POSIÇÃO DA PASTORAL DA SAÚDE-CNBB SOBRE A UTILIZAÇÃO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS A Pastoral da Saúde (PS) tem como finalidade a ação evangelizadora de toso o povo de Deus comprometido em promover, preservar, defender, cuidar e celebrar a vida com dignidade, tornando presente no mundo de hoje a ação evangelizadora de Cristo, que veio para que tenham vida e a tenham em abundância (Jo 10,10). Durante década a PS abordou grandes questões de saúde no Brasil, delineando pistas de ação evangelizadora da Igreja neste campo, fundamentada no exemplo de Cristo que “andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo”(Mt 4,23). Nesta caminhada a PS tem encontrado, muitas vezes, o povo numa situação de pobreza e doença auxiliada por serviços de saúde que não respondem às suas necessidades, podendo até gerar uma situação de angústia para o agente de PS que, querendo acudir ao sofrimento que aflige a população, precipita-se por caminhos nem sempre corretos, não reconhecidos legal e/ou cientificamente. Por isso, a Pastoral da Saúde, reconhecendo que as terapias naturais ou alternativas, com suas diferentes práticas de diagnóstico e tratamento são uma realidade da cultura do nosso povo e, preocupada com as diversas denúncias sobre a utilização, em seu nome, de terapias alternativas pouco convencionais e sem comprovação científica, alerta que: - a implementação destas práticas exige formação específica; - algumas destas práticas (urino-terapia, bionergética, etc) não são reconhecidas por Lei e quem as praticam está sujeito às responsabilidades civis e legais que decorrem do exercício ilegal de uma profissão; - portanto, em suas atividades pastorais, o Agente não deve comprometer-se com o diagnóstico e tratamento de doenças, nem mesmo utilizando-se de práticas alternativas ou naturais, em nome da PS; - ao perceber os problemas de saúde da população, os Agentes de PS deverão ter cuidado de não utilizar práticas e recursos sem embasamento científico ou reconhecimento legal, especialmente aquelas que não pertencem à nossa cultura e, por isso, causam estranheza e desconfiança na população com a qual se trabalha; - esclarecemos que as comunidades, paróquias, dioceses ou equipes de PS que assumirem o atendimento à população usando terapias
alternativas e/ou naturais, o estarão fazendo por sua própria responsabilidade e opção, já que a Coordenação Nacional PS-CNBB não recomenda estas práticas sem embasamento científico ou respaldo legal. - Sempre que produzir material educativo para o uso de suas coordenações e liberanças, a PS deverá respaldar-se cientificamente mediante colaboração de profissionais da saúde e da Coordenação nacional da PS-CNBB; Certos de sua atenção e apoio, renovamos nosso agradecimento pela inestimável colaboração à missão pastoral e evangelizadora da Igreja no sentido de preservar, defender, cuidar e celebrar a vida nas três dimensões da Pastoral da Saúde: solidária, comunitária e política-institucional. Que o Senhor os abençoe, Pe. Evangelista M. de Figueiredo Coordenador Nacional da PS- CNBB Elma L. C. Pavone Zoboli Vice-coordenadora as PS-CNBB COMO LEVAR COMUNHAO OS DOENTES? ANÍSIO BALDESSIN Dentre as muitos curses que ministrei uma das muitas perguntas que surgem dé quem pode levar comunhão, e como levá-la aos doentes e quem pode recebe-la? seja no hospital ou para as doentes que estão em casa, as dificuldades sempre são muitas. Sem ter o objetivo de oferecer uma resposta uma orientação perfeita espero que este artigo possa auxiliar no trabalho dos agentes de pastoral da saúde e ministros da eucaristia que se dedicam a um ministério tão importante dentro da Igreja e da comunidade. Primeiramente, é necessário lembrar que a eucaristia é um memento importante na vida do cristão, é o memento em que se dá o encontro do doente com Cristo e com a igreja, (comunidade) da qual ele participa. Dar ao doente oportunidade de receber a comunhão seja no hospital ou na própria casa, é fazer com que ele se sinta reconhecido como membro integrante da comunidade. É torná-lo consciente de que a comunidade está unida a ele também na hora sofrimento.
