Abril de 2010 ANO XXVII - nº 284 PROVÍNCIA CAMILIANA BRASILEIRA
PASTORAL DA SAÚDE: PARTE INTEGRANTE DA MISSÃO DA IGREJA PE. TADEU DOS REIS ÁVILA
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Catecismo da Igreja recorda-nos: aaA enfermidade e o sofrimento sempre estiveram entre os problemas mais graves da vida humana. Na doença, o homem experimenta sua impotência, seus limites e sua finitude. Toda doença pode fazer-nos entrever a morte. aaCatólica
A enfermidade pode levar a pessoa à angústia, a fechar-se sobre si mesma e, às vezes, ao desespero e à revolta contra Deus. Mas também pode tornar a pessoa mais madura, ajudandoa a discernir em sua vida o que não é essencial, para voltar-se àquilo que é essencial. Não raro, a doença provoca uma busca de Deus, um retorno a Ele. No Novo Testamento Jesus é apresentado como Cristo-médico. A compaixão de Cristo para com os doentes e suas numerosas curas de enfermos de todo tipo são sinais evidente de que “Deus visitou o seu povo” e de que o Reino de Deus está bem próximo. Jesus não só tem poder de curar o homem inteiro, mas também de perdoar pecados. Ele veio para curar o homem inteiro, alma e corpo; é o médico que necessitam os doentes. Sua compaixão para com todos aqueles que sofrem é tão grande que se identifica com eles: “Estive doente e me visitastes” (Mt 25,36). Seu amor e predileção pelos enfermos não cessaram, ao longo dos séculos, de despertar a atenção toda especial dos cristãos para com todos os que sofrem no corpo e na alma. Esse amor está na origem dos incansáveis esforços para aliviá-los (Catecismo da Igreja Católica, n.1503).
Na Igreja, Corpo de Cristo, se um membro sofre, todos os outros sofrem com ele (1Cor12,26). Por isso, lembra-nos a Igreja “são tidas com extremamente honrosas a misericórdia em relação aos enfermos e as assim chamadas obras de caridade e ajuda mútua, que visam a socorrer as diferentes necessidades humanas.” Continua a Igreja na mesma Instrução Geral sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos: “Convém, portanto, que todos os batizados participem desse ministério de mútua caridade no Corpo de Cristo, tanto na luta contra a doença e no amor aos enfermos como na celebração do sacramento dos doentes.” “Terão parte especial neste ministério de consolação as pessoas da família e todos aqueles que de qualquer modo se ocupem dos doentes. Compete-lhes sobretudo confortar os enfermos com as palavras da fé e a oração em comum, recomendá-los ao Senhor, que padeceu e foi glorificado, exortá-los a se unirem de coração à paixão de Cristo, para o bem do povo de Deus.” Por fim, a Instrução lembra aos sacerdotes, sobretudo aos párocos, o seu dever de visitar pessoalmente os enfermos com toda a solicitude e de ajudá-los com generosa caridade. Compete-lhes, sobretudo ao ministrar-lhes os sacramentos, despertar a esperança no coração dos presentes e reanimar a fé no Cristo padecente e ressuscitado, de modo que, ao trazerem o maternal carinho da Igreja e o consolo da fé, confortem aqueles que crêem e levem os outros a voltarem-se para as coisas do alto (Instrução Geral sobre o Sacramento da Unção dos Enfermos,
n.32,33,34,35). n.32,33,34,35). O Papa Bento XVI na sua mensagem anual para dia mundial do doente reitera que “a Igreja tenciona sensibilizar profundamente a comunidade eclesial a respeito da importância do serviço pastoral no vasto mundo da saúde, serviço que faz parte integrante da sua missão, uma vez que se inscreve no sulco da mesma missão salvífica de Cristo. Ele, Médico divino, “passou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo Diabo”(At 10,38). O sofrimento humano tem sentido e é plenamente esclarecido no mistério da sua paixão, morte e ressurreição” (...). Continua o Papa: “Na última Ceia, antes de voltar para o Pai, o Senhor Jesus inclinou-se para lavar os pés dos Apóstolos, antecipando o supremo ato de amor da Cruz. Com este gesto convidou os seus discípulos a entrar na sua mesma lógica do amor que se entrega, especialmente aos mais pequeninos e aos necessitados (Jo 13,12-17). Seguindo o seu exemplo, cada cristão é chamado a reviver, em contextos diferentes e sempre novos, a parábola do bom Samaritano que, passando ao lado de um homem abandonado, meio morto pelos salteadores na margem da estrada, vendo-o, encheu-se de piedade. Aproximou-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montaria, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deuos ao estalajadeiro, dizendo: “Trata bem dele, e o que gastares a mais, pagar-te-ei
