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NATAL: UM CONVITE À TRANSFORMAÇÃO A águia é um dos pássaros que tem o tempo mais longo de vida. Para atingir essa idade é preciso passar por um doloroso processo de transformação. Aos 40 anos, ela está com as unhas compridas e flexíveis, não consegue mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico alongado e pontiagudo fica mais curvado. As penas engrossam, aumentando o peso das asas, e ela já não voa com facilidade. A águia tem, então, duas alternativas: morrer ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho, próximo a um paredão. Então, começa a bater com o bico nas pedras até arrancá-lo. Ao nascer o novo bico, arrancará as unhas. Com as novas unhas, passa a tirar as velhas penas. Cinco meses depois, faz o primeiro vôo da renovação, para viver mais 30 anos. Em nossa atividade pastoral, estamos sempre tentando “arrancar” o que dificulta o bem estar dos doentes. Procuramos tirar a tristeza, angustias, solidão, falta de esperança e o medo que, muitas vezes se apossa dos doentes. Enfim, tudo o que impede a pessoa de ser feliz. Porém, por pior que seja a localização, é sempre mais fácil visualizar e arrancar os “males” alheios. Primeiro, porque não está em nós. Isso faz com que não sintamos dor e os outros não tomem conhecimento de nossas limitações. Segundo, é que podemos imaginar, porém, jamais sentiremos as dores do outro. Será que nós que estamos com saúde e temos como desafio cuidar dos males que afligem os outros, não estamos necessitando de um auto-exame para ver o que precisamos “arrancar” da nossa mente e coração? Você já refletiu como estão os “tumores” de sua auto-suficiência, omissão, arrogância, inveja, mágoa, mau humor? Seu senso de justiça, humanidade, solidariedade, honestidade, autenticidade e falta de espírito comunitário? Há mais de dois mil anos, o Homem de Nazaré provocou uma grande transformação. Enquanto os gregos destacavam a importância da filosofia, do teatro e da arte, os romanos se preocupavam com os códigos e as leis, e outros ainda, com o bem estar através da meditação, da mortificação e dos sacrifícios, Jesus não ignorou e nem subestimou todas essas práticas. No entanto, mostrou, através de gestos e palavras, que o amor é mais importante. Ele arrancou os males físicos, a falta de amor, a imagem de um Deus que castiga. Não obrigou e nem esperou que os outros mudassem para depois fazerem a mesma coisa. Foi Ele mesmo quem primeiro deu o exemplo quando pronunciou a regra de ouro: “Tudo o que vocês desejam que os outros façam a vocês, façam vocês também a eles” (Mt. 7-12). Essa, talvez, seja a mensagem mais importante que o Natal nos traz. Por isso, aproveite esse espírito natalino e peça a Deus a coragem da águia para destruir o bico do ressentimento, arrancar as unhas do medo, retirar as penas das asas dos maus pensamentos, e alcançar um lindo vôo para uma vida nova. Transforme seu coração para que o espírito de Natal possa estar presente, todos os dias de sua vida. Feliz Natal! São os votos da equipe do ICAPS

Desafios do Agente de Pastoral


ANÍSIO BALDESSIN A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), proclamou o ano 2001 como sendo o ano Internacional do Voluntário. O propósito desta iniciativa foi aumentar o reconhecimento, intercâmbio e promoção do voluntariado em todo mundo. Assim sendo, a procura por um trabalho voluntário aumentou muito. Dentre as muitas áreas procuradas estão as atividades relacionadas com a assistência espiritual. O que ficou bastante evidente nesta procura foi que, muitas pessoas buscam essa atividade munidas somente por amor e boa vontade. Esquecem, no entanto, que além dessas qualidades precisam de competência, formação, sensibilidade como afirmou Kurt Lewin: "nada pode ser tão prático como uma boa teoria".

