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1 Informativo 12345 12345 12345 do Instituto 12345 12345 12345 Camiliano 12345 12345 12345 de Pastoral 12345 12345 12345 da Saúde 12345 12345 12345 e Bioética 12345 12345 12345

Ano XXV – no 249 – Janeiro/fevereiro de 2007 – BOLETIM ICAPS

12345 12345 12345 12345 janeiro/fevereiro de 2007 12345 12345 12345 ANO XXV – no 249 12345 12345 PROVÍNCIA CAMILIANA BRASILEIRA 12345 12345

❒ PASTORAL

❒ BIOÉTICA

❒ HUMANIZAÇÃO

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 15o DIA MUNDIAL DO DOENTE Queridos irmãos e irmãs,

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m 11 de fevereiro, quando a Igreja celebra a memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, realizar-se-á em Seul, na Coréia, a celebração do 15o Dia Mundial do Doente. Certo número de encontros, conferências, reuniões de pastoral e celebrações litúrgicas acontecerão com representantes da Igreja na Coréia, com profissionais da saúde, com os doentes e suas famílias. Mais uma vez, a Igreja se volta para quantos sofrem e chama a atenção para os doentes que não têm cura, muitos deles morrendo por causa de doenças em fase terminal. Eles estão em todos os continentes, sobretudo nos lugares em que a pobreza e as dificuldades geram miséria e dores imensas. Consciente de tantos sofrimentos, estarei espiritualmente presente no Dia Mundial do Doente, unido a quantos estiverem reunidos para discutir a chaga das doenças incuráveis em nosso mundo e incentivarem os esforços da comunidade cristã a testemunhar a ternura e a misericórdia de Cristo. Estar doente provoca, inevitavelmente, um momento de crise e um sério confronto com a situação pessoal. Os progressos das ciências médicas muitas vezes proporcionam os meios necessários para enfrentar o desafio, pelo menos nos seus aspectos físicos. A vida humana, de qualquer forma, tem limites intrínsecos e, mais cedo ou mais tarde, termina com a morte. Essa é uma experiência a que todo ser humano é chamado e para a qual deve estar preparado. Apesar dos progressos da ciência, não se consegue descobrir tratamento para todas as doenças e, por isso, nos hospitais, nos hospícios e nas casas de todo mundo, nos defrontamos com a doença de numerosos irmãos e irmãs em fase terminal.

Além disso, muitos milhões de pessoas no mundo vivem em condições insalubres e não têm acesso aos recursos médicos indispensáveis, às vezes os mais básicos, e o resultado é que o número de seres humanos considerados “incuráveis” aumentou muito. A Igreja deseja apoiar os doentes incuráveis e em fase terminal pedindo políticas sociais justas que contribuam para eliminar as causas de muitas doenças, e, com urgência, melhor assistência para os que estão morrendo e para os que não podem contar com assistência médica. Faz-se necessário promover políticas que criem condições para que os seres humanos possam suportar as doenças incuráveis e enfrentar a morte com dignidade. A esse respeito é necessário enfatizar, uma vez mais, a necessidade de centros de cuidados paliativos que proporcionem assistência integral, garantindo aos doentes a ajuda humana e o acompanhamento espiritual de que necessitam. Trata-se de um direito de todo ser humano e que todos devemos nos empenhar em defender. Desejo incentivar os esforços de quantos trabalham diariamente para garantir que os doentes incuráveis e os que se encontram na fase terminal, juntamente com suas famílias, tenham assistência adequada e amorosa. A Igreja, seguindo o exemplo do Bom Samaritano, sempre demonstrou especial solicitude para com os enfermos. Por meio de seus membros e de suas instituições, continua ao lado das pessoas que sofrem e dos moribundos, procurando preservar a sua dignidade nesses momentos significativos da existência humana. Muitos desses indivíduos, profissionais da saúde, agentes de pastoral e voluntários, e instituições em todo o mundo, assistem incansavelmen-

