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EDITORIAL

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ueridos irmãos(as) em Cristo Jesus, é com um renovado e grandioso sentimento de esperança que permeia nossos corações, que fazemos chegar às vossas mãos neste momento, o primeiro exemplar do ano de 2023 do nosso Informativo missionário da Província oblata do Brasil Nossas Notícias. E já adianto que ele está recheado de comunicações importantes para todos(as) que nos acompanham e identificam-se com o nosso carisma. Apresentaremos como deu-se a última noite cultural de 2022 realizada na Casa de Teologia e que reuniu formandos das casas do Pré e Pós-Noviciado. Conforme sabemos, o Papa Francisco transformou o Terceiro Domingo do Tempo Comum, naquilo que hoje conhecemos como Domingo da Palavra de Deus, a esse respeito traremos um texto que nos ajuda a compreender sua importância. No mês de fevereiro a nossa Igreja dá o pontapé inicial num dos tempos litúrgicos mais fortes de sua história, que é o da Quaresma, por isso, veremos num texto orante e reflexivo a gênese e importância do mesmo. De 16 a 18 de novembro de 2022, realizou no Centro de Evangelização oblata de Aldeia, Camaragibe – PE, a última Reunião de Formadores de 2022, por isso, teremos a oportunidade de ver como aconteceu e o que é discutido em encontros como esses na vida oblata. O ano de 2023 é para a Igreja do Brasil e à Província oblata do Brasil o Ano Vocacional. Por essa

razão, teremos por todo este ano uma coluna fixa intitulada: “Meu Chamado à Vida Oblata”; e o primeiro que nos contará um pouco como deu-se seu chamado à vida religiosa consagrada e oblata será o Ir. Diemeson, OMI. De setembro a outubro de 2022 participaram da Experiência de Mazenod, em Aix an Provence, na França, o Pe. Antonio Pereira, OMI, e o Pe. Patrick, OMI, e ambos nos contarão brevemente como foi e o que conseguiram trazer como bagagem de conhecimento e espiritualidade. Como podemos acompanhar, 2022 marcou o 37º Capítulo Geral de nossa Congregação, realizado na cidade de Nemi, Itália. Por essa razão, teremos neste ano, uma coluna fixa intitulada: “A Missão dos Conselheiros Gerais e seus desafios na nova administração que inicia seu trabalho”, que terá como primeiro expositor, o novo Conselheiro eleito da América Latina, Pe. Jorge Albergati, OMI. E nessa mesma linha, o Pe. Shanil, OMI, responsável pelas comunicações, nos falará como aconteceu todo o Capítulo, e de que maneira nossa família se prepara para a realização do mesmo. Em outubro de 2022 nós brasileiros fomos às urnas nas eleições mais polarizadas desde a redemocratização do Brasil em 1984. Por isso, o Pe. Miguel Pipolo, OMI, traz-nos uma análise de conjuntura da realidade apontando os desafios que encontrará o Presidente da República eleito. O dia 25 de janeiro, em que como Igreja celebramos a Conversão de

São Paulo, também é uma festa oblata, pois celebramos o nascimento de nossa família religiosa, por essa razão teremos uma matéria que nos ajudará a entender a importância de tal data em nossa família missionária. No estado do Rio de Janeiro, mais especificamente na periferia de Duque de Caxias, temos um oblato que realiza um trabalho de evangelização e inserção social muito bonito. Neste sentido, ele próprio, o Pe. Bernardo Colgan, OMI, nos relatará um pouco em que consiste sua presença missionária lá. Seguem-se logo após isso, as colunas fixas de psicologia, jupic, humor e datas comemorativas. E desta forma, desejo a vocês leitores(as), uma boa leitura do primeiro exemplar do corrente ano e que o amoroso e misericordioso Deus possa abençoar cada um(a) de vocês, pela intercessão de Santo Eugênio de Mazenod, nosso fundador, e dos Beatos e Mártires oblatos. Pe. Lindomar Felix da Silva, OMI. Provincial

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OBLATOS

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NOITE CULTURAL

PRÉ E PÓS-NOVICIADO DA PROVÍNCIA DO BRASIL CELEBRAM NOITE CULTURAL

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omo é costume, duas vezes a cada ano, encontram-se para um momento de confraternização, as duas casas formativas situadas no Estado de São Paulo (Filosofia e Teologia) Tendo sido o primeiro momento na Casa de Filosofia Pe. Tempier, omi, em Sumaré, no mês de junho, o segundo momento teve como sede a Casa do Escolasticado: Santo Eugênio de Mazenod. Na oportunidade, aproveitou-se o tempo para maior convivência e integração entre os formandos das duas etapas e reforço do espírito fraterno. Na ocasião, contamos com a presença de outros oblatos, bem como de outros amigos religiosos que estão próximos de nós! Nestes dois dias em que estivemos juntos, não só festejamos e convivemos, como fechamos todo esse momento com a celebração da Eucaristia! São momentos fortes que fortalecem nossa vida missionária! É um momento único quando as diferentes culturas, de diferentes partes do mundo, encontram a unidade na fé em Cristo, que nos chama a ser testemunha do Reino que abarca a todo a humanidade. Acreditamos firmemente, que a vida religiosa, em especial nosso carisma oblato, mostra esse desejo de querer viver em comunidade, respeitando e amando o diferente de nós, deixando-se encontrar e inundar pela Alteridade, que sempre nos convida a sair de nossa comodidade e paradigmas, lutando por viver sempre a máxima do Mestre: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 13, 34); e, fazendo ênfase, ao desejo de nosso santo fundador: “Entre vocês a caridade, caridade, caridade”. Finalmente pensamos que, mais que um bom momento agradável de confraternização, nosso compartilhar cultural foi um sinal visível de o que o Reino proclamado por Jesus é possível. Essas turmas tão diversas e ricas em si mesmas, sorrindo, dançando, falando, é sinal de que sim, se pode viver em harmonia e caridade entre as pessoas.

