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Pastoral da Saúde: a parábola da vida ANÍSIO BALDESSIN Desde o princípio parábola significa provérbio, fábula, metáfora, símbolo a ser descoberto. A vida, bem como o encontro com pessoas, é uma parábola, pois estão sempre dando-nos a oportunidade de descobrir coisas novas. Quanto mais intensa a convivência, maiores as possibilidades de as pessoas se conhecerem e se descobrirem. Na Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, Deus se manifesta como símbolo, como parábola. A sarça ardente para Moisés, o arco-íris na aliança com Noé etc. Nos evangelhos Jesus também fala por parábolas. Quando os discípulos perguntam a razão Ele responde: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, não, porém, a eles Mt 13,11. Deus ama muito o homem para limitá-lo a uma resposta pronta e certinha sobre o porquê de sua existência, de sua missão. Pela parábola Jesus deixa abertas inúmeras possibilidades de interpretação para respostas. Não confina num círculo, num quadrado, mas dá abertura para uma saída. As pessoas, as imagens, os símbolos contém um sinal escondido a ser descoberto. Para entender as parábolas que Jesus nos apresenta nos evangelhos uma coisa é muito importante: “Ouvir o que não se ouve, ver o que não se vê”. O mesmo se aplica ao trabalho de pastoral da saúde. No contato com o doente há sempre algo novo que o agente pode descobrir. Por isso, precisa estar atento naquilo que o doente fala e também ao que não diz verbalmente. Portanto, na relação pastoral de ajuda, na visita ao doente, ao menos no primeiro momento, é o outro que deveria dar o rumo que a conversa tomará.

As parábolas do reino As parábolas são sete. Sete era um número simbólico para os hebreus. Significava plenitude, mostrando que infinitas poderiam ser as parábolas do Reino ou seja, as parábolas das nossas vidas. “O Reino dos céus está dentro de vós” Lc 17-21. O Reino é um convite à vida plena e abundante. A parábola é expressão do infinito, da abertura para essa plenitude. É como a vida de cada um, que apresenta bons e maus momentos.

O semeador e o joio (Mt 13, 1- 30 e 36 a 46) A semente é a parábola do Reino; a terra, o nosso coração. Contratempos como muita seca ou muita chuva, muito calor ou muito frio, modificam a terra. A doença, o sofrimento e as adversidades modificam o coração, bem como a maneira de pensar e de agir das pessoas que sofrem. É fácil ver Deus como Pai bondoso nos momentos de alegria. Difícil é vê-lo da mesma maneira quando as circunstâncias são adversas. Nessas situações, como a terra precisa de cuidado especial quando sofre adversidades, também os doentes, necessitam de alguém que possa ajudá-los cultivar “a terra” do próprio coração. Caso contrário “a terra” ficará rachada e não preparada para acolher as sementes que os outros querem plantar.

Saber semear É sabido que se semearmos num momento de seca, correremos o risco de a semente secar ou demorar muito para brotar. Saber semear é uma arte. Não é recomendável que as sementes sejam jogadas por alguém que não possua uma técnica. Na visita pastoral ao doente não basta ter boa vontade. Isto porque muitas vezes encontramos as pessoas num momento difícil da vida. É preciso alguma técnica para


abordar as pessoas. Algumas estão revoltadas com a religião e até com Deus. O coração está ferido. Daí a pergunta: Como “semear Deus” no coração dessa pessoa? Se observarmos o agricultor poderemos aprender algo prático para o nosso trabalho. O bom agricultor não joga a semente de qualquer maneira no solo. Primeiro, prepara a terra, depois espera a chuva e só então lança a semente. A pressa poderá acarretar a perda da semente. Em nosso trabalho pastoral, será que muitas vezes não jogamos a semente de qualquer jeito, até para nos livrarmos dela? Será que muitas vezes não estamos mais preocupados em falar de Deus do que testemunhar Deus? Dizemos palavras bonitas que servem muito mais para nós mesmos do que para o outro. Até a melhor semente tem dificuldade para brotar em uma terra que não foi bem preparada. Mesmo os textos bíblicos de que gostamos e recitamos, e que são muito úteis, podem ser de difícil compreensão se a pessoa não está pronta para acolhe-los. Por isso, antes de tudo, é preciso fazer uma boa preparação. Portanto, é necessário sondar o coração do doente, perceber como ele é. Que tipo de terra contém? Como é cultivado? Os lavradores perguntaram ao patrão: Senhor, não foi boa a semente que semeaste no teu campo? Então, de onde advém o joio? Mt 13,27. O agente de pastoral poderá se perguntar: vim fazer meu trabalho com a melhor das intenções, procurei ser o mais educado possível, por que será que tive tantas dificuldades para me relacionar com as pessoas? Ou, por que o doente não acolheu minha visita, mensagem e permaneceu em silêncio? É sempre muito importante refletir sobre isso.