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quando voltar” (Lc 10,33-35). Na conclusão da parábola, Jesus diz: “Vai, e também tu faz do mesmo modo” Lc10, 37). Ele dirige-se também a nós com estas palavras. Exorta-nos a inclinar-nos sobre as feridas do corpo e do espírito de muitos de nossos irmãos e irmãs que encontramos pelas estradas do mundo; ajuda-nos a compreender que, com a graça de Deus acolhida e vivida na vida de cada dia, a experiência da enfermidade e do sofrimento pode tornar-se escola de esperança. Na verdade, como afirmei na Encíclica Spe salvi: “Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com amor infinito”(Spe salvi, n.37).” O Papa termina sua mensagem dirigindo um forte apelo a todos os presbíteros: “queridos sacerdotes, ministros dos enfermos, sinal e instrumentos da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem assinalado pelo sofrimento. Estimados presbíteros, convido-vos a não vos poupardes no gesto de lhes oferecer cuidado e conforto. O tempo transcorrido ao lado de quem se encontra na prova revela-se fecundo de graça para todas as demais dimensões da pastoral” (Mensagem do Papa Bento XVI para o XVIII dia Mundial do Doente, 2010). O Documento de Aparecida, palavra autorizada da Igreja na América Latina, ao tratar dos Enfermos, estimula e desafia a Igreja na sua ação pastoral, de modo especial junto aos que sofrem, lembrado de modo enfático que “A maternidade da Igreja se manifesta nas visitas aos enfermos nos centros de Saúde, na companhia silenciosa ao enfermo, no carinhoso trato, na delicada atenção às necessidades da enfermidade, através dos profissionais e voluntários discípulos do Senhor. Ela abriga com sua ternura, fortalece o coração e, no caso do moribundo, acompanha-o no trânsito definitivo. O enfermo recebe com amor a Palavra, o
gestos de caridade dos irmãos. O perdão, o Sacramento da Unção e os gestos de caridade dos irmãos. O sofrimento humano é uma experiência especial da cruz e da ressurreição do Senhor” (DA n.420). O Documento ainda reconhece: “A Igreja tem feito opção pela vida. Esta nos projeta necessariamente para as periferias mais profundas da existência: o nascer e o morrer, a criança e o idoso, o sadio e o enfermo. Santo Irineu nos diz que “a glória de Deus é o homem vivente”, inclusive o fraco, o recém–concebido, o envelhecido pelos anos e o enfermo. Cristo enviou seus apóstolos a pregar o Reino de Deus e curar os enfermos, verdadeiras catedrais do encontro com o Senhor Jesus. Desde o início da evangelização, esse duplo mandato temse cumprido. O Combate à enfermidade tem como finalidade conseguir a harmonia física, psíquica, social e espiritual para o cumprimento da missão recebida. A Pastoral da Saúde é a resposta às grandes interrogações da vida, como o sofrimento e morte, à luz da morte e ressurreição do Senhor” (DA n.420). O mesmo Documento reconhece que no mundo atual a “saúde é um tema que move grandes interesses no mundo, mas não proporciona uma finalidade que a transcenda. Na cultura atual a morte não cabe e, diante de sua realidade, trata-se de ocultá-la. Abrindo-o para a sua dimensão espiritual e transcendente, a Pastoral da Saúde se transforma no anúncio da morte e ressurreição do Senhor, única e verdadeira saúde. Ela unifica na economia sacramental de Cristo o amor de muitos “bons samaritanos”, presbíteros, diáconos, religiosas, leigos e profissionais da saúde. As instituições católicas dedicadas à Pastoral da Saúde na América Latina representam um recurso que se deve aproveitar para evangelização” (DA, n.419). Por fim, a Igreja lembra-nos de um modo muito rico, nas suas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2008-2010, nos nn.109-111: “embora envolto numa
