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Editorial Não fostes vós que me escolhestes, mas fui Eu que vos escolhi (Jo 15,16) Amigo(a) catequista. Paz e Bem! Foi com grande alegria que aceitei o convite para dar continuidade a esse belo projeto. Eu sou Francine de Almeida e a partir de agora caminharei contigo pelas páginas da Revista Sou Catequista, que traz, a cada edição, um conteúdo elaborado com muito carinho e seriedade. Ser catequista é mais que uma escolha. É o aceite a um chamado do Pai que exige não só vontade e dedicação, mas espiritualidade, estudo e formação. A 16ª edição foi pensada para oferecer um pouco disso tudo, fortalecendo, assim, o seu trabalho missionário. As próximas páginas trazem dicas importantes, sobretudo para os catequistas que estão iniciando a caminhada. Você vai conhecer a história de uma mineira que enfrentou grandes dificuldades, mas não recusou o chamado e, como catequista, conseguiu retomar a sua fé. Esta edição traz, ainda, notícias, eventos e sugestões de atividades para reforçar o aprendizado de seus catequizandos de forma lúdica e mais prazerosa. Que a palavra viva do Cristo Salvador esteja presente em seu coração e seja a inspiração para cada novo encontro. Boa leitura! Um fraterno abraço e até a próxima edição. Francine de Almeida, Editora-chefe

Edição 16 | Ano 4 | Setembro/2016 Direção geral: Sérgio Fernandes Editora-chefe: Francine de Almeida Editora-assistente: Débora Otte Consultor Eclesiástico: Pe. José Alem Revisão: Marcus Facciollo Projeto gráfico: Agência Minha Paróquia Diagramação: Renan Trevisan Assistente de arte: João Vitor Pereira Faustino Desenvolvimento Web: Matheus Moreira Atendimento: Bárbara Silva Comercial: Adriana Franco Projetos: Elen Bechelli de Oliveira Banco de imagens: Shutterstock

A revista digital Sou Catequista é uma publicação da agência Minha Paróquia, disponível gratuitamente para smartphones e tablets nas plataformas IOS e Android. Os conteúdos publicados são de responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a visão da agência Minha Paróquia. É permitida a reprodução dos mesmos desde que citada a fonte. O conteúdo dos anúncios é de total responsabilidade dos anunciantes.

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NESTA EDIÇÃO 8

NOSSOS LEITORES

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MATÉRIA DE CAPA

DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

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A VIDA É FEITA DE PERSEVERANÇA E FÉ! REFLEXÃO

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GRANDES E BONS PREGADORES BÍBLIA

20

CRIAÇÃO, BIG BANG, DILÚVIO, DINOSSAUROS E OUTRAS QUESTÕES DE GN 1-11

COMUNICAÇÃO

64

ANO MISERICÓRDIA

32

JUBILEU DOS CATEQUISTAS REÚNE 15 MIL PEREGRINOS EM ROMA

COMO COMPREENDER OS NOVOS FENÔMENOS DA COMUNICAÇÃO A PARTIR DA MISSÃO DA IGREJA DE EVANGELIZAR

72

VIDA NA IGREJA

76

EVANGELIZAÇÃO NA WEB

82

O CATECISMO RESPONDE

84

MENSAGEM DO PAPA

90

CATECINE

99

APP

AOS PAIS E PADRINHOS

ROTEIROS CATEQUÉTICOS

36

PARA UMA CATEQUESE ORANTE...

DOUTRINA

44 60

A NATUREZA DOS SACRAMENTOS SER CATEQUISTA

DEUS É RICO EM MISERICÓRDIA

TV CRIANÇA CATÓLICA

100

SUGESTÕES DE LEITURA


Nossa equipe tem se dedicado bastante para trazer de presente a vocĂŞ uma revista tĂŁo caprichada.

E o que pedimos em troca? Pedimos apenas que

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curta a nossa fanpage e divulgue este trabalho ao mĂĄximo de pessoas.

E obrigado pela amizade!


NOSSOS LEITORES

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Sou fã incondicional desta revista e quero deixar o meu apreço e admiração por toda a equipe. A qualidade, os assuntos, os temas, abordagens são infinitamente enriquecedores e desde que descobri este tesouro, não tenho feito outra coisa a senão anunciar, propagar e incentivar a leitura da mesma. Obrigado a todos vocês por este primoroso trabalho. Edimilson Santana Acompanho a revista há 3 anos, é uma bênção! Me ajuda muito na Catequese e em minha formação como serva do Senhor. Obrigada! Maria Aparecida Santana

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Conheci a revista no final do ano passado. Agora fico na expectativa do lançamento das edições. Quem dera se fossem mensais. Fernando Alves Adoro a seção sobre Cinema. Sempre uso com minhas crianças! Simone Antunes


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Acesso o site todos os dias para buscar artigos. Fez muita falta quando passou um tempo fora do ar. Que bom que está de volta! Estou na torcida pelo projeto e pela equipe. É uma revista gratuita, sei que vocês trabalham muito por isso. Parabéns a cada um pela dedicação. Ana Franciscana Silva

NOSSOS NÚMEROS

63.000 5.800.000 25.100 4.500 assinantes

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Aproveito para parabenizar o excelente trabalho desenvolvido, a revista é acima do padrão, informativa e LINDA, parabéns.

visitantes únicos/dia no site

Alessandra Batista Para mim é de suma importância a revista de vocês! Muito obrigada por me enviar. Eunice Maria Alves

ENVIE SUA MENSAGEM PARA

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Na última edição da revista preferida do catequista, a editora Ave-Maria, em parceria com a gente, brindou mais um leitor com um exemplar exclusivo! Entendendo a importância da formação para catequistas e catequizandos, a Ave-Maria nos enviou mais um livro para sorteio. Para recebê-la em sua casa, você precisará responder à questão-chave do desafio: Setembro é conhecido como o Mês da Bíblia, momento que nos convida a conhecer melhor e amar este livro que conta a história do amor de Deus por nós. Então responda: o que a Bíblia representa para a sua vida? A sua resposta deve ser publicada como comentário dentro da página de promoção do desafio, disponível em nosso site oficial www.soucatequista.com.br Lembrando que os textos escritos em nossa página no Facebook serão invalidados. Nossa equipe analisará todas as respostas e o resultado será anunciado em nosso site e no Facebook. Reforçamos: use seu conhecimento e criatividade à vontade, mas não se esqueça de ser objetivo. Nossa equipe analisará cada resposta e escolherá um(a) vencedor(a). Boa sorte!


Sobre o livro Espiritualidade do catequista, José Minguet Micó Este livro trata do tema da formação do catequista: mostra o cerne da sua espiritualidade e estabelece os pilares sobre os quais se edifica sua conduta. À luz da experiência de fé dos grandes personagens bíblicos, discorre sobre as atitudes que devem guiar o catequista em sua missão de comunicar a mensagem evangélica.




DE CATEQUISTA PARA CATEQUISTA

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A vida é feita de perseverança e fé! Por Kelly Cristine

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eu nome é Kelly Cristine Araújo do Carmo, tenho 45 anos e moro em Timóteo - Minas Gerais (Vale do Aço), tenho duas filhas e três netinhos. Pertenço a Paroquia São José de Acesita, mas, estamos a caminho para que nossas comunidades do setor sete, se tornem a futura Paroquia Divino Pai Eterno.


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Minha história...

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udo começou há uns 15 anos atrás, quando morava em São Paulo. Eu viva em um bairro muito pobre e desde pequena ia com meu pai à Igreja todos domingos. Para falar a verdade ia mais por obrigação, não porque tivesse vontade. Até que durante a catequese de crisma, fomos visitar um asilo e depois um mosteiro, junto com o grupo de jovens. Aquilo foi um marco para mim. Achei super incrível e na época me tocou muito. Mas, os anos se passaram e deixei a minha fé meio adormecida. Já viúva e o de crisma Turma de primeiro an no segundo relacionamento, em um momento muito difícil da minha vida, uma tia me convidou para participar do Grupo de Oração. E me ajudou muito! Desde então, Deus tocou-me, e tinha muita vontade de participar de alguma pastoral, mas, a paróquia a qual pertencia era muito fechada, como muitas são até hoje, e a oportunidade passou. Um pouco mais tarde, minha irmã Claudia, que sempre foi catequista, me convidou para participar de um encontro de catequese. Achei o máximo, fiquei tão tocada e encantada, mas, ainda não era preparada para isso. Apesar da vontade de fazer parte daquilo tudo ser grande, minha vida profissional tomava todo meu tempo e não pude atender ao chamado. Continuei participando das missas e da vida da comunidade, sem me envolver muito. Foi então que minha vida se transformou totalmente. O comercio que eu mantinha faliu, fui roubada por duas vezes em menos de 3 dias, minha filha de 15 anos ficou grávida, as dívidas aumentavam cada vez mais e eu até tentei o suicídio. Perdi totalmente a fé em Deus, e me afastei de vez da igreja.


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Mas, Deus não nos abandona nunca e me enviou um anjo chamado Padre Marcelo Rossi. E ouvindo seu programa no rádio, parecia que Deus me mandava sinais e respostas. Fui me reerguendo, perseverando, até que Deus preparou um lugar para mim aqui em Minas Gerais. Vim com a roupa do corpo. Comecei tudo do zero novamente. E a cada dia que passava, Deus foi me mostrava o quanto era fiel e me amava. Até que em 2006, já instalada em um bairro tranquilo, com pessoas acolhedoras, senti que era hora de ir à luta e buscar o que eu tanto queria: ser catequista! Primeiro fui até a coordenadora de catequese, mas, a mesma me deu um gelo e fiquei tão desapontada, que desisti novamente. Até que Deus colocou outro anjo em minha vida, minha querida amiga Jaqueline, que veio até a mim e me convidou para ajudar no apoio a catequese. Isso já era mês de agosto, mas, fui tão feliz que parecia que tinha ganhado na megasena sozinha! Parecia que ia explodir de tanta felicidade. Bateu insegurança, medo, mas Deus nos capacita mesmo. Para ser sincera eu não tinha formação nenhuma, só o famoso “arroz com Feijão” mesmo. Fiquei como apoio do primeiro ao terceiro encontro, quando, por coincidência ou providência, a catequista responsável pela turma, simplesmente abandonou a catequese sem aviso nenhum e eu tive que sozinha cuidar daquela turma de primeira eucaristia. Graças a Deus a as catequistas mais velhas, consegui dar conta. E até hoje, meus catequizandos me param para falar o quanto eu fui importante na vida deles, pois, os levei ao encontro de Jesus.

tas mãs e catequis Turma de Ir

Catequistas da crisma 20 15

Acesse o mural de fotos!


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E Deus me abençoou com minha casa, hoje moro em outra comunidade, sou coordenadora da Crisma de 6 comunidades, e tenho muito a buscar ainda. Graças a Deus que tenho o grupo “Catequistas em Formação”, que a cada dia vem fortalecendo na minha fé e me mostrando que posso me capacitar cada vez mais. Aprendo muito com todos, e agora estamos fazendo uma formação maravilhosa no sistema de Grupo de Estudo Online, já estamos no 2º modulo e tenho aprendido cada dia mais. Rezo para que Deus ilumine os caminhos das coordenadoras do grupo que perseveram para nos dar essa formação e assim, nos tornarmos catequistas conscientes da nossa missão.

*Kelly Cristine Paróquia São José de Acesita Timóteo – MG


REFLEXÃO

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S

eria faltar para com a verdade e seria crueldade, além de falta de fraternidade, negar o valor de alguns pregadores. Eles fazem um bem enorme. Não cito nem três, nem cinco nomes para não ferir os que por acaso ficarem esquecidos. Se eles não ficarem tristes, seus seguidores ficariam. Então, prefiro não mencionar nomes. Há muitos bons pregadores na mídia católica de hoje. E eu, que sou pregador há quase meio século, se às vezes ouso criticar os exageros acontecidos aqui e acolá, não é com o intuito de desfazer ou diminuir o valor desses jovens pregadores. Apenas acredito que criticar sem reconhecer seus valores é tão ruim quanto elogiar sem ter a coragem de pôr reparos no que precisa ser corrigido. Cabe aos irmãos da fé elogiar o que há de bom e corajosamente denunciar erros e exageros, porque pregadores e pregação perfeitos não existem. É claro que eu jamais ousaria arvorar-me em crítico do Papa ou das autoridades. Estão lá porque mereceram estar onde estão. Pertenço a uma Igreja hierárquica e aceito a hierarquia, e pela mesma razão também não posso criticar negativamente todos os pregadores que vieram depois de mim. Mas a ética cristã obriga os mais velhos que já viveram um pouco mais e sabem das coisas a chamar a atenção de quem vem depois. Se um pregador às vezes diz coisas que não estão no contexto da catequese ou se age de maneira que os documentos da Igreja desaprovam, devemos falar. Foi por isso que, quando vi um pregador famoso dizendo que a canção é essencial na missa, e outro, no ardor de seu entusiasmo, dizer que “sem o sim de Maria Deus não teria se encarnado”, achei-me no dever de corrigilos. Qualquer católico deveria fazê-lo. Não é porque alguém é famoso que vai dizer disparates. Famoso nem sempre rima com estudioso. E cabe ao teólogo corrigir o pregador, se este por mais fama que tenha, ensinar de forma errada dogmas de nossa fé. Em resumo, aprendamos a catar feijão: para um lado, os grãos aproveitáveis; para o outro, os grãos podres ou os detritos. Fazemos isso ou em pouco tempo teremos uma catequese impura, recheada de monofisismo, de montanismo, de donatismo e de arianismo. E é isso que acontece quando o pregador não estuda Cristologia, Teologia e Ética cristã. Nunca deixemos de elogiar o bem que se faz no púlpito de agora, mas nunca deixemos de manifestar nossa discordância quando o erro põe em risco a catequese da Igreja.