O relacionamento humano O relacionamento humano é uma farta sementeira. Desse relacionamento pode-se obter uma colheita riquíssima. Mas pode haver muito “joio” (algumas coisas mal resolvidas), que só será percebido com o passar do tempo, ou na época da colheita. É preciso ter cuidado para, ao tentar arrancar o joio, não arrancar também o trigo. O agente de pastoral da saúde precisa estar atento para que, no desabrochar da relação de ajuda, ao tentar tirar as “coisas ruins” que estão dentro das pessoas, não arrancar também as boas. As muitas perguntas e a ânsia de dar conselhos, sem ouvir as convicções e preocupações, podem atrapalhar o relacionamento com as pessoas. É preciso ser paciente com o nosso coração e com o coração do outro sem, contudo, deixarmos de ser vigilantes. Se agirmos dessa maneira evitaremos que os “inimigos” introduzam “joio na terra” dos nossos corações.

O grão de mostarda e o fermento (Mt 13,44-46) O grão de mostarda, bem como o fermento, são colocados em seus meios: um na terra e outro na massa. Pequenos e imperceptíveis, como o início da vida que começa pequena e misteriosamente no encontro do óvulo com o espermatozóide, tornam-se grandes e capazes de gerar novas vidas. A mesma coisa é o trabalho de pastoral da saúde. Quase invisível. No hospital, até por ter uma finalidade terapêutica, o trabalho dos profissionais que atuam diretamente “na cura” do doente está mais em evidência. Nas paróquias, as outras pastorais quase sempre merecem maior destaque. O próprio agente, no início, não tem uma real noção do trabalho a ser feito. Em meio a tantos sofrimentos e dificuldades, a sensação é de não ter nada a acrescentar à vida do outro. Mas, a exemplo do grão de mostarda e do fermento, com sua presença, ele pode fazer muita gente crescer e transformar a vida dos que estão sofrendo.


A missão do agente A missão do agente é transformar e facilitar, crescer e fazer o outro crescer. Caso contrário, como classificaríamos um grão de mostarda que não germina e um fermento que não faz a massa crescer? Para que servem? O mesmo acontece com a nossa vida. “Vocês são o sal da terra. Vocês são a luz do mundo. Que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem e louvem o Pai de vocês que está no céu” Mt 5, 13,14-16. Portanto, o dom que recebemos de Deus, precisamos colocar a serviço do mundo para que o mundo cresça e tenha sabor de vida plena. Ser agente de pastoral da saúde é ser luz, ser sal, procurar transformar e deixar que o mundo nos transforme. Transformar a vida dos que sofrem é um dom que precisa desabrochar.

O tesouro e a pérola (Mt 13,44-45) “Um homem descobriu no campo um tesouro, reconheceu seu valor e não poupou esforços para adquiri-lo. Um comerciante encontrou uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía para comprar a pérola”. As pessoas deixam os pais, a casa, a cidade e vão construir nova vida: famílias, sacerdotes, religiosos etc. Profissionalmente se arrebentam numa competição prévestibular; perdem os melhores anos da vida estudando; se despersonalizam para galgar degraus no trabalho etc. O agente de pastoral gasta seu tempo, dinheiro, às vezes sacrifica seu lazer, deixa de ficar com familiares, investe em cursos e congressos que, financeiramente, não trazem nenhum retorno. Para quê?