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Pós-Noviço Ir. Cristian Gerardo, OMI

Pré-Noviço João Filho

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PALAVRA DE DEUS

IGREJA CELEBRA DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS: s textos pós Pascal dos Evangelhos, nos trazem algumas informações de como as comunidades nascentes buscavam celebrar esse evento que vai marcar toda a caminhada do povo cristão, no sentido celebrar o primeiro dia da semana: Jo 20,1 que ficou marcado como a celebração do Dia do Senhor. Continuamos ainda hoje, celebrar no domingo esse dia onde é lembrado a caminhada do povo de Deus através das leituras do Primeiro Testamento, das Cartas normalmente de Paulo ou outro escrito do novo Testamento e o Evangelho do ano em que se celebra. Assim é celebrado essa memória, o Domingo, esse dia especial em que marca a vida do povo de Deus. É essa Palavra que faz memória dos fotos da Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que o povo de ontem e de hoje continua a manter viva em seu meio, é a Palavra de Deus, é a Palavra criadora desde os tempos antigos em que as primeiros versículos do Gênesis já está presente (Gn 1,1). Essa Palavra num determinado momento se torna carne, se torna pessoa, se torna a gente, é Jesus Cristo, esse que deu a vida para que a vida pudesse ser cada vez mais preservada, vivida e valorizada, essa Palavra que a cada dia e a cada momento se atualiza na história. Ela nos lembra, portanto, da pessoa central que é o Jesus Cristo. Lembrar, fazer memória dessa Palavra viva de Deus da qual continuamos a seguir e testemunhar, é o compromisso da pessoa que segue a Cristo, seu seguidor e seguidora, a partir da realidade de hoje, do

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A EXPERIÊNCIA DA FÉ POSSIBILITA UM RELATO

tempo presente com seus desafios e dificuldades, mas também, com o esperançar, de que essa Palavra viva possa fazer com que a vida cada vez mais possa ser preservada, protegida. É a Comunidade que se reune ao redor da Palavra e da Eucarisitia quando é possível, isso é também acreditar que essa mesma

Palavra transforma e faz com que a vida continue testemunhando esse grande projeto de Deus: a vida em sua inteireza! Pe. José Roberto, OMI. www.omi.org.br


DIA OBLATO

TEMPO LITÚRGICO

“FAMÍLIA OBLATA CELEBRA ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO”

Imagem: vytas_sdb / Cathopic

N ESPIRITUALIDADE DO TEMPO QUARESMAL

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Quaresma é um dos marcos do calendário litúrgico católico mais rico em espiritualidade. Dela provém diversas demonstrações de fé em sua santa quarentena. É esse o período propício para regressar a casa do Pai. É por esse momento que reconhecemos nossas fraquezas e novamente nos preparamos para nos colocar disponíveis para o novo ressoar Pascal que depois da morte rebombo novamente para toda a humanidade. A quaresma inicia-se na quarta-feira de cinzas e encerra no alvorecer da Semana Santa. No período quaresmal que novamente somos chamados as práticas de jejum, esmola e caridade. Três palavras importantes que devem nortear o cristão a se fortalecer no percurso seco e escaldante do deserto. Deserto esse que Jesus nos convida a ir ao encontro de Deus. Lugar onde Ele nos ensina a ser mais forte perante todas as tentações e a ter a Palavra do Pai como o principal sustento. Nesse percurso de quarenta dias a Igreja do Brasil pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança uma provocação para um determinado assunto gritante no contexto atual e 2023 não seria diferente. Harmonicamente os bispos nos chamam atenção para a questão da fome em nossa nação. É pela campanha da fraternidade

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essas três palavras apresentadas acima são encarnadas em nosso contexto. Pois de nada valeria fazer todo o percurso quaresmal desde observar a morte de Cristo comemorar a sua ressurreição se meu irmão ao meu lado passa fome e sede. Infelizmente a “espiritualidade” pregada em nosso contexto em muitos grupos “religiosos” nos joga para uma perigosa individualidade. Que só será vencida pelo evangelho vivo e encarnado em cada cristão. É no contar dos quarenta dias com a Palavra de Deus e nos gestos concretos. E é em nossas vias sacras onde devemos perceber que existem também vários irmãos e irmãs que junto de Nosso Senhor Jesus Cristo ainda hoje são humilhados, feridos e assassinados. Que a Virgem Maria nos mostra na trilha quaresmal os instrumentos necessários para nos alimentar de Cristo e nos ensine também a matar a fome dos nossos irmãos e irmãs deixados à beira do caminho. Nossa Espiritualidade quaresmal deve reforçar em nós que Deus não está acima de tudo, mas, sim no meio de nós! Desejo a todos e todas uma rica e encarnada experiência quaresmal. Diác. João Vitor Ferreira, OMI.

o dia 25 de janeiro de 2023 a Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada tem a alegria de celebrar seus 207 anos de fundação. Um carisma que brotou do coração de Santo Eugênio de Mazenod para o coração da humanidade. Nosso carisma é “Cooperar com Jesus Salvador”. De fato, estamos presentes em mais de 70 países sendo testemunhos vivos do Cristo Ressuscitado em tantas realidades difíceis, onde as pessoas necessitam do amor e da misericórdia de Deus por meio da vivência do Evangelho. O Papa Francisco nos diz que “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida daqueles que se encontram com Jesus” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 1). É nessa alegria que vivemos e testemunhamos o carisma de Santo Eugênio de Mazenod pelo mundo. Alegria do encontro que transforma vidas. Neste tempo de caminhada a nossa congregação tem a marca da hospitalidade e da acolhida por onde passa. Quando perguntamos as pessoas sobre algumas características dos oblatos, as respostas mais comuns são: “eles são diferentes”, “acolhe a todos”, por isso, não percamos a direção, continuemos firmes na essência. Anunciar o Evangelho com humildade e com a vida. Nesta celebração de aniversário temos a alegria de termos vivenciado o 37° Capítulo Geral com o tema “Peregrinos de esperança e comunhão”. Um tempo de reflexão e partilha para vermos como estamos sendo peregrinos da esperança em tempos tão difíceis e, também somos chamados a continuar vivendo a missão como caminhantes juntos a todo o Povo de Deus. Exorta o Papa Francisco que devemos “caminhar na esperança”. O carisma oblato é uma esperança para o mundo, desde a sua fundação a congregação buscou anunciar o Evangelho com pessoas simples, marginalizadas, excluídas da sociedade e, por isso, continuamos levando esperança aos mais pobres e abandonados de nosso tempo. Que Santo Eugênio de Mazenod nos ajude a permanecermos fiéis no carisma oblato, o nosso primeiro amor para que assim continuemos anunciando a alegria do Cristo Ressuscitado. Maria Imaculada mãe e peregrina nos ajude neste grande caminhar.