te os doentes nos hospitais e nas unidades de cuidados paliativos, nas ruas das cidades, no âmbito de projetos de assistência domiciliar e nas paróquias. Agora, dirijo-me a vós, queridos irmãos e irmãs que sofreis de doenças incuráveis e que estais na fase terminal. Animo-vos a contemplar o sofrimento de Cristo crucificado e, em união com ele, voltar-vos para o Pai com total confiança pelo fato de que toda a vida, e a vossa, de maneira especial, está em suas mãos. Deveis saber que vossos sofrimentos, unidos aos de Cristo, se tornarão fecundos para o bem da Igreja e do mundo. Peço a Deus que fortaleça a vossa fé no seu amor, em particular durante as provações que estais enfrentando. Espero que onde quer que estejais, encontreis sempre o apoio e a força espiritual necessários para alimentar a vossa fé e a aproximar-vos do Pai da vida. Por meio dos seus sacerdotes e de seus colaboradores pastorais, a Igreja deseja dar-vos assistência e estar ao vosso lado, ajudando-vos na hora da necessidade e, portanto, tornando presente a amorosa misericórdia de Cristo para com os doentes. Enfim, peço às comunidades cristãs do mundo, especialmente a quantos se dedicam ao serviço dos doentes, que continuem, com o auxílio de Maria, Saúde dos Enfermos, a dar eficaz testemunho da amorosa solicitude de Deus, nosso Pai. Que a Bem-aventurada Virgem, nossa Mãe, conforte quantos estão doentes e sustente quantos dedicaram a vida, como Bons Samaritanos, a tratar das feridas físicas e espirituais dos que sofrem. Unido a vós em pensamento e na oração, dou-vos de coração a minha Bênção Apostólica qual penhor de força e de paz em Cristo. Vaticano, 8 de dezembro de 2006. (Mensagem traduzida pelo Pe. Júlio Serafim Munaro)


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INFUNDIR ESPERANÇA NA DEBILIDADE JOSÉ CARLOS BERMEJO

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EXPEDIENTE

cabei por ficar ansioso, porque, durante quinze dias de permanência na Colômbia, fazia sempre a pergunta: Qual é a esperança de vocês? As respostas eram iguais: “Nossa esperança é hoje”. Foi uma das vezes que mais me impressionou o sofrimento de um país que conquistou meu coração aos poucos. Como se todos estivessem de acordo, pude constatar que, diante do sofrimento, produzido por qualquer causa, a esperança é um dinamismo vital que se encarna no presente, não no futuro. A esperança, no entanto, tem mil nomes, sobretudo diante do sofrimento. A esperança se chama ilusão por uma manhã com menos dor, por uma vida sem o limite que gera incapacidade, por uma doença superada, por um desencontro esclarecido, por conseguir a paz. A base antropológica da espe- contribui para que a recuperação com os limites que marcam a naturerança é o desejo, o anseio de que o aconteça mais rápido. Nosso corpo za que com os que nossa negligência que produz desprazer desapareça, de responde também à disposição inte- ou distância emocional impõem. que o que se sonha de bom se realize. rior do desejo. Talvez, também por A esperança, entretanto, tem Como uma catapulta, a esperan- isso, para Freud o desejo é expres- também uma dimensão social. Erça nos empurra também para além são da essência do homem, um mo- nst Bloch, em sua obra principal O do tempo, de onde se abre a um bem tor realmente poderoso. princípio da esperança, em meados supremo conseguido unicamente na Quando a morte é o maior de todos do século XX, faz da esperança a caeternidade, em que podemos confiar os perigos, tem-se, ainda, esperança tegoria fundamental do homem, reque não haverá pranto lacionando-a com a utonem dor, somente luz e pia marxista, como a A ESPERANÇA, NO ENTANTO, TEM MIL NOMES, paz, o gozo de uma feliutopia que melhor percidade completa esperamite a realização do que SOBRETUDO DIANTE DO SOFRIMENTO. da durante toda a vida. “todavia não é”. As diE, se o conteúdo dessa ferenças atribuíveis à esperança fosse uma vã ilusão, sem de vida, mas, quando acontece de um injustiça são sonhos superados medúvida teria valido a pena esperar perigo ser mais impactante que a diante uma comunhão que não se com confiança pelo triunfo definitivo morte, surge, então, a esperança de consegue alcançar, mas que faz pardo amor, experimentado mais de per- morrer, porque viver seria desespe- te de um ideal esperado, de um soto pelo bem gerado pelo mesmo ato rador. E, quando o perigo é tão gran- nho intencional que se espera ver de esperar. de que a morte mesmo se converte em realizado. esperança, então o pedido de solidaO que infunde esperança comparriedade no alívio do perigo se torna tilha o desejo nas vezes que reconheDESEJO E PERIGO vital. Com freqüência, esse alívio não ce a realidade. Viver esperançado já Na doença, a atitude positiva, es- é outro senão o suporte emocional, pois é um indicador de saúde, de humaniperançosa, confiante, desejosa do bem se consegue a paz mais facilmente zação da experiência. O que espera O Boletim ICAPS é uma publicação do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética – Província Camiliana Brasileira. Presidente: José Maria dos Santos Conselheiros: Antônio Mendes Freitas, Leocir Pessini, Olacir Geraldo Agnolin, Niversindo Antônio Cherubin Diretor-Responsável: Anísio Baldessin Secretária: Cláudia Santana

