechal Cordeiro Faria, em São Paulo, e Vênus foi liberada para que skatistas da cidade a utilizem para manobras, estabelecendo uma relação livre e definitiva entre artes plásticas e skate.

MARK GONZALES EXHIBITION

Quase um artista brasileiro Skatista, artista, espírito livre. Esses três adjetivos podem ser usados para descrever Mark Gonzales. Em setembro, o professional do skate de 42 anos esteve no Brasil para fazer parte da skate demo Adidas Originals e ao mesmo tempo, montar uma exposição totalmente inédita no país, abrigada no Cartel 011. Essa é a primeira vez que as obras de Gonzales ficaram expostas no Brasil e todas as peças, com a exceção de um desenho, foram criadas após a sua chegada. Um artista dinâmico, Gonzales criou imagens totalmente novas, feitas com tinta, latas de spray e canetinhas, de forma totalmente espontânea.

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SKATE TEAM DEMO NA SELVA DE CONCRETO Como parte da segunda fase do projeto Destroy and Create, no dia 28 de setembro, a Adidas Originals reuniu skatistas do mundo todo para uma apresentação única na Praça Marechal Cordeiro Faria, no centro da cidade de São Paulo. Na praça, onde foi instalada a escultura Vênus, mais obstáculos foram colocados, como uma Foto: Ben Karpinski

escultura eskeitável de concreto e uma rampa. Entre os skatistas presentes durante a demo estavam Mark Gonzales, Tim O’Connor, Silas Baxter Neal, Dennis Busenitz, Pete Eldridge e Benny Fairfax, entre outros. DINOSAUR JR. Quem foi ao local também pôde conferir de perto a performance de uma das maiores lendas do indie rock mundial. Durante pouco mais de 5 minutos, o Dinosaur Jr. se apresentou pela primeira vez no Brasil. A banda de Massachusetts (EUA) formada por J Mascis, Lou Barlow e Murph, tocou em uma tenda improvisada logo no começo da programação do evento e a pedido do público executou cinco de seus maiores hits. SOBRE A ADIDAS SKATEBOARDING Desde 2006 dedicada ao skate, a Adidas Skateboarding tem orgulho de fazer parte do dia-a-dia dos skatistas ao redor do mundo através de produtos clássicos da adidas reinterpretados para o skate e aprovados pelo time global de pros da marca: Mark Gonzales, Dennis Busenitz, Tim O’Connor, Pete Eldridge, Silas Baxter-Neal e Benny Fairfax. A Adidas Skateboarding adota a linha lifestyle, trazendo calçados, vestuários e acessórios, e além do time de amadores (Nestor Judkins, Jake Donnelly, Vince Del Valle e Lem Villemin), conta também com um time internacional do qual faz parte o brasileiro Klaus Bohms. Além de Klaus o time é composto por Kurt Winter (Austrália), Raul Navarro (Espanha), Günes Ozdogan (Suécia), Chewy Cannon (Reino Unido), Petr Horvat (República Checa). A adidas Skateboarding no Brasil também conta com os amadores Daniel Marques e Akira Shiroma. MOVING

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moving around

_MEMÓRIAS DO SNOWBOARD NO USHUAIA

por: Marcel Justi / foto: Fabio Zen / coloaboração: Thaís Zago “Thatá”

EL FIN DEL MUNDO USHUAIA É A CAPITAL DA PROVÍNCIA TERRA DO FOGO, QUE ESTÁ LOCALIZADA NO EXTREMO SUL DA ARGENTINA, NA DIVISA COM O CHILE. O CLIMA DA CIDADE É FRIO E TEMPERADO PELA UMIDADE DO MAR. A CIDADE POSSUI CERCA DE 74 MIL HABITANTES E APRESENTA BOA INFRA-ESTRUTURA HOTELEIRA E GASTRONÔMICA, ONDE SÃO SERVIDOS PRATOS TRADICIONAIS COMO, O CORDEIRO ASSADO EM FOGO DE CHÃO, MERLUZA-NEGRA E A CENTOLHA (CARANGUEIJO GIGANTE).

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O “fim del mundo” foi o destino escolhido pela equipe da Wellcome Trips e Labadee, para mais uma viagem de aventura entre a neve e as montanhas. Em um grupo de 46 pessoas, partimos no dia 3 de setembro de Curitiba para Buenos Aires. A nostalgia da galera contagiava todos os outros passageiros, o clima era de festa e diversão. Chegando em Buenos Aires, fomos passear em lugares turísticos da cidade e é claro, tomar uma Quilmes bem gelada! Já na empolgação e nenhuma vontade de dormir, fomos pegar uma balada em Porto Madero, no Asia de Cuba. Depois dessa noite todos aprendemos a falar o

elfindelmundo

espanhol fluentemente, rsrs! No dia seguinte, acordamos naquela ressaca, mas o clima de festa não havia terminado e o aeroparque, virou uma balada. Na tarde do dia 04/09 decolamos para o destino mais esperado, o fim do mundo, a paisagem que vimos pela janela do avião era encantadora, a neve no topo das montanhas nos despertava pela vontade de esquiar. Chegando ao aeroporto de Ushuaia, depois de um pouso tenso, fomos presenteados com uma nevasca intensa e uma ventania tão forte a ponto de carregar nossas malas. Logo deduzimos que as

altura de 1057 metros. Com um desnível para esquiar que chega

condições estariam perfeitas para o snowboarding. Já acomodados

aos 772 metros, Cerro Castor possui 20 kilometros distribuídos em

no hotel, comemoramos nossa chegada com um jantar acompa-

24 pistas, com diferentes características e setores fora de pista. O

nhado de um bom vinho argentino, mas a vontade de esquiar era

esqui de fundo é a prática esportiva mais destacada, com circuitos

tão grande que pegamos a prancha e fomos descer a rua, coberta

que atravessam os bosques de lenga (árovres típicas)e também se

de neve, em frente ao hotel. Parecíamos criança brincando na neve,

pode percorrer com raquete.

fazendo “guerrinha”, tirando fotos e filmando tudo. O dia mais es-

Depois de 6 dias de ski, como muitas dores no corpo e hemato-

perado chegou, um ônibus veio nos buscar no hotel para nos con-

mas, voltamos a Buenos Aires como a sensação de missão cum-

duzir a estação de ski Cerro Castor. Esta montanha está localizada

prida e um largo sorriso de satisfação. Fechamos essa trip com

no ponto mais austral ao sul do hemisfério, onde o mar e as mon-

passeio à noite na capital argentina, comemorando mais um sonho

tanhas se unem para protagonizar uma deslumbrante geografia,

realizado entre a neve e as montanhas. Recomendo essa viagem a

Castor está a 195 metros sobre o nível do mar, e a cume está a uma

todos, o lugar é sensacional. MOVING

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arte é cultura _PERFIL: RIMON GUIMARÃES

por: Lucas Ajuz (lucas.ajuz@gmail.com) / fotos: Arquivo Pessoal

Pra se viver de arte tem que A

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MAGAZINE

CONVIDOU

O

JORNALISTA LUCAS AJUZ PARA BATER UM PAPO LIGEIRO E DESCONTRAÍDO COM O ARTISTA, NA INTENÇÃO DE COMPARTILHAR COM VOCÊ UM POUCO SOBRE A VIDA, NOVOS PROJETOS, IDEIAS INOVADORAS E O “MODUS OPERANTI” DESTE SER INSPIRADO, CONFIRA:

estar conectado com o mundo” De personalidade tranquila, ele busca através da arte maneiras

espaço no concorrido planeta das artes plásticas, seja trabalhando

de interagir e se comunicar com o mundo. Rimon Guimarães é

com projetos tradicionais do dia-a-dia, ou como ele prefere definir,

um jovem e promissor artista curitibano. De estilo solto, não se

atuando em ações inovadoras que abordam principalmente sua

prende em técnicas complexas, deixa suas imaginações fluírem e

inquietude e vontade de experimentar outros caminhos para se

vai imprimindo seu toque autêntico e particular por onde passa.

expressar.

RIM, como é conhecido pelos mais próximos, está conquistando 52

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QUANDO VOCÊ PERCEBEU QUE A ARTE ERA PARTE IMPORTANTE

ou um simples papel em branco tudo sai naturalmente. Sinto-me

DA SUA VIDA?

livre pra criar em todas as mídias, não gosto de ficar preso em uma

Quando senti uma força de expressão e de auto-análise, questões

técnica, se tenho energia para me dedicar em coisas novas, vou

internas sendo materializadas e compreendidas.

sem medo.

QUEM E QUAIS SÃO SUAS INSPIRAÇÕES E INFLUÊNCIAS MAIS DIRETAS?

VOCÊ FAZ PARTE DO INTERLUXARTELIVRE, GRUPO DE JOVENS

Arte indígena, traços primitivos, desenhos de crianças. Acúmulo de

ARTISTAS CURITIBANOS QUE DESENVOLVE DE FORMA COLETIVA

por do sol deixa minha retina equilibrada, as cores e formas naturais

PROJETOS INTERESSANTES... COMO FUNCIONA O TRABALHO DE

atuam diretamente no meu traço.

VOCÊS E COMO O GRUPO SE ORIGINOU? Interlux é um coletivo no sentido real da palavra, é aberto, novas

ALÉM DAS ARTES PLÁSTICAS, VOCÊ TRANSITA POR OUTRAS

pessoas colaborando é a força para novas ações, tem projetos que

VERTENTES ARTÍSTICAS COMO A MÚSICA, CINEMA, FOTOGRAFIA...

atuo diretamente e indiretamente. Lembro de uma situação num

COMENTE SOBRE SEU PROCESSO CRIATIVO NO DIA A DIA.

posto de gasolina abandonado, várias pessoas pintando e criando,

Gosto de produzir com tranquilidade, uma luz boa, música ao

música livre, performances e liberdade, um lugar que abasteceu

fundo são imprescindíveis para o fluxo do meu trabalho. Quando

muitos carros, ironicamente estava tomado pela força de jovens

estou pedalando crio músicas, sempre surgem desenhos, pinturas,

insatisfeitos. O espaço urbano é muito mais que uma rota de

ambientes, cenas e situações na minha mente, permiti meu cérebro

comércio, é a nossa casa e nosso quintal, temos que reivindicar

a funcionar assim, quando estou em frente de uma parede gigante

esse espaço!

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FALANDO NISSO, VOCÊ TEM UMA RELAÇÃO MUITO PRÓXIMA COM AS RUAS, POR SUAS INTERVENÇÕES E TAMBÉM PELA BICICLETA, SEU PRINCIPAL MEIO DE TRANSPORTE... DE ONDE VEM ESSE ESTILO DE VIDA? Vem de não se contentar com o estilo de vida atual das grandes cidades onde as relações humanas são oprimidas por desejos fúteis, pelo capitalismo agressivo. Estar utilizando a bicicleta, plantando árvores, pintando e confraternizar é forma de se rebelar contra essas opressões diárias e instigar o pensamento crítico. RECENTEMENTE

VOCÊ

FOI

À

EUROPA

PARA

ALGUMAS

EXPOSIÇÕES... COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA? Nosso corpo foi criado para se movimentar, estar exercitando essa finalidade é o que me deixa mais realizado, ver coisas novas e sentir reações de pessoas diferentes é um aprendizado gigante, saber que no outro lado do mundo há seres que compartilham das mesmas ideias me conforta. Estamos todos juntos, temos que retomar essa consciência universal. E COMO VOCÊ VÊ O CENÁRIO ARTÍSTICO CURITIBANO? VOCÊ CONSIDERA CURITIBA UMA BOA CIDADE PARA SE VIVER DE ARTE? Curitiba é muito especial, está numa crescente cultural, precisamos articular pontes para outras cidades criando um movimento constante. Pra se viver de arte tem que estar conectado com o mundo. QUAIS

SÃO

SEUS

PRÓXIMOS

PROJETOS?

Uma exposição coletiva com 110 auto-retratos em linoleo e xilogravura na Casa Andrade Muricy - CAM, que ficará aberta até dia 27 de fevereiro 2011. Uma exposição individual em Porto

Pra se viver de arte tem que estar conectado com o mundo.

Alegre na Galeria Fita Tape em Novembro deste ano, e também estou montando uma publicação, um livro de artista que está com previsão para o meio de 2011.