Conheça o Livro Catequese ao raiar do dia


BÍBLIA

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CRIAÇÃO, BIG BANG, DILÚVIO, DINOSSAUROS E OUTRAS QUESTÕES DE GN 1-11 por João Mello


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lguns anos atrás, quando eu fazia um Curso de Formação Básicas para Catequistas (CFBC) na diocese de Campo Limpo, em São Paulo, mandei um e-mail ao professor de Primeiro Testamento com algumas perguntas sobre Gn 1-11 (As narrativas sobre as origens: Criação, dilúvio e torre de Babel). Eis o e-mail:


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Ajuda referente a Gênesis 1-11 Terça-feira, 28 de abril de 2009. 12:59 PM Olá professor! Como o senhor está? Recentemente fui indagado por alguns catequizandos e por mim mesmo sobre algumas questões referentes a Gn 1-11. Logo lembrei-me de vc, como deu aula de AT no CFBC, pensei que poderia me ajudar. São essas as perguntas: 1- O mundo foi criado em 7 dias mesmo, isto é, dias compostos de 24 horas? 2- Se Deus criou só Adão e Eva e eles tiveram dois filhos homens, de onde veio a esposa de Caim? 3- Como explicar as diferentes etnias (brancos, pardos, negros, etc) e diferentes idiomas existentes hoje? 4- Os dinossauros existiram? E a Era Glacial? Por que a Bíblia não fala deles? 5- O dilúvio atingiu mesmo o mundo todo? Desde já agradeço a sua atenção e ajuda! Na PAZ de Cristo, João Melo


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Na ocasião, o professor me respondeu e indicou dois livros: 1) CENTRO BÍBLICO VERBO. Deus viu que tudo era muito bom: entendendo o livro de Gênesis 1-11. São Paulo: Paulus, 2007. – HOJE ESGOTADO 2) CNBB. Crescer na leitura da Bíblia. São Paulo: Paulus, 2004. (Coleção Estudos da CNBB). Muitos catequistas e agentes de pastoral que trabalham de forma dedicada na educação da fé ainda possuem dúvidas sobre essas questões. Para ajudá-los no crescimento de uma compreensão mais atualizada das Escrituras, resolvemos tratar sobre esse assunto aqui. De fato, o tipo de leitura que fazemos da Bíblia influencia o nosso modo de compreender Deus e de viver como Igreja. Uma boa interpretação bíblica é necessária para bem preparar os encontros de catequese.

A BÍBLIA E A LIMITAÇÃO DA LINGUAGEM HUMANA... A Bíblia é um livro religioso. A preocupação dos autores Clique aqui para sagrados era transmitir, com a linguagem da época, a entender mais mensagem de que Deus é o Criador de tudo e que cria sobre Iluminismo a partir do nada. Eles não estavam interessados em e Racionalismo dar explicações científicas de acordo com os padrões goo.gl/tK0nGX modernos. Na época da redação do livro do Gênesis, não se tinha a consciência e a distinção do que seria a ciência como a conhecemos hoje, influenciada pelo pensamento Iluminista e Racionalista. Portanto, não se deve fazer uma leitura fundamentalista da Bíblia, isto é, ao pé da letra, como se ela fosse um livro de História – Ela é um livro de Fé! É preciso respeitar a cultura e a linguagem da época da sua escrita. De fato, ainda hoje, nem as religiões, nem mesmo a ciência contemporânea conseguem explicar detalhes da criação. A Bíblia é um livro meta-físico, meta-histórico e meta-temporal. A expressão grega “meta” significa “para além de”. A Bíblia transcende o mundo físico, histórico e temporal. Ela é Palavra de Deus. Mas ela tem um desafio: Falar de Deus em linguagem humana. É impossível descrever Deus de modo exato. Nossa experiência e conhecimento de Deus é limitado porque ele permanece eterno mistério para nós. Por isso, tudo o que os homens escreverem Dele será, muitas vezes, imperfeito. A linguagem humana possui limitações para falar do divino. Tudo isso, porém, não desvaloriza o papel da inspiração divina das Escrituras. O Espírito Santo não “ditou” as palavras nos ouvidos dos autores sagrados. Na verdade, Deus encontra o limite da sua comunicação divina na capacidade e nas limitações humanas de compreender e interpretar a sua mensagem. A Bíblia é a maneira do povo contar a sua experiência com Deus... e experiência é algo pessoal de indivíduo e de grupo para grupo. Os relatos de Gn 1-11 podem até não ser um relato verdadeiro do ponto de vista histórico, mas possuem a verdade simbólica que narram, a verdade de fé.


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1- O MUNDO FOI CRIADO EM 7 DIAS MESMO, ISTO É, DIAS COMPOSTOS DE 24 HORAS?

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: A Bíblia não afirma que Deus fez a Criação em seis dias, como fato histórico, está apenas fazendo referência a uma ideia de tempo metafórico, isto é, tem o objetivo de justificar a lei do descanso, do repouso e da celebração da vida no sétimo dia, contra a escravidão e o incessante trabalho dos homens. O autor sagrado do livro do Gênesis, inspirado pelo Espírito Santo, procurou transmitir com sua linguagem várias mensagens: • Que a criação teve um início a partir do nada; • Que tudo que Deus cria é bom; • Que houve uma evolução simbolizada numa sequência como se fossem dias de 24 horas que culmina na criação do ser humano; • Que o ser humano não deve ser um escravo, também do trabalho, devendo descansar periodicamente (7º dia). O número 7 na Bíblia, para o povo judeu, é o símbolo da perfeição.

A TEORIA DO BIG BANG E OS DOIS RELATOS DA CRIAÇÃO PRESENTES NA BÍBLIA A teoria do Big Bang não se opõe a ideia de uma força superior que criou tudo a partir do nada. Ora, a criação da matéria e do tempo a partir praticamente do nada há aproximadamente 13,7 bilhões de anos e o fato de que o universo está num ciclo de expansão e se contrairá até chegar novamente à extinção material absoluta, não contradiz a mensagem bíblica de uma Criação e de um final dos tempos. O fato do mundo ter sido criado por Deus, não significa que ele não tenha evoluído, assim como, o fato dele ter evoluído não

Big Bang: A Origem do Universo


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significa que ele não tenha sido criado Documentário “Quem somos nós” por Deus. A teoria do Big Bang e o relato da Criação não estão em contradição, ao contrário, se completam. A ciência se encarrega de nos mostra como o mundo foi formado, como ele era antes de estarmos aqui e como ele se desenvolve, mas ela não pode explicar a sua verdadeira origem. Não há nenhum erro em dar crédito a teoria do Big Bang. O problema é que ela é incompleta, pois podemos facilmente nos perguntar: “De onde vieram as tais das partículas que explodiram?”; Ou ainda “Quem ou o que as fez explodir?”. Logo percebemos que esta teoria não nos fala da verdadeira origem, do princípio dos princípios. A narrativa bíblica de Gênesis e de outros textos sagrados tratam, então, em uma perspectiva de fé, de nos sanar esta dúvida. Segundo o relato de Gênesis, Deus é o autor da vida! É ele o princípio absoluto (cf. Jo 1,1-4), e é por meio Dele que tudo passa a existir. Deus criou o mundo a partir do nada (cf. 2Mc 7,28). Nesse sentido, existe até certa semelhança entre a teoria do Big Bang e o relato da Criação de Gn 1,1-2,4a. Nos dois casos, a evolução do mundo acontece progressivamente, ou seja, há um desenvolvimento das formas de vida mais simples para as mais complexas, culminando no ser humano, o único que possui plena consciência de sua existência. Sabemos, hoje, que os seis dias em que Deus criou o mundo, ao qual se refere a Bíblia, não são seis dias de 24 horas como os nossos, são, na verdade, uma maneira simbólica de representar a evolução de acordo com a realidade vivida na época em que o texto foi escrito. Prova disto é que a própria Bíblia traz um outro relato da criação, que se encontra em Gn 2,4b-24. Assim também, vale lembrar que Deus não só “explodiu as partículas e pronto!”, sumiu depois disto, não! Se fosse assim, como então o universo seria tão perfeito? E por que o nosso planeta, em meio a outros que conhecemos, seria habitado e feito de criaturas tão belas e tão evoluídas? Como tudo, por obra do acaso, seria tão organizado e perfeito? Só mesmo por obra de Deus! É Ele o Oleiro por trás disto (cf. Eclo 33, 13-14; Is 64, 8), moldando o mundo, segundo a Sua vontade. No fim, contemplando a sua obra, Deus exclamou que tudo era muito bom (cf. Gn 1,31). O mundo já está aí, criado e evoluído. Deus nos deixou ainda, uma importantíssima tarefa, cuidar e preservar a Sua Criação (cf. Gn 2,15).

“O mundo criado para evoluir” Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo goo.gl/ysPx67


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2- SE DEUS CRIOU SÓ ADÃO E EVA E ELES TIVERAM DOIS FILHOS HOMENS, DE ONDE VEIO A ESPOSA DE CAIM? A Bíblia é acima de tudo um livro de fé. Estudos bíblicos mais recentes revelam que os textos sagrados estão repletos de diferentes gêneros literários como poesia, prosa, historiografia, cântico, mito, saga entre outros. Ora, a linguagem religiosa é metafórica e simbólica. Os relatos bíblicos permeados de metáforas e de símbolos são vias privilegiadas, porque menos inadequadas, para exprimir a realidade do Mistério de Deus. As metáforas bíblicas mais evocam do que definem, mais acenam do que delimitam. As narrativas bíblicas são sempre uma provocação para a experiência de Deus e não uma definição da experiência com Deus. Elas “tem vida própria”, são “livre”, não podem ser contidas e sua linguagem não é capaz de esgotar o assunto narrado. As narrativas bíblicas evocam uma força e uma presença daquilo que é narrado. Isso também acontece com o relato de Adão e Eva e seus filhos. O nome “Adão”, tem origem hebraica e quer dizer “gênero humano” ou simplesmente “homem”, enquanto o nome “Eva”, também de raiz hebraica, sugere a ideia de “vivente” ou “mãe dos viventes”. Nesse sentido, o casal mitológico do Gênesis é sinal da criação de todos os seres humanos, homens e mulheres. Se existiram historicamente, pouco importa. Contou-se a história só dessa família para mostrar que foram escolhidos por Deus para fazerem uma aliança com Ele e serem pai e mãe da humanidade, povo de Deus. Isto não quer dizer que não existissem outras famílias e outros povos. Os nomes dos filhos de Adão e Eva e dos descendentes deles serviam para indicar a origem de cidades, de povos e de funções como pastores, ferreiros, meretrizes etc.


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3- COMO EXPLICAR AS DIFERENTES ETNIAS (BRANCOS, PARDOS, NEGROS, ETC) E DIFERENTES IDIOMAS EXISTENTES HOJE? O Documento da Igreja sobre a Revelação, Dei Verbum, nº Clique aqui para 21, do Concílio Vaticano II, afirma que “a Igreja sempre ler a Dei Verbum venerou as Divinas Escrituras da mesma forma que o goo.gl/H6VWI próprio Corpo do Senhor”. De fato, a Bíblia é Palavra viva de fé para todos os cristãos. “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para doutrinar, refutar, corrigir, educar na justiça, a fim de que o homem seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2 Tm 3, 16-17). Isso significa, portanto, que a Bíblia tem uma implicação prática: “prepara para toda boa obra”. Por meio de suas narrativas inspiradas divinamente, a Bíblia nos ensina um modo de viver. Ela não é um livro de pura aquisição de conhecimento. Não se lê a Bíblia para “se saber mais”. O problema está justamente quando achamos que ela serve para isso. Com efeito, se queremos adquirir o conhecimento sobre como surgiram os primeiros homens e diferentes etnias, devemos procurar em bons livros de Ciências/História ou sites afins que procuram dar explicações científicas sobre o assunto. A Bíblia possui explicações religiosas e de Fé. O relato bíblico da torre de Babel é muitas vezes interpretado como o surgimento de várias línguas no mundo. Seria dizer que antes disso, todos os seres humanos que existiam falavam a mesma língua. Daí, porque os homens resolveram construir um Torre até o céu, Deus confundiu as línguas e a construção foi um fiasco. No entanto, a narrativa de Gn 11, 1-9 é, na verdade, uma resposta do povo judeu que vivia exilado na Babilônia, longe de sua terra e sob o jugo da opressão dos babilônicos e de sua religião pagã, que tinha como objetivo mostrar as injustiças dos projetos humanos e que estes seriam impedidos por Deus de se concretizarem. A palavra “Babel” pode ser traduzida como diminutivo de “Babilônia”. Colocar o nome “Babilônia” no diminutivo “Babel” era forma de protesto do povo judeu que havia sido disperso, ou seja, levado e espalhado no território dominado pelo império babilônico. No relato bíblico da Torre de Babel, o povo afirma que Deus fará justiça dispersando o povo babilônico assim como eles fizeram com o povo judeu.


