jornal-diocese-hoje-outubro-2015

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9ª Caminhada do Beato Padre Mariano CIRCULAÇÃO NACIONAL

JORNAL

7º ano do falecimento de Mons. Angeoni 15 de setembro, em José Bonifácio, comemora-se o “Dia da Fraternidade” em homenagem ao falecimento do Monsenhor Ângelo Angioni. Página 7

Santa Terezinha do Menino Jesus Santa Terezinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração foi feito para amar. Página 03

19ª Assembleia Diocesana de Pastoral No dia 26 de setembro, a paróquia Nossa Sra. do Brasil acolheu a 19ª Assembleia Diocesana de Pastoral, contando com a presença de leigos e leigas dos conselhos pastorais diocesanos. Página 4

Dia do Nascituro Por determinação da 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, celebra-se no dia 8 de outubro em todo o Brasil, o Dia do Nascituro, ou seja, o Dia pelo Direito de Nascer. Página 9

Nulidade de Casamentos No dia 08 de setembro, foi publicada a Carta Apostólica Mitis Iudex, Dominus Iesus (O Senhor Jesus, Juiz clemente), do Papa Francisco, sobre o processo para a declaração de nulidade matrimonial. Página 8

OUTUBRO/2015

ANO 20

Nº 211

Diocese de São José do Rio Preto/SP - EDIÇÃO REGIONAL -

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Nossa Senhora Aparecida, Mãe da Misericórdia

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DIOCESE 86 ANOS

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De crise em crise vamos sendo acrisolados PALAVRA DO BISPO

Hoje tudo é globalizado, também a “crise”, que avança no Brasil não como “marolinha”, mas como ondas sucessivas de “tsunamis” devastadores, e só não vê quem não quer. Ela tem se manifestado na economia e na política, com mais intensidade, com ramificações em outras dimensões da vida pessoal e social, não menos problemáticas e deletérias, tendo raízes profundas na composição da sociedade brasileira e na ética privada e pública. Passamos por uma “onda consumista”, em quase nada responsável, com consumo estimulado pelo governo, pelas empresas e pela mídia, com uma contínua criação de necessidades artificiais e sempre novas. O mercado não se contentou em satisfazer as necessidades, mas criou e cria necessidades para vender seus novos produtos. A bolha consumista não se sustentou, não tinha raízes para manter-se. Hoje, muitos estão endividados sem ter como saldar seus compromissos. Há dois anos, um empresário de São José do Rio Preto me dizia: “Senhor Bispo, minhas funcionárias, no fim do mês, quando recebem o salário não possuem mais dinheiro, pois está todo comprometido com o cartão, com os empréstimos e os carnês.” Construiu-se um estilo de vida fundado no imediato, na satisfação de bens de consumo não duráveis. O castelo caiu. Restaram as dívidas, e, para muitos, o desemprego. A crise econômica que vivemos ainda não mostrou todos os seus tentáculos, ainda está maquiada. O que percebemos hoje é a “ponta do iceberg”. Se os ajustes não forem feitos, seja pelo governo, pelos empresários e pela população, o sofrimento será bem maior. O que não pode é o governo querer repassar para os cidadãos o ônus de uma crise da qual ele mesmo foi mentor, gestor e maestro. A criação de novos impostos ou a legalização dos jogos de azar são iniciativas que devem ser rechaçadas pela sociedade. A crise manifesta-se também na vida política não só no desgaste da Presidente da República, mas também em amplos setores do executivo, legislativo e judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal. Tenho ouvido, continuamente, o justo lamento de prefeitos apontando suas dificuldades em gerir a máquina pública em setores vitais,

como saúde, educação, moradia e saneamento básico. Para não poucos, está difícil até mesmo saldar a folha de pagamento mensal. Assusta ver como deputados e senadores estão conduzindo a “reforma política”, que é vital para o Brasil, sem perspectiva de mudanças estruturais. Porém, nem tudo está perdido, pois encontramos alguns eleitos comprometidos com um tempo novo, mas que ainda não conseguem colocar em ato suas ideias, pois nem sempre são assimiladas pelos seus próprios partidos. A crise pode ser educadora, podemos aprender com ela, sairmos amadurecidos. De crise em crise, vamos sendo acrisolados. É preciso ter fé no presente e no futuro, em tempos melhores; acreditar na pessoa humana e nos líderes bem intencionados. Acreditar na necessidade e na capacidade de mudar, a si mesmo e a sociedade como um todo. Nem tudo está perdido. Tem muita gente boa que merece nosso apoio e nosso aplauso. As instituições brasileiras são sólidas e precisam ser apoiadas, renovadas e adaptadas. Não podemos e não devemos desprezar, menosprezar ou ignorar as instituições públicas e privadas por causa da conduta de uma ou outra pessoa. Contra toda esperança, precisamos esperar; esperando, sermos construtores e atores, não expectadores, do novo tempo a ser gestado. Não é o eventual afastamento de um ou outro político que vai resolver a situação de imediato. A mudança sólida começa pela base, pelos cidadãos, verdadeiros sujeitos da democracia e do poder. Neste sentido, os eleitos são coadjuvantes, servidores das pessoas que os elegeram. Diz o ditado, com alguma razão: “A esperança é a última que morre”. É preciso reconhecer que ninguém vive só de esperança. Este é um tempo de fraternidade e solidariedade, filhas da caridade, que não dispensa, mas pressupõe a justiça. A justiça é soberana e condição para uma sociedade saudável. Mas os agentes promotores da justiça precisam também fazer a sua parte e algum sacrifício para o bem da sociedade. “Fazer justiça com as próprias mãos”, o que tem ocorrido muitas vezes, é sinal de perda de confiança na justiça estabelecida. Eu acredito nos brasileiros e no Brasil. Eu quero acreditar nos agentes da vida pública. Eu acredito em nossas instituições. + Tomé Ferreira da Silva