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_IDEIAS QUE MERECEM SER ESPALHADAS por: Sergio Laus (sergiolaus@uol.com.br)

“Qualidade de vida para todas as espécies do Planeta”. Pela primeira vez o TEDx, um evento da TED (Technology, Entertainment, Design), foi realizado literalmente no meio da Amazônia. Reunindo pensadores, ambientalistas, criadores e ideias, o evento aterrisou no rio Negro, Manaus - Amazonas. Um desafio que se tornou maior devido a maior seca da história no Amazonas. A água baixou cerca de 15 metros e o hotel flutuante AmazonJunglePalace quase encostou no fundo do rio. Motivo extra para que cerca de 600 pessoas que se concentravam na estrutura flutuante refletissem sobre o que está acontecendo com o mundo. E que SIM, podemos

marionetes do sistema. Somos grupos pensantes e atuantes, que

mudar a história do planeta. Como? Com muita diversão e

podemos alcançar uma qualidade de vida melhor. Palestrantes

comprometimento com as pessoas e a natureza. Profissionais de

de diversas partes do globo chegaram a mesma conclusão e de

diversas áreas palestraram e ouviram atentamente as mensagens

lá surgiu uma missão: “Salve Kawahiva”, que é salvar esta tribo

que foram soltas para o mundo todo através de 50 palestras. Tive

indígena em extinção (www.salvekawahiva.com.br). Convido a todos

o prazer de participar desse evento histórico, palestrando sobre a

a entenderem melhor suas ideias. Compartilhe seus sonhos, pois

Pororoca, a sustentabilidade do turismo na região da Amazônia, a

no coletivo se torna realidade.

realização de sonhos, a criação de novas perspectivas e a emoção de uma das aventuras mais incríveis desse planeta. PENSADORES INTELECTUAIS FICARAM CONFINADOS NA SELVA PASSANDO MAIS DE 48 HORAS JUNTOS, DEBATENDO E PROCURANDO SOLUÇÕES PARA UM MUNDO MELHOR. E LÁ NÃO TINHA NEM SEQUER UM REPRESENTANTE DO GOVERNO FEDERAL PARA OUVIR E BUSCAR SOLUÇÕE. O QUE CONFORTA É SABER QUE NÃO PRECISAMOS DELES E QUE SIM DE NÓS MESMOS. QUEM IRÁ MUDAR O BRASIL, O PLANETA TERRA, SOMOS NÓS. Não devemos servir de 56

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>>www.tedxamazonia.com.br


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_SE ESTA ONDA FOSSE MINHA: BRASIL X AUSTRÁLIA

por: Rafael Rodrigues / fotos: Eduardo Fleck Rosa (ellementwater.com)

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CADA UM COM SEU POINT BREAK CARACTERÍSTICO PARA DIFERENTES ESTILOS DE SURFE, CADA UM COM SUAS ESTRUTURAS, HISTÓRIAS E LENDAS PARA CADA ESTILO DE VIDA. O QUE UNE ESSES DOIS LOCAIS CLÁSSICOS, MESMO A MILHAS E MILHAS OCEÂNICAS DE DISTÂNCIA, É O ASTRAL ESSENCIAL DE SE PEGAR UMA ONDA PODENDO ALIMENTAR A ALMA COM ENERGIA E PAZ, E DE QUEBRA, AINDA SE DIVERTIR COM OS AMIGOS.

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Assim é o litoral do Paraná-BR, que como Gold Coast na Austrália, reúne no verão todos os seres amantes do mar e das ondas. Parceiro da MOVING Magazine, Eduardo Fleck, fotógrafo de surfe, compartilhou alguns registros que realizou em ambos os locais, trazendo ainda, percepções dos próprios surfistas e suas ondas preferidas.


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“NOS DIAS BONS AS ONDAS DO PICO DE MATINHOS PODEM SER COMPARADAS AOS PICOS INTERNACIONAIS FACILMENTE. NESSE DIA COMO O PICO ESTAVA BAGUNÇADO DE MANHÃ OPTAMOS POR SURFAR NA BRAVA E FOI SEM DÚVIDA UM DOS MELHORES MARES QUE JÁ SURFEI POR LÁ.” _ Luis Coruja

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“É UM BEACH BREAK CLÁSSICO, ME ADAPTO MUITO BEM A ESSA ONDA. NO PICO DE MATINHOS PODEMOS TREINAR TODO O REPERTÓRIO DE MANOBRAS E LINHAS, DESDE TUBOS ATRÁS DA LAJE QUE SE ETERNIZAM NA MEMÓRIA, ATÉ MANOBRAS DE BASE NO LIP.” _ Paulo Derengoski


CONSIDERO O PICO DE MATINHOS COMO UMAS DAS MEHORES DIREITAS DO BRASIL. POINT BREAK DE FUNDO DE AREIA QUE LEMBRA MUITO KIRRA NA AUSTRÁLIA (GOLD COAST). A ONDA TEM UM GRANDE POTENCIAL DE APRENDIZAGEM.” _ Peterson Rosa

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“O LUAR TE ILUMINA AS ESTRELAS TE REFLETEM O SOL É TEU TIÉTE PRA VOCÊ A CHUVA PARA E A JUVENTUDE ETERNIZA VERDADEIRA JÓIA RARA O PEDIDO REALIZA”

POR RAFAEL RODRIGUES

FOTOS GUS BENKE


ensaio

_ADRIANE GROTT

FELIZ DE NÓS TODOS QUE VOLTA E MEIA APAGAMOS OS

MM - Assim, direto como no ensaio, verbalize pra nós alguma frase,

HOLOFOTES SINTÉTICOS DE UMA VIDA MIDIÁTICA, DE

música, poesia, prosa ou verso... respire fundo, feche os olhos e vai,

CORRERIAS GLOBAIS, PROGRAMAÇÕES BABILÔNICAS

solte o verbo:

TRABALHOS, ESTÚDIOS, EVENTOS E PRINCIPALMENTE

AG – Ah... Nem todo o bem pra todo mundo cai bem, nem todo

EIXO RIO-SÃO PAULO, FELIZ DE NÓS QUE PREFERIMOS

mal é jogo desigual. Escrever é uma válvula de escape e foi nos

ASCENDER PARA UM COMPARTILHAR MAIOR, FORA DO EIXO

momentos mais agoniantes em que nada podia fazer por algum

PADRÃO, SOB LUZ NATURAL, DESPERTANDO, SENTINDO

tempo, quase uma fuga. É preciso atenção para que não escreva

SIMPLESMENTE SENDO. FELIZMENTE, ENCONTRAMOS ESTA

só nas angústias e quando estar feliz passar batido. Como no

LINDA MULHER DE PROSA E VERSO – POESIA, RIFES, ARTE,

ensaio digo, 666 essa é minha ceia, perca o medo, a culpa católica.

DANÇA... E, É CLARO, MUITO ROCK N’ROLL. COMO NUMA CENA

Respeito diferenças absolutamente mas, aprendi a respeitar as

DE “ON THE ROAD” DE KEROUAC, ADRIANE GROTT, 27, NOS

minhas preferências.

RECEBE PARA UM CAFÉ DA MANHÃ SONORO ONDE ANÚNCIOS DE PAREDE SÃO AS PRÓPRIAS RELÍQUIAS E AUTO-RETRATOS

MM - Aproveitando essa levada positivista, quais são os seus planos

TUDO MISTURADO ENTRE QUADROS DE GRANDES MESTRES

pra dois mil e onde? É! Onde mesmo? Tem aí na caixola três grandes

FLERTANDO UMA MESA FARTA E DE CARDÁPIO PRA LÁ DE

sonhos que irá realizar, quais são?

ESPECIAL DE MELODIAS APAIXONADAS DE SUAS MÚSICAS,

AG - Planos de continuar com a música, lançar um novo cd... Viajar

DA BATERIA E BAIXO EM PASSOS FIRMES AOS SOLOS DE

mais pro sombra e água fresca... Enfim... Alguns outros que guardo

GUITARRA FURIOSOS DA SUA BANDA. MOMENTO ILUMINADO,

na caixinha de música e permaneço dando corda.

NÃO SOMENTE PELOS RAIOS DE SOL QUE BANHAVAM CURITIBA QUANDO REGISTRAMOS TUDO ISSO NA INTIMIDADE DO SEU APÊESTÚDIO, MAS MUITO PELO SINCERO, BELO E DESPRETENSIOSO ENSAIO FOTOGRÁFICO QUE TOPOU COMPARTILHAR COM A MOVING. E ASSIM, DE PUNHO EM RISTE, ELEGANTEMENTE SOPRANDO UMA BLUESERA NA SUA GAITA, ADRIANE NOS RELEVA UM POUCO DAS SUAS INSPIRAÇÕES, VIVÊNCIAS, REVERÊNCIAS E INQUIETAÇÕES MUSICAIS.

MM – Estamos conhecendo uma mulher que sem eira bem beira, entôa um refrão, uma poesia, uma música... Quem, ou o quê inspira você pra tudo isso? De onde vem essa fonte de energia artística e criativa? AG – Rs... Ah! Não sei... Falo com o coração. Um coração sensível. Deixar ele ser a voz principal e ter essa inclinação para palavras e rimas, por distração vou transformando a vida em melodias. MM - Arrisca verbalizar mais uma inspiração do agora? AG - Agora não demora, Respondendo perguntas. Presa em um apartamento O sol lá fora ardendo E a indagação o que fazer me derretendo Pensando no dizer passa o dia e vou me entretendo. MM - Conte-nos mais sobre o que você tem ouvido, quais bandas te acompanham desde a infância e misture com o que você imagina e gostaria de comunicar através do seu novo disco.

MOVING Magazine – Que música está tocando o seu momento? Compartilhe um pouco da sua levada pessoal e profissional... ADRIANE GROTT - Trilha de drácula não me escapa. Iggy Pop apareceu de repente e tenho estado apaixonada por ouvir sua trajetória da época de Stooges até o som mais recente. AC/DC tem me dado emoção, Kiss prazer , me relaxa ouvir Sublime acústico e Concrete Blonde.

AG - Desde pequena, levando em consideração que não cresci muito, rsrs... Enfim, bandas como Pink Floyd e Metallica que me abriram os ouvidos para música até hoje sempre estão entre meus discos. No ‘Fiscal da verdade’, meu disco, a intenção foi transformar sentimentos em palavras e melodias e acredito serem situações que todos vivam e possam de certa maneira se identificar, sem maquiagem. Fui buscar rock, esse rock no



esconderijo dele, estado de espirito verdadeiro, adoro o som ácido das guitarras, a bateria imposta e exibida com maestria. A vontade de ouvir uma banda de rock em português, não se prostituir com a moda, me impulsiono nesta direção. Fazer um trabalho sincero e atemporal é pretensão, talvez sim talvez não. MM - Para quais bandas gostaria de abrir show? Das reais, atuais, passadas... E até imaginárias, reuna artistas e convide “peace and love”? AG - Ual, passagem para uma deliciosa viagem dr. Rafa... Convites iriam para... Rage Agains the Machine, Biohazard, AC/DC, Iggy Pop, Kiss, Jimmy Hendrix, Sweet, Bob Dylan, Ramones, Janis Joplin, Adriane Grott e Velhos Magos, parando nos primeiros 10 nomes. Uma noite de festa e timbres, uma grande casa, festa para convidados e simpatizantes desta turma. Talvez uma noite seja pouco que tal 3 dias numa chácara?


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MM - Hora de desconstruir e apresentar solos fervorosos que recheiam a sua banda, quem são os rockeiros que estão acompanhando você, como os conheceu? AG - Vim para Curitiba final do ano passado apresentar um festival de música, o Lupaluna, morava em São Paulo e estava terminando a demo do meu disco. Saindo à noite percebi bandas locais e tive a impressão de que em Curitiba há uma cena de rock real e não programada, e os musicos me agradavam muito dentro do projeto que buscava. Resolvi deixar Sampa e vir em busca de um ideal que era gravar meu disco aqui. Passadas pequenas historinhas conheci o Titi, nosso atual guitarrista que um dia postou no orkut “se precisar de um guita, tô aqui!”. Houve sinergia. Gostei do estilo e influencias. Mostrei meus trabalhos e ele curtiu aí fomos em busca do resto da banda. Um dia no bar conheci um garoto que desabafava sobre o fim de um relacionamento falando de musica três horas à fio. Sentia nele vontade e muita energia. Precisávamos de um baterista e pelas influências o chamamos para se juntar a nós, esse era Ruy, o atual baterista. Indo para o estudio ainda não tinhamos o baixista e Titi lembrou de alguem que poderia ter a pegada, tentamos a sorte, o André sem nove horas ja tinha tocado com o guita em outras bandas e foi conferir. Assim fomos produzindo, convivendo, vivendo até formar 11 musicas que compõem o disco. MM - Sentir, simplesmente ser... Adriane Grott em letra e música... exercite a filosofia sonora e cante um pouquinho para nós, por favor... AG - “Em palavras eu posso cantar. Mesmo que depois alguem possa mudar. O que você primeiro registrar é a emoção que veio a falar. Ser impulsiva ou compulsiva? Eu prefiro desabafar do que simplesmente calar...

Dessa

maneira

posso

aliviar

tudo aquilo que guardo dentro de mim, inquietude e uma busca por alguma plenitude.” 80

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backstage

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lançamento

_LANÇAMENTO MOVING EDIÇÃO 64 (ZAPATA MEXICAN BAR) por: Redação / fotos: Guilherme Aguilar (Guiga)

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Lançamento da MOVING Magazine #64, evento realizado no restaurante Zapata do Centro Cívico, destacando o encontro de grandes amigos, empresários e parceiros, e principalmente, anunciantes satisfeitos com suas marcas estampadas em nossa revista. Por isso, reservamos essas páginas para confirmar o nosso comprometimento e desejo da continuidade de trabalho e dizer, de coração sorridente, o nosso muito obrigado!