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humano deve ser vivido, à nuvem de mistério, o sofrimento humano deve ser vivido, à semelhança de todas as demais instâncias da vida: como uma etapa particular no caminho em direção a Cristo. Do mesmo modo que o discípulo missionário de todos os tempos, o cristão de hoje também é chamado a saber viver na fartura ou na penúria. Quer vivendo, quer morrendo, seu coração deve sempre se voltar para Cristo, porque, para o discípulo missionário, o viver é Cristo e cada dia desta existência consiste na certeza, como nos diz o Apóstolo São Paulo, de que já não somos nós que vivemos, mas é Cristo que vive em nós. É verdade que a resposta ao sofrimento não é completa, acabada, imediata. Mas, no caminho dos discípulos missionários, vai-se fortalecendo aquela esperança que não decepciona, uma esperança forte o suficiente para nos conduzir até o dia em que Aquele que começou em nós esta boa obra haverá de levá-la à plenitude (...). A resposta ao sofrimento só poderá ser a resposta do Amor, do amorsolidário, que ajuda a carregar a cruz, que não teme ser fraco com os fracos, que não teme sofrer com os que sofrem. Um amor samaritano, que impele ao encontro das necessidades dos pobres e dos que sofrem, atuando para criar estruturas justas, condição sem a qual não é possível uma ordem justa na sociedade(...). Podemos procurar limitar o sofrimento e lutar contra ele, mas não podemos eliminá-lo. Uma sociedade que não consegue aceitar os que sofrem e não é capaz de contribuir, mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja compartilhado e assumido mesmo interiormente é uma sociedade cruel e desumana. Não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor” (Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2008-2010, nn.109-111).
Pe. Tadeu é camiliano e trabalha em Monte Santo de Minas-MG
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TESTEMUNHANDO UMA EXPERIÊNCIA QUE DEU CERTO...
PASTORAL DA SAÚDE EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM COORDENADOR DIOCESANO: PE. AMÉRICO PINHO DE CRISTO “Em primeiro lugar, eduquem sempre e a todos para a vida e a saúde.” Papa João Paulo II Seguindo o princípio de que a palavra Pastoral vem de Pastor (aquele que cuida, guia e orienta seu rebanho), então Pastoral é toda ação missionária a serviço da vida e da esperança. Pastoral da Saúde é repetir a atitude do bom samaritano: ver, ter compaixão, aproximar-se, acolher e servir aquele que sofre, vendo nele a pessoa do próprio Cristo, que disse: "Estive enfermo e me visitaste". Testemunhando a Pastoral da Saúde na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim A Diocese é composta por 41 paróquias e dentro desse amplo horizonte de trabalho, a Coordenação da Pastoral da Saúde, Pe. Américo Pinho de Cristo e sua equipe, vem traçando novas estratégias para atender da melhor forma possível, no mais puro espírito cristão e samaritano, todas as paróquias dessa diocese e outras regiões fora da diocese. No ano de 2006 houve as visitas às paróquias para conhecer os trabalhos já realizados e continuar habilitando os voluntários para melhor atender aos doentes e necessitados. Foi realizado o III Congresso Diocesano de Saúde e Evangelização, que a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, em parceria com o Centro Universitário São Camilo – Espírito Santo, trabalhou o tema: “Pastoral da Saúde diante do sofrimento humano”, com o objetivo de dar continuidade à preparação dos voluntários da Pastoral da Saúde e profissionais interessados. Além disso, o Congresso oportunizou a apresentação dos resultados das visitas nos regionais. Em 2007, a coordenação da Pastoral da Saúde, em nome da Diocese, recebeu o Diploma de Menção Honrosa D. João Batista da Mota e Albuquerque, concedido pela Assembléia Legislativa do Estado, por solicitação do Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado César Colnago e Deputada Brice Bragato. Tal homenagem foi feita à Pastoral da Saúde da Diocese de Cachoeiro por sua atuação em defesa da
cidadania e da vida. De acordo com o calendário, aconteceu um encontro em cada regional, totalizando 07 encontros com os regionais, 02 Cursos Diocesanos de Formação, encontros para a preparação do IV Congresso da Pastoral da Saúde em Cachoeiro de Itapemirim, marcado para os dias 29 e 30 de setembro, e o encerramento das atividades de 2007 com um retiro para todos os agentes. Em todos os Encontros dos Regionais foram trabalhados os seguintes temas: Campanha da Fraternidade 2007; Inserção da Pastoral da Pessoa Idosa à Pastoral da Saúde; Como trabalhar a Pastoral da Pessoa Idosa na Pastoral da Saúde; Pastoral da Pessoa Idosa e Pastoral da Saúde na Campanha da Fraternidade 2007; V Conferência da América Latina e Caribe; Motivação e animação dos