29 de junho
IGREJA CELEBRA A FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO: DIA DO PAPA
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JORNAL
CIRCULAÇÃO NACIONAL
CNBB
Bispos do Regional Sul realizaram Assembleia em Aparecida
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Pastoral do Menor
Dom Tomé visita Fundação Casa em Mirassol e Tanabi Página 13
Regional Sul1
Sobre Ideologia de Gênero na Educação
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BeatiFicaÇão
Monsenhor Ângelo poderá ser Beato Página 7
FOCO
Pascom promove Fórum de Comunicação
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JUNHO/2015 ANO 16 Nº 207 Diocese de São José do Rio Preto/SP - EDIÇÃO REGIONAL -
Sagrado CoraÇão de Jesus
Padre Leonildo escreve sobre o Sagrado Coração de Jesus Página 5
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
DIOCESE 86 ANOS
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78ª Assembleia dos bispos do Estado de São Paulo Redação: Colaborou no texto Pe. Natal, coordenador diocesano de Pastoral Iniciou na tarde de terça-feira, 09 de junho, no Hotel Rainha do Brasil, em Aparecida, a Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, com o tema as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para 20152019, aprovadas pela Assembleia Geral da CNBB deste ano e suas implicações para o nosso Regional. Monsenhor Antônio Luiz Catelan Ferreira, assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), fez a apresentação do tema, detalhando os itens mais importantes do documento, citou os documentos pontifícios, que deram base às novas diretrizes. Ao falar das linhas das novas Diretrizes, monsenhor Antônio destacou a formação, a espiritualidade e a organização. “Formação não significa curso, mas integra a vivência comunitária, a participação em celebrações e interação com os meios de comunicação, falou. Completou dizendo que “para viver Igreja: comunidade de Comunidades, é imprescindível o empenho por uma efetiva participação de todos”. E enumerou: 1- diversidade ministerial; 2- união de ordenados, consagrados e leigos; 3- carisma da vida consagrada; 4- formação e atuação dos leigos agentes de pastoral; 5articulação das ações evangelizadoras. Após a apresentação do assessor, aconteceram diversas contribuições da assembleia, em interação com o assessor. Na quarta-feira, como primeira atividade da Assembleia, houve participação na missa na Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, presidida por Dom DemetrioValentini, bispo de Jales, homenageando os bispos jubilares. Após três dias de reuniões em Aparecida
XIII Congresso Nacional das Novas Comunidades Foto: Pe. Natal
(SP), os bispos do Regional Sul 1 da CNBB encerraram na manhã da quinta-feira, 11, a 78ª Assembleia do episcopado paulista. Presidiu a cerimônia de encerramento a nova presidência eleita: o arcebispo metropolitano de Campinas, Dom Airton José dos Santos; vice-presidente, Dom Pedro Luis Stringhini, bispo da diocese de Mogi das Cruzes; secretário-geral, Dom Júlio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e Vigário Episcopal da Região Lapa. O novo presidente expressou gratidão pela confiança da Assembleia, parabenizou os antecessores da Presidência pelo excelente trabalho e pediu apoio a todos nesse novo mandato a serviço da Igreja no estado de São Paulo. Foram, também, confirmados os nomes dos Presidentes das sub-regiões pastorais Foto: CNBB
1- APARECIDA – Bispo de Lorena (SP), Dom João Inácio Müller. 2- BOTUCATU – Bispo de Assis (SP), Dom José Benedito Simão. 3- CAMPINAS – Bispo de Bragança Paulista (SP), Dom Sérgio Aparecido Colombo 4- SÃO PAULO I – Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo 5- SÃO PAULO II – Bispo de Guarulhos (SP), Dom Edmilson Amador Caetano. 6- RIBEIRÃO PRETO I – Bispo de Franca (SP), Dom Paulo Roberto Beloto. 7- RIBEIRÃO PRETO II – Bispo da diocese de São José do Rio Preto (SP), Dom Tomé Ferreira da Silva. 8- SOROCABA – Bispo de Registro (SP), Dom D. José Luiz Bertanha. Todas as Sub-Regiões têm um Bispo Presidente que nomeia um presbítero como Subsecretário. Os presbíteros Subsecretários das Sub-Regiões Pastorais são convocados para participar da Comissão Episcopal Representativa. Participaram da assembleia representando nossa diocese: D. Tomé Ferreira da Silva, Pe. Natal, Coord. Diocesano de Pastoral e o Pe. Leonel Brabo, representando vice-presidente da OSIB, os formadores dos seminários do Estado de São Paulo. Fonte: http://www.cnbbsul1.org.br
EXPEDIENTE
O Jornal “Diocese Hoje” é editado pela Fundação Mater Ecclesiae. Fundador: Donizeti Della Latta E-mail: jornaldiocesehoje@hotmail.com Endereço: Avenida Constituição, 1372 - São José do Rio Preto/SP - Fone: (17) 2136.8699 Diretor Responsável: Dom Tomé Ferreira da Silva EQUIPE DE REDAÇÃO: Pe. Roberto da Silva Bocalete e seminarista Paulo Henrique de Castro. Colunistas: Pe. Roberto Bocalete, Pe. José Eduardo Vitoreti, Pe. Hallison Henrique de Jesus Parro, Pe. Rafael Dalben Ferrarez, Coronel Jean Charles Serbeto, Priscila Basso Castelar Vieira, Seminarista Paulo Henrique de Castro, Pe. Alexandre Pereira da Silva e Celso Silveira Colaboradores - edição de junho/2015: Pe. Leonildo Isauro Pierin, Castilho, Jaime Sanchez, Pe. Leonildo Pierin, Paulo Castro, Seminarista João Rafael Santos, Fabiano Passos da Silva, Leonor Maria Bernardes Neves, Fabiano Tane, Pe. Douglas Metran, Dayane Lourenzato André Botelho, Tiago José Demônico, Pe. Edvando Marcos Barufe, Leonor Maria Bernardes Neves, Pe. Natal dos Santos, Harley Pacola, profa. Mestra Valdete Belon Basaglia, Donizeti Della Latta e Robert Ishizawa. Fontes pesquisadas: http://bispado.org.br/, Jornal O São Paulo, CNBB Sul1. * Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores.
Distribuição gratuita Distribuído nas cidades de Adolfo, Altair, Álvares Florense, Américo de Campos, Bady Bassitt, Bálsamo, Buritama, Cedral, Cosmorama, Floreal, Gastão Vidigal, Guapiaçu, Ida Iolanda, Jaci, José Bonifácio, Lourdes, Macaubal, Magda, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Luzitânia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Parisi, Paulo de Faria, Planalto, Poloni, Pontes Gestal, Potirendaba, Riolândia, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Tanabi, Turiúba, Ubarana, Uchoa, União Paulista, Valentim Gentil, Votuporanga e Zacarias.
O XIII Congresso Nacional das Novas Comunidades acontecerá nos dias 24 a 26 de julho de 2015, em São José do Rio Preto, interior do estado de São Paulo. Nós, da Comunidade Católica Mar a Dentro, temos a alegria de sediá-lo dentro das celebrações do nosso Ano Jubilar de 25 anos de Fundação. Celebrar o Jubileu de 25 anos de Fundação é celebrar um ano de graça, de reconciliação, de solidariedade, de conversão, de perdão e de amor, enfim, um Ano de Cristo! É reconhecer que a obra não é nossa, mas do Espírito Santo de Deus. É Ele que nos conduz e impulsiona a ir Mar a Dentro; é Ele que plasma, configura, molda o nosso coração à imagem do Filho, Cristo Jesus. Vimos propor o tema “Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus” (Fl 2,5), porque a busca constante de assemelhar-se a Cristo é o caminho de toda a vida cristã, não é uma opção, é uma necessidade. O Papa Francisco disse em uma homilia que “ter os mesmos sentimentos de Cristo significa pensar como Ele, querer o bem como Ele, ver como Ele, caminhar como Ele. Significa fazer o que Ele fez e com os mesmos sentimentos seus, com os sentimentos do seu Coração” (03/01/2014). A escolha desse tema quer lançar uma luz mais intensa sobre o fato de que Cristo e os seus sentimentos devem ser o centro de nossas vidas, de nossas missões e de nossas formações. Os sentimentos do Filho devem orientar todos os aspectos e dimensões do homem e da fé, conduzindo-os, assim, a um ponto bem preciso, o próprio Cristo. Esse tempo de Jubileu é um tempo que recebemos de Deus e que queremos compartilhar com todas as novas comunidades do Brasil, como partes de um mesmo Corpo, membros da mesma Igreja. Uma das grandes graças que o Senhor nos concedeu, neste ano, são as indulgências plenárias. Após o pedido feito pelo nosso fundador, a Santa Sé concedeu esse dom a nós e a todos os que participarem do Congresso Nacional das Novas Comunidades, deste ano. Esse Congresso será um tempo de graça, tempo forte de formação, de oração e escuta do Senhor. Será marcado com momentos de fraternidade e de partilha entre as comunidades do Brasil, onde poderemos juntos traçar caminhos em comum, rumo à unidade perfeita em Cristo Jesus e com sua Santa Igreja. Durante o Congresso, além das palestras em comum, teremos os Workshops que nos enriquecerão com uma maior profundidade em temas específicos. Desde já, seja bem-vindo ao XIII Congresso Nacional das Novas Comunidades! A Comunidade Mar a Dentro abre um espaço em seu coração para acolher você e sua comunidade com alegria.