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empreendedorismo _EASY

por: Redação

LET’S GO EASY MY FRIEND! TODO JOVEM QUANDO CAI NA ESTRADA COM SUA MOCHILA NAS COSTAS IMAGINA UM MUNDO DE FELICIDADES E PRAZERES PELO CAMINHO, PORÉM ÀS VEZES, E NA MAIORIA DAS VEZES, A REALIDADE SE MOSTRA UM POUCO MAIS ÁRDUA DO QUE PARECIA. E, EM OCASIÕES ESPECIAIS, ESSA REALIDADE NOS ENSINA REALMENTE ALGUNS PORQUÊS DA NOSSA EXISTÊNCIA. FOI ASSIM, ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA PRÁTICA NUMA VIAGEM INTERNACIONAL PARA NOVA ZELÂNDIA QUE O JOVEM “EDU” SE TRANSFORMOU NUM EMPREENDEDOR FOCADO EM DIAGNOSTICAR E SOLUCIONAR PROCESSOS E PROCEDIMENTOS DA PRÓPRIA

15 hours ahead

VIAGEM. TRANSFORMANDO TODO ESSE CONHECIMENTO EM NEGÓCIO PROMISSOR QUE LEVA E TRAZ GENTE PELO MUNDO DE CÁ PRA LÁ E DE LÁ PRA CÁ.

QUE IDEIA FOI ESSA DE CRIAR UMA EMPRESA DE INTERCÂMBIO INTERNACIONAL? A Easy Study & Travel existe na Oceania há sete anos, pioneira da America Latina, focada no serviço de agência para estudantes, turistas e mochileiros. A ideia é sempre proporcionar um porto seguro de serviços para nosso cliente. E surgiu a partir da própria experiência de primeira viagem: dificuldades ao chegar num país estranho, não dominar novo idioma, precisar de assessoria para encontrar moradia, estudo, trabalho, burocracias de visto, e por aí vai... Quando despertei para o “let’s go easy”. COMO FOI O DESENVOLVIMENTO? No primeiro ano em 2004, com um pequeno escritório em Auckland/NZ, conseguimos trazer do Brasil cerca de 150 estudantes cá e Austrália. Neste ano, assessoramos muito também em serviços, então o “boca a boca” nos ajudou. Utilizamos canais de relacionamento online na época como o MSNGroups - Brasil on New Zealand Online, além dos esforços de venda, diários. Hoje o negócio está na Oceania com agência em Auckland/NZ e outras três na Austrália, uma em Sydney, em Brisbane e outra na cidade de Perth. No Brasil, cobrimos o sul do país com agências em Curitiba, Santa Catarina (Blumenau) e Porto Alegre. O objetivo em 2011 é abrir mais dez novas agências entre própria e franquias. Recentemente, iniciamos novo destino para o Canadá, e estamos oferecendo os mesmos serviços. 90

MOVING


COMENTE

SOBRE

DIFERENÇAS

E

que trabalham na Easy hoje já moraram,

anos, então queremos dar atenção e

SEMELHANÇAS DO MERCADO DE TURISMO

estudaram e trabalharam nos destinos

NO BRASIL E NOS LOCAIS ONDE A EASY

trazer gente da Nova Zelândia, Austrália

que oferecemos e com isso podemos

TRABALHA. O mercado no Brasil é muito

e Canadá fazendo o caminho inverso, em

falar

outras palavras, trazer os gringos para cá e

mais competitivo com muito mais opções,

Comprometimento, paixão e alto estral

as pessoas podem facilmente ter acesso

fazem parte do nosso dia a dia.

sempre

a

realidade

dos

fatos.

oferecer qualidade, preço e ótimos serviços.

em parcelamentos flexíveis. Uma grande OU

SUGESTÂO

EMPRESA? HÁ PROGRAMA DE INCENTIVO

país inteiro apenas de mochila nas contas

AO EMPREENDEDORISMO INTERNO. Hoje,

dormindo em backpakers, espécie de

a Easy Grupo está com cerca de vinte e

albergues, ou em pousadas, campervans e

oito pessoas trabalhando entre Brasil, Nova

holiday parks, onde o custo é relativamente

Zelândia e Austrália. Incentivo existe, nós

EMPRESA COMO VOCÊ? Diria que descobrir

baixo e encontram-se pessoas de todas as

procuramos primeiramente dentro das

primeiro o seguimento dentro do próprio

idades. Ótimo para fazer amigos de varias

nossas próprias agências, um próximo

segmento e ser profissional especialista

partes do mundo. Do it.

franqueado. Ou algum cliente que retornou

em determinada área, conhecer realmente

ao Brasil satisfeito e quer montar uma Easy

tudo sobre o produto. Ninguém nunca será

na sua cidade como aconteceu em SC e RS.

bom em tudo, então escolha um segmento

estão

sendo

estados,

acertadas

queremos

para

outros

a

marca

levar

Easy para todo Brasil. Através dessa metodologia, o franqueado obterá sucesso e rentabilidade em sua carteira de clientes e

consequentemente

financeira.

Temos

a

independência Easy

Franchising

onde apresentamos o plano do negócio e investimentos, o formato da nossa empresa é replicado para o franqueado junto com treinamentos tanto

em Curitiba como

também na sede da Nova Zelândia. O valor da Franquia é um dos pontos fortes da Easy Franchising.

DE

EMPREENDEDORISMO

PARA

ESTUDANTES E NOVOS PROFISSIONAIS QUE

PRETENDEM

TURISMO

OU

TRABALHAR

MESMO

ABRIR

COM UMA

e seja o melhor do mercado. Um bom QUAIS SÃO OS VALORES DA EMPRESA?

planejamento

Não

financeiro,

discriminação

entre

raça,

cor,

religião, idade, sexo, classe social, nível de

rh,

de

negócios,

marketing,

concorrência...

e

bom

trabalho!

escolaridade, etc. Preços justos. Constante aprimoramento técnico. Apoio total ao cliente. Cordialidade. Respeito comunitário. QUAL É A VISÃO E A MISSÃO DA EMPRESA? Ser a referencia e a principal agência de intercâmbio brasileira com sedes em todos os destinos oferecidos. Ser o “porto seguro” de todos os nossos clientes. QUE FRASE EXPRESSA O NEGÓCIO? QUAL É O SLOGAN DA EASY? “15 hours ahead”

QUAIS SÃO PRINCÍPIOS DE GESTÃO QUE NORTEIAM A EMPRESA? Easy Study & Travel - Plano Executivo. Estão registrados os conceitos do negócio, riscos, concorrentes, o perfil dos clientes,

NA

DICA

“mochileiros” do mundo todo que viajam o

uma em Santa Catarina e quatro novas

TRABALHAM

ALGUMA

QUANTAS

HÁ FRANQUIA DA EASY? Sim. Já temos

PESSOAS

TEM

diferença do turismo na Oceania é o perfil

estratégias de

marketing, bem como, o plano financeiro. Conforme as mudanças do cenário ocorram, do mercado, da economia, de tecnologia ou de ações dos competidores, existe a revisão do Plano. Isso em geral requer uma revisão semestral. Sem fazer a revisão periódica o empreendedor não estará acompanhando a evolução conscientemente.

(quinze horas a frente), isso, devido a primeira agência na New Zealand ter o fuso horário quinze horas a frente do Brasil. REFLEXÃO DE PASSADO E PRESENTE, QUAIS SÃO OS DESAFIOS FUTUROS? “Recursos Humanos” – pessoas de qualidade e comprometidas, esse sem dúvida é o maior desafio da empresa. COMO VOCÊ ENXERGA A EASY DAQUI 05 ANOS? Vejo a Easy mais forte, cobrindo todo

território nacional e absorvendo

outros seguimentos dentro do próprio EQUIPE FAZ A DIFERENÇA? A equipe Easy

Turismo. Temos nova demanda com os

faz a diferença, sempre. Todas as pessoas

eventos mundiais no Brasil nos próximos

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_ESPAÇO SURF CURITIBA

por: Redação / Colaboração: Rafael Tempo / fotos: Helton Sade e Eduardo Rosa

“MULEQUES” É O

REALIZAR AQUELE SONHO INSPIRADO NO LIFESTYLE CALIFORNIANO, UM LUGAR QUE RESPIRA, VIVE E TRABALHA COM SURFE E O SKATE 24H POR DIA. TER VISÃO E ATITUDE PARA SAIR DOS CORREDORES DE SHOPPINGS E INOVAR ATRAVÉS DE UM ESPAÇO EXCLUSIVO E INOVADOR. UM AGRUPAMENTO DE JOVENS EMPRESAS DO SURFE PARANAENSE, COM CRONOLOGIA E IDEOLOGIAS SEMELHANTES, TUDO NO MESMO LOCAL. COM MUITO CONFORTO, DESCONTRAÇÃO, QUALIDADE E ÓTIMO ATENDIMENTO, ESSA É A PROPOSTA DO ESPAÇO SURF CURITIBA, O ESC! UM NOVO ESPAÇO-CONCEITO QUE ENVOLVE TRABALHO, ESPORTE, ARTE, CULTURA, GASTRONOMIA E MEIO AMBIENTE.

Os novos empreendedores da cultura surfe.

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Segundo Tiago, idealizador do ESC, “a ideia começou quando todos ainda eram ´muleques´ e estavam apenas começando profissionalmente,

manifestações esportivas, culturais e artísticas fechaando a programação de atividades do ESC!

cada um em seu ramo de atuação. Na verdade é o sonho de qualquer um

A preservação do ambiente é um compromisso e, em breve, o Espaço

que gosta de surfar e andar de skate, ter um espaço como este”. Sonho

Surf Curitiba apresentará seu projeto de gestão socioambiental, o

que surgiu de um trabalho na faculdade em 2001 quando Tiago “TBS”, e

qual pretende ir além dos muros da casa, pois, visa atingir e convidar

Anderson “Japinha” colocaram as ideias no papel durante a matéria de

todos os seus clientes, parceiros e comunidade para comportarem-se

Gestão e Marketing do curso de Desenho Industrial/Projeto do Produto.

corretamente em favor do ambiente urbano-natural.

Encontrar empresas perfeitas para se formar uma parceria nunca é fácil, porém com o projeto do ESC o caminho foi iluminado, TBS conta que “desde a época da faculdade já sabia quais seriam as empresas que

Tarde de autógrafos com a banda MILLENCOLIN

futuramente estariam maduras para este desafio”. Quase cinco anos depois ele estava certo! Comprovando assim, suas características de um empreendedor nato: Visão de futuro, análise de mercado, oportunidades, relacionamento, credibilidade e confiança, união de forças, redes de contato e, principalmente, a hora certa de agir. Coragem de arriscar, sair da zona de conforto, buscar novos horizontes, ser pioneiro! O ESC saiu do comum, da mesmice e da rotina, para gerar novas experiências ao criar um novo espaço de lazer e convivência na cidade. É um local de sinergia entre oito empresas, onde você pode encomendar desde pranchas novas, comprar acessórios para surfe e skate, moda e vestuário, planejar aquela viagem ou surftrip dos sonhos, ou somente dar um rolê de carrinho na mini-rampa escutando uma sonzeira, até fazer uma bela tatuagem, e de quebra, registrar em fotos os seus momentos no ESC por um fotógrafo profissional.

DE OLHO NAS PROMESSAS

_AGRADECIMENTOS

Hoje o Espaço Surf Curitiba já tem a ESColinha de skate e breve terá a ESColinha de Surfe, ambos para crianças, jovens e adultos que sonham remar para o outside e botar pra baixo na mini rampa. A fábrica de pranchas está quase pronta e você poderá acompanhar a produção do seu foguete e também poderá fazer curso de shaper e laminação. No começo de 2011 será inaugurado o Espaço Surf Gourmet, área gastronômica opção para os apreciadores de um bom açaí, sucos, vitaminas, sorvetes, saladas e sanduíches naturais. A ideia é tambem realizar jantares resgatando a culinária dos principais picos de surfe mundial, juntamente com

A MOVING Magazine agradece: Formada atualmente por 14 integrantes, todos profissionais em seus ramos de atividade: Tiago “TBS” (shaper), Dudu Monteiro (shaper), Anderson “Japinha” (TBS Board Shop), Enevaldo (laminação e conserto de pranchas), Gege (pintura), Gilmar (parte de lixa e acabamento), Lucio Abreu (Capas Drifiting), Junior, Buka e Helton (Tide Rise), Rafael Mikimba (Tattoo), Eduardo Rosa (Ellement Water), Eduardo Rodrigues (Wellcome Surf Trips) e Rafael Tempo (marketing e comunicação). Quer saber mais sobre o ESC? Entre em contato pelo nosso site: www.movingmagazine.com.br MOVING

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_LUV: EYESTYLE

por: Redação / fotos: Arquivo Pessoal

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MM - Como surgiu a idéia de criar a LUV Style? Por que esse nome?

precisa estar em sintonia com o objetivo do grupo,abraçando a causa

LV - A luv surgiu em uma mesa bar..um dos sócios já havia tido contato

com o intutito fundamental do progresso.Assim se destacam as grandes

com o produto e numa dessas conversas entre amigos surgiu a ideia de

corporações e assim é a política da LUV.

criar uma marca com o fim de comercilizar os óculos.acontece que a LUV virou uma paixão.começamos a nos encontrar e conversar sobre o

MM - Que frase ou expressão traduz a LUV Style?

assunto em reuniões informais, e num belo dia um amigo que hoje toca

LV - A logomarca da luv aluz a tres significados distintos que compoe a

a Luv no nordeste, sugeriu que colocássemos um nome que fosse uma

marca.pode-se ler luv que significa amor, luk que aluz a lucky, significado

espécie de linguagem universal,(para quem não conhece, a palavra LUV é

de sorte e ainda luk que é forma escrita da pronúcia de look, significado

uma abreviatura da palavra love que significa amor em português).Nada

de visual.assim. visual amor e sorte, traduzem de forma fiel a essência

poderia ser mais abrangente que o amor.desta forma, abaixo de muita

da lUV

risada e descontração, ficou instituído que o nome final seria este. MM - O que vocês têm a dizer para os estudantes e novos profissionais MM - Quais os desafios e as dificuldades deste segmento de mercado?

que pretendem abrir uma empresa como a LUV Style?

