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VIDA EM PLENITUDE A quaresma constitui um tempo privilegiado para intensificar a vivência cristã. Já na quarta-feira de cinzas, a Igreja repete a todos as fiéis o apelo de Cristo - "Convertei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Crer no Evangelho implica, acima de tudo, amar a Deus e o próximo (cf Dt 6,5: Lc 10, 25-28). E S. João lembra que é impassível amar a Deus que não se vê, sem antes amar o próximo que se vê, O amor ao próximo, por sua vez, exige ação e renúncia (cf 1 Jo. 14-19) Não bastam palavras, por mais sonoras que sejam. Há anos, a Igreja do Brasil promove, durante a quaresma, a Campanha da Fraternidade. justamente para despertar nos fiéis a consciência teórica e prática do dever de amar os irmãos Propõe para cada ano um tema de interesse geral a fim de que todos se dêem conta das falhas que ocorrem em nossa vida pessoal e em nossa sociedade para que redobremos nossos esforços de fidelidade ao Evangelho e de doação aos irmãos. O tema da Campanha da Fraternidade de 1984 é extremamente rico e abrangente: "PARA QUE TODOS TENHAM VIDA". Vai ao centro da missão do próprio Cristo (cf Jo 10,10). Abrange o homem todo e todos os homens. Vida e vida plena em todos os sentidos. Não se exclui nada do que faz parte do homem, em qualquer de suas dimensões. O amor evangélico abrange tudo e o cristão não deve alienar-se de nada do que se refere ao homem. A realidade brasileira na tocante a vida e sua plenitude é chocante. O povo sofre carências graves de todo a tipo, desde falta de comida até desnorteamento espiritual, com decadência ética perceptível em todos os campos. A plenitude de vida está seriamente comprometida para quase todos. Milhões de crianças passam fome, não freqüentam escola, perambulam sem rumo nas grandes cidades, crescem sem lar e sem horizontes de futuro. Milhões de brasileiros não tem emprego. nem terra, nem casa, nem vez, nem voz para fazer-se ouvir e se entregam á mais sombria fatalidade, deixando que tudo aconteça. sem esboçar qualquer reação. Milhões de pessoas morrem sem ter experimentado o gosto de viver e sem ter descoberto a razão de existir. Milhões de pessoas vivem doentes e morrem antes do tempo. Milhões de pessoas ignoram o Cristo ou o conhecem muita mal e se deixam levar por crendices de toda a sorte, fazendo do Deus do amor, um Deus fantasma. A lei do amor universal, essência de toda a revelação, caiu no descrédito e foi substituída pelo egoísmo desenfreado que esquece por inteiro o outro e seus direitos. Ao lado disso, porém, subsiste um contingente enorme de pessoas de fé, esperança e amor que acreditam sinceramente em Deus Pai e em Cristo Salvador. São o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5, 13-14). São as agentes de transformação que, mesmo quando todos os outros perderam a esperança e desistiram da luta, se mantêm inabaláveis, certos de que o bem é mais forte do que o mal e que, obedientes ao mandamento de Cristo, vale a pena lutar e dar a própria vida a serviço dos irmãos. Os Agentes de Pastoral da Saúde integram essa enorme massa sadia, capaz de reativar a esperança dos decepcionados e mostrar a luz para os que andam nas trevas. É claro que não podem parar nem suspender a vigilância e a oração. Nem isolar-se do conjunto eclesial. Formam um só coração e uma só alma com todos (cf At 4,32). Já foi dito que "as precárias condições de saúde da maioria da população brasileira constituem um problema alarmante" (CF 1981) e que 40 milhões de brasileiros ainda não tem acesso á assistência médica por causa da “distribuição inadequada e iníqua dos recursos de saúde”. É claro que esta situação faz pensar, sobretudo quando se sabe que o que falta não são recursos, mas cabeça e coração. Cabeça para reconhecer as necessidades fundamentais da vida humana e capacidade de organizar os serviços essenciais com eficiência; coração para ir

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ao encontro de quem mais precisa e renúncia do supérfluo para que não falte o essencial a ninguém. Característica da Campanha da Fraternidade deste ano é relançar em síntese. as campanhas precedentes Os Agentes de Pastoral da Saúde devem, pois, relembrar e rever a campanha de 1981; “Saúde para todos”.

