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1234 Informativo 1234 1234 1234 do Instituto 1234 1234 1234 Camiliano 1234 1234 1234 de Pastoral 1234 1234 1234 da Saúde 1234 1234 1234 e Bioética 1234 1234

1234 1234 1234 1234 Novembro de 2005 1234 1234 1234 o ANO XXIII – n 236 1234 1234 1234 1234

PROVÍNCIA CAMILIANA BRASILEIRA

❒ PASTORAL

❒ BIOÉTICA

❒ HUMANIZAÇÃO

XXV CONGRESSO BRASILEIRO DE HUMANIZAÇÃO E PASTORAL DA SAÚDE DÉBORA MORAIS

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os dias 10 e 11 de setembro ocorreu o XXV Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde, no Centro Cultural do Centro Universitário São Camilo, campus Ipiranga. O tema escolhido para a comemoração deste jubileu foi “Celebrando 25 anos de Humanização e Pastoral da Saúde”. Estiveram presentes cerca de 800 pessoas em cada dia, entre as quais religiosos, bispos, padres, pastores, irmãs, madres, seminaristas, profissionais da saúde (enfermeiros e médicos), líderes de outras convicções religiosas, leigos interessados e agentes de Pastoral da Saúde. Na abertura do evento, foi realizada a oração da manhã seguida pela composição da mesa de abertura, com a participação das seguintes pessoas: irmã Maria Adelma Denadai — Diocese de Aparecida/SP; Dr. André Luiz de Oliveira — Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde da CNBB; Pe. Christian de Paul de Barchifontaine — Reitor do Centro Universitário São Camilo; Pe. José Maria dos Santos — Provincial da Província Camiliana Brasileira; Pe. Anísio Baldessin — Diretor do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde (ICAPS); Pe. Léo Pessini — Superintendente da União Social Camiliana; Prof. Antonio Celso Pasquini — Diretor-Geral da União Social Camiliana; e Sra. Lúcia Maria Quintes de Gomes — Assessora Técnica Científica da Coordenação

Nacional da Pastoral da Saúde da CNBB. O coordenador do ICAPS, Pe. Anísio Baldessin, proferiu, no primeiro dia de encontro, uma palestra sobre a trajetória histórica dos 25 anos de Congresso da Pastoral da Saúde Camiliana, idealizado em 1980 pelo Pe. Dionysio Luís Costenaro, tendo, ao longo desse período, a participação de mais de doze mil pessoas. Nessa oportunidade, em comemoração aos 25 anos do referido Congresso, Pe. Anísio fez o lançamento de seu livro, Pastoral da Saúde: Orientações práticas. Para Pe. Anísio Baldessin, os 25 anos de Congresso da Pastoral da Saúde colaboraram com a qualidade de vida das pessoas e resultaram em agentes mais preparados. “Este evento é muito esperado, porque oportuniza a formação para um trabalho pastoral, além de constituir uma fonte de inspiração para inúmeras publicações, organização da Pastoral da Saúde em muitas dioceses e paróquias e também desencadear outros congressos em diversos estados brasileiros com o mesmo enfoque da Pastoral”. Segundo Pe. Anísio, a iniciativa tem como perspectiva a continuidade de capacitação dos agentes de Pastoral da Saúde para que estejam mais preparados para assistir os enfermos nos leitos hospitalares

e domiciliares. “Esperamos que esse trabalho dos agentes se torne cada vez mais profissionalizado, que o voluntário seja uma pessoa engajada com a causa, que tenha responsabilidade e tempo para desempenhar as atividades solicitadas pela pastoral. “Porque não basta querer ser bom, mas sim saber e aprender ser bom”, explica. “Um dos maiores desafios é rejuvenescer o grupo, pois, hoje, a maioria das pessoas que desenvolvem esta Pastoral é de idosos, que, muitas vezes, nem tem mais condições para isso. Não temos muitos agentes jovens desenvolvendo este trabalho. O motivo: talvez o jovem não goste muito de estar em contato com o sofrimento, sem que possa fazer algo prático. Todavia, é importante lembrar que ajudar um paciente não é apenas fazer desaparecer a dor e o problema, mas sim dar força para ele enfrentar a doença”, comenta Baldessin. A palestra, “Descobertas científicas, desafios éticos e bioéticos”,


