Tempos de inovar para melhor servir
Estimados leitores, vivemos um tempo de renovação.
O nosso apreciado e tão difundido Boletim ICAPS passa por uma profunda transformação, uma inovação a fim desempenhar melhor sua função de instrumento de informação, formação, divulgação e difusão da Pastoral da Saúde em todo o Brasil. A partir dessa edição, o Boletim ICAPS recebe um novo nome, um novo rosto e uma nova responsabilidade. São Camilo Pastoral da Saúde é como será chamado de agora em diante. Com essa mudança, queremos colocar de forma explícita os nomes São Camilo - patrono dos enfermos e profissionais da saúde, grande reformador na assistência humanizada e com dignidade aos enfermos, sobretudo os mais pobres e abandonados - e Pastoral da Saúde, a qual reúne milhares de voluntários por todo Brasil a serviço do Reino de Deus no mundo da saúde, pela promoção da saúde e a defesa da vida com dignidade. A Pastoral da Saúde deixa de ser uma sigla para ser uma marca que carrega por trás o dom de Deus manifestado em São Camilo e continuado na humildade e na solidariedade, por inúmeros agentes e religiosos que respondem o chamado de Cristo para viver o carisma da misericórdia junto aos sofredores. Na esfera interna da Província Camiliana Brasileira, entramos num projeto mais amplo assumido pelos camilianos para o bem do Povo de Deus. Como temos os jornais São Camilo Educação, ligado a área educacional, isto é, às unidades educacionais, e o São Camilo Saúde e Assistência Social, ligado à área hospitalar e social, temos agora São Camilo Pastoral da Saúde para colaborar com toda a ação pastoral da Igreja no mundo da saúde. Um novo rosto para o boletim, a fim de facilitar a leitura e a compreensão. São Camilo Pastoral da Saúde foi pensado para tornar-se mais leve e mais dinâmico de ler. Ele abandona o tradicional azul e branco para ganhar mais cores e, com isso, mais vida e alegria. Certamente assim atrairá muito mais a atenção das pessoas e será muito mais prazerosa a sua leitura. Além da parte
estética, São Camilo Pastoral da Saúde tem uma nova estrutura na organização do seu conteúdo, dividido por seções e temáticas, nas quais pretendemos colocar mensalmente artigos nas áreas de pastoral, humanização, espiritualidade, bioética, saúde..., que possam contribuir para a formação e a atuação dos agentes. Também divulgará informações sobre a Pastoral da Saúde no Brasil e as principais publicações nesse campo. Uma nova responsabilidade que assumimos e esperamos contar com a colaboração de todos vocês, caros agentes, sobretudo dos coordenadores de grupos de Pastoral da Saúde. Com essas mudanças, não estamos fazendo uma ruptura com o passado, mas inovando na esperança de contribuir de forma mais eficaz com a Pastoral da Saúde no Brasil. O ICAPS é o responsável pelo São Camilo Pastoral da Saúde, que tem o apoio da Província e conta com a assistência do Espírito Santo para a promoção da saúde e a defesa da vida do nosso amado povo. Essas mudanças são também um presente para todos os agentes de pastoral da saúde do Brasil pelos trinta anos do ICAPS e do Congresso, um sinal de esperança no mundo da saúde. Que Deus nos ajude nessa missão e que vocês passam aproveitar dos textos dessa edição.