Seus pontos fundamentais são: a)- educação para a saúde, pois educar para a saúde é garantir saúde. b)- formarão de grupos p0pulares de saúde com formação básica suficiente para atender as emergências elementares de saúde da população. c)- envolvimento de todos na preservação e promoção da saúde. Só haverá saúde para todos se todos colaborarem. d)- aproveitamento de medicamentos caseiros. e)- entrosamento da comunidade com os profissionais e os organismos de saúde. É claro que tudo isso supõe um trabalho metódico e constante. Só conseguirá realizálo quem tiver um grande ideal de serviço e preparação intelectual suficiente. além de conhecimento da realidade Sem isso, tudo não passará de um fogo de palha. Transformar a realidade e as pessoas exige confiança e paciência.

E os doentes? É outro capitulo da Pastoral da Saúde. Por ora basta lembrar que Cristo lhes dedicou atenção especial e fez dessa atenção aos doentes um sinal de que Ele era o Messias. Deu ordem aos seus discípulos para que em toda a cidade em que entrassem, curassem os doentes que nela houvesse (cf Lc 10,9). No juízo final, o serviço aos doentes constituirá exigência fundamental para que o cristão seja acolhida no céu (cf Mt. 25, 35-40). O Agente de Pastoral da Saúde engaja-se também na atendimento do doente, tanto em suas necessidades corporais quanto em suas exigências psicológicas e espirituais. Ama e serve o doente como se fosse o próprio Cristo. Serve-o e estimula todos os membros da comunidade a servi-la. A Campanha da Fraternidade envolve todas as pessoas de boa vontade, a fim de que elas, por sua vez, envolvam tudo mundo. O ideal de vida em plenitude não exclui ninguém Pe. Júlio Munaro

CREDO DA VIDA - Creio em Deus, fonte de toda vida que existe no céu e na terra. - Creio em Jesus Cristo, encarnação do amor do Pai que habita entre nós como plenitude de vida. - Creio no Espírito Santo, vida do Pai e do Filho divinizando a vida humana. - Creio na Igreja, comunidade de vida, onde em comunhão nasce a libertação de tudo o que é anti-vida. - Creio no ser humano "imagem e semelhança" de Deus, que recebeu a vida como um dom gratuito e é chamado a transmiti-la e partilhá-la no amor com os seus semelhantes. - Creio que a sofrimento em si mesmo é um mal e que adquire um sentido de redenção a partir de paixão, marte e ressurreição de Jesus Cristo. - Creio nos profissionais da vida, instrumentos humanos de cura, chamados a participar na obra da criação, servindo com amor e competência, nas pegadas do Bom Samaritano. - Creio na vida humana dignificada, elevada e sacralizada pelo verbo de Deus que se fez carne - Creio na vida, mesmo quando tecida de mil mortes que propiciam mil ressurreições, porque é vocacionada a desabrochar vitoriosamente em Deus. PDF Creator - PDF4Free v2.0

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- Creio na vida eterna, plenitude e coroação de todo peregrinar terrestre, onde estar com Deus é viver e ser plenamente feliz. Amém Pe. Leocir Pessini Pe. José C. Romano Capelães do Hospital das Clínicas da USP