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NOTA DO REGIONAL SUL 1/CNBB
Sobre Ideologia de Gênero na Educação Bispos do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgaram nota, no dia 11 de Junho ao final da 78ª Assembleia Episcopal Regional, sobre a inclusão da chamada ideologia de gênero, nos planos municipais de educação. O texto contém esclarecimentos sobre o tema em questão. “Diante dessa grave ameaça aos valores da família, esperamos dos governantes do Legislativo e Executivo uma tomada de posição que garanta para as novas gerações uma escola que promova a família, tal como a entendem a Constituição Federal (artigo 226) e a tradição cristã, que moldou a cultura brasileira”, assinaram os bispos. Leiam o texto na íntegra: Aos Srs. Prefeitos, Presidentes e Vereadores dos Municípios, educadores e pais no Estado de São Paulo; Nós, Bispos católicos do Estado de São Paulo (Regional Sul 1 da CNBB), no exercício de nossa missão
de Pastores, queremos manifestar nosso apreço ao empenho dos Conselhos Municipais de Educação na elaboração dos Planos Municipais de Educação para o próximo decênio, a serem votados nas Câmaras Municipais. Destacamos nesses projetos, além da universalização do ensino, o empenho em colocar, como eixo orientador da educação, a inclusão social, para que uma geração nova de homens e mulheres possa se tornar construtora de uma sociedade onde todas as pessoas, grupos sociais e etnias sejam respeitados e possam participar e se beneficiar da produção dos bens materiais e culturais, numa nação cada vez mais próspera e justa. Consideramos, entretanto, oportuno e necessário esclarecer o que segue, no que se refere à ideologia de gênero, nos Planos Municipais de Educação: A discussão dos Planos Municipais de Educação deveria ser orientada pelo Plano Nacional de Educação (PNE), votado no Congresso Na-
cional e sancionado em 2014 pela Presidente da República, do qual já foram retiradas as expressões da ideologia de gênero. Os projetos enviados aos Legislativos Municipais incluíram novamente, em suas propostas, a ideologia de gênero, como norteadora da educação, tanto como matéria de ensino, como em outras práticas destinadas a relativizar a natural diferença sexual. A ideologia de gênero, com que se procura justificar esta “revolução cultural”, pretende que a identidade sexual seja uma construção exclusivamente cultural e subjetiva e que, consequentemente, haja outras formas igualmente legítimas de manifestação da sexualidade, devendo todas integrar o processo educacional com o objetivo de combater a discriminação das pessoas em razão de sua orientação sexual. A ideologia de gênero subverte o conceito de família, que tem seu
fundamento na união estável entre homem e mulher, ensinando que a união homossexual é igualmente núcleo fundante da instituição familiar. As consequências da introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas contradiz frontalmente a configuração antropológica de família, transmitida há milênios em todas as culturas. Isso submeteria as crianças e jovens a um processo de esvaziamento de valores cultivados na família, fundamento insubstituível para a construção da sociedade. Diante dessa grave ameaça aos valores da família, esperamos dos governantes do Legislativo e Executivo uma tomada de posição que garanta para as novas gerações uma escola que promova a família, tal como a entendem a Constituição Federal (artigo 226) e a tradição cristã, que moldou a cultura brasileira. Pedimos, ainda, que seja cumprido o que dispôs o Conselho Nacional de Educação, através da Câmara de
Educação Básica, que dispõe que o ensino religioso integra a base nacional comum da Educação Básica (na resolução número 4, de 13/07/2010, em seu artigo 14, § 1, letra F). Seja, pois, incluído, nos Planos Municipais de Educação, o ensino religioso, em sintonia com a confissão religiosa da família que tem filhos na escola. Queremos, também, solidarizar-nos com todos os que sofrem discriminação na sociedade. Que as escolas ofereçam uma educação que valorize a família e a prática das virtudes, acolhendo bem a todos, seja qual for a orientação sexual. Deus abençoe a todos que trabalham na educação das crianças, adolescentes e jovens. Aparecida, 11 de junho de 2015. Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer Presidente do Conselho Episcopal Regional Sul 1 – CNBB
Os bispos do Regional Sul 1 da CNBB (São Paulo) reunidos em Aparecida (SP) para a 78ª. Assembleia dos Bispos, divulgaram duas notas. Segue as notas na íntegra:
Mensagem aos Católicos e a todos os Cidadãos Nós, Bispos Católicos das Dioceses do Estado de São Paulo, reunidos na 78ª Assembleia do Regional Sul I da CNBB, diante dos acontecimentos da recente “parada gay 2015”, ocorrida na cidade de São Paulo, com claras manifestações de desrespeito à consciência religiosa de nosso povo e ao símbolo maior da fé cristã, Jesus crucificado, em nome da verdade que cremos, vimos através desta, como pastores do Povo de Deus: 1. Afirmar que a fé cristã e católica, e outras expressões de fé encontram defesa e guarida na Constituição Federal: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias” (artigo 5º, inciso VI). 2. Lembrar que todo ato de desrespeito a símbolos, orações, pessoas e liturgias das religiões constitui crime previsto no Código Penal: “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso” (Art. 208 do Código Penal). 3. Apelar aos responsáveis pelo Poder Público, guardiães da Constituição e responsáveis pela ordem social e pelo estado democrático de direito, que defendam o direito agredido.
4. Expressar nosso repúdio diante dos lamentáveis atos de desrespeito ocorridos; queremos contribuir com o bem-estar da sociedade, pois somos, por força do Evangelho, construtores e promotores da liberdade e da paz. 5. Manifestar nossa estranheza ao constatar um evento, como citado seja autorizado e patrocinado pelo poder público, e utilizado para promover atos que afrontam claramente o estado de direito que a Constituição garante. 6. Lembrar a todos as atitudes firmes do Papa Francisco quanto ao respeito pelo ser humano, aos mais pobres, aos mais simples, à religiosidade popular. 7. Recordar aos católicos que
a profanação de símbolos religiosos pede de nós um ato de desagravo e de satisfação religiosa, pela oração e pela penitência, pedindo ao Senhor Deus perdão pelos pecados cometidos e a conversão dos corações. 8. Reafirmar, iluminados pelo Evangelho e conduzidos pelo Espírito Santo, nosso respeito a todas as pessoas, também a quem pensa diferente de nós. E convidamos os católicos e pessoas de boa vontade a contribuírem, em tudo, para a edificação da justiça e da paz, do respeito a Deus e ao próximo. Por fim, confirmamos nosso seguimento a Jesus Cristo e damos testemunho da beleza de nossa fé católica, na certeza de que, assim, contribuímos para o bem da socie-
dade, anunciando o que de melhor recebemos: Jesus Cristo crucificado, “força e sabedoria de Deus” (1Cor 1,23s), fonte de toda misericórdia. Aparecida, 11 de junho de 2015.
Memória Litúrgica do Apóstolo São Barnabé Dom Odilo Pedro Scherer Presidente do Regional Sul I – CNBB Dom Moacir Silva Vice-Presidente do Regional Sul I – CNBB Dom Tarcísio Scaramussa Secretário do Regional Sul I – CNBB
Estado Islâmico O Estado Islâmico surge em 2003, no bojo da invasão dos Estados Unidos ao Iraque. De acordo com Loretta Napoleoni, é a última mudança de um grupo que se chamava Twahid al Jirah, que é o grupo de Abu Mus’ab al-Zarqawi – um militante do fundamentalismo islâmico, guerrilheiro e autoproclamado líder da Al-Qaeda no Iraque. É um grupo de SALAFISMO radical e praticamente, durante os anos 2003 a 2010, mudou de nome, tornou-se Estado Islâmico do Iraque, depois, Al Qaeda no Iraque. Quando em 2010 Al Baghdadi, que é o atual líder, foi eleito novo chefe, voltou à denominação de Estado Islâmico do Iraque. O grupo era muito fraco, teve grandes perdas em 2007. As tribos SUNITAS haviam se recusado a apoiar o jihadismo e, naquele momento, todos os movimentos do gênero tiveram problemas de manutenção no Iraque. A ideia do futuro califa, Al
Baghdadi - que futuramente se auto declara califa - era de se transferir para a Síria e utilizar a guerra civil para poder reconstituir o grupo. Portanto, para poder ter dinheiro suficiente para financiar o grupo. E assim aconteceu. Em vez de atacar as tropas de Bashar Al Assad, presidente da Síria, buscaram os próprios interesses. Não atacaram nenhum grupo JIHADISTA e, deste modo, conseguiram conquistar regiões importantes, que tinham grandes recursos e constituir o embrião do que hoje é o CALIFADO. Esses recursos foram geridos juntamente com a população. JIHADISTA: Os militares do Estado Islâmico são chamados de Jihadista, nome dado aos integrantes da Jihad, termo traduzido no ocidente como “Guerra Santa”. A palavra, originalmente, tem um significado mais espiritual, porém com o tempo passou a ser usado para designar a ação de grupos que
das quais procedem diversas disciplinas eclesiásticas, como a Teologia, a líturgia, a patrística e o direito canônico" Mas o latim é uma língua complicada, cheia de declinações, impossível de aprender, certo? Errado. É o que afirma o professor Rafael Palcón, que é formado em latim pela USP. Ensina latim há alguns anos e oferece um curso de latim pela internet, com um método próprio: “O Curso de Latim Online é
pegam em armas com o objetivo de impor um Estado Islâmico, ou para lutar contra aqueles considerados inimigos do Islã. CALIFADO: é a forma Islâmica Monárquica de governo que representa a unidade e liderança política do mundo islâmico. A posição de seu chefe de estado, o Califa, baseia-se na noção de um sucessor do profeta islâmico Maomé. SALAFISMO: Movimento surgido no Egito, no final do século XIX, cujo objetivo primário era reformar a doutrina islâmica de forma a adaptá-la aos novos tempos. Foi um produto do intenso contato que começou, desde o início do século XIX, entre o mundo islâmico e o mundo ocidental e pretendia chamar a atenção para uma via de desenvolvimento especificamente islâmica.
seu materno coração. Assim, o Papa Pio XII, em 1942, no auge da Segunda Guerra Mundial, consagrou o mundo todo ao Imaculado Coração de Maria, pedindo a sua intercessão pela paz no mundo e a harmonia entre os povos e nações. No dia seguinte à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos o Imaculado Coração de Maria, e isso é proposital! Coração de Filho e Mãe estão unidos no sacrifício pela salvação do mundo. Maria participou de forma singular do projeto salvífico de Deus,
Mané do Anjo
FONTE: Jornal O São Paulo
um programa de estudos completo, que abrange desde os fundamentos da gramática até a leitura de textos literários e filosóficos. (...) O método é original e intensivo: para desenvolver competências de leitura, avança por camadas progressivas de sentido, de modo que é possível ler textos originais desde a primeira aula". Para mais informações: cursodelatimonline.com.br
Imaculado Coração de Maria A devoção ao Imaculado Coração de Maria tem raiz no evangelho: do “SIM” para ser a mãe de Jesus ao sofrimento aos pés da cruz do Filho que dava a vida pela salvação do mundo, toda a missão de Maria foi vivida de coração e com o coração. Em Fátima, em 1917, a Virgem se apresenta aos pastorinhos como a Mãe do Céu e revela-lhes: “Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”. Nossa Senhora pede, ainda, consagração do mundo ao
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Memória
Para aprender latim online Ao instituir a Pontíficia Academia de Latinidade, no dia 10 de novembro de 2012, o Papa Bento XVI afirmava: "Nota-se na cultura contemporânea, dentro de um contexto de enfraquecimento generalizado dos estudos humanístas, o perigo de um conhecimento cada vez mais superficial da língua latina, e igualmente nos estudos filosóficos e teológicos dos futuros padres'. Segundo Bento XVI, o latim é "mais do que nunca necessário para o estudo das fontes
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acompanhando seu Filho até à cruz. Seu coração, transpassado pela espada de dor e sofrimento, é imagem de sua cooperação com a redenção. Que o Imaculado Coração de Maria, padroeira de nossa diocese, desperte em nossos corações a fé e a confiança em sua intercessão! Imaculado Coração de Maria interceda sempre por nós e sede nossa proteção! Tiago José Demônico Seminário Maior Diocesano.