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EXPEDIENTE

proferida pelo Pe. Léo Pessini, chamou a atenção dos presentes, que, na oportunidade, souberam mais a respeito dos quatro megaprojetos do século XX: Manhatan — Energia Atômica (1945); Apolo — Homem na Lua (1969); Genoma Humano — DNA (1953); Mundo On line — Globalização (Informática 1981 e Internet 1995), apontados pelo congressista. Ao final, foi realizada, em conjunto com o público, uma oração de Madre Tereza de Calcutá, contida na obra Ministério da vida, de autoria do palestrante, que na ocasião presenteou todos os participantes com um exemplar do livro. “Estamos muito longe da saúde para todos, por conta dos desvios de recursos destinados à área da saúde pública”, disse Pe. Christian de Paul de Barchifontaine, imprimindo nessa frase a tônica de sua palestra “As conquistas na área da saúde”. Ele apresentou, ainda, uma cronologia dos marcos da política de saúde nacional nos últimos 25 anos. Em seguida, foi apresentado, pelo Dr. André Luiz de Oliveira, o plano bienal de 2006/2007, com as novidades da Coordenação Nacional da Saúde — CNBB —, aos presentes, que receberam exemplares da nova cartilha da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a qual traz dicas para o agente de Pastoral da Saúde de como visitar doentes nos leitos hospitalares e nas realidades não-hospitalares. Expressivas personalidades do cenário religioso prestigiaram o evento, como o Bispo Dom Antônio Fernando Brochimi, da Diocese Regional Sul de Jaboticabal (SP), e o Bispo Diocesano de Uberlândia (MG), Dom José Alberto Moura,

que na ocasião ministrou brilhantemente a palestra referente à Campanha da Fraternidade e Pastoral da Saúde. Para o encerramento das atividades do primeiro dia do Congresso, houve a palestra “A importância do cuidado de si mesmo”, proferida pela Dra. Alexandrina Meleiro, que orientou os participantes com dicas de saúde. “Grande parte das doenças podemos controlar por meio de comportamento saudável, mas para isso é necessário ter bom senso, sabedoria e humildade; assim teremos condições de ajudar o próximo”, comenta. No segundo dia do Congresso, os presentes tiveram a oportunidade de participar de um diversificado leque de palestras referentes a cuidados paliativos ministradas por profissionais gabaritados da área da saúde. Conheça as palestras e seus respectivos palestrantes: “Aspectos médicos dos cuidados paliativos” — Dr. Toshio Shiba; “Aspectos práticos no controle da dor” — Cibele Andrucioli de Matos Pimenta; “Aspectos sociais dos cuidados paliativos” — Letícia Andrade da Silva; “Aspectos teológicos e pastorais dos cuidados paliativos” — Pe. João Inácio Mildner; “Aspectos psicológicos dos cuidados paliativos” — Valmari Cristina Aranha; “Dia mundial dos cuidados paliativos” — Dr. Císio Brandão. Finalizando o evento, três importantes conferências foram proferidas: “Prática saudável da vida”— Profa. Marta Damasceno; “Hipertensão

O Boletim ICAPS é uma publicação do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética — Província Camiliana Brasileira.

Revisora: Rita Lopes

Presidente: José Maria dos Santos

e-mail: icaps@camilianos.org.br

Conselheiros: Antônio Mendes Freitas, Leocir Pessini, Olacir Geraldo Agnolin, Niversindo Antônio Cherubin

Periodicidade: Mensal

Diretor-Responsável: Anísio Baldessin

Tiragem: 3.500 exemplares

Redação: Av. Pompéia, 1214A Tel. (11) 3862-7286 ramal 3 05022-001 São Paulo, SP

Prod. gráfica: Edições Loyola Tel. (11) 6914-1922

arterial: um mal invisível” — Dra. Fernanda Consolin Colombo; “Obesidade, um mal evidente” — Dr. Carlos Aurélio Schiavon. Nos dois dias do Congresso houve momentos de integração com os presentes por meio de debates com os palestrantes, dinâmicas organizadas pela Profa. Débora Gomes — Coordenadora da Pastoral Universitária, além da animada banda composta de seminaristas camilianos, que motivou os participantes com cânticos e danças. Para fechar o Congresso, Pe. Anísio Baldessin presidiu, com outros padres, a missa de encerramento. Apesar do cansaço e do horário avançado, especialmente para aqueles que deveriam viajar de volta para suas cidades de origem, o anfiteatro ficou lotado. Ao final, o Pe. agradeceu a presença de todos os participantes e colaboradores, e a Banda Camilus entoou, com os congressistas, o tradicional “Parabéns pra você”, convidando a todos para estarem conosco nos dias 2 e 3 de setembro de 2006, para realizarmos o vigésimo sexto Congresso. Débora Morais é assessora de Comunicação da União Social Camiliana.

Assinatura: O valor de R$13,00 garante o recebimento, pelo Correio, de 11 (onze) edições (janeiro a dezembro). O pagamento deve ser feito através de depósito bancário em nome de Província Camiliana Brasileira, no Banco Bradesco, agência 0422-7, conta corrente 89407-9. A reprodução dos artigos do Boletim ICAPS é livre, solicitando-se que seja citada a fonte. Pede-se o envio de publicações que façam a transcrição.