Bispo Diocesano de São José do Rio Preto

EXPEDIENTE

O Jornal “Diocese Hoje” é editado pela Fundação Mater Ecclesiae. Fundador: Donizeti Della Latta E-mail: jornaldiocesehoje@hotmail.com Endereço: Avenida Constituição, 1372 - São José do Rio Preto/SP Fone: (17) 2136.8699 Diretor Responsável: Dom Tomé Ferreira da Silva EQUIPE DE REDAÇÃO: Pe. Roberto da Silva Bocalete e seminarista Paulo Henrique de Castro. Colunistas: Pe. Hallison Henrique de Jesus Parro, Pe. Rafael Dalben Ferrarez, Pe. José Eduardo Vitoreti, Pe. Roberto Bocalete, profa. Me. Liszeila R. A. Martingo, Coronel Jean Charles Serbeto, Priscila Basso Castelar Vieira e Seminarista Paulo Henrique de Castro Colaboradores - edição de outubro/2015: Rogério Corrêa, Pe. Natalício Nascimento dos Santos, Dom Odilo Pedro Scherer, Clea Rodrigues, Paulo Castro, Leonor Maria Bernardes Neves, Pe. Pedro Miguel García Terán, Dra. Rossana Cecília Garambone Affonso, Padre Gonzaga, Profa. Ana Lúcia Viana de Almeida, Pe. Gilmar Antônio Fernandes Margotto, Dom Fernando Arêas Rifan, Pe. Tiago Henrique da Silva Medeiros, Harley Pacola, profa. Mestra Valdete Belon Basaglia, Donizeti Della Latta e Robert Ishizawa. * Os artigos publicados são de inteira responsabilidade de seus autores.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

OUTUBRO/2015

Missão é servir “Quem quiser ser o primeiro seja o servo de todos” (Mc 10,44)

Da Redação O mês de outubro é, para a Igreja Católica em todo o mundo, o período no qual são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da Missão universal. O objetivo é despertar a consciência, a vida e as vocações missionárias, chamando atenção de toda igreja a assumir o estado permanente de missão. O tema da Campanha Missionária de 2015 destaca a essência da mensagem de Jesus. Ele veio “para servir” (Mc 10,45). Diante da tentação do poder Jesus dá uma grande lição: “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” (Mc 10,44). Essa sabedoria é o lema da Campanha. A missão não é proselitismo ou mera estratégia; a missão faz parte da “gramática” da fé, é algo imprescindível para quem escuta a voz do Espírito que sussurra “vem” e “vai”. Quem segue Cristo se torna missionário e sabe que Jesus “caminha com ele, fala com ele e respira com ele. Sente Jesus vivo junto com ele no compromisso missionário” (EG, 266). O papa Francisco, em sua exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, afirma: “Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar vida aos demais” (EG 10). O papa insiste ainda em uma Igreja “em saída”, com as portas abertas, despojada para servir. No Dia Mundial das Missões, dias 17 e 18 de outubro, será realizada a Coleta Nacional em nossas comunidades, é o gesto concreto e a maneira de mostrar nossa generosidade e solidariedade com as obras missionárias em todo mundo. Com o Papa Francisco, sejamos missionários da esperança e da alegria. Dê sua colaboração; ajude sua comunidade a doar com generosidade. Para concluir, rezemos a oração missionária: Pai de infinita bondade, que enviaste Jesus Cristo para servir, ilumina, com o teu Espírito, a Igreja discípula missionária para testemunhar o Evangelho a partir das periferias e, com a proteção de Maria servidora, manifestar o teu Reino em todo o mundo. Amém.

Distribuição gratuita Distribuído nas cidades de Adolfo, Altair, Álvares Florense, Américo de Campos, Bady Bassitt, Bálsamo, Buritama, Cedral, Cosmorama, Floreal, Gastão Vidigal, Guapiaçu, Ida Iolanda, Jaci, José Bonifácio, Lourdes, Macaubal, Magda, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Granada, Nova Luzitânia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Parisi, Paulo de Faria, Planalto, Poloni, Pontes Gestal, Potirendaba, Riolândia, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Tanabi, Turiúba, Ubarana, Uchôa, União Paulista, Valentim Gentil, Votuporanga e Zacarias.


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OUTUBRO/2015

DIOCESE 86 ANOS

Santa Terezinha

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Terezinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e

Celina). Terezinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus. Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino

Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual. O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra. Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de setembro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!” Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós! Por Padre Gonzaga

Encontro com Secretários Paroquiais

Sob a proteção de São Jerônimo, a diocese de São José do Rio Preto reuniu no último dia 30 de setembro, na Casa do Clero, secretários(as) paroquiais para uma manhã de oração, formação e confraternização. A oração foi conduzida pela secretária da Paróquia Santo Antônio de Pádua de São José do Rio Preto, Beatriz. A assessoria da formação com o tema: Atendimento pessoal com eficiência

a serviço da evangelização, foi feita pelo Pe. Wagner Aparecido Scarponi, de São Paulo. Destacamos alguns pontos da palestra: O (a) secretário(a) paroquial é mais que um mero funcionário, ele é um vocacionado, um discípulo missionário do Senhor, que está a serviço do Reino de Deus; deve ser um conhecedor de sua realidade, especialmente paroquial(também

o que há no território) e também diocesano, conhecer as estruturas da Igreja Particular, deve estar sempre em sintonia com outro vocacionado o padre, este que possui muitas virtudes, mas também limitações. O assessor aponta, ainda, algumas atitudes fundamentais, que o(a) secretário(a) deve ter no cumprimento de sua missão na paróquia, que podem ser conferidas no link com a apresentação feita por ele. Padre Scarponi conclui sua fala com a citação da 1ª Cor 12,12-13, na qual enfatiza a riqueza da unidade e da diversidade manifestada pelo Espírito na sua Igreja. Encerrando esse momento de formação, Dom Tomé destaca a importância e valoriza a pessoa de cada secretário (a) paroquial, reforçando que cada um deles(as) é um vocacionado a serviço do Reino de Deus. O evento termina com um delicioso almoço de confraternização. Pe. Natalício Nascimento dos Santos

