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Notícias Semana de Espiritualidade e Formação

Especial Os Doze Profetas: Habacuc

De 13 a 16 de julho aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a Semana de Espiritualidade e Formação. O palestrante de todos os dias foi o Professor Doutor Padre Rogério Ramos, CSSR. Pág. 09

Profeta curioso e exigente, Habacuc chama a atenção pela sua vivacidade, pelas exigências éticas e cultuais. Para ele, a justiça e a vida na justiça definem quem deseja ser fiel. Pág. 15

STA. EDWIGES

Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 296 * Agosto de 2015

QUERIDO PADRE... Foi Deus quem te deu a graça de seres quem tu és!

Pág. 03

Especial Campanha da construção da Capela Nossa Senhora Aparecida Aqueles que desejam ajudar a Mãe Aparecida na construção da Capela podem pegar durante a semana na secretaria.

Pág. 16

Especial

Feliz dia dos Pais Veja na página 03, uma singela homenagem do Santuário Santa Edwiges a todos os Pais de nossa Comunidade.

Pág. 03


02 calendário editorial

O chamado de Deus O mês de agosto é marcado como o mês das Vocações. Esta iniciativa foi instituída pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1981, com o intuito de refletir e rezar por todas as categorias de vocações da vida cristã, como também de alimentar a consciência vocacional e despertar todos os cristãos para suas responsabilidades na Igreja. Vocação vem do verbo em latim “vocare” que significa chamar. Todos nós somos vocacionados, chamados por Deus à santidade. E a resposta a este chamado que Deus faz a cada um é dada através de vocações específicas. Dizemos que o vocacionado é uma pessoa que discerniu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida. A cada domingo do mês de agosto celebramos uma vocação: No primeiro domingo destacamos o dia do padre, a motivação é a festa de S. João Maria Vianey, lembrada no dia 04 de agosto, padroeiro dos párocos e também padroeiro de todos os padres. No segundo domingo celebramos o dia dos pais, recordamos, então, o chamado a gerar vida, a continuar com a obra criadora de Deus. Ser pai e ser mãe, constituir família, assumir um estado de vida na Igreja. Inicia-se neste Domingo a SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA.

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agosto de 2015

2 Dom

Catequese (Missa pelo retorno das atividades) AJUNAI (Encontro) Pastoral dos Coroinhas (Encontro) SAV (Missa)

Santuário Salão São José Salão São José Marello Santuário

9h 9h às 10h40 9h às 12h 11h

3 Seg

13º Curso de Aprofundamento Arq. São Paulo

Itaici

4 Ter

13º Curso de Aprofundamento Arq. São Paulo

Itaici

5 Qua

13º Curso de Aprofundamento Arq. São Paulo Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Reunião do CPC)

Itaici Sede da Comunidade

— 20h

6 Qui

13º Curso de Aprofundamento Arq. São Paulo Apostolado da Oração (Reunião) SAV (Adoração Vocacional)

Itaici Salão São José Santuário

— 14h 20h

7 Sex

Reunião do presbitério do Setor Anchieta Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira) Reunião do CPS do Setor Anchieta

Santuário Santuário Santuário

8h30 às 12h 15h 20h às 21h30

8 Sab

Abertura da Semana da Família Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro) Grupo Emanuel (Reunião)

Catedral Santuário Salão Pe. Segundo A definir

A definir 14h30 14h30 às 15h30 19h30 às 21h30 20h

9 Dom

AJUNAI (Retiro) Pastoral dos Coroinhas (Encontro) Comunidade N. Aparecida (Início das Catequeses) Pastoral da Acolhida (Reunião s/ Noite da Pizza)

A definir Salão São José Marello Sede da Comunidade Salão São José

— 9h às 12h 10h 16h

11 Ter

SEMANA DA FAMÍLIA Reunião geral do clero da Região Episcopal Ipiranga

Sede da Região

8h30 às 11h30

12 Qua

SEMANA DA FAMÍLIA Missa votiva de Nossa Senhora Aparecida

Sede da Comunidade

20h

15 Sab

SEMANA DA FAMÍLIA Reunião da Pastoral do Dízimo Regional Catequese (Formação para catequistas) Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Reunião da Pastoral Catequética Regional Ministros Extraord. Sagrada Comunhão Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro) Grupo Emanuel (Reunião)

Sede da Região Salão São José Marello Santuário Salão Pe. Segundo Sede da Região Salão São José

Capela da Reconciliação

9h às 11h30 14h às 17h 14h30 14h30 às 15h30 14h30 às 17h 17h 19h30 às 21h30 20h

No terceiro domingo celebramos a vocação consagrada, feminina e masculina, motivados pela festa da Assunção de Maria, modelo de todos aqueles que dizem sim ao chamado de Deus para um entrega total. No quarto domingo trazemos presente todos os ministérios leigo, a vocação de todos os batizados. No quinto domingo celebramos e agradecemos a Deus a generosidade dos catequistas. Durante o mês das vocações, vamos rezar para que o Senhor envie muitos operários comprometidos com os serviços da atualidade que necessitam de um olhar mais específico nas comunidades.

karina.oliveira@santuariosantaedwiges.com.br

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São Paulo Região Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Santuário ou Sl. S. J. Marello

20 Qui

Catequese (Reunião de pais da 1ª etapa)

Santuário

20h

21 Sex

Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)

Salão São José Marello

7h às 10h30

22 Sab

Catequese (Tarde Vocacional) Conferência Vicentina (Entrega de cestas básicas) Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Ministros da Palavra ( Reunião e Formação) Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro) Grupo Emanuel (Reunião)

A definir Salão São José Marello Santuário Salão Pe. Segundo Salão São José Marello

— 8h às 10h30 14h30 14h30 às 15h30 17h às 19h 19h30 às 21h30 20h

Fquem com Deus!

Karina Oliveira

Santuário ou Sl. S. J. Marello

Responsável e Editora: Karina Oliveira Projeto Gráfico: 142comunicacao.com.br Fotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo Interno Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Santuário ou Sl. S. J. Marello

Capela da Reconciliação

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: jornal@santuariosantaedwiges.com.br Conclusão desta edição: 01/08/2015 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 4 .000 exemplares. Distribuição gratuita

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111


especial 03

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agosto de 2015

QUERIDO PADRE... Foi Deus quem te deu a graça de seres quem tu és! Deixar tudo para se entregar a serviço de Deus é a mais bela resposta de amor que alguém pode dar ao amor Daquele que morreu por nós, o sacerdote Maior: Nosso Senhor Jesus Cristo! Ao entregar-se nas mãos de Deus, como instrumento, para ser usado por Ele, como e onde Ele quiser, o padre se faz o próprio Cristo, que entregou a sua vida por amor ao que é do Pai! Somente quem se esvazia de si mesmo, numa entrega total a Deus, é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai sabe fazer. Sei que a missão do sacerdote é árdua, mas sei também que a alegria do servir é maior do que todos os desafios! Não podemos esquecer que o padre precisa de nós, tanto quanto nós precisamos dele, pois tornamos a sua própria família! O padre precisa do nosso apoio, da nossa colabo-

ração, compreensão, do nosso amor, da nossa amizade, nosso carinho e principalmente das nossas orações! Hoje, quero numa prece especial, pedir a Deus pelo senhor e por todos os padres que nos possibilitam a viver a maior de todas as alegrias: participar do Banquete da

Cuidado com Suas Atitudes

vida: A Eucaristia! Com a mão de Deus, em suas mãos, com seus passos firmes na trilha aberta por Jesus, havereis de libertar do cativeiro, todos àqueles que o Pai confiou aos seus cuidados! Parabéns, que a presença de Jesus em sua vida seja a sua maior recompensa.