Revisora: Dayane Cristina Pal Redação: Rua Barão do Bananal, 1.125 Tel. (11) 3862-7286 ramal 3 05024-000 São Paulo, SP e-mail: icaps@camilianos.org.br Periodicidade: Mensal Prod. gráfica:

Edições Loyola Tel. (11) 6914-1922 Tiragem: 3.500 exemplares

Assinatura: O valor de R$13,00 garante o recebimento, pelo Correio, de 11 (onze) edições (janeiro a dezembro). O pagamento deve ser feito mediante depósito bancário em nome de Província Camiliana Brasileira, no Banco Bradesco, agência 0422-7, conta corrente 89407-9. A reprodução dos artigos do Boletim ICAPS é livre, solicitando-se que seja citada a fonte. Pede-se o envio de publicações que façam a transcrição.


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alimenta a confiança e, em algum momento, se entrega a alguém. Essa entrega não é o resultado da desesperança, mas do grau máximo de confiança e de aceitação ativa da realidade que se impõe. Infundir esperança talvez seja também oferecer os próprios braços para que o outro possa entregar-se confiante neles. A acolhida mútua, especialmente na fragilidade, faz crescer a confiança, mata a solidão, promove a responsabilidade compartilhada na busca do bem próprio e alheio. No fundo, a experiência do amor é a fonte da esperança e sua realização.

SER ESPERADO Se eu me observo, me dou conta de que, quando alguém me espera, até meu corpo funciona de outra maneira. Uma certa tensão faz desencadear em mim energia para fazer o possível para chegar pontualmente, um certo malestar surge se não o consigo, assim como também surge uma grata experiência de ser esperado. Experimento, por isso, que a esperança tem um influxo muito concreto no presente. Aquele que espera uma pessoa (vinda de outro lugar, de uma viagem etc.) normalmente se prepara, predispondo-se à acolhida, criando espaço no tempo, na mente e no coração para aquele que vai chegar. Pergunto-me o que aconteceria se, ao chegar a um hospital, ao centro cirúrgico ou a um serviço de saúde ou social qualquer, as pessoas encarregadas de atender ao doente ou ao necessitado de ajuda disses-

sem: “Estamos esperando você!”. Uma carga de confiança e de ilusão pelo bem que se deseja se desencadearia no encontro. Seremos esperado é um saudável reconstituinte para todos, tanto mais para quem se encontra em estado de vulnerabilidade. Porque ser esperado infunde esperança na debilidade, gera segurança, sugere confiança, e as energias do anseio e do desejo mexem nas células como recursos para combater as causas do mal. Por isso creio que ser esperado é terapêutico. Talvez ser esperado nos cure não só da insegurança produzida pela debilidade, mas também do engano no qual vivemos quando nos sentimos auto-suficientes e onipotentes. Ser esperados, no fundo, nos cura da solidão à qual nos condena nosso pecado de orgulho. Sermos esperados, na realidade, nos faz viver. Não podemos viver sem que alguém nos espere, ou, talvez, é muito fácil morrer se nada nos espera. Ser esperado cura. Porque, de alguma maneira, podemos dizer que vivemos da esperança de sermos esperados por alguém. A esperança é como o sangue: não o vemos circulando, mas, se não circula, morremos.

A ÂNCORA Sempre me chama a atenção o símbolo universal da esperança: a âncora. Se compararmos o estado de sofrimento (a doença, as dificuldades da vida) com uma tempestade no mar, poderemos compreender o valor da

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âncora como símbolo da esperança. Em meio à tempestade, aos problemas, à insegurança, pode-se apoiar com a âncora (esperança), agarrar-se a algum lugar mais seguro. Infundir esperança, então, é oferecer ao semelhante um lugar onde fincar a âncora de seu barco, um coração que ouve, um ombro para apoiar-se. Por isso é tão importante a escuta. Quando alguém se sente ouvido, se sente acolhido. Afiança-se de que a solidão radical pode ser compartilhada, ou ao menos expressada e aliviada. Infundir esperança não é só desejar a saúde e a cura da doença, mas também fazer com que o doente entenda que isso nem sempre é possível. Porque a esperança, para ser tal, deve estar arraigada na realidade, também na realidade do desejo, não na vã ilusão. Esperar, então, é um dinamismo que transforma o presente, fazendo-o mais ativo e saboroso. José Carlos Bermejo é religioso camiliano que trabalha em Madri – Espanha.