Diác. Geovani Pereira de Oliveira, OMI. 5


FORMAÇÃO

PROVÍNCIA OBLATA DO BRASIL REALIZA ÚLTIMA REUNIÃO DE FORMADORES DE 2022

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e 16 a 18 de Novembro de 2022, a Província oblata do Brasil realizou no Centro de Evangelização de Aldeia, município de Camaragibe – PE, a última Reunião de Formadores do ano. Nesta se fizeram presentes o Provincial, os Formadores de todas as etapas formativas, bem como também, o Coordenador nacional da JOMI, juntamente com os Animadores Vocacionais de Distrito. A reunião tem uma importância muito grande, dado o fato de que são trabalhados todos os aspectos que envolvem o Serviço de Animação Vocacional da Província e os formandos de todas as etapas formativas. Contamos com o auxílio das orações de todos(as), para que pela intercessão de Santo Eugênio e dos Beatos e Mártires oblatos, Deus continue abençoando com as luzes do Espírito Santo nossa formação na Província oblata do Brasil.

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Pe. Sérgio de Santana, OMI

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ANO VOCACIONAL

ANO VOCACIONAL OBLATO: MEU CHAMADO À VIDA OBLATA

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ou o irmão Diemeson Gomes, Missionário Oblato de Maria Imaculada, e venho relatar um pouco de como me senti chamado a ser um membro desta congregação. A minha inquietação surgiu há dezoito anos. Foi através do convite feito por um jovem que conhecia os Oblatos na cidade de Belém, no Pará. Devido a insistência do jovem e a minha curiosidade em saber mais sobre a vida religiosa e missionária, resolvi participar dos encontros vocacionais. No acompanhamento vocacional tive a oportunidade de participar de uma missão nas ilhas do município de Abaetetuba (PA). As experiências foram me motivando a querer seguir firme no propósito em entregar a vida por essa causa. Fiz minha carta no intuito de poder adentrar no processo formativo dos Oblatos. Desde então, todas as etapas têm sido de imensa importância para o crescimento em todas a dimensões da pessoa. Professei os primeiros votos no dia 07 de janeiro de 2011, em Aparecida de Goiânia. Já os votos perpétuos foram feitos no dia 17 de agosto de 2014, na época, festa da Assunção de Maria e domingo da Vida Religiosa. O carisma da congregação deixado por santo Eugênio nos leva a evangelizar os mais empobrecidos, ao mesmo que somos evangelizados pela vida das pessoas, faz com que possamos crescer na caminhada de fé. Nos oferece elementos para a boa desenvoltura como cristão e, seguidamente, nos leva a sermos santos. É válido destacar a proximidade com as pessoas. Poder acolher e ser acolhido com carinho e generosidade por nossa parte e por parte das pessoas, afinal de contas, são nossa família também. Outro ponto a ser levando

em consideração é que pude desenvolver trabalhos missionários em diversos campos importantes e necessário tais como: visitas às famílias nos bairros pobres e regiões periféricas, círculos bíblicos (grupos de vivências), pastoral vocacional, pastoral carcerária, formação de lideranças das comunidades (ministros da palavra e eucaristia e juventude), colaboração na formação dos jovens que estão no processo formativo OMI e etc. Hoje, sou grato a Deus por ter se utilizado de pessoas para o meu

chamado, ao mesmo tempo sou grato por todas pessoas que colaboraram e continuam colaborando com a minha caminhada cristã, missionária e religiosa. Maria Imaculada, companheira de missão, e santo Eugênio de Mazenod, nossa Pai Fundador, intercedam a Deus pela minha missão e pela missão de toda congregação. Ir. Diemeson Gomes, OMI.

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CARISMA

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Experiência de Mazenod é realizada na cidade de Aix en Provence. Esta cidade esta localizada ao sul da França é uma cidade do ano 124 antes de Cristo. Foi nesta cidade que nasceu Santo Eugênio de Mazenod no ano de 1782. O fundador da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. Fazer a Experiência de Mazenod, em primeiro lugar, é uma grande graça, a oportunidade de estar na “terra santa oblata”. Foi aqui que tudo começou, onde Santo Eugênio iniciou a primeira comunidade junto com os primeiros missionários. Vivemos durante dois meses na Casa Mãe dos Oblatos, um antigo convento quase destruído durante a revolução francesa. Esta casa fala por si mesma, carrega em cada espaço uma parte da nossa história. Cada lugar desta casa tem um significado importante da vida de santo Eugenio. É um tempo de graça e renovação do carisma oblato. Aqui nós vivemos e refazemos as memórias de mais de 200 anos de caminhada de nossa congregação. Conhecemos a casa da família de Eugênio, onde ele nasceu. Conhecemos a casa em que ele viveu como jovem sacerdote quando se sentiu chamado a ser missionário dos mais pobres. Rezamos e nos encontramos na pequena sala onde ele e seus primeiros companheiros viveram. Celebramos na Igreja da Missão, conhecida como a Capela dos oblatos, onde ele tanto evangelizou jovens e adultos. Estivemos cada dia na Capela interior do convento, onde ele e o Pe. Tempier, nosso co-fundador professaram os primeiros votos e onde Eugênio viu o Sorriso da Virgem Maria lhe confirmando na caminhada da congregação. A experiência nos proporciona a oportunidade de crescer no se-

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guimento de Jesus e também na vida comunitária. Éramos 11 oblatos de vários países da América Latina: Cuba, Brasil, Paraguai, México, Venezuela e Peru. Partilhamos da nossa vida, história da nossa vocação oblata e das experiências de missão, tão diferentes em cada país onde estamos, mas sempre nos reconhecendo como uma família, onde todos querem ter um só coração e uma só alma, como dizia Santo Eugênio. Conhecemos diversos lugares históricos marcado pelos passos de Eugênio de Mazenod, inclusive conhecemos as cidades das primeiras missões pregadas por Eugênio de Mazenod, como Grans e Barjols. Conhecemos Marselha, com sua grande catedral idealizada por Eugênio e Santuário Oblato de Notre Dame de La Garde, cuja pedra fundamental foi abençoada por ele. Marselha tem até hoje muitos frutos da presença de Santo Eugênio como pastor daquele povo. Aí celebramos juntos a primeira Santa Missa presidida pelo novo Superior Geral Pe. Louis Ignácio Rois Alonso, OMI, na tumba do fundador; e ali onde repousa seu corpo e no altar da tumba nós agradecemos o dom da vida dele e o dom da nossa vocação. Agradecemos à Comunidade de Aix por nos acolher nesse tempo, e à Congregação e à nossa Província do Brasil por nos proporcionar viver um

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DOIS OBLATOS BRASILEIROS PARTICIPAM DA EXPERIÊNCIA DE MAZENOD EM AIX AN PROVENCE

momento tão fundamental pra nossa vocação como Oblatos. Voltamos de Aix en Provence com o coração ardente pelo desejo de evangelizar, cheio de amor a Jesus Cristo, a Igreja e à missão com os mais abandonados, sabemos que somos enviados a viver entre nós a caridade e lá fora o zelo pela salvação das almas. Pe. Antônio Pereira Sobrinho, OMI Pe. Patrick Oliveira Urias, OMI www.omi.org.br