A pequena cidade de Lourdes lembra com saudade do nosso irmão Mané do Anjo, homem simples, humilde, de muita fé em Nosso Senhor Jesus Cristo e devoto de São Benedito. Nascido em 15 de Abril de 1934, Manoel Antônio de Oliveira, conhecido por todos, carinhosamente, como Mané do Anjo, veio da Bahia ainda criança para residir na antiga Vila Lourdes. Aqui passou toda sua infância e adolescência onde casou-se, em 19 de Junho de 1954, com a Senhora Juracy Pereira de Oliveira e tiveram 9 Filhos. Religioso praticante por herança de seus pais, foi um sinal vivo de amor pela Igreja. Em sua juventude, já era Leiloeiro nas
grandiosas quermesses realizadas em prol da Igreja Católica. Em meados dos anos 60, com a ajuda da comunidade, iniciou a construção da primeira Capela, onde se localiza a Matriz, que por devoção a essa foi dedicada a São Benedito. Ficou na presidência e Coordenação da capela por mais de 10 anos consecutivos, sempre contribuiu para as obras cristãs, como também não media esforços para praticar o bem comum e o trabalho incessante para o crescimento religioso da Comunidade, usando da paciência e serenidade nas dificuldades encontradas. Toda sua história de vida é lembrada pela sua perseverança na fé. Semeou o amor e a união entre as famílias da comunidade através do testemunho do seu matrimônio, bem como cultivou muitos bons amigos, que estiveram ao seu lado enquanto fez morada nesta Terra. Deixou-nos em 03 de abril de 2013, com fé inabalável na graça e misericórdia de Deus. Hoje lembramos, com saudade desse nosso querido irmão, que sempre demonstrou amor e carinho pela Palavra de Deus e o anúncio da mesma, para com todos da comunidade e, especialmente, pelos mais necessitados. Que a Misericórdia de Deus lhe conceda o descanso eterno nos braços do Pai! Pe. Alexandre Pereira da Silva – Lourdes/SP
Pastoral da Mobilidade Humana De 14 a 21 de junho acontece a 30ª Semana do Migrante, promovida pelo Serviço Pastoral do Migrante (SPM) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema “Sociedade e Migração” e o lema “Não ao preconceito, por direitos e participação” propõem o aprofundamento da reflexão contida na Campanha da Fraternidade 2015, com base na realidade dos migrantes presentes no Brasil. “O SPM oferece, nesta 30ª Semana do Migrante, um rico trabalho para ajudar nossas comunidades a refletir, aprofundar e celebrara a realidade da migração, iluminadas pela vivência da Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema ‘Igreja e sociedade’
nos possibilitou compreender melhor e contextualizar a missão de Jesus e dos seus seguidores no mundo: ‘Eu vim para servir’”, explica o bispo de Pesqueira (PE) e referencial do setor pastoral da Mobilidade Humana da CNBB, Dom José Luiz Ferreira Sales. De acordo com o bispo, a proposta é dar continuidade e aprofundamento da reflexão sob “o prisma e o recorte da migração, presente na sociedade brasileira desde o seu nascedouro até os dias de hoje”. O SPM disponibilizou para a Semana dois subsídios. Há o texto-base com a mensagem de dom José Luiz Ferreira Sales e a contextualização do tema e do lema escolhidos.
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O Sagrado Coração de Jesus e a Misericórdia Misericórdia é a atitude de relacionamento generoso para com os semelhantes e os súditos, sobretudo o amor de Deus para com seu povo em nome da aliança (Ex 34,5s) 1 Na experiência mística e as revelações particulares em Santa Margarida Maria Alacoque, temos a manifestação de Jesus como fornalha ardente de amor, um amor incondicional e incansável mostrando com que amor Deus nos ama e espera dos homens uma reciprocidade, pois o que Deus espera dos homens é isto: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12) Os dias que estamos vivendo refletem uma sociedade que cobra muitas coisas e tais cobranças mostram a necessidade, a sede que as pessoas têm de Deus, sede de um mundo melhor que viva mais o amor e a misericórdia. Assim, somos convidados a contemplar o amor do coração de Jesus. Um coração transpassado (Jo 19,34-37). Esse coração transpassado demonstra que o amor para com os homens e para com Deus é inseparável e se manifesta pela compaixão universal, sobretudo, para com os pequenos doentes e aflitos. “Eu vos darei um coração novo” (Ex 36,26) com essas palavras, o profeta faz ressoar em nós como Deus sacia a sede que há no coração do homens, mostra-nos, com vigor, que a vida do homem que crê em Deus, voltado para o futuro pela esperança e chamado à comunhão do amor, edifica e promove a vida. Essa vida é a do coração, é a vida do homem interior (II cor 4,16b). Essa vida é iluminada pela verdade admirável do coração de Jesus, que se oferece pelo mundo. Essa verdade e realidade dos nossos dias levou o Papa Francisco a
proclamar o Jubileu extraordinário da misericórdia, iniciando dia 08/12/2015, festa da Imaculada Conceição e concluindo em 20/11/2016 a festa de Cristo Rei. Neste ano, deseja-se que: - as obras de misericórdia temporais e espirituais sejam mais praticadas; - uma maior aproximação do sacramento da confissão; - as pessoas vençam a indiferença; - cresça a inclusão dos mais sofridos; - maior abertura de coração aos semelhantes; - uma crescente comunhão com Cristo que gera paz interior; - redescobrir a beleza da conversão; - perseverar no caminho com Cristo Jesus. Isso é algo possível e que tanto o mundo necessita! É seguindo bem junto ao coração de Jesus, que a humanidade vai aprender a conhecer o sentido verdadeiro e único de sua vida, de uma vida autenticamente Cristã, principalmente se unir o amor filial com Deus e o amor ao próximo. Essa é a verdadeira reparação que o Coração de Jesus nos pede sobre as ruínas causadas pelo ódio, intolerância, indiferença, relativismo e pela violência. Na vida, prosseguimos firmemente com esperança e misericórdia da tão desejada civilização do amor, o Reino do Coração de Jesus. A misericórdia será sempre maior que qualquer pecado. Ninguém pode colocar um limite no amor de Deus que perdoa (Mv 3) Bem Aventurados os misericordiosos, porque alcançarão a misericórdia.
Solidariedade, tá na veia!
Pe. Leonildo Isauro Pierin
sagradocoracaojesusparoquia@gmail.com
Participe da Campanha Nacional de Doação de Sangue Seja um doador ou parceiro e ajude a salvar vidas. Veja como é fácil fazer parte da campanha! Procure um agente da Pastoral da Saúde de sua cidade e receba as devidas orientações. Visualizar em solidariedadetanaveia.com.br Mais detalhes http://bispado.org.br
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Assembleia Nacional da Pastoral do Povo da Rua
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CURSO DE TEOLOGIA
- Novas Inscrições O curso de Teologia noturno, no Centro de Estudos Superiores Sagrado Coração de Jesus, abrirá novas inscrições para o segundo semestre deste ano a partir de julho. O Curso - dividido em blocos, por semestre - prepara-se para acolher novos alunos a partir do dia 04 agosto. A Teologia (noturna) tem como objetivos proporcionar o aprofundamento nas razões da fé por meio de uma reflexão filosófico-teológica, além de oferecer aos agentes de pastoral um desenvolvimento do saber na dimensão religiosa, para um serviço mais qualificado e eficaz na evangelização. As aulas acontecem no Centro
de Estudos, de terça-feira à quinta-feira, das 19h30 às 22h (04 aulas). Em cada semestre, a grade curricular conta com seis disciplinas, sendo este primeiro ano de formação introdutória nas áreas filosóficas e teológicas. Os interessados em ingressar no Curso de Teologia devem procurar a secretaria do Centro de Estudos Superiores Sagrado Coração de Jesus (rua Presciliano Pinto, 1840 - fundo do Seminário Diocesano) e fazer sua matrícula. A mensalidade é equivalente a um quarto do salário mínimo vigente. Mais informações pelo telefone (17) 3231-1224.
LI E RECOMENDO A Pastoral do Povo da Rua promoveu a 2ª Assembleia Nacional, no Seminário Santo Afonso, em Aparecida. O evento foi realizado, de 15 a 17 de maio, e reuniu cerca de 80 agentes de pastoral de 18 estados. Nossa diocese foi representada por dois membros da pastoral, Carlos e Jaime Sanchez que participaram das discussões, celebrações e momentos de partilha programados para o evento.
Na oportunidade, a Pastoral do Povo da Rua fez uma reflexão sobre a espiritualidade, junto ao povo da rua e catadores, que “deve ser marcada pelo amor-serviço aos mais pobres e abandonados”. A proposta de trabalho da Pastoral busca ajudar a Igreja a estar nas “situações mais extremas de abandono social”, de maneira a efetivar a “presença transformadora da Igreja na sociedade”.