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HANSENÍASE: UMA QUESTÃO DE DIREITOS HUMANOS KÁTIA MACHADO

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que a hanseníase tem de diferente de outras tantas doenças? “Esse mal carrega dois aspectos que precisam ser curados logo: a doença em si e o preconceito e a discriminação em torno dela”, resume o presidente da Nippon Foundation, Yohei Sasakawa, que também é embaixador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Hanseníase. Sasakawa participou do 1° Seminário Internacional de Hanseníase e Direitos Humanos, que reuniu, no Rio de Janeiro, a Subcomissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), o Ministério da Saúde (MS), o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), entre 27 de fevereiro e 1° de março deste ano. Sasakawa lembrou que a doença foi esquecida e negligenciada durante anos. “Embora esteja sendo controlada, a preocupação ainda resiste, pois milhões de pessoas, mesmo depois de curadas, não têm oportunidade de estudo e de trabalho”, disse. “Elas não estão conseguindo realizar um retorno pacífico ao seu local de origem”. Para o embaixador, foi dada ênfase ao controle do número de casos da doença, mas o mundo esqueceu do aspecto social. VISÃO INÉDITA

Essa visão da hanseníase como questão de direitos humanos é inédita. Como informou Yozo Yokota, da Subcomissão de Direitos Humanos, da ONU, o assunto foi posto em pauta há apenas um ano e meio, quando Sasakawa solicitou que a subcomissão incluísse a hanseníase na agenda de prioridades. “Pela primeira vez o comitê da ONU tomou noção da importância desse assunto”, disse.

Como primeira iniciativa, a subcomissão apresentararia relatório até agosto deste ano sobre a situação de desrespeito em torno dos pacientes de hanseníase. Encaminharia ainda algumas propostas do evento para análise da ONU. Entre elas, que as Nações Unidas promovam um encontro de debates em Genebra — sede da Subcomissão de Direitos Humanos —, estimulem e apóiem pesquisas, campanhas e políticas públicas de eliminação da hanseníase e também ações antidiscriminatórias. Embora acredite que ainda sejam necessários muito tempo e esforço para acabar com o atraso na forma com que os governos lidam com a hanseníase, Yokota elogia as ações de alguns países, como o Brasil. “Saio desse seminário com uma impressão muito otimista”, disse. Em sua opinião, o governo brasileiro tem disposição para eliminar a doença, toma boas iniciativas e conta com o esforço de organizações não-governamentais como o Morhan. No Brasil, onde surgem 50 mil novos casos de hanseníase anualmente, o Ministério da Saúde admite que há muito a ser feito. Até 2004, o país apresentava índices de 4,5 casos para cada 10 mil habitantes. Em números absolutos, isso representou 79.908 casos, atrás apenas da Índia, que tem população quase seis vezes maior. Em 2005, seguindo critérios estabelecidos pela OMS, retirando do cadastro ativo os pacientes tratados e curados, essa taxa passou para 1,7 pessoa em cada grupo de 10 mil habitantes. CRIANÇA DOENTE, FALÊNCIA DO SISTEMA Isso, porém, ainda não é suficiente: a OMS recomenda menos de um caso para 10 mil habitantes. “Temos dívidas sociais muito importantes a serem pagas”, disse

Rosa Castália, coordenadora da área de hanseníase da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. A meta do ministério, segundo Rosa, é atingir tais índices até o fim deste ano. “Isso deve acontecer apenas no Sul e no Sudeste, pois os níveis de prevalência nos municípios das outras regiões ainda são muito altos.” O pior indicador é o de Mato Grosso, onde a doença atinge 7,85 pessoas em cada grupo de 10 mil habitantes, ou seja, média quase cinco vezes maior do que a nacional. O Ministério da Saúde prevê alcançar a meta em todo o país até 2010. Outra preocupação do ministério diz respeito às crianças, que são cerca de 10% dos novos casos. “Uma criança doente significa uma falência do sistema de saúde e também que há adultos não-tratados ao redor delas”, alertou Rosa. Em sua opinião, não há como aceitar um país que erradicou a poliomielite e o sarampo, dependendo para isso de ações complexas, ter crianças com hanseníase. Diante desse quadro, Rosa propôs aos representantes da ONU e da OMS que o Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, seja envolvido na luta pela eliminação da doença entre as crianças e da prevenção de novos casos. Na opinião do coordenador do Morhan, Artur Custódio, um grande obstáculo para eliminar a doença diz respeito à falta de informação e de interesse da sociedade. Por isso, uma das medidas aprovadas no evento, que deverá ser adotada pelo governo federal, é a inclusão de informações acerca da doença no currículo obrigatório das escolas públicas. Artigo extraído da revista RADIS, n˚ 32, Abril 2005