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4- OS DINOSSAUROS EXISTIRAM? E A ERA GLACIAL? POR QUE A BÍBLIA NÃO FALA DELES? A Bíblia não fala de toda a História da humanidade e nem de todos os povos, mas somente do Povo Eleito, ou seja, especialmente os judeus do Primeiro Testamento e cristãos do Segundo Testamento. Como a Bíblia é um livro religioso – e não de História, ela não relata fatos da História ou da Pré-História desconhecidos para o povo de Deus, isto é, os judeus do Primeiro Testamento. Esses fatos são comprovados pela ciência. Assim, os dinossauros, os cataclismas e eras glaciais, e até mesmo a existência das Américas e dos povos indígenas que por aqui viviam, por exemplo, não estão nas Sagradas Escrituras. Os dinossauros existiram? Prof. Felipe Aquino


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5- O DILÚVIO ATINGIU MESMO O MUNDO TODO? O relato do Dilúvio - que aliás é muito comum em outras culturas parece procurar mostrar que boa parte dos homens do mundo da época foi má e por isso, foi castigada com um dilúvio, que cobriu o mundo conhecido na época – lembre-se que o povo judeu e seus autores sagrados se quer sabiam da existência das Américas, por exemplo. Pela ciência sabe-se que seria impossível um dilúvio que cobrisse todo o mundo ao mesmo tempo. Porém, vários povos construíram narrativas sagradas para explicar o fenômeno das grandes enchentes e o recomeço a partir delas. De fato, a ideia que permeia o relato de Gn 6, 5-9,17 é a recriação do mundo. Deus intervém para recriar o mundo, para libertá-lo da maldade e da opressão que exigem um recomeço. Diante da depravação e da maldade, Deus não se omite, Ele age e salva o mundo, pois o Dilúvio não destrói a vida, os casais de animais e a família de Noé são símbolos da esperança. O ser humano que se distanciara de Deus antes do Dilúvio, sai dele, mais próximo de Deus: O arco no céu – arco-íris – é o símbolo da Aliança com Deus. O Dilúvio é um momento de purificação que antevê a realidade do nosso Batismo.

Clique aqui para ler o relato do dilúvio Gilgamesh (Sumério/Mesopotâmico) goo.gl/W7EuUb

Trailer do filme do Dilúvio Maxakali (Indígena)


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PARA SEGUIR APROFUNDANDO... O texto que você acabou de ler não esgota o assunto. Talvez tenha até de deixado “com a pulga atrás da orelha” e com outras dúvidas... ótimo! Não se tinha a pretensão de esclarecer tudo. O objetivo é suscitar o desejo de que catequistas e educadores da fé cresçam no desejo de melhor compreender a Bíblia e busquem os caminhos para isso. Se você quiser aprofundar no assunto, ficam aqui duas dicas de obras simples e acessíveis: FARIA, Jair de Freitas. As mais belas e eternas histórias de nossas origens em Gn 1-11: mitos e contramitos. Petrópolis: Vozes, 2015. CNBB. Crescer na leitura da Bíblia. São Paulo: Paulus, 2004. (Coleção Estudos da CNBB).

João Melo Graduando em Teologia (PUC-SP), formado em Filosofia (UNIFAI), especialista em Catequese (UNISAL) e acadêmico do curso de Pósgraduação em Psicopedagogia (Claretiano) e em Ensino Religioso Escolar (UNISAL). Colabora na formação de agentes de pastorais ligados à prática catequética e à formação cristã na cidade de São Paulo/SP.



ANO DA MISERICÓRDIA

Jubileu dos Catequistas reúne 15 mil peregrinos em Roma

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m dos eventos mais marcantes deste Ano da Misericórdia foi o Jubileu dos Catequistas, que se realizou entre os dias 23 e 25 de setembro, em várias igrejas de Roma e no Vaticano. A abertura contou com uma introdução voltada aos grupos linguísticos em português, francês, inglês e espanhol, que convidava os participantes a “contemplarem a misericórdia” implícita na obra “A Vocação de São Mateus”, do pintor barroco Caravaggio, concluída em 1599-1600 para a Capela Contarelli, em San Luigi dei Francesi. Entre a sexta-feira e o sábado, a igreja permaneceu aberta para que os catequistas pudessem contemplar a pintura de Caravaggio. Eles também peregrinaram à Porta Santa, num percurso que remeteu aos passos dos Santos e Beatos da Catequese.

Leia a íntegra da homilia do Papa Francisco goo.gl/A8kcmP

Mas o ponto alto do evento foi, sem dúvida, a celebração eucarística presidida pelo Santo Padre, na Praça de São Pedro. Em sua homilia, Papa Francisco começou por lançar a sua atenção para a segunda leitura daquele domingo, retirada da Epístola de São Paulo a Timóteo, na qual São Paulo “não recomenda uma multidão de pontos e aspetos, mas sublinha o centro da fé. Este centro à volta do qual tudo gira, este coração pulsante que a tudo dá vida é o anúncio pascal, o primeiro anúncio: O Senhor Jesus ressuscitou” – disse Francisco que sublinhou o novo mandamento no qual nos faz pensar Paulo: “Que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei”. E é só “amando que se anuncia Deus-Amor”. O Papa também ressaltou que “Anuncia-se Deus, encontrando as pessoas, com atenção à sua história e ao seu caminho. Porque o Senhor não é uma ideia, mas uma Pessoa viva: a sua mensagem comunica-se através do testemunho simples e verdadeiro, da escuta e acolhimento, da alegria que se irradia. Não se fala bem de Jesus, quando nos mostramos


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tristes; nem se transmite a beleza de Deus limitando-nos a fazer bonitos sermões. O Deus da esperança anuncia-Se vivendo no dia-a-dia o Evangelho da caridade, sem medo de o testemunhar, inclusive com novas formas de anúncio.” Neste momento da sua homilia o Santo Padre referiu a parábola que o Evangelho de São Lucas nos conta, na qual um homem rico não repara em Lázaro, um pobre que jazia ao seu portão. “Na realidade, este rico não faz mal a ninguém, não se diz que é mau” – disse o Papa – “e todavia tem uma enfermidade pior que a de Lázaro, apesar deste estar coberto de chagas: este rico sofre duma forte cegueira, porque não consegue olhar para além do seu mundo, feito de banquetes e roupa fina. Não vê mais além da porta de sua casa, onde jazia Lázaro, porque não se importa com o que acontece lá fora. Não vê com os olhos, porque não sente com o coração. No seu coração, entrou a mundanidade que anestesia a alma. A mundanidade é como um buraco negro que engole o bem, que apaga o amor, que absorve tudo no próprio eu” – observou o Papa. Ouça a matéria produzida pela Rádio Vaticano

Aparência e indiferença são razões para a “grave cegueira” de quem “olha com reverência as pessoas famosas, de alto nível, admiradas pelo mundo, e afasta o olhar dos inúmeros Lázaros de hoje, dos pobres e dos doentes, que são os prediletos do Senhor” – declarou Francisco.

Mas Deus não esquece Lázaro e acolhe-o “no banquete do seu Reino, juntamente com Abraão, numa rica comunhão de afetos” –disse o Papa que, falando para os catequistas, sublinhou que “como servidores da palavra de Jesus, somos chamados a não ostentar aparência, nem procurar glória; não podemos sequer ser tristes e lastimosos”. Ele ainda afirmou: “Não sejamos profetas da desgraça, que se comprazem em lobrigar perigos ou desvios; não sejamos pessoas que vivem entrincheiradas nos seus ambientes, proferindo juízos amargos sobre a sociedade, sobre a Igreja, sobre tudo e todos, poluindo o mundo de negatividade. O ceticismo lamentoso não se coaduna a quem vive familiarizado com a Palavra de Deus”. “Quem anuncia a esperança de Jesus é portador de alegria e vê longe, porque sabe olhar para além do mal e dos problemas. Ao mesmo tempo, vê bem ao perto, porque está atento ao próximo e às suas necessidades” – declarou Francisco, que no final da sua homilia sublinhou que “face aos inúmeros Lázaros que vemos, somos chamados a inquietar-nos, a encontrar formas de os atender e ajudar, sem delegar sempre a outras pessoas nem dizer: Ajudar-te-ei amanhã. O tempo gasto a socorrer é tempo dado a Jesus, é amor que permanece”. Participaram da missa cerca de 15 mil catequistas provenientes de várias partes do mundo. Ao final da celebração, o Papa rezou a Oração Mariana do Ângelus, junto aos fiéis e peregrinos que se encontravam na praça.

Cardeal Orani João Tempesta, sobre o Jubileu dos Catequistas goo.gl/WscuLE


ROTEIROS CATEQUÉTICOS

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Para uma Catequese Orante.. por Ângela Rocha

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as últimas edições tratamos dos RITOS E CELEBRAÇÕES na catequese, como parte da catequese “mistagógica”, para compreendermos a estreita ligação entre CATEQUESE e LITURGIA. Agora retomamos a construção de nosso ITINERÁRIO CATEQUÉTICO, falando de ORAÇÃO, ou seja, fazendo um resgate da dimensão ORANTE que a catequese deve ter. Para isso, resgato aqui um texto do catequista e jornalista, Alberto Meneguzzi:


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A Oração e a Catequese A oração é um momento especial na catequese, mas precisa antes de tudo, ser um instante de reflexão, encontro pessoal e de seriedade. O catequista tem a função de ser um mediador nesta descoberta. Explico: um mediador porque se supõem que na família de cada um, a oração esteja sendo praticada e exercitada. Mas, como na prática nem sempre isso acontece, de “mediador”, muitos catequistas passam a ser “iniciadores” da oração para muitos jovens e crianças. Por esta razão, para uma tarefa tão importante, é preciso achar a fórmula ideal, a técnica adequada para convencer. E não é tão complexo assim fazer com que crianças e jovens orem, não somente na catequese, mas coloquem a oração como parte de suas vidas. O catequista tem a função de esclarecer aos seus catequizandos e aos pais deles, que ao rezar, não estarão cumprindo apenas uma tarefa “exigida” pelo catequista ou pela Igreja, mas sim, para as suas vidas. Neste contexto, a oração se inicia bem antes, e já se demonstra na maneira como os jovens e as crianças são acolhidas ao chegarem ao encontro. Um sorriso, um aperto de mão, um abraço, um “seja bem-vindo” já são trechos de uma linda oração. Acolher também é orar. Quando o catequista acolhe, olha nos olhos, conversa informalmente, dá a mão, abraça com carinho, a oração já está em pleno andamento. A catequese precisa resgatar estes pequenos, mas importantes valores. Não tocaremos corações, não indicaremos um caminho e não convenceremos ninguém a nada se as nossas atitudes em relação aos pais, crianças, jovens e até mesmo aos outros colegas catequistas, não forem de acolhimento. Insisto nisso: acolher é orar. E de que forma você acolhe? Em que momento você sorri para seus catequizandos? Quando você os observa mais de perto em suas feições, expressões e atitudes? Qual o seu contato mais próximo? Você se interessa por eles? Ouve, nos momentos informais, o que eles têm para lhe contar? Partilha o seu dia-a-dia? Em muitas turmas de catequese, a oração sempre ocorre numa sala fechada, no início do encontro, de forma solene e automática. Em muitos casos, o catequista é quem manda e reza. Os demais apenas obedecem. A oração, nestes moldes, não se torna compartilhada, dividida e espontânea. Assim, um momento que poderia ser rico em reflexões, passa a ser dividido com “risadinhas” fora de hora e com brincadeiras que tiram o seu verdadeiro objetivo. Rezar apenas para dizer que rezou, não tem validade e se torna apenas uma tarefa executada sem atingir o coração. Oração na catequese não é “tarefa” que precisamos pedir como tema de casa. Oração na catequese não é algo imposto pelo catequista na base do autoritarismo. Oração na catequese não tem uma hora exata para acontecer. O encontro de catequese em si, já é uma oração e deve acontecer de forma natural, gradual e sistemática, sem atropelos e imposições.


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Apresento abaixo, alguns passos importantes que podem servir para fazermos da oração um momento especial na catequese: O acolhimento, a conversa informal e o sorriso, são momentos de oração; Faça com que seus catequizandos, se cumprimentem ao chegar e se despeçam ao sair. Instrua-os a praticarem os pequenos gestos. Um aperto de mão, um abraço, demonstra o carinho e a educação que devem ter no trato uns com os outros. O exercício de pequenos gestos é oração das mais profundas; A leitura bíblica é um momento de oração. Faça deste instante, de contato com a Palavra de Deus, algo permanente nos seus encontros. Exercite o manuseio da Bíblia. Escolha passagens atraentes e explique o significado. Reflita junto, faça propósitos, tire lições. A leitura orante é um momento enriquecedor; Ensine-os a rezar. Diga a eles que devem pedir, mas também agradecer. Faça com que lembrem de seus pais, familiares e amigos em suas orações; Tire seus catequizandos da sala onde se realizam os encontros semanais, pelo menos por breves instantes. Vá até a igreja com eles e circule pelo templo; Leve-os até o sacrário e explique como é importante aquele lugar;

Alberto Meneguzzi

*Jornalista e relações públicas formado pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), radialista e Catequista de crisma em Caxias do Sul/RS, escritor dos livros “Paixão de anunciar” e “Missão de anunciar”, ambos editados pelas Paulinas.

Destaque a necessidade que todos têm de oração. Aproveite a ida a Igreja e esclareça o porquê de alguns gestos e ritos, como o sinal da cruz e a genuflexão; Deixe que eles se espalhem pela igreja e rezem, de forma individual. Reze também você com eles. A oração feita assim torna este momento mais solene, cheio de vida. Embora pareça algo individual, orar desta forma transforma o instante coletivo na medida em que todos estão juntos no templo, com o mesmo objetivo, ou seja, a oração, um encontro pessoal com Deus; Não fuja do contato com os pais. Procure-os e ao conversar com eles, coloque a eles a importância de também rezarem em casa, juntos, em algum momento do dia. Pode ser uma oração breve, mas estimule-os a rezar com os filhos e em família; Não são só os outros que precisam rezar. O catequista também precisa, e muito, encontrar momentos para a oração. Isso significa o fortalecimento da sua fé e do seu entusiasmo pela missão que lhe foi confiada. É fundamental que isso aconteça. Sem oração, a catequese se torna incompleta, sem rumo e sem objetivo concreto.