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CONSELHEIRO GERAL

A MISSÃO DOS CONSELHEIROS GERAIS E SEUS DESAFIOS NA NOVA ADMINISTRAÇÃO QUE COMEÇA SEU TRABALHO

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palavra preferida para nossa tarefa como Conselheiros Gerais é animação. Dadas as grandes diferenças decorrentes do nosso caráter internacional com uma gama intercultural e multicultural, a unidade também é uma preocupação importante. A fidelidade à nossa consagração religiosa e disponibilidade para as necessidades da Igreja Universal manterá o Instituto fiel ao seu carisma missionário. Um dos principais desafios da liderança atual é lidar com a mudança sem precedentes de nossa era. O desafio do rápido crescimento e desenvolvimento em alguns lugares e o declínio e declínio em outras partes da Congregação exige o discernimento da reestruturação das Unidades. Como descrito pelo CCRR, o Conselheiro Geral

pertence à Comunidade do Governo Central. É como um membro desta comunidade local que ele exerce sua missão particular (C130). Sua função é descrita em C. 145 e R. 145 a.C. Ele cumpre uma função especial de ligação com a responsabilidade de uma comunicação bidirecional. Como membro do Conselho Geral, auxilia o Superior Geral na governança e administração do Instituto. É conselheiro do Superior Geral em relação à vida e missão de toda a Congregação. Sua região em particular é o centro de sua preocupação e serviço para a Congregação. Espera-se que você passe um tempo suficiente estando bem informado sobre todas as dimensões da vida e missão em sua Região, e espera-se que compartilhe seus conhecimentos com o Superior Geral e o Conselho.

▶ Dentro de sua Região, é considerado membro do Conselho do Superior Geral e, como tal, é representante do Governo Central. ▶ O Conselheiro Geral tem uma série de relações em curso dentro de sua Região: de forma privilegiada com os Superiores Maiores e Superiores da Missão e seus Conselhos, a liderança da Conferência Regional e com outros grupos específicos de Oblatos, como formadores, tesoureiros, coordenadores e membros dos comitês regionais. ▶ Por meio de visitas, participação em reuniões, apresentação de palestras, retiros e conferências, bem como por meio de sua correspondência, trabalha pela unidade e colaboração em toda a região. Tente se encontrar com os Oblatos individualmente sempre que possível. ▶ Ao compartilhar informações de outras partes do mundo, você liga sua Região com as outras Regiões e promove uma visão global da Congregação. Pe. Jorge Albergati, OMI Conselheiro Geral da América Latina

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NOVA ADMINISTRAÇÃO

O NOVO CONSELHO GERAL DOS MISSIONÁRIOS OBLATOS DE MARIA IMACULADA

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primeiro Capítulo Geral dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada (Missionários da Provença , como se chamava então) foi realizado há mais de dois séculos, em 1818. Este ano, eles realizaram com sucesso o 37º Capítulo Geral sob o tema “Peregrinos de Esperança em comunhão”, no Centro Ad Gentes em Nemi, Itália, de 14 de setembro a 14 de outubro de 2022. O Capítulo Geral OMI é um encontro da Administração da Congregação com delegados de Oblatos de todo o mundo que se reúnem para refletir sobre o sexênio passado, avaliar a situação predefinida e estabelecer diretrizes para os próximos seis anos. O Capítulo Geral é considerado a autoridade máxima dentro da Congregação. (CCRR 125) Uma das principais responsabilidades dos capitulares (“Capitulares”, como são chamados) é eleger um Superior Geral e seu Conselho,

que conduzirá a Congregação por um período de seis anos na visão missionária acordada durante o Capítulo. Fiel a esse chamado, também nesta época, os capitulares elegeram um novo Conselho Geral. Em 29 de setembro de 2022, o 37º Capítulo Geral elegeu o Pe. Luis Ignacio Rois Alonso, OMI como seu 14º Superior Geral. O oblato espanhol de 59 anos é amplamente conhecido como Chicho, o nome de estimação que sua mãe lhe deu quando criança. Ele havia servido na Administração Geral antes na qualidade de Conselheiro Europeu de 2004 a 2016. De 2017 a 2022 serviu na Missão Saara Ocidental da Província do Mediterrâneo. Foi a primeira vez em nossa história que alguém de fora dos delegados capitulares foi escolhido como líder da Congregação. De fato, alguém pode comparar sua eleição com o chamado de Moisés – porque Chicho, o pastor, estava “apascentando suas ovelhas no deserto” quan-

do inesperadamente foi chamado por Deus para liderar Seus filhos Oblatos. Pe. Antoni Bochm , OMI, é o novo Vigário Geral da Congregação. Pe. Bochm, de nacionalidade polaca, tem 54 anos e é o único “elo” remanescente entre a antiga e a atual Administração. Ele estava servindo como Conselheiro Geral para a Europa durante o período de sua eleição. Os Oblatos Missionários têm dois Assistentes Gerais no corpo administrativo. Pe. Raymond Mwangala, OMI, foi eleito o primeiro Assistente Geral e é o responsável pela Missão. Pe. Mwangala é originário da Zâmbia e tem 48 anos. O segundo Assistente Geral para a Formação é o indonésio Pe. Henricus Asodo, OMI. O Oblato de 49 anos estava servindo como Superior da Casa da Fundação em Aix-en-Provence quando foi eleito para este cargo. Depois foi a vez de eleger os Conselheiros Regionais. A seguir estão seus nomes, países de origem e idade.

• América Latina - Pe. Jorge Albergati , OMI, do Uruguai (60 anos) • Ásia-Oceânia - Pe. Eugene Benedict, OMI, do Sri Lanka (52 anos) • Europa - Pe. Alberto Gnemmi , OMI, da Itália (59 anos) • Canadá-Estados Unidos Pe. James Brobst, OMI, dos Estados Unidos (63 anos) • África-Madagáscar - Pe. Erastus Kapena Mbili Shimbome , OMI, da Namíbia (51 anos) 10

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Nas duas semanas que se seguiram ao Capítulo, as novas e as antigas comunidades do Governo Central da OMI passaram um tempo de qualidade juntas enquanto a liderança da Congregação mudava de mãos. Eles realizaram uma série de discussões sobre os principais tópicos relacionados às suas responsabilidades, principalmente com base no Manual de Administração Geral. A primeira Sessão