A recompensa Acredito que todos os que fazem pastoral da saúde já ouviram esta pergunta: Mas você não ganha nada para fazer esse trabalho? No mundo atual, não são comuns as atitudes de gratuidade. Só quem entende realmente a mensagem de Jesus é capaz de doarse gratuitamente aos irmãos. “Dai de graça, o que de graça recebestes” Mt 10-8 Então Pedro tomou a palavra e perguntou a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. O que vamos receber”? Jesus respondeu: “Eu garanto que receberás muitas vezes mais, e terás como herança a vida eterna”. Mt 19, 27-29 “Os setenta e dois discípulos voltaram muito alegres, dizendo: ‘Senhor, até os demônios obedecem a nós por causa do teu nome’. Jesus respondeu: ‘Eu via Satanás cair do céu como um relâmpago Vejam: eu dei a vocês o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo, e nada poderá fazer mal a vocês. Contudo, não se alegrem porque os maus espíritos obedecem a vocês; antes, fiquem alegres porque o nome de vocês está escrito no céu’. Lc 10,17-20 Você já descobriu o verdadeiro tesouro da sua vida? É sua profissão? A família? O trabalho pastoral? O serviço em prol do outro? A abertura de amor para o outro? A fé, a esperança ou a caridade para com o outro? O reino do céu é um tesouro a ser descoberto. O trabalho pastoral é um tesouro que você descobriu e quer que faça parte da sua vida. O essencial para nossa vida é descobrir o verdadeiro tesouro. A partir daí tudo mais será conseqüência. “Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração”. Mt 6,21


A parábola da rede (Mt, 13,47-50) A parábola da rede é a expressão mais concreta da parábola da nossa vida. Vivemos colhendo e recolhendo os fatos, as situações ocorridas. Fazer pastoral da saúde é lançar a rede. Quantas coisas colhemos e recolhemos enquanto fazemos pastoral? Algumas boas e outras ruins. Depende do lugar e de como lançamos a rede. O fato é que, muitas vezes, a lançamos de qualquer jeito e em qualquer lugar. Mesmo assim, queremos obter resultado.

Aprendendo pescar Os espertos pescadores dizem que para lançar a rede recolhê-la e verificar o que se colheu é preciso silêncio. O barulho pode espantar os peixes. O nosso barulho interior e exterior em geral nos afasta das pessoas. Para obtermos bons resultados em nosso relacionamento humano e pastoral também é preciso que sejamos, antes de tudo, bons ouvintes. Se não tivermos alguns critérios como ouvir, evitar as perguntas excessivas, dar atenção, respeitar, ser autêntico, acabaremos desperdiçando tempo e também o dom que Deus nos deu. E, quando isso acontece, quase sempre temos medo de verificar o conteúdo da nossa rede.

Ser alguém e não algo para o outro O reino do céu é constituído de pessoas. Depois respondeu: “Voltem e contem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a Boa Notícia é anunciada aos pobres”. Lc 7,23. Portanto, o Reino não se constrói sozinho. O crescimento de um irmão enriquece toda a comunidade. A vida é uma parábola sempre aberta. Nunca fechada e sem perspectiva. Sendo uma parábola, é um constante questionamento. É um desafio, uma força propulsora que nos faz desabrochar e nunca nos acomodar. A vida nos torna pessoa e ser pessoa é um mistério. Mistério porque somos "imagem e semelhança de Deus" e por sermos imagem e semelhança de Deus somos uma fonte inesgotável. Quanto mais ultrapassarmos a aparência, nossa e do outro, mais notaremos que muito falta para chegarmos ao âmago da vida.

Parábola das dez virgens (Mt 25,1-13) Para sabermos se a nossa vida é uma parábola com perspectivas, com abertura para sermos mais, podemos compará-la à parábola das dez virgens. Cinco foram prudentes e já possuíam óleo para a chegada do Senhor; as outras não, e não participaram das núpcias. O óleo é o alimento que dou à minha vida. O bem que faço, o mal que procuro evitar o testemunho diário de amor etc. Quando se confia demais em si mesmo cai-se no ridículo de não ter o suficiente para dar. Quem sabe que não é nada sozinho procura apoio da comunidade; procura sempre ler o que há por trás dos fatos. O agente de pastoral não é alguém que não necessita do outro. Embora o outro esteja fragilizado pela doença, sempre tem algo a nos ensinar. Essa parábola não significa a partilha do óleo. A partilha é coisa do momento. O que ela quer significar é a atenção, a vigília para com o DOM que Deus nos deu. A preocupação com a vida que é um presente a serviço do bem-estar de toda comunidade.