CURSOS, PALESTRAS E JORNADAS PASTORAIS. O Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde – ICAPS – e a Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde da CNBB informam que a partir de janeiro estão à disposição das dioceses, paróquias e hospitais, para assessorar e/ou ministrar congressos, cursos ou palestras para agentes de pastoral da saúde, visitadores de doentes e ministros da eucaristia que visitam doentes em casas ou nos hospitais. Para maiores informações entre em contato conosco: ICAPS: (11) 3862-7286, ramal 3, ou pelo nosso e-mail: icaps@camiliaos.org.br. Coordenação Nacional da CNBB: (34) 3217-6434, e-mail: pastoraldasaudenacional@yahoo.com.br


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CEM ANOS DE DESCOBERTA DA DOENÇA DE ALZHEIMER

ESCLEROSE, DEMÊNCIA, DOENÇA DE ALZHEIMER SÃO TODAS IGUAIS?

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sta é uma dúvida comum (“Ele tem demência ou doença de Alzheimer?”). Antes de falar sobre as diferenças entre esses termos, é necessário falar um pouco sobre memória e envelhecimento. O envelhecimento traz alterações para todo o organismo – pele, olhos, ossos, tudo se transforma. Com o cérebro não é diferente. Com o envelhecimento ocorrem alterações anatômicas e funcionais. Exames de tomografia ou ressonância magnética mostram que há uma redução de volume, isto é, o cérebro fica menor. Em geral as pessoas pensam que isso acontece porque as células cerebrais, os neurônios, morrem. Isso é apenas parcialmente verdadeiro: enquanto alguns neurônios de fato desaparecem, outros diminuem de volume, o que, é claro, não é a mesma coisa. Mais importante, essas transformações não acontecem do mesmo modo em todo o cérebro: enquanto são acentuadas em algumas áreas, quase não ocorrem em outras. Além dessas alterações anatômicas, isto é, alterações na estrutura do cérebro, ocorrem também mudanças no modo como ele funciona.

Isso é bem evidente no tocante à memória, o que poderia explicar por que tantos idosos se queixam de dificuldade de lembrar o que passou. De fato, estudos em diferentes regiões do mundo mostram que mais da metade das pessoas com mais de 65 anos afirma que sua memória declinou com o envelhecimento. O processo de memorização pode ser mais difícil para uma pessoa idosa porque a memória fica mais lenta e é mais difícil deixar de prestar atenção em distratores, isto é, em coisas que estão acontecendo ao mesmo tempo e que podem tirar a atenção daquilo que a pessoa quer memorizar. Por isso os idosos precisam mais tempo para memorizar e podem mais facilmente ter sua atenção desviada daquilo que querem memorizar. Essas alterações não acontecem do mesmo modo em todas as pessoas, e uma prova disso são as pessoas que, mesmo com idade muito avançada, têm excelente memória. Para a maior parte, que não tem memória tão boa assim, é sempre bom lembrar, há uma grande diferença entre memória mais lenta, que pode acontecer no envelhecimento, e nenhuma memória, que pode ser conseqüência de diferentes doenças e precisa ser avaliada.

Apesar de freqüentes, as alterações da memória que mencionamos não são suficientes para alterar o dia-a-dia, isto é, elas não impedem que se façam normalmente as atividades costumeiras. Infelizmente, muitas pessoas podem ter dificuldade de memória por alterações de saúde. A depressão, o uso de tranqüilizantes e outras causas podem prejudicar a atenção e a memória em pessoas idosas. Algumas vezes elas apresentam demência. Demência é uma palavra derivada do latim que significa ausência ou perda da mente. O que acontece com essas pessoas é uma progressiva dificuldade de memória para fatos recentes: elas esquecem recados, compromissos, onde guardaram objetos etc. Além disso, podem ter também dificuldades com atividades que requerem planejamento, como controlar as finanças e preparar-se para uma viagem. Podem também ter dificuldade para encontrar palavras. Todos nós, uma vez ou outra, temos falhas desse tipo. A diferença entre o envelhecimento normal e a demência é que neste caso as falhas são tão freqüentes que acabam interferindo no dia-a-dia da pessoa, levando-a, por exemplo, a abandonar o que está fazendo ou ter dificuldades em controlar os próprios gastos. Com base nisso, podemos concluir que falhas desse tipo não são envelhecimento normal e deveriam ser avaliadas com cuidado. E a diferença entre demência e esclerose? Na realidade, estamos falando da mesma coisa, de pessoas com progressiva dificuldade para realizar atividades do cotidiano, com alterações do comportamento, como depressão, agitação e irritabilidade, que se tornam cada vez mais dependentes dos outros para continuar vivendo. Se são a mesma coisa, por que não falar, então, em esclerose em vez de demência? Existem dois bons motivos para isso. Um deles é que o termo “esclerose” se tornou pejorativo. Basta pensar na frase “até parece que ele está esclerosado”. O outro é que a palavra “esclerose” vem do grego, que quer dizer “endurecimento das artérias”.