Plenária do novo Governo Central terá lugar em Janeiro do próximo ano. Enquanto isso, eles também estarão trabalhando na edição oficial dos Atos do 37º Capítulo Geral. Eles estão esperançosos de que possa ser publicado em breve, assim que receberem a aprovação do Vaticano sobre as mudanças feitas nas Constituições e Regras. O Padre Geral convida os Oblatos a se unirem à nossa nova equipe

de liderança para tornar realidade o chamado do Capítulo; que sejamos todos “Peregrinos da Esperança” em comunhão com o Senhor e com o seu mundo criado, muito especialmente com os pobres e os mais abandonados.

se perder de vista pelo sertão adentro, entregues a fidalgos; alguns sequer se deram ao trabalho de vir a elas. Quem veio, uns poucos, se tornava o Estado e a Lei. A coroa portuguesa recebia relatórios que não lia... A colônia se tornou império que passou a ser república. Tornou-se um país de muita gente a construir uma economia forte, mesmo que sem resolver seus problemas perenes; ou-tros surgiram... Hoje, em treze dos 27 estados há mais gente sobrevivendo dos programas sociais do governo do que trabalhadores remunerados no mercado formal. Abriram-se mais novas vagas para faxineiro (ainda bem...) do que para outros empregos com carteira assinada. Quatro em cada dez trabalhadores(as) recebem até um salário mínimo. Esse pessoal chegou ao recorde de 35,6 milhões de pessoa; isso corresponde a 36,6 da população ocupada em algum tipo de trabalho. Hoje, o parque industrial brasileiro está entre os mais modernos e diversificados do mundo. Somos destaques na produção de alimentos, bebidas, couro, calçados, têxteis, móveis, papel e celulose, além de diversos outros setores. Temos um segmento de construção pujante, uma mine-

ração forte, uma siderurgia sólida e um setor de petróleo com tecnologia de ponta. Produzimos e exportamos bens de média e alta tecnologia, como produtos químicos e farma-cêuticos, materiais elétricos, veículos automotores, aeronaves, máquinas eletrônicas e equipa-mentos de transporte e telecomunicações. O setor emprega 9,7 milhões de trabalhadores. É responsável por 33% da arrecadação de tributos federais. Isso é muito bom mas não emprega muita gente pois, além de tudo, o setor precisa competir com robôs muito eficientes... Lembremos que milhões de espécies enfrentam a extinção em decorrência de redução de habitat, poluição e mudanças climáticas. A perda de biodiversidade tem graves impactos so-bre os sistemas sociais e econômicos, para além da questão social. O país tem a chance de tornar a biodiversidade um ativo estratégico. O Brasil abriga a maior diversidade de fauna e flora do planeta e possui a maior floresta tropical do mundo; são mais de 8 mil espécies de fauna e flora. As oportunidades são incomensuráveis. O que estamos fazendo com ela?!?...

Pe. Shanil Jayawardena, OMI Diretor de Comunicações Oblatas, Roma

OBLATOS DE MARIA IMACULADA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, PAZ E INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO OS DESAFIOS SÓCIOPOLÍTICO-ECONÔMICOS DO NOVO GOVERNO “... A ESPERANÇA NÃO DECEPCIONA...” – RM 5,5

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ão os de sempre | as enormes desigualdades sócio-econômicas – imenso pecado social- e a tragédia da enorme porcentagem de gente em estado de miséria extrema |. Eles são pere-nes. Isto porque as elites dominantes cuidam de seus interesses, e lhes falta um projeto de na-ção. No século XVII, Frei Vicente do Salvador dizia: “Nenhum homem nesta terra é republico, nala zela ou trata do bem comum, senão cada um do particular”. Antonio Vieira repetia a mes-ma coisa. Quando a coroa portuguesa se deu conta que a Terra dos Papagaios não era uma ilha, veio a perceber que não tinha condições de organizar coisa alguma. A coroa estava imersa nos negócios das Índias que lhe era muito rentável. Piratas franceses, holandeses e outros mais controlavam a extração e o comércio do pau-brasil. Daí a existência das capitanias hereditárias –imensos latifúndios de

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NOVO GOVERNO

O EVANGELHO É UMA FORÇA SALVADORA DE DEUS PARA TODO AQUELE QUE CRÊ... O JUSTO VIVERÁ PELA FÉ RM 1,16-17 Pe. Miguel Pipolo, OM.

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ASSISTÊNCIA SOCIAL

OBLATOS NA BAIXADA FLUMINENSE

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ituado na Baixada Fluminense, o município de Duque de Caxias abriga atualmente quase um milhão de habitantes. A região onde está inserido o município, desde o período da ocupação européia teve sua história estreitamente relacionada à cidade do Rio de Janeiro. Situando-se às margens da baia da Guanabara teve seu desenvolvimento ligado à extensão rede hidrográfica que a cortava. Através dos rios, realizava-se o escoamento da produção local e estabeleciam-se os elos de comunicação entre o interior e o litoral, favorecendo a ocupação das cercanias da Baía pelo interior serrano. O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias, durante a expulsão dos franceses que haviam invadido a Baia da Guanabara. Um dos agraciados foi Cristovão Monteiro que recebeu terras em 1565, às margens do rio Iguaçu, que formaram a fazenda do Iguaçu, sendo a mesma, em 1595 adquirida pela Ordem de São Bento, tornando-se então a mais antiga e importante fazenda localizada na região que hoje constitui o município de Duque de Caxias, Era uma das fazendas utilizadas para abastecer o Monastério São Bento localizado no centro do Rio. Perto da do antigo monastério há também um sambaqui, formado pelos habitantes originais da área, que viviam nas redondezas uns 3000 anos antes de Cristo. Duque de Caxias é o terceiro município mais populoso do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o IBGE (2018), Duque de Caxias tem uma população estimada em 914.383 pessoas. Além disso, possui a posição de segunda maior economia no Estado do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital fluminense, e está entre as 20 maiores cidades do país, de acordo com o Centro Estadual de Estatísticas Pesquisa, e Formação de Servidores Públicos, o (CEPERJ). Uma refinaria do Petrobras, REDUC, está situada no município, mas 75% dos seus funcionários não vivem em Caxias, A população local trabalham em firmas que prestam serviços, os terceirizados. A presença da refinaria traz muitos malefícios para as comunidades locais,sendo a causa de poluição no ar, na água e no mar que im-