O "faça-se" de Maria foi a expressão de núcleo da sua vida. Ao aceitar a missão que Deus lhe ofereceu, Maria nos mostrou que seu coração era uma terra fértil; que Ela havia descoberto o seu tesouro; que poderia ser fermento na grande massa da humanidade. O trabalho do agente de pastoral da saúde, seja no hospital, na paróquia ou no domicílio é uma parábola quando é sinal de vida para as outras pessoas. Quando nossa presença desperta no outro esperança de uma vida melhor, além das aparências. Anísio Baldessin é padre camiliano, capelão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Pastoral da Saúde Comunitária – grupo São Camilo Baependi, MG Lendo o artigo de março da coordenadora Célia Regina Mosca Bergantin, da paróquia São Benedito, da cidade de Salto, São Paulo, fiquei motivada a relatar ao Boletim ICAPS o trabalho que também é feito pela Pastoral da Saúde na pequena cidade de Baependi, no Estado de Minas Gerais. A Pastoral da Saúde Comunitária de Baependi, Grupo São Camilo, é uma Sociedade Civil de Direito Privado, de caráter beneficente e de promoção humana, sem fins lucrativos. Tem como objetivo a prática da caridade cristã, através de um esforço de integração de todos os membros da comunidade local, sem distinção de cor, credo ou nacionalidade, voltada especialmente para o auxílio cristão às pessoas mais carentes de recursos. Fundada em 13 de outubro de 1981 é hoje uma realidade concreta, que com os esforços dos seus agentes e a colaboração da comunidade, possui sua sede própria onde funcionam: 01 farmácia comunitária, 01 livraria e o banco da providência. Atividades que realiza: a) Campanha do quilo, uma vez por mês, com arrecadação de mantimentos nas ruas da cidade pelos agentes voluntários, para distribuição de cestas básicas. b) Atendimento médico: com distribuição de fichas para consultas nos consultórios dos médicos colaboradores da Pastoral. c) Atendimento laboratorial: com fichas autorizadas para exames no laboratório de propriedade da pastoral da saúde, funcionando conveniado ao hospital da cidade. d) Atendimento farmacêutico: com funcionamento diário na sede para aviamento de receitas com remédios da farmácia que funciona na sede ou autorização para retirar na farmácia onde compramos. e) Atendimento hospitalar: através do plano de saúde pelo carnê coletivo que possibilita a internação de pessoas de famílias cadastradas. f) Quando solicitado, paga exames de RX, ultra-som, E.C.G., E.E.G. e consultas de alguma área na qual não temos nenhum médico que atenda pela Pastoral. Parte espiritual - Participa ativamente das missas para os enfermos, realiza a comemoração do aniversário da fundação com missa festiva na qual é oferecido um lanche aos participantes. No hospital Cônego Monte Raso, as visitas são feitas semanalmente pelos agentes da Pastoral da Saúde. As atividades estão assim organizadas: segundas e quartas-feiras visitas. Quinta-feira, preparação dos doentes que desejam receber o sacramentos.