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Padre Victor será o primeiro Beato afrodescendente do Brasil Da Redação A Igreja de Três Pontas, no sul de Minas Gerais, está em festa. Em 14 de novembro, após vinte anos de espera, será beatificado o Padre Francisco de Paula Victor, filho de escravos. O anúncio da data de beatificação foi dado pelo bispo da Diocese de Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho, após ter recebido o “nada consta” do Vaticano. O Padre Victor, como é chamado, tornar-se-á assim o primeiro beato afrodescendente do Brasil. O Papa Francisco havia autorizado a Congregação das Causas dos Santos, em 5 de junho passado, a promulgar o Decreto concernente ao milagre atribuído à intercessão de Francisco de Paula Victor. Francisco de Paula Victor, segundo o site postulazionecausesanti.it, nasceu em 12 de abril de 1827 na Vila da Campanha da Princesa/MG. Filho da escrava Lourença Justiniana de Jesus, teve como madrinha de batismo a própria patroa, Marianna de Santa Bárbara Ferreira. Mesmo tendo começado o trabalho de alfaiate, o sonho de Victor era ser sacerdote, um sonho proibido para ele, a ponto de se dizer que caso se tornasse sacerdote “às galinhas cresceria os dentes”. Eram os duros e trágicos tempos do regime escravocrata e aos escravos não era somente proibido acesso a qualquer cargo público civil, mas também eclesiástico. Aos escravos era até mesmo proibido estudar. A aspiração de Victor encontrou uma inesperada reviravolta, com a ajuda da madrinha-patroa e na determinação de Dom Antônio Vicoso, bispo de Mariana, abolicionista convicto, que apoiou o jovem de forma irrestrita. Hostilidades no Seminário Tendo sido iniciado nos estudos pelo velho pároco de Campanha, Padre Antônio Felipe de Araújo, Victor foi admitido no Seminário de Mariana. Lá suportou, com paciência, as hostilidades e as discriminações dos outros seminaristas a ponto de ser tornar seus servidores. Um deles escreveu que, não obstante

tudo, “Victor esperava, esperava sempre”. Com a sua humildade e determinação até o fim, Victor conquistou a simpatia de todos. Superados com um indulto todos os impedimentos canônicos, foi ordenado sacerdote em 14 de junho de 1851. Grande parte dos brancos, no entanto, não aceitavam que um ex-escravo negro pudesse ser um padre e rejeitavam até mesmo receber dele a comunhão. Assim, quando, em 18 de junho do ano sucessivo, foi mandado a Três Pontas como vice-pároco, houve um grande desconcerto e não poucas reservas por parte da população. A humildade e a paciência, com o apoio vigoroso de um amor total por Jesus Cristo, levaram o Padre Victor não somente a ser aceito, mas até mesmo a ser “idolatrado” por seus paroquianos. Foi Pároco de Três Pontas por mais de cinquenta anos, ou seja, até a sua morte ocorrida em 23 de setembro de 1905. Foi sepultado na sua igreja paroquial onde, em 1999, se procedeu ao reconhecimento canônico e os restos mortais foram depositados em um novo sarcófago. Padre Victor foi responsável pela construção do Colégio Sagrada Família, onde foi também professor. O Colégio tinha um objetivo preciso: iniciar nos estudos pobres e ricos, brancos e negros, convencido de que a cultura, aliada à fé, poderia fundar uma nova sociedade, unida e fraterna. Padre Victor, além disto, construiu a Igreja Nossa Senhora d’Ajuda, a maior de Minas Gerais. Dele se recorda a caridade que o caracterizou, em modo particular, vivendo pessoalmente em pobreza absoluta. O diabo o temia como exorcista, a ponto de chamá-lo de “aquele negro feio dos lábios pronunciados”. A herança espiritual e cultural deixada por Padre Victor constitui a peculiaridade de Três Pontas e dos territórios limítrofes e grande é a veneração que os fiéis lhe tributam na expectativa de que seja reconhecido oficialmente pela Igreja como “o santo das causas impossíveis”.


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19ª Assembleia Diocesana de Pastoral de São José do Rio Preto

No dia 26 de setembro, a paróquia Nossa Senhora do Brasil acolheu a 19ª Assembleia Diocesana de Pastoral, que contou com a presença de leigos e leigas dos conselhos pastorais diocesanos, diácono permanente, religiosos e religiosas, representante das novas comunidades de vida, padres e o nosso bispo diocesano. Com o tema a dimensão econômica da fé que contou com a assessoria de Dom Edson Oriolo, recentemente eleito bispo auxiliar de Belo Horizonte, a assembleia teve como objetivo refletir e animar toda a questão que envolve, principalmente, a gestão econômica da fé paroquial, com seus desafios e conquistas. O encontro de lideranças diocesanas iniciou-se com a missa presidida por Dom Tomé e concelebrada por Dom Edson e padres coordenadores das regiões pastorais. Logo após a missa, deu início às abordagens temáticas feitas por Dom Edson, destacando os conceitos de economia, gestão e fé. Ele enfatizou que, se queremos mesmo passar de uma pastoral de mera conservação e mudarmos para uma pastoral de permanente ação missionária, precisamos utilizar ferramentas do mundo econômico em favor da fé e da evangelização, tais como a gestão paroquial, gestão de marketing, gestão administrativa, gestão de pesquisa, gestão de planejamento, gestão eclesial e gestão sacerdotal. Que é necessário desenvolvermos, em nossas paróquias, a política de mudanças, ou seja, sempre aprender para melhorar mais aquilo que já vem sendo feito e não ter medo de novos desafios, saber enfrentá-los com fé e com competência. O encontro contou, também, com a fala de nosso bispo diocesano, que nos alertou quanto ao perigo de não ter cuidado ao administrar questões financeiras, fiscais, trabalhistas e estruturais em nossas paróquias. Se os conselhos, junto com o Padre, mal administrar as paróquias, pode-se ter consequências negativa e prejuízos enormes no futuro. Destacamos também o trabalho

realizado pelo Padre Ernesto e seus paroquianos que não mediram esforços para receber os mais de 300 participantes do evento, acolhendo, direcionando e oferecendo um delicioso almoço. A eles nossos agradecimentos e bênção. A 19ª Assembleia Diocesana de Pastoral terminou às 16h com a oração do Salmo 148 A Glorifi-

cação do Deus Criador, conduzida pelo Padre Natal, coordenador diocesano de Pastoral e bênção de Dom Tomé. Todo o conteúdo das apresentações está disponível em pps em nosso site. Pe. Natalício Nascimento dos Santos Coordenador Diocesano de Pastoral