Competência, solidariedade e sensibilidade. Competência é, segundo a definição do dicionário Aurélio, "qualidade de quem é capaz de apreciar e resolver certo assunto e fazer determinada coisa. Enquanto que solidariedade é definida como relação de responsabilidade entre pessoas unidas por interesses comuns, de maneira que cada elemento do grupo se sinta na obrigação moral de apoiar o outro". A competência sempre foi um discurso da direita, dos empresários principalmente, que dizem que no mercado, as pessoas têm que ser competentes, e que a solidariedade é problema dos padres, pastores e da ética. Por outro lado, os setores cristãos e humanistas tendem a falar da solidariedade, mas não enfatizam muito a necessidade de competência. No entanto, não há saída se não unirmos competência e solidariedade. Aqui é importante lembrar Camilo de Léllis, fundador da Ordem dos Ministros dos Enfermos (camilianos) que, certa vez, disse aos irmãos de trabalho: “mais coração nas mãos irmãos”. Ou seja, não façam as atividades só com sabedoria, senão com dedicação e amor. Portanto, há mais de 450 anos, época em que viveu Camilo de Léllis, já era notória a necessidade dessa união. Outro conceito importante é a sensibilidade. Por sensibilidade, podemos entender, segundo o dicionário Aurélio, "a propriedade do organismo vivo de perceber as modificações do meio externo ou interno e de reagir a elas de maneira adequada". Portanto, ter sensibilidade é ser solidário, não por uma questão racional somente, porque você acredita no conceito de solidariedade que é bastante abstrato, mas porque é uma coisa de pele, de corpo, porque você sente o sofrimento do outro. Só assim você consegue viver o verdadeiro espírito da solidariedade. Neste sentido, educar para a competência, solidariedade e sensibilidade não é um processo puramente intelectual, racional. Antes, é um processo corporal, que também inclui o intelecto. Ora, se o corpo não participa, não acontece o conhecimento de fato.

Solidariedade ontem e hoje Sempre existiu, é inato na maioria das pessoas, o sentimento de solidariedade humana; seja por princípios religiosos ou não. Aliás, mais da metade da força de trabalho voluntário é ligado às instituições religiosas. Hoje, como antigamente, continuamos falando em solidariedade. A única diferença é que a maneira como se falava era diferente. Ou seja, em tempos passados o problema de alguém era o problema do bairro para não dizer de toda a cidade. Hoje, perdemos um pouco essa solidariedade que o filósofo Durkheim usava


chamar de mecânica. Pois, o fato de participarem do mesmo bairro, os moradores tinham que, obrigatoriamente, praticar a solidariedade. Com a urbanização e o crescimento das grandes cidades, houve uma quebra dessa maneira de entender a solidariedade. Por isso, quando falamos de uma cultura da solidariedade devemos destacar dois aspectos importantes da solidariedade. Um é que somos seres interdependentes. Portanto, querendo ou não, nós precisamos de solidariedade, pois simplesmente estamos no mesmo barco e, se esse barco afundar, ninguém vai se salvar dizendo: “eu não tenho nada a ver com você”. Outro ponto seria a solidariedade no sentido de uma visão ética, de sermos solidários com pessoas que não têm uma relação direta conosco. Ou seja, ser solidários também com as pessoas que estão fora do nosso mundo. Esse é o segundo aspecto da solidariedade e o mais importante, não que o primeiro não o seja.

Novos desafios Com o crescimento do progresso científico, cresceu também no homem a consciência de seu poder sobre a vida e a morte. Aquilo que antigamente era deixado à Providência, ao destino e à religião, hoje a sociedade o assume como sua tarefa primordial. Os lugares de tratamento tornaram-se lugares avançados da ciência e da tecnologia. Com isso, o espaço para o sagrado ficou bastante reduzido. Assim, a Igreja que perdeu seu papel de protagonista da saúde, arisca perder também sua missão evangelizadora se não adotar novas formas de presença neste novo setor da sociedade, de acordo com a nova realidade. No seu papel específico de anunciadora de Deus e portadora da salvação de Cristo para toda a sociedade, a Igreja deve estender sua presença, além daquela tradicional das obras assistenciais. Para atingir a consciência das pessoas que atuam neste mundo onde o espaço religioso é diminuto, não são suficientes intervenções esporádicas vindas de fora. Pois, neste mundo no qual se procede por método experimental, dificilmente serão recebidas orientações que partem de fora, ditadas por princípios filosóficos e religiosos. Assim, é necessário que partamos da realidade em que vivemos, ou seja, do contexto sócio-cultural e das grandes linhas que comandam o progresso e o mundo da saúde, em que se pode inserir a mensagem evangélica que ilumina as consciências, interpela e converte-as. Daí, a necessidade do engajamento e preparação dos assistentes espirituais, religiosos e leigos.