Geralmente, às sextas-feiras, o Vigário da Paróquia, Pe. Afonso Henrique, administra os sacramentos e os Ministros da Eucaristia levam aos doentes a Santa Comunhão. As visitas são feitas em todos os quartos e os doentes são preparados para a confissão e Unção dos Enfermos. A Pastoral da Saúde sobrevive de donativos dos sócios, de colaboração e das promoções sociais que realiza. Diretoria Por ter sido fundada como uma Sociedade Civil, tem estatuto, é registrada, tem C.G.C. e é dirigida por uma diretoria assim constituída: Coordenadora-geral : Ana Maria Pelúcio Maciel 1º Secretário: Diva Ferreira de Paiva 2º Secretário: Diva Félix Seixas Maciel 3º Secretário: Maria Teresa Borges Lemos 1º Tesoureiro: Solange Pinto Monteiro 2º Tesoureiro: Maria Rita Monteiro Quadros 3º Tesoureiro: Hilda Almeida Monteiro Responsável pelo departamento de Saúde: Dr. José Nicoliello Viotti Responsável pela farmácia: Dr. José Mozart Pereira Dividida a cidade em 4 Grupos, cada grupo com uma classificação e duas coordenadoras. Tomando por base a cruz, símbolo que São Camilo usava, nosso trabalho ficou assim distribuído: Temos 85 agentes de pastoral da saúde que atuam distribuídos nas diversas atividades promovidas pela Pastoral. A diretoria é eleita para um mandato de 2 anos, sendo que estou na coordenadoria geral por 7 mandatos. Portanto, estou na coordenação há 14 anos, fazendo com muita alegria e amor o trabalho para o qual Deus me escolheu. Este resumo que segue é feito anualmente para o conhecimento da comunidade que muito nos ajuda, pois a pastoral da saúde sobrevive das doações dos sócios e das promoções que realiza. Como o nosso trabalho tem sido muito atuante e produzido muitos frutos, quis levalo ao conhecimento de outras pessoas para que se sintam tocadas a ajudar em suas comunidades onde já funciona a pastoral da saúde, ou iniciar esse movimento, praticando assim o que Jesus ensinou: “o que fizeres ao menor dos irmão é a mim que fazeis”. Resumo anual das atividades Consultas médicas – 338 E.C.G. – 16 Raio X – 10 E.E.G. – 06 Ultra-som – 05 Medicamentos – 1.335u. Medicamentos (doação da Alemanha) – 900 unidades. Receitas aviadas na Farmácia que funciona na sede da Pastoral – 236 Receitas aviadas na Farmácia Globo – 63 Total de receitas aviadas – 299 Banco da Providência


Roupas – 1.671 peças distribuídas Calçados – 203 pares distribuídos Cobertores – 166 unidades distribuídos Armações de óculos – 18 unidades distribuídos Material de construção distribuídos: 04 portas, 04 portais, 04 vitraux, 12 sacos de cimento, 250 telhas francesas. Meias – 135 pares distribuídos Brinquedos – 90 unidades distribuídos Utensílios do lar distribuídos: camas, colchões, filtros, copos, canecas, ferros elétricos, roupa de cama, banheira para bebê, etc. Campanha do quilo durante o ano 1999 10.554 Kg Campanha do Natal/99: 145 cestas básicas distribuídas (com 23 Kg cada), perfazendo um total de 3.335 Kg. “Ser cristão não é apenas ser batizado, rezar... É, principalmente, viver a caridade, sentir um compromisso com o irmão e sofredor, socorrê-lo”. DICAS DE SAÚDE Como Conseguir Sobreviver s um Ataque Cardíaco se Estiver Sozinho Digamos que às 16h30min você está indo para casa de carro, depois de um dia bastante pesado, não só porque trabalha bastante mas porque teve uma discussão com seu chefe e não houve jeito de fazê-lo entender seu ponto de vista. Você está realmente aborrecido e quanto mais pensa sobre o assunto, mais tenso fica... De repente, você sente uma dor muito forte no peito, que se irradia pelo braço e sobe até o queixo. Você está a uns 8 quilômetros do hospital mais próximo e não tem certeza se vai conseguir chegar até lá... O que fazer? Você fez um curso de primeiros socorros, mas o instrutor se esqueceu de explicar o que fazer quando a vítima é você mesmo? Como conseguir sobreviver a um ataque cardíaco se estiver sozinho? É muito freqüente as pessoa passarem por essa situação! Sem assistência, a pessoa cujo coração pára de funcionar adequadamente e começa a sentir que vai desmaiar, tem apenas 10 segundos antes de perder a consciência! O que fazer para sobreviver quando estiver sozinho?

