Discípulos missionários no mundo da saúde
Neste mês de outubro, a Igreja no Brasil convida seus
fiéis a unirem-se em oração pelas missões e a refletirem eclesialmente sobre esse tema sempre urgente e de suma importância para a vida da Igreja. Ao longo da história, muitas concepções existiram sobre o que seria a autêntica missão cristã. O sentido atual de missão está ligado a uma ação de promoção e defesa da vida a partir dos valores ensinados por Jesus; desta forma, testemunha-se o Evangelho na prática da caridade e da justiça, respeitando-se a liberdade e a consciência de cada pessoa. Discípulos missionários no mundo da saúde é o título do documento do CELAM com orientações para a Pastoral da Saúde na América Latina e no Caribe. Um texto construído à luz do Documento de Aparecida e alicerçado nos valores do Evangelho. No mês das missões, não poderíamos deixar passar em branco uma referência a nossa missão no mundo da saúde. A missão da Igreja é de promover e defender a vida a partir do Evangelho. Testemunhar Cristo por meio da promoção da vida. O discípulo missionário no mundo da saúde é aquele que se sente vocacionado a servir Cristo no contexto da enfermidade e da saúde, do sofrimento e da esperança, da vida e da morte. Um contexto de paradoxos, às vezes de contradições, mas profundamente humano, pois sorrir e chorar, sofrer e se alegrar fazem parte da íntima natureza do ser humano. O mundo da saúde clama por vida e dignidade. A solidariedade e a compaixão proporcionam alívio e resgatam o sentido do existir, às vezes perdido em meio ao sofrimento. O discípulo missionário age no mundo da saúde de forma silenciosa e simples, por meio da solidariedade samaritana, e testemunha a vida anunciada por Jesus Cristo. Leva a esperança e ajuda na ressignificação da vida, mesmo em meio ao sofrimento. A missão da Pastoral da Saúde ultrapassa as fronteiras da presença solidária ao lado dos sofredores. Ela atinge também o campo da promoção da saúde e da ação
político-social em prol do atendimento de saúde com qualidade para todos, especialmente para os mais pobres, que não têm como pagar por um atendimento particular. No mês das missões, é importante refletirmos sobre a nossa missão no complexo mundo da saúde, em vista de termos ações mais efetivas nas três dimensões da Pastoral: solidária, comunitária e político-institucional. Esta é a segunda edição do novo layout do nosso Boletim São Camilo Pastoral da Saúde, continuação do antigo Boletim ICAPS, na qual trazemos dois brilhantes artigos relacionados à Pastoral da Saúde. Uma reflexão do Pe. Lepargneur sobre a problemática da homeopatia em que levanta muitos debates sobre a sua eficácia e legitimidade. O Pe. Lepargneur, antes de fazer qualquer crítica à homeopatia, convida-nos a refletir seriamente por meio de questões pertinentes. O segundo artigo, do camiliano espanhol José Carlos Bernejo, é sobre resiliência, uma forma de viver de modo esperançoso, que pode levar a ultrapassar o sofrimento e não perder o gosto pelo viver, um “canto a liberdade”. Outros textos completam esta edição: um relato sobre o XXX Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde e dicas de saúde para nos cuidarmos. Dois novos livros ligados à Pastoral da Saúde foram lançados, e aproveitamos para divulgá-los. Espero que todos possam aproveitar o nosso Boletim. Boa leitura!
A Terminalidade e o Morrer com Dignidade
A morte é motivo de angústia para o ser humano.