Assistência terapêutica e religiosa Não há como negar que a primeira finalidade do hospital não é religiosa, e sim, terapêutica. No entanto, o que chama atenção é o pouco espaço que a assistência religiosa ocupa no mundo da saúde. Qual seria o motivo dessa diminuição? É o simples avanço da tecnologia que supera a dimensão espiritual? A assistência espiritual atrapalha as atividades terapêuticas? Não acrescenta nada à recuperação dos doentes? Ou, a não valorização do assistente espiritual acontece porque, na maioria das vezes, o assistente espiritual assume esse trabalho não como algo prioritário, mas sim como uma atividade secundária que desenvolve quando não tem nada mais importante para fazer? Na minha opinião, nossas atividades pastorais, junto aos que sofrem, ainda estão embasadas na doutrinação, religiosidade, conversões repentinas e distribuição dos sacramentos. Alguns membros da equipe de assistentes espirituais vêem neste ministério a


oportunidade de converter alguém para sua Igreja. No catolicismo, cultivamos a religiosidade, piedade e devocionismos. Alguns medem a atuação pastoral pelo número de sacramentos distribuídos. Ou seja, o importante é receber o sacramento, se não fizer bem, mal não vai fazer.

A preparação do assistente espiritual Para bem desenvolver um trabalho voluntário de assistente espiritual, qualquer interessado deverá ter competência, sensibilidade e solidariedade. O mesmo processo deve ser aplicado ao assistente espiritual hospitalar. Portanto, o fato de cremos em Deus e termos uma fé inabalável, não nos capacita como bom assistente espiritual. Portanto, a preparação do assistente espiritual vai muito além dos aspectos espirituais, pois a espiritualidade não se resume em fazer oração, recitar fórmulas prontas e falar de Deus, senão fazer da própria vida expressão de espiritualidade. Ou seja, mais do que falar de Deus como assistentes espirituais, nós somos desafiados a testemunhar Deus. Isso, não se faz só com orações, textos bíblicos e palavras senão, com exemplos. Neste sentido, é imprescindível contarmos com contribuição das ciências humanas. Caso contrário, nossa pastoral se restringirá a dimensão espiritual esquecendo as dimensões física, psíquica e social. E, para não incorrermos neste erro, deveremos oferecer cursos e palestras preparatórias a todos que quiserem ingressar neste ministério. Ou seja, mesclar a teologia e psicologia com a doutrina. Isso, a meu ver, é o ideal para aqueles que querem desenvolver uma atividade de assistente espiritual. Pois, por experiência, sabemos que por se tratar de trabalho de cunho religioso, não é raro que apareçam pessoas, que ao invés ajudar, precisam ser ajudadas. Neste sentido, acredito que antes de aceitar um novo integrante, é importante uma prévia avaliação do candidato por parte de um profissional da área de Psicologia. A razão dessa avaliação é perceber se o interessado não está procurando este tipo de atividade para fugir ou resolver seus próprios problemas. Ao invés de ser alguém com disponibilidade para ajudar plenamente.