agentes da Pastoral através de dinâmicas de grupo. O ano de 2008 foi marcado pelo Curso de capacitação para voluntários da PS e demais profissionais da saúde. Este foi dividido em três etapas e teve grande adesão por parte dos voluntários. Seu encerramento foi marcado pela formatura dos voluntários e a presença do Bispo Diocesano, Dom Célio de Oliveira Goulart, que é um grande incentivador e parceiro desta pastoral. Foram realizados os encontros paroquiais, um em cada paróquia, de acordo com o calendário préestabelecido e , como nos anos anteriores, foi realizado o V Congresso Diocesano da Pastoral da Saúde e Evangelização dando continuidade às formações. No ano de 2009 foi lançada a
nova proposta, de cada coordenador de Pastoral, de acordo com suas necessidades, agendar seu encontro. Houve ainda o VI Congresso de Pastoral da Saúde e Evangelização que contou com a participação de padres Camilianos, bem como nos anos anteriores, da nossa Diocese e muitos voluntários da Pastoral. Assim, visitando os doentes de forma organizada e ecumênica, realizando celebrações litúrgicas numa perspectiva de fé e esperança, fazendo presença com os familiares dos doentes, especialmente nos momentos de crise e perda de entes queridos, possibilitando aos doentes católicos a recepção dos sacramentos, priorizando ações de educação, resgatando e valorizando a sabedoria e a religiosidade popular, incentivando e desenvolvendo a formação e capacitação contínua dos voluntários da pastoral da saúde, nos aspectos humanos, técnicos, éticos e cristãos, e ainda, orientando os mesmos em política de saúde, assim tem trabalhado a Pastoral da Saúde na Diocese de Cachoeiro ao longo de sua caminhada. Não se pode deixar de citar algumas paróquias que superaram as expectativas em seus feitos, em sua doação e ação, como a paróquia São Pedro Apóstolo, que tem seu trabalho com fitoterápicos e medicina alternativa, reconhecido no Brasil e no exterior; a Paróquia Divino Espírito Santo, com o Projeto Gerando Amor, na maternidade da região, orientando as novas mamães com os cuidados de saúde com o filho... e várias outras paróquias e projetos desenvolvidos
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pelos voluntários da Pastoral da Saúde. Vale ressaltar que os voluntários contam com o apoio de seus párocos e até mesmo tem parceria sólidas firmadas com prefeitura e empresas privadas.
Mais informações sobre a Pastoral da Saúde podem ser encontradas no site da Diocese de Cachoeiro e da São Camilo, que são nossas grandes parceiras nas realizações de nossas atividades.
Sendo assim, a Pastoral da Saúde, em Cachoeiro de Itapemirim, vem escrevendo uma linda história, de doação, de amor, de caridade, de serviço e de ação, realmente vivenciando e sendo presença samaritana junto aos doentes e sofredores na diocese.
A coordenação da Pastoral da Saúde, da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, na pessoa do Pe. Américo Pinho de Cristo e sua equipe, agradece a mais esta oportunidade de divulgar seus trabalhos. E ainda convida a todos que
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se sentirem motivados para procurar na sua paróquia a coordenação dessa pastoral ou de outras pastorais, para, juntos, levarmos, com bastante alegria, o verdadeiro testemunho cristão.
Se você, agente de pastoral e/ou coordenador, deseja divulgar sua experiência na pastoral da saúde, envie para nós, que podemos publicar nos próximos boletins.
ORAÇÃO DE UM ENFERMO Senhor, estou enfermo. Não tenho muita resistência à dor, Pois ela me impacienta, faz-me perder o equilíbrio, Fico fraco, tenso, medroso, Solitário e angustiado Oh! Senhor, Que soubeste sofrer em silêncio, Quando da entrega ao Pai, Dá-me força para aceitar e superar esta enfermidade! Senhor das dores, alivia-me, conforta-me, Não me deixes só. Neste instante, quero sentir a tua mão a segurar a minha, Trazendo paz e sossego à minha alma, Sinto a respiração ofegante A ansiedade invade meu ser. Vem com teu divino hálito E faz-me reviver e revivendo possa eu olhar A tua face dizendo-me que estás em mim, Curando-me, livrando-me de todos os males. Faz-me repousar em ti para, que eu possa dormir Com a certeza de que verei teu rosto ao amanhecer e que o amanhã certamente será de vitória Pois estarei pronto a seguir-te no louvor e agradecimento da vida! a
Que assim seja !!