SERVIDORES DOS POBRES E DOENTES, BEATIFICADOS EM 1981 Pe. Hubert Lepargneur Não seria mesquinho interessar-se apenas pelos santos da própria família quando a tendência de cada "categoria" do mundo atual é precisamente cerrar filas apenas em torno dos próprios interesses? Ocorre que logo após a convalescência que seguiu o atentado de 13 de maio de 1981. a primeira cerimônia solene presidida em Roma por João Paulo 11, a 4 de outubro, foi uma beatificação que incluiu dois notáveis servidores dos doentes e pobres e que podem ter escapado á nossa atenção. De nosso século, Riccardo Pampuri (1897-1930) morreu aos 33 anos, como Cristo e Alexandre, o Grande, sem glória, mas após muito serviço aos fracos. Foi seis anos médico na província de Pavia, Itália, e exerceu mais um ano a medicina em Brescia. Era a figura jovial e incansável, relativamente rara, mas querida e presente em todos os séculos, do médico dos pobres. Para ele arranjava alojamento e comida, cuidados e remédios. Seu lema: "ver Cristo através das doentes, cuidar de Cristo através deles." Lembra algo aos Camilianos. Décimo filho de uma família de onze, Riccardo fez brilhantes estudos de medicina, mas com pouca saúde. Terciário de São Francisco, animou círculos de jovens e grupos missionários antes de entrar, em 1927, na Ordem dos Irmãos Hospitalares de São João de Deus, em Brescia. Após o noviciado, eles lhe confiam, estranhamente, um consultório dentário. Morre um ano depois, de pneumonia. Corpo intacto após 50 anos. Outro beatificado de 4 de outubro de 1981 foi Alain de Solminihac, promotor da caridade no século de S. Camilo, de incrível vida interior. Nasceu em Perigord, França, 30 anos após o fim do concilio de Trento (1563). Aos 30 anos, em 1623, recebe a bênção como abade de um mosteiro em ruína: de seus três religiosos, dois recusavam o concilio. Treze anos mais tarde: as construções refeitas abrigam 50 religiosos que irradiam o espírito conciliar. Recusa vários bispados e acaba, em 1636, por aceitar o de Cahors, diocese importante na época. Fez retiro com os cartuxos antes da sagração episcopal; logo após, em vez de participar no banquete, volta à Cartuxa para fazer os trinta dias dos grandes exercícios inacianos. De volta, não só multiplica as visitas pastorais na diocese (e não foral mas cria um Conselho episcopal da diocese e convoca um sínodo diocesano (que teve participação inesperada): cria também o seminário da diocese (com 35 seminaristas em 1649) e missões paroquiais, encoraja fraternidades leigas, funda vários orfanatos e três hospitais (pelo qual foi criticado pelos burgueses de Cahors). Ajudou os pobres: "As rendas de meu bispado são o patrimônio sagrado dos pobres." Ajudou os doentes ao ponto de substituir pessoalmente os párocos que desertaram suas paróquias por ocasião da peste de 1652.