Como se diz, esta é a única certeza da vida: todos um dia morrerão. Essa certeza carrega em si um grande temor, uma imensa necessidade de adiamento. Muitas pessoas perdem boa parte de seu tempo buscando prolongar a vida, esquecendo-se de viver verdadeiramente cada minuto de sua existência. Além desses sentimentos, tão pessoais e tão comuns a todos, devemos considerar as emoções e os sentimentos que se formam em razão do exercício profissional. Os profissionais que atuam na área da saúde trazem consigo decisões e posturas solidificadas ao longo de suas trajetórias. São treinados a dar o melhor atendimento aos pacientes, valendo-se da mais alta tecnologia disponível, de inúmeros medicamentos, dos mais variados procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Ao final, têm a certeza do dever cumprido: tudo o que havia de melhor foi utilizado no atendimento e tratamento daquele paciente. Eis o ponto: o uso de todos os recursos tecnológicos e científicos possibilita de fato o melhor atendimento ao paciente? Tem ele assegurado o tratamento de seus males, a diminuição de suas dores, a possibilidade de uma morte digna, sem sofrimento desnecessário e ineficaz? A evolução da medicina e a existência de inúmeros tratamentos obrigam-nos a rever a maneira de tratar
pacientes terminais ou crônicos, jamais usando dos diversos meios disponíveis para atendimento, sem levar em conta os benefícios que efetivamente podem ser alcançados. A preocupação com a preservação da vida não pode servir de argumento para posicionamentos de extrema frieza diante da dor e do sofrimento. Impõe-se uma visão mais humana do tratamento, permitindo que o paciente não seja abandonado a sua própria dor. A Resolução 1805/2006 do Conselho Federal de Medicina autoriza médicos a suspenderem o tratamento e procedimentos que prolonguem a vida de pacientes terminais e sem chances de cura. É a prática da ortotanásia, ou seja, permitir ao paciente terminal que tenha uma morte tranquila, permitir que a vida se esgote naturalmente, sem prolongamentos ineficazes e dolorosos. A associação da tecnologia de ponta para tratar das doenças e da espiritualidade para cuidar do doente é o que se espera de profissionais preocupados em prestar atendimento humano e digno a qualquer pessoa, independente de sua classe ou condição social. Como pregava Camilo de Lellis: “Mais coração nas mãos, irmão”. Não se pode esquecer: o tratamento é dispensado ao paciente que está doente e não à sua doença, isoladamente. Dra. Ângela Tuccio Assessora Jurídica dos Hospitais Camilianos de São Paulo
O
Contestação em torno da Homeopatia
título “Homeopatia: 200 anos de polêmica” introduz duas inteiras páginas de um de nossos diários (Folha de S. Paulo, 29-08-2010), assinadas por Marcelo Leite e Claudia Colluci, contrárias à aceitação da homeopatia, apesar da sua aceitação nos USA, do governo do Brasil, da OMS e de várias Faculdades de Medicina. Para informar equitativamente, não teria sido mais oportuno oferecer uma página inteira ao ataque e outra página a um médico homeopata ou a um de seus pacientes? Um tal profissional, Marcus Z. Teixeira, respondeu em poucas linhas, na publicação do mesmo diário do 31-082010, aludindo à “extensa bibliografia” a favor da prática contestada. Menciona-se sempre a ausência de provas científicas. Mas as condições exigidas para tais experimentos em dupla cega, dadas as especificações da homeopatia, exigiriam um custo e um pessoal médico exorbitantes. Com efeito, se a medicina clássica se divide numa multiplicidade de especialidades e especialistas, a homeopatia entende tratar cada paciente pelo conjunto de suas patologias e exige uma individuação altamente personalizada do tratamento, aliás menos custoso do que aquilo que oferecem a medicina e a farmacologia convencionais. Uma prova cabal de eficiência da homeopatia não seria a permanência, nos últimos séculos, em diversos países, de tal prática, com uma clientela fiel e em progresso? Outra solução ao desafio da autenticidade da idoneidade curativa não consistiria, graças à iniciativa de um filantropo generoso, na criação de um hospital específico para este tipo de tratamento - em que frequentariam pacientes e homeopata - que uma vasta metrópole como São Paulo é capaz de fornecer? A prática individual da homeopatia ensina que certas fórmulas funcionam