PROPOR E NÃO IMPOR É muito comum encontrar doentes no hospital ou em casa que desejam receber a comunhão. Mas nem sempre temos a certeza de que o doente realmente deseja receber a eucaristia. Assim sendo, oferecemos a eucaristia ou outros sacramentos ao doente. Muitas vezes medimos nossa atividade pastoral pelo número de comunhões ou outros sacramentos que conseguimos oferecer. Há os que oferecem os sacramentos como se oferece aquele medicamento que se não faz bem, também não vai fazer mal. Mas no tocante ao sacramento, é importante lembrarmos que a fé sem sacramento pode salvar, mas os sacramentos sem fé não faz sentido, pois ele só é sinal de graça no horizonte da fé. Só para quem tem fé, os ritos sagrados, os mementos fortes da vida se tornam OS veículos misteriosos da presença divina. Caso contrário, transformam-se em meras cerimônias vazias. Quando a pessoa está doente, qualquer coisa que lhe é oferecida, em benefício da saúde e em nome de Deus, é sempre muito bem aceita. Para não cairmos em tais situações, com a pessoa hospitalizada, devemos nos informar se o paciente participa de alguma comunidade ou está ligado a uma Igreja. Se é alguém que participa da comunidade, automaticamente pedirá os sacramentos. Caso ele não peça, você poderá propor dizendo que a Igreja com seus agentes de pastoral e ministros da eucaristia atendem o serviço religioso. Se o doente está em casa, converse com ele e pergunte se deseja receber a comunhão. Em positivo, o agente de pastoral ou o ministro poderá providenciar. ACREDITAR NO DOENTE. É muito comum quando alguém deseja receber a comunhão, querermos saber tudo sabre ele. Há quanto tempo ele não se confessa, se é casado, solteiro, viúvo, divorciado ou separado. Não raras vezes temos a tendência de oferecer o sacramento da confissão como condição para que ele receba a eucaristia. É 1ógico que é importante a pessoa estar em paz e preparada para receber o sacramento da eucaristia. Precisamos porém, ter o cuidado de não forçar sacramento da confissão. Um pouco de catequese e confiança no doente fará com que não nos tornemos "donos" do Sacramento. Não raras vezes já fui chamado para atender confissão de algum paciente, com a alegação de que ele queria confessar-se, às vezes par exigência de algum familiar, ou mesmo do agente da pastoral da saúde ou do ministro da eucaristia. Quando fui atender o pedido, o próprio doente não tinha nenhuma consciência do
que se tratava. Tais situações se tornam embaraçosas, não só para o paciente mas também para o padre que é chamado para este tipo de atendimento. Muitas vezes este é apenas um desejo da esposa, do esposo, da filha ou do filho, ou mesmo do ministro ou do agente da pastoral da saúde que exigem os sacramento da eucaristia, confissão ou mesmo unção dos enfermos. Portanto, antes de chamar o padre, o agente de pastoral da saúde ou o ministro da eucaristia, certifique-se se realmente o doente deseja receber o sacramento. É bom lembrar que os sacramentos não para agradar os familiares, profissionais, ou outras pessoas como um desencargo de consciência. A pessoa encarregada de visitar ou mesmo levar eucaristia ao doente deve certificar-se da concreta situação. QUEM PODE LEVAR A EUCARISTIA? O Sacramento da eucaristia para os doentes é responsabilidade do padre e do ministro da eucaristia. O padre par ser alguém que recebeu ordem para ministrar todos os sacramentos; o ministro da eucaristia não é uma pessoa ordenada mas após preparação específica, recebeu autorização para exercer e desenvolver este trabalho na Igreja, junto aos doentes nos hospitais e nas casas. Vivenciando a realidade diária de um grande