pede os pescadores locais de exercer a sua profissão. Um indicador relevante das desigualdades sociais existentes no município, é expresso através dos dados veiculados pelo Ministério da Cidadania (2021). Este registrou, por meio de dados do Cadastro Único, que no mês de outubro de 2021, o número de pessoas beneficiárias do Programa Bolsa Família equivalia aproximadamente a 18% da população total do município, abrangendo 53.949 famílias que, sem o programa, estariam em condição de extrema pobreza. A cobertura do programa foi de 100 % em relação à estimativa de famílias pobres no município. Essa estimativa é calculada com base nos dados mais atuais do Censo Demográfico, realizado pelo IBGE. Da população total do município, de acordo como os dados do IBGE 160,000 pessoas (17,2%) são formalmente ocupados e o salário mensal médio dessa população é de 2.5 salários mínimos. Porém, 37% da população só ganham até ½ salário mínimo. Dessa população, a maioria é evangélica, e em seguida os católicos. O grupo mais crescente é formado por pessoas sem religião que formam 17% da população. A quantidade de igrejas evangélicas

ultrapassa de longe o número de igrejas católicas. A violência é um constante nos bairros populares, homicídio é a causa principal de morte de jovens, raro é a semana em que não se escuta o som de tiros. O espaço dos bairros é disputado por facões, milícias e a polícia, e o transito é dificultado em muitos bairros devido ao número de barricadas erguidas nas ruas. O discurso dos partidos da esquerda não chega a sensibilizar a população, a sua presença é precária, só têm uma presença significativa em alguns grupos específicos como professores, bancários, e setores da igreja. Nenhum candidato de um partido da esquerda conseguiu se eleger nas últimas eleições. O Documento de Aparecida afirma que “Deus vive na cidade, em meio a suas alegrias, desejos e esperanças, com também em meio a suas dores e sofrimentos. As sombras que marcam o cotidiano das cidades, como exemplo a violência, pobreza, individualismo e exclusão, não nos podem impedir que busquemos e contemplemos o Deus da vida também nos ambientes urbanos” (514). S. João, porém, repete várias vezes que Deus é invisível. Então a grande questão é: onde Ele está se revelando, se manifestando? Se Deus vive nas cidades e a sua presença não depende de nós, onde temos de atuar para que essa presença se manifeste, se revelando para que possamos colaborar com o seu reino? A semente está brotando, o fermento levedando, onde? Os Oblatos, fazem anos que têm tido uma presença no Rio de Janeiro. Pe. Eduardo Leising fez uma contribuição inestimável na Arquidiocese do Rio, como também João Cribbin na zona leste da cidade. Há uma estação do BRT que leva o seu nome, uma Clínica da Família, e outros lugares, marcas do estimo que a população tinha para ele. Há uma capela ecumênica situada numa unidade do Colégio Pedro II que leva o nome de Pe. João. Uma antiga fábrica de munição, que fazia parte da Vila Militar, foi transformada numa unidade do Colégio Pedro II e no dia da inauguração da capela fiz o seguinte comentário: O profeta Isaias declara que um dia as espadas serão transformadas em arados e as lanças em podadeiras (2.4), porém que é muito www.omi.org.br


Imagens: Divulgação

raro para nós ver as palavras dos profetas sendo realizadas, mas que neste dia é isso que está acontecendo, que um lugar planejado para produzir morte e destruição está transformado num espaço para produzir vida e conhecimentos. A conversão de uma fábrica de armamento num colégio para jovens é o resultado da visão pastoral e da persistência de Pe. João e dos moradores na sua realização. Aqui na Baixada tem tido a presença de vários oblatos ao longo dos anos, A cidade do Rio de Janeiro ocupa um status icônico no imaginário mundial e seria estranho se os Oblatos não tivessem uma presença aqui. A cidade do Rio de Janeiro é uma das esquinas do mundo, onde o futuro da humanidade está em jogo, com os seus desafios, sombras e luzes. A cidade de Duque de Caxias faz parte da Baixada Fluminense. Por que a palavra “Baixada”? Uma boa parte da cidade fica no nível do mar, algumas partes ficam por baixo desse nível. Em conseqüência, há bairros que têm enchentes todos os anos, sobretudo quando chuvas pesadas coincidem com uma maré alta. Prefiro não pensar naquilo que vai acontecer quando o nível do mar aumenta como está sendo previsto. Caxias tem também o recorde triste de possuir o maior lixão na América Latina, o lixo produzido pela cidade do Rio era jogado aqui sem nenhuma preocupação com a saúde dos habitantes ou do meio ambiente. O lixão agora está desativado mas os danos provocados pela sua presença continuam, para não falar de aterros clandestinos, controlados por milicianos, espalhados pelo município. Existe um Plano de Saneamento Básico aprovado em 2017 pelo município. No plano é previsto tudo mas a coleta seletiva de resíduos sólidos praticamente inexiste como também o tratamento de esgoto. Um outro grande problema ambiental social – ambiental são os loteamentos irregulares realizados por grupos clandestinos ou com a conivência de políticos muitas das vezes. Esses loteamentos não respeitam a www.omi.org.br

topografia da área, não têm preocupação com saneamento, causam enchentes. Os rios que cortam a Baixada necessitam de “polders”, áreas livres de construções aos seus lados capazes de absorver enchentes Antigos moradores que faz anos moram na localidade, regularizaram as suas casas, de repente se encontram vivendo num buraco e sem escoamento para as chuvas, cercado por aterros clandestinos. Na diocese existe uma Pastoral do Meio Ambiente, faz parte pessoas capacitadas, dedicadas, mas mesmo na igreja não é vista como uma prioridade pastoral. Em toda grande cidade existem moradores da rua. Em Caxias várias paróquias se organizam para oferecer refeições, roupa, artigos de higiene numa tentativa de aliviar a situação dessa população, de ir ao encontro das suas necessidades. Mas claro uma resposta adequada diante das suas necessidades é muito além dos nossos recursos. Em 2019 depois de muito vai e vem foi aprovado pela câmera municipal a criação de uma comitê intersetorial de acompanhamento e monitoramento da política pública municipal para a população em situação de rua e sancionado no ano seguinte pelo prefeito. A Pastoral dos Moradores da Rua junto com outras organizações da sociedade civil se reúnem com as diversas secretarias do município na busca de soluções para essa parcela da população nas áreas de saúde, habitação, segurança, etc. Não é perfeito, mas sem a participação do poder pública nós nunca vamos puder dar passos adiante em busca de uma resposta adequada por suas necessidades. Há 56.000 presos nos estado do Rio e desse total 2.000 são mulheres. Mais de 52% são presos provisórios, quer dizer esperando julgamento, 24% são condenados e 23% estão em execução provisória. Também existem 45.000 mandados de prisão pendentes de cumprimento no estado.. Dados interessantes! É muito limitada a possibilidade da Pastoral Carcerária de realizar mudanças signi-