de maneira certeira e outras não, por questão de adequação ao paciente e/ou de ajuste da medicação. Se a questão fosse apenas do funcionamento de um placebo, a esperança e convicção do interessado sendo as mesmas, todos os ensaios deveriam acertar ou falhar. Tentando entender o conjunto do fenômeno, percebemos que a medicina tradicional, apesar de se apoiar sempre em experimentações, é fundamentalmente racional. Na sua lógica, devemos entender por que um remédio funciona e outro não: aquele que não se justifica racionalmente em nossa lógica, como ocorre com a homeopatia, não mereceria credibilidade. Entretanto, neste caso, a medicina chinesa, a acupuntura, a anestesia por indução psicológica, os procedimentos
empíricos em geral, mesmo aqueles que satisfazem o cliente, deveriam ser excluídos, banidos pelo bom senso senão pela lei. Mas a evidência é que muitos funcionam e o Ocidente, notadamente entre médicos de formação acadêmica, outorga sua adesão a não poucos métodos sem poder explicá-los racionalmente. A própria psicanálise, exercida e contestada, revista desde a vivência de Freud e por diversos discípulos posteriores que divergiram em vários pontos e procedimentos, subsiste apesar de seu custo em tempo e financeiro, apesar também de sua racionalidade contestável e de seus efeitos aleatórios. A própria medicina é mais uma arte do que uma ciência, e seus resultados são submetidos à invasão das estatísticas, porque o real racional não passa frequentemente de um provável mais ou menos aleatório. Na França, o regime de Pétain extinguiu, em 1941, a formação e diplomação dos herboristas que lá estão desaparecendo. Entretanto a farmacêutica Martine Bonnabel Blaise, que dirige em Marselha duas farmácias complementares, uma oficial e outra de ervanária, repara que o diploma e a função de herborista existem ainda na maioria dos países europeus, acrescentando: “Dois terços da população do planeta se tratam exclusivamente com plantas”. A medicina universitária interpretou erradamente Descartes, ao hipertrofiar a racionalidade como via de acesso ao seguro, deixando crescer contestáveis cosméticos, pouco controlados e desprezar práticas que têm séculos de uso e avaliação empírica, que descartaram os venenos e produtos inócuos, antes que o crescimento de uma publicidade descarada assaltasse as imaginações e desejos. A antiga comunicação era mais de pessoa a pessoa, de família a família e descendentes. Em troca de certo empirismo, laboratórios farmacêuticos analisam sistematicamente plantas não investigadas (que o Brasil protege zelosamente) em busca de fármacos bioquímicos originais, praticando a ponte virtual que une empirismo e racionalidade.
A resiliência é um canto à liberdade, uma forma de
negação do determinismo e do pessimismo, um modo esperançoso de situar-se diante das crises, tanto próprias como alheias. É um “salve a vida” em meio às dificuldades, um brinde às possibilidades às vezes escondidas nas pessoas frente ao sofrimento. Mas, se é mal entendida, até poderia cair em puro voluntarismo, ou até em “dolorismo”. Que bom que estamos falando de resiliência! Que bom que pensemos positivo frente à crise! É possível. Está influenciando-nos favoravelmente a psicologia positiva de Seligman, com suas aplicações ao mundo da intervenção em saúde e em ação social, bem como os estudos de Boris Cyrulmik, um dos mais experientes no tema. Este constructo psicológico está nos ajudando a dar conta de que os fatalistas, que se refugiam na passividade de que “é o destino”, têm um recurso de poucas possibilidades. Convida-nos a promover o otimismo, a esperança, a liberdade, a responsabilidade, em meio às dificuldades. Observar os metais - que têm essa capacidade de resistir aos golpes, deformando-se e recuperando sua estrutura - e sentirmo-nos interpelados nas crises pessoais, é grandioso. Considerar a pessoa como capaz de preservar a integridade nos momentos difíceis e amadurecer com a adversidade, utilizando todos os recursos pessoais e ambientais de que cada um pode dispor, é alentador. Mas não nos enganemos. Falar de resiliência não é falar de mero voluntarismo. A resiliência não depende exclusivamente da disposição de vontade de quem se encontra em meio à dor ou à adversidade. Não é a simples decisão de não se instalar nem perpetuar o sofrimento em atitude de vítima.