Pão para a vida
Em todas as principais tradições do Novo Testamento,
um elemento aparece com admirável constância: a refeição comum. Nos evangelhos, nos Atos dos Apóstolos, nas cartas de Paulo, eis a partilha do alimento a fundar o testemunho do Jesus vivo, a comunidade, a presença sinalizadora de um mundo em que todos tenham o necessário. E quando, por alguma razão, este princípio é rompido ou negado, Paulo não titubeará em usar palavras duras para criticar a prática excludente e lembrar o que outrora Jesus havia feito. No início deste processo estava o próprio Jesus, que não por acaso recebia a pecha de “comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores” (Mt 11,18); em outros momentos diziam: “Este homem recebe os pecadores e come com eles” (Lc 15,2): o pejorativo de uma fala e o tom acusador de outra não deixam margem a dúvidas quanto ao incômodo que esta prática desabusada representava. Em todas as sociedades, a comida compartilhada envolve uma teia de relações e obrigações, de hierarquias e fronteiras entre os que dela participam (ou não). A mesa é um retrato em miniatura das simetrias e assimetrias, das comunhões e discriminações no interior de um grupo ou de uma sociedade. Jesus é conhecido exatamente pelas companhias pouco recomendáveis que têm ao cear. Com sua prática, ilustra a parábola por ele mesmo contada, para falar do Reino: um banquete do qual participam pobres e estropiados, os cegos e os coxos (Lc 14,1524). A mesa não há mais de reproduzir os esquemas
preconceituosos e excludentes da sociedade; antes deverá sinalizar para novas relações, aproximações inusitadas, companheirismos inesperados. As chamadas “multiplicações dos pães”, ao encarar diretamente o problema da fome e sua superação pelo caminho do dom e da partilha, ressoarão em todos os evangelhos com fortes cargas simbólicas, produtoras de novos sentidos, fazedoras de histórias mais felizes, com saciedade e fartura. Imaginemos esta prática marcando a trajetória de Jesus e de seus discípulos. Imaginemos que a ceia do Senhor, que as comunidades celebravam “em memória dele”, tinha exatamente a função de manter vivos o desafio e o sinal. Não é significativo que o casal de Emaús tenha reconhecido o Ressuscitado justo quando ele partiu o pão (Lc 24,35)? Pensemos que tais celebrações deverão ter feito sonhar com novas formas de convivência entre os seres humanos. Supera-se por um momento a fome para que esta seja definitivamente extirpada. Ou será compatível celebrar a ceia do Senhor e não discernir seu corpo? Será possível celebrar a fraternidade onde tantos estão sem trabalho e sem pão? Nesses tempos em que mesmo de determinados setores eclesiais vem o convite forte para que nos despreocupemos da vida vivida e sofrida, porque nos afastaríamos do essencial, recuperar aspectos das raízes do evangelho pode ser inspirador. Pedro Lima Vasconcellos Prof. de Bíblia na PUC-SP
Iluminar e Sanar o Sofrimento
O sofrimento proveniente de qualquer dor, que
repercute em todas as dimensões da pessoa (física, emocional, intelectual, social, valórica e espiritual), produz um complexo mundo de reações, sentimentos e obstáculos que é preciso saber aceitar, integrar, confrontar empaticamente e elaborar de forma sadia. Toda dor é fruto de um amor/apego ferido que pode transtornar nossa cotidianidade, derrubar nossas concepções, deixar-nos inertes diante de tanto sofrimento, faz duvidar da fé, altera a alegria de viver, obscurece o futuro, apega ao passado e derruba projetos de vida. Desilusões e insatisfações, desmotivações e falta de vontade, medos e angústias que bloqueiam, ressentimentos e broncas, crises compulsivas e imaturidade afetiva, retorno ao passado e acusações contínuas, comparações constantes com os outros e invejas, frequentemente são arestas de dor não bem elaboradas que configuram nosso caráter e personalidade. Sanar nossas feridas abertas é elaborar positivamente as dores. A felicidade e a paz interior fogem de nós quando o sofrimento se aloja em “nossa casa”. Então, há que ir ao nosso curador ferido para sanar os centros danificados de nossa humanidade, uma tarefa pessoal e intransferível que, no entanto, é muito comunitária, pois, além de reativar os próprios e genuínos recursos, tem que aproveitar toda ajuda próxima e a força restauradora da fé. O que fazer quando parece existir marcas indeléveis e insuperáveis de feridas do passado? Como atuar quando surge a convicção de que a vontade não pode processar a tempestade de sentimentos de desmotivação, culpa, bronca...? Como proceder quando ante dores de grande intensidade se crer que, encravado o sentimento, nunca irá florescer a serenidade e a felicidade? Como aplacar