Também, foram discutidos temas, como: internações, falta de banheiros públicos fora da área central das cidades e abertos aos finais de semana, a falta de moradias e políticas públicas destinadas à população de rua.
O Monge e o Executivo
Jaime Sanchez
jaimesanchez@bol.com.br
Semana Nacional da Oração pela Unidade dos Cristãos “Dá-nos um pouco da tua água” é o tema da Semana Nacional de Oração pela Unidade dos Cristãos e Cristãs (SOUC). O evento ocorreu, de 17 e 24 de maio, e buscou refletir sobre a unidade cristã e o diálogo entre as religiões. As Igrejas e comunidades cristãs, que participam do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), realizaram celebrações e cultos ecumênicos. Elas têm como missão promover e estimular relações ecumênicas entre Igrejas cristãs e o fortalecimento do testemunho em favor dos Direitos Humanos.
Celebração Ecumênica na Paróquia Menino Jesus de Praga em São José do Rio Preto.
Li e Recomendo o livro “O Monge e o Executivo” de James C. Hunter. Na obra, o protagonista John Daily narra uma história vivenciada por ele mesmo, passada em um mosteiro beneditino durante um retiro espiritual de uma semana, no qual tem várias experiências durante palestras e momentos de reflexão, que o fazem repensar na sua maneira de liderar seus comandados, na empresa em
que trabalha e é um conceituado executivo. O retiro é ministrado por um frade beneditino, que se apresenta como Irmão Simeão. Na verdade é Leonard Hoffman, um ex-executivo de muito sucesso, que abandonou tudo há alguns anos. “O Monge e o Executivo” me agradou por levar cada leitor a participar do mesmo retiro do personagem, compartilhando suas descobertas e desafios. No livro, Irmão Simeão nos leva a desconstruir o conceito negativo de liderança como expressão de poder e reconstruí-lo de uma maneira muito bonita e verdadeira a partir da autoridade. Surpreendeu-me, também, o livro apresentar Jesus como modelo de líder, e o amor como base da autoridade do líder. Sabemos que Jesus foi e é um grande líder, e que o amor é o alicerce de tudo, mas o livro apresenta essas duas realidades de uma maneira nova e prática, capaz de nos inquietar, invertendo nossos paradigmas. Celso Silveira
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As bondades do Senhor! Não terminaram!¹ (Uma Reflexão sobre a Misericordiae Vultus)
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Dia Mundial das Comunicações
“As suas ternuras não se esgotam. Renovam-se a cada manhã.” ² Misericordiae Vultus titula a Bula em que o nosso Papa Francisco proclama o Jubileu Extraordinário da Misericórdia - o Ano Santo da Misericórdia. Esclarece-nos o Bispo de Roma que este Ano Santo terá início no dia 8 de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição de Maria, data que também recorda 50° aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II. Tal evento será marcado pelo perdão - por meio do Sacramento da Confissão (n° 17); pela peregrinação - por meio do buscar, levar e partilhar da Misericórdia Divina (n° 14); das obras de misericórdia corporal e espiritual (n° 15) - por meio da caridade, da inclusão e da “abertura do coração (...) nas mais variadas periferias existências” (n° 15); do “encontro com outras religiões” (n° 23); da indulgência - suprimindo a fuligem do pecado, mostrando o “perdão que cobre toda a vida do crente” (n° 22). Neste ato, entretanto, todos os cristãos são convocados a missionarizar no amor e na esperança, difundindo o apelo à conversão, inclusive aos corruptos e criminosos (n° 19). A peregrinação é ponto alto neste Ano Jubilar da misericórdia. O Papa Francisco aclama que nós nos percebamos peregrinos e “que a vida é uma peregrinação” (n° 14). Sendo “a misericórdia uma meta a ser alcançada com empenho e sacrifício” (n° 14), portanto, como peregrinos, o Pontífice nos convoca para que nós nos dirijamos à Igreja e atravessemos a Porta Santa; e esse ato se constituirá sinal da misericórdia que deve ser contemplada, buscada e partilhada por todos os fiéis. Não obstante, a mensagem dirigida “a todos, sem distinção” (n° 12) - exprime que O Rosto da Misericórdia³ é, sem dúvida, Jesus de Nazaré (n° 1), sendo este o “caminho que une Deus e o homem” (n° 2) e firmando-se como fonte de vida e santidade capaz de promover e “individuar o amor da Santíssima Trindade” (n° 8). Deste modo, o Papa motiva a Igreja a permanecer como “sinal eficaz do agir (misericordioso) do Pai” (n° 3).
Assim, a Bula nos recorda que, no Antigo Testamento, Deus se apresenta como “Misericordioso e clemente” (Ex 34,6), solícito em “amparar os humildes” (Sl 146, 3) e, entre outros textos, exprime que permanece “eterna a sua misericórdia” (Sl 136). No Novo Testamento, por sua vez, entre outras citações, as parábolas revelam a Misericórdia Divina, por exemplo, no pai que acolhe os seus dois filhos, no resgate da ovelha e/ ou da moeda perdida (Lc 15, 1-32). Contudo, aqui, é propício rememorar as palavras de Jesus Cristo no Sermão da Montanha: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 18,22). Neste passo, a bula do Papa Francisco nos exorta “a assumir o anúncio jubiloso do perdão” (n°17), fazendo jus ao lema do ano Santo: “Misericordiosos como o Pai” (n° 14) e tendo por prática “tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes” (n° 3). Desta forma, para que assumamos o perdão como um compromisso e nossa Igreja como um espaço privilegiado da misericórdia - além de promover a inclusão, eliminando a indiferença (n° 12 e 15) - portanto, será imprescindível valorizar o Sacramento da Confissão. Afinal, o texto expressa que “a credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso” (n° 10) que reconhece no “perdão uma força que ressuscita para a vida” (n° 10). Igualmente, o Pontífice deseja que a Porta Santa da Misericórdia se abra para que todas as pessoas experimentem “o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança” (n° 3). O Sacramento da Confissão, também, recebe destaque na Carta do Papa Francisco. O perdoar/ser perdoado permanece para a Igreja como belo sinal de mudança de vida; o confessor permanece como “sinal da misericórdia do Pai” (n° 17); e, por sua vez, concernindo ao penitente assumir esse dom e “buscar a sua paz interior” (n° 17). As palavras do Papa Francisco oferecidas a nós são tão concretas e encarnadas, que podem ser traduzidas
na vida e partilhadas em todos os contextos. Por elas, é-nos possível crer e amadurecer na misericórdia; sim, suas exortações inspiram-nos uma conduta que nos leva a arrancar as arrogâncias da alma e viver a candura da fé. Sem dúvida, portanto, um gesto de ternura realizado por nós faz com que ressoemos o Rosto de Cristo no mundo. Pois, não temer o afrontar com nossas misérias, do deixarmo-nos ser humilhados pelos nossos pecados para, depois, sermos resgatados pelo olhar misericordioso do Deus Trino, com certeza, faz-nos “regressar ao essencial” (n° 10) - como deseja o Papa Francisco. Contudo, deixando suas marcas proféticas, o Ano Santo da Misericórdia terá seu fecho no dia 20 de novembro de 2016, Solenidade de Cristo Rei, indicando o senhorio de Jesus4, “Rei do Universo” (n° 5). Finalmente, instigados pela espiritualidade papal, possamos nos deixar “surpreender por Deus” (n° 25), anunciando, vivendo e partilhando da Misericórdia Divina revelada por meio do Rosto de Jesus. Pe. Edvando Marcos Barufe
¹ Bíblia Tradução Ecumênica (TEB). Lamentações 3, 22a. Loyola: São Paulo, 1994, p. 1335. 2
Missa na Capela da Catedral de São José presidida pelo padre Hallison Parro.
No dia 17 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor, a Igreja celebrou o Dia Mundial das Comunicações Sociais. Em sua carta dirigida aos comunicadores neste ano, o Papa Francisco escreveu acerca do tema: “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”. Para celebrar esse dia, a Pastoral da Comunicação diocesana participou de uma missa na Capela da Sé Catedral no sábado, 16, presidida pelo Pe. Hallison Parro. No domingo de manhã, membros
da equipe diocesana da Pascom se reuniram no Santuário da Vida, na Rede Vida, para a celebração eucarística, presidida pelo bispo Dom Tomé Ferreira da Silva. O Dia Mundial das Comunicações Sociais também foi celebrado em diversas paróquias da diocese, dentre elas, na Paróquia Menino Jesus de Praga, em São José do Rio Preto, e na Paróquia São Sebastião, em Bady Bassitt. Por: Paulo Castro
Id., Lamentações 3, 22b-23.
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Francisco, Papa. Misericordiae Vultus - O rosto da Misericórdia. Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Documentos do Magistério. Paulus/Loyola: São Paulo, 2015. 4
VIAN, Giovanni Maria. Síntese da fé cristã. L’Osservatore Romano. Ano XLVI. N° 16. Cidade do Vaticano, 2015, p. 10.
Site da Diocese: http://bispado.org.br/
Apostolado da Oração No último dia 17 de maio, aconteceu, como de costume, a concentração anual do Apostolado da Oração na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em São José do Rio Preto. Na ocasião, além das orações, espiritualidade, convivência fraterna e partilha, foi realizada a votação com a indicação de nomes de padres para a escolha do novo diretor diocesano para o Apostolado. Essa concentração tem acontecido por vários anos com o objetivo de promover e fortalecer esse tão rico movimento e de elevada importância
para nossas comunidades, pois cultiva e tem como missão para a evangelização a ORAÇÃO sem a qual não podemos nos manter de pé, já que a mesma une a Terra ao céu. Para que seja cumprido o que nos ensina as Escrituras, devemos orar sem cessar (Mt 7.7; Mt6,5ss; Mt 18,19-20), pois o próprio Jesus é o homem da Oração em todos os momentos e situações de sua vida (Mt 26,36). Por Pe. Leonildo Pierin
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29 de junho: Dia do Papa No dia 29 de junho, a Igreja celebra a festa de São Pedro, o apóstolo que Jesus escolheu para ser o chefe dos apóstolos como se lê no evangelho de São Mateus (16, 18) “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” Igreja”. Essa celebração ensina-nos que a Igreja está alicerçada sobre o fundamento dos apóstolos ecoando as palavras do próprio Cristo: “Quem vos ouve, a mim ouve” ouve”. Pedro, escolhido por Jesus para ser o chefe dos apóstolos e da Igreja, soube apascentar as ovelhas que lhe foram confiadas, confirmando-lhes a fé com a doação da própria vida. Em sua figura de pastor, vivemos a unidade e a comunhão na fé e na caridade.
