SÃO CAMILO PASTORAL DA SAÚDE INFORMATIVO DO INSTITUTO CAMILIANO DE PASTORAL DA SAÚDE ANO XXIX N.320 JULHO 2013
A ESPIRITUALIDADE DE SÃO CAMILO A espiritualidade de São Camilo apresenta duas faces. Uma geral, comum a todos os santos de seu tempo; outra pessoal, tipicamente sua. Os santos do século XIV, atendendo às exigências intelectuais, morais e espirituais de seu tempo, antecedem, acompanham e elevam o movimento humanista que tanto se desligou da era precedente que o enquadrava em moldes demasiado estreitos, herdados da cultura antiga. O novo humanista busca contatos diretos, experiências pessoais, relações diretas entre a vida e o pensamento para dar e proporcionar ao intelecto e à vontade mais ampla liberdade. O movimento, no início, foi bem. Mais tarde, porém, enveredou por caminhos estreitos e perigosos, como provam os fatos. Os santos se engajaram no movimento, mas guardaram certa distância entre as tendências antigas e novas. Desta forma, acabaram por criar uma espiritualidade mais humana e um humanismo mais espiritual. São Francisco de Sales brilhou na época. No seu livro “Introdução à vida devota” traçou, com precisão e segurança, as grandes linhas da nova espiritualidade. Todos os santos fundadores do século XIV têm um ponto em comum: criar a ação. Na execução, porém, cada um usou meios próprios: uns dão preferência à inteligência, outros à vontade, outros ao método, outros à inspiração, outros ao amor e outros ao temor. Em Camilo de Léllis predomina a vontade de fazer
o bem. É vontade sincera, forte, enérgica. Quer o bem através do único bem; mantém-se fiel quanto ao fim, embora nem sempre seja feliz na escolha dos meios. Nota-se nele o vestígio de sua índole forte, arrojada e independente. Isto porém, não deriva de orgulho. No momento em que se defronta com o obstáculo mais grave, declara, com toda simplicidade, a quem pretende abrir-lhe os olhos: “Só procurei a glória de Deus e o bem do próximo. Os erros que cometi não foram fruto de má vontade, mas de falta de luz. Em Camilo, a vontade controla tudo. Sempre atento, jamais se desvia da meta que traz na alma e no coração. As forças físicas e até a inteligência ficam subordinadas à sua vontade que tudo vê à luz do momento presente. Seu olhar não se perde no passado nem se adentra muito no futuro. Camilo entrega-se por inteiro à tarefa do momento, como se fosse a única coisa que Deus lhe propõe e pede. Também São Francisco de Sales conta, acima de tudo, com sua vontade. Nele porém, a vontade se reveste de humanismo fascinante. A vontade de Camilo é rígida, quase austera, tributária da ascese monástica. A única força viva que orienta para a espiritualidade moderna é a ação. “Obras e caridade, eis o que nos pede o mundo agora”. Desta forma, enquanto se mantém firmemente ancorado ao sistema antigo, também avança, audaz e generoso, rumo à espiritualidade moderna.