30ª Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde Tema: 30 anos de Congresso de Humanização e Pastoral da Saúde: refletir sobre a história e olhar o futuro Data: 04 e 05 de setembro de 2010 Local: Centro Universitário São Camilo: São Paulo-SP Neste ano que comemoramos o 30º Congresso, queremos refletir sobre esses anos de trabalhos realizados pela Pastoral da Saúde no Brasil em prol da saúde e da dignidade do nosso povo e, com isso, celebrarmos as conquistas, aprendermos com os erros e fazermos um balanço de nossa ação evangelizadora no mundo da saúde a fim de olharmos para o futuro e projetarmos os próximos anos. Venha participar e celebrar conosco esse marco para a Pastoral da Saúde.
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DICAS DE SAUDE CARLOS ALEXANDRE FETT
O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE
Primeiros 10 minutos: A
10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto. 20 minutos: A
O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular). 40 minutos: A
A absorção de cafeína está completa. Suas pupilas dilatam, a pressão sanguínea sobe, o fígado responde bombeando mais açúcar na corrente. Os receptores de adenosina no cérebro são bloqueados para evitar tonteiras. 45 minutos: A
O corpo aumenta a produção de dopamina, estimulando os centros de prazer do corpo. (Fisicamente, funciona como com a heroína..) 50 minutos: A
O ácido fosfórico empurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das osteoporoses. 60 minutos: A
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação. Você urina. Agora é garantido que porá para fora cálcio, magnésio e zinco, os quais seus ossos precisariam. Conforme a onda abaixa você sofrerá um choque de açúcar. Ficará irritadiço. Você já terá posto para fora tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo. Pense nisso antes de beber refrigerantes. Se não puder evitá-los, modere sua ingestão! Prefira sucos naturais. Seu corpo agradece!
CARLOS ALEXANDRE FETT é Mestre em Nutrição da UFMT e Consultor em Performance Humana e Estética
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CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DA GRIPE CRONOGRAMA DE VACINAÇÃO DOS GRUPOS PRIORITÁRIOS Data da vacinação
Grupos Prioritários Trabalhadores da rede de atenção à saúde e profissionais envolvidos na resposta à pandemia
08/03 a 19/03
Indígenas
08/03 a 19/03
Gestantes (mulheres que engravidarem após esta data poderão ser vacinadas nas demais etapas da campanha)
22/03 a 02/04
Doentes crônicos – veja lista abaixo (Idosos com doenças crônicas serão vacinados em data diferente, durante a campanha anual de vacinação contra a gripe sazonal.)
22/03 a 02/04
Crianças de seis meses a menores de dois anos
22/03 a 02/04
O Boletim ICAPS é uma publicação do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde e Bioética - Província Camiliana Brasileira. Presidente: José Maria dos Santos Conselheiros: Niversindo Antônio Cherubin, Leocir Pessini, João Batista Gomes de Lima, André Luis Giombeli. Diretor-Responsável: Alexandre Andrade Martins Secretária: Cláudia Santana Revisão: Adailton Mendes Redação: Rua Barão do Bananal, 1.125 Tel. (11) 3862-7286, ramal 3 05024-000 São Paulo SP e-mail :icaps@camilianos.org.br Periodicidade: Mensal Prod. Gráfica: IGM3 Tiragem: 2.500 exemplares A
População de 20 a 29 anos
05/04 a 23/04
CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO DO IDOSO Pessoas com mais de 60 anos vacinam contra a gripe comum. Aqueles com doenças crônicas também serão vacinados contra a gripe pandêmica.
24/04 a 07/05
População de 30 a 39 anos
Assinatura: O valor de R$15,00 garante o recebimento, pelo Correio, de 11 (onze) edições (janeiro a dezembro). O pagamento deve ser feito mediante depósito bancário em nome de Província Camiliana Brasileira, no Banco Bradesco, agência 0422-7, conta corrente 89407-9. A
10/05 a 21/05
A reprodução dos artigos do Boletim ICAPS é livre, solicitando-se que seja citada a fonte. Pede-se o envio de publicações que façam transcrição.
Fonte: Ministério da Saúde
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