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XVI Encontro Diocesano da Pastoral da Saúde

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EVANGELHO DE MARCOS

Escolhidos pela misericórdia de Cristo

(Mc 3,7-19)

Cerca de 130 pessoas, vindas de 25 paróquias, participaram do XVI Encontro Diocesano da Pastoral da Saúde. O evento contou com a presença do nosso bispo Dom Tomé que presidiu a Missa de abertura. As palestras foram ministradas pelos médicos João Picollo e Ana Maria Nasser, pela enfermeira

Cristiane Carvalho e pelo Padre Marcos Cavallini. O evento foi encerrado com um momento de oração e adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido pelo pregador José Reinaldo e padre Alexandre Silva. Colaboração: Clea Rodrigues

O evangelista Marcos nos demonstrou, nos versículos precedentes, que a sinagoga e as demais instituições judaicas do tempo de Jesus foram incapazes de acolher a novidade do Evangelho do Reino de Deus. Para tanto, o redator bíblico apresenta uma oposição entre a visão das autoridades religiosas e das multidões a respeito do ministério do Messias. Para os escribas e os mestres da Lei, Jesus é um blasfemo e age pelo poder de Satanás (Mc 3,22), já que ele engana as pessoas e corrompe a fé verdadeira. A pregação do Nazareno representa um real perigo para a ortodoxia judaica, porque ameaça a centralidade da observância do sábado (2,27), da autoridade da sinagoga (1,21-27) e da prerrogativa dos vínculos familiares sobre os indivíduos (3,34-35). Por outro lado, a multidão converge para Jesus e o reconhece como alguém capaz de dar uma resposta às suas angústias (3,7-12). Evidentemente, ainda não se trata do reconhecimento de Jesus como Messias (8,29). É um entusiasmo superficial, já que o povo busca unicamente a cura de seus males. É interessante notar a mudança de paradigma: ao passo que Jesus foi até seus primeiros discípulos (1,16-20), agora o povo converge para ele como centro de atração (3,8). O sucesso inicial de Jesus se torna uma verdadeira tentação. Era tanta gente ao redor do Senhor que ele precisou subir em um pequeno barco como refúgio contra a pressão da multidão. Jesus atraiu pessoas de várias regiões, como a Galileia, a Judeia, de Jerusalém e da Idumeia, da Transjordânia, de Tiro e Sidônia, terras pagãs. Então, os espíritos impuros aproveitam a ocasião para revelarem a identidade messiânica do Senhor e para encenar uma grande propaganda. Eles dizem a verdade com o objetivo de reduzir a glória de Jesus ao sucesso humano e de impedir a consumação do mistério da cruz em Jerusalém. A proibição de Jesus aos demônios sobre a proclamação de sua messianidade e de sua filiação divina (1,1;5,7;15,39) tinha como objetivo evitar equívocos sobre a sua pessoa (1,25; 1,34). Entretanto, neste caso, Jesus demonstra que ele não é um simples curandeiro, mas o

enviado definitivo do Pai, que revela aos homens a sua misericórdia e o seu amor. Após esse resumo das atividades de Jesus pela Galileia, o evangelista nos apresenta a bela narrativa sobre a escolha e a instituição dos Doze. Marcos já havia narrado o chamado inicial que Jesus fez aos seus primeiros discípulos (1,16-2; 2,14). Também, verificamos, nas entrelinhas do texto bíblico, que muitas outras pessoas já estavam seguindo o Senhor. Isso nos faz indagar sobre o real significado teológico da escolha desses homens por Jesus. Na realidade, trata-se do primeiro passo simbólico para a constituição do povo escatológico do reino de Deus. Doze é uma alusão às tribos de Israel. Com isso, Jesus forma a sua nova família, o Israel de Deus, e lança os fundamentos de sua futura Igreja. Essa família não é determinada pelos laços de consanguinidade (3,35), mas pela fé no Evangelho do Senhor. Nesse sentido, a comunidade messiânica é aberta para acolher todos aqueles que quiserem ter uma relação de amizade com Cristo. Marcos faz questão de demonstrar que a escolha dos Doze é um ato da vontade do próprio Senhor (3,13). É um momento da manifestação do poder do Messias, porque essa decisão acontece sobre um monte. Os montes ou as montanhas, na literatura bíblica, é o local, por excelência, das revelações de Deus para o seu povo (Ex 1,20; 24,12; Nm 27,12; Dt 1,6-8). Inclusive, a transfiguração e a morte de Cristo se darão sobre um monte (9,2; 15,22). O grupo é convocado para estar mais intimamente unido a Jesus, já que, na ótica marcana, o ideal do discipulado é estar com o Senhor e compartilhar seu ministério (3,14-15), ou seja, a pregação do Reino e o exorcismo sobre o poder do maligno. O novo povo de Deus não adotará a atitude das autoridades judaicas nem o frenesi das multidões. Ele se constituirá ao redor de Jesus, reconhecendo a centralidade de sua pessoa e de seu Evangelho. Para os discípulos, Jesus ocupa o lugar da Lei, enquanto aquele que é a realização de todas as promessas do Pai ao seu povo. Para os judeus contemporâneos do

