PORCIÚNCULA 2009 Arquidiocese de Niterói
Um jeito franciscano de ser
25/10/09 Ano XXXV - Nº 1.808 edição semanal 3.000 exemplares
Paróquia Porciúncula de Sant´Ana - Av. Roberto Silveira, 265 - Tel.: 2711-2499 - Icaraí - Niterói - RJ
www.porciunculaniteroi.com.br 30° domingo do Tempo Comum
Não quero esmolas! Quero ver! Os versículos 46-52 do Capítulo 10 do Evangelho de Marcos são um belíssimo itinerário visualizador dos passos que se esperam de quem deseja ser verdadeiro discípulo de Jesus. O cego Bartimeu, ali desenhado, é este discípulo idealizado que todo catecúmeno ou apaixonado por Jesus deve ter diante de seus olhos. À base deste episódio está Jesus, o Mestre cativante e operante, o Filho de Davi, capaz de escutar, ter piedade, despertar os sonhos, acariciar, amar, acolher, atender e realizar. Ele vem de Jericó, da região baixa, sustentado pela força da multidão e pelo fervor dos discípulos. Dirige-se a Jerusalém, lugar da prova derradeira da fidelidade ao Pai e cidade que põem em cheque a fé de cada discípulo. Ele já havia despertado o interesse de outros tantos carentes, já atendera a quem se encontrara em situações tão deploráveis quanto a do cego. Sua presença revolucionária, provocativa, cheia de sinais e de prodígios, mas sempre coerente nos gestos e nas palavras, iluminador de um caminho novo, não centralizado na lei, mas na misericórdia, não na religião do templo, mas do ser humano e sua justiça, não na auto-justificação, mas na condescendência de Deus Pai, havia despertado mentes e corações para um mundo novo. Agora, fazia ele sua grande é ultima viagem de 24 quilômetros. Muitas decisões haveriam de ser tomadas neste percurso para levar a bom termo sua missão de dar vistas à humanidade inteira e fazer ver Deus em sua bondade e misericórdia. Ali estava ele, para perguntar também àquele cego: “O que queres que eu te faça”? E na confiança absoluta que emana do Filho de Davi, por quem o cego
clamara, chamara, invocara, apesar da oposição dos discípulos, diz: “Mestre, que eu veja”. Diante dele o cego confessaria sua miséria, sua cegueira, e colocaria em suas mãos seu sonho mais profundo e dolorido de cura e de visão. Abria-se ele à mão da liberdade que dele faz um ser livre: “Vai, a tua fé te curou”. Tudo aquilo que precedera a este instante torna-se claro: para ver era necessário desvencilhar-se do manto representativo da dependência, da proteção, do esconderijo, do disfarce com o qual ele se envolvia para falar de sua enganosa situação; era necessário ser o que se é: sem capas, sem mantos, sem amparo, sem vaidades ou justificativas. O cego também sacramentalizava sua liberdade no gesto espontâneo do pulo, colocando nas mãos do Mestre seu desejo de cura e a alegria de sentir-se escutado, tocado, mesmo sem os gestos de Jesus. A palavra incentivadora dos outros — “coragem, Jesus te chama” — foi suficiente para dar-lhe nova segurança e novo sentido. Assim, este cego que sente os passos de Jesus, enquanto está à beira do caminho, encontra em Jesus, o Mestre, que impulsiona seu desejo de mudança, acolhe seu clamor, mesmo que intimidado pelos que o querem calar, e desperta a alma para o sonho da vida, somente possível em Jesus. O Senhor o coloca no caminho. Curado pela graça de Jesus, o seguirá pelo caminho. E, porque agora vê, será testemunha da recriação que se fará presente no mistério da morte/ressurreição de Jesus em Jerusalém. Frei Salésio Hillesheim