Durante a peregrinação temporal da Igreja, muitos homens foram escolhidos e confirmados pelo Espírito para o ministério de bispo de Roma. Esses homens foram capazes de responder ao mesmo chamado que Jesus faz a Pedro: “Confirma os teus irmãos” (Lc 22, 32). Assim, o magistério da Igreja soube conservar e traduzir, na figura do papa, a expressão da Igreja peregrina sobre a Terra, num só rebanho, com um só pastor. Atualmente, nosso pastor universal é o papa Francisco, jesuíta, que era arcebispo de Buenos Aires. Em sua primeira Encíclica ele traduz a sua imagem: um homem apaixonado por Cristo, comunicador da Alegria do Evangelho.
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AlimentaÇão SaudÁvel O arroz integral contém mais fibras, minerais e vitaminas, principalmente as do complexo B, do que o arroz branco. É uma melhor opção para diabéticos e também auxilia no bom funcionamento do intestino. Esta receita é uma sugestão para inserir o arroz integral no seu dia a dia.
Arroz Integral Saboroso
Seminarista João Rafael Santos
Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Paz
Sociedade São Vicente de Paulo
Acampamento dos Jovens Vicentinos
Ingredientes: 2 xícaras (chá) de arroz integral 5 xícaras de caldo de legumes caseiro 1 colher (sopa) de cebola picada 1 dente de alho amassado 1 colher (sobremesa) de óleo de girassol (mas pode ser de soja ou de milho) 1 xícara (chá) de cenoura ralada Salsinha fresca picada a gosto Caldo de Legumes Caseiro: 6 a 7 xícaras (chá) de água ½ cenoura média picada 1 tomate picado ½ cebola picada ¼ alho-poró picado (parte branca) ¼ pimentão vermelho ou amarelo Sal a gosto
Os Conselhos Central e Metropolitano da Sociedade São Vicente de Paulo realizaram, nos dias 23 e 24 de maio, o Acampamento de Pentecostes Vicentino, em Macaubal. Cerca de 50 jovens participaram do evento que teve
como tema: “Figura do pobre e a caridade. Mudança de estruturas”. O evento contou com: peças teatrais, dinâmicas em grupo, momentos de oração, reflexões sobre a figura do pobre em situação de vulnerabilidade social. Foi encerrado
com a Santa Missa, presidida pelo padre Márcio dos Santos, assessor espiritual do Conselho Central de São José do Rio Preto. Fotos: Castilho
* Podem ser utilizados os legumes de sua preferência. Não utilize caldo de legumes industrializado, pois além de ter sódio em abundância, contém aditivos químicos, como conservantes e corantes.
Modo de Preparo: Caldo de Legumes: Cozinhe todos os legumes na água por 10 minutos. Coe o caldo e utilize no preparo do arroz. Os legumes que não serão utilizados nessa receita podem ser usados para preparar sopas, carnes com molho, entre outros. Arroz: Em uma panela, coloque o óleo e refogue o alho e a cebola; Acrescente 5 xícaras de caldo de legumes e, quando ferver, coloque o arroz. Cozinhe em fogo baixo. Quando o arroz estiver aparecendo, prove o sal e o cozimento. Se necessário, acrescente mais ½ xícara de caldo (quente). Acrescente a cenoura. Mantenha a panela tampada. Depois de pronto, acrescente salsinha picada. Rendimento: 4 porções Substitua o arroz branco por arroz integral nas preparações, como galinhada, arroz de forno, arroz à grega, ou também pode acrescentar alguns legumes de sua preferência, como por exemplo, brócolis ou cenoura. Priscila Basso Castelar Vieira Nutricionista
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Encontro sobre Ecumenismo Amigos e amigas leitores(as) de nosso Jornal: agradeço o carinho e a atenção dedicada à coluna “Pergunte e responderemos” conto com a interação de vocês para que, cada vez mais, possamos esclarecer nossas dúvidas de fé. Vamos a nossa pergunta do mês:
Domingo da Trindade, dia 31 de maio, no salão paroquial do Santuário Das Almas em Rio Preto, a Comissão Diocesana para o Diálogo Ecumênico e Inter-religioso realizou o encontro “Que Seja um” das 8h às 13h. Agraciados com a presença e assessoria do Pe. José Bizon, coordenador da Casa da Reconciliação, da dimensão ecumênica e inter-religiosa na Arquidiocese de São Paulo e do Regional Sul1, animamos para o diálogo e a cultura da Paz cinquenta participantes provenientes de mais
de 15 paróquias e das cidades de Rio Preto, Potirendaba, Mirassol, Votuporanga e Itajobi (Diocese de Catanduva). Com a bênção e a visita de Dom Tomé, tivemos a oportunidade de conhecer a história do movimento ecumênico e suas realizações em nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Pe. Bizon respondeu a várias perguntas dos participantes e interagiu conosco de forma espontânea e humorada. Ficou clara a todas as pastorais, movimentos e atividades missionárias a necessidade de aber-
tura ao ecumenismo, viver em tudo a dimensão do diálogo, respeito e alteridade, como também a necessidade de fundação de comissões para o diálogo, também em nível paroquial e regional. Agradecemos a todos que participaram e se envolveram para a realização desse momento de formação e partilha. Graça e Paz, em Cristo Jesus! Colaboração: Fabiano Passos da Silva (Com. Vox Dei) Coordenador da CODEIR S.J. Rio Preto
Encontro do Ensino Religioso
A Pastoral do Ensino Religioso realizou, no dia 16 de maio, em São Paulo, no Colégio São Bento, o I Encontro Ampliado para coordenadores da Pastoral do Ensino Religioso do Regional Sul 1(São Paulo) da CNBB. O evento contou com 30 participantes, entre educadores e agentes de pastoral, vindos da Capital e de diversas cidades do Interior de São Paulo. O objetivo do encontro foi colocar em comum as experiências das Dioceses, que compõem o Regional Sul 1, no trabalho de implantação do Ensino Religioso nas escolas e proporcionar um momento de formação e atualização das propostas atuais.
Os trabalhos foram conduzidos pelo professor Pe. Edísio Silva, secretário Estadual do E.R. O bispo auxiliar de São Paulo, Dom Júlio Endi Akamini, iniciou o encontro com uma oração e, em seguida, falou sobre a Espiritualidade e Missão do Educador, discípulo e missionário, no contexto atual da Igreja. No espaço para a partilha, o padre Roberto Rosalino, diretor da Associação Nacional de Educação Católica (ANEC), falou sobre seu trabalho e a disponibilidade da Faculdade Claretianas para a formação de professores. Depois, as professoras Orsy Nascimento Oliveira e Leonor Neves falaram de suas experiências e do material pedagógico na área de ensino religioso. Posteriormente, foi presidida uma celebração eucarística, na capela do Mosteiro, com a participação de todos os presentes. Na parte da tarde, o padre Edísio Silva falou sobre o Perfil Pedagógico do Educador, com suas competências e metodologias atuais de Projetos, e padre Antônio Ribeiro falou sobre o Perfil dos
Jovens e sua Evangelização com a Proposta Atual de Questionário e Caminhos e Projetos de Vida com Educação em Valores. Abriu-se um grande debate com proposta por parte dos coordenadores. No final do encontro, Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar de São Paulo, falou sobre seu trabalho no Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade, e algumas propostas sobre o Ensino Religioso na Arquidiocese de São Paulo. Os participantes receberam, ao final do Curso, um certificado emitido pela coordenação Regional da Pastoral do Ensino Religioso. Nossa diocese foi representada pela professora Leonor Maria Bernardes Neves, que partilhou com os demais participantes suas experiências e do material pedagógico na área de ensino religioso. Colaboração: Leonor Maria Bernardes Neves
Hoje se fala muito da importância e do valor da mística cristã para que tenhamos discípulos autênticos. “Ou seremos místicos ou não nada”, aponta Karl Rhaner. O que é a mística? Mística tem relação com a espiritualidade encarnada: pode-se entender a mística como sendo espiritualidade em ação, atitude que parte da experiência de fé em vista da iluminação transformadora da realidade, difundindo no “agora da vida” os valores cristãos. A mística é a aceitação do mistério e ao mesmo tempo favorecimento dessa experiência a outras pessoas. No que eu aceito, eu conduzo. A palavra mística é um adjetivo da palavra mistério em grego. Diz-se que alguém é místico quando tem uma experiência pessoal com Deus e age com base nessa experiência, tendo-a como referencial de valor em suas decisões e ações. O místico testemunha um encontro com Deus e constrói um caminho experiencial rumo ao sentido último da vida, agindo sempre em favor do que mais precisa ser reconhecido. A mística cristã não consiste, em primeiro lugar, num mergulhar em si mesmo, mas no encontro com a palavra que nos precede, encontro com o Filho e com o Espírito Santo. Assim, o orante se torna um só com o Deus vivo, que está sempre tanto em nós como acima de nós.
No Catecismo da Igreja católica, a mística é entendida como parte essencial da santidade cristã, definida como a união íntima com Cristo, que nos faz partícipes do mistério de Jesus pelos sacramentos. O místico, a caminho da santidade, sabe que encontrou o fundamento de sua vida, sendo assim, age a partir de Jesus Cristo. Na cultura, seria um grande processo de humanização agir de acordo com a mística do Reino de Deus, lutando pela integralidade da pessoa. Nesse sentido, a espiritualidade não pode ser senão encarnada e geradora de novos valores. Mesmo que me obriguem a adorar outros deuses, tais como o consumo, os bens, os padrões de beleza, mantenho-me fiel à minha experiência libertadora e comunico a mística no testemunho. Doação, solidariedade, compaixão, experiência de cuidado com o outro exige mística, exige um movimento de sair de si em busca do outro. É na vida, numa dada cultura e no cotidiano das relações, que se manifesta a espiritualidade: o dinamismo interno que impulsiona ao amor pela dignidade da pessoa, rejeitando aquilo que fere, ofende, denigre e desfigura o outro; a caridade como amor em prática e o cultivo de sementes que façam germinar de forma autônoma uma opção pelos valores cristãos são evidências de uma mística capaz de sanar as “epidemias” de uma pós-modernidade cética e indiferente. Envie, também, sua dúvida que poderá ser respondida na próxima edição do jornal, escreva e-mail para robertobocalete@ yahoo.com.br. Obrigado e até o mês que vem.
