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SÃO CAMILO PASTORAL DA SAÚDE INFORMATIVO DO INSTITUTO CAMILIANO DE PASTORAL DA SAÚDE ANO XXXI N.343 AGOSTO 2015

COM OS SAPATOS TROCADOS ANÍSIO BALDESSIN É muito comum ver crianças reclamando dos pais e trocar com quem está sentado ao lado. Seja homem que os sapatos estão machucando os pés. O que elas não ou mulher, não importa. O importante é que todos parpercebem é que isso, muitas vezes está acontecendo ticipem. Depois disso, peço que eles fiquem em pé e até por uma simples razão. Estão com os sapatos trocados. mesmo arrisque a dar alguns passos. Nesses casos, a solução é muito simples. Basta inverter O único que não participa da dinâmica sou eu por a posição. uma razão que depois explicarei. Sapatos trocados nos levam para caminhos con- Em seguida eu pergunto aos participantes: qual trários. Além disso, tiram a nossa paz e não permitem foi a sensação que mais marcou nessa pequena experique desfrutemos os verdadeiros prazeres da vida. Por- ência? E a resposta é unânime: Sensação de desconforto. tanto, quando estamos com os sapatos trocados senti- Daí vem um importante ensinamento dessa brincadeira mos um terrível desconforto. quando eu digo: “de hoje em diante, todas as vezes que Acredito que, pelo menos uma vez, você já fez você for visitar um doente lembre-se de que ele está a experiência do sapato (sandália) trocado. Foi aquele com os “sapatos trocados”. Ou seja, numa posição desdia que você tinha uma festa imporconfortável. Pois a enfermidade nos tante e decidiu emprestar um caldeixa exatamente assim. Portanto, Ouça, somente ouça. Pois çado do seu amigo (a). No momento numa situação difícil, (com não passe por cima ou ignore a reaparecia muito confortável. Todavia, os sapatos trocados) muitas lidade do sofrimento alheio. depois de algumas horas de uso você Essa é a razão pela qual eu, duvezes não há muito o que começou a perceber o desconforto. fazer a não ser permanecer rante a brincadeira, nem tirei muito menos troquei os meus sapatos Resultado, a festa estava apenas coimóvel para não aumentar meçando e você já começava a sen- ainda mais o desconforto e a com alguém. Faço isso para mostrar tir os efeitos daquele calçado. E o o que nós, como assistentes espiridor. pior é que você tinha que ficar com tuais, fazemos com os doentes. Ou ele nos pés. Assim, o único meio de amenizar a dor era seja, mal entrarmos no quarto e já começamos a dar orpermanecer sentado. Mas, como ficar nessa posição no dem: “você precisa se animar! Está muito triste! Agora meio de uma tremenda festa? Era preciso fazer o social que você deve mostrar que tem fé! Afinal, quem confia indo ao encontro da pessoas para conversar. plenamente em Deus não pode ficar assim! Coragem, No entanto, a pior parte ainda estava por vir. Ou vamos lá!!!” Entretanto, somente o doente sabe como seja, quando começaram as músicas e todos saíram para ele está se sentindo. dançar. Disfarçadamente, você procurou uma lugar para Portanto, antes de repetir essas frases feitas e sentar. Porém, de vez em quando alguém vinha e dizia: dizer o que a pessoa enferma deve ou não fazer, em “Você está muito apático e desanimado! Hoje é dia de primeiro lugar se coloque no lugar dela. Depois procure festa e alegria. Vamos dançar e aproveitar. Deixe a tris- compreender como ela está se sentindo, perguntando teza e o desânimo pra lá e venha com a gente! Todavia, a si mesmo: o que eu faria nessa situação? Se você, em só você sabia como estavam os seus pés. Por mais que sã consciência, não faria o que está sugerindo ao outro, você se esforçasse, não era possível passar por cima da- é melhor não sugerir. Ouça, somente ouça. Pois numa quele desconforto que somente você sentia. Mas, para situação difícil, (com os sapatos trocados) muitas vezes quem estava com um calçado confortável, era muito fá- não há muito o que fazer a não ser permanecer imóvel cil, ainda que passando por cima dos seus sentimentos, para não aumentar ainda mais o desconforto e a dor. tentar, de qualquer jeito, tirá-lo daquela situação. Por isso, quando faço a palestra para pessoas que Anísio Baldessin, padre camiliano é diretor do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde – ICAPS. prestam assistência espiritual aos doentes começo convidando-os para um exercício ou pequena “brincadeira”. Esta dinâmica consiste no seguinte: tirar o calçado