a hemorragia de um sofrimento infinito que desmotiva e sem sentido existencial? Tem sentido seguir acreditando em Deus e na vida quando morre um ente querido e parece que a terra está desabitada? Como curar a ferida nessa situação limite produzida pela comoção existencial da morte de um filho, ameaça básica à paternidade/maternidade? Elaborar de modo saudável as dores é um grande desafio. É o único caminho para viver bem, não apenas sobreviver; para não cair prisioneiro do próprio sofrimento. Acompanhar ativa e eficazmente no processo de dor com uma adequada relação de ajuda é uma sabedoria e uma arte; expressão sublime da solidariedade humana e da compaixão; testemunho de uma fé madura e de pleno sentido de comunhão eclesial. Não podemos esquecer que quem está com dor necessita de luz, calor, alívio, escutar, acompanhamento, sentido e fé. A relação de ajuda no processo de dor não é apenas campo das terapias psicológicas. Ela é também um assunto chave da evangelização da Igreja que constantemente tem que anunciar a ressurreição de Cristo e a ressurreição em Cristo. A fé não elimina o sofrimento, mas ao iluminálo o transforma. Por isso deve potenciar a pastoral da dor. Os artigos que publicaremos na seção Pastoral da Dor desejam apresentar subsídios de relação de ajudar para todo tipo de dores, mas irão centrar-se preferencialmente na dor causada pela morte de um ente querido, experiência limite que derruba o alicerce existencial e pode produzir uma crise em série, de onde o desafio não é enfrentar a morte, mas confrontar com a própria vida. Pe. Mateo Bautista Religioso Camiliano Missionário na Bolívia
Estamos em festa, pois nesta edição do nosso boletim
Congressos de Humanização e Pastoral da Saúde que
queremos marcar a celebração dos 30º Congresso
está em união com jornada do ICAPS, criado em 1981 e
Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde, que traz
preste a completar trinta anos.
como tema: 30 anos de Pastoral da Saúde: refletir sobre a história, olhar o futuro. São Três décadas de história e não podíamos esquecer os longos anos de caminhada, que fizeram de um bebê, que engatinhava, crescer e hoje andar com suas pernas como um adulto. Muita “água passou nesse moinho” até chegarmos ao trigésimo congresso, as águas da história que não podem ser esquecidas, pois graças às lutas e a perseverança dos homens e mulheres do passado, recebemos um bem preciso que temos a missão de levá-lo cada vez ao seu crescimento para que não seja apenas um adulto de 30 anos, mas alcance a maturidade.
Os idealizadores do Congresso foram os religiosos camilianos que sempre atuaram no mundo da saúde, tendo o trabalho pastoral como uma das atividades fundamentais da vivência do carisma assumido por São Camilo por graça de Deus e continuados pelos seus seguidores. No Brasil os camilianos chegaram em 1922, um grupo de três religiosos italianos liderados pelo Pe. Inocente Radrizzani. Estabeleceram-se em São Paulo e logo assumiram o trabalho de capelania na Santa Casa de Misericórdia (aqui já temos um trabalho autêntico de humanização e Pastoral da Saúde). Começaram a se juntar a esse grupo de
Buscando os registros dos congressos anteriores nos
camilianos italianos jovens
Arquivos da Província Camiliana Brasileira, conseguimos
brasileiros que, depois de tempo
resgatar alguns elementos importantes da história dos
de formação, assumiram a vida religiosa e o ministério junto aos
enfermos.
Todos
os
camilianos desenvolviam suas atividades ligadas de alguma forma ao mudo da saúde. Assim veio se desenvolvendo o trabalho de Pastoral da Saúde, que no início chegou a ser conhecida como Pastoral do Enfermo, pois se tinha uma visão mais limitada da assistência aos doentes. O trabalho da Pastoral da Saúde foi crescendo e decidiram pela realização de um Congresso de âmbito nacional que pudesse contribuir para a formação dos agentes de pastoral. O Pe. Dyonizio Constenaro, então provincial dos camilianos no Brasil, idealizou e incentivou a realização desse congresso, aproveitando o impulso dado pela Campanha da Fraternidade de 1981, cujo tema era “Saúde para todos”. Dessa forma, em setembro de 81, nas dependências do Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração e Saúde (CEDAS) aconteceu o 1ª Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde com o tema: Pastoral da Saúde: desafios e experiências.