LV - O segmento de óculos solar hoje é fundamentalmente baseado na

LV - Pricipalmente que o mercado de trabalho é muito desafiador.Para se

comercialização das grandes grifes mundiais.As marcas que ganharam

obter destaque tem que se doar integralmente a causa, fazer um trabalho

fama com seus modelos nas grandes passarelas expandiram também

minucioso e extremamente caprichado, além de contar com uma boa

seus projetos para a confecção de óculos de sol de grife.é um mercado

pitada de sorte.Mas como diriam os sábios: a sorte acompanha os bons!

muito abrangente, fomentado pelas tendencias do mundo moda,mas que independentemente de estilo ou renome consegue se renovar a cada nova coleção.Em virtude desta globalização das grandes marcas, se posicionar no mercado hoje demanda um trabalho árduo e competitivo. árduo pelo simples fato de que para se competir com grandes marcas tem-se que estar trabalhando com muito estilo e principalmente qualidade nos produtos.outro fator importantíssimo para este bom posicionamento é escolher em qual nicho do mercado se vai atuar, ou seja, qual o público-alvo e e o poder aquisitivo que advém dele.assim se consegue estabelecer um preço plausível capaz de atingir uma grande parte do mercado consumidor. MM - Quais são os princípios que norteiam o seu negócio? LV - Nossa principal missão é levar diversão e satisfação ao nosso cliente. Óculos de sol é objeto de desejo de quase 100% das pessoas.ele mexe com a alegria delas, o que torna a nossa missaõ ainda mais especial. MM - LUV Style vai bem com? LV - A luv é completa e cai bem em qualquer situação! MM - Equipe faz a diferença? Por quê? LV - Total. Não há como se pensar em trabalhar e perceber os frutos deste trabalho sem uma grande equipe por trás.O vendedor por exemplo, é a alma do negócio.não adianta fazer um trabalho impecável nos bastidores se o último elemento que definirá o seu sucesso não estiver habilitado para faze-lo.desta forma, cada integrante deste grande projeto

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núcleos vivos

_YOGA NO PARQUE: É SÓ CHEGAR!

por: Silvio Lopes / fotos: Silvio Lopes & Bruno Santos

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NOS ÚLTIMOS TEMPOS PENSANDO NO CONTEXTO ATUAL EM QUE VIVEMOS E ONDE EU ESTAVA INSERIDO VINHA MUITA COISA NA CABEÇA. PENSAVA EM MIM COMO INDIVÍDUO, TRABALHADOR, CONSTRUINDO UMA FAMÍLIA E INTERAGINDO COM A SOCIEDADE COMO BILHÕES DE PESSOAS EM TODO O MUNDO E FALTAVA ALGO.

É GRÁTIS. MOVING

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Por incrível que pareça este algo não era menos ou mais dinheiro, ou outra coisa qualquer, era estabelecer uma ligação real com o “todo” a minha volta. Daí veio essa onda de eleição presidencial, aquele carnaval criado nestas épocas, nas redes sociais as pessoas defendendo este ou aquele candidato sendo que o Sistema Político que vivemos está Falido, A ou B no poder tudo ia ficar igual, esqueceríamos as propostas de campanha, as promessas e em semanas tudo isso é esquecido. Essa pressão toda me fez pensar no que eu poderia fazer para mudar. Curiosamente o Yôga ensina a questionar e na sequência do questionamento vem o ensinamento. Você permite ao questionar que sua natureza interna lhe traga as respostas e foi o que aconteceu. Estava numa manhã de quinta feira no Parque Barigui correndo com um irmão de alma e tive esse insight. Vou dar aulas gratuitas de yôga no parque! Foi intuitivo total, em seguida veio outro pensamento: “Você não queria mudar as coisas a sua volta?” e outro “Não estava faltando algo?”, haaaaaa (expressão de alegria). Olhei para o céu e agradeci por fazer o que eu faço e com essa iniciativa, através do yôga ampliar a visão das pessoas sobre elas mesmas e com ações transformadoras, contribuir para um mundo melhor. Acredito que estamos vivendo a melhor época da espécie humana e conceitos como sustentável, coletivo, equilíbrio, harmonia, amor, positividade, pró-atividade devem ser diariamente pensados como mantras, começando pela mente, tornando o corpo forte vamos receber de peito aberto uma nova era que se aproxima.

ZENO STIVANIN

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“YOGA no parque tem sido uma forma de libertação, de aprendizado e crescimento. Estar em contato com pessoas tão iluminadas, dipostas a serem melhores e a construir um mundo melhor. Cada dia aprendo algo, mudo um pouco, percebo um mundo diferente, vejo como nossas ações podem fazer o bem. Me sinto muito bem!”


“Seja a mudança que você quer ver no Mundo” _Mahatma Gandhi

LETICIA RIBAS DOS SANTOS

“Excelente iniciativa!! Tem tudo a ver com o Yôga, o fato de ser ao ar livre, em um parque e ainda mais... ACESSÍVEL A TODAS AS PESSOAS, DE TODAS AS IDADES E SEM CUSTO ALGUM!!! É a força, energia, e bem estar do Yôga se propagando....”

“Yôga pela PAZ, pela saúde, pela alegria.... yôga por um mundo melhor!!! Que cresça sempre o número de praticantes! parabéns pela iniciativa, e logo mais estarei junto com vocês nessa! ”

_SERVIÇOS AULAS GRATUITAS DE YÔGA NO PARQUE / POR SILVIO LOPES SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS, 17:30 PARA COMEÇAR 18H. KALI ANANDA

SÓ NÃO ROLAVA QUANDO CHOVIA - PARADIGMA QUEBRADOAGORA ROLA ATÉ COM CHUVA APAREÇA. MOVING

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perfil

_GABRIEL “SEU ZEBA”

por: Lucas Ajuz / foto: Lucas Ajuz

NA (TRU E) RA L LY CONHEÇA O CURITIBANO QUE NÃO VÊ FRONTEIRAS, SÓ HORIZONTES CRIATIVOS EM SEU DIA A DIA DIGAMOS: ARTÍSTICO-AUTO-EXISTENTE. COM POUCO TEMPO DE CARREIRA ELE JÁ ACUMULA IMPORTANTE PRÊMIO NACIONAL DE RECONHECIMENTO PROFISSIONAL.

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“HARMONIA... SINCRONICIDADE... AMOR... CELEBRAIIIIIII...!”

apresentando performance musical usando

Quem convive com ele sabe que com estas palavras, Gabriel

sua pedaleira de loops. Ele concorreu com

Torrens, vem mostrando alma, semeando ideias e partilhando

vários artistas bem mais experientes e de

identidade. Talvez por isso, ele é o que se pode chamar de artista

todo território nacional. Com o prêmio,

multidisciplinar. Alguém que transita por vertentes artísticas com

Seu Zeba vai até Los Angeles disputar a

naturalidade. Visuais, música, cênicas, Gabriel possui trabalhos

final mundial do evento. Luz e música na

e parcerias com vários artistas de sua geração. Desde jovem ao

caminhada irmão!

arranhar as primeiras notas no seu “violão praieiro” ele sabia que aquilo não era passatempo.

REAL

SALADA ESPONTÂNEA

a banda curitibana Real Coletivo Dub, o

Ainda este ano, Seu Zeba passou a integrar Com essa certeza, Seu Zeba (apelido de infância que virou nome

artista entrou para o time com intenção

artístico), começa a criar e desenvolver trabalhos que exploram a

de trazer novos elementos sonoros, novas

espontaneidade na música. Nasce assim, o Salada Musical, encontro

composições e vibrações positivas para o

informal onde todos são bem vindos a participar, sendo experiente

projeto da gravação do segundo disco do

na música ou não, com a intenção justamente de explorar a

grupo, aguardem e confiem.

musicalidade em quem nunca experimentou tal sentimento.

Gabriel “Seu Zeba” Torrens leva uma

Na seqüência, ao lado de Dú Gomide e Fernando Lobo, veio o

vida simples. Perto da natureza, pedalando

Espontaneous, um grupo que explora o ineditismo musical onde

sua bicicleta por Curitiba, vai plantando

em cada show a platéia é convidada a intervir no som, participar

e colhendo idéias, fazendo novos projetos

das músicas tornando aquele momento único e cada apresentação

e amizades, segundo ele, inspirações para

uma surpresa.

trabalho. “Tudo é um altos nessa vida”. “Paz e bem”.

GAROTÃO DA BOSS As experiências com a pedaleira de loops* aparecem nesta mesma época e Seu Zeba pode experimentar novas técnicas e caminhos sonoros. “Minha relação com a música é sinergia, para promover o encontro com as pessoas em todos os sentidos. É muito mais isso, do que qualquer tipo de escola ou academia.” comenta o artista. Mesmo assim, da necessidade de expandir técnicas e inspirações, em 2010 ele inicia uma nova fase e foca estudos acadêmicos musicais. A entrega logo trouxe resultados, Seu Zeba foi “Campeão Brasileiro” do Concurso Boss Loop Station,

* Loop é uma palavra inglesa, que originalmente significa “aro”, “anel” ou “sequência”. Na música a palavra é geralmente usada com esse último significado de repetição ou sequência de algum elemento sonoro.

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por: Leonardo Settembre / fotos: Arquivo Pessoal & Ministério do Turismo

CULTURA DE VIDA AO

Durante mais de dez anos cultivei o sonho de saltar de pára-quedas, mas só consegui realizá-lo na Nova Zelândia, era como se algo me puxasse e daquele momento não podia passar, a energia do país te empurra para fora do avião como se dissesse: VOCÊ VEIO AQUI PARA FAZER ISTO. Quem conhece a cultura da oceania, sabe que os povos de lá procuram estar em contato com a natureza em grande parte do tempo e de diversas formas. Não é a toa que a Nova Zelândia é considerada a capital mundial do turismo de aventura, título merecido e que não veio por acaso, mas sim com muito trabalho, iniciativa e envolvimento de todos os agentes de mudança deste país. Governo e iniciativa privada vêm trabalhando juntos há anos para tornar este sonho uma realidade, e o resultado está aí. Tive a oportunidade de morar durante oito meses na Nova Zelândia e três na Austrália em 2002 e logo que voltei montei uma empresa de Turismo de Aventura onde estou até hoje. Antes de ir era apenas um publicitário de carreira curta. Posso garantir que não foi pensado, foi natural. Curioso é que este movimento me levou para a minha mais produtiva experiência profissional e de aventura, quando em 2005 fui convidado como empresário para participar de um projeto do Ministério do Turismo, executado pela BRAZTOA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS OPERADORAS DE TURISMO) de Benchmarking (Excelência em Turismo - aprendendo com as melhores experiências internacionais) e adivinha para onde? Nova Zelândia. Foi aí que eu pude juntamente com alguns empresários de Turismo de Aventura do Brasil, representantes do Governo (Ministério do Turismo, Sebrae e Embratur) interagir e me aventurar com as principais empresas de Turismo de Aventura e representantes de governo de lá da Nova Zelândia. Desta vez eu não saltei de pára-quedas, mas fiz balonismo, rafting, bungee jump, caiaque oceânico, jet boating, paraglider, trekking, safári 4x4, quadriciclo, tirolesa de 3km e acredite, não fiz tudo que eles tinham a oferecer. 104 MOVING


Com a nova experiência, agora com olhar mais profissional, pude

A política turística no brasil não permite nem chegar perto

perceber que existem quatro pilares fundamentais que podem

dos seus parques, os órgãos responsáveis tratam o turismo como

fortalecer um país a tornar-se referência em turismo mundial:

atividade predatória onde tudo é proibido, praticamente ninguém

Belezas Naturais, Aptidão da População, Participação de órgãos

vai a um parque nacional. Mas isto aos poucos está mudando,

Públicos e Organização da iniciativa privada. Para se entender o

em conversas ano à ano com estes órgãos e o trade turístico,

contexto destes pilares da Nova Zelândia você precisa saber que

utilizando o exemplo da argentina que está muito a frente de nós,

o neozelandês Sir Edmund Hillary, ao lado do nepalês Tenzing

aos poucos as portas estão se abrindo e o ministério do turismo

Norgay (Sherpa), se tornou o primeiro homem a escalar o monte

juntamente com o sebrae acabam de criar um piloto modelo para

Everest em 1953.

5 parques nacionais, chegaremos lá!