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O LUTO E DEUS FERNANDO SAMPAIO

OBSERVAÇÕES INICIAIS a) Compreendemos o luto como uma vivência adaptativa à perda (morte) de uma pessoa afetivamente significativa. Essa vivência é caracterizada por sentimentos depressivos, comportamentos de retraimento social, culpabilidade, vazio e pelo aparecimento de interrogações e perdas do sentido da vida e da esperança no futuro. O processo de luto bem resolvido (normal) passa por várias fases, desde a sua instalação até a sua elaboração mental: negação, raiva/revolta, negociação, depressão e aceitação. Se isso não acontece, estamos diante de um luto patológico, que pode caracterizar-se tanto pela negação do luto quanto pela depressividade crônica. b) Vamos desenvolver o conceito do “negativo” em Deus e na capacidade interior de transformação. O “negativo” aqui não significa “o oposto” nem se refere a uma “luta de opostos” (amor-ódio, bem-mal, tese-antítese). Refere-se a uma realidade outra que está para além do positivo e que dá conta de um trabalho interior transformante e silencioso. Se num iceberg o positivo é o que está fora da água, o negativo é o que está submerso; se numa conversa o positivo é o discurso, o negativo dá conta de outros significados e afetos que se revelam nas entrelinhas. Tendo em conta a relação psicanalítica entre consciente/inconsciente, o positivo revela-se por meio do trabalho mental consciente, ao passo que o trabalho inconsciente, apresentando-se como uma realidade outra diferente e paralela ao positivo, dá conta do negativo. c) A capacidade negativa, conforme o que ficou dito, permite-nos pensar a ausência e perda do objeto amado. Isto é, o sujeito, sem negar a ausência, é capaz de a transformar, dando-lhe significado mediante a simbolização (o vazio deixado pela pessoa passa a ser preenchido por imagens, experiências e significados — símbolos-pensamentos ligados à vivência com essa pessoa, assumindo, ao mesmo tempo, significados de acordo com a nova situação de vida). O problema se apresenta quando a pessoa não é capaz de suportar a ausência e transforma o lugar da ausência da pessoa amada em reivindicação de afetos e em agressividade. d) Há vários ângulos pelos quais é possível realizar a experiência de fé e adquirir uma percepção de Deus. O ângulo da perda introduz, por isso, uma forma particular. Que implicações traz o luto à fé e à percepção de Deus? Como pode a fé ajudar a elaboração do luto?

O POSITIVO EM DEUS

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a forma como expressamos o conhecimento de Deus, na imagem que construímos de Deus e na experiência de fé que comunicamos, geralmente utilizamos uma linguagem positiva e afirmativa de poder (domínio, afirmação de força, conhecimento como poder...): Deus é Onipotente, Onisciente, Onipresente; vê tudo, está em toda parte, cuida de

tudo e de todos, sabe o que deve fazer em cada momento para nosso bem, quer sempre o nosso bem. Podemos ir à Bíblia e às orações da Igreja justificar essa linguagem.

QUAIS OS EFEITOS DA PERDA NA VIDA DA PESSOA? A perda da pessoa amada provoca uma constelação de sentimentos dolorosos: perplexidade, perda de sentido da vida, abismo, vazio, injustiça, raiva, revolta, culpabilidade, incapacidade, insuficiência, impotência. Esses sentimentos podem ser vividos de uma forma intensa e perturbadora, ou de uma forma adequada, permitindo o desempenho da vida cotidiana, apesar do sofrimento, ou, no limite, podem ser negados. Quais os efeitos do luto na experiência de fé e percepção de Deus? Deus no negativo. A perda da pessoa amada, pelos sentimentos que provoca, tem repercussões na experiência da fé: • choca com a linguagem positiva • provoca interrogações importantes • pode conduzir a um incremento da fé • pode pôr em causa os alicerces da fé • pode mesmo conduzir ao abandono da própria fé “Se Deus é Onipotente... se sabe tudo se tudo pode se quer o melhor... Então, que Deus é esse que deixou que o meu familiar morresse; que permitiu que o meu filho não resistisse à doença; que foi incapaz, impotente?” A perda, por sua vez, provoca uma série de sentimentos na fé e na percepção da imagem de Deus, que podemos caracterizar da seguinte forma: • sentir-se abandonado por Deus • perplexidade ante a fé e na prática religiosa • injustiça em Deus • ausência de Deus • silêncio de Deus podendo induzir, dessa forma, a dúvida, o vazio, a incredulidade, a indiferença em relação à fé, a revolta, a raiva, a perda de sentido da existência. A pessoa enlutada, por causa de sua situação depressiva, torna-se mais sensível ao ambiente, particularmente às situações de sofrimento. Assim, os sentimentos expostos podem ampliar-se perante o sofrimento de crianças ou de inocentes, ante situações de injustiça, de guerras etc. E Deus parece cego, surdo e mudo... não intervém, não defende os inocentes, ou, então, parece castigá-los e não a quem merece. Quem convive com doentes verifica que eles muitas vezes expressam sentimentos semelhantes: raiva, revol-