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O que é orar, afinal? (Método mistagógico) Orar é “falar com Deus”. A oração autêntica é aquela que transforma a pessoa, para orar de verdade a pessoa precisa se recolher em si mesma. No mundo de hoje somos projetados para "fora", damos importância demais ao que acontece ao nosso redor e nos esquecemos de olhar para dentro da gente. Por isso, ao orar com os nossos catequizandos precisamos nos desprender um pouco do "roteiro". Normalmente a gente chega e já é de praxe que todos se levantem, rezem o Pai Nosso, Ave Maria, Santo Anjo ou outra oração. E, quase sempre, esta oração é vazia. As crianças estão ali agitadas, querendo contar as novidades, conversar com os colegas, querem ser vistas e querem atenção... E nós queremos que elas calem a boca para que possamos começar o encontro! A oração é antes de tudo a "busca" de Deus, ela precisa ser pessoal, silenciosa, contemplativa. Aí nos esbarramos num “porém”: crianças não conseguem isso com facilidade! A capacidade de abstração de uma criança é bem pequena. Por isso a importância do ambiente: de uma vela acesa, da bíblia, de incenso, da água benta, do silêncio, respiração pausada, olhos fechados. Então precisamos ensinar ás crianças que a oração é uma “conversa”, onde se “escuta” mais do que se fala. Orar é uma relação de amor, é criar uma relação de amizade com Deus, onde ele te escuta e, mesmo sem parecer que responde, Ele age na sua vida. E nós não nos voltamos para Deus só com a boca ou o pensamento, é preciso voltar-se pra Ele com todo nosso ser. Lembrar-se da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, que, pela bondade do Pai, faz morada em nós. E podemos, sempre, usar as fórmulas. Desde que as orações sejam “trabalhadas” antes em sua essência. O que se diz a Deus em cada frase do Pai Nosso? De onde vêm as frases da oração à Virgem Maria? Por que invocar o Santo Anjo? Qual é o significado de professar o Creio? É preciso “sentir” em cada frase que sai de nossa boca o significado que ela tem em nosso intelecto. Enfim, é preciso criar o "clima", orar sem dispersar o pensamento. E não é fácil fazer isso com as crianças. Como já foi dito, elas não têm a capacidade de contemplação acentuada, é preciso então lembrá-las do "concreto", daquilo que acontece com ela no dia a dia, das suas pequenas e angústias e medos; e lembrá-las que basta fechar os olhos e conversar com Deus, contar e ele em pensamento tudo que acontece, que dá medo, tristeza, angústia... E Ele, como Pai amoroso, abraça, traz paz, tranquilidade e te envolve com seu manto de amor.


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Para ajudar, existem alguns "exercícios" que podem relaxar o corpo e a mente que é possível fazer, no entanto, sempre com cuidado de não constranger ninguém ou obrigar. É preciso também situar-se na realidade deles, perguntar como estão as pessoas que convivem com eles: quem está triste, doente, quem conseguiu alcançar um grande objetivo, está alegre por uma conquista, etc.; e relacionar isso ao louvar, agradecer e suplicar. Mas, não é em todo encontro que você vai conseguir a verdadeira oração com eles. Existirão momentos em que o “agito” será bem maior que a vontade de orar. Deixe a oração para o final então, quando a “energia” baixar um pouco, quando a calma estiver presente. Então não é preciso começar, necessariamente, o encontro pela “oração inicial”. Com o passar do tempo, as crianças entram numa rotina e acabam ficando no “automático”. Como começar meu encontro então? Com um alegre e animado bom dia, boa tarde, boa noite, mostrando que estão ali para um encontro de amigos e não uma “aula de catequese”. Lembre às pessoas (e isso vale para adultos também), que elas estarão reunidas para um encontro e pedir que façam o sinal da cruz, pois estarão ali em nome da Trindade. Em seguida use uma motivação, algo que desperte curiosidade pelo tema. Que pode ser uma brincadeira, uma história, uma dinâmica, uma música... E até uma ORAÇÃO, diferente daquelas que estamos acostumados a fazer. Uma dica: o Itinerário Mistagógico de Oração de Santa Tereza D'Ávila. Excelente fonte de inspiração para a oração. Para o catequista bem entendido! Também temos um texto muito bom sobre oração que se chama: "Entra no teu quarto", excelente para entender um pouco o que é orar. DICA: Faça um encontro com os pais dos pequenos que estão iniciando na catequese. Como sugestão, pode usar este ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS: ORAÇÃO. Como encontro para catequizandos temos o “Ensinando a Orar” do Grupo Catequistas em Formação.

Roteiro de encontro: Ensinando a Orar goo.gl/2rnnNK

Itinerário Mistagógico de Oração de Santa Tereza D'Ávila goo.gl/SeNn1X


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Orando na catequese.. Há uma paz e uma alegria enorme em se colocar em oração. E nem sempre conseguimos fazer com que nossas crianças consigam fazer essa meditação e esse "encontro" com Deus na Oração. Primeiro que eles são por demais inquietos e são absolutamente incapazes de ficar imóveis por mais que dois minutos e entrar em abstração... Não é característica da idade e nem do interesse "vivo" que eles têm pelas coisas. São necessárias imagens, sons e movimentos. É assim que se caracteriza o aprendizado na primeira e segunda infância. E ao entrar na adolescência, não é diferente, o mundo entra em ebulição. O jovem sente necessidade de estar sozinho e ao mesmo tempo não consegue viver sem o "grupo". Ele precisa entender as mudanças internas e ao mesmo tempo se adequar ao mundo externo, a um outro mundo que se desdobra ao seu redor. Um mundo que exige dele postura e "responsabilidade". Isso quando ele nem sabe ainda o que fazer com seus hormônios... Mas é preciso que oremos na catequese. É preciso despertar nestes jovens a necessidade de se estar "a sós" consigo mesmo e com Deus. A experiência de oração Inaciana é muito útil neste ponto. Muitas vezes não consigo fazer uma oração no encontro de catequese. Não há "espírito" e nem "clima". A recitação mecânica do Pai Nosso ou da Ave Maria, não satisfaz a necessidade de "repouso" de nossas mentes e coração. E eu já encontrei catequistas que usam a oração como um "cala boca" quando as crianças se mostram inquietas e loquazes. E no meio da bagunça, dá-lhe um "Pai Nosso que estais no céu...". As crianças vão aos poucos aderindo ao "palavrório" e se faz silêncio. Mas será essa uma oração verdadeira? De escuta e de meditação? Ou será só uma distração momentânea daquilo que é do interesse deles no momento? O texto "Entra no Teu quarto" de Ir. Teresa Cristina Potrick, é um excelente subsídio para se aprender a oração. Claro que é necessário uma certa adaptação, mas tenho sentido que nos encontros, quando uso algo parecido, as orações ficam um pouco mais verdadeiras.

Texto: "Entra no Teu quarto" goo.gl/7zYQVR

Para rezar é preciso preparar o corpo e a alma, fazer alguns “exercícios” de relaxamento pode ajudar, mesmo que as crianças não sejam lá muito adeptas ao “relaxamento”. Claro que é necessária uma certa adaptação, mas tenho sentido que nos encontros, quando uso algo parecido com o roteiro abaixo, as orações ficam um pouco mais verdadeiras.


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- Peço para que todos, sentadinhos mesmo, coloquem os dois pés firmemente no chão e fechem os olhos... - Coloquem as mãos nos joelhos... respirem fundo... uma, duas, três vezes... - Sintam a energia de vocês, que vem lá da ponta dos pés, subindo, subindo... agora está nos joelhos... subindo pelo estomago, pelas mãos... sinta chegar ao coração, aos pulmões... aos ombros... e sinta todo o peso sair deles... - Sinta... você está leve... respire fundo, pausadamente... Levante as mãos... pressione um pouquinho os polegares contra os ouvidos, escute a sua respiração... o silêncio do seu coração... - Agora, ainda de olhos fechados, baixe as mãos... - Vamos levar Deus aos nossos pensamentos, contar a ele o que vai em nossos corações, nossos medos, nossas culpas... vamos pedir perdão... e pedir a Jesus que nos ajude a ser melhor... e Ele perdoa... e nos dá essa graça e afirma que não nos abandonará nunca! - Agora agradeça e lembre de tudo de bom que Deus colocou em sua vida e louve, louve silenciosamente a Deus, agradeça o dom da vida... e bem devagar, saboreando cada palavra, sentindo cada frase, vamos rezar o Pai Nosso.

Pai Nosso, que estais no céu... - Agora, bem devagar, abrindo os olhos, esticando os braços, espreguiçando, levantando... remexendo tudo e dando aquele sorriso... Uma sugestão: Confeccione “plaquinhas” para colocar na porta do quarto e presenteie seus catequizandos! Vamos lá? Vamos fazer um encontro maravilhoso?

Download: “Plaquinhas” para colocar na porta do quarto

Ângela Rocha Catequista e formadora na Paróquia Sagrados Corações. Especialista em Catequética pela FAVI, Curitiba-PR. Administradora do grupo Catequistas em Formação.


DOUTRINA

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A NATUREZA DOS SACRAMENTOS por Almir F. Rivas O QUE SÃO OS SACRAMENTOS? Podendo Cristo agir diretamente ou através de instrumentos, institui Ele os sacramentos como um marceneiro que utiliza destas ferramentas (instrumentos) para operar em nossas almas. Cabe a Igreja Católica Apostólica Romana, Seu corpo místico, zelar por estas ferramentas e não é permitido a Ela, incluir, excluir ou alterar qualquer um dos sete sacramentos, a saber:


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Os sacramentos simbolizam algo, da mesma forma que um diploma de medicina simboliza que uma pessoa é médica, que pode operar, receitar remédios e outras coisas características dessa profissão. Porém contrariamente ao diploma, pois ninguém é médico apenas por ter um diploma, ou apenas por ter ido à colação de grau e recebido um diploma, o sacramento produz aquilo que ele simboliza. A confissão, por exemplo, produz aquilo que ela simboliza. Ela produz a absolvição dos pecados cometidos, simbolizando um tribunal onde o promotor é o próprio acusado e ao se declarar culpado, recebe do Juiz, sacerdote - o próprio Cristo naquele momento, a absolvição de seus pecados e lhe é infundido a graça deste sacramento que lhe fortalece para lutar contra o pecado.


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PARA QUE SERVEM OS SACRAMENTOS? Criados no paraíso de terrestres, nossos primeiros pais, Adão e Eva, viviam na intimidade com Deus, na comunhão com Deus e em plena graça Divina e por isso naturalmente buscavam o Bem e rejeitavam o mal. Por isso não era necessário uma série de mandamentos a ser cumprido, Deus ao cria-los deu-lhes uma única ordem: Que não comessem da árvore do bem e do mal. Infelizmente esta ordem foi descumprida e perderam a comunhão com Deus, a intimidade e a graça. No momento do nosso batismo (sacramento do batismo) somos lavados desse pecado original e a graça divina e infundida em nós, mas senão buscamos crescer na graça, este organismo sobrenatural vai regredindo. Os sacramentos infundem novamente está graça. Recebendo-os constantemente e corretamente a graça cresce e avançamos na comunhão com Deus e na nossa vida de santidade.

O MAIOR DOS SACRAMENTOS Sendo amar o maior dos mandamentos é a Eucaristia o maior dos sacramentos, pois é ela que nos dá a graça de crescer no amor por Deus e desta forma viver em comunhão com ele. Símbolo de um banquete a Eucaristia nos alimenta e nos fortalece para a nossa vida espiritual e nos ajuda a viver melhor os outros sacramentos. Aproximar-se dela de forma digna, sem pecado mortal, é condição fundamental para que ela possa operar em nossa alma com toda a sua força. Daí inevitavelmente devemos citar a importância de uma boa confissão, assunto este que trataremos em próximos artigos.

Almir Farias Rivas Junior Leigo, analista de sistemas, casado e pai de duas filhas. Participa da pastoral de noivos e é servo em grupo de oração da renovação carismática.


MATÉRIA DE CAPA

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Por Pe. Dr. Paulo F. Dalla-Déa


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P

ara você que está começando agora e tem medo de errar ( o que é inevitável!) resumo algumas das coisas básicas que um catequista precisa saber para não errar muito e nem brincar de “professor de religião” como muitos pensam e fazem. Catequese é algo fundamental para a Igreja e não se pode improvisar. Por isso, aqui vão algumas coisas básicas que você não pode esquecer.


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Catequese

é assunto

de fé e não

de método

somente

Ser catequista não é ser um “professor de religião” como muitos acreditam e brincam de ser. Ser catequista é mais do que fazer um encontro animado e participativo (fundamental). Ser catequista não está relacionado nem a uma formação pedagógica adequada (seria bom!). Ser catequista é, sobretudo, PARTILHAR A FÉ que se tem e as experiências de vida de comunidade. Sem isso, o catequizando só sairá com mais informação (ou não), o que não é nem de longe suficiente. Dar catequese não é repetir o Catecismo da Igreja, mas motivar as pessoas a entender e viver a doutrina de Jesus Cristo, que é ensinada pela Igreja Católica. Então, saber o que dizer é apenas MEIO PASSO: motivar e mostrar a partir da própria experiência de vivência de fé como se faz é o mais necessário. Ou então, ficaremos em uma catequese apenas doutrinal, que não muda a vida e não converte ninguém... É isso que você quer? Sem dúvida, a Igreja quer um cristão que saiba e viva a sua fé.


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Catequese como

Inês Broshuis Catequese Renovada Interação Fé e Vida 03

assunto de fé

Catequese e família Juventude e catequese

Catequese familiar: a transmissão da mensagem cristã com o envolvimento ativo dos pais


Envolver a comunidade

e a família na catequese é fundamental e básico

Muitas vezes, digo – exagerando – de que, se a família for catequizada, as crianças nem precisam ir pra catequese. Como a escola substitui a família na educação de hoje, os pais “jogam” as crianças na catequese acreditando que elas irão aprender a viver a fé. Errado! Os catequistas não substituem (e nem devem!) o papel da família na vivência de fé. Por isso, paralelamente com a catequese que se faz com as crianças, é preciso fazer um trabalho com as famílias. Eu optei na minha pastoral de só receber as crianças depois que as famílias (pais e mães) fizessem uns 3 a 4 meses de catequese semanal e depois de que as crianças já soubessem as orações básicas, ensinados pelos pais. Hoje tenho menos crianças na catequese (50% menos), mas tenho o dobro de resultados. E tenho feito uma evangelização das famílias muito maior. As famílias que começam esse caminho e se dispõem a ensinar os filhos a rezar com as orientações que damos, sentam mais e convivem melhor em família. Trabalhando a família e a sua dinâmica tudo se modifica em casa e na Igreja.