ficativas nessa realidade. Mas os presos parecem apreciar as nossas visitas e sempre procuram saber quando vamos voltar. Também há as pequenas alegrias, quando um jovem cumprindo medidas sócio-educativas me pediu para rezar o salmo 113 para ele. Um pedido que me tocou profundamente. Alguém pode perguntar, a Diocese, as paróquias, as celebrações, as pastorais ordinárias, onde ficam, qual é a sua importância? Sim, ao longo dos anos nós sempre nos envolvemos em paróquias, o trabalho pastoral do cotidiano. As pastorais sociais necessitam do humo rico das vidas humildes e humilhados da vasta maioria das pessoas que compõem a base das nossas comunidades. Uma pastoral social desligada dessa base se torna uma ONG. Mas a maioria das pessoas que compõem essa base social tem mais de 50 anos, muitas vezes cansadas e sem energias para abrir novos caminhos. Qual é o seu futuro? De vez em quando a igreja é sacudida por um slogan – “opção preferencial para o pobre”, “uma pastoral de missão e não de conservação”, “uma igreja em saída”, “uma igreja sinodal, caminhar juntos”. As comunidades se reúnem, discutem, envia relatórios, mas as estruturas da paróquia continuam iguais, a organização da diocese não muda. A igreja como existe tem dificuldade em atrair novos membros, dificuldade em manter a participação dos jovens, e está perdendo fieis para as igrejas evangélicas. Não tenho resposta para esses desafios, simplesmente estou apresentando o relato de um oblato que procura realizar a carisma da congregação como ele está a enxergando, talvez outros discordem. Mas sinto que a opção de deixar tudo como está, não é uma opção viável. Pe. Bernardo Colgan, OMI.

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ANTISSOCIAL

Imagem: zenzen / Adobe Stock

PSICOLOGIA

TPAS = TRANSTORNO DA PERSONALIDADE ANTISSOCIAL

E

stou me referindo ao transtorno Antissocial, que é um transtorno da personalidade, chamado Antissocial. Talvez, quase todo mundo conhece no que diz respeito as características, devido se encontrar próximo ao senso comum, quando o sujeito apresenta um comportamento que resulta na violação do direito das outras pessoas. Para saber se realmente a pessoa é portadora de tal transtorno, precisa-se buscar um profissional psicólogo. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM-5), tem seus critérios diagnósticos. Para saber se o sujeito se enquadra dentro de tais critérios, é preciso que ele apresente de três ou mais, exemplo: Fracasso em ajustar-se às normas sociais{...}; Tendencia à falsidade {...}; Irritabilidade e agressividade {...}; Ausência de remorso. Caso o sujeito identifique três ou mais dessas características, ele é uma pessoa com Transtorno da Personalidade Antissocial. Vamos lá para o senso comum, no qual, explica-se com mais clareza em relação as manifestações que surgem no comportamento e de certa forma se inicia a partir da terceira infância e na adolescência. Nesta fase da vida que os critérios diagnósticos são perceptíveis, contudo, não observável por parte de quem tem o transtorno ou pelas pessoas em convívio. As pessoas que são portadoras de tal transtorno tem como características acentuadas dentre outras, tais como atos ilegais, fraudulentos, exploradores, imprudentes, manipulam as pessoas para conseguir o que querem (p. ex., dinheiro, poder, sexo). Essas pessoas podem chegar a usar um pseudônimo, ou seja, um nome falso. Só configura um transtorno se a pessoa tiver três ou mais características mencionadas. Não é qualquer pessoa que pode diagnosticar, precisa de um profissional da área para não sair dizendo por aí que fulano ou beltrano é uma pessoa antissocial. As características diagnosticas, conforme o DSM-5, que é essencial do transtorno da personalidade antissocial é um padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início da adolescência e continua na vida adulta. 14

Considera-se que na infância e na adolescência muitas manifestações de agressividade, impulsividade, ansiedade e até mesmo os comportamentos delinquentes, que podem ou não envolver violência, são comuns ou caracterizam apenas sintomas isolados e transitórios. Quando persistentes, repetitivos ou violentos passam a ter significado psicopatológico, podendo ou serem parte um estágio inicial do transtorno só formalmente reconhecido na idade adulta. (Hare, 2003). Voltando para o senso comum, quer dizer que as pessoas portadoras do transtorno antissocial, começa por um simples prazer em praticar crueldades com animais, para com outras pessoas, pois, não há remorso pelas ações praticadas, não só isso, na vida adulta será um sujeito que terá dificuldades de pagar suas contas, empréstimos e por aí vai. No entanto, o indivíduo deve ter no mínimo 18 anos de idade e deve ter apresentado alguns sintomas de transtorno da conduta antes dos 15 anos, para que firme o transtorno da personalidade antissocial. Os comportamentos específicos característicos do transtorno da conduta encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais, destruição de propriedades, fraude ou roubo ou grave violação a regras. Desse modo, o diagnóstico diferencial ajuda a entender a diferença do diagnóstico de transtorno da personalidade onde não é dado a indivíduos com mesmo de 18 anos e somente é atribuído quando há história de alguns sintomas de transtorno de conduta antes dos 15 anos. ORIENTAÇÃO

Quando o sujeito ao se perceber que está sendo acometido por algumas características citadas, faz-se necessário procurar um profissional da área para buscar tratamento e ser orientado.

Pe. José Ronácio Vieira da Silva, OMI.

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JUPIC

SOBRE “POLÍTICA”

“A POLÍTICA CONSISTE EM ESCOLHER ENTRE O DESAGRADÁVEL E O DESASTROS - JOHN GALBRAITH

“P

eço a Deus que cresça o número de políticos capazes de entrar num autêntico diálo- go que vise efetivamente sanar as raízes profundas e não a aparência dos males do nosso mundo. A política, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, porque busca o bem comum. Temos de nos convencer de que a caridade “é o princípio não só das microrrelações estabelecidas entre amigos, na família, no pequeno grupo, mas também das macrorrelações como relacionamentos sociais, econômicos, políticos... Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres. É indispensável que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas perspectivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuida- dos sanitários para todos os cidadãos... Estou convencido de que, a partir de uma abertura à transcendência, poder-se-ia formar uma nova mentalidade política e econômica que ajudaria a superar a dicotomia absoluta entre a economia e o bem comum. Papa Francisco – “A alegria do Evangelho” – nº 205 “Gostaria de insistir que “a política não deve submeter-se à eco-