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OS EFEITOS DESTRUTIVOS DO MEDO John C. Maxwell
O medo pode ser uma força muito destrutiva na vida de uma pessoa. A raiz da palavra medo vem do termo mètus no latim, que significa “temor”, desassossego, inquietação, ansiedade; temor religioso; objeto de temor. É isso que o medo faz conosco; ele nos ataca e nos faz cativos. Como observou Victor Frankl, psiquiatra e sobrevivente dos campos de concentração nazistas já anteriormente mencionado: “O medo faz acontecer aquilo de que se tem medo”. O poder destrutivo do medo, se não controlado, pode ser devastador. Aqui estão algumas das coisas negativas que o medo pode fazer na vida de uma pessoa: O medo gera mais medo O que há de mais traiçoeiro no medo é a sua capacidade de piorar. Everett Koop, ex-médico chefe dos Estados Unidos, observou: “As pessoas têm uma noção inadequada do que é perigoso”. Se você não estiver convencido dessa afirmação, então pense nisso. Você tem medo de avião? Sabia que você tem mais chances de morrer engasgado com um alimento do que um acidente de avião? Tem medo de morrer de um assalto? Você tem duas vezes a chance de morrer praticando um esporte do que morrer a facadas cravadas por estranho. Tem medo de tubarão? Todos os anos, porcos criados em currais matam mais pessoas do que os tubarões. Preocupado com uma cirurgia? Você tem dezesseis chances a mais de morrer em um acidente de carro do que morrer de complicações cirúrgicas. Realmente aquilo que temos medo acontece. Em nossa mente, projetamos desastres iminentes que provavelmente nunca acontecerão. E quando eles não acontecem, pensamos: “Ufa! Essa foi por pouco!”, ao passo que, na verdade, nossos próprios pensamentos eram a única coisa que estava criando o perigo potencial para nós. O medo leva à falta de ação Um homem encarregado de fazer o censo seguia longe para uma área rural a fim de concluir o trabalho em sua região. Passando de carro pelas estradas rurais, ele viu muitas casas com placas que diziam: “Cuidado com o cão”. No portão do último endereço de sua lista, ele viu outra placa com o mesmo aviso, perto de um celeiro quando entrava em uma fazenda. Com medo de sair do carro, ele buzinou e logo um homem saiu do celeiro seguido por um pequeno cachorrinho na sua cola. Ao acabar de fazer as perguntas e de preencher seus papéis, o homem do censo mencionou o número de placas com o aviso sobre cães que havia visto e perguntou: “Todas essas placas são para este cão?” “Com certeza respondeu o fazendeiro, levantando o amável cachorrinho.” “Mas esse cachorro não mantém ninguém
afastado.” “Eu sei, disse o fazendeiro, mas as placas sim.” A lição é a de que o medo é como um sinal de aviso que nos deixa com medo de um cachorro que não pode nos machucar. As pessoas que deixam que algum tipo de medo se apodere delas se vêem cada vez mais amedrontadas. O medo impede de fazer algo que nos poderia ser útil. Tomar uma atitude é algo que exigirá que sigamos rumo ao desconhecido. Isso pode ser assustador. Contudo, se nos entregamos ao nosso medo, não avançamos. Não recebemos o benefício daquilo que evitamos, nem obtemos a valiosa experiência que nos deixaria mais bem informados. Consequentemente, continuamos a ignorar essa área da vida, e a ignorância quase sempre gera mais medo, fazendo com que seja muito mais difícil avançar e concluir coisas. Não podemos deixar que o medo nos paralise. Como observou John F. Kennedy: “Há riscos e custos para um programa de ação, mas são bem menores do que os riscos de longo alcance e os custos da confortável inércia”. Se tivermos muito medo do fracasso, provavelmente nunca teremos sucesso. Se tivermos medo de morrer, dificilmente viveremos. Tudo na vida tem seu grau de risco. O medo enfraquece Harry Truman, trigésimo terceiro presidente dos Estados Unidos, observou: “O pior perigo que enfrentamos é o perigo de sermos paralisados por dúvidas e medos. Esse perigo é causado por aqueles que abandonam a fé e ridicularizam a esperança. É causado por aqueles que espalham cinismo e desconfiança e tentam nos cegar para nossa grande chance de fazer o bem para toda a humanidade”. Medo e ansiedade são emoções que debilitam. São juros que você paga antes por uma dívida que talvez nunca tenha feito. E esses sentimentos minam a fé em nós mesmos, nos outros e em Deus. Quando cedemos ao medo, já fomos vencidos. As pessoas que são dominadas pelo medo ficam onde é seguro. E isso é triste porque as pessoas não podem atingir seu potencial ficando onde é seguro. Pior ainda, elas impedem os outros de atingirem seu potencial também. Quando um líder é dominado pelo medo, ele se torna uma tampa para as pessoas que o seguem. Muitas pessoas não conseguem atingir seu potencial porque seus líderes têm medo. O dramaturgo William Shakespeare escreveu: “Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder aquilo que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”. John C. Maxwell é conferencista e presta consultoria sobre liderança para as maiores empresas do mundo.