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PASTORAL DA SAÚDE - DIOCESE DE SANTOS Orientações e normas para o agente da Pastoral da Saúde 1ª parte 1- DA COORDENAÇÃO, SEDE E FUNCIONAMENTO 1.1-A Pastoral da Saúde na Diocese de Santos é Coordenada pela Paróquia Pessoal Hospitalar, confiada á Ordem dos Ministros dos Enfermos, padres Camilianos, por Dom David Picão, Bispo Diocesano. Sua instalação deu-se "ad experimentum" por dois anos aos 15 de agosto de 1973 e definitivamente aos 3 de outubro de 1975. 1.2- Sede - Igreja da Santa Cruz, sita á Av. Senador Feijó, 444 - Bairro de Vila Mathias Santos - SP. 1.3- Funcionamento - De acordo com o Regimento aprovado por Dom David Picão, constante na Instrução Pastoral n.° 18 Livro D - Fls. 19 - Mitra Diocesana, por ocasião da ereção e instalação da Paróquia Pessoal Hospitalar. 2. NOÇÕES PRELIMINARES 2.1-A Pastoral da Saúde sempre existiu na Igreja, embora sob as mais variadas formas e diferentes denominações conforme a época e a realidade em que esteve inserida, porque ela sempre julgou seu dever evangelizar e assistir o homem nesta hora especial da vida: o seu confronto com a dor, a doença e a morte. 2.2-A palavra Pastoral, deriva de Pastor, denota em termos gerais, a ação evangelizadora e missionária da Igreja. "Nenhuma atividade da Igreja pode dissociar-se desta dimensão pastoral, sob pena de tomar-se um simples movimento ou instituição de cultura ou de ensino". 2.3 - A Pastoral da Saúde é apenas um setor da Pastoral global duma diocese, paróquia ou região. 2.4 - A Pastoral da Saúde é especifica e toda especial quando atua junto ao doente, quer pela curta permanência do paciente em sua doença, quer pelos motivas que determinam a sua internação, quer pela diversidade das pessoas enfermas (internadas ou acamadas em casal com problemas complexos, graves e que pedem, por vezes, solução urgente. 2.5 - É eminentemente eclesial, quer porque se empenha em construir a Igreja na área da saúde, quer porque supõe e exige sintonia com as diretrizes da Igreja. Não se concebe trabalho apostólico desligado da autoridade eclesiástica competente (Papa, Bispo) ou em desacordo com a programação do responsável (vigário, capelão, coordenador). 2.6 - É Pastoral de oportunidade. O homem vive apressado e distraído. Deixou-se levar pela sociedade de consumo e produção. Na enfermidade, obrigado a uma pausa, as vezes, curta, mas suficiente para encontrar-se consigo e com Deus. 2.7- O progresso da Pastoral da Saúde, não se mede tanto pelo número de casos atendidos, mas pelas pessoas conscientizadas para que atuem e ajudem a comunidade a crescer e tornarse adulta na vivência dos valores evangélicos. 2.8 - A Pastoral da Saúde não deve se limitar ao doente, mas desenvolver um trabalho junto ao homem sadio. "Vamos dar ênfase á saúde e não á doença". Não basta existir, é preciso existir com saúde plena. A vida é um dom, a saúde é uma manifestação da vida. 2.9 - No exercício da Pastoral da Saúde, é importante, escutar com a cabeça aquilo que é dito, escutar com o coração aquilo que não é dito e escutar com o corpo todo, quanto possa ser dito ou imaginado. 2.10 - O respeito pela dignidade da pessoa humana, a valorização das mensagens e atitudes de Jesus perante os doentes, constituem o ponto alto e encorajador de toda a Pastoral da Saúde.