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O raciocínio, então, é o seguinte: para algumas pessoas ocorre endurecimento das artérias cerebrais. Por essa razão, o cérebro recebe menos sangue, e por isso neurônios morrem, levando à dificuldade para memorizar e a outras alterações sobre as quais já falamos. Se isso for verdade, uma medicação que melhore a circulação pode ajudar no tratamento da esclerose. Infelizmente, para a maior parte das pessoas com demência, as coisas não ocorrem desse modo e não adianta usar ativador da circulação cerebral. Eis os motivos pelos quais não se deve usar o termo esclerose.

E O QUE É A DEMÊNCIA? Na realidade, estamos falando de um grupo de doenças, isto é, as alterações que em conjunto chamamos de demência podem ter diferentes causas. Por exemplo, pessoas com hipertensão, diabetes e alteração do colesterol podem ter isquemias cerebrais em sucessão e demenciar. Algumas pessoas podem ter hidrocefalia tardiamente e também demenciam. De longe as causas mais comuns de demência são as degenerações primárias do sistema nervoso central, isto é, doenças nas quais, por razões que ainda não são claras, ocorre uma progressiva perda de neurônios, com o desenvolvimento dos sintomas da demência. Entre as degenerações primárias a mais comum, de longe, é a doença de Alzheimer, que é responsável por 50% a 70% das demências. Agora podemos responder à pergunta anterior: demência e esclerose são termos equivalentes, mas esclerose, por diferentes razões, não é um termo adequado. A demência tem várias causas possíveis, a mais comum é a doença de Alzheimer. Assim, podemos dizer que todas as pessoas com doença de Alzheimer têm demência, mas nem todas as pessoas com demência têm doença de Alzheimer.

OS CEM ANOS DE DESCOBERTA DA DOENÇA DE ALZHEIMER Em 1906, o Dr. Alois Alzheimer descreveu o caso de uma mulher de 55 anos que fora internada por progressiva dificuldade de memória, de linguagem, desorientação e delírio de ciúme do marido. Após três anos, a paciente faleceu e, ao examinar seu cérebro, o Dr. Alzheimer descreveu al-

terações muito características, que ficaram conhecidas como placas senis e emaranhados neuro-fibrilares. O caso foi apresentado em uma reunião da Sociedade Médica do Sudoeste da Alemanha e despertou pouca curiosidade. Nos 60 anos seguintes, considerou-se a doença de Alzheimer uma doença rara. É claro que nesse período muitas pessoas idosas recebiam o diagnóstico de demência, que era atribuída à deficiência de circulação cerebral e para a qual se tentava, sem sucesso, medicação que ativasse essa região. Essa foi a época do auge da noção de esclerose. A partir dos anos 1960, o processo de envelhecimento da população nos países desenvolvidos acelerou-se, mais casos de demência passaram a ser reconhecidos, e o peso do problema sobre os sistemas de saúde e assistência social tornou-se mais significativo. Estudos de diferentes aspectos das demências se multiplicaram. Necropsias sistemáticas rapidamente mostraram que a maior parte dos idosos falecidos com demência apresentava as mesmas alterações da supostamente rara doença descrita no início do século XX. Com a real dimensão do problema sendo reconhecida, a expressão “epidemia silenciosa” foi cunhada nos anos 1970. No final desse período, verificou-se que, na doença de Alzheimer, havia uma significativa redução da disponibilidade de um neurotransmissor chamado acetilcolina, que está envolvido nos processos de aprendizado e memória e cuja deficiência pode explicar parte dos sintomas da doença. Essa descoberta levou, na década seguinte, ao início dos estudos com drogas que inibem a degradação da acetilcolina e que hoje estão comercialmente disponíveis como o tratamento específico para a doença de Alzheimer. Na mesma época ampliou-se a pesquisa sobre as proteínas que compõem as placas senis e os emaranhados neurofibrilares. O que se descobriu é que em ambos os casos trata-se de proteínas que normalmente fazem parte dos neurônios, mas que na doença de Alzheimer são metabolizadas de modo anormal. Esses estudos permitiram a pesquisa de um novo modo de tratamento, no qual é estimulada a formação de anticorpos contra a proteína