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ta, incredulidade, perda de sentido etc. e falam de abandono de Deus, do silêncio de Deus, de injustiça divina... Tais linguagem e sentimentos, no nível da experiência de fé e da percepção de Deus a partir da perda, parecem dar conta daquilo a que poderíamos chamar o negativo em Deus. Isso não significa “maldade de Deus” ou “presença do mal em Deus”. Em Deus não há maldade ou mal. O negativo em Deus dá conta, apenas, de uma experiência outra de Deus que, pelo ângulo da perda, se caracteriza por uma percepção da fragilidade e da “impotência” de Deus, experiência esta que nos choca. Dá conta, no fundo, desse Mistério insondável, desconcertantemente atraente e silencioso; e faz-nos perceber que quanto mais nos aproximamos para O conhecer, tanto mais descobrimos nada saber. Nessa perspectiva do negativo, Deus parece apresentar-se como uma realidade paradoxal, desconcertante. Parece estar onde pensamos que não está e está onde O pensamos ausente. É um Deus que se revela na ausência e que fala com o silêncio. Apesar de Todo-Poderoso, parece revelar-se extremamente “frágil”, “impotente”. Isso significa tão-somente que, ao olharmos Deus e a experiência de fé a partir da perda/ausência/sofrimento, somos interpelados a encetarmos uma outra experiência de Deus que nos permita integrar a ausência, o silêncio e a experiência de fragilidade/impotência. Com efeito, se essas dimensões parecem existir em Deus, parecem também revelar, ao mesmo tempo, o poder da Vida e do Amor de que Ele é fonte, o poder da sua misericórdia infinita, o SER. Nesse sentido, Jesus Cristo dá-nos uma ajuda. Apesar do seu poder manifesto por meio das curas e milagres, o que descobrimos nos seus gestos, palavras, silêncios e atitudes é a fragilidade de Deus, e nesta fragilidade a Sua força libertadora e transformadora, a sua misericórdia: • Pela encarnação de Jesus Cristo, Deus esconde-se na fragilidade humana e paga a fatura: é rejeitado (“Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” — Jo 1,11). • Jesus proclama um Deus que não se distingue pela exibição de poder, mas pela misericórdia. • No episódio da mulher adúltera, os acusadores fazem uma interpretação positivista da lei e exibem uma linguagem de poder. Ao tentarem defender os interesses de Deus, escondem, afinal de contas, a sua radical fragilidade que Jesus denuncia e põe a nu com uma postura desconcertantemente frágil e de uma força (sem poder) incrível: “Quem não tiver pecados atire a primeira pedra” (Jo 8). Podemos associar aqui a atitude de Jesus com Zaqueu (com os publicanos e mulheres de má reputação), bem como todo o processo de condenação de Jesus, em que o poder condenatório exibido contrasta com a fragilidade e a força que ressalta das respostas de Cristo e dos seus silêncios. Com efeito, descobrimos, em Jesus, que essa força libertadora e transformadora se revela mais pelo silêncio do que pela ostentação. • Cristo Jesus que era de condição divina humilhouse ao tornar-se homem, e, sendo homem, humilhou-se ainda mais até à morte e morte de cruz (Fl 2,6-11). • No Jardim das Oliveiras e no Calvário revela a sua extrema fragilidade: é entregue e abandonado pelos amigos, indefeso, preso, acusado de blasfêmia, flagelado, crucificado e morto... mas ressuscitou no terceiro dia.

• Os judeus pedem a manifestação do poder mediante sinais, e os gregos a linguagem positivista da sabedoria. Paulo prega um Messias crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Porém, para os que são chamados, Cristo é poder e sabedoria de Deus (1Cor 1,2224). “Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1,25).