Refletir... agir Refletir... agir Refletir... agir Refletir... agir Refletir... agir Cristo, nossa Esperança Há um antigo provérbio “Se não fosse a esperança o coração se partiria”. Quando se diz que Ministro da Eucaristia é também Ministro de Esperança isso quer dizer muita coisa: a Esperança oferecida no momento da Comunhão não é uma aspirina espiritual destinada a curar as dores de cabeça da vida, e sim a Esperança que se origina no poder da Ressurreição, compartilhada pela presença amorosa de Jesus entre nós, e alimentada pelo amor fraterno, porque o outro é a presença de Deus. Naquele tempo, quando o Senhor permanecia sobre a Terra, o humano envolvia a sua divindade. Hoje, as espécies sacramentais escondem a sua divindade e a sua humanidade. Para Francisco de Assis, a vida cristã culmina com o tornar-se um no amor com o Senhor Jesus, que, na humildade, se faz presente sob as espécies do pão e do vinho na Celebração Eucarística. Nesse mistério o mesmo Senhor entra na nossa história, realizando o Bem, curando e santificando, enchendo-nos de alegria e paz, de modo a termos com Ele a mais profunda comunhão de Vida. • A palavra ministro vem do latim minus, e quer dizer menor, aquele que serve. Fonte: Encontro de Formação para os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESC), realizado na Paróquia S. Judas Tadeu, nos dias 12, 19 e 20.09.09. Colaborou: Rosa Maria F. Ximenes OFS
VI Congresso Regional de Pastoral Familiar Leste 1- CNBB III Encontro Regional de Assessores de Pastoral Familiar A Comissão Regional de Pastoral Familiar Leste 1 - CNBB, sob a orientação de uma Comissão Central Organizadora, presidida por Dom Frei Alano Maria Pena O. P., Arcebispo Metropolitano de Niterói, realizou nos dias 11, 12, e 13 de setembro, na Arquidiocese de Niterói, no UNILASSALE, Institutos Superiores de Ensino, o VI Congresso Regional de Pastoral Familiar Leste 1- CNBB e o III Encontro Regional de Assessores de Pastoral Familiar. O Encontro antecedeu o Congresso e o enfoque foi o Setor Pré-matrimonial - Preparação Remota, Próxima e Imediata para a Vida Matrimonial e Familiar. Foram abordadas, também, a defesa da vida, a implantação da Pastoral Familiar nas paróquias, a integração da Pastoral Familiar aos Movimentos, Serviços, Institutos Familiares, Escolas, Pastorais Sociais, da Juventude, Catequética e do Batismo. Tendo como tema “lnvestir na Família é Construir o Futuro" e o lema “A Família, Formadora dos Valores Humanos e Cristãos", este Congresso e o Encontro de Assessores visaram a oferecer, aos participantes, uma reflexão sobre a realidade atual dos relacionamentos familiares e a importância da ação evangelizadora pelos agentes dessa Pastoral. O objetivo geral foi aprofundar os temas do XII Congresso Nacional de Pastoral Familiar “Defesa da Vida”, realizado na cidade do Rio de Janeiro, em setembro de 2008 e do VI Encontro Mundial das Famílias “A Família, Formadora dos Valores Humanos e Cristãos", realizado na cidade do México, em janeiro de 2009. O evento contou com a participação de 5 Bispos, 20 sacerdotes, Diáconos, Religioso(as), Seminaristas e 365 Congressistas (Agentes de Pastorais, Movimentos, Serviços e Institutos Familiares) e 176 agentes participantes de várias equipes que ajudaram o Congresso acontecer. A Porciúncula se fez presente na Comissão Central Organizadora e nas seguintes equipes: Financeira, Saúde, Canto, Trânsito e Liturgia. “É urgente transformar o mundo, partindo de famílias unidas, felizes e bem fundamentadas na fé, que eduquem nos principais valores, reconheçam o valor da vida e construam com confiança o futuro". Mensagem do Papa Bento XVI dirigida aos participantes do VI Encontro Mundial da Família na cidade do México-2009. Aloisio E Ilza Bohrer Casal Regional Leste l-CNBB
Perdoa-me, Senhor Paro, penso em Jesus, fecho os olhos e vejo o seu rosto molhado de sangue e estampado no Santo Sudário. Rapidamente dobro os meus joelhos diante do seu sacrário e peço: Perdoa-me Jesus, pelo teu pranto derramado por toda a Humanidade. Reflito: mataram o meu Senhor. Meu Mestre foi cruelmente injuriado.