hospital, passei par várias situações em que, eu, padre estava impossibilitado de levar a eucaristia para o doente. A primeira tentativa foi encontrar algum agente de pastoral que fosse ministro da eucaristia. Não o encontrando, recorri a um agente de pastoral da saúde que pudesse desenvolver este ministério. Isto não dispensa a devida preparação que se exige para o ministério. O que precisa ficar claro é que em muitas situações não resta outra alternativa. Gostaria de salientar que mesmo havendo padre ou ministro, freqüentemente a pessoa mais indicada é aquela que talvez não tenha tido o curso, mas que já estabeleceu um clima de comunhão com o doente. Devemos ter normas para que o papel do ministro da eucaristia não seja relegado a segundo plano. Porém, é preciso que saibamos abrir oportunidades para as muitas exceções. EM CASA E NO HOSPITAL. É sempre importante, ao levar a comunhão, estar ciente de que você está entrando num ambiente que pertence exclusivamente ao doente. Se for no hospital, o quarto que o doente ocupa é privativo dele. Portanto, sempre peça autorização para entrar, até mesmo para sentar na cadeira. Nunca sente na
cama, mesmo que o doente insista. Se for a domicílio peça autorização ao dono da casa ou mesmo aos familiares. Na residência, além do espaço do doente, existe o espaço dos familiares a ser respeitado. Se no hospital já existe um serviço de pastoral da saúde organizado, não há maiores problemas. Caso não haja, é bom lembrar que o direito do paciente receber visita religiosa de seu ministro está garantido pela Constituição. Isto não significa que qualquer um possa fazer trabalho pastoral. O padre, Ministro da eucaristia e agente de pastoral da saúde poderá visitar somente aquele paciente que fez a solicitação. É importante que o padre, ministro da eucaristia ou agente da pastoral da saúde visite o doente nos horários que não sejam de banho ou higiene ou que a equipe médica esteja fazendo algum procedimento. Antes de adentrar ao hospital, passe no registro e peça autorização à enfermeira ou responsável do setor. Não discuta com porteiros ou pessoas que estão trabalhando e cumprindo ordens. Ao contrário, procure dialogar com os profissionais do hospital que tudo ficará mais fácil. Se a visita á para levar a comunhãoo aos doentes que estão em casa, é bom lembrar a família que você está exercendo este ministério em nome da Igreja e da comunidade cristã. Na primeira vez, seria oportuno que os ministros da eucaristia ou agentes da pastoral da saúde fossem duas pessoas. Isto encorajaria e facilitaria o relacionamento com os familiares. Nas visitas seguintes, o ministro poderá ir sozinho. Evite visitar e principalmente levar a eucaristia no horário da higiene ou então em horário de refeição. Procure fazer no meio ou final da manhã ou no meio ou final da tarde. A identificação é muito importante. Par isso, ao chegar na casa do doente apresente-se de preferência com um avental branco ou com um crachá que o identifique como ministro da eucaristia ou agente de pastoral da saúde, evitando assim possível desconfiança. A identificação fará com que os familiares tenham certeza da denominação religiosa a que você pertence. QUANDO OS FAMILIARES SÃO DE OUTRA RELIGIAO. É possível que em alguma família haja algum doente que seja católico enquanto o restante ou parte da família seja de outra religião. É importante dialogar se ele deseja realmente a visita da pastoral da saúde e receber a eucaristia ou outro sacramento. Caso o doente responda que sim, converse com os familiares da possibilidade de visitá-lo e qual seria o horário mais oportuno, evitando possíveis transtornos.