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3. OBJETIVOS A pastoral da saúde apresenta três objetivos fundamentais: 3.1- Cristianizar - Esta é a razão de ser da própria pastoral da saúde. Não de concebe uma pastoral que não se empenhe com seriedade em penetrar e impregnar de sentido cristão todo o universo da saúde. 3.2 - Humanizar - Não bastam hospitais bem construídos, técnicas sofisticadas, profissionais competentes, é preciso também o calor humano. "Qualquer programa feito para aumentar a produção não tem razão de ser, se não for colocado a serviço da pessoa humana" (Paulo VI, Populorum Progressio). 3.3- Conscientizar para a saúde - Cuidar das pessoas doentes é uma necessidade, mas não esquecer que o segredo do sucesso é investir nas pessoas sadias, conscientizando-as para que zelem pela própria saúde. "O homem deve procurar com empenho o tesouro da saúde para que possa desempenhar seu papel na sociedade e na Igreja" (Ritual da Unção dos Enfermos). 4. DIRETRIZES E SISTEMÁTICA 4.1 - Em relação ao tempo de realização, o trabalho junto aos enfermos pode ser imediato e mediato. a)- imediato: que deve ser feito logo, sem esperar, visto a gravidade da situação. b)- mediato: que visa criar uma sistemática de atuação, um modo de agir, uma filosofia de trabalho. 4.2 - Em relação aos doentes distinguimos os comuns e os incomuns ou especiais. a)- comuns: são aqueles que normalmente devem ser atendidos, mas que não têm comportamentos significativos para a Pastoral. b)- incomuns ou especiais: são aqueles que possuem significação para a Pastoral da Saúde, ou pela sua pobreza, ou pela gravidade da doença, ou pela revolta contra Deus, ou pela sua vivência cristã ou pelo engajamento eclesial ou pela amizade que os prende aos agentes. 4.3 - Em relação aos que assistem aos enfermos, além dos sacerdotes, em virtude do próprio ministério, podemos distinguir profissionais atuantes e profissionais passivos. a)- atuantes: são aqueles que têm liderança e eficiência no seu trabalho e, portanto, podem se constituir em excelentes promotores da Pastoral da Saúde. b)- passivos: são aqueles que primam pela sua inércia profissional e, por isso mesmo, pouco influem na Pastoral da Saúde. 4.4 - Em relação ao horário de visita, deve-se descobrir a hora mais oportuna. Levando-se em conta as condições do doente, os costumes da família ou o tipo de hospital. 4.5 - Em relação á entrada e saída do Hospital, informe-se a portaria. Esta maneira de agir possibilitará maior rapidez em sua localização, bem como fará perceber a sua constante presença no hospital. 4.6 - Em relação á visita ao Doente: a)- Convém que seja breve, atenciosa e animada de otimismo; b)- a visita feita com mau humor não traz nenhum resultado; c)- o vestuário deve ser adequado, conveniente e simples; d)- use-se uma linguagem simples, amiga e positiva; e)- Evite tornar-se vulgar sob o pretexto de ser popular; f)- Estabeleça-se um clima de cordialidade, evitando discussão e atrito; g)- Cumprimente-se a todos com atenção e delicadeza; h)- O uso de crachá na lapela é obrigatório; i)- É importante nunca dizer "não" porque a atitude negativa produz efeitos contraproducentes; j)- Ao conversar com o enfermo ou familiares evite-se preencher fichas; isto pode prejudicar o diálogo;

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l)- Quando o doente solicitar algo que é de competência de outros profissionais, dirija-se a eles com delicadeza; m)- Encontrando um doente em estado de inconsciência, informe-se com os familiares ou acompanhantes sobre a sua fé, e conforme o caso, convidem-se os parentes para uma oração e chame-se o padre responsável. n)- Na medida do possível evite-se qualquer desentendimento, pois a compreensão mútua é de suma importância para um apostolado eficiente. 4.7 - Em relação ao agente da Pastoral da Saúde, deve este, saber interpretar criteriosamente os acontecimentos da vida á luz da fé. Não jogar frases... respeitar o pensamento dos outros e não querer ser o único sábio. 4.8 - Em relação á saúde, sabemos pela definição da O.M.S. ("Organização Mundial da Saúde") que é "um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de enfermidade"; portanto não se deve tentar curar os olhos sem a cabeça, nem tão pouco pretender curar a cabeça sem a alma "Consiste no perfeito funcionamento dos elementos biológicos e psíquicos e na plena integração da sociedade" A pessoa do doente deve ser olhada globalmente. 4.9 - É útil fazer o histórico, ao menos de alguns doentes considerados especiais. Isto fornecerá subsídios para atualização da Pastoral e para troca de experiências nas reuniões das agentes. 4.10 - Não discutir assuntos religiosos com os doentes ou familiares, principalmente de outras religiões. É mais conveniente fazer uma prece comunitária ou a leitura de um salmo apropriado. Não deixar, porém, de prestar os esclarecimentos necessários. Nos casos mais difíceis procurar orientação com algum padre. 4.11 - Procurar despertar nos pacientes a vida de fé, a adesão a Cristo e a frutuosa participação nos sacramentos (confissão, comunhão, unção). Longe de impô-los, nem os oferecer se o doente não estiver adequadamente preparado. Caso o doente queira participar da vida sacramental, informar o padre responsável. 4.12 - Tratando-se de crianças em estado grave e ainda não batizadas, depois de verificar o desejo dos pais ou pessoa responsável (caso haja possibilidade) seja-lhe administrado o sacramento do batismo. Avise-se os responsáveis que, se a criança vier a se restabelecer, deverão apresentar-se ao respectivo pároco para completar as cerimônias e fazer o assentamento no Livro de Batizados da Paróquia. Não se deixe de lhes entregar o comprovante do batizado de emergência. 4.13 - É apostólico e sinal de delicadeza informar o vigário sobre a hospitalização de doentes, seus paroquianos. Como o agente de Pastoral da Saúde deve interessar-se também por toda a equipe hospitalar, é importante que mantenha bom relacionamento com todos os funcionários e respeite suas aspirações. "Saiba chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram". (Continua no próximo número) TUAS PALAVRAS SÃO ORAÇÕES EM TEMPO DE DOENÇA (continuação) 1)- Pelo dia de Hoje - Obrigado Senhor, por este novo dia em minha vida. Este é um dia que nunca retornará e que terá tanto sentido quanto eu escolher dar.