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Lidar com crianças exige carinho, mas você não deve ser

pai ou mãe deles

A grande tentação de muitos catequistas é confundir carinho e acolhida com fazer o papel de pai ou mãe do catequizando. O catequista tem é que repartir a fé e a vivência que tem. Como todo o carinho, com acolhida dos diferentes e com a possibilidade de entusiasmar as crianças e os adolescentes/jovens com um relacionamento vivo e positivo com o Cristo e a sua Igreja. Aqui não cabe uma fé ingênua e nem uma pregação de doutrina, somente. Compartilhar, repetir e exigir fazem parte de ser catequista. Uma atitude maternal pode funcionar um pouco nos primeiros encontros, mas deve ir diminuindo para tratar as pessoas segundo suas necessidades e capacidades de compreensão. Hoje, mais do que nunca as crianças e os jovens repelem uma atitude maternal exagerada, pois soa falsa. Por isso, não tente ser pai ou mãe deles, mas seja carinhoso e exigente, partilhando o amor a Deus e a fé que você tem. Seja pessoal: conte histórias acontecidas com você e ouça deles situações que tenham a ver com o encontro. Deixe-os falarem e comente valorizando as experiências de suas vidas. Questione, brinque e compare tudo com o projeto de Cristo nos evangelhos, segundo a visão da Igreja.


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Orar exige

constância

e disposição

Não se restrinja a mostrar aos seus catequizandos apenas as orações básicas (Pai Nosso, Ave Maria, Credo Apostólico, etc.) Mostre como se deve rezar em silêncio, como fazer uma Leitura Orante da Bíblia, como rezar usando músicas, oração de cura interior, oração espontânea, etc. Orar é dar espaço pra Deus e ser questionado por ele. De forma comunitária ou de forma pessoal. Mas a oração não é negociável: orar é preciso e é substancial para a vida. A vida de um cristão sem oração pessoal e comunitária é como a vida de uma pessoa desnutrida: se permanecer assim por muito tempo, pode até morrer. Motive seus catequizandos para a oração a partir de suas palavras e de sues exemplos. Isso também serve pra você: quem não reza acredita tanto em si mesmo que deixa Deus de lado, porque não precisa dele. Mesmo de forma inconsciente, quem age assim acaba por ser um ateu prático. Pode estar na Igreja, mas não é cristão autêntico, vive uma hipocrisia.


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Papa Francisco: A oração constante faz milagres

Reavivar a fé - Pe. Fábio de Melo - Programa Direção Espiritual - 17/10/2012

Papa Francisco: Como dar um corajoso testemunho de fé?


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A leitura da Bíblia não é um acessório, mas faz parte do conteúdo principal

Muita gente não se importa com a leitura da Bíblia: como se ela atrapalhasse a catequese. Grande engano: a leitura da Bíblia e a sua interpretação é essencial na catequese. Catecismo da Igreja e leitura da Bíblia não se contrapõem, mas se complementam. Ler, compreender o significado e interpretar para hoje é absolutamente necessário. Sem isso, a catequese será apenas uma aula de doutrina, o que é muito pouco para as pessoas de hoje. Se apenas a doutrina bastava para a catequese de seus avós, hoje o mundo mudou e muito. Uma catequese muito básica valia naquela época porque a sociedade colocava reforço na catequese: a escola ajudava a ir na Igreja, a cobrança das pessoas era que se vivesse de forma religiosa, etc. Hoje não: para muitos ser coerente com a própria fé é quase um desafio na sociedade de hoje: fala-se muito de religião, mas não se vive a própria fé com coerência.


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A liturgia é parte da catequese e

deve se adaptar à compreensão e à necessidade da criança

Liturgia e catequese, um casamento necessário. Não Diretório para se pode desprezar a participação litúrgica de um Missas com crianças catequizando. É necessário que ele (e a sua família) goo.gl/ncPHQB frequente a liturgia da comunidade. Mas o inverso também é necessário: a comunidade também precisa proporcionar um momento litúrgico adaptado para a idade e a compreensão litúrgica dos catequizandos e de suas famílias. Participação e experiência litúrgica só se conseguem na prática: não existe teoria que funcione bem aqui. É preciso envolver a comunidade cristã (ao menos parte dela) e ir praticando. A prática leva ao gosto e á perfeição. Sem oração e espaço litúrgico adequado não vamos nunca sair do atoleiro a que muitas comunidades estão: sem renovação e sem jovens. É preciso proporcionar espaço, experimentar, inovar e adaptar. Não é o mesmo celebrar pra crianças (ou adolescentes) e para adultos: há de se ter práticas e espaços diferentes. Para quem não sabe, existe até um Diretório Litúrgico para Missas com Crianças feito pela CNBB. Para você que está começando, boa evangelização,mas não se esqueça dessas dicas.

Pe. Dr. Paulo F. Dalla-Déa Padre diocesano, palestrante, pós-doutor em ciências da religião, doutor em educação e religião pela Escola Superior de Teologia (EST) de São Leopoldo–RS, mestre em teologia pastoral pela Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, com especialização em catequese de crisma. Trabalha há mais de 20 anos com pastoral da juventude e catequese de crisma. É membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (SOTER) e da Sociedade Brasileira de Catequetas.




SER CATEQUISTA

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DEUS É RICO EM MISERICÓRDIA (EFÉS IOS 2 , 3 )

POR PE. JOSÉ ALEM, CMF


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J

esus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como « Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34, 6), não cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza divina. Na « plenitude do tempo » (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa, Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus. Precisamos sempre de contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado. Vivemos o ano santo da misericórdia. Um tempo especial de graça, conversão. Momento de estabelecer um novo tempo favorável para a Igreja (n. 03), um tempo de regressar ao essencial (n. 10) e tornar eficaz o testemunho dos crentes (n. 03). A missão do catequista é favorecer o crescimento pessoal e comunitário na fé. Ajudar a educar pessoas para serem discípulas de Jesus. Essa educação na fé tem seu fundamento e seu ápice na misericórdia. Não se pode pensar numa missão na Igreja sem a misericórdia. Seria despojar o sentido da revelação, da redenção, da salvação, o sentido dos sacramentos, dos mandamentos, da oração. A misericórdia revela o mistério da Santíssima Trindade. É ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. É a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa quando vê, com olhos sinceros, o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia é o amor puro, sincero, pleno, gratuito, perfeito, pleno. Caminho que une Deus e o homem, fonte de alegria, serenidade e paz, condição de nossa salvação.


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A palavra misericórdia tem dois sentidos: 1

É o sentimento pelo qual a miséria do outro toca nosso coração. A misericórdia de Deus é manifestação de seu amor para com as pessoas diante de suas misérias. É um aspecto do amor de Deus como muitos textos bíblicos expressam. No Novo Testamento a misericórdia é bondade e compaixão. Deux nos pede para exercê-la uns com os outros com aparecem por exemplo em textos de Lucas 1,50-72;Mateus 9,13; Efésios 2,4 entre outros.

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Misericórdia é também um sentimento que nos leva a perdoar o culpado. É assim que Deus trata o pecador, Ele perdoa.

A misericórdia é a expressão do amor levado às últimas consequencias. Ela exprime o apego instintivo dum ser a outro. Este sentimento, segundo o povo oriental, tem sua sede no seio materno. Nós dizemos, no coração. É a ternura transmitida em atos. A misericórdia expressa a relação que une dois seres humanos e implica em fidelidade. Isso significa que misericórdia não é simplesmente expressão de uma bondade natural mas uma bondade consciente, intencional. É uma decisão de amar o outro apesar de... É uma questão de fidelidade a si mesmo. São expressões da misericórdia a ternura, a piedade, a compaixão, a clemência, a bondade e mesmo a graça. Na Bíblia, do princípio ao fim Deus manifesta a sua ternura por ocasião da miséria humana. Por sua vez, o homem é convidado a mostrar-se misericordioso para com seu próximo, seguindo o exemplo do próprio Deus. Quando alguém toma consciência de que é infeliz ou pecador, então se revela, de maneira mais ou menos nítida, a fisionomia da misericórdia infinita de Deus. A misericórdia não conhece limite a não ser o coração humano endurecido. Jesus é a personificação da misericórdia. Ele mostra sua misericórdia sobretudo no amor pelos pobres, pelos pecadores que encontram nele um amigo. Os que alegram a Deus não são as pessoas que se consideram justas, mas sim os pecadores arrependidos, comparáveis à ovelha ou à dracma perdida e reecontradas. Deus é o Pai de todos nós, filhos pródigos, que quando percebe de longe sua volta, é “tocado de compaixão” e corre ao seu encontro (Lc 15,20). Deus espera com paciência a todos seus filhos que retornem ao seu amor. No Evangelho Jesus exige de seus discípulos que “sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso” (Lc 6, 36). Essa é uma condição essencial para entrar no Reino de Deus (Mt 5,7), para ser um discípulo dele. Essa misericórdia deve ser como aquela do bom samaritano (Lc 10, 30-37), isto é, estar próximo do miserável que encontramos nos nossos caminhos e plenos de piedade para com aquele que nos ofendem (Mt 18, 23-35) porque Deus tem piedade de mim, de nós.


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Seremos julgados pela misericórdia que tivermos praticado, talvez inconscientemente, para com Jesus em pessoa. De fato, tudo o que tivermos feito aos outros é a Ele que temos feito. Seremos julgados pelo Amor que vivemos (Mt 25, 31-46). O amor de Deus só permanece naqueles que exercem a misericórdia (1 João 3, 17). A misericórdia de Deus assume como sua a nossa dor, os nossos pecados, as nossas dúvida, a nossa solidão, nossos medos, fraquezas, incertezas. Faz dele o que é nosso e toma sobre si a nossa dor. Quando conhecemos a dor, em suas expressões mais cruéis, Deus mostra, de forma mais alta e nova, algo que vale mais do que a dor: o amor aos outros em forma de misericórdia. O amor que faz alargar os braços e o coração aos miseráveis, aos pecadores arrependidos, aos abandonados, aos marcados pelas dificuldades da vida. Um amor que saber acolher o próximo transviado, seja ela amigo, irmão ou desconhecido, e perdoa-lhe infinitas vezes. O amor que faz mais festa a um pecador que volta do que a mil justos, e que oferece a Deus, inteligência e bens, a fim de que Ele possa manifestar a felicidade ao filho pródigo que retorna. Um amor que não mede e não será medido. É a caridade que brota mais abundante, mais universal, mais concreta; um amor que a alma antes não possuia. Esta, de fato, sente nascer em seu íntimo sentimentos semelhantes aos de Jesus; percebe brotar em seus lábios, para todos os que encontra, as divinas palavras: “Tenho compaixão deste povo” (Mt 1532) E com muitos pecadores que dela se aproximam, a caridade assim vivida, estabelece um diálogo semelhante ao que teve Jesus com Madalena, a samaritana, a adúltera. A misericordia é a última expressão da caridade, a mais elevada, a mais completa. E a caridade supera a dor, porque a dor pertence unicamente a esta vida, enquanto o amor perdura eternamente. Deus prefere a misericórdia ao sacrifício. Nisso está a verdadeira catequese: viver, testemunhar, educar para viver a misericórdia. Assim seremos filhos do Pai que está nos céus.

Pe. José Alem Sacerdote membro da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. Educador e comunicador, Professor de Filosofia, Espiritualidade, Comunicação, Psicologia da Religião. Especialista em Logoterapia. Filósofo clínico. Assessor de cursos e formação através de palestras, retiros, encontros, oficinas. Escritor e assessor de projetos de comunicação e educação.


POR MÁRCIO OLIVEIRA ELIAS

COMUNICAÇÃO

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COMO COMPREENDER OS NOVOS FENÔMENOS DA COMUNICAÇÃO A PARTIR DA MISSÃO DA IGREJA DE EVANGELIZAR


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INTRODUÇÃO C

ompreender os novos fenômenos midiáticos a partir de argumentos que emergem do entrecruzamento Evangelização-Comunicação nos revela a necessidade de um novo jeito de ser igreja dentro do catolicismo. No mundo atual enxergamos os novos jeitos das famílias e os novos jeitos das identidades individuais que, consequentemente, transbordam em um novo jeito de ser comunidade eclesial de base, onde todos convivem com os fenômenos religioso-midiáticos no seu cotidiano. Esse chamado entrecruzamento Evangelização-Comunicação representa um fator importante para manter a igreja em movimento ativo e propositivo, estabelecendo a necessária sintonia com os desafios do tempo presente. O desenvolvimento de uma nova perspectiva de ser comunidade desempenha um papel determinante, e representa também um novo fenômeno religioso na contemporaneidade, recriando a forma com que fomentamos e vivenciamos o convívio familiar, bem como a singularidade e a criatividade com que definimos nossa identidade de fé. A comunicação social constitui um tema relevante no mundo contemporâneo que, mais do que nunca, envolve a tudo e a todos, porquanto certamente a Igreja Católica não poderia deixar de analisar e compreender seus aspectos frutuosos para a evangelização. O processo evangélico-comunicacional é observado de forma mais ampla e complexa na atualidade, procurando ser compreendido com base na diversidade cultural, ao mesmo tempo em que estabelece uma ruptura com o que se entendia por centralização hegemônica do conhecimento pelas instituições políticas e religiosas.