A organização desse congresso ficou a cargo do ICAPS,
No início desse artigo conhecemos o tema do 30º Congresso
então coordenado pelos padres Léo Pessini e Christian
Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde. Vejamos abaixo
de Paul de Barchifontaine, que estiveram à frente dos
o temário das outras 29 edições para que possamos relembrar
congressos de 1981 a 1994, e foi realizado juntamente
os temas e assuntos já discutidos e, assim, recordarmos um
com a Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo,
pouco a nossa história.
cujo coordenador era o Pe. Julio Munaro (função que
1981 – Pastoral da Saúde: desafios e experiências
exerceu de 1976 até 2010). Para a realização dos primeiros congressos, o ICAPS contou com o apoio significativo do CEDAS, que no primeiro congresso tinha
1982 – Humanizar o hospital hoje 1983 – Direito à vida e à saúde
o Pe. Augusto Mezzomo como responsável, e da
1984 – Problemas éticos na humanização e pastoral da saúde
Sociedade Beneficente São Camilo, cuja responsável
1985 – Evangelização e catequese no mundo da saúde
era o Pe. Niversindo A. Cherubin. Os primeiros cinco
1986 – A função social do hospital
Congressos aconteceram nas dependências dessas
1987 – A pastoral da saúde no contexto da pastoral orgânica
Instituições camilianas no bairro da Pompeia, em São Paulo-SP, onde hoje se encontra o ambulatório do Hospital São Camilo.
A partir de 1986 o
congresso começou a acontecer no bairro
do
Ipiranga,
nas
1988 – A nova Constituição e a saúde no Brasil. Problemas de bioética 1989 – Pastoral da promoção da saúde. Valores cristãos na área da saúde 1990 – A mulher e o idoso 1991 – Curas: medicina e religião
dependências da antiga Faculdade
1992 – Nova evangelização e saúde
de Ciências da Saúde São Camilo,
1993 – Pastoral da saúde e saúde pública
a qual se expandiu ao longo dos
1994 – Saúde mental
anos e se tornou o campus Ipiranga
1995 – A saúde e os excluídos
do Centro Universitário São Camilo. Seu novo auditório se transformou num ponto tradicional dos congressos, que acontecem anualmente. Em 1986 foi criada a Coordenação Nacional da Pastoral
1996 – Saúde e justiça 1997 – Políticas públicas de saúde e terapias naturais em saúde 1998 – O Espírito Santo: animador da pastoral da saúde 1999 – Envelhecer com dignidade 2000 – Saúde e dignidade humana
da Saúde da CNBB. Ela sempre apoiou o Congresso de
2001 – Drogas: o desafio do milênio
Pastoral da Saúde e a partir de 1990 começou a ajudar na
2002 – A pastoral da saúde nas dimensões solidária, comunitária e político-institucional
preparação e organização dos congressos. Em 1995 mudou o diretor responsável do ICAPS, o Pe. Léo Pessini deixou essa função e quem a assumiu foi o
2003 – Qualidade de vida na pastoral da saúde 2004 – Os novos desafios da pastoral da saúde
Pe. Anísio Baldessin. O Pe. Anísio assumiu com todo vigor
2005 – Celebrando 25 anos de humanização e pastoral da saúde
e competência a coordenação dos Congressos de
2006 – Os desafios da Pastoral da Saúde diante de pessoas com deficiências
Humanização e Pastoral da Saúde. Função que desempenhou até o ano passado, na realização do 29º Congresso. No Final de 2009 ele deixou a direção do ICAPS
2007 – Pastoral da saúde: desafios eclesiais, ético-ambientais e sociopolíticos
e assumiu no ano seguinte a Coordenação da Pastoral da
2008 – Qualidade de vida: você também é responsável
Saúde da Arquidiocese de São Paulo. O Congresso desse
2009 – Saúde e Religião
ano tem uma nova coordenação, o Pe. Alexandre A. Martins, que também é o atual diretor do ICAPS.