Padres e Irmãos Camilianos a Serviço da Vida JUNTE-SE A NÓS, SEJA UM CAMILIANO TAMBÉM! “Estive enfermo e me visitastes” (Mt 25,36)

Serviço de Animação Vocacional Av. São Camilo, 1200 - Cotia - São Paulo - SP - CEP: 06709-150 Fone: (11) 3564-1634 vocacional@camilianos.org.br / www.camilianos.org.br


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APRENDENDO A CUIDAR DOS DOENTES COM AS IGREJAS PROTESTANTES Numa reflexão sobre a necessidade de cuidar dos doentes e enfermos, um dos primeiros textos que serve como base para a meditação é o que está em Lucas 10.30-35: A Parábola do Bom Samaritano. Nele um sacerdote e um levita, homens tidos em alta consideração dentro da ordem judaica e comissionados para estender as mãos aos necessitados, passam ao largo de outro homem machucado e caído no chão. Esse homem havia sido assaltado, despojado, machucado pelos ladrões e abandonado inerte. Quem são hoje os “homens caídos” pelos caminhos e quem os “bons samaritanos”? Depois que os dois senhores da história deixam o homem ferido abandonado à própria sorte, aparece o Samaritano. Ele que, por certo, estava indo cumprir algum compromisso e cujo povo vivia em discórdia com o povo do judeu caído no chão, comove-se e vai verificar o que aconteceu com o homem ensanguentado. A partir daí o que se vê é uma sequência de atitudes que demonstram a misericórdia daquele que se colocou no lugar do outro e se compadeceu dele. É o que têm feito muitos protestantes no Estado do Espírito Santo, seja em grupo ou isoladamente. O casal Cenira e Santinho Copertino estão engajados há quatro anos no grupo de visitação aos enfermos que todas as semanas se reúne na Primeira Igreja Batista da Praia da Costa na cidade de Vitória. Ela conta que é preciso estar disponível para o cumprimento das tarefas nos grupos que visitam enfermos. “Às segundas-feiras nem saio de casa. É um dia em que me dedico à oração e ao preparo para no final do dia sair para a visitação”, explica. Cenira recebe as solicitações de visita, organiza os grupos e divide as equipes para irem até as casas dos enfermos. A igreja também disponibiliza os pastores e ajuda na resolução de questões práticas. Além da preparação espiritual, segundo ela, é preciso pensar na logística da visitação. O grande grupo reúne cerca de trinta pessoas por semana. Já os grupos subdivididos é formado por no máximo seis pessoas. “É algo que a gente ama fazer. Quando chegamos, a Palavra é proclamada e o doente com sua família ficam felizes, pedem para que voltemos, é muito gratificante. É uma alegria”, disse reforçando que há aqueles “irmãos enfermos física e espiritualmente, mas que com a visita são animados e ficam mais corajosos, mais firmes na fé”. No cotidiano do trabalho de visitação a enfermos, seja nas casas ou nos hospitais, cada um utiliza os talentos que possui. Alguns fazem a meditação na Palavra, outros cantam, outros ainda tocam instrumentos, como violão, violino ou gaita.