Resposta: Essas vítimas podem ajudar a si mesmas tossindo com força repetidas vezes. Inspire antes de tossir, tussa profunda e prolongadamente, como se fosse expelir catarro de dentro do peito. Repita a seqüência inspirar/tossir a cada dois segundos, até que chegue algum auxílio ou o coração volte a funcionar normalmente. A inspiração profunda leva oxigênio aos pulmões e a tosse contrai o coração e faz com que o sangue circule. A pressão da contração no coração também o ajuda a retomar o ritmo normal. Desse modo, uma vítima de um ataque cardíaco pode fazer uma ligação telefônica e, entre as inspirações, pedir ajuda. Artigo publicado no 240 do Jounal of General Hospiral Rochester. Divulgue estas informações. Você pode estar salvando muitas vidas! Atenciosamente, um amigo.

SAÚDE NO NOVO MILÊNIO CYRO MASCI


Há pouco tempo, The New York Times Magazine encomendou a vários pensadores a difícil tarefa de selecionar os principais acontecimentos do último milênio. O genial Umberto Eco, que se tornou conhecido ente nós pelo livro “O Nome da Rosa”, destaca que sem a penicilina e outras substâncias curadoras, o homem não teria sua expectativa de vida aumentada de 40 ou 50 anos para os atuais 80 anos de vida. E destaca que dificilmente a humanidade teria saído da Idade Média sem o prosaico feijão. Umberto Eco lembra que, como as lentilhas e as ervilhas secas, o feijão tem o mesmo valor nutritivo de um suculento bife, com as vantagens de não conter gordura animal e ser rico em fibras. Para uma população empobrecida, foi a tábua de salvação. Se por um lado houve um grande avanço nos tratamentos médicos de doenças, parece que em matéria de hábitos de vida estamos em franca regressão. Um bom exemplo são as várias mudanças na nossa alimentação, que podem reduzir ou anular os efeitos das conquistas científicas. Para ilustrar essas mudanças, pode-se lembrar que durante 2,5 milhões de anos nossos antepassados ingeriram todos os alimentos cru, e nos últimos 500 mil anos passaram a processar a comida pelo calor. Se você parar para pensar, vai ver que do café da manhã ao jantar, a maioria dos alimentos que ingerimos é de algum modo assada, cozida ou frita. Esse processo não é ruim em si mesmo, foi graças a ele que as leguminosas lembradas por Umberto Eco puderam ser ingeridas, pois impossível digerir feijão, lentilha ou ervilhas secas se não forem modificadas pelo calor. O problema começa no desequilíbrio no uso do calor quanto na ingestão de várias substâncias. Pottenger, um pesquisador interessado no assunto, acompanhou, durante 10 anos, 4 gerações de gatos e pôde observar claramente que todos os gatos que tinham sua alimentação processada pelo calor desenvolveram as mesmas doenças degenerativas que afetam os seres humanos, ao contrário dos gatos que se alimentaram de alimentos crus. Calor em excesso destrói cerca de 40 % das vitaminas A e D, cerca de 60% da vitamina E, 80% do ácido fólico e da vitamina B1 e 100% da vitamina C. O problema prossegue com a refinação dos cereais que chegam a perder de 60 a 80% de seu valor nutritivo e 90% de suas fibras. Continua com a inclusão de substâncias totalmente estranhas, os aditivos alimentares, a ingestão em excesso do sal de cozinha e persiste com o excesso de açúcar refinado. Durante milhões de anos nossos antepassados consumiam algo em torno de 8 gramas de frutose por dia tipo de adoçante proveniente das frutas e do mel), e cerca de 300 gramas de glicose, provenientes principalmente de alimentos ricos em amido, e nosso organismo se acostumou a processar diariamente essa quantidade. É preciso lembrar que o açúcar comum, ingerido em largas quantidades neste final de milênio, quando entra em contato com a água forma quantidades iguais de frutose e glicose, o que provocou um sério desequilíbrio na proporção dos açúcares que ingerimos, sobrecarregando o organismo com aproximadamente 10 vezes mais frutose do que nosso corpo foi preparado para processar. A lista de problemas é parcial, mas já dá para perceber que não é à toa que as doenças degenerativas, desde o diabetes até as doenças do coração e o câncer estão aumentando assustadoramente. Já se tentou argumentar que essas doenças só aparecem porque o homem vive mais que seus antepassados, que morriam antes que elas tivessem oportunidade de aparecer, mas isso não corresponde à verdade dos fatos. Com o sedentarismo e o estresse, a alimentação inadequada se encaixa na lista de hábitos que precisamos mudar. Se durante os últimos mil anos conseguimos chegar à Lua, processar informações com velocidade e quantidade espantosas, criar drogas fantásticas que efetivamente curam doenças, nosso desafio para o próximo milênio é garantir para uma população que não pára de crescer o acesso a hábitos de vida que dificultem o aparecimento de doenças. Mais que isso, interromper uma espiral crescente em que boa parte da tecnologia é usada para resolver problemas que ela mesma criou.