Pe. Roberto Bocalete
Administrador Paroquial da Paróquia São João Batista - Américo de Campos
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FOCO e Diretório de Comunicação Pastoral BÍblico-CateQuÉtica
Diretório Nacional da Catequese
Foi realizado no dia 30 de maio de 2015, no Campus da UNIRP, o 9º Fórum da Comunicação do Noroeste Paulista - FOCO. O curso foi promovido pela Pascom Diocesana, com intuito de dar formação e debater um pouco sobre a Comunicação nas comunidades, com Oficinas práticas e teóricas. Os Workshops de rádio, jornal impresso e fotografia ficaram a cargo de professores da Universidade e tiveram início às 8h da manhã depois de um café da manhã servido no local. Neste ano, contamos com a presença de uma das mais experientes comunicadoras da Pascom , Irmã Helena Corazza, que palestrou sobre o Diretório da Comunicação
da Igreja do Brasil, aprovado no ano de 2014. Segundo Irmã Helena, a grande conquista em nível nacional foi o Diretório da Comunicação, uma orientação para nossos comunicadores, documento tão sonhado e preparado pacientemente por muitas mãos. O FOCO contou com a presença de vários agentes comunicadores de toda Diocese, e o intuito do evento foi alcançado. Espera-se muito desses agentes, para que eles possam ter levado não só o lado prático e teórico, que foram adquiridos nas oficinas, mas também o lado espiritual, que foi amplamente discutido com nossa Irmã Helena. Segundo ela, o comunicador cristão tem que se voltar para o anúncio de Jesus, a
COLUNA DO SEMINÁRIO
Vida de oração no Seminário O dia de um seminarista começa cedo! E o primeiro compromisso do dia é a oração. Uma vida de oração é fundamental para todo sacerdote que só, assim, alimentará sua espiritualidade, encontrará cada vez mais o sentido de seu ministério e beberá constantemente da água que sacia sua vocação. É no Seminário que tem início o processo de amadurecimento da vida espiritual de um vocacionado ao sacerdócio, por meio de uma rotina de oração individual e comunitária: individual, porque devemos buscar uma intimidade
com Deus e desenvolver uma relação pessoal com o Criador; comunitária, porque a relação com o Pai nos abre à pessoa do outro e, assim, tornamo-nos irmãos e formamos a Igreja. De fato, Jesus disse: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20). A vida de oração comunitária no Seminário envolve basicamente duas coisas: a participação diária na Santa Missa e na Liturgia das Horas. A Santa Missa, celebrada diariamente às 6h30, é o primeiro compromisso do dia. Alimentar-se
evangelização. Portanto, temos que acompanhar a nossa comunicação com o testemunho. Se pautar na ética e nos princípios que a Igreja prega. Acima de tudo, temos que ter a compreensão das mudanças culturais da Sociedade e ter a consciência de que a comunicação é articuladora dos processos de mudança, foi a mensagem que o FOCO transmitiu. O resultado foi surpreendente, pois, após o evento, já sentimos muita movimentação nas Pastorais em busca de mais conhecimento e informações. Fabiano Tane
Coordenador diocesano da Pascom
da Palavra e da Eucaristia é fundamental na caminhada de quem, num futuro próximo, será um verdadeiro ministro da Palavra e da Eucaristia ao exercer o múnus sacerdotal de Cristo. O seminarista deve alimentar sua vocação e amadurecê-la no contato com a Palavra de Deus e na comunhão com o Corpo e Sangue do Senhor. A Liturgia das Horas é a oração pública oficial da Igreja e consiste na recitação dos salmos, hinos e cânticos, na proclamação da Palavra e na elevação das preces a Deus várias vezes ao dia, visando a santificação do tempo e dos trabalhos a partir da contemplação do mistério pascal de Cristo. A primeira oração da Liturgia das Horas é as Laudes, rezada dentro da Santa Missa. As Laudes, recitada no nascer do sol, celebra a ressurreição de Cristo em
No ano de 2005, foi aprovado o Diretório Nacional da Catequese pela 43ª Assembleia Geral da CNBB e aprovado pela Congregação para o Clero em setembro de 2006. Ele celebra as conquistas do Documento Catequese Renovada, mas continua elencando enormes desafios que continuamos enfrentando, cito alguns: a - criar maior unidade na pastoral catequética, organizando melhor a catequese nos diversos níveis (regional, diocesano, paroquial) e pondo em prática as orientações que já existem; b - formar catequistas como comunicadores de experiências de fé, comprometidos com o Senhor e sua Igreja, com uma linguagem inculturada, que seja fiel à mensagem do Evangelho e compreensível, mobilizadora e relevante para as pessoas do mundo de hoje, na realidade pós-moderna, urbana e plural; c - fazer da Bíblia realmente o texto principal da catequese; d - fazer com que o princípio de interação fé e vida seja assumido na atividade catequética de modo que o conteúdo responda aos desafios do mundo atual; e - assumir o processo catecumenal
cada um. Às 12h, após o período de aulas, reza-se a Hora Média, a oração do meio-dia. Meio-dia foi o horário em que Cristo morreu na cruz pela salvação do mundo. Contemplando a paixão e morte do Senhor, celebramos, ao entardecer (18h30), as Vésperas e, por fim, às 21h30, as Completas. A devoção à Maria também tem seu espaço na caminhada seminarística. A espiritualidade cristã é também mariana, pois Maria é mãe de todos os cristãos, especialmente dos sacerdotes e dos vocacionados. Às terças-feiras, em lugar das Completas, todos rezam o santo terço, contemplando os mistérios salvíficos de Cristo junto com Maria, pedindo sua intercessão materna. Durante o período quaresmal, a reza comunitária do terço é substituída pela Via-Sacra,
como modelo de toda a catequese e, consequentemente, intensificar o uso do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA); f - integrar, na catequese, as conquistas das ciências da educação, particularmente a pedagogia contemporânea, discernida à luz do Evangelho; g - fazer com que a catequese se realize num contexto comunitário, seja um processo de inserção na comunidade eclesial e que essa seja catequizadora; h - incentivar a instituição do ministério da catequese; i - incentivar a catequese junto a pessoas com deficiência; j - assumir, na catequese, a vida e os clamores dos marginalizados e os excluídos; k - motivar e estimular os catequistas e catequizandos para o compromisso missionário e social da fé, assumido no sacramento da Confirmação. Dom GeremiasSteinmetz Bispo Diocesano de Paranavaí - PR
Pe. José Eduardo Vitoreti
Administrador Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima de São José do Rio Preto
celebrada em procissão em torno do seminário. E claro que não poderia faltar a adoração eucarística. Cristo, que se dá como alimento no pão e no vinho consagrados, deve ser contemplado, adorado e exaltado. Às quintas-feiras, em vez das Vésperas, tem lugar o momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, sublime momento no qual todos, diante de Jesus presente na Eucaristia, cantam, se colocam em oração, ouvem a Palavra de Deus e recebem a bênção do Santíssimo.