A pastora e capelã Maria Luíza Rückert assumiu o desafio de cuidar de pessoas doentes desde sua preparação na faculdade. Assim que se formou, ela fez especialização em Clínica Pastoral no hospital da Universidade de Minessota, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Há dezoito anos ela está à frente da capelania no Hospital Evangélico de Vila Velha. “Trabalho muito entre os funcionários e os voluntários visitadores um ponto importante que é o empenho para ser uma carta viva do amor de Deus junto ao paciente, familiares, funcionários. Depois trabalho a empatia, a necessidade de aprender a se colocar no lugar do paciente e de sua família, instigo o calor humano, a compreensão, o respeito. No caso do paciente, nós oferecemos a visita, não impomos nada. Para deixá-lo à vontade”, explicou Maria Luíza que é uma referência dentro do Estado do Espírito Santo para quem trabalha como assistente espiritual. O Hospital Evangélico conta com uma equipe de 130 visitadores evangélicos, das mais variadas denominações. Existe também, segundo a pastora, um grupo bastante comprometido e fiel da Pastoral da Saúde, oriundo da Igreja Católica, que atua há cerca de 30 anos nas dependências do hospital. Para desenvolver bem este trabalho a pastora Maria Luíza aconselha que a igreja ou pessoa que deseja visitar doentes e familiares deles mantenha contato prévio com o serviço de capelania ou com o departamento de serviço social, para conhecer o trâmite para a visitação. A equipe de Assistência Social do Hospital Metropolitano também instrui quem deseja visitar os pacientes e inclusive salientou que é importante manter a constância e a perseverança dando continuidade ao trabalho. Já a administradora do Albergue Martim Lutero, em Vitória, Giana de Caio lembra que no ministério de Jesus havia muita preocupação com o cuidado e a cura dos enfermos. Para ela e para o pastor responsável pelo atendimento espiritual no albergue, João Paulo Auler, no ministério de cuidado e visitação de enfermos é fundamental ter sensibilidade com a necessidade do outro. “É preciso ser coadjuvante na história, pensar que existe alguém que precisa muito mais. Entender e saber o limite da outra pessoa se preocupando com ela. E, como finaliza a administradora do Albergue Martim Lutero: “Ser cristão não é só ficar sentado no banco da igreja, é fazer a nossa parte. É fazer o bem para outras pessoas de coração, sem esperar retorno, troca ou agradecimento. É fazer o bem com amor como forma de agradecer tudo o que Deus tem feito por nós, sem que nem mesmo mereçamos”. Texto enviado à equipe de redação ICAPS

NÃO SE ESQUECA!!!

VEM AÍ O XXXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE HUMANIZAÇÃO E PASTORAL DA SAÚDE

Tema: QUE MODELO DE PASTORAL E ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL NECESSITA O MUNDO MODERNO? Local: Centro Universitário São Camilo – São Paulo. Avenida Nazaré, 1501 Data: 05 e 06 de Setembro de 2015 Informações: Acesse nossa página e veja toda a programação. www.icaps.org.br Telefone (11) 3862-7286


SÃO CAMILO

PASTORAL DA SAÚDE

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ME DEIXA FICAR VELHA! Já reparou a dificuldade feminina para saber o que se pode (ou não) fazer depois de uma determinada idade? Devo ou não pintar o cabelo? Posso deixar o cabelo comprimo? É ridículo ter franja ou fazer rabo de cavalo? Qual é o comprimento adequado da saia? E o tamanho do biquíni? Uma arquiteta de 57 anos disse: “Parei de pintar o cabelo. Sofri um verdadeiro massacre das minhas amigas. Dizem que estou parecendo uma velha, que desisti da minha vida sexual, que deixei de ser mulher. Os homens até gostam, me acham diferente. Só as mulheres me criticam. Uma professora de 60 anos contou: “Adoro ir à praia. Sempre fui de biquíni. Agora parece que sou uma velha ridícula, caquética, pelancuda, que não obedece à regra de usar maiô ou até mesmo de não ir mais à praia. Recebo muitos olhares de censura e comentários violentos de algumas amigas. Elas parecem policiais perseguindo as mulheres que querem envelhecer naturalmente”. Ela mostra que as amigas podem ser a maior fonte de pressão e de preconceito com relação ao envelhecimento feminino. “Todas as minhas amigas já fizeram plástica ou colocaram botox. Minha melhor amiga fez correção nos olhos, colocou botox, preenchimento ao redor dos lábios e ainda