Imagino se era de seu direito amar; então por que foi injustamente condenado? Por teu suor de sangue, perdoa-me, Senhor; por tua angústia constante, perdoa-me, Senhor; por tua dor e escárnio na cruz, perdoa-me, Senhor. Por isso eu te imploro, neste exílio, Senhor, vem me fortalecer, vem me ajudar a vencer o pecado e o mundo, pois o caminho é longo e espinhoso, mas eu quero prosseguir, inspirado nos exemplos de
Sã pa co m cé E se ho Sa Sa Sa A fa T és pr Pe sa fa
PARTILHANDO SEMPRE ... Hoje é o nosso quarto domingo de outubro. Tínhamos pensado em realizar uma Semana da Partilha, mas concluímos que tivemos, nestes últimos quatro anos de nossa Comunidade Paroquial, verdadeiras lições de partilha, de dedicação e de generosidade. Este período de quatro anos funcionou como se fora uma orquestra que se prepara para sua apresentação, regida por um maestro que veio para nos ajudar a entender que é possível alcançarmos objetivos e realizarmos um excelente trabalho, se formos capazes de nos unir e juntar esforços e recursos. Como em toda orquestra em ritmo de ensaio, não faltaram músicos desentrosados do seu corpo e inábeis diante das exigências mais simples de atenção e comunhão. Alguns julgaram até melhor se retirar. Tinham suas razões. Preferiram não estar juntos ou mostrar seu desacerto. Verdade é que temos, hoje, a satisfação de usufruir de um patrimônio enriquecido pela variedade de possibilidades de serviços e de aproveitamento, fazendo jus ao nível religioso, cultural e social de nossa Comunidade. Pobreza é não saber dispor da melhor forma possível, mesmo com os riscos dos custos, do que é de todos e reservando-o somente para usufruto de poucos. Quando a Porciúncula foi construída, certamente, muitos desafinados e desentrosados também disseram que aqui São Francisco não moraria... E devem ter dito o que Frei Donato jamais mereceu. Hoje, aqui se pode dizer: Pobreza é fazer útil o que o tempo já desgastara e tornara prazer de poucos
(inclusive dos frades, pois tinham um andar inteiro da construção só para seu uso). Seria demasiadamente indelicado e injusto se não aplaudíssemos a Comunidade da Porciúncula e a quem soube conduzir com verdadeira obstinação e ousadia os trabalhos desta nova Porciúncula. Vem agora uma etapa muito grandiosa da Comunidade: manter, num esforço permanente, o patrimônio e as atividades de cunho formativo, social e religioso possível nestes espaços. Feliz a Comunidade que os tem, como a nossa, em tão elevado padrão e uso, inclusive com os recursos atuais de mídia e infra-estrutura. Significa dizer, também, que a partilha não se esgota. Ela é a dinâmica da vida cristã mais eficaz e eficiente. Importa, como sempre, estarmos presentes em todos os setores de nossa Comunidade e em suas necessidades: com nossa compreensão, o trabalho voluntário, as ofertas, as doações e com o dízimo, ajudando a dinamizar as atividades religiosas, catequéticas e de ação social que nos são delegadas como serviço evangelizador. Pobreza será querermos ficar desentrosados e destonados. Foi para nós mesmos todo o conjunto de intervenções que se fizeram necessárias aqui. Deus seja louvado por tudo. Mais do que nunca, mantenhamos nossa comunhão e nosso gesto de partilha. Luiz Baptista Pereira Pastoral do Dízimo
E termina outubro...
ão Francisco de Assis, fiel e obediente à tua alavra, guardando-a no coração, para não pecar ontra ti, até chegar o dia em que a irmã morte vier me buscar, para a tua face e glória para sempre no éu eu contemplar. E com os Anjos e Santos, junto a Virgem Maria, para empre bendizer o teu nome santo, digno de toda a onra, glória e louvor: anto, Santo, Santo é o Senhor! anto, Santo, Santo é o nosso Redentor! anto, Santo, Santo é o Cordeiro de Deus! Agora, vem, Senhor Jesus, revelar-nos a tua sagrada ace e seremos salvos. Tu és a nossa esperança, tu és a nossa salvação; s o nosso amparo e fortaleza, o socorro bem resente na hora da angústia. erdoa as minhas misérias, e concede-me a tua alvação, pois o meu desejo é poder, um dia, a tua ace e glória no céu contemplar!
OS SEMEADORES “Quem planta árvores colhe alimento Quem planta flores colhe perfume Quem semeia trigo colhe pão Quem planta amor colhe amizade Quem semeia alegria colhe felicidade Quem planta a vida colhe milagres Quem semeia verdade colhe confiança Quem semeia fé colhe a certeza Quem semeia carinho colhe a gratidão No entanto há quem prefira semear tristeza e colher amargura Plantar discórdia e colher solidão Semear vento e colher tempestade Plantar injustiça e colher abandono Somos semeadores conscientes Espalhamos diariamente milhões de sementes ao nosso redor Que possamos escolher sempre as melhores Para que, ao recebermos a dádiva da colheita farta, tenhamos apenas motivos para agradecer.”
Rodrigo Sodré - Vocacionado franciscano.
Colaborou: Elizabeth Pritchard
Setores em ação Adoração ao Santíssimo coordenada pelo Movimento de Nossa Senhora de Shoenstatt, em nossa Capela, amanhã dia 26, às 15h. Vivemos um momento em que precisamos orar, louvar, adorar. Busquemos o Senhor! A Ordem Franciscana Secular (OFS) comemora, no dia 1º de novembro, 83 anos de presença em Niterói. A Fraternidade participará da Santa Missa das 8 horas louvando o Senhor por tão abençoada existência. Agende-se – No dia 02 de novembro, comemoração de todos os fiéis defuntos, será celebrada Missas às 6h30min, 8h, 9h30min, 11h e 18h . Não haverá a Missa das 19h30min.