O PODER TRANSFORMADOR DA CAPACIDADE NEGATIVA DA FÉ A capacidade negativa da fé apresenta-se como um desafio a encetar uma nova experiência de Deus, que parece estar presente na ausência, no silêncio, na fragilidade. Não para que busquemos a nostalgia da ausência e do silêncio, nem nos refugiemos na fragilidade, mas para que, nessa experiência dolorosa, O sintamos como companheiro (à semelhança dos discípulos de Emaús) e n’Ele descubramos a força regeneradora que torna possível elaborar e transformar a perda. Nesse sentido, por meio da esperança que brota da fé no Deus da vida, a capacidade negativa dá significados novos (ressignifica) às memórias relativas à pessoa amada e permite ligá-los entre si (religa), integrando-os em uma relação entre o passado, o presente e o futuro, tornando possível elaborar e transformar a perda. Se o trabalho da capacidade negativa não for bem conseguido, o resultado poderá ser uma situação permanente de vazio reivindicativo em relação a Deus, manifestado em dúvida permanente, revolta, culpabilização crônica; ou então poderá revelar-se pela negação de Deus, ou por uma atitude religiosa exuberante exagerada (atitude maníaca).

COMO AJUDAR NO PROCESSO DE LUTO A pessoa enlutada necessita de um espaço afetivo e espiritual para expressar todos os seus sentimentos de raiva e revolta diante de sua dor e de Deus, de vazio e de falta de sentido, da ausência e silêncio de Deus etc. sem que seja feito qualquer julgamento moral ou condenação. (A Sagrada Escritura permite olhar todo esse trabalho como uma oração e como um espaço de encontro com Deus. Basta vermos alguns salmos que expressam revolta, como o salmo 83, por exemplo: “Ó Deus, sai do silêncio... não fiques inerte e mudo...” ou olharmos para Jesus, mais especificamente para a sua oração no Jardim das Oliveiras e na cruz). Deve-se estimular o enlutado a que ele próprio, no contexto da sua experiência de perda, realize uma nova experiência de fé que lhe permita olhar esse outro rosto de Deus. Devem ser tomadas em conta, na ajuda, todas as fases do processo de luto não só para rotular o enlutado, mas para sintonizar empaticamente com a sua linguagem interior pela qual exprime o seu sofrimento. As comunidades deveriam ser solícitas para com o enlutado, desenvolvendo condições de acolhimento e ajuda, nomeadamente pela formação de grupos de auto-ajuda e gabinetes de relação de ajuda. Deve dizer-se que para desenvolver a relação de ajuda não basta ter jeito. Ter passado por uma situação de perda é importante, mas não basta; é necessário preparação técnica. Fernando Sampaio é padre, psicólogo e trabalha como capelão hospitalar


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VISITA AOS DOENTES E A HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE GEOGINO ROCHA

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into-me feliz, apesar do meu sofrimento”, confidencia uma pessoa doente ao falar do modo como a família e o visitador paroquial a ajudam a viver a situação dolorosa em que se encontra. A confidência ocorre durante a visita domiciliar que semanalmente se realiza a todos os que sofrem de doenças graves e mostram interesse em receber o apoio que a comunidade cristã lhes oferece por meio do serviço de voluntariado. “A minha família está sempre disposta a ajudar-me e nunca ouvi um desabafo ou uma queixa pelo trabalho que lhes dou. O visitador é muito bom, vê-se que sofre também, que tem consciência de ser enviado pela paróquia, que conhece bem a situação dos doentes e sabe dar valor aos profissionais da saúde. A visita que me faz deixa-me sempre um pouco mais de alívio, uma recordação alegre de um momento feliz, uma força para me agüentar por mais algum tempo”. Essa confidência-conversa revigora em mim uma convicção profunda que me acompanha há muitos anos, desde o tempo em que se constituiu o serviço de doentes nas paróquias, a princípio por influência da Ação Católica e, depois, por grupos de cristãos voluntários organizados em rede domiciliar pelos responsáveis paroquiais. É uma convicção alicerçada na dignidade de quem sofre, no contributo positivo que a luta contra a doença dá ao mundo da saúde e de outras ciências da vida, na importância do lugar da família no acompanhamento dos seus membros que sofrem, no envolvimento de quantos estão relacionados com o doente e pretendem ajudá-lo. É uma con-

vicção que visa atender o bem pleno da pessoa, integrando na harmonia possível todas as suas dimensões: orgânicas e físicas, psicológicas e relacionais, de segurança e participação, de controle mental, de “frescura” das faculdades intelectuais, de inserção positiva no meio ambiente, de abertura a Deus (pressentido pelo coração desde a mais tenra idade) e de oração-resposta, como forma de relação enriquecedora. É uma convicção que mantém o doente como pessoa e não simples utente, como ser humano chamado a uma realização plena e não apenas a contentar-se com umas migalhas de satisfação ocasional e passageira, como indivíduo composto de diversos elementos articulados em admirável harmonia e unidade funcional e não como conjunto de zonas sobrepostas, sem qualquer interferência umas nas outras. Essa confidência-conversa aponta os traços mais característicos de quem estabelece com os doentes uma relação de ajuda que pretende ser eficaz. São traços simples, de fácil enunciado e grande riqueza humana. São traços que se vão aperfeiçoando, mediante esforço e reflexão, partilha de experiências e participação em ações de formação. São traços que se tornam específicos conforme a situação dos doentes e de quem os visita. “Vê-se que sofre.” Essa constatação lança pontes de união, desperta sintonia afetiva, aproxima as pessoas, abre à comunicação. O doente e o visitador estão unidos pelo sofrimento, pela experiência dolorosa, pela relação pressentida e progressivamente manifesta na conversa ou no silêncio, no encontro amigo ou na reação imprevista e agressiva.