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OS FENÔMENOS DA COMUNICAÇÃO E A MISSÃO DE EVANGELIZAR O Concilio Vaticano II provocou o fenômeno do aggionamento católico, promovendo uma série de reformas estruturais, teológicas e organizacionais que perpassaram a instituição como um todo. Entre os principais ideais conciliares encontram-se uma reforma interna da Igreja Católica Romana, a união das Igrejas Cristãs e a presença profética da Igreja no mundo. Este último desejo se lança ao encontro dos fenômenos midiáticos, tais como o rádio e a televisão naquele momento, e mais atualmente na eclosão da mídia digital, que poderão ser utilizados na missão evangelizadora da família cristã. O Vaticano II marcou o fim da Contra-Reforma e o encontro da Igreja com a modernidade, sob o desejo comum de renovar a vida eclesial e a participação dos fiéis, partindo de um retorno às origens cristãs através dos movimentos litúrgicos, bíblicos, ecumênicos, entre outros. Classificado como o Concilio do Espírito Santo, o Vaticano II traz consigo uma abertura geral da Igreja Católica Romana para o mundo moderno, modificando-se sua relação com as outras igrejas cristãs. Pela primeira vez na sua história a Igreja Católica toma explicitamente uma posição sobre as religiões universais, destacando o fato dos leigos serem chamados também à missão, conjuntamente com os missionários e a hierarquia da igreja, como foi corroborado pela constituição Lumen Gentium. Neste diapasão a Igreja percebe que não pode menosprezar a evolução sistêmica dos meios de comunicação, reconhecendo que a inteligência humana os torna cada dia mais aperfeiçoados e necessários ao bem estar e a dignidade do ser humano.


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A Igreja Católica passa a refletir os meios midiáticos como instrumentos para a evangelização, onde os seus documentos oficiais apontam para uma compreensão decisiva dos mesmos para a difusão do cristianismo, como expresso no decreto Inter Mirifica (1966):

Entre as maravilhosas invenções da técnica que, principalmente nos nossos dias, o engenho humano extraiu, com a ajuda de Deus, das coisas criadas, a santa Igreja acolhe e fomenta aquelas que dizem respeito, antes de mais, ao espírito humano e abriram novos caminhos para comunicar facilmente notícias, ideias e ordens. Entre estes meios, salientam-se aqueles que, por sua natureza, podem atingir e mover não só cada um dos homens mas também as multidões e toda a sociedade humana, como a imprensa, o cinema, a rádio, a televisão e outros que, por isso mesmo, podem chamar-se, com toda a razão meios de comunicação social. (INTER MIRIFICA n. 01) Em 1975, a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandii marca decisivamente a aproximação da igreja com a mídia, pronunciado favoravelmente a respeito dos meios de comunicação social e sua importância, onde conclama a todos os fiéis para utilizarem-se desses recursos ao anuncio do Evangelho de Cristo, e para inseri-lo no coração dos homens, com convicção, liberdade de espírito e eficácia:

No nosso século tão marcado pelos “mass media” ou meios de comunicação social, o primeiro anúncio, a catequese ou o aprofundamento ulterior da fé, não podem deixar de se servir destes meios conforme já tivemos ocasião de acentuar. Postos ao serviço do Evangelho, tais meios são susceptíveis de ampliar, quase até ao infinito, o campo para poder ser ouvida a Palavra de Deus e fazem com que a Boa Nova chegue a milhões de pessoas. A Igreja viria a sentir-se culpável diante do seu Senhor, se ela não lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna cada dia mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela "proclama sobre os telhados", a mensagem de que é depositária. Neles encontra uma versão moderna e eficaz do púlpito. Graças a eles consegue falar às multidões. Entretanto, o uso dos meios de comunicação social para a evangelização comporta uma exigência a ser atendida: é que a mensagem evangélica, através deles, deverá chegar sim às multidões de homens, mas com a capacidade de penetrar na consciência de cada um desses homens, de se depositar nos corações de cada um deles, como se cada um fosse de fato o único, com tudo aquilo que tem de mais singular e pessoal, a atingir com tal mensagem e do qual obter para esta uma adesão, um compromisso realmente pessoal. (EVANGELII NUNTIANDII n. 45) O Magistério Eclesial católico passa a reconhecer expressamente as maravilhas da técnica contemporânea, que o engenho humano extraiu das coisas criadas, com o amparo de Deus, e que a santa Igreja acolhe e fomenta naquelas que dizem respeito ao espírito humano, e abrem novos caminhos para facilitar a comunicação das notícias, das ideias e de ordens gerais. Entre estes meios, ressaltam-se aqueles que, por sua natureza, podem atingir e mover


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não só cada um dos homens, mas também as multidões e toda a sociedade, como a imprensa, o cinema, a rádio, a televisão e, mais recentemente, as mídias digitais (World Wide Web – Teia Mundial), podendo assim chamar-se com propriedade de meios de comunicação social. A Igreja Católica sabe que estes meios de comunicação, retamente utilizados, prestam valiosa colaboração ao gênero humano, enquanto auxiliam eficazmente para recrear e cultivar os espíritos, bem como para propagar e firmar o reino de Deus. Mas sabe também que os homens podem utilizar de tais meios contra o desígnio do Criador, convertendo-os em meios da sua própria ruína; mais ainda, sente uma angústia pelos danos que, com o seu mau uso, se têm infligido, com demasiada frequência, à sociedade humana. Em face disto, a Igreja Católica considera seu dever ocupar-se das principais questões respeitantes aos meios de comunicação social, verificando-se por seu uso nocivo aos princípios éticos e morais da cristandade. Assim sendo, confia que a sua doutrina e disciplina apresentadas em profusão na mass media, aproveitarão não só ao bem dos cristãos, mas também ao progresso de toda a sociedade humana. A evangelização cristã inicia-se com a pessoa de Jesus Cristo; seu ministério público foi anunciar a Boa Nova da chegada do Reino de Deus (Mc 1,14-15). Esse anúncio é acompanhado por sinais e práticas que manifestam a presença viva e libertadora desse Reino. A sua Pessoa constitui o centro e a mediação mais poderosa dessa ação libertadora de Deus, que se revela na oferta gratuita de salvação e libertação para todos os seres humanos. A missão da igreja Católica é evangelizar e, diante dessa premissa, os novos fenômenos da comunicação podem ser compreendidos a partir dessa função essencial, onde a experiência da comunidade apostólica em Cristo, de caráter universal, é a fonte da evangelização que a igreja tem seguido ao longo de toda a sua história. Evangelizar significa proclamar a Boa Nova com palavras e fatos, viver esse anúncio de maneira que todas as pessoas que tenham boa vontade possam receber a mensagem, aprofundá-la e acolhê-la. Percebemos que, mais do que um processo ideológico ou de dominação, os novos fenômenos da comunicação se apresentam em tempo real para todos indistintamente, onde observamos um processo no qual os receptores não são mais tidos como objetos e sim como sujeitos de sua história. Nessa perspectiva há que se entender e compreender também a comunicação evangélica como processo orgânico, e não de maneira linear, onde os fiéis leigos têm um papel fundamental na sua estruturação e profusão. O Evangelho afirma aos apóstolos e a nós:

Por fim apareceu aos Onze, quando estavam sentados à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, por não acreditarem nos que o tinham visto ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Marcos 16,14-15).


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CONSIDERAÇÕES FINAIS Os meios de comunicação possuem um amplo leque de conceitos, significados e de usos. Podem ser pontes nas relações éticas, econômicas, estéticas e transcendentes que, mesmo aparecendo sobre outras formas em diferentes épocas, só se tornam questão de reflexão sistemática da Igreja Católica na modernidade, mais exatamente da segunda metade do século XX. A comunicação pode fazer referência à ação de pôr em comum tudo aquilo que, social, política ou existencialmente, não deve permanecer isolado. Sendo assim, pode-se dizer que os fenômenos da comunicação se encontram em movimento permanente, numa redefinição constante. Desse modo, a Igreja Católica primeiramente pretendeu que esse meios se limitassem a ser meros instrumentos a seu serviço, logo após, outorgou-se a autoridade para ensinar seu uso correto, ao mesmo tempo em que acreditava que a audiência tinha que ser protegida, dirigida e controlada. Partindo da experiência e das reflexões até hoje vivenciadas, podemos afirmar que há uma Mídia Católica que tem dado passos contínuos na busca por contribuições mais eficazes com relação ao uso dos meios de comunicação social. Entendendo essa eficácia no sentido da ética, da humanidade, do respeito, da liberdade, da solidariedade e da responsabilidade. Algumas destas contribuições seriam a sua presença midiática marcadamente constante, mais do que em qualquer outra época, bem como o despertar de agentes comunicadores dentro da missão vocacional. No entanto, observamos que ainda ficam vários outros desafios a enfrentar, entre outros o de uma conceituação de evangelização, no sentido de uma evangelização midiática, o que seria de responsabilidade da teologia hoje. Em tempos de pós-modernidade e relativismo exacerbado, subsiste o desafio de fomentar ainda mais a boa mass media genuinamente cristã, editada com o propósito de formar, afirmar e promover uma opinião pública em consonância com o direito natural e com a doutrina e princípios evangélicos, ao mesmo tempo em que se possa divulgar e desenvolver adequadamente os acontecimentos relacionados com a vida e a missão de todos nós, Igreja de Cristo.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil. Estudos da CNBB-101. São Paulo: CNBB/PAULUS, 2011. IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA - ICAR, Vaticano. Compêndio do Concílio Ecumênico Vaticano II. São Paulo: Paulinas, 1965. 852p. LEMOS, Eurico Saldanha (org.). Mídia, textos e contextos. 1 ed. Porto Alegre: EDIPUC-RS, 2001. 291p. LIBANIO, João Batista. Cenários da Igreja. 3 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2001. 137p. MIRANDA, Mario de França. Existência cristã hoje. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2005. 220p. RIBEIRO, Ana Paula Goulart; FERREIRA, Lúcia Maria Alves. Mídia e Memória: a produção de sentidos nos meios de comunicação. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora MAUAD, 2007. 363p.

Márcio Oliveira Elias Advogado, professor de teologia pastoral. Atua na formação permanente de agentes pastorais e fiéis leigos na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim-ES, sendo coordenador do Instituto de Ciências Humanas Evangelii Gaudium, instituição formativa de denominação católica, que tem por objetivo precípuo produzir e difundir o conhecimento da doutrina cristã.


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VIDA NA IGREJA

Aos pais e padrinhos por Fernando Santos

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uitas vezes nos questionamos por que nossos filhos e afilhados não participam da vida da igreja porque não estão engajados em um grupo ou movimento porque não frequentam as missas? Para responder esses questionamentos temos que voltar ao dia do batismo destes jovens, quando foram feitas três perguntas no início da celebração do batismo que muitas das vezes passam despercebida ou até mesma ignorada. O primeiro questionamento e direcionado aos pais que diz: O que vocês pedem à igreja de Deus para seus filhos? O segundo questionamento é também direcionado aos pais que diz: Pelo Batismo estas crianças começam a fazer parte da comunidade-Igreja, sua nova família. Vocês querem ajuda-las a crescer na Fé, observando os mandamentos e vivendo na comunidade dos seguidores de Jesus? E o Terceiro questionamento que é direcionado aos padrinhos que diz: E vocês padrinhos e madrinhas, estão dispostos a colaborar com os pais em sua missão de educar na fé e viver em comunidade?


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Irmão antes de passar para nossas respostas aos questionamentos acima devemos nos lembrar qual a importância do batismo, por que batizamos as crianças, temos o rito do Batismo como lavagem uma purificação do nosso pecado original que quando criança nascemos com ele após o rito Batismal o coração se torna limpo e puro e após o batismo a criança é templo do Espirito Santo. Quanto ao primeiro questionamento nós pais respondemos em alto e bom som O BATISMO, conforme foi ensinado no curso que participamos. Irmãos essa pergunta nós e feita não apenas para constar ela é feita pois tem uma profundidade muito grande é feita para que expressemos para toda comunidade que ali estamos levando nossos filhos de livre vontade e espontaneamente que não fomos pressionados e nem obrigados a levar nossos filhos para serem batizados. Em responder o BATISMO significa estamos conscientes da sua importância. Queridos irmãos que responsabilidade que assumimos em de responder SIM QUEREMOS para o segundo e terceiro questionamento, estamos assumindo que vamos educar nossos filhos e afilhados na fé, obedecendo os mandamentos e que vamos mantê-los como seguidores e discípulos de Cristo. Agora pergunto aos pais e padrinhos estamos cumprindo com o compromisso que assumimos no dia do batismo de nossos filhos e afilhados, estamos realmente cumprindo a missão que nos foi dada? Irmãos dependendo da sua resposta a esse questionamento teremos também a resposta à pergunta do início deste nosso texto que é: PORQUE NOSSOS FILHOS E AFILHADOS NÃO PARTICIPAM DA VIDA DA IGREJA? Irmãos caem sobre nossos ombros esse fardo, pois assumimos perante Deus e a comunidade que íamos educar nossos filhos e afilhados na fé e na igreja e muitas e muitas vezes não fazemos. Irmãos como diz o velho ditado que é de pequeno que se entorta o pepino, se desde de pequenos nós pais e padrinhos não somos modelo de fé para nossos filhos e afilhados como poderemos exigir desses jovens que façam parte da igreja de Cristo. Queridos pais e padrinhos não podemos transferir esse fardo que é nosso e colocar nas costas desses jovens. Se não mostramos para eles desde de criança, o amor de Cristo, a importância de ir à missa, a importância da oração em casa e de fazer a primeira e a mais importante catequese que é a catequese familiar, não vai adiantar nada transferir essa obrigação de catequisar nossos filhos e afilhados para que a igreja o faça.