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. Dentro dela tinha uma escada com um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros batiam nele. Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada. Os outros, rapidamente, o retiraram de lá e deram a maior surra. Depois da pancadaria, o novo integrante não mais subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu. Tem um detalhe: o primeiro substituto participou, com entusiasmo, da surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Quando, finalmente, o último dos veteranos foi substituído, os cientistas ficaram, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse chegar às bananas. Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “não sei”! “As coisas sempre foram assim por aqui”. Reflita

sobre essa fábula. Espalhe por aí! Quantas vezes as pessoas batem sem nem saber por quê! Moral da História Muitas vezes nós somos estes macacos que estão no laboratório e não os cientistas. Falam que para sermos ouvidos temos que gritar nas ruas, mas o que vemos são lojas arrombadas, violência sem medida e a falta de ética de muitos políticos, roubos e desvios de recursos em nome do individualismo o do poder. Mas em nossa ignorância geramos o mesmo resultado de antes, pois a raiz de tudo é esse jeitinho brasileiro de ser, posso tudo desde que não me peguem. Do mais simples ao mais complexo dos cidadãos essa forma de pensar, nos leva ao momento de projetar a culpa nos outros. Neste momento corrompemos e nos tornamos macacos. Pois dizemos para nós mesmos, se ele pode eu também posso. Eis a bola de neve do poder ou a via do erro. Não são valores que nos dirigem, são interesses e ambições que moldam o mercado e muitas vidas. Macacos sim ou pior meros objetos do mercado que tem como meio de manipulação as várias mídias deste mundo. Pe. Paulo Sérgio - OSJ Vigário Paroquial


04 palavra do pároco-reitor

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Um Breve relato da visita à Missão dos Oblatos de São José em Moçambique, Província de Tete, cidades de Tete e Marara onde em contato com o mercado local pude apreciar as mais diversas ofertas, de eletros eletrônicos, ferramentas, utensílios domésticos, comida, bebida, verduras, frutas, enfim um comércio popular a céu aberto. Os produtores trazem seus produtos e animais e adquirem o que necessitam para o seu sustento. Aproveitam para ouvir as músicas, tomar o “pombi” = bebida que fazem no local, é alcoólica e todos bebem, os que se embriagam são chamados de “grosso”, a pessoa está ou ficou grosso. Pessoalmente não me senti a vontade para experimentar o pombi, mas me fiz experimentar a cerveja de Moçambique a Manica, e a cerveja preta Laurentina, de fato, boa a pilsen que se tem no país. Na feira, falam-se português de Portugal, ao escutar falar “português brasileiro” as pessoas escutam atentos a pronúncia e pedem para repetir, pois soa muito diferente para eles. Olham atentamente a cor, o estilo de ser e vestir, a forma de se dirigir a eles. Os feirantes são muito simples e muito acolhedores, de fácil diálogo, gostam de ser fotografados.

No dia vinte, já em Marara, distante 80 km da cidade de Tete capital da Província de Tete as quais levam o mesmo nome, começamos a andar, conhecer, o hospital, o cemitério, a horta, o campo de futebol, o comércio de roupas, o mercado de alimentos, o cinema, a outra casa de propriedade da paróquia Imaculada Conceição de Marara; Passamos pelo rio Marara, o qual está contaminado pela cólera, e por fim em monumentos de irrigação que antes da guerra eram ativos e que foram desativados, bem como um grande pomar, e enfim chegamos na escola da comunidade e aí o contato com os alunos que por sua vez estavam sem aulas. Começa o contato com as novas palavras, massibesse = bom dia, tatenda = obrigada, tahenda = tchau, pacamahulo = até depois, pacha mahuwana = até amanhã, machamba = horta, mamá = mãe, babá = padre, Tamuy = olá, oi saudação dos jovens, chima = alimento de farinha do milho branco, mapira = alimento de um cereal tipo sorgo, choupela = triciclo que faz o serviço de taxi, e referente a cor dos humanos zungo = branco, senze = preto, não há para eles a expressão negro. Com relação a este cabe um comentário, sempre nós conhecíamos o Pe Devanil como negro, lá para a comunidade moçambicana ele é chamado de zungo, ou seja, branco, em relação a cor predominante do povo ele é branco. O conceito de hospital, um local precário, com uma ambulância, funcionários para a limpeza, uma enfermeira parteira, outros agentes de saúde, médico vem de vez em quando, e ali os que precisam hospedar-se o tratamento é muito precário, na crise da cólera montou-se uma enfermaria para atender as demandas com uma lona e lá se colocaram as macas para os pacientes(4) o restante se necessário deitavam no piso. Dia 21 foi à vez de conhecer as comunidades da paróquia de Marara, distantes, todas com estradas nem sempre boa. Num dos povoados acontece à feira livre; Foi muito comum encontrar as pessoas ca-

minhando com os volumes em direção a esta, ou nas bicicletas com as cargas, encontramos uma bicicleta com um leitão, achei o máximo. Logo a frente outra com três cabritos na garupa eram pequenos animais. Mais adiante outros com porcos com mais de oitenta kilos. É verdadeiramente um mundo diverso. Além dos carros de bois, ou dos caminhões com uma quantidade grande de pessoas que circulam apinhadas nas carrocerias, ou carros não próprios com um amontoado de porcos, cabritos, ou galinhas, estes sempre amarrados, ou maneados para imobilizar para o transporte. Passamos nas capelas, fomos conhecendo uma a uma, não estavam às pessoas. Fomos a outros locais, passando também na feira do Cashembe,

Neste dia estivemos na casa das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, esta comunidade é constituída de duas irmãs brasileiras e uma que já viveu no Brasil mais é do país vizinho do Zimbawe, e mesmo sendo de país próximo a documentação sofre os mesmos trâmites de todo e qualquer estrangeiro no país, por conta da morosidade e da forma de conduzir as instruções para a expedição do documento de liberação no país. Nesta noite além do jantar, cantamos canções que eles gostariam ouvir, e ali vivemos um belo momento de partilha e de fraternidade missionária. ENDEREÇO Rua Domingos Ferrão, 81 Caixa Postal, 281 - Tete - Moçambique Pe. Devanil Ferreira - Fone: 00258-828616606 | devanilsp@gmail.com Pe. Angel Romano - Fone: 00258-828616605 | araromanus@gmail.com Pe. Ednilson A. da Silveira Fone: 00258–84202625 | edeosj@gmail.com Pe. Giancarlo Jesus Obregon | giancarlo.osj@gmail.com

Pe Paulo Siebeneichler – OSJ

Pároco-Reitor da P. S. Santa Edwiges pepaulo@santuariosantaedwiges.com.br


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palavra do pรกroco-reitor 05


06 palavra do bispo A FAMÍLIA E O DOMINGO “No sétimo dia, Deus concluiu toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia repousou de toda a obra que fizera. Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, pois nesse dia Deus repousou de toda a obra da criação” (Gn 2, 2-3).