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- O sentido deste dia não deve ser medido pelas minhas falhas ou sucessos, mas pelas minhas atitudes em relação ao que está acontecendo comigo. - Senhor, ao dar-me este dia, vós me dais tempo para conhecer-me melhor, tempo para construir prioridades, tempo para chorar, tempo para rir, tempo para crescer na esperança. - Esta minha hospitalização lembra-me o quanto o meu amanhã dependerá do que faço com o hoje, com suas crises e oportunidades de crescimento. - Senhor, estejais comigo e ajudai-me a humanizar o dom do tempo, acolhendo o tesouro de vossas bênçãos diárias presentes nos acontecimentos e pessoas que cuidam de mim. - Senhor, dai-me tempo para dar e receber; tempo para silenciar e falar; tempo para recordar e sonhar; tempo para envolver-me com as pessoas e coisas; tempo para afastar-me e aprender a conviver com o silêncio sem sentir solidão e exílio. - Ajudai-me Senhor acima de tudo a ter tempo para amar, porque sem amor tudo o mais não tem sentido. Amém. 2)- Em tempo de incertezas - Senhor, são situações como estas - quando experimentamos nossa própria finitude, fraqueza em nosso corpo, incerteza do futuro - que voltamos para vós em oração. Pedimos não por um milagre mas pela paciência, não para libertar-nos do sofrimento, mas por força para suportálo. - Senhor, ajudai-nos a exprimir com o nosso ser as palavras que não podemos pronunciar pela boca. Ajudai-nos a aceitar confiantes o que não podemos mudar com medo. - Permita que as palavras que dissestes aos discípulos sejam nossas hoje: "Não tenhais medo porque estou convosco, não importa o que suceder". - Ajudai-nos a entender que a vida não é um refúgio do sofrimento. Viver e amar significa aceitar o risco de sofrer. Ajudai-nos a nunca esquecer que a vida não é um destino, mas um peregrinar que conduz a um destino. Mantendo-nos sempre abertos para qualquer destino que preparastes para nós. Acreditamos Senhor que vós não tirais a alegria de vossos filhos sem preparar para eles uma alegria maior, confortando-nos nas incertezas pela nossa fé em vás e na vossa promessa de ressurreição. Amém. 3)- Em tempo de doença - Senhor, sustentai-me com vossa paz e graça durante este tempo de crise. Diariamente mostrais o vosso carinho pela criação alimentando os lírios do campo e os pássaros do céu. Proveis cada pássaro com alimento, mesmo sem alimentá-lo no seu ninho. - Dai a mim, vossa especial criatura, a capacidade de reconhecer vossa amável presença em qualquer situação: quando me tocais pela vossa palavra, quando convivo com o próximo ou ausculto o mistério da minha vida. - Ao estar confrontando com esta doença, rezo para que abençoeis as médicos, as enfermeiras, os Agentes de Pastoral, enfim a todos aos quais confiastes vosso ministério de cura. - Tomai meu corpo, mente e espírito receptivos a vossa graça curativa que se encerra em mim como força e vida nova, aonde existem medos e incertezas. Amém.

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