Senhor, isso era e é um absurdo, porque alude a uma prerrogativa divina de Jesus. Estar com Jesus implica em estar unidos entre si. Jesus não constituiu um grupo uniforme, mas plural na unidade da fé (3,16-19). O Messias insiste na unidade do amor, mas também sobre a dimensão missionária, nascida da experiência da misericórdia do Pai por meio da acolhida do Evangelho. Todos esses doze discípulos estavam capacitados para exercer, com a autoridade de Cristo, a missão de expulsar os espíritos maus. Porém, nem todos usaram essa capacidade para fazer o bem. A menção ao nome de Judas Iscariotes, “aquele que o entregou” (3,19) é muito sugestivo nesse sentido. Isso nos revela que existe a tentação de usar o Evangelho e o próprio nome de Jesus para benefício próprio, com comportamentos que desagradam a Deus: dinheiro, poder e demais prazeres mundanos. Por outro lado, não podemos pensar que apenas Judas praticou infidelidades para com Cristo. Os outros discípulos também o fizeram, quando abandonaram o Senhor em Jerusalém, deixando-o sozinho em sua dolorosa paixão. A autoridade para pregar em nome de Jesus não é apenas formal, mas fundamentalmente existencial. O Evangelho não é um amontoado de saberes teológicos ou de elaborados conceitos sobre a realidade, mas um projeto de vida e de salvação. Mais do que citações de versículos bíblicos ou de eloquentes discursos, precisamos de uma vida convertida ao Senhor, que reconheça o seu poder e a sua centralidade na comunidade cristã. Todos os carismas, sejam eles apostólicos ou não, devem estar a serviço da missão de Jesus: a pregação do Reino e a luta contra o maligno. Caso contrário, sucumbiremos à tentação do sucesso humano ou, mesmo pregando sobre Jesus, seremos como as autoridades judaicas, emperdenidos em nossas manias e em nosso egoísmo que recusa a alegria do Evangelho. Pe. Hallison Henrique de Jesus Parro

Catedral de São José


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24º Encontro Regional das Oficinas de Santa Rita

OUTUBRO/2015

Comunidade Mar a Dentro

Missa em Ação de Graças pelo Jubileu de 25 anos

Da Redação

No dia 27 de setembro, foi realizado, na Paróquia Santa Rita de Cássia em São José do Rio Preto, o 24º Encontro Regional das Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia. O evento teve como tema “As Ritinhas construindo a Paz através do trabalho das Oficinas”, e lema: “A Paz é fruto da Justiça” (Isaías 32,17).

Iniciamos com a Missa, seguida de palestra sobre o texto-base da CNBB do Ano da Paz ministrada pelo Padre Pedro Miguel. Participaram 90 Operárias das Paróquias Nossa Senhora Aparecida de Macaubal, Paróquia São João Batista de Nhandeara, Capela Santa Clara, Paróquia Sagrado Coração e Capela Nossa Senhora da Anun-

ciação, Paróquia Bom Jesus e São Sebastião, Paróquia Santo Antônio de Pádua, Reitoria Nossa Senhora Aparecida, Paróquia Nossa Senhora do Carmo e Paróquia Santa Rita e Capela Santa Mônica. Pe. Pedro Miguel García Terán, OSA

Ouvindo a voz do Senhor, “Ide mar a dentro” (Lc 5,4) e impulsionados a desbravar um novo mundo, como discípulos e ministros da obediência e da paz, há 25 anos atrás, nascia a Comunidade Católica Mar a Dentro, na cidade de Resende, no Rio de Janeiro. Principiou com um trabalho de evangelização na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), iniciado por Antônio Dilben a convite do capelão da academia. Ele iniciara um trabalho ao qual, pouco a pouco, ajuntaram-se outros, tomando consciência daquilo que o próprio Senhor havia começado, isto é, uma nova fundação, uma comunidade com o desejo de evangelizar e a preocupação de comunicar a verdade, de levar todos a uma confiança mais

profunda na Palavra de Deus. Neste ano, celebrando o jubileu de 25 anos de sua fundação, colocamo-nos em ação de graças diante de Jesus, reconhecendo sua bondade e misericórdia demonstradas ao longo desse tempo. É, portanto, com o coração cheio de gratidão, que temos a alegria de convidar a todos para a Santa Missa em Ação de Graças pelo Ano Jubilar, que acontecerá no próximo dia 21 de outubro, às 19h30 na Basílica Menor de Nossa Senhora Aparecida, em São José do Rio Preto/SP. A cerimônia será presidida pelo cardeal Dom Orani João Tempesta, arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro. Ao final da Santa Missa, Dom Orani dará a bênção papal com a devida indulgência. Sua presença muito nos alegrará.

Coleta Óbulo de PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA SÃO JOÃO BATISTA SÃO SEBASTIÃO NOSSA SENHORA DA PAZ NOSSA SENHORA DO DIVINO LIVRAMENTO SÃO LUIZ DE GONZAGA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA SANTA APOLÔNIA SENHOR BOM JESUS SÃO SEBASTIÃO NOSSA SENHORA DA ABADIA SÃO BENEDITO SÃO JOÃO BATISTA NOSSA SENHORA APARECIDA SÃO PEDRO APÓSTOLO SENHOR BOM JESUS NOSSA SENHORA APARECIDA SÃO JOÃO BATISTA NOSSA SENHORA APARECIDA NOSSA SENHORA APARECIDA SÃO BENEDITO SÃO JOÃO BATISTA SÃO JOÃO BATISTA SENHOR BOM JESUS SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA SENHOR BOM JESUS

MUNICÍPIO VALOR ÁLVARES FLORENCE................................................................ 200,00 AMÉRICO DE CAMPOS............................................................. 379,15 BADY BASSITT......................................................................... 330,00 BÁLSAMO........................................................................................... BURITAMA............................................................................ 1.520,00 CEDRAL................................................................................... 336,10 COSMORAMA........................................................................... 665,00 ENGº SCHIMIDT........................................................................ 318,25 FLOREAL.................................................................................. 167,60 GUAPIAÇU................................................................................ 640,00 ICÉM........................................................................................ 150,00 JACÍ......................................................................................... 522,25 JOSÉ BONIFÁCIO...................................................................... 500,00 MACAUBAL.............................................................................. 300,00 MIRASSOL............................................................................ 1.026,75 MONTE APRAZÍVEL.................................................................. 695,00 NEVES PAULISTA.................................................................. 1.062,10 NHANDEARA............................................................................ 491,00 NIPOÃ...................................................................................... 556,35 NOVA ALIANÇA........................................................................ 456,00 NOVA GRANADA................................................................... 1.200,00 ONDA VERDE........................................................................... 398,45 PALESTINA............................................................................... 280,00 PAULO DE FARIA...................................................................... 252,60 POLONI.................................................................................... 313,40 POTIRENDABA....................................................................... 3.891,95