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que compõe a placa senil. Desse modo se espera estabilizar os sintomas da doença de modo mais eficiente. Ainda nos últimos 20 anos foram identificadas diversas mutações responsáveis por formas mais raras da doença de Alzheimer familiar. Considerando que a pesquisa efetiva sobre essa doença se iniciou há 30 anos, muito progresso foi feito. Comparando com os últimos 20 anos, as perspectivas para quem recebe o diagnóstico hoje são bastante diferentes. Houve avanços não apenas no tocante a medicamentos, mas também nas técnicas de reabilitação e cuidados com a família de portadores da doença. Persistem, todavia, desafios, no início deste segundo século da doença de Alzheimer, como: • identificação do gatilho, isto é, da causa da doença; • métodos que permitam um diagnóstico precoce, de preferência antes que apareçam os primeiros sintomas; • medicamentos que estabilizem a doença de modo mais eficiente.

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O AMOR QUE SE FAZ GESTO NO EXERCÍCIO DA CARIDADE TADEU DOS REIS ÁVILA

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Papa Bento XVI, na sua primeira Carta Deus Caritas Est – sobre o amor cristão –, aponta os santos como aqueles que praticaram de forma exemplar a caridade para com os irmãos. A virtude da caridade leva-nos a reconhecer o rosto de Jesus presente em cada irmão. O próximo é, para nós cristãos, o lugar teológico por excelência, onde experienciamos Deus (cf. Mt 25,31-46; Lc 10,25-37). Os santos entenderam bem o recado de Nosso Senhor, que nos manda servilo na pessoa do pobre e do doente. São Vicente de Paulo um dia se encontrava absorvido em oração diante de Jesus na Eucaristia, quando veio um irmão chamá-lo dizendo que havia um pobre esperando por ele na portaria do convento. São Vicente, olhando para Jesus no sacrário, disse-lhe: “Senhor, deixo-te aqui na Sagrada Eucaristia para encontrarme contigo na pessoa do pobre que me chama”. A beata Teresa de Calcutá que todos nós admiramos, durante uma viagem em 1946, sentiu-se chamada por Deus para dedicarse aos pobres miseráveis. Dizia ela: “O chamado foi uma ordem. Eu deveria abandonar o conforto do meu convento, renunciar a tudo e seguir Cristo nas favelas, viver com os mais pobres entre os pobres”. São Martinho de Lima era pobre e negro quando se tornou irmão dominicano. Conservou o costume de dormir no chão como fazia entre os pobres. Seu superior ficou sabendo, não gostou e, apelando para o voto de obediência, obrigou Martinho a dormir na cama. Um belo dia o superior foi visitar a cela de Martinho, que ficava perto da portaria do convento, pois ele exercia a função de porteiro. Qual não foi a surpresa do superior da co-

munidade ao encontrar um pobre doente dormindo na cama do santo irmão. O Superior, muito bravo, perguntou por que Martinho não estava dormindo na cama, pois, tendo feito o voto de obediência, estava ele obrigado a obedecer à ordem do superior que tinha determinado que ele dormisse na cama. São Martinho, muito calmo, explicou ao superior que a caridade tinha precedência sobre o voto de obe-

diência. Martinho, que era irmão leigo, deu uma belíssima aula de teologia ao superior da sua comunidade. No evangelho de São João 13,1-17, ficamos comovidos ao ver Jesus realizando um de seus gestos mais eloqüentes. Jesus assume a atitude de servo e lava os pés dos discípulos. Deus feito homem em Jesus se curva diante da criatura, assumindo a função de escravo. Com esse gesto, o Senhor nos convida e nos convoca a despir-nos de nossos mantos, arregaçar as mangas e vestir o avental, como a dona de casa faz quando vai lavar louças. A lição que essa cena comovente nos

transmite é que o nosso amor para com Deus deve ser traduzido em gestos concretos. Diz Jesus: “Vocês me chamam de Mestre e Senhor. Pois bem: Eu, que sou o Mestre e Senhor, lavei os vossos pés, por isso vocês devem lavar os pés uns dos outros”. O caminho do discípulo e da discípula de Jesus é o caminho do serviço e da caridade gratuita. Quer nas tarefas pequenas que não dão prestígio, quer nas mais trabalhosa, e complexas, porque Deus nos pede o uso intenso de todos os dons. O mundo saberá que somos cristãos não pela força de nossos discursos, mas pelo amor e pelos gestos de solidariedade que realizamos em favor dos irmãos. O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. Jesus fez da caridade o novo mandamento (cf. Jo 13,34). Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor de Jesus. Por isso, diz Jesus: “ Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Permanecei em meu amor” (cf. Jo 15,9). E ainda: “Este é o meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (cf. Jo 15,12). O Senhor nos pede que amemos, como Ele, mesmo os nossos inimigos (cf. Mt 5,44), que nos tornemos o próximo dos mais afastados (cf. Lc 10,27-37), que amemos, como Ele, (cf. Mt 25,31-46) as crianças e os pobres (cf. Mc 9,37). O apóstolo São Paulo traçou um quadro incomparável da caridade: “A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injus-