operou o nariz. Virou outra pessoa. Cada vez que ela me encontra insiste que eu tenho que fazer plástica, que estou com as pálpebras muito caídas, que vou ficar muito mais jovem. Ver o rosto dela tão plastificado me fez decidir não mexer em nada. Sinceramente, eu me acho mais bonita e mais jovem do que ela”. Muitas não resistem à pressão e acabam fazendo um dos “tratamentos mágicos”, como uma advogada de 47 anos: “Tenho uma amiga que faz de tudo para parecer mais jovem. Ela me convenceu a fazer um tratamento mágico que ela prometia rejuvenescer minha pele. Gastei uma fortuna e não teve qualquer resultado. Tem tanta promessa no mercado do tipo “pareça dez anos mais jovem” que nós acabamos fazendo loucuras. Muitas mulheres ficam deformadas”. Ela pergunta: “Será que não esta na hora de parar com essa obsessão pela aparência jovem e aceitar a beleza de todas as fases da vida? Dá vontade de gritar: “Por favor, me deixa em paz, basta de tanta cobranças e loucuras. Me deixa ficar velha!”. Mirian Goldenberg é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (editora Record)

INFORMAÇÕES DE SAÚDE ENDOMETRIOSE

EXISTE ALGUMA FORMA DE TRATAR O RONCO?

CÁSSIA REGINA

DANIEL MOSHIDA OKADA

A camada mais interna do útero se chama endométrio e quando esse tecido se prolifera para fora do útero se chama endometriose. Durante o período pré-menstrual há um aumento esperado dessa camada para que haja a fecundação. Quando isso não acontece, é que ocorre a menstruação. Entretanto, em algumas mulheres, esse tecido migra no sentido contrario, podendo atingir as trompas, ovários, intestino e bexiga. Os sintomas são: fluxos menstruais intensos e com coágulos, cólicas intensas, alterações intestinais ou urinárias durante a menstruação, dor durante as relações sexuais e dificuldade para engravidar. O diagnóstico é feito por meio de exame ginecológico e exames de imagem. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico; cabe a seu ginecologista avaliar e escolher o mais adequado. Por isso, faça visitas periódicas ao ginecologista. Algo que você considera normal, seu médico pode descobrir que não é e melhorar sua qualidade de vida.

As recomendações para pacientes que roncam podem variar desde medidas simples; - Reduzir consumo de bebidas alcoólicas à noite e de medicamentos para dormir; não jantar perto da hora de deitar; reduzir o peso, usar aparelhos orais ou nasais e, em alguns casos, fazer tratamentos cirúrgicos. Ele também alerta que o ronco pode ser perigoso se for associado à apneia. A apneia é uma pausa respiratória com duração superior a dez segundos, por obstrução da via aérea. É necessário procurar um especialista para avaliação da via aérea e realização do exame da polissonografia, com o objetivo de determinar o melhor tratamento.

Daniel Moshida Okada faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Cruz, do Hospital das Clínicas e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual.

Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF) O boletim “São Camilo Pastoral da Saúde” é uma publicação do Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde - Província Camiliana Brasileira. Provincial: Pe. Antonio Mendes Freitas / Conselheiros: Pe. Mário Luís Kozik, Pe. Mateus Locatelli, Pe. Ariseu Ferreira de Medeiros e Pe. João Batista Gomes de Lima/ Diretor Responsável: Anísio Baldessin /Secretária: Fernanda Moro / Diagramação: Fernanda Moro / Revisão: José Lourenço / Redação: Av Pompeia, 888 Cep: 05022000 São Paulo-SP - Tel. (11) 3862-7286 / E-mail: icaps@camilianos.org.br / Site: www.icaps.org.br / Periodicidade: Mensal / Tiragem: 1.000 exemplares / Assinatura: O valor de R$20,00 garante o recebimento, pelo correio, de 11 edições. O pagamento deve ser feito mediante depósito bancário em nome de Província Camiliana Brasileira, no Banco Bradesco, Agencia 0422-7, Conta Corrente: 89407-9.