E desta iniciativa surgiu o título mundial de capital mundial

O Brasil avançou muito em uma das principais questões que

do turismo, para um país que possui cerca de quatro milhões de

fazem da Nova Zelândia o país do Turismo de Aventura. Segurança

habitantes e de belezas naturais incontestáveis, e que recebe o

nas atividades. A criação de regras e padrões de segurança para

apoio incansável do governo e dos empresários organizados.

uma operação segura de turismo de aventura levaram a criação

E o Brasil? Onde entra nesta história? Nós não temos um

de um selo (qualmark) que identifica as empresas sérias e de

herói como Sir Edmund Hillary que tem até sua foto estampada

acordo com as normas no país. Nenhum agente de viagens de

nas notas de 5 dólares de seu país. Mas existem mais coisas que

qualquer parte do mundo irá vender roteiros de aventura para um

ajudam um país a se tornar um destino de excelência em turismo

país que não tenha normas técnicas. Aqui no Brasil isso implica na

e que nosso país ainda precisa trabalhar e muito. Infraestrutura,

criação de normas técnicas em conjunto com a ABNT (Associação

aeroportos adequados, estradas para alcançar destinos e rede

Brasileira de Normas Técnicas), um processo liderado e gerenciado

hoteleira capacitada para receber turistas. Podemos ser otimistas,

pela ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e

pois a Copa do Mundo e Olimpíadas estão chegando ao Brasil os

Turismo de Aventura) que agora em setembro de 2010 durante

investimentos parece que irão acontecer. Com a nova estrutura do

o ABETA SUMMIT (Encontro Brasileiro de Ecoturismo e Turismo

turismo brasileiro a partir de 2002, criando o Ministério do Turismo

de Aventura) com a presença e apoio de todo o trade, Ministério

e reformulando a EMBRATUR – Instituto Brasileiro de Turismo -

do Turismo, SEBRAE, EMBRATUR e operadores do mundo inteiro

para ser o órgão exclusivamente responsável pela comercialização

entregou 34 certificados para empresas brasileiras, uma conquista

internacional do Brasil, conseguimos desenvolver ações e projetos

para o mercado e para o Brasil.

de maior resultado e projeção, ainda estamos engatinhando em relação a recursos mas o processo já começou. Parques Nacionais, este é um dos maiores entraves para o desenvolvimento turístico no Brasil. Comparando com a Nova Zelândia que tem 40% do seu território de Parques Nacionais, com 1.600 concessões de turismo para empresas privadas (Hotéis / Estações de Esqui / Guias / Empresas de Rafting, etc) e faturando perto de $ 500 milhões de

se a canoa não virar...

dólares ano. MOVING 105


Todo este cenário aliado à nossa cultura, belezas naturais e carisma da nossa população fará do Brasil um dos principais destinos de Ecoturismo e Turismo de Aventura no mundo. Estímulos a preguiça e para ficar em casa são cada vez maiores, mais tecnologia, mais programas de TV, mais aquecedores e arcondicionado. Mas quando você estiver sentado no sofá no final de semana saiba que lá fora pertinho da sua cidade sempre existe uma cachoeira, uma mata fechada, um rio com corredeira, uma praia com ondas, uma paisagem de tirar o fôlego esperando por você. E a sensação de viver de verdade, junto com os amigos e a família, nem a preguiça nem a tecnologia poderão substituir e se isso acontecer, coitados de nós. Cultura de Vida ao Ar Livre. Saia de casa mais... Sinta a vida mais, perceba os sentidos e sentimentos que só a natureza pode proporcionar. VIVA, Aloha!

106 MOVING


mandamentos do 10 E C O T U R I S

T A

1. AMARÁS A NATUREZA SOBRE TODAS AS COISAS. 2. HONRARÁS E PRESERVARÁS O BOM HUMOR. 3. ESTARÁS SEMPRE PRONTO A COLABORAR.

4. SERÁS CAPAZ DE TE ADAPTARES AOS IMPREVISTOS. 5. UTILIZARÁS OS SERVIÇOS DOS GUIAS CREDENCIADOS. 6. NÃO RECLAMARÁS. 7. NÃO INVOCARÁS O NOME DO GUIA EM VÃO, PARA PERGUNTAR SE FALTA MUITO PARA CHEGAR. 8. NÃO CONSIDERARÁS CHUVAS, ATOLEIROS OU PONTES QUEBRADAS COMO IMPREVISTOS. 9. NÃO POLUIRÁS O MEIO-AMBIENTE. 10. PRESERVE E RESPEITE A BIODIVERSIDADE (NÃO POLUA AS NASCENTES, OS LEITOS E MARGENS, NÃO DESTRUA AS MATAS CILIARES, NÃO DEGRADE O MEIO AMBIENTE, E COMPARTILHE A SUSTENTABILIDADE.)

mandamentos do 05 E C O T U R I S

M O

1. DA NATUREZA NADA SE TIRA A NÃO SER FOTOS. 2. NADA SE DEIXA A NÃO SER PEGADAS. 3. NADA SE LEVA A NÃO SER RECORDAÇÕES. 4. ANDAR EM SILÊNCIO E EM GRUPOS PEQUENOS.

5. RESPEITAR UMA DISTÂNCIA DOS ANIMAIS, EVITANDO GERAR STRESS.

J U N T O

(FONTE, MANDAMENTOS - HTTP://PT.WIKIPEDIA.ORG/WIKI/ECOTURISMO). PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O TURISMO NO BRASIL - WWW.TURISMO.GOV.BR

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cultura popular _EDUCAÇÃO AMBIENTAL

por: Carlos Alberto de Oliveira (eambiental@curitiba.org.br) / ilustração: Ana Nisio

AMBIENTES QUE

houve um avanço significativo e substancial na abordagem do tema, passamos a entender que a questão ambiental está além da ecologia e faz parte do nosso cotidiano urbano e tecnológico. É CHEGADO A HORA DE IR ALÉM , DE CONECTAR AS PESSOAS COM AS PESSOAS , VER QUE

O RESPEITO PELA NATUREZA

PASSA POR ESTA ATITUDE DE RESPEITO PELO OUTRO. DIFÍCIL CAMINHO ESTE, O CAMINHO IDEAL, PASSO A PASSO VAMOS EM DIREÇÃO DE UM MUNDO MELHOR. ESSA É A RESPOSTA A UMA NECESSIDADE SOCIAL E HUMANA QUE ENFATIZA O RESPEITO Á DIFERENÇA, A CULTURA E ABRANGE O CICLO HISTÓRICO, ECOLÓGICO E FILOSÓFICO DO SER HUMANO. A crise que vivemos é fruto de uma história de busca de poder, a qual nasce de uma ilusão: a ilusão da separatividade, onde cada indivíduo se vê e se sente separado das outras pessoas, dos outros seres da natureza como um todo. Nessa ilusão cada um também se encontra separado da sua essência. Dentro de nós mesmos há divisões: entre a mente, o corpo, a emoção. A educação existente supervaloriza o mental, preparando as pessoas para um sistema competitivo. Além de compreender intelectualmente o princípio da unidade ecológica de tudo o que há, é oportuno vivenciar e deixarse inspirar pelo sentimento da comunhão com a natureza. A educação ambiental que defendemos possibilita esse reencontro, pois se fundamenta no afeto, no dialogo, na valorização positiva, PARA RESOLVER OS PROBLEMAS AMBIENTAIS É NECESSÁRIO MAIS

na participação, no resgate cultural, na reflexão crítica e na

DO QUE SEPARAR O LIXO OU FECHAR A TORNEIRA ENQUANTO

transformação coletiva da realidade, com a valorização das

ESCOVA OS DENTES. REFLETIR SOBRE NOSSO COMPORTAMENTO

diferenças da criatividade e da habilidade de cada indivíduo, das

E AS RELAÇÕES QUE TEMOS COM A NATUREZA E COM AS PESSOAS

qualidades naturais do ser humano.

TAMBÉM É PARTE FUNDAMENTAL DESSE PROCESSO” _Rita Mendonça

Quando estamos em um parque, uma praça, uma horta, uma cachoeira ou no mar e se estamos abertos para um outro tipo de educação, esta naturalmente ocorrerá, basta lembrarmos

Por muito tempo vimos a Educação Ambiental se preocupar

que esse fenômeno está presente dentro de nós, nas ações

somente com os aspectos ecossistêmicos, fauna, flora e outros

de integração com o ambiente, e não contra ele, as quais

aspectos naturais, desconectados do ser humano e dos sentimentos,

só trazem impactos positivos e são aprendidas com a própria

emoções e relações que trazemos em nosso íntimo. Esta fase passou

natureza, com leis básicas que regem a vida; a interdependência,

e começamos a dar mais atenção as nossas ações socioambientais,

a diversidade, a reciclagem e a flexibilidade.

108 MOVING


MOVING 109


por: Fernanda Daichtman / foto: Divulgação

SE FOSSE DESCREVER COMO FOI O ANO DE 2010, DIRIA APENAS...


No começo do ano, após deliciosa surf trip ao Peru recebi email bomba do meu principal patrocinador: “investimento cortado”. Dúvidas e caos! Resolvi então voltar a estudar e conciliar com o surf profissional. Decisão difícil, pois não tinha garantia que conseguiria treinar o suficiente para disputar um título. Sofri muito, mas fui em frente. Voltei para cidade natal, depois de alguns anos morando no Guarujá, para fazer uma pós graduação, MBA em Sistema de Gestão Ambiental. Organizei a rotina: três dias da semana estudava em Curitiba e o restante descia para Matinhos. Tudo deu certo! Consegui ir aos campeonatos mesmo sem patrocínio. Fiz bate volta até para o nordeste, tudo isso, só para não perder aula nem deixar de surfar. Ganhei o vice-campeonato na Bahia e venci em Pernambuco, sendo que essa última foi a minha maior superação. Não pelo fato de ter ganhado, mas “como” eu ganhei. Maracaípe, mar destruidor de longboard, um metrão no inside fechando. A cada bateria parecia que tinha ganhado uma batalha, até minha prancha mágica foi guilhotinada na semi. Na final, eu e Mainá Thompson (bicampeã brasileira). Com a arrebentação muito forte neste dia, consegui chegar ao outside após 8 minutos do início da minha bateria, apanhei muito do mar e fiz um esforço absurdo com meu psicológico. Senti que a praia toda acompanhava apreensiva. Finalmente cheguei e resolvi a bateria em duas únicas ondas. Consegui! Uma vitória inesquecível e com muitas lágrimas. Resultados que me colocaram na liderança do ranking . Quando tudo parecia tão longe, na verdade estava mais perto que imaginava. Na última etapa não poderia ser diferente. Quando as condições são adversas a concentração e as forças redobram. Cheguei ao Rio de Janeiro com dez dias de antecedência para treinar. Tive uma leve distensão na segunda-feira antes do campeonato, mas até ai tudo bem, fiquei de molho, me poupando. Um dia antes de começar, teimei em testar as pranchas, era para ser um surf de quarenta minutos, mas na primeira onda... , Cai de um hang five e a prancha voltou direto no meu nariz! Minha primeira reação foi ver se a prancha não tinha quebrado, claro. Meu nariz doía muito, quando reparei que o sangue escorria em meu rosto, sai da água imediatamente e fui receber atendimento em um hospital.

MOVING 111


Por um milagre não quebrei o nariz e nem atingiu o olho, mas o corte foi profundo. Em compensação o bico da minha prancha esmerilhou. A recomendação médica foi para não entrar no mar nos próximos cinco dias, pelo menos. Notícia que nem passava na minha cabeça, afinal de contas era um título em jogo. Não pensei duas vezes, tive que contrariar a Doutora. Como já era pré classificada, entrei na água só no sábado, na segunda fase, o que me deu um dia para me recuperar. Ganhei o carinhoso apelido de “AVATAR” devido ao inchaço e o roxo nos olhos, e sinceramente, fiquei muito parecida (risos). Mas tive que deixar a vaidade de lado, o campeonato era mais importante para mim. O acontecido só serviu

SENTIR-SE DESAFIADA E TER A CAPACIDADE DE SUPERAÇÃO FOI UM DOS ENSINAMENTOS QUE ESSES CINCO ANOS DE COMPETIÇÃO ME PROPORCIONARAM. ESTOU AINDA MAIS MOTIVADA EM CONTINUAR A TRAJETÓRIA NO LONGBOARD. NOVOS PROJETOS ESTÃO SURGINDO, ÓTIMAS EXPECTATIVAS PARA O PRÓXIMO CIRCUITO. CONTINUO VIVENDO, TREINANDO, CAINDO, LEVANTANDO... QUE VENHA 2011!

para me fortalecer. Infelizmente, que prefiro dizer felizmente, pois, tudo vale a pena quando a alma não é pequena, aprendi mais uma vez perdendo para a local da Macumba Chloé Calmon que surfou muito bem. Havia ainda a possibilidade de ser campeã brasileira, mas já não queria contar com a sorte. Ao meu ponto de vista, o que seria mais justo, era chegar até o final para conquistar esse título, não queria depender da matemática para ser campeã. A segunda colocada no ranking, Atalanta Batista venceu sua adversária, Chloé, com muita determinação, merecendo o título. Me deixando como vice campeã brasileira de 2010. APESAR DE TODOS OS CONTRATEMPOS, ESTOU SATISFEITA COM MEUS RESULTADOS, NÃO SÓ NO ESPORTE COMO NA VIDA. 112 MOVING

EM TEMPO DE FECHAR A EDIÇÃO, FERNANDA CONQUISTOU O CAMPEONATO PARANAENSE DE LONGBOARD. PARABÉNS FER!