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Queridos vejam quanto é difícil para nossos catequistas inserir na cabeça de uma criança ou jovem a importância de Cristo na vida deles se muitas das vezes estão ali obrigados, eles se questionam por que estou aqui se nem mesmo meus pais frequentam a igreja e raramente vão a missa e quando vão não comungam. Agora quanto a educação escolar que é muito importante, nós os obrigamos sim, mas damos bons exemplos para que eles continuem a estudar, estamos ali dia-a-dia para conferir as notas, compramos cadernos livros e etc., temos nossos diplomas pendurados nas paredes, foto de formatura pela casa damos exemplos para que eles estudem e sejam bem-sucedidos na vida profissional. E quanto a vida espiritual estamos também investindo da mesma forma? Caríssimos Irmãos como podemos exigir deles que amem a Cristo se não apresentamos o Cristo para eles, como queremos que eles frequentem a igreja se nós raramente vamos, como podemos exigir deles que hajam com amor e compaixão se dentro dos nossos lares só existe discórdia, rancor e brigas. Amados irmãos tenhamos a consciência que a culpa e toda nossa se nossos filhos e afilhados não fazem parte das ovelhas do bom pastor, deixamos que eles fossem catequisados pelo mundo e não pelo Cristo. Irmãos, mas nada está perdido devemos como pais e padrinhos voltar a assumir nosso compromisso assumido no Batismo deles de educá-los na fé de Cristo, vai ser difícil sim e é claro que seja, mas com fé em Deus podemos resgatar nos filhos e afilhados para o rebanho de cristo, basta que sejamos os exemplos para eles de fé e amor ao Cristo ressuscitado.

Fernando José F. Santos Professor Universitário, Catequista, Ministro da Eucaristia, Casado e Pai de duas filhas



EVANGELIZAÇÃO NA WEB

A PRIMEIRA WEB TV VOLTADA À EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

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TV Criança Católica é uma obra do Apostolado Nossa Senhora de Fátima, sendo a primeira web TV do Brasil totalmente voltada à evangelização infantil. Através da dramaturgia a web TV evangeliza crianças e famílias com vídeos e personagens envolventes. São várias séries de TV disponibilizadas ao público através do Youtube:

Histórias de Jesus Nessa série Joca e Clarinha contam histórias da vida de Jesus procurando aprender como viver a mensagem do Evangelho no dia a dia.

Jesus, meu amigão Na série Jesus conversa e aconselha Julinha, uma menina de 7 anos às voltas com seu temperamento e com os conflitos de seu cotidiano.

O que Jesus diria? Série onde Joca e Clarinha enfrentam o desafio de se comportar como crianças católicas frente aos ensinamentos de Jesus.


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Hora da História Contação de histórias do Evangelho.

Vamos Cantar? Clipes musicais católicos especialmente preparados para as crianças.

Irmã Lúcia Através das dúvidas de Lucas a Irmã Lúcia explica as bases da fé.


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A mais nova série da TV se chama Minuto Criança. São 6 episódios falando de comportamento na igreja e sobre rezar, o Anjo da Guarda e a importância de visitar o Sacrário. Toda semana um novo episódio das séries vai ao ar na terça-feira. Os episódios ficam à disposição do público 24 horas por dia. Os vídeos podem ser vistos no site quando e onde a pessoa quiser. “Nosso público são as crianças, pais, catequistas e equipes da Missa com Crianças”, explica o diretor Emílio Carlos. A TV Criança Católica possui assessoria pedagógica e catequética. O diretor da web TV, Emílio Carlos, é também professor e catequista. A produtora da web TV, Miléni Lúcia, é também professora. Antes de os chamar para a Missão o Senhor os levou a lecionar, a fazer teatro infantil educativo profissional por 12 anos em São Paulo e Minas Gerais, os levou para o vídeo e para a catequese. Depois disso o Senhor os levou para a Missa das Crianças. Então o casal estava pronto para evangelizar pela internet.

Anuência Emílio Carlos escreveu 240 textos teatrais para serem encenados na Missa com Crianças e na Catequese. São textos para todos os domingos dos 3 Anos Litúrgicos e para as datas especiais. Esse trabalho – que é a base da TV Criança Católica – recebeu em 2014 a Anuência do então Bispo Diocesano de Taubaté Dom Carmo João Rhoden.“Essa é uma marca da nossa web TV: ensinar somente o que a Doutrina da Igreja nos ensina”, diz o diretor Emílio Carlos.

Fantoches e animação Os vídeos são estrelados por fantoches feitos pela Profª Miléni Lúcia. “Os fantoches tem um poder de comunicação muito grande com as crianças”, diz ela. Além disso, os vídeos também utilizam muitas vezes a animação 2D em Cut Out e também animação em stop motion. “É um trabalho de amor às crianças e à evangelização, seguindo a ordem de Jesus que disse: Deixai vir a Mim os pequeninos. Levar as crianças até Jesus é a nossa missão”, diz o diretor.


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Qualidade “Todos os vídeos da web TV são produzidos em Full HD, em alta definição, feitos para serem exibidos nas TVs abertas. Temos um grande cuidado na produção, filmagem e edição de cada episódio”, explica o diretor Emílio Carlos.

Recursos A web TV não possui patrocinadores. “Precisamos de apoio de empresas e empresários para continuar essa obra de evangelização. As pessoas também podem nos ajudar fazendo sua doação. Toda quantia é bem-vinda. No canal da TV Criança Católica há um link na parte de cima para que as pessoas possam nos ajudar a continuar nossa missão”, diz o diretor da web TV. “Nossa obra precisa de padrinhos e madrinhas para continuar a evangelizar”, completa a prof.ª Mileni Lúcia.

Para ajudar? www.tvcriancacatolica.com.br/ajude

Como assistir? É só entrar no site www.tvcriancacatolica.com.br no computador ou pelo celular. É o endereço do canal no youtube. Inscreva-se no canal do youtube e receba sempre as novidades da TV Criança Católica.

Novidade: aplicativo da Tv Criança Católica Com o aplicativo você também pode assistir aos vídeos na palma da sua mão! Baixe grátis em seu smartphone ou tablete com sistema Android ou IOS.



O CATECISMO RESPONDE

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O SACRAMENTO DO

BATISMO


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Como é prefigurado o Batismo na Antiga Aliança? Na Antiga Aliança encontram-se várias prefigurações do Batismo: a água, fonte de vida e de morte; a arca de Noé, que salva por meio da água; a passagem do Mar Vermelho, que liberta Israel da escravidão do Egito; a travessia do Jordão, que introduz Israel na terra prometida, imagem da vida eterna.

O que se espera de um batizando? Ao batizando é exigida a profissão de fé, expressa pessoalmente no caso do adulto, ou então por parte dos pais e da Igreja no caso da criança. Também o padrinho ou madrinha e toda a comunidade eclesial têm uma parte de responsabilidade na preparação para o Batismo, bem como no desenvolvimento da fé e da graça batismal.

É possível ser salvo sem o Batismo? Porque Cristo morreu para a salvação de todos, podem ser salvos mesmo sem o Batismo os que morrem por causa da fé (Batismo de sangue), os catecúmenos, e todos os que sob o impulso da graça, sem conhecer Cristo e a Igreja, procuram sinceramente a Deus e se esforçam por cumprir a sua vontade (Batismo de desejo). Quanto às crianças, mortas sem Batismo, a Igreja na sua liturgia confia-as à misericórdia de Deus.


MENSAGEM DO PAPA

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DISCURSO DO PAPA FRANCISCO AOS CATEQUISTAS VINDOS A ROMA EM PEREGRINAÇÃO POR OCASIÃO DO ANO DA FÉ E DO CONGRESSO INTERNACIONAL DE CATEQUESE Sala Paulo VI Sexta-feira, 27 de Setembro de 2013


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Amados catequistas, boa tarde! Gosto que haja, no Ano da Fé, este encontro para vós: a catequese constitui uma coluna para a educação da fé, e são precisos bons catequistas! Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja. Embora possa às vezes ser difícil – trabalha-se tanto, empenha-se e não se veem os resultados desejados –, mas educar na fé é maravilhoso! É talvez a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé! Educar na fé, para que essa pessoa cresça. Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos a conhecerem e amarem cada vez mais o Senhor é uma das mais belas aventuras educativas; está-se a construir a Igreja! Ser catequista! Não trabalhar como catequista: isso não adianta! Trabalho como catequista, porque gosto de ensinar Se, porém tu não és catequista, não adianta! Não serás fecundo, não serás fecunda! Catequista é uma vocação. Ser catequista: esta é a vocação; não trabalhar como catequista. Atenção que eu não disse fazer o catequista, mas sê-lo, porque compromete a vida: guia-se para o encontro com Cristo, através das palavras e da vida, através do testemunho. Lembrai-vos daquilo que nos disse Bento XVI: A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atração. E aquilo que atrai é o testemunho. Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isto não é fácil. Não é fácil! Nós ajudamos, guiamos para chegarem ao encontro com Jesus através das palavras e da vida, através do testemunho. Gosto de recordar aquilo que São Francisco de Assis dizia aos seus confrades: Pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras. As palavras têm o seu lugar, mas primeiro o testemunho: que as pessoas vejam na nossa vida o Evangelho e possam ler o Evangelho. Ser catequista requer amor: amor cada vez mais forte a Cristo, amor ao seu povo santo. E este amor não se compra nas lojas, nem se compra sequer aqui em Roma. Este amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! É um presente de Cristo! E se vem de Cristo, parte de Cristo; e nós devemos recomeçar de Cristo, deste amor que Ele nos dá. Para um catequista, para vós e para mim, porque também eu sou catequista, que significa este recomeçar de Cristo? Que significa? Eu vou falar de três pontos: um, dois e três, como faziam os antigos jesuítas um dois e três! 1. Antes de tudo, recomeçar de Cristo significa cultivar a familiaridade com Ele, ter esta familiaridade com Jesus: Jesus recomenda-o, com insistência, aos discípulos na Última Ceia, quando Se prepara para viver o dom mais sublime de amor, o sacrifício da Cruz. Recorrendo à imagem da videira e dos ramos, Jesus diz: Permanecei no meu amor, permanecei ligados a mim, como o ramo está ligado à videira. Se estivermos unidos a Ele, podemos dar fruto, e esta é a familiaridade com Cristo. É permanecer em Jesus! Permanecer ligados a Ele, dentro d’Ele, com Ele, falando com Ele: permanecer em Jesus. A primeira coisa necessária para um discípulo é estar com o Mestre, ouvi-Lo, aprender d’Ele. E isto é sempre válido, é um caminho que dura à vida inteira! Recordo que, na diocese (na outra diocese que tinha antes), via muitas vezes, no fim dos cursos no seminário catequético, os catequistas saírem dizendo: Tenho o título de catequista! Isso não adianta, não tens nada, fizeste apenas um bocado de estrada! Quem te ajudará? Isto


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sim, que vale sempre! Não um título, mas um procedimento: estar com Ele; e dura toda a vida! É estar na presença do Senhor, deixar-se olhar por Ele. Pergunto-vos: Como estais na presença do Senhor? Quando ides ter com o Senhor, enquanto olhais o Sacrário, que fazeis? Sem palavras Mas eu falo, falo, penso, medito, ouço Muito bem! Mas tu deixas-te olhar pelo Senhor? Sim, deixar-se olhar pelo Senhor. Ele olha-nos, e esta é uma maneira de rezar. Deixas-te olhar pelo Senhor? Mas, como se faz? Olhas para o Sacrário e deixaste olhar é simples! É um pouco maçador, adormeço Se adormeceres, adormeces! Ele olhar-te-á igualmente, olhar-te-á igualmente. Mas, teres a certeza de que Ele te olha é muito mais importante do que o título de catequista: faz parte do ser catequista. Isto inflama o coração, mantém aceso o fogo da amizade com o Senhor, faz-te sentir que Ele verdadeiramente olha para ti, está perto de ti e te ama. Numa das saídas que tive aqui em Roma, por ocasião de uma Missa, aproximou-se um senhor, relativamente jovem, e disseme: Padre, prazer em conhecê-lo; mas eu não acredito em nada! Não tenho o dom da fé! Ele entendia que a fé era um dom. Não tenho o dom da fé! Que me recomenda o senhor? Não desanimes! Deus ama-te. Deixa-te olhar por Ele. E basta. O mesmo vos digo a vós: Deixai-vos olhar pelo Senhor! Compreendo que, para vós, não é tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de tranquilidade. Mas, graças a Deus, não é necessário que todos façam da mesma maneira; na Igreja, há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isto pode acontecer, é possível em todos os estados de vida. Neste momento, cada um pode interrogar-se: Como é que eu vivo este estar com Jesus? Esta é uma pergunta que vos deixo: Como é que eu vivo este estar com Jesus, este permanecer em Jesus? Tenho momentos em que permaneço na sua presença, em silêncio, e me deixo olhar por Ele? Deixo que o seu fogo inflame o meu coração? Se, no nosso coração, não há o calor de Deus, do seu amor, da sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, inflamar o coração dos outros? Pensai nisto! 2. O segundo elemento é este – dois – recomeçar de Cristo significa imitá-Lo na saída de si mesmo para ir ao encontro do outro. Trata-se de uma experiência maravilhosa, embora um pouco paradoxal. Por quê? Porque, quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se! Quanto mais te unes a Jesus e Ele Se torna o centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e abre aos outros. Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus! Sem deixar de ser o centro, Deus é sempre dom de si, relação, vida que se comunica... E assim nos tornamos também nós, se permanecermos unidos a Cristo, porque Ele faz-nos entrar neste dinamismo do amor. Onde há verdadeira vida em Cristo, há abertura ao outro, há saída de si mesmo para ir ao encontro do outro no nome de Cristo. E o trabalho do catequista é este: por amor, sair continuamente de si mesmo para testemunhar Jesus e falar de Jesus, anunciar Jesus. Isto é importante, porque é obra do Senhor: é precisamente o Senhor que nos impele a sair. O coração do catequista vive sempre este movimento de sístole-diástole: união com Jesus - encontro com o outro. Existem as duas coisas: eu uno-me a Jesus e saio ao encontro dos