Discípulos Missionários no Mundo da Saúde: Guia para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe CELAM Esse Guia é um marco para a Pastoral da Saúde no nosso continente e apresenta conteúdo lúcido a fim de orientar a ação pastoral no mundo da saúde. Ele não traz apenas elementos que orientam a prática pastoral, mas apresenta fundamentação teológica e busca refletir questões pertinentes ligadas ao mundo da saúde em vista da defesa da vida com dignidade.
Camilo de Lellis: “mais coração nas mãos” Mario Spinelli Muitos poderiam perguntar para que mais um livro de São Camilo, mas a vida de um homem que se deixou tocar pela graça de Deus e abandonou uma vida errante para lançar-se com todas suas forças no cuidado aos enfermos com amor de uma mãe que cuida do seu único filho doente e se tornou um reformador do atendimento aos enfermos sempre tem algo novo para ser explorado. Dessa forma apresentamos a mais recente obra sobre a vida desse santo, conhecido como o “Gigante da Caridade”, escrita pelo especialista em literatura espiritual italiano Mario Spinelli.
Humanização Hospitalar: fundamentos antropológicos e teológicos Pe. Augusto Antonio Mezomo Esse livro é a publicação da primeira tese de doutorado em Humanização da Assistência Hospitalar, resultado de muita leitura, pesquisas realizadas em hospitais e anos de experiência na assistência hospitalar do autor. O autor vai da fundamentação antropológica e da dignidade humana até a humanização hospitalar de forma concreta, pois encerra com uma proposta concreta: o “Projeto de um programa para a humanização assistência hospitalar”.
Cartilha da Pastoral da Saúde e o Controle Social no SUS do Brasil Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde da CNBB A fim de que chegue o dia em que todos tenham plena consciência de que ter saúde não é simplesmente a ausência de doenças, mas o resultado de condições adequadas de saneamento, habitação, educação, geração de renda, alimentação, segurança, cultura, lazer, dentre outros, a Pastoral da Saúde Nacional, no sentido de colaborar para que a cidadania seja um instrumento concreto e acessível a todos os cidadãos brasileiros, lança a sua mais nova cartilha.
Saiba mais sobre sua respiração: bronquite crônica e enfisema pulmonar: como prevenir e trata? Claudia Adriana Sant’Anna Ferreira Com linguagem simples e de fácil compreensão, este livro mostra ao leitor como funcionam nossos pulmões, fala sobre as principais doenças respiratórias e dá importantes dicas para termos uma respiração melhor. É o primeiro volume da coleção Saúde e Prevenção, que ajuda a esclarecer as causas de algumas doenças, além de sugerir formas para o tratamento.
Hábitos Alimentares: Alimentação de Risco
Alguns tipos de alimentos, se consumidos durante longos períodos, podem favorecer o desenvolvimento do câncer, principalmente o câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação, pois podem propiciar o crescimento, multiplicação e disseminação de célula cancerosa. Neste grupo de alimentos, estão incluídos os alimentos ricos em gorduras, tais como: carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, entre outros. Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros enlatados se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago. Já os alimentos defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida. Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em pessoas de regiões onde é comum o consumo desses alimentos. O tipo de preparo do alimento também influência no risco de câncer. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como: vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado. Na próxima edição do boletim São Camilo Pastoral da Saúde, confira as dicas da série Hábitos Alimentares para saber a importância de alimentos rico em fibras para prevenir alguns desses tipos de cânceres. fonte: www.inca.gov.br
Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde Tel: (11) 3862-7286, ramal 3 E-mail: icaps@camilianos.org.br Avenida Pompeia, 888 Cep: 05022-000 São Paulo-SP
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