MOVING 113


por: Redação / fotos: Eduardo Fleck Rosa (ellementwater.com)


A MOVING MAGAZINE EMBARCA EM MAIS UM DESAFIO E ACEITA O CONVITE PRA LÁ DE ESPECIAL DE FAZER PARTE DE UM PROJETO QUE NOS CONVIDA PARA EXPRESSAR COM UMA FRASE, UMA CITAÇÃO, UMA LEMBRANÇA OU ATÉ UMA ESPERANÇA... OU SEJA, EXPRESSAR ALGUM SENTIMENTO PARA CADA FOTO QUE VIRÁ A SEGUIR. O PROJETO É A TENTATIVA DO FOTÓGRAFO EDUARDO FLECK ROSA, DE COMPILAR TODO ESSE CALDEIRÃO DE OLHARES EXTERIORES COM SENTIMENTOS INTERIORES NUMA SÓ BROCHURA EDITORIAL – EXCLUSIVA E SOBRE A SUA MATÉRIA PRIMA DE TRABALHO DIÁRIO: O ELEMENTO ÁGUA. PARA FECHAR ESTE ANO COM CHAVE DE OURO E ABRIR COM ENTUSIASMO VIAGENS DE 2011, E E PARA QUE ESSE CALDO EDITORIAL FIQUE MAIS INTERESSANTE E POR QUE NÃO PICANTE, CONSEGUIMOS COM O FOTÓGRAFO ALGUMAS FOTOS QUE AINDA NINGUÉM VIU E QUE COMPARTILHAMOS COM VOCÊ, AQUI E AGORA.

MOVING 115



Ent達o olhe, sinta e compartilhe o seu sentimento. Escreva para movingmagazine@movingmagazine.com.br


QUEM NÃO QUER UM VERÃO 2011 CHEIO DE BEM ESTAR? POR ISSO, A DE CHELLES APRESENTA SUA COLEÇÃO MAIS QUE DEMOCRÁTICA E FEMININA, RECHEADA DE

Cortinão

EQUILÍBRIO ENTRE CORPO, MENTE

triângulo fixo

E A NATUREZA.

com calcinha de argolinha ajustável.


O tomara que caia da De Chelles com pala removĂ­vel e calcinha de pala larga que pode ser regulĂĄvel. ( mais larga ou mais estreita )


Sutiã Tomara que caia da De Chelles com faixa e acessório que pode ser 120 MOVING

removível.


Sutiã Triângulo com argola e calcinha com lateral ajustável. Pode-se deixar uma argola maior ou menor de acordo com a marquinha que você preferir.


Bikini clássico: “cortininha” De Chelles feito em Jeans Stretch e Bordado Inglês. Esse bikini faz parte do ápice da moda.


Sutia Tomara que caia com faixa removível de bordado inglês e alça de palas largas. Este modelo bikini jeans da De Chelles é o ápice da moda... Jeans Stretch. MOVING 123


Maiot Floral De Chelles com faixa de bicho sustentando os seios. O decote nas costas é feito na medida perfeita para tapar as “gordurinhas” não desejáveis.


Clássico Cortinão da De Chelles com calcinha ajustável nas laterais. Pode ficar um pouco mais larga ou um pouco mais fina.

ESTILO: ROSANE CHELLES, CAROLINE CHELLES PRODUÇÃO EXECUTIVA: FÁBRICA DE IDEIAS FOTOS: RICARDO CUNHA ASSIST. FOTOGRAFIA: VINICIUS ARRUDA CONTRA REGRA: LUIZ CARLOS TRATAMENTO: ADRIANO VON MAKENDORF STYLING: ALÊ DUPRAT MAKE-UP AND HAIR: ÉRICA MONTEIRO PROJETO EDITORIAL: MOVING MAGAZINE MODELO: JULIANA MUELLER / AGÊNCIA JADLER SILVA


126 MOVING


MOVING 127


estivemos lá _BAJOFONDO

por: Felipe Waltrick / foto: Felipe Waltrick / colaboração: Davy Nigro

AO SOM DO

O SHOW COMEÇOU NUM SOLO DO VIOLINISTA JAVIER CASALLA, DESTACADO POR UMA LUZ FRONTAL. O CONTRA LUZ ERA PREENCHIDO POR FUMAÇA, DEIXANDO O CLIMA PORTENHO LEVAR A MÚSICA “NO PREGUNTO CUANTOS SON”. A SEQUÊNCIA ESQUENTOU O TEATRO COM “GRAND GUIGNOL”, “INFILTRADO”, A BELÍSSIMA “ZITARROSA”, EL MAREO - NO CD COM A PARTICIPAÇÃO DE GUSTAVO CERATI. AS IMAGENS QUE SURGIAM ATRÁS DOS MÚSICOS, PROJETADAS PELA VJ VERÔNICA LOZA, FAZIAM UMA VIAGEM ENTRE VELHAS LEMBRANÇAS LATINAS COM CENAS DO COTIDIANO ATUAL. UM DETALHE, E UM DIFERENCIAL, É QUE LOZA FAZ PARTE DO GRUPO E CANTA EM ALGUNS MOMENTOS, PORÉM SEU PAPEL PRINCIPAL É PRODUZIR “MÚSICA VISUAL”.

128 MOVING


Ao vivo, os músicos deixavam inconscientemente um desafio para

tinha escutado e ouviu pela primeira vez o som do Bajofondo ao

os espectadores: descobrir qual som pertence a qual instrumento.

vivo, o choque deve ter sido tremendo. Os elogios eram audíveis

Ou seja, o que cada um está fazendo naquele momento. Com as

em todos os grupos que saiamdo teatro.

incontáveis sonoridades, em alguns compassos foi impossível desvendar essa charada. Como a unidade dos mais variados timbres

FORMAÇÃO VARIADA:

se entrelaçando ao mesmo tempo era praticamente perfeita,

A formação é variada: Gustavo Santaolalla na guitarra, percussão

o embaraço era quase certo. Para entender a “onda” do grupo,

e vocais; Juan Campodónico, programação, beats, samples e

imagine uma banda que nunca ensaia e que se reúne apenas para

guitarra; Luciano Supervielle, piano, teclados e scratch; Javier

tocar e gravar. É o espírito milongueiro misturado com o improviso

Casalla, violino; Martín Ferrés, bandoneon; Gabriel Casacuberta,

do jazz.

contrabaixo e baixo elétrico; Adrián Sosa, bateria e Verónica Loza,

Em um dos momentos de calmaria da apresentação, ficou no

VJ e vocal. Os músicos estão juntos há sete anos, e além de Mar

palco apenas Martín Ferrés, que com seu bandoneon, executou um

Dulce, também produziram os CDs Bajofondo Tango Club (2002) e

solo extremamente intimista, deixando no ar um clima de tango e

Bajofondo Remixed (2005). No dia 14 de outubro, no Teatro Positivo,

eletrônico, detalhe que era apenas um bandoneon.

o Bajofondo fez sua primeira apresentação em solos curitibanos

Logo depois veio um presente de Santaolalla. Foi a hora da música “De Ushuaia a La Quiaca”. Ela faz parte da trilha sonora do filme

para mostrar a turnê do terceiro cd da banda, Mar Dulce, lançado em 2007 e que continua rendendo muitos shows.

“Diários de Motocicleta”, composta por Santaolalla. Para quem não sabe, La Quiaca fica no Norte da Argentina e é uma pequena cidade que faz divisa com a Bolívia e que enfrenta as mesmas

_CURIOSIDADE

dificuldades da vizinha boliviana Villazón. O Ushuaia fica no Sul e apresenta uma qualidade de vida ótima. É o Oiapoque ao Xuí argentino. Diferente na distância, mas idêntico nas desigualdades geográficas.

O ELETROTANGO SURGIU RECENTEMENTE, HÁ MENOS DE 10 ANOS, E RENOVOU O CENÁRIO MUSICAL LATINO-AMERICANO. ESTE GÊNERO VAI MUITO ALÉM DOS

Quando o Bajofondo tocou Pa’Bailar, música da novela Favorita,

DOIS ESTILOS QUE LHE DÃO TÍTULO. O QUE CONSTRÓI A SONORIDADE DESTE

que você com certeza já deve ter escutado, foi o impulso que

“TANGO DO SÉCULO 21” É A MILONGA, O FOLCLORE, O TRIP-HOP, ALIADOS COM

encontraram para fazer a galera levantar e dançar. Depois disso,

JAZZ, DRUM’N BASS E POP CONTEMPORÂNEO. OS CRIADORES DO ELETROTANGO

tudo virou uma festa e grande parte do público subiu ao palco –

FORAM OS ARTISTAS DO GRUPO ARGENTINO-URUGUAIO BAJOFONDO, MAIS

ritual característico nos shows do Bajofondo – para curtir frente

PRECISAMENTE OS MÚSICOS JUAN CAMPODÓNICO E GUSTAVO SANTAOLALLA -

a frente a execução de “Los Tangueiros”, composição presente no

GANHADOR DO OSCAR DE MELHOR TRILHA SONORA PELOS FILMES BABEL (2006)

álbum Bajofondo Remixed.

E O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (2005). FORAM ELES QUE SERVIRAM

Quem presenciou todo o espetáculo, saiu de lá com a alma quente e com o espírito sul-americano batendo forte. Quem nunca

COMO FONTE DE INSPIRAÇÃO PARA O SURGIMENTO DE BANDAS COMO GOTAN PROJECT, TANGHETTO E NARCOTANGO. MOVING 129


O argentino Gustavo Santaolalla é daqueles compositores/músicos/produtores que

O

BAJOFONDO

É

UM

GRUPO

QUE

procuram ultrapassar barreiras por todo momento. Estilos, ritmos, formas, são apenas

DESENVOLVEU UM NOVO ESTILO, MAS

elementos, que em suas músicas, unem-se e modificam-se, sem regras e leis. Sua

PARA ISSO CONTOU COM A CONCEPÇÃO

carreira começou, nos meados da década de 1970, em Buenos Aires, com a banda de

DOS

rock psicodélico Arco-Iris, sendo um dos primeiros hippies argentinos. Já naquela época

QUE FOI A JUNÇÃO DE TODOS VOCÊS

ele utilizava o folclore do seu país nas composições, por isso é marcado por ser um

PARA MONTAR A BANDA? Primeiro de

visionário. Tem críticos que o classificam como o Maradona da música argentina.

tudo o grupo é uma criação minha e do

MAS O CRIADOR DO BAJOFONDO NÃO GOSTA DE CLASSIFICAÇÕES. ATÉ MESMO O

Juan

DIVERSOS

INTEGRANTES.

Campodónico.

COMO

Começamos

como

TERMO “ELETROTANGO”, QUE QUERENDO OU NÃO, IDENTIFICA PERFEITAMENTE

uma coisa mais de laboratório, que foi o

O SOM DO BAJOFONDO, SANTAOLALLA QUER DISTÂNCIA. PARA ELE, O SOM QUE O

primeiro disco, o Bajofondo Tango Club.

GRUPO FAZ É “MÚSICA CONTEMPORÂNEA DO RIO DA PRATA” – RIO QUE FAZ A DIVISA

Uma vez que foi feito este disco, veio a

ENTRE O URUGUAI E A ARGENTINA, LOCAIS ONDE OS INTEGRANTES NASCERAM.

oportunidade de tocar ao vivo. As pessoas

Outra face do músico, são os seus trabalhos com trilhas sonoras. Como exemplo

perguntavam e queriam escutar nosso som

os filmes 21 Gramas, Linha de Passe, Diários de Motocicletas, O Segredo de Brokeback

ao vivo. Daí começamos a nos preparar e

Mountain e Babel. Com esses dois últimos, ganhou o Oscar de melhor trilha sonora

em muito pouco tempo, mas ou menos

original.

3 meses, armamos este grupo que está

No momento está no início da criação da trilha do filme On The Road, baseado na

tocando junto há 7 anos.

obra de Jack Kerouac, dirigido por Walter Sales. As filmagens começaram recentemente. Enquanto eu e o jornalista Davy Nigro esperávamos pela entrevista exclusiva com

VOCÊS ESCOLHEREM PELA EXPERIÊNCIA

Santaolalla, tivemos uma “charla” com o violinista Javier Casalla, e com o bandoneonista

EM SABER QUEM ERAM OS BONS MÚSICOS

Martín Ferrés, enquanto davam uma pausa para um cigarro. O tema foi o estado de

QUE SE ENCAIXAVAM NA SONORIDADE

saúde de Gustavo Cerati, fundador do extinto Soda Stereo, que sofreu recentemente

DO BAJOFONDO? Exatamente. O Javier

um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Pela expressão dos músicos, parceiros de Cerati,

(Casalla) faz 15 anos que conheço e já

percebeu-se uma angustia tremenda.

havia tocado com ele muitas vezes. Quem

Outro que fez uma pausa para o cigarro foi o roadie Lucho Garuti, que animou o

me apresentou o Juan (Campodónico )

Teatro Positivo, chamando a galera para cima do palco. O cara tem história. Seu trabalho

foi o Luciano Supervielle. Já o Gabriel

atual é com o Bajofondo, porém já excursionou com Fito Páez, Charly Garcia, Mercedes

(Casacuberta ) eu conheci quando um

Sosa, Paralamas do Sucesso e Legião Urbana. “A melhor banda brasileira que escutei ao

dia fui tocar no Uruguai. Isso que estou

vivo”, de acordo com Garuti.

comentando é o princípio do princípio do

Enfim, na conversa a seguir, Gustavo Santolalla, fala sobre a criação do Bajofonfo, suas

Bajofondo.

parcerias e como trabalha suas trilhas sonoras, inclusive como está a produção para o

Bom, aí ele veio falar comigo dizendo que

filme On The Road.

tinha um amigo, de uma banda anterior e que eles queriam me convidar para tocar algumas músicas. Encantei-me de primeira e no outro dia como íamos tocar em Buenos Aires, aproveitei e convidei o Gabriel para ir junto conosco. E assim ele entrou de vez. A Verônica Loza fazia as luzes do show e um dia chegou ao ponto de criar luzes e projeções fora do cenário. Depois disso perguntei para ela porque não fazia essas projeções dentro do cenário? Pronto. Enfim, faltava encontrar um bandoneonista. O bandeon é um instrumento muito característico e é muito difícil achar um bom músico. Durante um mês ficamos procurando distintos artistas e um dia, em uma milonga, lá pelas três ou quatro da manhã, apareceu o Martin Ferrés e no que tocou um tema instrumental, logo depois eu disse: Quero tocar com você!