O sétimo dia é, para nós cristãos, o “Domingo”, o “Dia do Senhor”, pois celebramos a ressurreição de Cristo. O sétimo dia é o momento do descanso. Assim como Deus descansou, também devemos descansar. Mas não é um simples descanso: é descansar em Deus. Participando da missa entramos em comunhão com Deus, e Deus entra em nossa história. No ofertório, podemos oferecer nossa vida, o cônjuge, os filhos, a saúde, o trabalho. Em suma, podemos “santificar” nossa semana! Domingo é um tempo para Deus e para a família. Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana. O domingo nasce como “memória semanal” da ressurreição de Jesus, “celebra” a presença real do Senhor ressuscitado e cumpre a “promessa” de sua vinda gloriosa. No domingo cumprem-se todos os acontecimentos sobre os quais se fundamenta a fé cristã: a ressurreição de Jesus, as aparições pascais e a vinda do Espírito Santo. Desde crianças, os filhos têm o direito de serem educados para descobrir o domingo como o “Dia do Senhor”. O domingo é também o dia da comunidade eclesial; dia para reforçarmos nossos laços fraternos. A eucaristia é memória do gesto de Jesus: “isto é o meu corpo entregue”, “isto é o meu sangue derramado por vós e por todos”. O “por vós e por todos” vincula intimamente a vida fraterna (por vós) e a abertura a todos (por todas as pessoas). Cristo partilhou sua vida por todos nós; devemos fazer

o mesmo. E é na paróquia que temos a oportunidade concreta de viver a fraternidade, de tornar nossa vida verdadeiramente uma “eucaristia”. O domingo torna-se “Dia da Igreja”, quando ajuda a experimentar a beleza de um domingo vivido juntos, evitando a banalidade de um fim de semana consumista. Outro detalhe: a fraternidade começa a ser experimentada e vivida em casa, no seio da família. O encontro com Deus e com o outro é o âmago do domingo. A mesa dominical é diferente daquela de todos os dias: há de cada dia serve para sobreviver, mas a do domingo serve para viver a alegria do encontro. A mesa festiva é tempo para Deus, espaço para a escuta e a comunhão, disponibilidade para o culto e a caridade. Ao fazer a experiência do amor de Deus na missa, tornamo-nos aptos a compartilhar esse mesmo amor com os outros. Se a família assim viver o domingo, ele será, de fato, o “Dia do Senhor”!

Dom José Roberto

Bispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga

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psicologando

O poder que damos as pessoas Baseado no filme MALEVOLA da Disney, dirigido por Robert Stromberg, EUA, 2014. O conto de fadas, que a meu ver, não é para crianças, vai além da percepção infantil, um filme voltado para adultos. Mostra que o beijo de amor verdadeiro não depende do amor entre homem e mulher. O amor verdadeiro vem com o tempo, com o carinho, cuidar e dedicação que dedicamos a uma pessoa. O filme nos remete ao poder que damos as pessoas, achando que a amamos verdadeiramente. A Malévola era uma fada boa e ao acreditar no amor de um homem confia nele, e ao confiar perde o que lhe há de mais forte, suas asas, impedindo-a de voar. Ela era vivaz, alegre e humana, seu grande poder era o da reconstrução. As pessoas tendem a ser ambiciosas e egoístas, pensando somente em seu crescimento e poderio, o filme mostra que a ambição e o poder vão à frente do amor. Não quer dizer que não devemos confiar e amar as pessoas, mas devemos saber até que ponto podemos lhe dar poder. O grande ápice da história, que trás a tona tal reflexão sobre o poder que damos as pessoas, é que tendemos a nos influenciar e permitimos que a ambição e o desejo de poder que existe no outro nos adentre.

Acredito que devemos sim ser ambiciosos, mas é possível que em determinado momento inicie-se um duelo entre quem tem mais poder, essa ambição perpassa os limites do crescimento e do amor. Nesta busca pelo poder nos perdemos, e permitimos que o desejo impuro e profano do outro nos invada e deixamos de agir com base nas nossas vontades. Mas, ninguém deveria ter poder sobre nossas decisões, e este acontece por que lhe permitimos, todos temos um pouco de Malévola dentro de nós, um lado bom e um lado mau, deixamos nos influenciar e quando vemos estamos tomados por ira, inveja e agindo de forma incoerente. E tendemos a culpar as pessoas a nossa volta por tais atitudes, subjugamos e quando vemos estamos agindo da mesma forma. Não se tornar igual às pessoas que repudiamos deve nos trazer de volta a luz. É necessário atentar-se aos sentimentos que as pessoas a nossa volta nos provocam. Expelir essas pessoas de nosso cotidiano é fundamental. Suas decisões só dependem de você e de mais ninguém, não as culpe, é você quem permitirá que o mal adentre ou não nessas decisões. Dayane Rodrigues Psicóloga Organizacional


batismo 07

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Batismo 21 de Junho de 2015

Meneses Produções Fotográficas Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836

Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)

Emanuely de Jesus Sousa

Giovanna Abreu dos Santos

José Alan Silva Souza

Letícya Sanches Leite

Luana Beatriz Silva Souza

Luiz Fernando Sanches Leite

Marianna dos Santos Ferreira

Paulo Henrique Eufrauzino da Silva

Rayana Ribeiro Silva

Sophia Vitoria Abreu Santos

Yasmin Ketllyn B. da Silva Neres


08 notícias Férias O mês de Julho é aquela pausa que os nossos atendidos têm nos colégios. Porém aqui no CCA Santa Edwiges é o mês divertido cheio de atividades diversificadas. Muita alegria!

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Proporcionamos uma sessão de vídeo com pipoca, oficina de bijuteria e fuxico, gincana de grupos para uma integração de todos, passeamos no Cinemark para apreciarmos o filme “Divertidamente”, com direito a pipoca e refrigerante, tudo de bom, as crianças/ adolescentes sentiram-se maravilhadas, atividades externas na quadra do colégio Abrão Huck, fechamos o mês com chave de ouro festa dos aniversariantes do mês de Julho com salgadinhos, docinhos, bolo, karaokê, músicas, momentos de descontração e felicidade, reunião de pais e todas as atividades do dia a dia que são lúdicas e promove a socialização dos envolvidos. Agradecemos a equipe do colégio Abrão Huck por ceder o espaço para que os nossos atendidos realizassem as atividades recreativas. Que esse segundo semestre seja de muitos ensinamentos e aprendizagem a todos do CCA Santa Edwiges. Silmara Aparecida Marina Lacerda


notícias 09

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Semana de Espiritualidade e Formação De 13 a 16 de julho aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a Semana de Espiritualidade e Formação. O palestrante de todos os dias foi o Professor Doutor Padre Rogério Ramos, CSSR, que abordou o tema: A Missa e a Espiritualidade dos quatro ritos celebrados. Para falar desse assunto, o Padre Rogério dividiu o assunto em três partes. 1º dia - Ritos Iniciais Ele começou explicando que a característica da espiritualidade é a centralidade do Cristo. Criação, Aliança e Profecia, desde o princípio estavam destinadas à convergência no Cristo (Ungido de Deus). Possuímos, pois, uma espiritualidade Cristocentrica. Esta realidade se revela nos ritos da celebração Eucarística. • Na Eucaristia o canto inicial indica a presença do Cristo – nosso santíssimo Redentor – mandao pelo Pai para redimir o mundo com a Força do Espírito Santo. • Ato penitencial- É o momento de purificar o coração, de refletir sobre as atitudes e reconhecer nossa fragilidade humana e nossa confiança na Misericórdia de Deus. • Hino de Louvor- É o agradecimento da assembleia sobre a graça e o perdão concedido por Deus. • Oração da Coleta (Oremos)- Nesta oração congregam-se todas as intenções, necessidades e agradecimentos do Povo de Deus que celebra a santa Litúrgia. Rito da Palavra Deus nos fala recordando, a Primitiva Aliança com Povo de Deus, a perenidade da Aliança, esta perenidade se manifesta no Cristo. O Cristo a deixou como herança – Igreja – através do sacramento, onde a Igreja conserva, ciosamente, o Depositum fidei. O Credo ou Profissão de Fé – na sua formulação sistemática recorda aquelas verdades de Fé Fundamentais para a sustentação do Povo de Deus em sua peregrinação terrena. A Igreja é o Povo de Deus a Caminho do Reino definitivo. Na palavra de Deus, nasce a Espiritualidade mais profunda. Nesta Espiritualidade o próprio Deus alimenta o seu Povo a exemplo do que ocorrerá no deserto. A Palavra de Deus se torna Prece, súplica a Deus e Deus sabe do que precisamos. Faz-nos bem nos dirigirmos a Deus.