Cyro Masci é médico psiquiatra em Santo André. Atua em medicina de comportamento e ortomolecular. A música no hospital ROBERT J. LAS MASTER É sabido através das análises históricas, que desde os tempos primitivos a música tem exercido influência muito positiva sobre o organismo humano. Muitos têm aproveitado seu poder e sua força. Porém, alguns o fazem inadvertidamente. Desde quando a música começou a ser considerada como um agente curativo para as doenças do corpo, a ciência não tem ainda uma posição certa e definida. Porém, sabe-se que muitos médicos, na Grécia, há muito tempo, usavam a música como arma terapêutica. Hoje começam a ser investigadas as razões, as causas, as origens e os efeitos desta maravilhosa força, que pouco a pouco vai adquirindo conhecimentos a respeito, graças às relações com médicos e psiquiatras, diretores de serviços sociais, sacerdotes e também enfermos. Por enquanto, os dados científicos apresentados são insuficientes para permitir conclusões a respeito dos métodos para administrar e valorizar a terapêutica musical, mesmo que se tenha chegado a êxitos positivos quando levados a cabo. Tem sido comprovado que a música exerce domínio sobre a mente, substituindo os sentimentos mórbidos por outros saudáveis, pois estimula as atividades intelectuais e inspira confiança e esperança. As vibrações musicais afetam quase todas as funções orgânicas. A energia muscular, o pulso, a pressão sangüínea, a respiração e o metabolismo são alguns dos exemplos mais evidentes. Atitude dos médicos Desde que a Sra. Harriet Seymour começou seus trabalhos nos acampamentos e hospitais durante a primeira guerra mundial, tem crescido o interesse pela arte de curar através da música. A Sra. Seymour estabeleceu a Fundação Nacional de Terapia Musical em Steinway Hall em Nova Iorque. Depois, empenhou-se em ensinar terapêutica musical baseando-se nos descobrimentos vinte anos de investigação. O Dr. Engbert Guernsey disse: "Se cada hospital ou asilo incluísse na equipe um diretor de música e se cada médico e cada enfermeira compreendesse a índole da ação da música, seria incalculável o bem que isso proporcionaria a milhares de enfermos, restaurando-lhes a harmonia e a lucidez mental. O superintendente do asilo de Middletow, Connecticut, organizou uma orquestra que tocava nas horas de refeição, e assegura que os resultados obtidos foram surpreendentes. Temos recebido também informações muito favoráveis de diversos lugares como St. Louis, Missouri, Amarillo, Texas, Los Angeles.

Conclusões Sem dúvida alguma as investigações mais valiosas a respeito têm sido feitas pelo doutor Ira M. Altschuler, num hospital em Detroit. Iniciou seus trabalhos em 1936. Suas conclusões são o resultado de dez anos de experimentação com centenas de casos, classificados por quem é músico e médico ao mesmo tempo. Resume seu trabalho nestas palavras: "As únicas variedades científicas conhecidas são as seguintes: a) O som baixo e certas condições produzem mudanças radicais nas emancipações elétricas de todos os órgãos do corpo.


b) O som devidamente regulado pode ser usado para acalmar um enfermo excitado, ou reanimar um enfermo deprimido. c) A música tem um efeito especialmente bom quando empregada com certa dose de hidroterapia. d) O som tem acesso direto no plano talâmico e emocional e, às vezes, afeta o plano cortical o racional e a consciência humana.


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