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tiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (cf.1Cor 13,4-7). A caridade é superior a todas as virtudes. É a primeira das virtudes teologais: “Permanecem fé, esperança, caridade, essas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade” (1Cor 13,13). O exercício de todas as virtudes é animado e inspirado pela caridade, que é o “vínculo da perfeição” (cf. Cl 3,14). A caridade assegura e purifica nossa capacidade humana de amar, elevando-a à perfeição sobrenatural do amor divino. A caridade tem como frutos a alegria, a paz e a misericórdia. O que os santos ensinam sobre a caridade? Vejamos alguns exemplos. A virtude da caridade no seu sentido mais profundo é restituir ao pobre

aquilo que de direito lhe pertence, como ensina o grande bispo São Basílio: “Pertence a quem está sem roupa a roupa que guardas no armário; a quem está descalço o par de sapatos que envelhece em sua casa; pertence ao pobre o dinheiro que tens escondido; pertence a quem tem fome o pão que armazenas”. São João Crisóstomo é de extrema atualidade. Ao falar da justiça social e do atendimento aos pobres, ele fala em termos vigorosos: “Não deixar os pobres participar dos próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Nós não detemos nossos bens, mas os deles”. São Gregório Magno por sua vez nos diz: “Quando damos aos pobres as coisas indispensáveis, não praticamos com eles grande generosidade pessoal, mas lhes devolvemos o que é

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deles. Cumprimos um dever de justiça e não tanto um ato de caridade”. Santa Rosa de Lima um dia foi repreendida por sua mãe por manter em casa pobres e doentes. Rosa, com muita humildade, replicou: “Quando servimos aos pobres e doentes, servimos a Jesus. Não nos devemos cansar de ajudar o próximo, porque neles é a Jesus que servimos”. Concluímos estas considerações sobre a caridade com um pensamento da beata Teresa de Calcutá, que nos diz: “Se, por vezes, os nossos pobres morrem de fome, não é porque Deus não cuida deles, e sim porque vocês e eu não demos, não fomos instrumento de amor nas mãos de Deus”. Tadeu dos Reis Ávila é padre camiliano e trabalha em Monte Santo de Minas – MG.

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA FAMILIAR NA SAÚDE JOSEANE NOGUEIRA Como conseguir as informações?

Você sabe como a mãe do seu pai morreu? Pois deveria. Eis o porquê.

Entreviste seus parentes e tome nota das respostas. Ou troque e-mails com eles. É importante conhecer a própria história – em especial quando se tem filhos.

Assim como se pode nascer com o nariz pontudo do pai ou com os olhos azuis da mãe, é possível herdar o diabetes dele ou a hipertensão dela. De acordo com Iscia Lopes Cendes, médica geneticista e professora do departamento de genética médica da Unicamp, a sociedade brasileira de genética clínica atua junto aos médicos divulgando a importância de se conhecer melhor a história de saúde familiar dos pacientes. Ela explica o porquê.

Como reunir e usar esses históricos médicos? Faça um relatório com todos os dados que tiver coletado. Fique com uma cópia, imprima outras e entregue-as aos parentes e ao seu médico, que vai poder utilizar as informações para evitar ou administrar as condições.

Em que a história médica de minha família pode ser útil para mim? “Com ela, você pode ter uma idéia do roteiro que recebeu”, diz dra. Iscia. Ela vai ajudar na identificação dos riscos do surgimento de determinadas doenças e reduzir ou evitar o problema pela prática de hábitos mais saudáveis. Assim, se sua avó morreu de câncer de pulmão, você vai pensar duas vezes antes de acender um cigarro. “Em algumas situações, se o indivíduo herdou uma predisposição a uma doença, não importa o estilo de vida que ele tenha, vai desenvolvêla; em outros casos, o estilo de vida interage com a predisposição genética

ANOTE e a pessoa pode nunca vir a apresentar a doença”, diz a dra. Iscia. Com que condições devo me preocupar mais? Sabemos que a história familiar desempenha um papel importante em vários tipos de câncer, acidente vascular cerebral, doenças cardíacas, diabetes, depressão, epilepsia e outros males.