Essa união leva à escuta atenta, à compreensão profunda, à relação de ajuda. Por isso, quem faz a visita deve ter consciência de sua fragilidade, das perdas físicas e afetivas que vão ocorrendo na vida, das separações dolorosas, do vazio interior, da incapacidade de resposta a tantas situações urgentes. Se se valoriza essas condições, mais facilmente entra em sintonia com quem sofre e pretende acompanhar na doença. “Tem consciência de ser enviado.” Essa afirmação manifesta o modo como é captada a presença de quem faz a visita. É um modo muito positivo. À amizade une-se a solidariedade. No rosto pessoal transparece o rosto da comunidade. Na relação próxima brilha a fraternidade cristã. Na reciprocidade, perpassa o amor com que Deus nos ama. Na doação ao outro necessitado, realizase um serviço de qualidade a Jesus Cristo. “Conhece bem a situação dos doentes.” Essa certeza gera confiança e facilita a aceitação. Comprova a preparação do visitador e abre caminhos a um bom acompanhamento. Faz prever a diversidade de pessoas doentes, do processo da sua evolução e das fases mais típicas. Aponta claramente para o conhecimento dos direitos-deveres do doente e do indispensável respeito e promoção. “Sabe dar valor aos profissionais da saúde.” Esse reconhecimento credibiliza a função de cada interveniente na ajuda ao doente, individualiza a responsabilidade conjunta no bem-estar e envolve-os a todos nos cuidados da saúde integral. Felizmente! Geogino Rocha


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CURINGAS DE DNA ROBERTA VIGÁNO

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ntenda por que as pesquisas com células-tronco trazem grande esperança, ao mesmo tempo que provocam tantas polêmicas. Praticamente dia sim, dia não, uma notícia sobre células-tronco é publicada no mundo. Desde que foi comprovado pelos cientistas que essas células são neutras e que, portanto, podem se transformar em outros tipos de células do sangue, como as da pele ou as do músculo, a procura por tratamentos na tentativa de curar doenças consideradas incuráveis ganhou força no mundo todo. Estuda-se a possibilidade de, no futuro, as células-tronco poderem recompor tecidos danificados e tratar vários problemas de saúde, como alguns tipos de câncer, os males de Parkinson e de Alzheimer, doenças degenerativas e cardíacas, diabetes, ou até mesmo recuperar movimentos de braços e pernas. De acordo com o Dr. Salmo Raskin, médico geneticista de um laboratório de genética de Curitiba, existem dois tipos de células-tronco: as extraídas de tecidos maduros de adultos e crianças — como as da medula óssea e as do cordão umbilical — e as retiradas dos embriões. As células extraídas dos tecidos maduros, prática já utilizada no Brasil e no mundo, são mais especializadas e dão origem a apenas alguns tecidos do corpo. Já as embrionárias são conhecidas como curingas e formam qualquer tecido. É por isso que os cientistas desejam pesquisá-las para tratamentos de doenças incuráveis. Segundo os cientistas, seriam usados apenas os embriões descartados pelas clínicas de fertilização, aqueles que provavelmente nunca se desenvolveriam ou dos quais os pais abrissem mão. Entretanto, setores religiosos e antiaborto consideram que a vida começa no momento da concepção, o que torna essa prática um crime.

NO BRASIL — Em abril de 2005, os ministros da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, e da Saúde, Humberto Costa, anunciaram o investimento de 11 milhões para estudos com células-tronco, após a aprovação da Lei de Biossegurança, em março deste ano, que permite a pesquisa com células-tronco de embriões obtidos por fertilização in vitro congelados há mais de três anos e cujo uso necessita de autorização dos pais. Serão financiadas pesquisas básicas, pré-clínicas e clínicas relacionadas ao desenvolvimento de procedimentos terapêuticos inovadores, utilizando células-tronco adultas derivadas da medula óssea, do cordão umbilical e também embrionárias. Em contrapartida, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deixou claro que vetará a lei sobre o financiamento público de pesquisas com células-tronco originadas de embriões, que está em discussão no senado. A questão ética vai além. Pesquisas no Reino Unido e na Coréia do Sul estão sendo feitas com clonagem de embriões, aplaudidas por uns e criticadas por muitos. No campo de células embrionárias, a promessa é ainda de muita discussão.