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RAIVA: MÊS DE AGOSTO, MÊS DO CACHORRO LOUCO Há crenças populares e acontecimentos históricos que podem nos levar a diferentes interpretações para o apelido dado ao mês de agosto. Uma das explicações é que no período de agosto a concentração de cadelas no cio aumenta muito devido às condições climáticas. E quando as cadelas entram no cio, os cachorros “ficam loucos” e brigam para ter a fêmea. Essa briga intensa faz com que a raiva, doença que é transmitida pela saliva do animal, se espalhe mais. MAS O QUE É PRECISO SABER SOBRE A RAIVA? A raiva é uma doença provocada por vírus, caracterizada por sintomatologia nervosa que acomete animais e seres humanos. Transmitida por cão, gato, rato, bovino, equino, suíno, macaco, morcego e animais silvestres, através da mordedura ou lambedura da pele lesionada por animais raivosos. Os animais silvestres são reservatório primário para a raiva na maior parte do mundo, mas os animais domésticos de estimação são as principais fontes de transmissão para os seres humanos. SINTOMAS NOS ANIMAIS A raiva pode apresentar vários sinais clínicos, tornandose difícil diferenciar de outras síndromes nervosas aguda progressivas. Os sinais podem incluir alterações de comportamento, depressão, demência ou agressão, dilatação da pupila, fotofobia (medo do claro), incordenação muscular, mordidas no ar, salivação excessiva, dificuldade para engolir devido à paralisia da mandíbula, déficit múltiplo de nervos cranianos, ataxia e peresia dos membros posteriores progredindo para paralisia. Neste estágio o animal para de comer e beber. O estágio paralítico pode durar de um a dois dias, seguido de morte por parada respiratória. O período de incubação, a partir da mordida até o início dos sinais clínicos, é variável, podendo ser de duas semanas a seis meses. SINTOMAS NOS HUMANOS O homem recebe o vírus da raiva através do contato com a saliva do animal enfermo. Isto quer dizer que, para ser inoculado, não precisa necessariamente ser mordido - basta que um corte, ferida, arranhão profundo ou queimadura em sua pele en-

trem em contato com a saliva do raivoso. Independente da forma de penetração, o vírus se dirige sempre para o sistema nervoso central. O tempo de incubação, porém, varia com a natureza do vírus, o local da inoculação e a quantidade inoculada. Se o ponto de contágio tiver sido a cabeça, o pescoço ou os membros superiores, o período de incubação será mais breve, porque o vírus atingirá a região predileta com maior rigidez. A partir daí, o vírus migra para os tecidos, mas sobretudo para as glândulas salivares, de onde é excretado juntamente com a saliva. Tanto no homem como nos animais, quando os sintomas da moléstia se manifestam, já não há mais cura possível - a morte é certa. Assim, todo tratamento tem que ser feito durante o período de incubação, quando o paciente não apresenta sintomas e não manifesta queixas. No homem, o primeiro sintoma é uma febre pouco intensa (38 graus centígrados) acompanhada de dor de cabeça e depressão nervosa. Em seguida, a temperatura torna-se mais elevada, atingindo 40 a 42 graus. Logo a vítima começa a ficar inquieta e agitada, sofre espasmos dolorosos na laringe e faringe e passa a respirar e engolir com dificuldade. Os espasmos estendem-se depois aos músculos do tronco e das extremidades dos membros, de forma intermitente e acompanhados de tremores generalizados, taquicardia, parada de respiração. Qualquer tipo de excitação pode provocá-los (luminosa, sonora, aérea, etc.). COMO TRATAR? Após ocorrer a mordida ou arranhadura, deve-se lavar muito bem o local ferido com água e sabão e se dirigir a um hospital. Se o animal que mordeu ou arranhou for doméstico, é fundamental verificar a caderneta de vacinação deste. Nestes animais, o período de incubação do vírus é de 10 dias. Após esse período, se o animal se mantiver saudável, não há risco de contrair o vírus. Fonte: Raiva canina | Tudo Sobre Cachorros

São Camilo PASTORAL DA SAÚDE

ICAPS - Instituto Camiliano de Pastoral da Saúde Tel: (11) 3862-7286 Site: www.icaps.org.br E-mail: icaps@camilianos.org.br Avenida Pompeia, 888 Cep: 05022-000 São Paulo - SP


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