2º dia - Rito Eucarístico O Rito Eucarístico com os seus componentes é rico não somente de significados, mas deve ter repercussão direta sobre a vida que cada cristão católico (a). O Rito Eucarístico comporta: • A Oblação do Cristo. Sua total e ilimitada doação à pessoa humana para que esta possa, mais perfeitamente, pronunciar o seu Fiat a Deus. • Ensina-nos que não existe Eucaristia sem o lava-pés (serviço) a exemplo do próprio Cristo. • A absorção de nossas vidas, reflete

sobre nossas vidas e nossas vidas devem refletir na Eucaristia-celebração. 3º dia - Ritos Finais

A Missa encerra-se na Igreja com a benção final. Isto é, o final de uma celebração. Contudo, este ponto final – saudação – encontrará sua continuidade na compreensão de que isto não é uma despedida, mas, um envio. Estou alimentado para seguir em missão como discípulo d’Aquele que: • me acolheu em seu amor • me perdoou em sua misericórdia • me regenerou • me instrui comunicando-me sua Pa-

lavra e, por fim, falando-me Ele mesmo com sua vida. • também Ele me alimentou com seu Corpo e Sangue Foi uma semana de muito aprendizado, oração e espiritualidade. O Santuário Santa Edwiges agradece ao Padre Rogério Ramos, por todo o conteúdo e experiência que foi compartilhado com os paroquianos e devotos de nossa paróquia, durante essa semana de Espiritualidade e Formação. Texto baseado no material do Pe. Rogério Ramos. Colaboração Karina Oliveira


10 juventude

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Os novos membros compõe o time do Centro Juvenil Vocacional O segundo semestre começou com tudo no Centro Juvenil Vocacional, a primeira grande novidade são os novos membros que estão chegando para somar forças e talentos. Desde já damos as boas vindas a esses jovens que dispõe do seu tempo e vida a serviço das juventudes. Sejam bem vindos Diácono José Antonio e Hugo (da Paróquia N.Sra de Fátima, Vila Sabrina, SP)

Olá amigos e amigas; Sou Diácono José Antonio da Congregação dos Oblatos de São José; venho fazer novo projeto de trabalho no Centro Juvenil Vocacional em Londrina ajudando ao Pe. Marcelo Ocanha no trabalho vocacional provincial. Sou natural de uma cidade do interior do estado do Ceará chamada Aracati, mais conhecida por suas belas praias como Canoa Quebrada. Lá fui criado e educado, e Deus assim quis que viesse responder Seu chamado junto dessa família religiosa. Estava dedicando meu tempo aos estudos na PUC-SP enquanto terminava o curso de teologia e também uma especialização em gestão educacional. Esse período aqui em Londrina, a tentativa é de poder contribuir com a animação vocacional e naquilo que me propõe o trabalho com os jovens, mas também poder partilhar a vida em suas mais diversas facetas com aqueles a quem o Senhor me enviar. Torço pelo Palmeiras e gosto muito de conversar com os amigos; sou de fácil amizade e também me alegra muito estar com pessoas animadas. Gente boa, preciso que me conduzam com destreza no caminho do Senhor e que me proporcione à alegria de viver o carisma do Marello com intensidade no meio de todos, conto com as orações de todos e tenho a certeza de que todos unidos no mesmo espírito podemos fazer da caminhada uma experiência de cuidar dos interesses de Jesus.

Meu nome é Hugo Leandro Gomes Silva, nascido em 23/12/1986 na cidade de São Paulo, sou morador do bairro de Vila Medeiros situado na zona norte da Capital Paulistana. Participei por 15 anos da Paróquia Nossa Senhora do Loreto de Vila Medeiros e atualmente participo da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Vila Sabrina, juntamente com a juventude representada pelo grupo de jovens GAJOC. Minha primeira experiência com os Oblatos de São José foi na 1°Mostra de Dança realizada em São Paulo no ano de 2005, onde conheci o carisma e os projetos desta Congregação. Com o passar do tempo fui me engajando e conhecendo mais o propósito de estar à frente da juventude e levar a essência e a paixão de São José Marello para nossa comunidade e principalmente para jovens. Este ano tive o privilégio de receber o convite do Padre Bennelson para participar do projeto de jovens voluntários para ajudar na revitalização do Centro Juvenil Vocacional dos Oblatos de São José. Um convite que me trouxe muita alegria e vontade de servir a Deus. Neste trabalho que nos mostra o quanto podemos ajudar e servir a Deus na nossa coragem e gratuidade do serviço cristão. Espero poder ajudar muito o Centro Juvenil e levo a experiência de dez anos de grupo de jovens, onde vivenciei alguns momentos de dificuldades e de muitas alegrias. Todas estas experiências ficarão para sempre em minha memória. Quero vestir a camisa deste projeto e abraçar com toda força e despertar nesta juventude que hoje vou encontrar o amor e o carisma do nosso grande padroeiro e intercessor da juventude nosso querido e amado São José Marello.

Juntamente com a equipe do centro juvenil espero formar uma família unida e cheia de disposição para trabalhar pela juventude. Agradeço a todos que acreditaram em mim e principalmente ao Padre Bennelson que me deu esta oportunidade única de crescimento pessoal e espiritual e de participar deste grande desafio, onde anseio realizar em minha vida.

Igreja e da Congregação. 2. Apoia o trabalho vocacional dos Oblatos de São José no Brasil 3. Ajuda na formação e nos projetos voltados para jovens e adolescentes; 4. Tem suas intenções incluídas nas orações diárias dos seminaristas, religiosos e padres. 5. Recebe mensalmente o nosso informativo Rumo a Meta que traz as noticias dos projetos e atividades desenvolvidos com jovens e adolescentes da nossa província brasileira. Veja o que foi feito no mês de junho com as contribuições dos nossos colaboradores e dos nossos benfeitos: - Troca do piso de duas salas de encontro, secretaria do Centro Juvenil e da secretaria do SAV.

Hugo Abba Pax

Projeto Benfeitor - Você levando o Centro Juvenil Vocacional a milhares de jovens e adolescentes! Graças a Deus o Centro Juvenil Vocacional tem conseguido com o esforço da Congregação dos Oblatos de São José e tantos leigos jovens e adultos a tornar se uma presença na vida de tantas juventudes seja de Londrina como da Província Brasileira (Curitiba, São Paulo, Ourinhos, Apucarana, Cascavel, Três Barras e Colniza). Os projetos realizados são frutos do esforço e da união dos nossos colaboradores e benfeitores fiéis e comprometidos, espalhados em diversas cidades do Brasil. Eu, em nome da Congregação quero agradecer a todos que nos ajudam nesta conquista. Como ser um benfeitor das vocações e do trabalho Juvenil? Ajudando mensalmente através do carnê de benfeitor, depósito ou débito automático para a conta da Congregação dos Oblatos de São José na Caixa Econômica Federal Ag. 375 C/C nº 664-0 ou no Banco Itaú Ag. 0273 C/C nº 37.150-0. Caso queira maiores esclarecimentos, entre contato conosco: (43) 3327-0123 Email: juventudejosefina@gmail.com O que você ganha sendo um benfeitor das vocações josefinas? 1. Tem a satisfação de participar da formação dos futuros padres e religiosos da