ESPERANÇA — No sangue extraído do cordão umbilical durante o parto se encontra uma rica fonte de células-tronco. E possível congelar essas células por tempo indeterminado na expectativa de que sirvam como fonte de cura para determinadas doenças no futuro. De acordo com o Dr. Nelson Hídekazu Tatsui, hematologista especializado em células-tronco, essas células são utilizadas desde 1988 como substitutas da medula óssea no transplante. “As células-tronco da placenta apresentam inúmeras vantagens em relação ao uso de medula óssea por serem mais jovens e terem menor índice de rejeição”, afirma. Segundo o Dr. Salmo Raskin, para a cura de leucemia (que acomete uma em cada 20 mil pessoas), o transplante dessas células já se mostrou eficaz. Mas ainda não há certeza da capacidade dessas células do cordão de se transformarem em células de outras partes do corpo, como do pâncreas para curar diabetes, o que ocorre com as células encontradas em embriões. Assim, seu armazenamento em bancos de sangue ainda é considerado caro e apenas uma esperança futura na cura de outras doenças. Artigo extraído da revista HANDS, Ano 5, n˚ 28, junho/julho 2005.


Ano XXIII – no 236 – Novembro de 2005 – BOLETIM ICAPS

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HIPERTENSÃO: SAIBA MAIS SOBRE ELA CYRILO EMÍLIO ZUCCON MANTOVANI, ÊNIO BUFFOLO

A

hipertensão arterial, mais conhecida como “pressão alta”, atinge cerca de 16,8 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em geral, toda família tem um membro hipertenso, por isso é muito importante saber quem sofre e fazer um controle rigoroso. Ela atinge jovens, adultos e idosos, pessoas de ambos os sexos, de todas as raças, de qualquer posição social. A hipertensão nada mais é do que a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais (140/90mHg). Essa alteração anormal pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, como cérebro, coração, rins e olhos. A pressão arterial varia durante o dia dependendo da atividade da pessoa. Ela aumenta quando a pessoa se exercita ou quando está excitada, e diminui quando a pessoa está relaxada ou quando dorme. Até mesmo a postura — sentado ou em pé — influencia a pressão arterial. De acordo com dr. Cyrilo Emílio Zuccon Mantovani, cardiologista clínico da equipe do prof. dr. Ênio Buffolo e médico do Hospital do Coração, a hipertensão tem várias causas e está ligada a fatores genéticos, cardíacos, renais, circulatórios, emocionais, obesidade, idade, abuso de sal e álcool, cigarro, vida sedentária e diabetes. Segundo Mantovani, a melhor forma de prevenção é medir periodicamente a pressão arterial. “O paciente deve sempre seguir as orientações do seu médico, principalmente aqueles com história familiar de hipertensão”, comenta. O cardiologista afirma ain-

da que os sintomas estão geralmente relacionados com o aumento da pressão. “É comum a pessoa sentir tontura, sensação de peso na nuca, alteração visual e cansaço físico. O tratamento depende basicamente da descoberta da etiologia do processo hipertensivo pelo médico-assistente e da escolha certa da medicação hipertensiva, associado a outros fatores controladores da doença, como dieta alimentar, exercícios físicos, emagrecimento e fatores antiestresse”, declara. Além disso, dr. Cyrilo recomenda que se a pessoa tem pressão alta é importante trabalhar em conjunto com o seu médico, planejando um programa de controle separadamente. “Tome seus remédios regularmente, como prescrito. Caso você sinta algo diferente após a ingestão, informe seu médico. Compareça ao consultório nas datas marcadas de controle de sua pressão, o que permitirá ao médico tomar as providências adequadas. Caso o médico recomende, aprenda como medir sua pressão em casa. Peça-lhe que indique a aparelhagem necessária e lhe ensine a usá-la”, afirma. O médico diz que é preciso evitar alimentos ricos em gorduras. “Quem é hipertenso tem de manter o peso. Os alimentos gordurosos são ricos em colesterol, que é prejudicial à saúde. Uma alimentação balanceada ajuda a manter o nível de colesterol adequado para o organismo”, finaliza. Dr. Cyrilo Emílio Zuccon Mantovani, formado pela Escola Paulista de Medicina é Cardiologista Clínico da Equipe do Prof. Dr. Ênio Buffolo, Médico do Hospital do Coração — HCOR

Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde Tel. (11) 3862-7286 ramal 3 e-mail: icaps@camilianos.org.br Av. Pompéia, 1214A 05022-001 São Paulo, SP

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