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA BASÍLICA NOSSA SENHORA APARECIDA SÉ CATEDRAL DE SÃO JOSÉ SANTA TEREZINHA NOSSA SENHORA SS. SACRAMENTO MTE. SERRAT NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA SANTA LUZIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO SANTA IZABEL SÃO SEBASTIÃO NOSSA SENHORA APARECIDA NOSSA SENHORA DO ROSARIO DE POMPÉIA SÃO JOÃO BATISTA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO SÃO JUDAS TADEU NOSSA SENHORA DO CARMO SÃO JOÃO BATISTA E SANTUÁRIO DAS ALMAS SÃO BENEDITO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA SÃO BENTO JESUS BOM PASTOR E SÃO SEBASTIÃO SANTA LUZIA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA SÃO VICENTE DE PAULO

MUNICÍPIO VALOR RIOLÂNDIA............................................................................... 984,05 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 870,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 2.117,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 700,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.155,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.905,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.010,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 887,00 TANABI..................................................................................... 370,82 UCHÔA..................................................................................... 235,30 VALENTIM GENTIL................................................................... 668,75 VOTUPORANGA..................................................................... 3.493,65 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 350,00 GASTÃO VIDIGAL..................................................................... 270,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.127,25 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.200,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 500,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 838,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 484,00 MENDONÇA.............................................................................. 796,46 VOTUPORANGA..................................................................... 2.205,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 900,00 VOTUPORANGA..................................................................... 1.255,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.668,00 MONTE APRAZÍVEL.................................................................. 195,00 TURIÚBA.................................................................................. 161,20


SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

DIOCESE 86 ANOS

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7º ano de falecimento do A Missão do Professor Cristão Monsenhor Ângelo

O dia 15 de setembro, conhecido como “Dia da fraternidade”, foi marcado por uma Missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Tomé Ferreira da Silva, contando com a participação de alguns sacerdotes e membros do Instituto Missionário Coração Imaculado de Maria. Foi o primeiro ano que o Instituto celebrou essa Missa, tendo o seu fundador, Monsenhor Ângelo Angioni, como “Servo de Deus”, o qual está em processo de Beatificação e Canonização pela Igreja. Na Missa, Dom Tomé fez uma belíssima reflexão sobre as 7 dores de Nossa Senhora, percorrendo toda a vida de Maria enquanto cuidava de seu amado filho. Ao mesmo tempo, o bispo diocesano disse que o “Dia da fraternidade” deve ser marcado por Missas e atendimento de confissões, oferecendo ao povo espiritualidade e fé. A santidade consiste nas pequenas coisas, amar e servir, isto fez muito bem o Servo de Deus Ângelo Angioni. Quando olhamos sua vida e seus escritos, percebemos que o amor pelas pessoas e a salvação das almas era nítido. Amar a Igreja deve ser sempre nossa Missão, sobretudo amando-a nos mais necessitados. Sendo missionário, o Servo de Deus Ângelo Angioni, sacerdote de origem italiana, veio

para o Brasil e, na Diocese de São José do Rio Preto, fundou o Instituto Missionário Coração Imaculado de Maria, tendo como membros sacerdotes, religiosas e leigos consagrados, chamados a servir a Deus e propagar a devoção ao Coração Imaculado de Maria. Com esse “coração missionário”, o Servo de Deus dedicou seu ministério sacerdotal na cidade de José Bonifácio, onde atuou na Paróquia São João Batista. Sua devoção à Nossa Senhora era tão grande que dizia a todos que a ele recorriam, para pedirem à Nossa Senhora e entregava-lhes uma “medalhinha”. Muitas vezes, as pessoas o procuravam chorando, mas sempre saiam sorrindo. Seu olhar sereno cativava as pessoas, um verdadeiro olhar de Deus. O Servo de Deus Ângelo Angioni faleceu no dia 15 de setembro de 2008. Desde então, a prefeitura municipal de José Bonifácio declarou esse dia como o “Dia da fraternidade”. Neste ano de 2015, vivemos uma grande alegria, pois no dia 07 de junho abriu-se oficialmente o processo de Beatificação e Canonização do Servo de Deus. Temos uma longa jornada pela frente, mas sabemos que Deus e Nossa Senhora estarão nos ajudando. No dia 15 de setembro não só celebramos a memória de Nossa Senhora das Dores, mas também celebramos o dia, em que a “semente lançada à terra” brotou. O Servo de Deus Ângelo Angioni é modelo de santidade para todos nós! Que sua vida santa e seu grande amor pelo Coração Imaculado de Maria possa nos dar ânimo em nossa Missão! Pe. Tiago Henrique da Silva Medeiros

Para refletirmos sobre o tema deste artigo, convém nos remetermos ao termo “Professor” em sua origem etimológica e veremos que se origina do latim “professor, oris: o que se dedica a, o que cultiva”. Torna-se ainda mais interessante quando falamos em “missão do professor”, pois os significados das palavras conjugadas, por natureza, trazem em si uma incumbência, uma missão a cumprir. A figura do professor lembra o ser enviado para cumprir um dever. Associando os dois primeiros termos à palavra: “cristão”, ousamos até dizer que o título se torna redundante. O surgimento da educação na Grécia antiga destacou a importância do professor como o pedagogo, “aquele que conduz a criança” assim o foi por muitos séculos. Ao longo da história, o professor manteve o conceito de uma pessoa respeitada pelos seus valores de culto à sabedoria, à inteligência e à capacidade de conduzir os passos das crianças, o espelho, o exemplo. Na atualidade, no entanto, esse conceito tem despertado diferentes conotações. A disseminação e a velocidade das informações, advindas da tecnologia, o avanço da ciência e, consequentemente a mudança de paradigmas surgidos nas relações humanas e outros fatores que influenciaram os comportamentos das pessoas, tornaram o papel do professor um ofício cada vez mais complexo e em evidência. O fazer pedagógico deixou de ser aquele ofício atribuído anteriormente ao professor de apenas ensinar. Cabe ao professor atual, antes mesmo de ensinar, compreender as complexidades dos problemas sociais, econômicos (não menos importantes do contexto vivido por Jesus Cristo em sua época) e emocionais dos alunos e da sociedade como um todo. A sala de aula extrapola os muros da escola, e o conhecimento se dá não apenas no espaço da escola e da família,