Santo Antônio de Sant'Ana Galvão - Hoje, 25 de outubro, é celebrada a festa do primeiro santo brasileiro nato (nasceu em Guaratinguetá, SP), nosso Frei Galvão, franciscano, ardoroso devoto da Mãe imaculada. “Da devoção a Maria nasceram as pílulas de Frei Galvão. Mas ele não é santo por causa das pílulas. Modelo de vida para todos os brasileiros, foi um grande franciscano, sacerdote, confessor, missionário, corajoso defensor da justiça, homem da paz e da caridade, doçura e ternura de Deus.”(Frei Paulo Back - Boletim Informativo Pró-Vocações Franciscanas - nº 119/2009)
25.10.2009
Dia Nacional da Juventude Para saber mais, acesse www.ccj.org.br/site/dnj/inicial.html
Na cidade do Rio de Janeiro, termina hoje, dia 25, a 374ª Festa de Nossa Senhora da Penha. Uma das mais bonitas festas religiosas do Brasil, ela notabiliza-se pela tradição, afinal são quase quatro séculos de homenagens a Virgem Maria. Viva!
Palestra: Nutrição, obesidade/desnutrição Drª. Noadia Lobão Nutricionista, especialista em obesidade, nutrição funcional e fitoterapia Dia 30 de outubro ─ 9 horas Casa Convívio: Trav. Trajano de Morais,14 Stª Rosa Tel.: 2704-9994 – email: casaconvivio@urbi.com.br
“Nós vos louvamos, ó Deus, em Frei Galvão!” Sacramentos na Porciúncula • Receberão o Sacramento do Matrimônio em novembro/2009: Dia 07 18h45 André de Vilhena Kolomitzeff e Daniela C, Fernandes 19h30 Bernardo O, Campos e Milena da Conceição Pereira Dia 14 18h45 Henrique Cruz Maranhão e Caroline M, de Souza Silva 19h30 Júlio José G, de Almeida e Glória de C, Berredo Dia 21 18h45 Douglas Ricardo Esteves e Mariana Paulino da Silva 19h30 Gustavo de O. Dias e Luciana R Gomes Dia 28 19h30 Alex R. Martins e Luciana Therezinha N. do Couto Damião
• Receberam o Sacramento do Batismo em 26.09.2009: Carolina, filha de Manuela e Alexandre Gonçalves Wanderley Daniel, filho de Debora e Daniel Guarini Lemos Giovana, filha de Roberta e Rhodrigo Octavio Lassance da Veiga Gabriela, Filha de Cristiane e Marco Tulío Esteves Lima Isabela, filha de Adriana e Vitor Tadeu Carramão Mello João, filho de Renata e Elvys Marchon de Azevedo Kayllane, filha de Agatha e Bruno Costa dos Santos Maria Eduarda, filha de Aline e Eduardo Rhenius de Oliveira Mariana, filha de Carlla e Alexandre Cardoso Baptista Rafaela, filha de Savine e Rodolpho Augusto Alvarez de Perni e a catequizanda: Mayara, filha de Marissol e Bernardo A. da Costa Filho
Sinalizando... Animada interiormente pelo espírito missionário, a família é chamada a ser um sinal luminoso da presença de Cristo e do seu amor para os “afastados”, para as famílias que ainda não creem e para aquelas que já não vivem em coerência com a fé recebida. João Paulo II Leituras da semana – Celebrarei o meu Senhor em alta voz... Salmo 118, 30a 26 - 2ª feira
27 - 3ª feira
Rm 8,12-17 Sl 67(68),2 e 4.6 7ab.20-21 Lc 13, 10-17
Rm 8,18-25 Sl 125(126),1-6 Lc 13,18-21
28 - 4ª feira Ef 2,19-22 Sl 18(19),2-5 Lc 6,12-19 S. Judas Tadeu S. Simão, Aps
29 - 5ª feira
30 - 6ª feira
31 - sábado
Rm 9,1-5 Rm 8,31b-39 Rm 11,1-2a,11-12.25-29 Sl 108(109),21-22. 26 Sl 147(147B),12-15.19-20 Sl 93(94),12-15.17-18 27. 30-31 Lc 14,1-6 Lc 14,1.7-11 Lc 13, 31-35
01 - domingo Ap 7,2-4. 9-14 Sl 23(24),1-6 1Jo 3,1-3 Mt 5,1-12ª Todos os Santos