130 MOVING


E o último que entrou foi o Adrián Sosa, o

família, escutava na rádio. Mas também

ser bom (risos).

baterista, que é meu sócio no meu selo já faz

sempre escutei Beatles, U2, e agora Artic

Fazer On The Road é um desafio muito

10 anos e era nosso roadie manager (criado

Monkeys, Jay-Z, M.I.A...

grande, pois a época que a história se passa tem uma marca musical muito

em 1997, o selo Surto foi o responsável por lançar a banda Molotov).

JÁ TEM ALGUMA COISA PRONTA PARA

forte, característica. Não quero ficar preso

Adrián toca de tudo, é baixista, guitarrista,

O PRÓXIMO DISCO?

nisso, por isso estou buscando inspirações

baterista. Por isso cheguei para ele e

criando muita coisa, a todo o momento.

perguntei se não gostaria de tocar bateria.

Tudo que falei são elementos que ficam na

Foram escolhas todas muito rápidas.

minha mente e que utilizo para as novas

É

composições.

PRODUZIR UM ÁLBUM E UMA TRILHA

VOCÊS

TRABALHAM

COM

Sempre

estamos

diversas, de outros lugares. COMPLETAMENTE

DIFERENTE

SONORA. COMO É A SUA CONCEPÇÃO NO

MUITAS AS

MOMENTO QUE TE CONVIDAM PARA FAZER

ESCOLHAS? Nós sempre gostamos de nos

A PARTE MUSICAL DE UM FILME? Tenho

nutrir do talento de outros artistas, poder

que falar muito com o diretor, ler bem o

colaborar com os outros. Se temos uma

roteiro, é assim que gosto de trabalhar.

canção que imaginamos ficar boa com a

Produzo mais desta forma do que vendo as

participação de tal pessoa agente vai atrás.

filmagens. Eu gosto de trabalhar antes de

Para conseguir a parceria com o Elvis

tudo começar.

Costello (na música Fairly Right, do cd Mar

Já separei muitas músicas para o filme (On

Dulce ) demorou um ano. Nós mandamos

the Road), muitas não irei utilizar, mas

diversas vezes a proposta, porém ele nunca

sempre alguma coisa serve. E ainda não vi

recebia. E não sabíamos. Para chegar até o

nada, mas mesmo assim já tenho uma ideia

Elvis passamos por David Gahan, do Depeche

de que caminho percorrer.

PARCERIAS.

COMO

SÃO

FEITAS

Mode, e fizemos toda uma volta, até o dia em que conheci através de um amigo que estava trabalhando em um filme, o cara da sonorização,

coincidentemente

também

manager do Elvis Costello. Apresentamos o projeto para ele e em uma semana o Elvis Costello respondeu que queria fazer a música. Era só ir até Los Angeles para gravar. O BAJOFONDO É UMA BANDA COM MUITOS É

MÚSICOS E CADA UM TEM SEU TRABALHO

MARCANTE E DISTINTA, VOCÊS CRIARAM

FORA DO GRUPO. COMO VOCÊS FAZEM

ESSE

A

SONORIDADE

DO

BAJOFONDO

A

PARA SE CONCILIAR NOS MOMENTOS

PRIMEIRA IDEIA? Eu e o Juan começamos

DAS TURNÊS E DAS GRAVAÇÕES? Apenas

desenvolvendo

NOVO

ESTILO.

COMO

FOI

em

nos juntamos para tocar ou para gravar,

bastante samplers. Depois começamos a

somente. Não ensaiamos nunca. O máximo

tocar ao vivo, e a partir do momento que

que fizemos foi

fazíamos apresentações ao vivo, a música

semana antes de começarmos a gravar Mar

foi mudando até chegar onde chegou. Mar

Dulce. Agora provavelmente iremos fazer a

Dulce reflete um pouso disso. Viu que ao

mesma coisa para o próximo trabalho.

um

som

baseado

nos encontrarmos uma

vivo nós somos parecidos com uma banda de rock? Pensamos que o próximo disco vai

IMPOSSÍVEL

NÃO

PERGUNTAR

COMO

ser nesta mesma linha. Sou aberto a tudo,

ESTÁ O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA

não temos barreiras. Tudo que tenha a ver

TRILHA SONORA DO FILME ON THE

conosco, com nossa história está valendo

ROAD, DIRIGIDO POR SEU GRANDE AMIGO

e é utilizada. Eu cresci escutando - como

WALTER SALES? Por enquanto eu não vi

todos os outros - tango, folclore. Milonga

nada, pois ele ainda está filmando.

escutava na minha casa, nas festas da

MAS E O SEU TRABALHO? Meu trabalho vai MOVING 131


solte a língua _EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS por: Pablo Barbacovi

Após alguns meses de dedicação, planejamento, economias e

no Brasil existem diversas expressões idiomáticas, em muitos países

noites acordadas de ansiedade pré-viagem, chegou a hora de você

que tem o mesmo idioma comum como o inglês, essas expressões

embarcar e colocar os pés no país que será sua casa pelas próximas

e gírias são características de cada povo e sua região e são usadas

semanas, meses ou, dependendo, até anos.

no cotidiano incorporadas com naturalidade nos diálogos, e-mails

Cada detalhe é ensaiado, desde o hello até o thank you colocando

e até notícias. O bom de viajar e conhecer novas culturas é poder

a língua entre os dentes e quando você está no meio de uma

aprender esses detalhes peculiares que dificilmente você encontra

conversa descobre que existe muito mais além da língua que é

nos livros e nos guias de viagem.

ensinada nos livros e nas escolas. Esses detalhes e peculiaridades

Para não deixar você “boiando” nas conversas, separamos

que diversificam e muitas vezes caracterizam o povo de um local é

algumas expressões muito utilizadas pelos aussies* para você

a parte que muitas vezes não é ensinada nas escolas. Assim como

praticar e incrementar o seu vocabulário.

Arvo: Período da tarde Barbie: Churrasco Beauty: Ótimo, fantástico, maravilha Billabong: Poça d’agua em rio seco Big Figs (surfers): Surfista de onda grande Bottle shop: Loja para vendas de bebida alcoólica. BYO: Você leva sua bebida alcoólica Dead horse: Molho de tomate Esky (AU): Geladeira térmica portátil

Manchester: Roupa de cama, mesa e banho Mozzies: Mosquitos *Oz / Aussie : Australiano ou Australia Outback: Interior do País, Semi deserta. Pissed: Bêbado Postie: Carteiro Sunnies: Óculos escuros Sunbake: Banho de sol na praia

Garbo: Lixeiro

Stubby: Garrafa pequena de cerveja

Grog: Cerveja

Tellie: Televisão

Kiwi: Neo-Zelandês Lollies: Balas, doces ou Pirulitos 132 MOVING

Loo: Banheiro público

Tea: Jantar informal


MOVING 133


por: Diego Aguilera “Batata” / por: Arquivo Pessoal

Lá estava eu, em pleno velho continente, trabalhando e

para quem quiser ir e voltar. História

entregando o principal jornal da Espanha às 06h da matina e na

engraçada também era o argentino que

capa dizia “Busca se Brasileños” e a bandeira do Brasil estampada.

morava conosco, ele era bem underground

Isso é para ilustrar de cara uma das muitas e ótimas roubadas que

então ele sabia dos eventos, nos levou em

passei pela Europa. Fixei moradia na Espanha por nove meses, seis

uma festa do metrô em um dos parques

deles em La Coruña e três em Barcelona e viajando conheci ainda

de Gaudi, umas duzentas pessoas estavam

outros cinco países. Eu e minha ex-namorada andamos de carro por

na festa completamente peladas, mas não

cada cantinho, conhecemos Santiago de Compostela e o caminho

de sacanagem e sim conversando em paz,

da Peregrinação, fomos a Portugal na cidade do Porto, experiências

interagindo, como se nem estivessem nus.

incríveis e a sensação de conhecer novas culturas. Tivemos até a

Na Europa ninguém é tipo fofoqueiro,

oportunidade de ver umas ondas quebrando, acreditem se quiser,

nem olha, cada um faz o que quer, escolhe

na Irlanda! Deve ser por isso que as ondas passavam solitárias, sem

a vida que quiser. Isso sim é cultura de

o famoso crowd. Saímos em busca de aventuras pela Holanda e

democracia. Somos seres humanos, cada

Amsterdã, locais que me lembraram Las Vegas, pelo sentimento de

um com diferenças e qualidades e pronto!

serem cidades criadas como válvula de escampe do mundo, ou seja,

Barcelona é a Capital Mundial do Skate

faça o que você quiser. Cidades para a diversão e desligamento da

e nós brasileiros somos extremamente

rotina normal de trabalho e qualquer outra coisa, pois você estando

respeitados na arte do carrinho por lá. A

lá, não vai lembrar mesmo assim. Amsterdã é linda, existe uma

cidade é um vídeo game do skate e quase

quantidade enorme de pessoas que moram em canais e nos barcos,

não há skate parks, é neguinho andando

os coffeeshops também são atrativos, sem falar nas “meninas” que

pelas ruas, pulando escadas, corrimão...

dançam dentro de um vitrô de frente para rua e quando o cliente entra, elas fecham as cortininhas e rock n roll! Essa é a famosa Red Lights Street. Novamente em “casa”, morávamos com argentinos, catalães, um alemão e um italiano de Roma, ou seja, nessa tribo estávamos nós para defender a bandeira brasileira. Mas ao contrário de guerras, era uma troca de culturas extraordinária, diferentes percepções e repertórios. O velho continente funciona sob três

É Hawaii do Surfe e a galera local

ambiental

arrebenta! Para finalizar com chave de

e ideais em comum. Outra ótima lembrança é ter trabalhado

ouro nossa trip fomos conhecer a França,

como garçom no Castelo Montjuic, onde eles fazem a noite do

pegamos altas ondas em Hossegor, Biarritz

cinema com um projetor gigante apontado para uma das paredes

e Anglet, lugares que com certeza voltarei.

do castelo e cerca de duas mil pessoas assistem um filme de uma

Ficamos acampados na areia da praia

única cena. Voltava sempre de bicicleta escutando meu ipod, feliz

respirando àquela sensação de estar do

da vida, aliás, falando em cultura e bicicleta eles tem o projeto

outro lado do mundo, sensação única de

Bicing em Barcelona com uns 300 pontos de bicicletas novinhas

uma viagem internacional.

aspectos

deslumbrantes:

134 MOVING

cultura,

conscientização


MOVING 135


cultura popular _SKATEPARK

por: Anderson Camargo (www.skatenoparana.blogspot.com) / foto: Rafael Rodrigues

LUGAR DE CRIANÇA É NO

O SKATE COMO ESPORTE PREFERIDO DAS CRIANÇAS E JOVENS DO BRASIL. O SKATEBOARD OU SIMPLESMENTE SKATE COMO É CHAMADO NO BRASIL, JÁ É CONSIDERADO O ESPORTE MAIS PRTICADO ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO PAÍS.