Caso os familiares digam que não querem receber visita de outra denominação religiosa, não crie conflito. Procure explicar que você está apenas atendendo o desejo do paciente. Caso persista a resistência, fale com o próprio paciente, explique a situação e peça que ele próprio converse com seus familiares. É importante lembrar que embora o doente tenha direito de receber visitas, os familiares t6m o direito de rejeitar. A melhor maneira é dialogar francamente com os familiares a respeito da importância para o paciente receber visita de seus representantes, e a importância da oração para o doente. O QUE FAZER ANTES DA COMUNHÃO? Quando visitar OS doentes, procure primeiramente conversar um pouco, o que possibilitará a uma aproximação com eles. Depois procure saber quais são as orações mais conhecidas pelo paciente. Não tenha um esquema padrão de orações já determinado. Normalmente procuro fazer oração a partir daquilo que conversei com o paciente. Se o paciente falou de alegrias e realizações partilhemos isso. Se ao contrário falou de tristezas e fracassos, procuraremos orar a partir disso. Geralmente pergunto o que ele gostaria de pedir e partilhar na eucaristia e na oração. Isso pode ser muito oportuno para não cair no erro de fazer alguma oração que se encontra no livro mas que não tem nenhuma relação com aquilo que o paciente está vivenciando. Se a pessoa diz que faz algum tempo que não se confessa e se sente um tanto despreparada mas quer receber a eucaristia, o agente poderá convidá-la a fazer um pequeno ato penitencial, ler um trecho bíblico oportuno para o memento. Não seja um texto que você ache interessante, mas que para o doente não diz quase nada. Depois de uma pequena reflexão reza-se o Pai Nosso e segue-se com "felizes os convidados para a ceia do Senhor" e oração própria. Depois de a pessoa receber a eucaristia, o agente poderá convidá-lo para um memento de agradecimento e terminar com uma oração final espontânea. DECLARAÇÃO DA CNBB EM FAVOR DA VIDA E CONTRA O ABORTO “A comissão de Constituição e Justiça, da Câmara Federal, aprovou, recentemente, ainda que por margem mínima, o Projeto de Lei nº 20-A (1991), que” dispõe sobre a obrigatoriedade de atendimento dos casos de aborto, previstos no Código Penal, pelo Sistema Único de Saúde”. Trata-se do Art. 128 do Código Penal de 1940, que estabelece a despenalização do aborto em
casos de estupro ou grave risco de vida para a gestante e que projeto pretende regulamentar. A Igreja no Brasil, em seguimento de Jesus Cristo, que veio para que tenhamos vida e tenhamos em abundância (cf. Jó 10,10), dá mais uma vez, a través desta declaração, seu testemunho em favor da vida humana, desde sua concepção até seu desfecho natural, baseada nas graves palavras da Bíblia: “Não matarás”. Ao mesmo tempo, ela compartilha as angústias tristezas e sofrimentos de todos, principalmente dos pobres e dos que mais sofrem. Ela é solidária com a gestante em risco de vida ou vítima de estupro. Oferecer o perdão de Jesus Cristo aos que fraquejaram, tantas vezes opressos por circunstância adversas e procuram se reerguer, Propõe e quer contribuir para que haja sempre novos modos e instituições de defesa, apoio, proteção e assistência às gestantes traumatizadas e aos nascituros em perigo. São formas de misericórdia cristã. Esta misericórdia se planifica na verdade. Pois, o aborto direto e provocado, inclusive nos casos alegados neste Projeto de Lei, é sempre um atentado grave e inaceitável contra o direito fundamental à vida. “É a morte deliberada e direta, independentemente da forma como venha a ser realizada, de um ser humano”. A percepção da gravidade do aborto vai se obscurecendo progressivamente em muitas consciências. A aceitação do aborto na mentalidade, nos costumes e na própria lei, é sinal eloqüente de uma perigosíssima crise de sentido moral”. Esta problemática abre vasto campo para o diálogo e o anúncio da parte dos católicos no seio de uma sociedade que hoje é pluralista. Contudo, quaisquer razões, “por mais graves que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um inocente”( João Paulo II, o Evangelho da Vida, n. 58). Às vezes, insinua-se que a Igreja defende a vida do nascituro em prejuízo do direito da mãe. Na verdade, ela defende e procura salvar integralmente ambos. Além do mais, no caso de estupro, o ser humano é totalmente inocente e indefeso. Como puni-lo com a morte? Parece de jurista ilustre indica a inconstitucionalidade do mencionado Art. 128 do Código Penal, uma vez que o Art. N.5 da Constituição Federal considera a vida como o valor mais importante a ser protegido pelo Estado. Preocupam-nos ainda outros projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, que agridem a vida e a família. Por essas razões, nós bispos do Conselho Permanente da CNBB, reunidos em Brasília, de 26 a 29 de Agosto, com a presente declaração fazemos veemente apelo, em nome do Episcopado Nacional, aos legisladores