Nos dias 7 e 8 de setembro de 2007 acontecerá em São Paulo o XXVII Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde. Nos próximos boletins daremos mais informações. Anote as datas e venha participar conosco.


Ano XXV – no 249 – Janeiro/fevereiro de 2007 – BOLETIM ICAPS

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RONCO É SINAL DE ALERTA PARA A SAÚDE

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oncar não apenas irrita o parceiro com quem se divide o quarto, mas também é um fator de risco para a saúde. Dependendo da intensidade, esse distúrbio do sono pode levar a problemas cardíacos, fadiga, ansiedade, sonolência diurna, dificuldade de concentração. Apesar dos prejuízos à saúde, como o ronco é socialmente bem aceito, poucas pessoas procuram tratar o problema. O ronco é um ruído provocado pela vibração das vias aéreas superiores durante a passagem do ar, com dificuldade, por essas vias. O único estudo brasileiro sobre o ronco, realizado pelo Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo, em 1995, mostra que antes dos 40 anos, 26,5% dos homens e 9% das mulheres roncam mais do que três vezes por semana. Depois dessa idade, possivelmente pela influência da menopausa ou do aumento de peso corporal, o número de mulheres quase triplica e passa para 25%, enquanto os homens chegam a 36%. Vários fatores influenciam o ronco. O problema pode ser causado por adenóides ou amígdalas muito grandes, tumores, rinites, desvio de septo, hipertrofia dos cornetos e pólipos nasais. Essas patologias obstruem as vias aéreas, dificultando a passagem do ar. O indivíduo passa a respirar pela boca, o que aumenta ainda mais o ruído. Álcool e medicamentos calmantes também podem causar ronco, pois levam ao relaxamento do músculo da faringe. A obesidade pode ser outra causa, pois a gordura também pode acumular-se na faringe, levando à obstrução.

A apnéia é considerada uma fase avançada do ronco. Enquanto a pessoa dorme, a respiração é totalmente interrompida por alguns segundos devido ao fechamento da faringe. As causas do ronco e da apnéia podem ser muitas, mas atualmente está mais fácil descobri-las com o exame de polissonografia. Sensores ligados ao paciente mostram o que acontece no organismo enquanto ele dorme, e podem indicar a origem do problema com maior precisão.

TRATAMENTO MELHORA QUALIDADE DO SONO Para livrar-se do ronco e da apnéia é necessário tratar as causas. Em alguns pacientes, a perda de peso é suficiente para acabar com o ruído. Quando a origem é a obstrução das vias aéreas, o otorrinolaringologista pode resolver o problema indicando uma cirurgia para retirada de adenóides ou amígdalas ou receitando algum medicamento antialérgico, por exemplo. Para casos de ronco mais persistentes, indica-se o uso de uma prótese intrabucal que puxa a mandíbula inferior para a frente, evitando que a língua bloqueie a passagem de ar. Os casos de apnéia leve também podem ser controlados com essa prótese. Cerca de 90% dos pacientes obtêm melhoras significativas com o uso do dispositivo, que é confortável, feito de um material que se torna flexível em contato com a saliva. Em casos mais complexos, recomenda-se uma máscara de silicone (CPAP).

Ela é acomodada nas narinas e joga ar comprimido pelo nariz, dilatando a garganta, que abre para passagem do ar. A descrição da máscara pode assustar, mas as mais modernas têm o tamanho de um chaveiro. A somnoplastia usa ondas de radiofreqüência que, aliadas ao laser, diminuem o volume dos músculos da boca e da garganta que atrapalham a passagem do ar e provocam o ronco. O tratamento é individual, e só um especialista pode indicar o melhor caminho para solucionar o problema e recuperar a qualidade do sono.

DICAS PARA MANTER UM REPOUSO TRANQÜILO • Manter uma rotina de horário para

deitar e levantar. • Perto do horário de dormir, evitar cigarro e bebidas ricas em cafeína. • Fazer refeições leves à noite. • Exercícios físicos devem ser praticados até 1h30 antes do horário de ir para a cama. Relaxamento, alongamento e ioga são exceções. • Evitar televisão no quarto. • O ambiente deve ser escuro e com temperatura agradável, entre 22ºC e 24ºC. • Caso não adormeça em meia hora, o melhor é levantar, ler um livro ou ouvir música e só voltar para a cama quando o sono chegar. Colaboração do jornal Correiro Riograndense – out./2006

Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde Tel. (11) 3862-7286 ramal 3 e-mail: icaps@camilianos.org.br Rua Barão do Bananal, 1.125 05024-000 São Paulo, SP

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