POR AMOR
DRAUZIO VARELA Quando vi o tamanho das filas diante dos caixas, desanimei. Tinha ido ao supermercado para comprar um mísero pacote de café, pretensão insignificante comparada à dos donos dos carrinhos abarrotados à minha frente. Na dúvida se ia embora ou levava o café, vi que um funcionário se aproximou: “Faz tempo que o senhor não aparece”. - “É. Muito trabalho”. Ele hesitou alguns segundos. “O senhor não está se lembrando de mim”. Olhei discretamente para o crachá, mas a fotografia com o nome estava virada para o lado de dentro. Ele veio em meu socorro. “Sou o gerente. O senhor não pôde me reconhecer porque eu perdi 24 quilos”. Sorriu orgulhoso e virou
o crachá para mostrar a foto tirada antes do emagrecimento. “Veja como eu era. Meu rosto estava tão inchado que os olhos pareciam de chinês. O pescoço, em vez de vir do queixo para dentro, fazia uma dobra e se projetava para frente feito papo de galo esganado”. Perguntei se tinha feito cirurgia para reduzir o estômago. Quase ofendido, explicou que havia mudado os hábitos alimentares e comprado uma esteira. Quando eu quis saber de onde viera a motivação para tão difícil empreitada, olhou sério para mim. “Do amor”. O amor havia entrado em sua vida pela porta do supermercado. Segundo disse, a moça tinha olhos de mel e um sor-
O boletim “São Camilo Pastoral da Saúde” é uma públicação do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde - Província Camiliana Brasileira. Presidente: Pe. Leocir Pessini / Conselheiros: Ariseu Ferreira de Medeiros, Antonio Mendes Freitas, Olacir Geraldo Agnolin e Arlindo Toneta / Diretor Responsável: Anísio Baldessin /Secretária: Fernanda Moro / Projeto Gráfico e Diagramação: Fernanda Moro / Revisão: José Lourenço / Redação: Av Pompéia, 888 Cep: 05022-000 São Paulo-SP - Tel. (11) 3862-7286 / E-mail: icaps@camilianos.org.br / Site: www.icaps.org.br / Periodicidade: Mensal / Tiragem: 2.000 exemplares / Assinatura: O valor de R$15,00 garante o recebimento, pelo correio, de 11 edições. O pagamento deve ser feito mediante depósito bancário em nome de Província Camiliana Brasileira, no Banco Bradesco, Agencia 0422-7, Conta Corrente: 89407-9.
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riso que iluminava a loja inteira. “Ela queria saber em que prateleira estava o leite condensado. Quando me virei para responder, perdi a naturalidade. Ela abaixou o olhar. Amor à primeira vista.” O encontro o surpreendeu num momento de fragilidade; fazia pouco tempo que ele tinha terminado um casamento de 12 anos sem filhos, mas com brigas a perder a conta. A moça do sorriso recusou com delicadeza a ajuda que ele ofereceu na visita seguinte ao supermercado. Na terceira ocasião, cumprimentou-o assim que entrou. Na quarta, trocaram algumas palavras. Desde então, a imagem dessa mulher passou a fazer parte do cotidiano solitário do gerente. As ações mais triviais do dia a dia eram realizadas como se ela estivesse presente. Ir para o trabalho se tornou fonte de prazer e de ansiedade contínua à espera que ela viesse. Eram cinzentos os dias em que não a via; radiantes quando acontecia o contrário. Começou o regime e comprou a esteira. Gordo como estava, jamais teria coragem para confessar seus sentimentos. Quando já tinha perdido dez quilos, o destino colocou os dois na
plataforma do metrô. No trem, conversaram com timidez; ela falou do trabalho no escritório de arquitetura; ele, dos percalços de gerenciar mais de 30 funcionários. Nenhuma palavra mais íntima. Daí em diante, os encontros no supermercado se tornaram mais frequentes e menos formais. Uma noite ela entrou quando já estavam fechando as portas. Vinte e dois quilos mais magro, ele tirou o crachá e pediu licença para acompanhá-la até a esquina. No caminho confessou estar apaixonado pela primeira vez na vida e propôs que se casassem. “Meu coração levou uma punhalada. Ela respondeu: “Que pena, estou de casamento marcado”. Não fui capaz de segurar as lágrimas, só consegui dizer que esperaria para fazê-la feliz, se mudasse de idéia”. “E o que aconteceu?” “Nunca mais apareceu. Há mais de dois meses. Não sei onde mora nem onde trabalha. Acho que foi embora por medo de fraquejar”. E acrescentou com ar pensativo, acariciando o pescoço: “De fato, eu fiquei muito bonito”. Artigo extraído do Jornal Folha de São Paulo, de 31/jul/2010.
XXXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE HUMANIZAÇÃO E PASTORAL DA SAÚDE TEMA CENTRAL: A PASTORAL DA SAÚDE NO MUNDO MODERNO: ABRANGÊNCIAS, DESAFIOS E PERSPECTIVAS Sexta – Dia 07 de setembro 07:30 - às 8:30 – Credenciamento e entrega de materiais – Equipe de secretaria 08:30 às 9:15 – Oração e abertura 9:15 às 10:15 – Pastoral da Saúde: De onde partimos? Onde estamos? Para onde vamos? Pe. Anísio Baldessin 10:15 às 10:45 – Intervalo para café 10:45 às 12:15 – Repolitização do SUS – José Eri de Medeiros 12:15 às 13:30 – Intervalo para almoço 13:30 às 14:00 – Tribuna Livre, música e relaxamento 14:00 às 15:15 – Como chegar bem aos 115 anos – Dr. Alberto Silva 15:15 às 15:45 – Intervalo para café 15:45 às 16:30 – Dicas para tomar melhor os medicamentos – Dra. Priscilla Alves Rocha 16:30 às 17:30 – Como organizar um evento pastoral – orientações práticas - Sebastião Geraldo Venâncio 17:30 - Encerramento
17:45 - Assembleia da Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde da CNBB – Sebastião Geraldo Venâncio Domingo – Dia 08 de setembro 7:45 às 8:45 – Celebração da missa 8:45 às 10:00 – Aspectos emocionais e psicológicos da cirurgia contra obesidade – Dra. Marlene Monteiro da Silva 10:00 às 10:45 – Alimentos Funcionais e seus benefícios Nathiely Meira 10:45 às 11:15 – Intervalo para café 11:15 às 12:00 - Espiritualidade Camiliana- Pe. Francisco de Lélis Maciel 12:00 às 13:15 – Almoço 13:15 às 14:30 – Primeiros socorros: pequenos gestos que preservam vidas? Dra. Ana Carolina Makino Antunes 14:30 às 15:00 – Intervalo 15:00 às 16:30 – Morte, perdas e luto: como ajudar nesses momentos? Profa. Dra. Lucélia E. Paiva 16:30 – Encerramento
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A inscrição deve ser feita mediante depósito bancário em nome de: Província Camiliana Brasileira – Banco Bradesco – Agência 0422-7 – Conta corrente 89407-9. Atenção: Após o depósito, enviar esta ficha e o comprovante bancário do depósito para o endereço: Avenida Pompéia 888 - CEP 05022-000 - São Paulo – SP. Você também poderá mandar esta ficha e o comprovante pelo Fax. (11) 3862-7286, ou por e-mail: icaps@camilianos.org.br
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Vagas limitadas. Antes de mandar a inscrição entre em contato com a secretaria para saber se ainda dispomos de vagas. Não deixe para fazer inscrição nos últimos dias. TAXA: Até o dia 25 de Agosto R$ 28,00. A partir dessa data até o dia do congresso o preço será de R$ 40,00. Não será permitida inscrição no dia do evento. Atenção: a organização do congresso não se responsabilizará pela hospedagem e alimentação dos participantes e a inscrição somente será efetivada após a confirmação via telefone.