do Nosso país, para que se oponham a estes Projetos de Lei e procurem, ao contrário, reforçar a proteção à família e o apoio à vida, desde sua concepção até seu desfecho natural. Às nossas comunidades, aos profissionais de saúde e a todas as pessoas de boa vontade, fazemos um apelo premente para que o compromisso com a visa, ameaçada em tantos aspectos, seja a razão de nossas atitudes. Para isto, precisamos de gestos significativos que nos levem a dar assistência às gestantes angustiadas, vítimas de violência ou em risco de vida, bem como amparo aos nascituros e nascidos que são abandonados ou rejeitados. Ao mesmo tempo, façam chegar aos Parlamentares seu apelo conta os referidos projetos de lei. Que Deus nos ilumine e fortifique na promoção da vida e da esperança”. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL. VENCENDO O ESTRESSE Clinicamente, o estresse é definido como a “Síndrome da Adaptação Geral”, alo que acompanha os seres todo o tempo, desde o início de sua vida. Assim, já num primeiro movimento da vida extra-uterina, a criança tem seu primeiro teste de adaptação: é orçada a viver fora do conforto do ventre materno, que até então tudo lhe fornecia. Precisa agora aprender a se alimentar, se adaptar à rotina da cada, da escola, da nova casa ou emprego, etc. Portanto, o estresse faz parte da vida, como algo inerente às atividades físicas, mental e emocional algo inerente às atividades físicas, mental e emocional. Dessa maneira, você começa a atender que o estresse é exclusivo e individual, e o que para você é estressante, para outras pessoas pode não ser. QUAIS OS SINTOMAS? O motor de um carro, quando forçado ao máximo de sua velocidade, apresenta sinais de que está chegando ao limite. No seu corpo aconteça mesma coisa, só que, muitas vezes, você ignora esses alerta de que está forçando “o motor” além da conta. Tome como exemplo uma corrida ou uma sessão de aeróbica: os músculos são exigidos e correspondem até um certo limite. Quando chegam ao esgotamento, alertam a sobrecarga com estiramento musculares, aumento da temperatura local, sensação de ardência ou formigamento e falta de ar, entre outros sintomas. Veja a seguir sintomas que ocorrem em situações de estresse:
Sinais mentais Tensão Preguiça Descontrole Sentimento de culpa Preocupação com pequenas coisas Impaciência Apreensão pelo futuro
Sinais físicos Fadiga crônica Insônia Dores de cabeça Dores no peito Aumento dos batimento cardíacos Distúrbios digestivos Aumento da pressão arterial
O ESTRESSE É DOENÇA? O estresse não é doença. Mas, se você não der atenção aos sinais de alarme que o organismo emite, a tendência é que o estresse alcance níveis cada vez maiores ,de modo que possibilite o surgimento de doenças psicossomáticas. As doenças psicossomáticas são decorrentes da cristalização de emoções guardadas em seu íntimo mais profundo. Existe uma relação muito forte entre a psique e organismo. Você deve conhecer pessoas que quando preocupadas ou com uma decisão muito importante a ser tomada sentem queimação no estômago. Essa forma de reagir, concentrando a emoção num determinado órgão (no caso, o estômago), pode, futuramente, facilitar o surgimento de uma gastrite, úlcera ou outra patologia. Perceba sua reação perante os tos e analise. Verifique se quando submetido a uma tensão seus músculos do pescoço e ombros não dão a sensação de estarem contraídos, duros, chegando, às vezes, a propiciar o surgimento de torcicolos. Alterações no desempenho Falta de clareza Desconcentração Desmotivação Ineficiência Muita pressa Poucos resultados COMO UGIR DO ESTRESSE? Isso é impossível! Se ele o acompanha desde o primeiro momento do seu nascimento, certamente você terá de aprender a administrar sua maneira de agir e reagir perante as emoções. Uma vez que a vida é partilhada em sociedade, onde você influencia e recebe influência da família, dos amigos, do professor, do chefe... E não é num estalar de dedos que as coisas se resolvem.