Seminarista Paulo Henrique de Castro
Seminário Maior Diocesano
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II Fórum de Bioética Promovido pela Comunidade Católica Mar a Dentro, o II Fórum de Bioética foi realizado nos dias 26 e 27 de maio, à noite, no CEFA, contando com a presença de 113 inscritos, dentre profissionais (enfermeiros, médicos, psicólogos, advogados, professores), estudantes, agentes de pastoral, padres, religiosos, leigos consagrados e outros. Tivemos como tema “Relações humanas: por
uma bioética existencial e integral” e como conferencista Dom Fernando Chomali Garib, arcebispo de La Santissima Concepción. Essas reflexões são de grande relevância, pois “a ciência avança rápida e a ética muito lenta”, levando a um vazio legal e a uma generalizada confusão e ignorância no assunto. Discorreu sobre as mudanças num mundo globalizado, os princípios
éticos, que favorecem os valores fundamentais da vida (sobretudo a humana), a distinção entre o enfermo e a enfermidade e, especialmente, sobre a eutanásia e suas questões mais práticas e relevantes. Deixou-nos com o desejo de aprendermos mais sobre bioética. Pe. Douglas Metran
Comunidade Católica Mar a Dentro
EVANGELHO DE MARCOS
Marcos 1, 29-39: Os milagres e a oração do Messias Na pessoa de Jesus, em suas palavras e obras, o Reino de Deus se fez presente na história da humanidade (Mc 1,15). O Senhor veio até nós para nos conceder a plenitude da vida existente em Deus mesmo. Por isso, ao longo do Evangelho de Marcos, Jesus expulsa os demônios e cura as pessoas (1,34). Essas ações exemplificam para a comunidade cristã a chegada definitiva do fim dos tempos, que tem seu início no mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Para Marcos, o Messias Jesus exorciza, com sua palavra, o mal do mundo, libertando-o das trevas do pecado e da opressão (Mc 1,21-28). Essa libertação não é uma realidade apenas espiritual, já que a salvação oferecida por Jesus se destina ao homem em sua totalidade. Deus, em sua divina misericórdia, quer libertar as pessoas de todos os males que as aflijam, sejam eles físicos, psíquicos ou espirituais (Mc 1,40-45; 5,25-34; 8,22-26). Nesse sentido, os milagres realizados por Cristo têm a função teológica de gerar a fé em sua pessoa e de apontar para a vocação última do homem: a vida em Deus. A cura das enfermidades em si mesma não teria valor algum para o Evangelho, se excluíssemos a necessidade do seguimento a Jesus (Lc 17,11-19). Por conseguinte, deve-se tomar cuidado com um cristianismo ou com pregações que visem apenas o milagre ou a cura (Mt 7,21-24), porque se esquecem de mostrar que a verdadeira religião consiste em adorar a Deus na gratuidade, independentemente dos sinais miraculosos que o Senhor, em sua providência, possa conceder à pessoa ou à própria Igreja. Em Mc 1,29-31, Jesus cura uma mulher, a sogra do apóstolo Pedro, depois de ter libertado, publicamente, um homem possuído pelo demônio (Mc 1,21-28). Ambas as ações acontecem em dia de sábado: uma na sinagoga, outra na casa. O Evangelista Marcos
deseja mostrar para a sua comunidade que a santificação do sábado, conforme prevista na Lei mosaica, não impede a realização de atitudes em favor do próximo. Tirar um enfermo, um excluído, do permanente estado de sofrimento, de nenhuma maneira, é visto por Jesus como oposto à honra de Deus (Mc 2,23-28; 3,1-6). O drama de toda a situação apresentada na narrativa consiste na incapacidade de a sogra de Pedro servir aos irmãos, já que estava de cama com febre (Mc 1,30). Na Sagrada Escritura, a febre era considerada como uma das enfermidades que podiam consumir a vida. Em alguns casos, era vista como maldição divina (Lv 26,17; Dt 28,22). Jesus toma a iniciativa de se aproximar daquela mulher enferma, pois ele recebeu do Pai a missão de realizar a libertação do homem de tudo aquilo que o faz sofrer e lhe rouba a vida. O Senhor levanta a sogra de Pedro da inatividade total e dolorosa, e a devolve à vida normal, assim como o fará com o paralítico (2,9-12), com a menina morta (5,41) e com o rapaz convulsionado pela epilepsia (9,27). Assim, o primeiro milagre de Jesus no Evangelho de Marcos tem como finalidade restituir a dignidade à pessoa enferma e capacitá-la para o serviço em comunidade. De acordo com Pallares (2002), “em dia de sábado, a mulher serve a Jesus e a seus discípulos. Jesus não a proíbe de fazê-lo; para ele, o serviço a Deus não está em contraposição com o serviço ao próximo” (p.23). Isso está em profundo contraste com a mentalidade restritiva dos adversários de Jesus sobre o descanso sabático (Ex 20, 8-11). Para eles, as curas e ações de Jesus, nesse dia, afrontam a Lei Mosaica e, portanto, são blasfemas (Mc 2,24). Por outro lado, para o Senhor, nenhuma lei, embora seja considerada a máxima norma para dar glória a Deus, deve ser um estorvo para acabar com a dor, a marginalização e a
opressão que degrada as pessoas (Mc 2,27). Em seguida, Marcos apresenta um sumário (resumo) das atividades de Jesus na Galileia (Mc 1,32-34). Esses versículos nos mostram a ‘cidade inteira’ reunida diante da porta da casa de Pedro. As multidões veem em Cristo um sinal de esperança, porque são como ovelhas sem pastor (Mc 6,34). Jesus não permanece indiferente nem cruza os braços diante do sofrimento do povo. O que ele começou em um espaço sagrado, na sinagoga (1,21-28), e continuou em uma casa particular (1,29-31), o concluiu em um lugar público (Mc 1,33). A casa de Simão Pedro pode ser considerada como uma representação da Igreja. A humanidade sedenta de esperança e de paz busca olhar para a comunidade cristã e encontrar nela a pessoa de Jesus. Nesse sentido, a Igreja, como o seu Senhor, deve sempre aproximar-se das pessoas que sofrem e libertá-las com o poder da Palavra. As portas da casa de Pedro não podem estar fechadas para o mundo, mas abertas, de modo que as pessoas encontrem acolhida e resposta para as suas angústias existenciais. Novamente, Jesus impõe silêncio aos demônios, para que eles não revelem a sua identidade messiânica (Mc 1,25.34b). Essa proibição momentânea tinha como objetivo evitar um entendimento inadequado de sua pessoa pelas multidões. O Senhor não queria ser reconhecido como um messias político e guerreiro, mas como o servo sofredor que veio libertar a humanidade, cuja revelação apenas se dará plenamente na cruz (Mc 15,39). Jesus, ao término de sua jornada, retira-se para rezar (Mc 1,35). A oração, para o Senhor, é a fonte e o cume de sua ação. Na intimidade com o Pai, Jesus encontra força para se libertar da tentação do sucesso e da popularidade fácil e centrar a sua vontade na vontade daquele que o enviou. Jesus ora para que não fracasse a obra que empreendeu.
Sem oração, Jesus não pode realizar sua missão (9,29); mais ainda, sem a oração sua missão carece de força (11,22-24) e de sentido (14,36). Simão Pedro e os outros discípulos não entendem porque Jesus se afastou de um lugar onde tudo parecia indicar êxito, já que toda a cidade reconhece o poder do Senhor. Existe, nesses versículos, uma contraposição interessante entre o barulho da cidade e o silêncio do lugar deserto. A vida de apostolado corre um sério risco de afundar-se no ativismo pastoral, se não houver pausas restauradoras. Causou muito mal à nossa Igreja uma espécie de teologia que afirmava que a ação já é oração. Isso foi, na realidade, uma desculpa para se fugir do verdadeiro encontro com Deus e para não se romper com uma teologia caracterizada pelo pragmatismo. A Igreja apenas será fiel a Cristo se ela constantemente, depois de seu testemunho incansável na cidade, retirar-se para o encontro com o seu Esposo. O final de nosso texto termina com uma importante lição: do seu encontro com o Pai, brota, no coração de Jesus, uma vontade renovada de evangelizar, de levar a outros lugares a libertação do poder do mal e a cura de todas as enfermidades que assolam o homem. Também, nós, como Igreja, deveríamos realizar o mesmo processo: do nosso encontro com Cristo na vida de oração, partirmos como missionários ao encontro das pessoas. Se nós não o fazemos, é sinal de que a nossa vida de oração não é um verdadeiro colóquio com Deus ou, por outro lado, estamos presos à tentação do sucesso e das comodidades oferecidas por um mundo pagão.
Pe. Hallison Henrique de Jesus Parro
Catedral de São José
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O Namoro Cristão
VOCAÇÕES
Maria de Nazaré e a Vocação A grande coisa que aconteceu em Nazaré, depois da saudação do anjo, é que Maria de Nazaré acreditou e tornou-se “Mãe do Senhor”. Não há nenhuma dúvida de que esse acreditar se refira à resposta de Maria ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Esta palavra de Maria representa o ponto alto de uma atitude diante de Deus, porque significa, da maneira mais elevada, a passiva disponibilidade junto com a prontidão ativa. Reconhecer o querer de Deus e aceitar que ele aconteça na própria vida, conforme essa vontade. Orígenes, um grande teólogo de século III, escreveu, como se Maria dissesse a Deus: “Eis-me aqui, sou uma tabuazinha para escrever: o Escritor escreva o que quiser, faça de mim o que quiser o Senhor de todas as coisas”. Mas Maria fez uma pergunta séria ao anjo: “Como se fará isto se eu não conheço homem?” (Lc 1, 34). Ela não pede uma explicação para entender, mas para saber como executar a vontade de Deus. Quer saber como comportar-se. Assim, ela nos mostra que, em alguns casos, não é lícito querer entender, a todo custo, a vontade de Deus, ou o porquê de algumas situações; é lícito, no entanto, pedir a Deus luzes e ajuda para cumprir essa vontade. Como com Maria de Nazaré, há momentos numa vocação, em que a pessoa se encontra em total solidão. Só a pessoa e Deus sabem o que se está passando! Jesus disse a Tomé: “Porque me viste, acreditaste: bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditaram” (Jo 20, 29). Maria foi
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a primeira dos que, sem terem visto, acreditaram. Como ter a força e a coragem de Maria, diante de uma decisão vocacional? Como sempre o Evangelho de Jesus nos pode ajudar. “E desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa” (Jo 19, 27). Quem pode dizer o que significou, para o discípulo, ter consigo Maria, em casa, dia e noite? Rezar com ela, com ela tomar refeições, dialogar com ela, celebrar com ela o mistério do Senhor! Ter Maria consigo, como conselheira, sabendo que ela conhece, melhor que ninguém, quais são os desejos de Deus a nosso respeito. Se aprendermos a consultar e escutar Maria em todas as ocasiões, ela se torna para nós Mestra incomparável dos caminhos de Deus, mestra que ensina interiormente, sem barulhos de palavra. Eis um belo testemunho de uma pessoa que resolveu viver a experiência de vida com Nossa Senhora: “De um tempo para cá, nasceu-me o desejo de dar sempre mais espaço a Maria em minha vida; aliás, gosto de convidá-la para reviver em mim seu amor a Jesus, à Trindade Santa, seu silêncio, sua oração. Com muita confiança, ofereço-me a ela para ser um espaço concreto onde ela possa descer e reviver na Terra; ofereço-me a ela para ser como que a continuação de sua humanidade aqui na Terra. Por isso, parece que eu deva tornar-me espaço, espera de Deus, com o coração e o pensamento em Maria“. Na vocação, chega um momento em que parece que Deus está pedindo que lhe sacrifiquemos
o nosso “Isaac” (Gn 22, 1-14): a pessoa ou as pessoas, coisa, projeto, o trabalho, o cargo que apreciamos, que o próprio Deus, um dia, nos confiou e a que nos dedicamos com amor e carinho. Essa é a ocasião que Deus nos oferece para mostrar-lhe que ele nos é mais caro do que tudo, acima também dos seus dons, acima também do trabalho que fazemos por ele. Deus pôs à prova Maria no Calvário, para “ver o que tinha no coração” e no coração de Maria reencontrou, até mais forte ainda, o seu “sim”, “Faça-se em mim”, do que aquele da resposta ao anjo. Tomara que, nesses momentos, Deus encontre também o nosso coração pronto para dizer-lhe “sim”, “faça-se em mim”. Estando junto da Cruz de Jesus é como se Maria de Nazaré continuasse repetindo, no silêncio: Eis-me. Aqui estou sempre para Ti, Senhor! Depois do Pentecostes, na Igreja onde vivia com o apóstolo João, não era ela que governava que presidia, mas o apóstolo. Nenhuma fonte refere-se a prescrições emanadas de Maria ou por sua sugestão, mas numerosas fontes falam-nos da autoridade de João. Exercido o seu carisma, que tinha sido o de dar a vida a Jesus e acompanhá-lo, fielmente, até a cruz, Maria desaparece na Igreja, como o sal que se derrete na água, mas está aí atuante. A vocação de Maria de Nazaré teve um princípio, e depois durou por toda a vida. Assim deve ser toda vocação: um “sim” de cada dia e em todos os dias da vida.