A atuação do assistente espiritual Sem dúvida, uma das principais características do assistente espiritual voluntário é ajudar. No entanto, o trabalho do assistente difere um pouco dos trabalhos puramente voluntários. Pois, vai além da ajuda material. Às vezes, é convidado a penetrar nos sentimentos da pessoas. No entanto há quem ignorando ou negando os próprios problemas, vai ao encontro do outro somente com sua dimensão curadora, assumindo para si toda responsabilidade do problema que na realidade pertence ao outro. Essa postura corre o risco de diminuir a capacidade de resposta do outro, bloqueando-lhe os seus recursos interiores de cura. Essa modalidade de ajuda reflete a situação dos que pretendem resolver os problemas dos outros substituindo-se a eles. Existem também os que respondem aos sofrimentos do outro, limitando-se a partilhar a dor. Neste caso, coloca seu sofrimento em contanto com o sofrimento do outro. Encontrando-se, ambos, apenas no mesmo nível do sofrimento, tendem a intensificar a dor e o problema, aumentando, no ajudado, a sensação de impotência e desesperança. Por fim, existem assistentes espirituais que procuram fugir do problema. Para isso, usam alguns recursos religiosos tais como: liturgia formalística e ritualista que não acrescenta nada ao doente. Orações pré-estabelecidas sem tocar em aspectos da vida da


pessoa. Usam palavras que não pertencem ao senso comum como: "graça santificante, força redentora" que para o doente não dizem nada. Ou ainda usam o recurso da super ocupação. Sempre tem muitos pacientes para visitar e não podem "gastar" muito tempo com um único doente. A postura do assistente espiritual junto aos que sofrem, deverá ser de alguém que sabe se colocar na posição da necessitado que conseguiu superar seus limites próprios da condição humana, tornando-se capaz de se pôr junto ao sofredor deixando-se tocar pela tragédia e mantendo com ele um contato cheio de ternura. Pois, a integração do próprio sofrimento suscita sentimentos de compreensão, compaixão, participação, que dão força para estar junto a quem sofre. Portanto, é importante que o assistente espiritual tenha sempre presente que, ajudar não é fazer desaparecer a dor, mas levar o sofredor a enfrentá-la de maneira criativa, para o próprio crescimento. Anísio Baldessin é padre camiliano, capelão do Hospital das Clínicas da FMUSP O AUXÍLIO A UMA PESSOA INCONSCIENTE A perda de consciência, sem pancada prévia, é geralmente provocada por uma carência transitória de irrigação sanguínea no cérebro. As suas causas são muitas e a sua gravidade diversa. Desde um simples desmaio causado pela impressão de ver uma ferida com sangue, um simples susto, excesso de calor, embriaguez, são causas de gravidade muito diferentes da perda de consciência por intoxicação, um ataque de coração ou uma crise convulsiva. Ajudar uma pessoa inconsciente requer previamente poder distinguir entre as diversas causas que possam originar uma perda de consciência e que são diferentes das causas de um acidentado. As doenças de que com freqüência se deve suspeitar e que estão na origem dos desmaios são a diabetes, a hipertensão, a epilepsia e alguns problemas do coração. A primeira coisa a faze perante uma pessoa que desmaiou, se tiver sofrido de uma pancada, é falar-lhe para ver como reage; de seguida observar se respira bem se tem pulso, ou se acorda quando lhe falamos ou gritamos, se está pálida ou suada, se está congestionada com pele quente e suada. Se respira e se acorda normalmente ao tocar-lhe ou ao falar, poderá pergunta quais as causas possíveis do seu desmaio (se tomou bebidas ou ingeriu alimentos ou medicamentos suspeitos ou se tem alguma doença referida anteriormente), Pedir á pessoa para abrir os olhos, os lábios, os braços e ou as pernas e mostrar os de dentes. Se notar que estes movimentos não forem iguais, indicam uma possível lesão cerebral. Em qualquer dos casos, convém ser observada por um médico. Se a vítima está adormecida, mas pode responder a perguntas fáceis, tente que se mantenha desperta, cheire-lhe o hálito para saber se há intoxicação pelo álcool, perguntelhe se ingeriu algum medicamento ou produto, inspecione a cabeça para averiguar se tem feridas ou golpes sem mobilizar o pescoço enquanto não exclui a hipótese de traumatismo. Se não tiver feridas ou golpes, evitar a aspiração do vomito para os pulmões e peça ajuda. Se a vitima não responder à fala ou ao toque, não desperta e não reage e se não suspeita de qualquer traumatismo, coloque-a de lado contate os Bombeiros Locais ou o 112.