Noticias e atividades do Centro Juvenil Vocacional no mês de Junho Grupos de formação humana: As noites de quarta feira no mês de junho foram movimentas pelos grupos afins de formação humana. Estes grupos foram compostos pelos participantes da formação humana que aconteceu entre abril e maio. A finalidade do grupo era partilhar e aprofundar alguns temas estudados durante o projeto. Reunião do Decanato Oeste da Pastoral Juvenil: Aconteceu no dia 14 de junho das dependências do Centro Juvenil Vocacional que reuniu algumas lideranças das diversas expressões juvenis do Decanato Oeste da Arquidiocese de Londrina. Semana de Espiritualidade no Santuário São José: Pe. Bennelson assessorou três dias de formação humana com temáticas sobre família, convivência e psicologia do matrimonio no Santuário São José, Apucarana – PR. Pe. Bennelson da Silva Barbosa Animador da Juventude - OSJ


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agosto de 2015

SEGUIMENTO

Durante todo o mês de Agosto a Igreja do Brasil é levada a rezar mais intensamente pelas vocações e a refletir sobre o tema. É comum neste período que o SAV (Serviço de Animação Vocacional) os Padres, as Irmãs e os seminaristas visitem os grupos jovens, proponham e convidem os jovens a pensar mais nas vocações de especial consagração. Com alegria vemos que muitas comunidades já incorporaram a cultura vocacional, ou seja, compreendem aos poucos que vocação não é só assunto a ser tratado em um mês específico, nem tampouco é assunto para alguns privilegiados. Vocação está muito relacionado a toda a ação em prol da Igreja e do Reino de Deus. Envolve a vida e jornada da comunidade paroquial e se estende para a vida de família e do trabalho dos cristãos e cristãs. Neste ano em que a Igreja reflete de modo particular a Vida Consagrada, vamos aqui tratar e repropor aos jovens a vida Consagrada em suas diversas modalidades e a vocação ao Sacerdócio como caminhos sempre atuais e que mobilizam toda a vida da comunidade. A Revista Ave Maria em sua edição de Agosto de 2014 (Pgs. 26 a 29) nos faz compreender que três motivos

levam o jovem de ontem e de hoje ao seguimento de Cristo na vocação Consagrada e Sacerdotal: o chamado do Senhor, que é ação irresistível, capaz de tocar o coração e despertar o ideal de vida sublime; a busca pelo sentido da vida que se reflete numa ação contínua de doação e; a sede insaciável pelas causas sociais, a solidariedade em prol do povo de Deus. Vocação não se iguala com a profissão em que há normalmente um turno a se cumprir e depois vai para casa descansar. Vocação requer uma vida toda de empenho, ou seja, o consagrado é tal por 24 horas diariamente. Muito mais que um emprego, vocação é um estilo de vida, ou melhor, uma postura de vida provinda de uma escolha por Deus, o autor da vida. O sacerdócio e a vida consagrada podem não ser profissões com remuneração e todos os demais quesitos que a implicam, mas segundo pesquisas realizadas na Universidade de Chicago nos Estados Unidos, os padres estão no topo do ranking das carreiras que trazem mais felicidade aos seus profissionais, segundo o coordenador desta pesquisa (Tom Smith) quando alguém está em busca de felicidade e satisfação deve se optar por uma carreira que ajude o próximo. Essa é a

vocações 11

vida dos consagrados (as) e ordenados. No Salmo 36 lemos “Põe tuas preocupações no Senhor e Ele te dará o que pedir no teu coração”. Esta é uma máxima a ser observada por todos aqueles que estão em discernimento ou que ainda não sabem qual o caminho a seguir. Embora possamos reclamar hoje do número baixo de jovens interessados (as) na Consagração, sempre haverá Religiosos na Igreja, pois é um Projeto de Deus para a Igreja e para o mundo. Contudo, devido à sua natureza radical para com a vivência do Evangelho é opção de poucos e quem se consagra nunca pode se considerar pronto, mas é alguém aberto para ser modelado nas mãos do Senhor. As Congregações e Ordens religiosas masculinas e femininas são em torno de 500 em todo o nosso país, vale a pena conhecer algumas e ficar por dentro de toda esta dinâmica do Reino. Os nossos leitores estão acostumados aos Oblatos de São José, bem como as nossas Oblatas de São José, mas é importante saber de todas essas outras. A primeira a se estabelecer foi a das Clarissas no Estado da Bahia em 1677. Existe uma grande distinção entre essas Congregações no que se refere ao modo de vida: apostólica e contemplativa. Na hora de dizer “sim” ao chamado de Deus, o jovem precisa discernir sobre o caminho que vai tomar. Algumas ordens e Congregações como a dos Beneditinos ou das Clarissas, oferecem uma vida religiosa mais pautada no recolhimento e na contemplação, outras se voltam mais ao serviço apostólico junto às paróquias, missões, pobres, escolas e outras instâncias onde se encontra o povo de Deus. Não significa que aqueles que optam pela vida Consagrada de contemplação, façam nada a não ser rezar todo o tempo, pelo contrário, há

trabalhos diversos, a oração é a força maior, mas a principal missão é sem dúvida o serviço. Bem, mas isso é assunto para muito tempo, por hoje vamos concluir fazendo uso das palavras de São José Marello: “Oh! sim, sigamos Jesus com o nosso coração e antes que se desvaneça do nosso olhar aquele amável semblante, aceitemos com amorosa reverência aquele olhar de amor que Ele nos dirige, aquela santa bênção que a sua pequena mão divina nos quer dar.”

VENHA NOS VISITAR Centros Vocacionais dos OSJ: 1 – Centro Juvenil Vocacional Rua Darcírio Egger, nº. 568 Shangri-lá CEP 86070 070 - Londrina-PR Fone: (43) 3327 0123 email: savosjosefinos@gmail.com

2 - Escola Apostólica de Ourinhos Rua Amazonas, nº. 1119, CEP: 19911 722, Ourinhos-SP Fone: (14) 3335 2230 valdineipini10@gmail.com 3 - Juniorato Pe. Pedro Magnone Rua Marechal Pimentel, 24, CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SP Fone: (11)2272- 4475 4 – Irmãs Oblatas de São José Rua José Paiva Cavalcante, 750 Conj. Lindóia CEP 86031-080 / Londrina-PR Fone: (43) 3339.0876 irmas.oblatas@hotmail.com

Pe. Marcelo Ocanha - OSJ

Animador Vocacional epicuro7@bol.com.br


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JESUS É EDUCADO NA FAMÍLIA E NA SINAGOGA

Jesus recebeu todas as características estritamente “josefinas”, as quais foram queridas por Deus enquanto Ele próprio quis que seu Filho ao se encarnar assumisse a família de José e os seus cuidados. Daqui deduzimos o quão grande espírito este silencioso carpinteiro de Nazaré devia possuir, se o próprio Filho de Deus o preferiu sobre todos os grandes da terra para se revestir de sua aparente filiação e para assumir a qualificação humana e social que lhe eram inerentes como Jesus de Nazaré, o Messias de Deus. Será ali, na sua família, a pequena escola de Nazaré, a lado de seus pais que Jesus aprenderá a rezar e há santificar cada dia elevando o pensamento a Deus com as orações costumeiras de todo bom israelita. Como bons educadores, José e Maria não se limitarão a educação caseira e nem ficarão apenas

Convite O Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima III, convida a comunidade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwiges, todos os sábados às 19h.