Falar de resiliência é fazer um pacto, antes de tudo, com a realidade, não negando que sofrimento é sofrimento e a pessoa é o que é. Em certa medida, a resiliência é inata, é aprendida através das experiências vitais, nas quais temos aprendido a dar significado às dificuldades, e de certo modo depende do entorno social, do apoio que recebemos. Por isso, talvez convenha sermos prudentes e equânimes ante o mesmo conceito. Não se trata de uma mera redução da visão positiva diante da crise, da atitude diante do inevitável, do desejo de crescer por conta da adversidade. De fato, é sabido que os fatores potencializadores de resiliência têm a ver, certamente, com o temperamento e com a atitude da pessoa, mas também com o significado cultural que atribuímos à dificuldade, ao sofrimento ou à crise, assim como com o apoio social com o qual a pessoa conta. A resiliência, portanto, não é uma questão de vontade, não responde somente à disposição que a pessoa deseja, quer ou consegue colocar-se frente ao sofrimento. Há uma importante influência do entorno, que nos afeta no modo como interpretamos a crise e no modo como somos acompanhados ou ao que se conhece como o “tutor” de resiliência. E daqui as possibilidades de relação de ajuda para potencializar a resiliência. Assim como seria um limite interpretar, por exemplo, a doença como algo estático, ocasionado somente por um elemento externo ou por causas exclusivamente bioquímicas, esquecendo-nos da dimensão antropológica do adoecer e do curar, com suas implicações sociais, seria também um limite considerar a resiliência unicamente como uma característica da vontade que alguns são capazes de abstrair frente às crises. Poderíamos dizer que a resiliência é como o sistema imunizante psico-espiritual
com o qual enfrentamos a adversidade.
Resiliência e “dolorismo”
Resiliência e destino
Entendemos por “dolorismo” essa tendência caracterizada pela exaltação do valor da dor, que teve uma repercussão social, sobretudo no período entre as duas guerras mundiais, ao ser aceita por um grande número de intelectuais e uma ampla variedade de grupos sociais. Considera-se a dor, sobretudo, a dor física, um meio de autoconhecimento, um caminho para entender a verdade básica em relação a si mesmo, um meio de purificação e libertação do indivíduo das ataduras terrestres que poderiam torná-lo mais compassivo diante dos demais e mais lúcido diante de si mesmo.
Uma das expressões espontâneas que utilizamos com pessoas que sofrem, tentando fazer as pazes com o inevitável, é exatamente esta: “é o destino”, ou ainda: “estava previsto”. Naturalmente, é oposto à resiliência. Por trás dessas frases há uma espécie de conformismo com as coisas tais como são, um fatalismo diante do qual não fica mais que a atitude passiva e a resignação. Boris Cyrulnik deixa claro que um menino maltratado se converterá necessariamente em alguém que maltrata. Com efeito, há diferentes caminhos para não resignar-se a um ceticismo frente à incerteza, pois a certeza de que aquilo que fazemos volta-se, de alguma maneira, para nós mesmos,, explica a razão pela qual o exercício da responsabilidade estará sempre presente no decorrer dos fatos. Assim mesmo, imaginar a resiliência como categoria para explorar as possibilidades em meio à adversidade, dispõe em atitude confiada em relação à realidade, assim como em dispositivo de esperança. Não é, pois, o destino aquele que desenha nossa trajetória vital. Nem estamos determinados definitivamente e exclusivamente por nossos genes. A construção interior e a relação com o entorno podem propiciar a mudança do decorrer da vida, inclusive onde todos esperariam muita dificuldade. Assim, a resiliência não é absoluta nem uma capacidade que se adquire ou se desenvolve de uma vez por todas, mas trata-se de um processo dinâmico e evolutivo, que varia segundo as circunstâncias, as características do trauma, o contexto, a etapa da vida em que a pessoa se encontra, a cultura e o aprendizado que temos feito com ela.