É preciso um entendimento muito claro de como tudo isso se processa, para que você possa utilizar sua força interior para alcançar o equilíbrio emocional e a harmonia corporal. O controle emocional é imprescindível para que você viva plenamente. Assim como você fecha uma janela para que a sujeira não entre em sua casa, aprenda a fechar a mente a todo o tipo de lixo mental que chega através de noticiários, agressões no trânsito, aborrecimentos no trabalho, na faculdade, com o vizinho, etc... Tabus sobre o estresse Faz parte da vida moderna É apenas físico É necessário para um melhor desempenho Você nunca experimentará Algumas pessoas não conseguem sair sozinhas do ciclo de estresse e buscam ajuda conversando com amigos ou médicos. Outras preferem terapias alternativas. Sinta-se a vontade para escolher como se processará sua mudança – mas nunca se esqueça de que você é o agente ativo de toda essa transformação, que não existe fada madrinha, e nem varinha de condão. Paralelamente, inclua medidas de puro prazo para sair da rotina. Lembre-se do que lhe dava prazer. Nadar, cuidar de plantas, pintar? Faça-o tempere seu diaa-dia com alegria e descontração, reservando um espaço na agenda para o lazer. Aprenda a administrar seu tempo. Cuide-se na alimentação. Tenha certo de que tudo que ingerir é assimilado pelo organismo, e o resultado é o que você, você mesmo, apresenta ao mundo. Cuide-se no repouso e na saúde. Abandone a pretensão de sempre querer ter a verdade e de ser infalível. Pratique relaxamento e meditação, pois não é só o corpo que se cansa; a mente é a chave de todo processo de estresse. Todos os livros referentes ao controle do estresse são categóricos em afirmar que a prática da meditação é decisiva, e a que dá resultados meios rapidamente. A meditação é um momento de quietude, de interiorização, onde são levadas ao cérebro a paz e tranqüilidade tão necessárias. É como o dormir do nosso corpo, após um exaustivo dia de trabalho. É o momento em que o cérebro se liberta das pressões. Encontre a mais agradável forma de meditar, permitindo-se conhecer as varias técnicas existentes, e opte por aquela com que tenha mais afinidade e que lhe traga os melhores resultados.
A massagem é uma técnica eficaz no alívio das tensões que se acumulam no organismo, que não poucas vezes criam “nós” musculares e energéticos. Uma boa sessão de massagem melhora a qualidade do sono, favorece a circulação sangüínea, amplia a capacidade respiratória, além de melhorar o estado de humor e dar nova disposição. A massagem atua no corpo, revitalizando-o através de manobras específicas auxiliadas com óleos naturais e terapêuticos. Resultados significativos também podem ser obtidos pelo método “Reiki de Cura Natural”, uma técnica oriental de harmonização e energização, através da imposição das mãos. “Reiki” propicia um profundo relaxamento curador que alinha e equilibra os “chakras”, fazendo ressurgir o amor próprio e a vontade de viver, e resgatando os prazeres da vida e paz interior. “Reiki” favorece momentos de pleno bem-estar, que são ampliados a quem conosco convive, aumentando a qualidade de vida. Acima de tudo, tenha a certeza de que o principal, em todo processo de tratamento do estresse é você reservar momentos para você em sua agenda. Portanto, crie espaço durante o dia para almoço relaxantes regados a uma boa conversa e com boas companhias – evitando, sempre que possível, aqueles famosos almoços de negócios. Crie tempo para caminhadas, para ir ao teatro ou ao clube. Valorize esses momentos, como reservar tempo para um banho reconfortante. É muito importante que você crie momentos seus, somente seus, para fazer o que lhe der prazer, algo que, às vezes é tão simples como andar descalço ou come batatas com as mãos. Adote novas formas de pensar Erros acontecem. Mas isso não é o fim do mundo. Todas as dificuldades são temporárias. Ouça as críticas e verifique o benefício. Aceite o ato de que a vida nem sempre é como gostaria que fosse. Nunca é tarde para mudar. Não julgue pelos resultado. Valorize a solução, e não o problema. Entenda e aceite as pessoas como elas são. Reiki, massagista e terapeuta. Artigo extraído do Informativo Hospitalar Brasileiro, Ano10, n.108, agosto/97