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nomia, e esta não deve submeter-se aos ditames e ao paradigma efcientista da tecnocriacia” (LS, nº 189). Embora se deva rejeitar o mau uso do poder, a corrupção, a falta de respeito às leis e a ineficiência, “não se pode justificar uma economia sem política, porque seria incapaz de promover uma outra ló- gica para governar os vários aspectos da crise atual. (LS, nº 196). Pelo contrário, “precisamos de uma nova política que pense com visão ampla e leve por diante uma reformulação integral, abrangendo em um diálogo interdisciplinar os vários aspectos da crise” (LS,nº 197). Papa Francisco – “Sobre a Fraternidade e a Amizade Social” – nº 177 “Perante tantas formas de políticca mesquinha e fixadas no interesse imediato, lembro que “a grandeza política mostra-se quando, em momentos difíceis, se trabalha com base em grande princípios e pensando no bem comum a longo prazo. O poder político tem grande difi- culdade em assumir este dever em um projeto de nação (LS, nº 178), e, mais ainda, em um projeto comum para a humanidade presente e futura. Pensar nos que hão de vir não tem utili- dade para fins eleitorais, mas é o que exige uma justiça autêntica, porque como ensinaram os bispos de Portugal, “a terra é um empréstimo que cada

geração recebe e deve transmitir à geração futura”. Papa Francisco – “Sobre a Fraternidade e a Amizade Social” – nº 178

PRINCÍPIOS ÉTICOS-MORAIS 1. BUSCA DO BEM COMUM (MAIOR BEM PARA O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PESSOAS; 2. TRABALHAR PARA A JUSTIÇA E A PAZ (“O DESENVOLVIMENTO É O NOVO NOME DA PAZ” ) – PAULO VI; 3. DISTRIBUIÇÃO JUSTA DO QUE É PRODUZIDO; 4. PROMOVER O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL; 5. OFERECER OS MEIOS DE OPORTUNIDADES IGUAIS PARA TODOS. “A POLÍTICA É A ARTE DO POSSÍVEL” – JOHM GALBRAITH “POLÍTICA É A ARTE DE CONSTRUIR CONSENSO” – LILIA M.SCHWARCS

Pe. Miguel Pipolo, OM. 15


AGENDA OBLATA

JANEIRO 02 03 04 04 05 05 06 06 06 06 07 07 07 07 07 07 08 09 09 09 11 12 12 14 15 15 15 15 15 17 17 17 17 17 19 19 19 19 19 19 21 22 22 23 24 26 30 31

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Pe. André Bouchard Pe. Sérgio Cordeiro Nunes Pe. José de Paulo Viana Ir. Geovani Pereira de Oliveira Pe. Antonio K Guilherme de Farias Pe. Sérgio Santana Pe. Francisco de Assis da Silva Pe. Josenildo Tavares Ferreira Diác. George Lins Fernandes Ir. Geovani Pereira de Oliveira Ir. Rivaldo Teixeira de Carvalho Ir. Jhordan de Simone Lima Ir. João Vitor Ferreira Barboza Ir. Jeferson Miranda da Silva Ir. José Diemeson de M. Gomes Pe. Manoel de Souza Valadão Pe. Francisco Rubeaux Pe. José Cássio da Costa Pe. José Valter Ferreira da Luz Pe. Fernando Ant. dos S. Medeiros Pe. Ednaldo Tavares da Silva Pe. João Silvino Figueiredo Neto Pe. Macário Francisco de Souza Pe. Ricardo de Almeida Ir. Geraldo Groenen Pe. Pedro Paulo Santos Pe. Francisco de Assis da Silva Pe. Cleber W. Lopes Pombal Pe. Wesley Soares de Araujo Pe. José de Paulo Viana Pe. José Roberto da Silva Araujo Pe. Antônio Pereira Sobrinho Pe. Eduardo de Assis Santos Pe. Lindomar Felix da Silva Pe. Armando Ferreira Gomes Pe. Edicarlos Alves da Conceição Pe. Patrick Oliveira Urias Pe. Josenildo Tavares Ferreira Pe. Carlos Francisco de Lucena Pe. Paulo E. Medeiros Pe. Arlindo Silva Moura Pe. Luís Antônio de Melo Pe. Marcos José Lima Pe. Manoel de Souza Valadão Pe. Guilherme Reinhard Pe. Edicarlos Alves da Conceição Pe. José Ronácio V. da Silva Pe. Henrique Leconte

Falecimento (1995) Falecimento (2019) Ordenação (2003) Aniversário () Primeiros Votos (2013) Primeiros Votos (2013) Aniversário (1968) Ordenação (1996) Primeiros Votos (2019) Primeiros Votos (2019) Primeiros Votos (2018) Primeiros Votos (2017) Primeiros Votos (2018) Primeiros Votos (2018) Primeiros Votos (2011) Primeiros Votos (2011) Falecimento (2019) Primeiros Votos (1986) Primeiros Votos (1986) Primeiros Votos (2009) Primeiros Votos (1999) Primeiros Votos (2002) Primeiros Votos (2002) Primeiros Votos (2007) Primeiros Votos (2000) Primeiros Votos (2000) Primeiros Votos (2006) Primeiros Votos (2006) Primeiros Votos (2006) Primeiros Votos (1998) Primeiros Votos (1998) Primeiros Votos (2004) Primeiros Votos (2004) Primeiros Votos (2004) Primeiros Votos (1984) Primeiros Votos (2008) Primeiros Votos (2008) Primeiros Votos (1992) Primeiros Votos (2003) Ordenação (1964) Primeiros Votos (1996) Primeiros Votos (1989) Primeiros Votos (1989) Ordenação (2016) Aniversário (1935) Ordenação (2013) PV (1994) Ord (1999) Falecimento (2018)

DATAS OBLATAS 13 Chegada da Delegação de Belém (1968) 25 Fundação da Congregação (1816)

FEVEREIRO 07 09 14 17 17 17 17 17 28

OMI – NOSSAS NOTÍCIAS

COORDENAÇÃO DESTA EDIÇÃO

Ir. Daniel Hayes Pe. José de Paulo Viana Pe. José Roberto da S. Araújo Pe. Roberto Valicourt Pe. Rubens Pedro Cabral Pe. João Altino Barbosa Pe. Antonio B. Mesquita Paulo Vitor Pe. Ednaldo Tavares da Silva

Falecimento (2008) Votos Perpétuos (2002) Aniversário (1972) Primeiros Votos (1957) Primeiros Votos (1978) Primeiros Votos (1978) Primeiros Votos (1982) Aniversário Ordenação (2004)

DATAS OBLATAS 02 Chegada da Delegação de Recife (1964) 17 Aprovação da Congregação (1826)

Pe. Sérgio de Santana, OMI.

Diác. George Lins Fernandes

Agência Grupo A REDE

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