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outros. Se faltares um destes dois movimentos, o coração deixa de bater, não pode viver. Recebe em dom e, por sua vez, oferece-o em dom. Importante esta palavrinha: dom! O catequista está consciente de que recebeu um dom: o dom da fé; e dela faz dom aos outros. Isto é maravilhoso! E não reserva uma percentagem para si! Tudo aquilo que recebe, dáo. Aqui não se trata de um negócio! Não é um negócio! É puro dom: dom recebido e dom transmitido. E o catequista está ali, nesta encruzilhada de dom. Isto está na própria natureza do querigma: é um dom que gera missão, que impele sempre para além de si mesmo. São Paulo dizia: O amor de Cristo nos impele; mas esta expressão nos impele também se pode traduzir por nos possui. É assim o amor: atrai-te e envia-te, toma-te e dá-te aos outros. É nesta tensão que se move o coração do cristão, especialmente o coração do catequista. Perguntemo-nos, todos: É assim que bate o meu coração de catequista: união com Jesus e encontro com o outro? Com este movimento de sístole e diástole? Alimenta-se na relação com Ele, mas para o levar aos outros e não para o reter? Eis o que vos digo: Não compreendo como possa um catequista ficar parado, sem este movimento. Não compreendo! 3. E o terceiro elemento – três – situa-se também nesta linha: recomeçar de Cristo significa não ter medo de ir com Ele para as periferias. Isto me traz à mente a história de Jonas, uma figura muito interessante, especialmente nos nossos tempos de mudanças e incerteza. Jonas é um homem piedoso, com uma vida tranquila e bem ordenada; isto o leva a ter bem claros os seus esquemas e a julgar rigidamente tudo e todos segundo esses esquemas. Vê tudo claro, a verdade é esta. É rígido! Por isso, quando o Senhor o chama e lhe diz para ir pregar à grande cidade pagã de Nínive, Jonas não quer. Ir lá! Mas eu tenho toda a verdade aqui! Não quer ir Nínive está fora dos seus esquemas, está na periferia do seu mundo. Então escapa, vai para Espanha, foge, embarca num navio que vai para aqueles lados. Ide ler o Livro de Jonas! É breve, mas é uma parábola muito instrutiva, especialmente para nós que estamos na Igreja. Que nos ensina? Ensina-nos a não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além. Sabeis uma coisa? Deus não tem medo! Sabíeis isto?! Não tem medo! Ultrapassa sempre os nossos esquemas! Deus não tem medo das periferias. Se fordes às periferias, encontrá-Lo-eis lá. Deus é sempre fiel, é criativo. Mas, por favor, não se compreende um catequista que não seja criativo. A criatividade é como que a coluna do ser catequista. Deus é criativo, não se fecha, e por isso nunca é rígido. Deus não é rígido! Acolhe-nos, vem ao nosso encontro, compreende-nos. Para sermos fiéis, para sermos criativos, é preciso saber mudar. Saber mudar. E porque devo mudar? É para me adequar às circunstâncias em que devo anunciar o Evangelho. Para permanecermos com Deus, é preciso saber sair, não ter medo de sair. Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista se fecha tranquilo, acaba por ser uma estátua de museu: e temos muitos! Temos muitos! Por favor, estátuas de museu, não! Se um catequista é rígido, torna-se encarquilhado e estéril. Pergunto-vos: Alguém de vós quer ser covarde, estátua de museu ou estéril? Algum de vós tem vontade de o ser? [Catequistas: Não!] Não? Têm a certeza? Está bem! Aquilo que vou dizer agora, já o disse muitas vezes; mas sinto


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no coração que o devo dizer. Quando nós, cristãos, estamos fechados no nosso grupo, no nosso movimento, na nossa paróquia, no nosso ambiente, permanecemos fechados; e acontece-nos o que sucede a tudo aquilo que está fechado: quando um quarto está fechado, começa a cheirar a mofo. E se uma pessoa está fechada naquele quarto, adoece! Quando um cristão está fechado no seu grupo, na sua paróquia, no seu movimento, está fechado, adoece. Se um cristão sai pelas estradas, vai às periferias, pode acontecer-lhe o mesmo que a qualquer pessoa que anda na estrada: um acidente. Quantas vezes vimos acidentes estradais! Mas eu digo-vos: prefiro mil vezes uma Igreja acidentada que uma Igreja doente! Prefiro uma Igreja, um catequista que corra corajosamente o risco de sair, que um catequista que estude, saiba tudo, mas sempre fechado: este está doente. E às vezes está doente da cabeça Atenção, porém! Jesus não diz: Ide, arranjai-vos. Não, não diz isso! Jesus diz: Ide, Eu estou convosco! Nisto está o nosso encanto e a nossa força: se formos, se sairmos para levar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha conosco, precede-nos. Decerto já aprendestes o significado desta palavra! E isto é a Bíblia que o diz, não eu. A Bíblia diz, ou melhor, o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira. Por quê? Porque é a primeira flor que desabrocha na primavera. Ele é sempre o primeiro! Ele é o primeiro! Para nós, isto é fundamental: Deus sempre nos precede! Quando pensamos que temos de ir para longe, para uma periferia extrema, talvez nos assalte um pouco de medo; mas, na realidade, Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé. Vós sabeis uma das periferias que me faz tão mal, tão mal que me faz doer (senti-o na Diocese que tinha antes)? É a das crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Em Buenos Aires, há muitas crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Esta é uma periferia! É preciso ir lá! E Jesus está lá, espera por ti para ajudares aquela criança a fazer o Sinal da Cruz. Ele sempre nos precede. Amados catequistas acabaram-se os três pontos. Recomeçar sempre de Cristo! Agradeçovos pelo que fazeis, mas, sobretudo porque estais na Igreja, no Povo de Deus em caminho, porque caminhais com o Povo de Deus. Permaneçamos com Cristo – permanecer em Cristo –, procuremos cada vez mais ser um só com Ele; sigamo-Lo, imitemo-lo no seu movimento de amor, no seu sair ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de traçar estradas novas para o anúncio do Evangelho. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe! Obrigado! Maria é nossa Mãe; Maria, sempre, nos leva a Jesus! Elevemos uma oração, uns pelos outros, a Nossa Senhora. Muito obrigado!


CATECINE

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Famílias inteiras estão indo ao cinema para ver novo filme da Disney, Procurando Dory, a sequência de Procurando Nemo. Mas não é apenas uma comédia, há uma mensagem mais profunda Por Natalie Van Der Meer


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Continue a nadar...


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V

oltando a 2003, uma animação da Pixar sobre um pequeno peixe chamado Nemo teve um enorme impacto. O filme arrecadou mais de US$ 70 milhões em seu primeiro fim de semana (números elevados para uma animação para crianças), e rapidamente acumulou elogios de críticos e das famílias. Era tão popular, de fato, que uma versão em 3D foi relançada nos cinemas em 2013. Agora, a sua sequência está agitando ainda mais: Procurando Dory, um filme que gira em torno dos amigos de Nemo, somente na primeira semana nos EUA arrecadou US$ 135,1 milhões, e é a maior abertura para uma animação na bilheteria americana. A razão é, naturalmente, que estes filmes são para as famílias; crianças e pais podem desfrutar de paisagens marinhas visualmente impressionantes, coloridas, podem rir alto e comer pipoca. Mas os dois filmes também oferecem algo mais. A história original sobre Nemo e seu pai Marlin foi tão amada pelo público não apenas pela sua sagacidade simples, mas por sua profundidade. É um conto que fala abertamente sobre os pais, independência, coragem, sacrifício e a força do amor familiar. As emoções que atravessam os rostos de forma adorável, animada, tanto de Nemo como de Marlin parecem reais e universais. Em suma: é um filme sobre peixes que se sentem muito, muito humanos.


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Então, eu não fiquei surpresa quando fui ao cinema esta semana para descobrir que os escritores de Procurando Dory desceram às profundezas mais uma vez para ensinar às crianças algo valioso. Desta vez, porém, o filme fala de um novo tema: a beleza de ser diferente. Enquanto a história original de Nemo também teve conotações sobre ser diferente (Nemo é um peixe com uma barbatana deficiente que supera suas possibilidades), Procurando Dory vai mais longe, realmente celebra essas diferenças: as que podemos ver e as que não podemos. Na verdade, quase todos os personagens do filme, incluindo a personagem-título Dory – que sofre de perda memória de curto prazo –, tem algum tipo de deficiência. Então, se você está pensando em levar seus filhos para assistir ao filme, além de certamente se divertir, vocês também podem aprender algo. Não acredita que um filme de comédia de animação pode fazer bem ao seu filho? Basta ler sobre esse menino que superou seu medo do trampolim da piscina depois de assistir Divertida Mente no ano passado. De acordo com The Atlantic: “Todos os dias ele subia e descia a escada. Depois de assistir Divertida Mente, ele finalmente saltou. O filme lhe deu a ideia de que se ele não gostasse do que uma emoção tinha a lhe dizer, ele não precisava ouvir isso”. Esta foi apenas uma das muitas histórias que surgiram sobre crianças sendo mais corajosas ou gerenciando melhor sua raiva depois de assistir ao filme, o que sugere que esses filmes podem influenciar positivamente a forma como os nossos filhos enxergam o mundo. Com isso em mente, aqui estão alguns dos “diferentes” personagens, tanto no velho como no novo, que você e seus filhos vão conhecer e aprender a partir de Procurando Dory:


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Alerta de spoiler: Se você ainda não assistiu a Procurando Dory, o trecho a seguir contém alguns spoilers superficiais.


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DORY DOR Porque Dory é o foco desta sequência, o filme mergulha mais fundo em seu passado. Ela revela que foi diagnosticada com perda de memória de curto prazo quando bebê; em um flashback, o público vê seus pais tentando ajudá-la a viver com o seu estado de esquecimento e Dory está constantemente se desculpando humildemente dizendo: “Eu sinto muito. Eu esqueci de novo?”. Mas, mais tarde, a linha do filme salienta que a maneira como Dory faz as coisas pode ser diferente, sim, mas é de uma forma bonita, que dificilmente pode ser explicada – quase de outro mundo – e muitas vezes funciona melhor do que a maneira “normal” como todo mundo faz. Perto do final do filme outros personagens até começam a perguntar: “O que Dory faria?”, a fim de pensar de uma maneira diferente e sair de algumas situações difíceis. Dory por si mesma aprende a ficar orgulhosa de suas realizações e abraçar a sua própria visão de mundo de uma maneira que não tinha antes. Como resultado ela para de se desculpar por ser, também, ela mesma.

DESTINY E BAILEY Na aventura de Dory ela encontra uma velha amiga: uma baleia míope chamada Destiny que não pode ver mais do que alguns metros à sua frente. (A miopia é uma condição degenerativa da vista que afeta cerca de 10 milhões de americanos.) Destiny constantemente esbarra e descreve as coisas que ela vê como gotas coloridas. Mas ela também é inteligente, amável e tem uma força física poderosa no filme. A outra baleia que Dory encontra, o pequeno Bailey, perdeu a capacidade de usar sua localização e assim perdeu sua confiança. Mas ele também se torna um personagem integral nas aventuras que estão por vir, recuperando a confiança e encontrando seu momento de brilhar.


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nemo Qualquer um que assistiu ao primeiro filme sabe que Nemo tem uma “pequena barbatana”, uma condição física que significa que ele nada um pouco diferente de todos os outros peixes. Mas isso não o impede de participar da aventura e, como Dory, ele é muitas vezes mais corajoso do que outros personagens, apesar e por causa de sua deficiência.

hank

O filme introduz um polvo que não quer nada mais além de ficar sozinho, em um tanque, sem ninguém por perto. Ele está com medo de voltar ao oceano, onde ele precisará interagir com outros peixes e criar uma nova vida para si. Se eu fosse uma especialista em psicanálise de desenhos animados, acharia que Hank sofre de fobia social grave. Basicamente, Hank não quer estar perto de outros peixes. E parte disso provavelmente é por causa de uma diferença física que precisa ser superada. Mas Dory e sua sempre alegre (e esquecida) mente ajuda-o a perceber que ele ainda tem algo a oferecer à comunidade.


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marlin Além do fato do pai de Nemo “não ser muito engraçado para um peixe-palhaço”, ele é muitas vezes surpreendido pela sua própria ansiedade e pavio curto. Ele tem problemas para tentar coisas novas e, frequentemente, diz ou faz a coisa errada, porque ele é muito preocupado e sente muito medo, e mais tarde lamenta suas ações. É um sentimento muito humano (especialmente para um pai), mas ele é capaz de superá-lo, ouvindo seu filho e Dory, que o ajudam a acalmar sua ansiedade e ir com o fluxo. Individualmente, todos esses personagens têm algo a ensinar às crianças sobre resiliência (capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos) e auto-estima. Há também uma mensagem linda de união, onde os personagens aprendem a procurar ajuda quando eles não podem fazer algo para si mesmos. Todos eles trabalham em conjunto para orientar e ajudar uns aos outros, apesar de suas limitações e diferenças.

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O enredo tece esses fios juntos para sugerir aos filhos que peculiaridades de um indivíduo, diferenças e deficiências aparentes são simplesmente uma forma única de navegação do mundo, e muitas vezes essas perspectivas “diferentes” oferecem algo ainda melhor do que a situação atual. Em meio a risos, essa mensagem é algo que todas as famílias comemoram, não apenas no cinema, mas na vida.

*Natalie Van Der Meer, editora sênior, é ex-editora da Redbook, Woman’s Day, Reader’s Digest e Allure, cobrindo moda, beleza, viagens, família, resenhas de livros e muito mais. Ela vive em Nova York.



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