Como atuar: Em primeiro lugar, nunca tente dar nada a beber a uma pessoa inconsciente ou semi-inconsciente, pelo risco de aspiração de vomito. Se ela respira e tem pulso, e não há suspeita de traumatismo, comece por desapertar a roupa e tirar os sapatos, estenda a vitima no chão ou na cama com os pés postos sobre umas almofadas e com a cabeça a pender da borda da cama para aumentar o fluxo de sangue para o cérebro. Dê-lhe a cheirar água de colônia, amoníaco ou vinagre, mas não deite esses produtos na pele. Refresque-lhe a testa com uma compressa de água ria ou com um saco de gelo. Se tiver em ambiente fechados ou com muito fumo, gás ou cheiros desagradáveis, retire a pessoas desse local. Poder dar uma “bofetadas” na face para que ela volte a si. Se não recuperar a consciência ao fim de 10 minutos, chame por ajuda e leve-a para um serviço de urgência no hospital da sua área, senão contate os bombeiros ou o 112. tente, sempre que possível, informar a entidade que presta socorro do seguinte: idade e sexo da pessoa, o que sucede á pessoa e o que estava a fazer, há quantos minutos está inconsciente, doenças anteriores se ela é hipertensa, diabética, se sofre do coração, se toma medicação e o que já fez para tentar que ela recuperasse a consciência e escute os conselhos que lhe prestam ao telefone. Indique o local, freguesia, o lugar, o nome da pessoa (ou alcunha pela qual é mais conhecida), pontos de referência (lojas, cafés, cruzamentos, igrejas). Sempre que possível, uma pessoa deve ir esperar a ambulância num ponto já combinado com os bombeiros. Enfermeiros: Cristina Colaço e Vitor Arieiro Suicídio: Quando é doloroso lembrar. Ao ler esta carta você saberá que nos faz mais falta e que por sua causa tudo mudou. Sempre pensamos que essas coisas só acontecessem com os outros, nunca conosco. Talvez. No seu coração, você tenha sentido que nos faria um favor, acabando com a sua vida. O que nos machuca mais é que você não chegou a nos dizer adeus e nem nos deu a chance de uma despedida. Nossas mãos ficaram cobertas de lágrimas, numa tentativa de mudar os acontecimentos passados e entender os eu desespero e o seu mistério. As vezes nos revoltamos contra você pelo que fez a si mesmo e pelo que fez a nós. As vezes nos sentimos responsáveis pela sua morte. Procuramos pensar no que fizemos ou deixamos de fazer, buscando algum sinal, que porventura tenha passado despercebido. Ainda assim sabemos, que apesar de tudo, não poderíamos ter feito uma escolha por você. Estamos aprendendo a não nos sentir responsáveis pela sua morte. Se fossemos nós os responsáveis por você, você ainda estaria vivo. Todos nos pensamos tanto em você que até dói na lembrança. Na verdade, ansiamos pela sua presença e sempre que ouvimos as suas musicas choramos de tristeza porque você não está mais conosco compartilhando dos acontecimentos da nossa vida. É quando nossas manhãs não tem princípio e nossas noites parecem tão longas quanto o escuro inverno. Devagarzinho, porém,vai ficando menos difícil. Tentamos nos lembrar dos dias alegres.Talvez você nos tenha visto sorrir um pouquinho mais. É verdade, estamos aprendendo a viver de novo, pensando que não devemos morrer também, porque você escolheu a morte. Onde quer que você esteja, rezamos para que encontre a paz e que no fim dos nosso dias, possamos nos encontrar outra vez. Paz. Pensando em você. Arnaldo Pangrazzi


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