VENHA PARTICIPAR!

com os ensinamentos que possuíam para transmitir ao seu Filho, mas o conduzirão para a escola sinagogal onde Jesus terá como livro os textos sagrados e como professor um rabi. Será na escola da sinagoga que Jesus compreenderá melhor as explicações do rabi a respeito do Shemá, fórmula fundamental da fé do seu povo, que ele recitava todos os dias a alta voz em família. Na escola aprenderá de cor os longos trechos do Pentateuco, o livro sagrado. Será depois em casa, na convivência com seus pais, que entenderá melhor os episódios da História do seu povo e como criança começará a amar os seus heróis estudados nos textos sagrados como os profetas, o poderoso José do Egito, Moisés o grande libertador e líder que conduziu o seu povo da escravidão do Egito pelo deserto, por quarenta anos até a terra prometida. Será nesta sua experiência de aluno aprendiz da História do seu povo que admirará Davi que abateu Golias e se tornou o grande rei de Israel. A educação de Jesus se estenderá por todo o período em que ele conviverá dentro da família de Nazaré, mas será mais individualizada particularmente até completar os seus 12 anos quando então adquiriu a condição de adulto Será nesta ocasião que ela irá participar pela primeira vez dos festejos da páscoa judaica na cidade de Jerusalém, e para qualquer pai levar o próprio filho para participar oficialmente destas celebrações que faziam parte da fé do povo judeu era motivo de grande

alegria. Para Jesus, em companhia de seus pais, esse acontecimento teria um significado todo particular, pois ele, um simples aldeão de Nazaré teria a possibilidade de admirar o palácio de Herodes com suas torres e muros, poderia constatar o formalismo dos fariseus bem vestidos com suas roupas inconfundíveis. Jesus, na sua inocência de criança ainda iria se espantar com o extraordinário número de peregrinos concentrados por todos os lados da cidade santa que normalmente tinha uma população de aproximadamente 78 mil pessoas, mas que naqueles dias dos festejos passavam das 150 mil pessoas. Tudo para ele esse fato seria novidade e tudo naquela cidade barulhenta e agitada, diferente da sua Nazaré, seria permeado de confusão misturando costumes, línguas e gente diferente misturando-se com mendigos, aleijados, cegos e doentes que aproveitavam da ocasião para suplicar um pouco de compaixão dos visitantes. Será nesta oportunidade que Jesus se desgarrará de seus pais permanecendo entre os doutores da lei nos arredores dos pórticos do templo de Jerusalém. Será também por esta ocasião em que os evangelistas relatarão pela última vez as preocupações de José por Jesus, buscando-o com sua esposa até que o encontraram. Será nesta oportunidade que Maria apreensiva dirige ao seu Filho a pergunta precisa de uma mãe: “Filho, por que você procedeu assim com a gente? Seu pai e eu estávamos bastante aflitos procurando por você”. No coração de Maria estava evidenciada nitidamente a missão da paternidade real de José. Pe. José Antonio Bertolin, OSJ pebertolin@net21.com.br

CREDENCIADA – BONA e SINTEKO

ARCIA RASPADOR

Ademir


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São João Maria Batista Vianney 04 de Agosto

João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma se tornou o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: “Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes”. Ele nasceu em 8 de maio de 1786, no povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de frequentar a igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote. Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que frequentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando se alfabetizou e aprendeu a ler e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional. Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde os obstáculos existiam por causa de sua falta de instrução. Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os companheiros nos estudos, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-

-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve. Durante o seu aprendizado em Écully, o abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas. Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta à tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: “Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu”. Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro. Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo. Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles. A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem que esperar horas ou dias inteiros. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações. O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo, incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos Sacerdotes e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre.

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13 Mensagem especial

Inventadeira gum tempo pensando nos pobrezinhos! Primeiro dia de férias! Já contei para vocês o casamento do Acordei mais tarde que o habitual, desejando ir rapidinho para o lugar primo de minha vizinha? Não? Bem, foi o seguinte. O primo solteimais quente de minha casa: o freezer. rão, da minha vizinha Marta, já beiranO frio estava tanto, que se eu caísse, do os quarenta e tantos anos, foi ficancertamente quebraria meu pijama. Que é isso, disse minha mãe a rir. do triste e ninguém entendia o motivo. Um dia nos encontramos, e ele reParece que as invenções de sua amisolveu me contar o motivo de sua ga contaminaram você. tristeza, sem que eu perguntasse. À tardinha, muito bem agasalhada, diSabe, disse-me ele, todos se casam rigi-me à praça para o encontro habitual. menos eu. Não consigo entender. Será Para minha surpresa, vi algumas que é porque nunca namorei? Ele fapessoas ao redor de “nosso banco”. lou, falou e a muito a tarde tinha ido Parece que terei que dividir minha embora quando nos despedimos. Ele amiga inventadeira com outras pessoas. De início não gostei. Mas de- aliviado pelo desabafo, e eu de cabeça pois, pensando bem, percebi que era cheia de tanto ouvi-lo. Resolvi passar egoísmo de minha parte, e assim re- à sua família, tudo que conversamos. solvi dar um sorriso de boas-vindas. Tirei o peso das minhas costas e entreguei a quem de direito. Que viessem! Que ficassem. Alguns dias depois, minha vizinha Será que era essa a surpresa que minha convidou-me para o casamento do mãe preparou para mim? Insisti muito primo. Nossa, tão rápido assim? para que ela me contasse, e ela só sorria. Resolvemos casá-lo, disse-me ela. Mas a hora tinha chegado. Minha Na falta de noiva, meu tio Pedro fará mãe estava entre os novos ouvintes. as vezes dela. Que ótimo! O meu número de amiNo dia do casamento, casa cheia, mesa gos está aumentando! Sejam bem vinfarta, música para alegrar o ambiente, dos, disse a minha, agora nossa amiga. chega a “noiva” meio apressada, pedinBem, vamos lá. do que o casamento fosse logo realizado. Há muito tempo atrás, meu tio, ho- Ela precisava viajar, pois uma de suas mem muito pão duro, sovina, miserá- amigas estava muito doente. E amiga, é vel mesmo, permitia que seus filhos amiga para todas as horas, disse ela. tomassem um café da manhã, que seE assim foi feito. Casamento ofiquer tirava um quinto da fome que eles cializado, champanhe, um pedaço de sentiam, enquanto que ele refastelavabolo, e a noiva vai embora correndo, -se no quarto, com um café da manhã não sem antes encontrar o tio Pedro dos deuses! O que não quisesse mais, e pedir que ele agradecesse a todos ficava para sua mulher! E ponto. pela presença, dissesse ao noivo que À hora do almoço, quando famintos o amava, e que alguém dançasse a os filhos apareciam, o pai vinha como valsa com ele, como se fosse ela. uma proposta tentadora! Quem não Daí para frente a festa correu em almoçar ganha R$50,00. meio a muita alegria. O dia tinha claNossa! Cinquenta reais era muito! reado, e nada da festa acabar. O noiNinguém almoçava, e sequer gastavam vo estava feliz. Muito feliz! Afinal, o dinheiro. Ficaria para o final de sema- agora era um homem casado! na, quando todos deveriam ir à cidade! Ficamos todos quietos, pensando Só que à hora do jantar, quando to- em como é simples ser feliz. dos, meio fraquinhos pela fome, cheFomos para casa pensativos, camigavam de mansinho, sentindo aquele nhando bem devagar... Até mamãe, cheirinho gostoso da comida preparapor um tempo, esqueceu que teria da pela mãe, ele dizia que quem quique preparar nosso jantar. sesse jantar, deveria pagar R$50,00... Coisas... Minha amiga sempre dava um tempo para que digeríssemos suas histórias. Heloisa P. de Paula dos Reis Só que essa era das bravas! Ficamos alhppaulareis@yahoo.com.br


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OBLATOS DE SÃO JOSÉ: 1919—2019 CEM ANOS DE PRESENÇA E SERVIÇO À IGREJA DO BRASIL

Uma série de artigos que preparam a comemoração do centenário da presença dos Oblatos de São José no Brasil. Um desejo de apresentar a Vida Religiosa e o Carisma a todos os fiéis. Com Esperança.