A tendência “dolorista” persiste ainda, mas só no âmbito intelectual, uma vez que frequentemente encontramos pessoas que, espiritualmente, identificam o sofrimento com virtude e o prazer com o pecado. Por isso, quem sofre esta síndrome é capaz de realizar sacrifícios em termos de trocas com o Deus das dores (oferecimento), com o objetivo de conseguir alguma vantagem. É uma tentativa de transformar em positivo o que, na realidade, é negativo. Pois bem, a resiliência não é uma exaltação ou renovação de nenhuma forma de “dolorismo”. Não é uma conversão em positivo do que é negativo, nem uma vacina contra o sofrimento, nem um estado adquirido, mas um processo, um caminho que se pode percorrer. Assim o apresenta, por exemplo, a logoterapia, que tem a potencialidade de nos dar sentido e viver livremente o que não podemos mudar. A resiliência, desse modo, depende da arte de estender as mãos para pedir ajuda e da arte de procurá-la com relações significativas para ajudar a subir no barco que navega na vida de tantas pessoas. José Carlos Bermejo Religioso Camiliano e Diretor do Centro Humanizar da Espanha
XXX Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde
Aconteceu, nos dia 04 e 05 de setembro de 2010, no
Auditório do Centro Universitário São Camilo, em São Paulo-SP, o XXX Congresso Brasileiro de Humanização e Pastoral da Saúde. O Congresso deste ano teve um caráter celebrativo e festivo, pois marcava os 30 anos de Pastoral da Saúde e sua atuação a serviço da vida. O tema do Congresso girou em torno do olhar para a história da Pastoral da Saúde para celebrar as conquistas, aprender com os erros e, a partir daí, olhar para o futuro a fim de projetar a ação da Igreja no mundo da saúde brasileiro. Mais de 600 pessoas, provenientes de todo o Brasil, participaram do XXX Congresso e puderam relembrar ou conhecer (para os novatos) a caminhada de 30 anos de luta pela dignidade dos enfermos, especialmente dos mais pobres. As conferências foram divididas em praticamente dois blocos, um primeiro que olhou para o passado para aprender com ele e um segundo que, considerando a realidade atual, projetava o futuro, motivando os agentes de pastoral a continuarem sua ação evangelizadora no mundo da saúde e a ousarem sempre mais, sendo sensíveis aos apelos da realidade e dóceis ao impulso do Espírito Santo. Entre as várias conferências que aconteceram, destacamos a do Pe. Léo Pessini - Provincial das Entidades Camilianas, que ministrou duas palestras. Na primeira, relembrou a história dos congressos e na outra pensou o futuro da Pastoral da Saúde a partir do Guia de Pastoral da Saúde para a América Latina, lançado no Congresso, o qual ajudou a escrever. Em seguida, foi ministrada uma palestra pelo Pe. Julio Munaro, que fez uma relação entre as questões da
saúde e da econômia, inspirando-se na Campanha da Fraternidade de 2010. Esses dois padres, juntamente com outros (recordamos o Pe. Augusto Antônio Mezzano, que participou de todo congresso e o Pe. Dionisio, in memoriam), idealizaram e concretizaram o Primeiro Congresso e de lá para cá foram exímios colaboradores. Também destacamos a conferência do Dr. Daniel Saidel, assessor da CNBB, que deixou todos encantados, inquietos e motivados para continuarem a ação em prol da saúde e da vida com dignidade, apresentando o tema: “Segurança e Saúde Pública: prioridades nacionais”. Como era um evento com uma marca festiva, não poderia faltar o reconhecimento e o agradecimento àqueles que dedicaram parte de suas vidas à Pastoral da Saúde. Três padres foram homenageados: Pe. Léo Pessini, pelos anos em que coordenou o ICAPS (1982-1994), Pe. Anísio Baldessin, também pela coordenação do ICAPS (1995-2009) e o Pe. Júlio Munaro, pela coordenação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo (1976-2010), e todos pelos anos de dedicação e contribuição com toda Pastoral da Saúde no nosso país. O Pe. Alexandre Andrade Martins, atual diretor do ICAPS e coordenador do Congresso, encerrou o evento agradecendo todos os colaboradores e a Deus, pelo bom andamento do evento e suplicando que o Espírito Santo conduza os agentes da Pastoral da Saúde no ministério junto aos enfermos, especialmente na defesa dos mais pobres e marginalizados.