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PALAVRAS DE VIKTOR FRANKL PARA OS DESALENTADOS O famoso psiquiatra austríaco Viktor Emil Frankl que passou quase três anos em campo de concentração têm palavras sábias para animar todos aqueles que se encontram desalentados. Sobre a arte de viver - Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior do que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. - A vontade de humor, a tentativa de enxergar as coisas numa perspectiva engraçada constitui um truque útil para a arte de viver. - Com o fim da incerteza chega também a incerteza do fim. - Quem não consegue mais acreditar no futuro, seu futuro está perdido num campo de concentração. - O prazer é e deve permanecer efeito colateral ou produto secundário. Ele será anulado e comprometido à medida que se fizer um objetivo em si mesmo. - O ser humano é um ser finito e sua liberdade é restrita. Sobre o sentido da vida - Ouso dizer que nada no mundo contribui tão efetivamente para a sobrevivência, mesmo nas piores condições, como saber que a vida da gente tem um sentido. - O que o ser humano realmente precisa não é um estado livre de tensões, mas antes a busca e a luta por um objetivo que valha a pena, uma tarefa escolhida livremente. O que ele necessita não é a descarga de tensão a qualquer custo, mas antes o desafio de um sentido em potencial à espera de ser cumprido. - O sentido de vida difere de pessoa para pessoa, de um dia para o outro, de uma hora para outra. O que importa, por conseguinte, não é o sentido da vida de um modo geral, mas antes, o sentido específico da vida de uma pessoa em dado momento. - O sentimento de falta de sentido cumpre um papel sempre crescente na etiologia da neurose. - As pessoas têm o suficiente com que viver, mas não têm nada por que viver. Têm meios, mas não têm o sentido. - O niilismo não afirma que não existe nada, mas afirma que tudo é desprovido de sentido.
Sobre a arte de sofrer - Se é que a vida tem sentido, também o sofrimento necessariamente o terá. Afinal de contas, o sofrimento faz parte da vida, de alguma forma, do mesmo modo que o destino e a morte. Aflição e morte fazem parte da existência como um todo. - Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós. - Deus espera que não o decepcionemos e que saibamos sofrer e morrer, não miseravelmente, mas com orgulho! - Ninguém tem o direito de praticar injustiça, nem mesmo aquele que sofreu injustiça. - Quanto mais uma pessoa esquecer-se de si mesma dedicando-se a servir uma causa ou amar outra pessoa mais humana será e mais se realizará. - Sofrimento, de certo modo, deixa de ser sofrimento no instante em que se encontra um sentido, como o sentido de um sacrifício. - O sofrimento desnecessário é masoquismo e não ato heróico. Sobre o “nem tudo está perdido” - Se houvesse um dia na vida em que a liberdade parecia um lindo sonho, viria também o dia em que toda a experiência sofrida no passado parecerá um mero pesadelo. - O ser humano é capaz de viver e até de morrer por seus ideais e valores. - O passado ainda pode ser alterado e corrigido. - Quando já não somos capazes de mudar uma situação, somos desafiados a mudar a nós próprios. - Quando o paciente está sobre o chão firme da fé religiosa, não se pode objetar ao uso do efeito terapêutico de suas convicções espirituais. - Uma das principais características da existência humana está na capacidade de se elevar acima das condições biológicas, psicológicas e sociológicas, de crescer para além delas. - As pessoas decentes formam uma minoria. Mais que isso, sempre serão minoria. Justamente por isso, o desafio maior é que nos juntemos à minoria. Porque o mundo está numa situação ruim. E tudo vai piorar se cada um de nós não fizer o melhor que puder. Viktor Emil Frankl é autor do livro “Em busca de Sentido” no qual está escrita a maioria dessas frases.
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