Quando andamos pelas ruas das cidades é normal nos depararmos com skatistas usando a criatividade nas arquiteturas urbanas, segundo dados da pesquisa data folha encomendada pela Confederação Brasileira de Skate(CBSK) já são quase 4 milhões de adeptos ao esporte em todo território nacional. O SKATE JÁ É USADO EM VÁRIOS MUNICÍPIOS EM PROJETOS SOCIAIS COMO VETOR DE INCLUSÃO SOCIAL E TAMBÉM ESTÁ SENDO INSERIDO EM ESCOLINHAS DE SKATE NOS COLÉGIOS PARTICULARES, O QUE ERA NA DÉCADA DE 90 ERA ENQUADRADO COMO ATO DE REBELDIA E ATÉ POR MUITOS ENCARADO COMO ATO DE VANDALISMO, HOJE SE ESTABILIZA COMO O PRINCIPAL ESPORTE RADICAL E O MAIS PRATICADO PELAS CRIANÇAS E JOVENS DO NOSSO PAÍS E DO MUNDO. O skate apesar de ser um esporte individual tem como sua principal característica a inserção em grupos, no skate não existe rivalidade, todos torcem para o outro na execução das manobras e isso ajuda na evolução do esporte.Outro fator que impressiona é que também não existe discriminação entre os adeptos, não existe classificação de classe social todos praticam o esporte como se fossem da mesma classe social. A cidade de Curitiba-PR é considerada por muitos o celeiro do skate mundial, a capital paranaense tem os principais atletas em destaque no cenário mundial, nomes de respeito como: Carlos de Andrade, Rodil de Aaraujo, Rodrigo Gerdal, Danilo Cerezine, Danilo do Rosário entre outros que já fazem suas carreiras internacional nas principais cidades skáteveis espalhadas pelo mundo. Para 2011 a Federação de Skate do Paraná(FSP) já esta preparando o Circuito Paranaense de Skate Amador, os Circuitos Municipais que são dirigidos pelas Associações filiadas a Federação, projetos de construções de pistas pelo estado do Paraná e outros projetos ligados ao skate com intuito de difundir ainda mais o esporte. O Skate é apenas um esporte diferente não igual ou melhor que qualquer outro esporte, apenas diferente.


coluna

_SKATE: ALEX CAROLINO

por: Alex Carolino (carolinoskate@gmail.com) / foto: Arquivo Pessoal

CAFÉ COM CAROLINO Um café chama sempre uma boa conversa, papo bom que lembramos nossos pequenos momentos, grandes e memoráveis pela agradável correria do dia a dia. Neste ano maravilhoso, desde o começo foi um corre frenético fazendo filmagens, fotos e tours de skate, trabalhando e me divertindo e claro, de quebra, divulgando as marcas que me patrocinam e apóiam. Sou muito grato a tudo isso! O ano de 2010 entra para memória como um ano especial pelo lançamento do tênis DC fitz mid Alex Carolino color way – evento que fiquei amarradão em realizar, lançado exclusivamente nas cafeterias, Café Nespresso em SP e LUCCA Café em Curitiba. Sinto-me realizado em ver a campanha pronta e em circulação após todo árduo trabalho de equipe. O vídeo ficou bem maluco com imagens no Brasil, em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre e também, imagens dos roles pelos Estados Unidos da América. O café que foi tema do tênis é algo que está presente no meu dia a dia, agora mesmo, estou tomando um purinho (risos!). Foi muito bom poder receber as pessoas e mostrar o meu nome

conhecer e dar um role de carrinho, soltar

e trabalho enquanto tomávamos um café.

algumas manobras novas e me divertir.

Feliz em estar vivendo esse momento.

É muito bom quando a expectativa

Ainda pra este final de ano tenho alguns

concretiza é a realização, exemplo disso

planos para realizar, já que em 2011 o bicho

foi uma foto que fiz no parque Barigui

vai pegar! Quero ir novamente para o Rio

em Curitiba, estava correndo com minha

de Janeiro e explorar picos como o Largo

mulher no parque e vi um local perfeito

da Segunda Feira, que parece com as praças

que poderia render uma boa manobra com

de Barcelona, muito mármore, relembrar as

foto, fui lá e rolou!. Compartilho aqui com

gravações do vídeo. Focar no próximo ano

você, simples assim como tomarmos

é a sequência, produzir e trabalhar mais.

um café.

Tenho outros locais na cabeça que quero 138 MOVING

E o café é por minha conta! Abraço.

se


MOVING 139


coluna _SAÚDE

_NUTRIÇÃO

por: Vanessa Klein Machado (fitnessa@gmail.com)

por: Simone Ramos Lorusso (silorusso@uol.com.br)

COMO ALIADA. O

verão

se

aproxima

trazendo

o

estigma do corpo escultural... A fim

A importância da alimentação equilibrada e dos exercícios físicos

de atingir ou, pelo menos, estar perto

aumenta com a chegada do verão, para quem busca melhorar a

daquilo que a sociedade contemporânea –

qualidade de vida e manter a boa forma.

principalmente a midiática - avalia como

Com o aumento da temperatura corporal, o organismo perde

belo. Então homens e mulheres embarcam

mais água e sais minerais através da transpiração e necessita de

na corrida contra o tempo para exibir

um consumo maior de líquidos para hidratação. As opções mais

uma silhueta impecável na estação, para

saudáveis para reposição de líquidos são água, chás, sucos naturais

muitos, a mais esperada do ano. A indústria

a água de coco.

da beleza cada vez mais consolidada e

AS REFEIÇÕES DEVEM SER LEVES E FRACIONADAS

EM

inovadora oferece opções para as diversas

NO MÍNIMO 5 REFEIÇÕES DE PEQUENOS VOLUMES AO DIA.

necessidades

diferentes

OS ALIMENTOS MAIS INDICADOS PARA ESSA ÉPOCA SÃO AS

equipamentos, tratamentos, tecnologia de

FRUTAS, VERDURAS, LEGUMES, FOLHAS VERDES, CEREAIS E

ponta, com a promessa de trazer satisfação

PÃES INTEGRAIS, CARNES E QUEIJOS MAGROS E AUMENTO NO

a quem procura. E para dar suporte

CONSUMO DE LÍQUIDOS.

estéticas,

são

técnico ao avanço no setor, a qualificação

Uma opção refrescante e energética é o açaí, normalmente

profissional é essencial e tem conseguido

servido como suco ou creme acompanhado de frutas e granola,

caminhar lado a lado à tecnologia. Em

é fonte de vitamina E, fibras, cálcio, magnésio e potássio, ácidos

contrapartida, ainda é preciso escolher

graxos mono e poliinsaturados e antioxidantes.

com cuidado o local aonde irá se submeter

É importante consumir a polpa do açaí pasteurizado para

a determinado tratamento. As principais

assegurar o consumo do fruto sem contaminações por protozoários,

queixas nos consultórios, quando o verão

como o da Doença de Chagas.

dá seus primeiros sinais, continuam sendo a gordura localizada, flacidez cutânea e celulite. E os procedimentos mais eficazes são a radiofreqüência, os ultra-sons de alta potência e a carboxiterapia, além dos métodos convencionais e de menor custo como a vacuoterapia que continua sendo queridinha do público feminino. Todas essas opções de tratamento podem ser realizadas isoladamente ou de maneira associada, conforme o caso e, os mais beneficiados serão aqueles que forem parte ativa no processo, praticando exercícios físicos e controlando a alimentação, no sentido de manter o resultado. Tecnologia só é um bem que funciona melhor ainda quando nos conscientizamos de que nós mesmos a fazemos acontecer.

140 MOVING

Vale lembrar que hábitos alimentares saudáveis e atividade física devem estar presentes no nosso dia a dia.


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coluna

_ARTE É CULTURA / O CINEMA EM CURITIBA por: Ana Paula Taques (anapaulataques@hotmail.com)

EXISTE UM LUGAR ONDE O SONHO SE TORNA REALIDADE, A PALAVRA GANHA CORPO, E A ALMA SE ALIMENTA DE PAIXÃO E VERDADE. UM UNIVERSO QUE MISTURA FICÇÃO, O PRESENTE COM O PASSADO E FUTURO, QUE MISTURA FOTOGRAFIA, MÚSICA, PINTURA, POESIA, LITERATURA... ARTES EM GERAL. BEM VINDO AO UNIVERSO DA SÉTIMA ARTE!

“É no cinema que a palavra multidisciplinaridade ganha o seu

Em meio às inúmeras possibilidades de investimentos privados

sentido mais exato.” – segundo, Beto Carminatti, um amigo e

e independentes, a realização de uma produção cinematográfica

renomado diretor de cinema que trabalha viajando pelo mundo e

pode ser viabilizada através de leis federais e municipais. Aqui

que hoje está com seu set montado em Curitiba. Inspirada nessa

em Curitiba, uma das leis competentes é a do Mecenato, pelo

frase, tentarei compartilhar com você leitor algumas dicas de

Fundo Municipal de Incentivo à Cultura. Se precisar de alguma

escolas e caminhos para o cinema na Capital Paranaense. Se você

ajuda, esclarecimento ou inspiração para novos caminhos,

estiver curioso e disposto em aprender mais sobre este universo

você pode procurar também o pessoal da Fundação Cultural

e trabalhar na área, saiba que é indispensável muita dedicação

de Curitiba, que com a Cinemateca em pleno vapor, oferecem

e desapego aos famosos tapetes vermelhos de Hollywood, e é

programações variadas sobre o assunto. Portanto, se você tem

claro, muito amor à vida em sua essência.

aí na gaveta da memória uma super ideia de roteiro para um

Em Curitiba, existem alguns locais interessantes que levarão

filme, um videoclipe ou algum material audiovisual, anime-se e

você para este universo, como a Escola Superior Sul Americana

informe-se, pois há sempre uma luz que ilumina o set da vida

de Cinema e TV do Paraná, fundada em julho de 2005 pela atriz

para realizarmos nossos sonhos.

Itala Nandi, o curso de Cinema Digital no Centro Europeu, a Escola Portfólio, o Projeto Olho Vivo e a Celluloid Cine Vídeo. Para início e formação no cinema não é preciso ser ator, ou atriz, nem mesmo ter uma experiência prévia, como falei, basta

_TÁ NA WEB

mesmo o desejo nato e o apreço pela sétima arte. Todas as escolas citadas oferecem ótimas opções de cursos que valem

WWW.CINETVPR.PR.GOV.BR

a pena conhecer e fazer, recomendo dois muito bacanas, “A

WWW.CENTROEUROPEU.COM.BR

construção do Personagem”, ministrado pelo roteirista Mario

WWW.ESCOLAPORTFOLIO.COM.BR

Lopes e “O diretor, um profissional com começo, meio e fim, não

WWW.PROJETOOLHOVIVO.COM.BR

necessariamente nesta ordem” – ministrados pelo meu amigo

WWW.FUNDACAOCULTURALDECURITIBA.COM.BR

Beto em sua escola, a Celluloid.

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coluna _POKER

por: Willian Leite - “Branco” - (branco_cwb@ibest.com.br) / foto: Arquivo Pessoal

MAIS UMA VEZ CURITIBA MOSTRA POR QUE ESTÁ SENDO CHAMADA DE, “A CAPITAL DO POKER”. ENTRE OS DIAS 15 E 20 DE SETEMBRO DE 2010, ACONTECERAM AQUI OS PRINCIPAIS EVENTOS NO BRASIL: O PRÊMIO FLOP E O BSOP (BRAZILIAN SERIES OF POKER O NOSSO CAMPEONATO BRASILEIRO).

Hold’em) é associada fundadora, sem falar das Federações Estaduais. Burocracias à parte o melhor mesmo foi a “ficha no pano” como mostraram os jogadores na 8ª Etapa de 2010 do BSOP realizada aqui na cidade. Vale lembrar que Curitiba já bateu record pela 4ª Etapa neste ano, com 794 jogadores inscritos. E agora torce por mais uma conquista, com a possibilidade de ter um curitibano novamente o Campeão Brasileiro, em 2009 o título ficou com o Marco Marcon e agora em 2010 parabéns ao carioca André Doblas, que deixou o curitibano Helson Kupcza em segundo lugar. Poker é um esporte de raciocínio e estratégia, pratique.

Mas o que é o Prêmio Flop? Assim como no final do “Brasileirão de Futebol”, nós jogadores de poker temos este prêmio para os melhores do ano com votação feita pela internet. Estive lá na premiação, que foi dividida em 19 categorias, e Curitiba foi muito bem representada disputando: Melhor Série de Torneios e Melhor Clube com a Liga Curitibana de Poker, Melhor Site de Conteúdo, Melhor Cobertura de Torneios, Melhor Curso de Poker através do Site TV Poker Pro (projeto idealizado pelo Alexandre Gomes e André Akkari), Melhor Jogador de Torneios Live e Jogador do Ano que ficou com o Curitibano Alexandre Gomes (único Brasileiro a ganhar o WSOP - World Series Of Poker e o WTP - World Poker Tour). Conversei com André Akkari, primeiro jogador brasileiro a ser patrocinado por um site, sobre a evolução do poker no Brasil e a necessidade de se fazer um ato público unido federações. André Akkari: “NÃO HÁ NECESSIDADE DE FAZER UM “ATO PÚBLICO” POR QUE O QUE ESTÁ SENDO REALIZADO PELO POKER NO BRASIL JÁ ESTÁ ABRINDO MUITAS PORTAS, A BAND COM O POKER DAS ESTRELAS BRASIL COM A APRESENTAÇÃO DO OTÁVIO MESQUITA, A ESPN TRANSMITINDO ETAPAS DO BSOP ÀS SEGUNDAS-FEIRAS, A REVISTA FLOP FAZENDO MATÉRIAS E COBERTURAS, OS SITES BRASILEIROS E OS PRÓPRIOS CLUBES E JOGADORES PROVANDO ACIMA DE TUDO QUE O POKER NÃO DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DA SORTE E, SIM, DE ESTUDO

_TÁ NA WEB

E DEDICAÇÃO.” O Ministério do Esporte diz em carta que não tem autoridade para reconhecer ou não algum tipo de esporte, o que ele faz é

WWW.BSOP.COM.BR

somente a critério de cadastro. O poker no Brasil está ligado a entidades

WWW.REVISTAFLOP.COM.BR

como, o COI através do IMSA (International Mint Sports Association) que

WWW.ALEXANDREGOMES.COM.BR

reconheceu o poker como esporte e que é ligado a IFP (International

WWW.AAKKARI.COM.BR

Federation Poker) onde a CBTH (Confederação Brasileira de Texas

WWW.MOVINGMAGAZINE.COM.BR

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