Pe. Rafael Dalben Ferrarez
Vice-reitor do Seminário Propedeutico Nossa Senhora da Paz padredalben@gmail.com
O namoro é um período dedicado inteiramente a conhecer a pessoa que irá passar o resto dos seus dias ao seu lado. O companheirismo, dentro das atividades pastorais ou grupos a serviço da comunidade, ajudam os casais cristãos a se conhecerem melhor. O lazer voltado a acrescentar na vivência da espiritualidade do casal, assim como livros e filmes, têm sido uma ótima forma de aprimorar e os transformar em pessoas melhores. Sem perder o foco em Deus que é o centro e tendo como exemplo o amor dEle a seus filhos, que mesmo não sendo merecedores, Deus os ama infinitamente. O amor é livre, não sufocar é leve, como diz o escritor Mario Quintana “O amor é isso. Não prende, não aperta, não sufoca.
Porque quando vira nó, já deixou de ser laço”. Decidir amar é um desafio que vem preparar os namorados para o noivado e, futuramente, para o matrimônio. O namoro é esse tempo de amadurecer o amor e se transformar no melhor do que se pode ser. Na rotina diária, os casais vão perceber que essa transformação não é nada fácil, nem tudo são flores, às vezes as coisas podem não sair como planejaram, vêm as tentações, os conflitos, e, por isso, a oração é fundamental na vida do casal, mantendo fortalecidos na Fé; nam‘Orar’ é namorar sem esquecer de Orar. Dayane Lourenzato
Paróquia Senhor Bom Jesus, de Monte Aprazível.
III Conferência do Idoso de São José do Rio Preto
Aconteceu, no dia 27 de fevereiro no auditório da Unip, a III Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa. O tema do encontro foi “Protagonismo e Empoderamento da Pessoa Idosa – Por um Brasil de todas as idades”. O evento foi organizado pelo Conselho Municipal dos Direitos do Idoso, com apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social. A Conferência teve a participação de representantes do Poder Público Municipal, da Sociedade Civil (Entidades e usuários), conselheiros do CMDI, também estudantes universitários. “É um momento importante para discutirmos e apontarmos novos caminhos e ações positivas para garantia dos direitos e política para a pessoa idosa”, destacou uma das organizadoras do evento e presidente do CMDI, Iraídes
Rodrigues do Nascimento. A Conferência teve a participação do presidente nacional do SINTAPI - CUT - Sindicato Nacional dos Trabalhadores Aposentados, Pensionistas e Idosos e membro efetivo do Conselho Nacional do Direito do Idoso (CNDI), Epitácio Luiz Epaminondas, que proferiu a palestra “O envelhecimento humano: defesa e articulação de políticas com setores da sociedade”. Durante o encontro, foram debatidos os Eixos Temáticos: I - Gestão (Programas, projetos, ações e serviços); II - Financiamento (Fundos da Pessoa Idosa e Orçamento Público); III - Participação (Política e de Controle Social); e, IV - Sistema de Garantia de Direitos Humanos Fonte: http://bispado.org.br/
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Pastoral do Menor:
Visita à Fundação Casa e reunião com Pelarin
O bispo diocesano de São José do Rio Preto, Dom Tomé Ferreira da Silva, visitou a unidade da Fundação Casa, em Mirassol, na tarde do dia 19 de maio. Acompanhado pelo Assessor Espiritual da Pastoral do Menor, padre Luiz Caputo, o epíscopo foi recebido pela diretora Luciana Ribeiro Teruel e pelo coordenador pedagógico Mário Oliveira. Interagindo com profissionais e reeducandos, o bispo pode conhecer a estrutura do local e as medidas socioeducativas efetivadas. A constatação de que menores, com 12 anos, já estavam na Unidade, sensibilizou Dom Tomé. Dom Tomé Ferreira da Silva, recebeu o juiz da Infância e Juventude da comarca local, doutor Evandro Pelarin, no dia 29 de maio. O encontro aconteceu na residência episcopal. Também tomou lugar no diálogo o assessor jurídico do Serviço Social São Judas Tadeu, Delvair Antônio Bergamasco. Há três meses no município, doutor Pelarin relatou as dificuldades enfrentadas nessa fase inicial de atuação. O magistrado aproveitou, também, para destacar aspectos de parte dos seus 18 anos de atuação no judiciário, bem como de sua formação religiosa. "Eu olho para a Igreja Católica com muito carinho. Eu me orgulho da minha religião. E
me orgulho, também, de estar diante do senhor (bispo) podendo dar esse testemunho", disse o juiz. Questionado pelo doutor Pelarin sobre a dimensão das drogas no contexto cotidiano, Dom Tomé explanou indicando a necessidade de ações federais mais efetivas no combate ao tráfico. No outro extremo, o bispo falou das iniciativas experimentadas no âmbito da recuperação. "A Igreja é, de certa forma, pioneira nesse trabalho. Um exemplo são as Fazendas da Esperança", disse o epíscopo.
"Eu acredito muito no trabalho preventivo", partilhou o padre Luiz Caputo. A partir dessa consideração, o juiz Pelarin aproveitou para destacar a composição do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI), importante instrumento de acompanhamento das situações de infração. "Eu já comentei com o padre Caputo, a Pastoral do Menor precisa atuar junto àqueles jovens que estão nas ruas (ociosos)", completou Dom Tomé. Texto/Fotos: André Botelho
2015: ANO DA PAZ
A Paz se faz no trânsito A história nos mostra que o homem, fazendo uso de sua inteligência, criou máquinas sofisticadas, que influenciaram o seu comportamento. Os passos iniciais da criação do automóvel não sinalizavam que, no futuro, esse objeto seria transformado em um instrumento de transporte, trabalho, lazer, mas o que é pior, um provocador de conflitos e mortes. Culpa do seu inventor: o homem. O Brasil vive um caos, se considerarmos o elevado número de vítimas e o prejuízo social resultante dos acidentes. Vale ressaltar que a consciência do condutor não acompanhou, na mesma proporção, o crescimento da frota. Os índices estatísticos superam qualquer guerra. Segundo dados do IPEA, as perdas com mortes no trânsito provocam um prejuízo para a sociedade de mais de R$ 40 bilhões por ano. Diariamente, centenas de pessoas deixam de produzir em razão de comportamentos inadequados pelo mesmo motivo. O veículo produz ao seu condutor a realização de seus desejos de liberdade, e como diz o poeta, os outros são os outros, e assim, eles que se virem. É grande a luta pelo espaço e o desrespeito pelo próximo, imperando o conhecido jeitinho brasileiro, ou a lei de Gerson. Reivindica espaço, mas não cede o seu pelo outro. Cobra rigor das autoridades, mas bom senso quando é fiscalizado. Exige leis mais rígidas, briga, esbraveja, humilha, agride, atira e mata, quando vê frustrada alguma intenção - uma simples fechada mesmo que não intencional. É o mesmo que para em fila dupla, estaciona em vaga de idoso e deficiente, segura o sinal aberto olhando o whats app, centrado em seu mundinho individualista. Justificando o nível de imprudência atual, estudos mostram que
o motorista não tem noção clara de espaço público, tratando-o como se fosse particular. Outra questão é a expressão forte do individualismo, e terceiro, a falta de entendimento do que seja direção defensiva. Ao poder público cabe agir forte implantando um Plano de Mobilidade, que promova uso do transporte coletivo eficaz, confortável, seguro e pontual. Um Plano que promova o uso de ciclovias, que dê prioridade aos pedestres, tenha vias bem sinalizadas e de boa pavimentação, que tenha sincronismo semafórico, que dê acesso às regiões mais carentes, que invista forte em ações educativas, etc. Aliado a tudo isso, o consumismo leva muitas pessoas – mesmo as de bem - a fazer do veículo um objeto de desejo – um troféu -, que quando afrontadas, saem do sério, perdem o controle e se transformam. O desafio é superar e refletir, no sentido de ser instrumento de mudança, pensando no coletivo, agindo com prudência, serenidade e com amor ao próximo. Diz a Palavra que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Aba, Pai! Portanto, você já não é mais escravo, mas filho; e, se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus (Gal 4,6b-7), e que somos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gen 1,26). Assim, temos que nos comportar como tal, tratando o irmão como gostaríamos de ser tratados e fazer do veículo um instrumento para o bem. Nós, cristãos, temos o dever de contribuir para a civilização do amor, bem como para uma cultura da paz, mediante atitudes, humanizando as relações no trânsito e transformando, em gesto concreto, o amor que cada um tem dentro de si, recebido por pura graça de Deus. A paz também se faz no trânsito!
Coronel Jean Charles Serbeto
Bacharel, Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Bacharel em Direito. Vereador em São José do Rio Preto/SP e membro da Renovação Carismática Católica
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SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
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Pentecostes com crismandos nas 13 regiões Momentos de oração, testemunho, partilha, dança e teatro marcaram o III Pentecostes com Crismandos realizado nas 13 regiões pastorais em nossa diocese. O evento reuniu milhares de adolescentes e jovens, que refletiram o tema “Crismado: um cristão na igreja e na sociedade”.
Região de Votuporanga.
Região Beato Padre Mariano De La Mata (Cedral).
Região Catedral.
Região Beata Madre Assunta Marchetti.
Região de Riolândia.
Região de José Bonifácio.
Região de Nhandeara.
Região Nossa Senhora do Carmo.
Região de Icém.
Região de Monte Aprazível.
Região Sagrado Coração de Jesus.
Região de Buritama.
Região São Judas Tadeu.