Vida Religiosa: Seguimento de Cristo Seguir a Cristo é o principal empenho dos Religiosos. Ele se manifesta de diversos modos na vida cristã. A Vida Religiosa, que é Evangelho, Profecia e Esperança, é o sinal do seguimento de Jesus Cristo A Vida religiosa é o seguimento de Jesus Cristo. Esta é a raiz de tudo. Alguém poderia perguntar: “Seguir a Jesus Cristo não é o empenho de todos os batizados?” Sim, é claro! Todos os que foram mergulhados em Cristo devem segui-lo. Aliás, é este o sentido do vergo “baptizeu”, que na língua grega, na qual o Novo Testamento foi escrito, significa “mergulhar”. Então, todo aquele que foi “mergulhado” em Jesus Cristo, batizado, deve segui-lo. “Seguir” alguém não precisa ser acompanhar fisicamente, mas espiritualmente, mo-ralmente. A pessoa tem desejo de imitar um modelo, ter um estilo de vida e de ação. A Vida Religiosa é uma expressão do seguimento de Jesus Cristo. É o que chamamos de “discipu-lado”. O discípulo é o seguidor de um mestre e se esforça por estar na sua presença, imitar seus gestos, desdobrar suas ações. Um discípulo torna presente o mestre, mesmo que ele esteja longe. Todo cristão, sabemos bem, é chamado a ser discípulo–missionário. Se como discí-pulo ele segue, imita e propõe o Mestre, que é Jesus Cristo, como missionário ele reproduz na vida o jeito de ser e viver do Mestre. E o faz propondo Jesus Cristo aos outros. A ideia é que os fiéis, na Vida Religiosa, possam estar mais próximos de Jesus Cris-to e, com isso, difundi-lo, torna-lo mais intenso e presente na sua própria vida e na vida de outros. Quem vê um Religioso ou uma Religiosa deveria enxergar a Jesus Cristo. Ora, nós sabemos que isso não é tão fácil nem tão comum e podemos nos perguntar: “Por que?” Porque o seguimento de Jesus Cristo não é simples. Quase tudo é contrário a isso, pois está sob o domínio do pecado, que é a distância de Deus,

a sua rejeição. A sociedade, a cultura, a política, a economia e tantas outras realidades humanas têm aversão a Deus. O Deus que Jesus Cristo revela é o Deus dos excluídos, dos pobres, dos fracos. Isto é bom, maravilhoso até encantador. Pensemos em todo benefício que a Vida Religiosa ofereceu à Igreja e à sociedade nos campos da educação, da cultura, da medicina, do atendimento aos necessitados. Mas quando se fala de coerência, de justiça, de retidão, os aplausos diminuem, pois os valores do mundo estão longe disto tudo. Em nosso mundo capitalista o que vale é o di-nheiro e o que ele

pode comprar, desde favores, passando por políticos até vantagens, va-gas, sexo, licitações, etc. A Vida Religiosa anuncia, no concreto da experiência de mulheres e homens de todos os tempos, que um outro modo de ser e de agir é possível. Um mundo no qual as relações não são de vantagens sobre os outros. Não são de interesses e lucros, de prazeres e usos. Quem aponta para este mundo e o iniciou foi Jesus, quando pregou o Evan-

gelho. Hoje os Religiosos continuam como Jesus, mas não nas terras onde Ele habi-tou, e sim em todos os lugares onde estão. Em terras e lugares e também em situações. Terras e lugares são países, estados; situações são os papeis que se assumem na vida: educadores, pregadores, organizadores, pastores, etc. Jesus Cristo é o modelo da Vida Religiosa. Claro que cada família ou Congregação tem um modo de se expressar, de viver e fazer crescer seus indivíduos. Pode ser um Santo ou uma situação da vida de Jesus. Mas o modelo de todos é Jesus Cristo, todo Ele, toda a sua missão e pessoa. Isto é o que se chama de “seguimento”. Neste ano da Vida Religiosa, convocado pelo Papa Francisco, devemos nos olhar com sinceridade. Devemos buscar em nós e nas nossas ações a coerência de vida, a gene-rosidade da partilha, a segurança do olhar dirigido ao Mestre. Olhamos e seguimos a Cristo para que Ele possa ser visto e seguido por todos. O Ano da Vida Religiosa tem como tema: “Vida Consagrada na Igreja hoje: Evange-lho, Profecia e Esperança”. É o seguimento de Cristo. Ele fala no Evangelho, ensina, exorta, conduz. Sua palavra é profética, pois vem de Deus e a Ele leva. A profecia é o anúncio de um modo de ser diferente, renovado, transfigurado pela face de Cristo. E a Esperança é o resultado disto tudo, pois é a resposta que a fé e a adesão ao Mistério de Cristo gera nas pessoas. Os Oblatos de São José, Padres e Irmãos, como os outros religiosos, desejam seguir de perto o Divino Mestre. E convidam a todos os fiéis que o façam também. Conselho Provincial dos Oblatos de São José

“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O OLHAR DE MARIA.” 1ª quarta-feira do mês: “Terço pela Família” 2ª quarta-feira do mês: “Terço pelos Enfermos” 3ª quarta-feira do mês: “Terço pela Esperança” 4ª quarta-feira do mês: “Adoração ao Santíssimo” Horário: 19:45h VENHA PARTICIPAR CONOSCO E TRAGA SUA FAMÍLIA!


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Os Doze Profetas: Habacuc

especial 15

Profeta curioso e exigente, Habacuc chama a atenção pela sua vivacidade, pelas exigências éticas e cultuais. Para ele, a justiça e a vida na justiça definem quem deseja ser fiel.

Oráculo do Senhor. Nos Profetas encontramos muito esta expressão: “Oráculo do Senhor”. Trata-se de um modo próprio de falar do grupo dos Profetas da Bíblia. Ele indica que a palavra dita pelo Profeta não é dele, mas é de inspiração divina. Alguém poderia perguntar: “Como ele sabe disso?” Bem, é a certeza interior que a pessoa que tem uma inspiração sente e a leva a dizer isso. Talvez por-que seja algo que ela jamais diria, nem jamais teria pensado se não fosse por inspiração. Esta palavra, “oráculo”, não é exclusiva da Bíblia. Outros povos tinham seus profetas que ti-nham seus oráculos. Em geral estes oráculos apareciam depois que um espírito de alguém já morto se comunicava com os tais profetas. Ou o oráculo era entendido quando um sacerdote ou profeta, dos povos pagãos, investigavam as vísceras de animais mortos para isso. Os métodos eram vários para se ter um oráculo. Somente no Povo de Deus os oráculos vêm pela inspiração de Deus feita sobre ho-mens especiais, em geral severos, alguns dos quais nunca se destacaram publicamente. Eles não eram “profissionais”, como se poderia dizer. Às vezes apareciam para aquele oráculo, e pronto. Desa-pareciam. Talvez é isso que aconteceu com estes Profetas que estamos estudando e que, depois de alguma mensagem, desaparecem tão rapidamente quanto surgiram. E não deixaram referência alguma de si. Mas deixaram o que é mais importante: o testemunho de uma mensagem exigente e decidida. Um “Oráculo do Senhor”. Habacuc, o Profeta. Habacuc, em hebraico habaqquc, é um dos livros Proféticos menos co-nhecidos dentre o grupo dos Profetas menores ou Doze Profetas, como são chamados na Bíblia dos Judeus. Seu nome, um tanto estranho, parece ser o nome de uma planta ou árvore frutífera semelhan-te à acácia. O profeta histórico pode ser da tribo de Levi, mas não há muito fundamento para esta per-tença, a não ser