Pastoral da Saúde em Defesa da Vida e do morrer com Dignidade: fundamentos e prática Autor: Alexandre A. Martins Promover a saúde, defender a vida e o morrer com dignidade é, sem dúvida, a missão da Pastoral da Saúde. Nesse sentido, este livro busca as raízes que fundamentam a ação pastoral no mundo da saúde, em uma perspectiva antropológica e cristã aberta ao diálogo com outras visões de mundo e com as ciências. Ele oferece aos agentes de Pastoral da Saúde e aos profissionais da saúde, de forma sintética e com fácil linguagem, elementos capazes de sustentar a defesa da vida e a prática pastoral, ou profissional, junto aos doentes e necessitados. Mostra que viver e morrer com dignidade é um direito de todos e que a Pastoral da Saúde deve agir, deixando-se conduzir pela luz do Evangelho e pelo Espírito Santo, em prol desse direito, sendo um sinal de esperança e solidariedade no mundo da saúde Adquira esta obra no ICAPS: (11) 3862-7286 r.3
Espiritualidade e Arte de Cuidar Autor: Léo Pessini Espiritualidade e arte de cuidar coloca-nos como aprendizes e peregrinos no roteiro de busca espiritual de um sentido maior para a realidade de nossa vida, bem como nos provoca na perspectiva de nos empenharmos na “escola do coração”, como bom samaritano, ou seja, na arte de cuidar. Neste início de milênio, para surpresa de muitos, principalmente no âmbito da academia da ciência, testemunhamos o “renascimento da religião”, ou melhor, das religiões e espiritualidades. Quando a razão triunfante do Iluminismo se autoproclamou como sendo a última palavra de compreensão e sentido da realidade, e chegando ao extremo de declarar a “morte de Deus”, esta é obrigada a dar passagem e abrir espaço para o valor das diferentes espiritualidades na vida dos povos e pessoas! Somos inspirados e apaixonados por Jesus na sua atividade de curar e cuidar da vida dos mais frágeis e doentes. Nos passos evangélicos, buscamos resgatar aspectos fundamentais da espiritualidade camiliana, na pessoa de Camilo de Lellis, o santo dos doentes e profissionais da saúde, em que o cuidar é uma obra de arte que une ética e estética, amor e beleza. Disponível nas livrarias Paulinas a partir do final de Outubro. Telefone: (11) 5081-9330
Hábitos Alimentares: Alimentos Pobres em Fibras
Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de
cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença. Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais frequentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal. Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena, relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado. Na próxima edição do boletim São Camilo Pastoral da Saúde, confira as dicas da série Hábitos Alimentares para saber como prevenir alguns desses tipos de cânceres. fonte: www.inca.gov.br
ICAPS - Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde Tel: (11) 3862-7286, ramal 3 E-mail: icaps@camilianos.org.br Avenida Pompeia, 888 Cep: 05022-000 São Paulo-SP
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