pelos temas ligados ao culto e presentes no livro. Período histórico de Habacuc. O período do profeta deve ser pelos séculos 7º e 6º a.C., en-tre os anos de 625 e 598 a.C. Ele foi contemporâneo, como Naum, do Profeta Jeremias. O texto deve ter sido composto por volta do ano 600 a.C., portanto, antes da destruição de Jerusalém, que aconte-ceu em 587 a.C., e depois da derrota do faraó Necao, acontecida em 605 a.C. Este faraó havia derro-tado Josué, rei de Judá, poucos anos antes, em 609 a.C., matando-o e pondo fim à reforma que estava em andamento. A Assíria, com a capital em Nínive, estava em pedaços. O Egito não conseguiu impor-se e a derrota de Necao é sinal disto. Então, a Caldeia, que será chamada de Babilônia, vai criando força e se impondo. Aqueles eram tempos de sofrimento, incertezas, confusões. Seguramente Habacuc é um homem de grande fé, atormentado pelo problema do mal que é visível na história e nas ações humanas. Ele espera com confiança na justiça do Senhor. Sua descrição da situação é viva e emocionante. Assim podem ser lidas as lamentações em 1,2–4. 12– 17. Mas o texto é cheio de tensões e elementos concretos, como no capítulo 3, com uma manifestação de Deus. Influência deuteronomista. Um elemento notável e que deve ser considerado é a influência, no texto, de um grupo específico de pessoas, os chamados “deuteronomistas”. Eram pessoas ligadas às antigas tradições que buscavam na Palavra, cultivada como inspirada por Deus, o caminho para a vida e a própria história. O nome, “deuteronomista”, vem do Livro do Deuteronômio. De fato, em 2 Reis, capítulos 22 e 23, encontra-se a história da descoberta de um certo “livro da Lei”. Esta descoberta foi feita quando o Templo estava sendo reformado. Os pedreiros encontraram o tal Livro e o entregaram aos Sacerdotes. Eles perceberam o seu significado e o levaram ao Rei, que naquele tempo era Josias. Este ouviu e ficou impressionado, percebendo que todo do Povo estava distante do ideal da Lei de Deus. Isto pode ser uma simplificação para que os leitores dos Livros dos Reis entendam a importân-cia da reforma. O que pode ter acontecido é que, com a destruição do reino do norte, Israel, as tradi-ções que lá haviam sido cultuadas foram perdidas por lá. Mas, talvez um conjunto importante de textos tenha sido trazido, com os escribas e sacerdotes do reino do norte, para o reino do sul. Estes textos foram guardados e, no momento oportuno, “encontrados”. Tais textos poderiam criar um ânimo impor-tante na reforma desejada por uma elite próxima ao rei, o chamado “povo da terra”. Este texto “encontrado” no Templo deve ser a parte central do nosso Livro do Deuteronômio. Por isso as tradições que dependem dele são chamadas de “deuteronomistas”. E em Habacuc há mui-ta semelhança de pensamento com o Deuteronomista. Pode-se ver isso em Habacuc 3,3 em compara-ção com Deuteronômio 33,2; também em Habacuc 3,6 e Deuteronômio 33,15. Outras semelhanças que se encontram em Habacuc: Em

1,2–4 há semelhança com o relato da vocação de Jeremias, no Livro de Jeremias 4,15 e 6,7 e ainda 20,8. Outras se encontram em Habacuc 2,2–4 com Isaías 7,9 e 8, 1 e 17; em Habacuc 2,12 com Isaías 5,12. Entre 2,12 com Miquéias 3,10, etc. Há uma tradição nos fragmentos gregos de Daniel que apresenta Habacuc visitando Daniel na cova dos leões: Daniel 14,30–40. O texto de Habacuc. O Livro de Habacuc é pequeno, com apenas três capítulos. Primeiro, o título, rápido, sem mais informações: no primeiro versículo do livro. Em seguida, uma espécie de prelú-dio, no capítulo 1, versículos 2 a 4. Depois, três partes. A primeira, com lamentações e expressões de confiança, no capítulo 1, versículo 5 ao capítulo 2, versículo 4. A segunda parte, com ameaças que são identificadas com a expressão “ai!”, no capítulo 2, versículo 5 ao versículo 20. E a terceira parte, onde o Profeta propõe uma oração, com imagens e exortações, no capítulo 3, versículos 1 a 19. Mensagem e Teologia de Habacuc. Como na maioria dos outros Doze Profetas, Habacuc in-siste na observância da Aliança como único caminho de salvação. Ele não promete alegrias e êxitos, mas dificuldades. Exorta à confiança e perseverança. Habacuc fala de um inimigo, um opressor. Talvez sejam os caldeus, como em 1,6, na primeira lamentação; talvez seja um sujeito indeterminado como em 1,13–17, na segunda lamentação. Pode também ser o usurpador de 2,6, o violento de 2,8 ou o assassino de 2,12. Há ainda a possibilidade deste inimigo ser o mal em si, as forças que combatem contra Deus na história. A justiça divina aparece no governo dos povos, o que sugere uma reflexão sobre a história, so-bre a vida. Isto se chama de “teologia da história”. É o Deus da Aliança que exerce este governo e de-termina o destino das nações. Então, o Deus de Israel não é apenas para Israel, mas para todos os povos. Notemos uma coisa interessante: aquilo que o livro de Jó apresentará como situação individual, de provação e sofrimento pessoal, Habacuc apresenta como realidade social, coletiva da nação. Nisto tudo aparece a famosa frase de Habacuc: …o justo viverá por sua fé! (2,4). Portanto, Ju-dá deverá confiar na ação do Senhor, mesmo que tudo pareça conduzir para a destruição total e irre-versível. O opressor será seguramente punido (2,5–7). Mas é necessário voltar para o Senhor, reco-nhecer nele a salvação e a santidade. Os temas mais decisivos para Habacuc são, seguramente, os mesmos do Deuteronômio: a so-berania universal de Deus, a punição dos pecados, o contraste entre a autoridade de Deus e o poder dos homens, a fé como princípio fundamental da adesão religiosa, não um mero formalismo.

Pe. Mauro Negro - OSJ Biblista PUC Assunção. São Paulo SP mauronegro@uol.com.br


PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE AGOSTO 05/08 Adilson Donato 10/08 Amarildo Lourenço Da Silva 23/08 Ana Maria André De Barros 12/08 Anaita Alemida Andrade 12/08 Andressa Denise De Souza Sobrinho 26/08 Antonio Carlos Da Silva 07/08 Antonio Carlos Limeira Da Luz 03/08 Antonio De Souza Sobrinho 07/08 Antonio José Ribeiro De Carvalho 17/08 Antonio Luis De Sousa 11/08 Célia Cristina Carvalho Ribeiro 14/08 Cleanda De Oliveira Gomes Pereira 23/08 Eduardo De Souza Trincas 08/08 Erinaldo De Souza Batista 15/08 Erivan Carvalho Da Cruz 14/08 Everaldo Caxiado Dos Santos 22/08 Francisco Castanho Frederico 10/08 Francisco Fonseca De Magalhães 31/08 Francisco Ramos Cabral 27/08 Gean Carlos B. Da Silva 13/08 Ildenilza Ana Rodrigues 27/08 Isabel Mendes Batista 01/08 Jeová Sousa Da Silva 20/08 José Alves Lira 02/08 José Joaquim Sobrinho 08/08 Josefa Cilene Dos Santos 06/08 Joselita Fiolho Da Silva 03/08 Laís Campelo Dos Santos

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DÍZIMO RECADO DO DÍZIMO: A prática do dízimo promove a vida na família e na comunidade. Obrigado aos que são dizimistas e aos que ainda não são, convidamos a fazer a experiência. Informações sobre o dízimo na entrada da Igreja ou durante a semana na secretaria paroquial.

CAMPANHA DO TERRENO DA CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA Ana Paula de Santana

O NOSSO MUITO OBRIGADO!


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