mas principalmente pelo acesso às redes de comunicação em qualquer lugar do planeta. A aprendizagem não segue cronologia, temporalidade e nem sequência etária. O mundo sem fronteiras aproxima as pessoas distantes, e ao mesmo tempo, desune os convives dentro de seus próprios lares. Propicia noticiar os fatos em tempo real e as consequências da vida moderna, com suas preocupações materiais, possibilita que as pessoas esqueçam os valores cristãos, os princípios ensinados pelo grande mestre Jesus Cristo. Esta é hoje a missão do professor cristão: ensinar os valores humanos. Difundir a lógica da Bem Aventurança, trazer à reflexão o mandamento principal de Jesus: “Amar ao próximo, como a ti mesmo”. A lição mais importante que todo ser humano precisa aprender para se graduar na escola da vida. A formação de gente, pessoa, homem, mulher, ser humano com dignidade e esperança. Contribuir para a construção do reino de Deus. Utilizar a capacidade cognitiva herdada por Deus, nosso Pai e ser espelho para os alunos. Evangelizar. Para ser capaz de cumprir sua missão, o professor precisa saber que: "o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira" (Jo, 15,4). Por mais difícil e árdua que seja sua missão, o professor jamais poderá deixar ser vencido pelo cansaço e pelos obstáculos. Inspirado na fé que emana da igreja, a comunhão com os irmãos, o trabalho em comunidade que fortalece, buscar valores autênticos que deem sentido à vida. Portanto, o professor cristão, sendo aquele que cultiva, jamais poderá deixar de cultivar a criança,fruto da vida. Cativá-la e guiá-la nos caminhos de Jesus, Nosso Senhor. Profa. Ana Lúcia Viana de Almeida (Américo de Campos)

São Pedro - 2015 PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO CARMO SANTA RITA DE CÁSSIA SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA SÃO JOSÉ SÃO SEBASTIÃO SANTA EDWIGES SANTA JOANA DE PORTUGAL SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS SANTO ANTÔNIO DE LISBOA SENHOR BOM JESUS NOSSA SENHORA DE CZESTOCHOWA IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA SANTA RITA DE CÁSSIA DIVINO ESPÍRITO SANTO MENINO JESUS DE PRAGA SÃO JOÃO BATISTA SANTA TEREZINHA SÃO BENEDITO E NOSSA SENHORA DE FÁTIMA NOSSA SENHORA DO BRASIL SÃO PEDRO E SÃO PAULO SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA DIVINO ESPÍRITO SANTO NOSSA SENHORA APARECIDA SANTO EXPEDITO NOSSA SENHORA DAS LÁGRIMAS

MUNICÍPIO VALOR MIRASSOL............................................................................ 1.603,55 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 724,00 MIRASSOLÂNDIA...................................................................... 267,00 ADOLFO.................................................................................... 160,00 SEBASTIANÓPOLIS DO SUL................................................................ SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 952,20 VOTUPORANGA........................................................................ 490,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 807,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.200,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 1.800,00 VOTUPORANGA........................................................................ 293,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 465,80 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 868,50 MIRASSOL............................................................................... 242,00 PLANALTO.......................................................................................... SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 894,00 TANABI..................................................................................... 766,05 MAGDA.................................................................................... 171,80 VOTUPORANGA........................................................................ 392,30 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 539,85 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 637,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO........................................................... 72,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO.................................................................... SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 234,90 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 324,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 684,60

PARÓQUIA SÃO PEDRO CRISTO REI SÃO JOÃO APÓSTOLO E N. SENHORA DAS DORES SENHOR BOM JESUS SÃO CRISTÓVÃO SÃO VICENTE DE PAULO SÃO PEDRO SAGRADA FAMÍLIA E SANTOS REIS SÃO SEBASTIÃO MARIA MÃE DE DEUS SÃO SEBASTIÃO SÃO SEBASTIÃO SANTA TEREZINHA SÃO FRANCISCO DE ASSIS SANTA LUZIA SÃO JOSÉ SÃO MATEUS SÃO ROBERTO BELARMINO SÃO BENEDITO E NOSSA SENHORA DE LOURDES NOSSA SENHORA APARECIDA NOSSA SENHORA DOS POBRES COLÉGIO SANTO ANDRÉ TOTAL

MUNICÍPIO VALOR NOVA LUZITÂNIA...................................................................... 330,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 300,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO.................................................................... ZACARIAS.................................................................................. 80,00 VOTUPORANGA........................................................................ 300,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 388,30 UBARANA................................................................................. 175,00 JOSÉ BONIFÁCIO...................................................................... 800,00 ALTAIR....................................................................................... 42,00 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO...................................................... 2.000,00 IPIGUÁ...................................................................................... 651,85 TALHADO................................................................................... 80,00 ORINDIÚVA............................................................................... 246,30 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 100,00 MIRASSOL .............................................................................. 469,00 JOSÉ BONIFÁCIO...................................................................... 727,13 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 477,10 PONTES GESTAL................................................................................. LOURDES................................................................................. 400,00 MONÇÕES................................................................................ 405,65 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 522,65 SÃO JOSÉ DO RIO PRETO......................................................... 200,00 ........................................................................................... 66.282,96


SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

DIOCESE 86 ANOS

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“Casamentos nulos” No dia 08 de setembro passado, foi publicada a Carta Apostólica Mitis Iudex, Dominus Iesus (O Senhor Jesus, Juiz clemente), do Papa Francisco, sobre o processo para a declaração de nulidade matrimonial. Trata-se de uma reforma do Direito Canônico, no que diz respeito a esses processos. A medida responde a numerosos pedidos, feitos em tal sentido durante a assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos, em 2014; mas também há indicações dadas pelos cardeais no Consistório de fevereiro de 2014. Era claro e forte o desejo de tornar mais ágeis e acessíveis aos fiéis os processos para a nulidade matrimonial. É bastante compartilhada, entre teólogos e canonistas, a convicção de que muitos casamentos, realizados na Igreja, são, de fato, nulos, porque tiveram alguma falha grave no consentimento ou na forma. Seriam, portanto, nulos desde o princípio. Quando, por exemplo, falta a liberdade na decisão de casar, esse ato é nulo; da mesma forma, quando a pressão de circunstâncias externas impede de tomar uma decisão autônoma. Os argumentos de nulidade matrimonial são numerosos. Os casamentos nulos, geralmente, entram em crise bem depressa. Muitos casais poderiam ter reconhecida a nulidade do seu casamento fracassado para, em seguida, realizar um casamento verdadeiro. Outros, talvez, poderiam regularizar a nova relação, caso o vínculo anterior

rompido fosse reconhecido nulo. A Igreja leva a sério o casamento; por isso, após ter sido apresentado a ela um pedido de reconhecimento da nulidade matrimonial, faz instaurar um processo para a verificação cuidadosa dos fatos. O que interessa, acima de tudo, é a verdade sobre o casamento rompido; para tanto, é necessário reunir documentos, ouvir testemunhas e efetuar um julgamento sobre as circunstâncias e as alegações apresentadas no processo. O Papa Francisco faz questão de esclarecer que não se trata de aprovar o divórcio e de “anular” casamentos verdadeiros. Nada muda na doutrina da Igreja a respeito da indissolubilidade do Matrimônio”. A Igreja não anulará casamentos verdadeiros e legítimos. Também não se trata de alargar os argumentos de nulidade, que permanecem os mesmos e já são bem conhecidos dos canonistas. Continua valendo o que Jesus ensinou: “o que Deus uniu, o homem não separe”. Em certos casos, porém, é preciso verificar se Deus uniu mesmo! O Papa estabeleceu que os processos não precisarão mais passar por dois tribunais, nem receber duas sentenças de tribunais diversos. Por outro lado, dispôs também que, em certos casos, quando a nulidade aparece claramente, o próprio bispo pode ser o juiz, ou quem for delegado por ele para isso. A responsabilidade pessoal do bispo diocesano aumentou muito com essa decisão do Papa.

A caridade pastoral da Igreja e a salvação das almas deve ser a motivação maior para todo o agir da Igreja. A reforma dos processos de nulidade matrimonial também traz essa mesma motivação: “salus animarum, suprema lex” (a salvação das almas é a lei suprema da Igreja). É preciso fazer todo o possível para ajudar as pessoas angustiadas alcançarem o bem espiritual e a salvação eterna. Por isso, sem faltar para com a verdade e a justiça, a Igreja quer tornar acessíveis os serviço dos tribunais eclesiásticos a todos os que deles necessitam. Além de tribunais acessíveis e próximos, o Papa também estabelece que os processos devem ser ágeis, sem demorar muito: “justiça demorada é justiça negada”. As modificações introduzidas no Direito Canônico pelo Papa Francisco entrarão em vigor no próximo dia 8 de dezembro, mesmo dia da abertura do Ano Santo extraordinário da Misericórdia de Deus. Não é sem motivo: a Igreja é testemunha e mensageira da misericórdia de Deus e, ao mesmo tempo, está ao serviço dos sinais da misericórdia de Deus para com os homens. As questões de nulidade matrimonial também devem ser tratadas à luz da misericórdia de Deus.

Dom Odilo Pedro Scherer

Arcebispo Metropolitano de São Paulo

Pastoral dos Surdos Em 7 de setembro, cerca de 15 membros da Pastoral dos Surdos de nossa diocese participaram do Hallel em Franca no módulo: “Mãos que Evangelizam”. Os trabalhos de espiritualidade e palestras de formação foram dirigidos pelo Padre Wilson Czaia (surdo) de Curitiba.

No dia 3 de setembro, no Santuário das Almas, o Padre Octávio Berti presidiu a Missa em Ação de Graças pelos 13 anos da Pastoral dos Surdos em nossa diocese.

OUTUBRO/2015

No Ano da Misericórdia, a Mãe da Misericórdia vem nos visitar

Da Redação A Diocese de São José do Rio Preto realizou, nos dias 18 e 19 de setembro, a sua 12ª Romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, com a participação de 3500 fiéis e vários sacerdotes, distribuídos em 73 ônibus e vários automóveis. Participamos da Santa Missa, às nove horas, com a presidência de Dom Washington Cruz, CP, DD. arcebispo Metropolitano de Goiânia, GO, concelebrada pelo bispo Emérito de Rubiataba-Mozarlândia, GO, Dom José Carlos de Oliveira, CSSR, por Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo Diocesano de São José do Rio Preto, SP, uma centena de sacerdotes e diáconos permanentes, muitos seminaristas, religiosas e uma multidão incontável de fiéis leigos. Neste ano de 2015, os romeiros da diocese de São José do Rio Preto rezaram pela paz, respondendo ao apelo da CNBB, Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e pelo bom êxito do “Ano da Misericórdia” convocado pelo Santo Padre o Papa Francisco. No contexto do “Ano da Paz”, no dia 04 de outubro, domingo e dia de São Francisco de Assis, as paróquias de todo o Brasil realizarão orações e manifestações pela paz. As paróquias da diocese de São José do Rio Preto farão programação própria, rezando pela paz e divulgando a necessidade de construir uma cultura da paz. Procure participar em sua paróquia! O Jubileu da Misericórdia, Ano Santo, abrir-se-á no dia oito de dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. No terceiro

domingo do Advento, 13 de dezembro, abrir-se-á a “Porta Santa”, na catedral da diocese de São José do Rio Preto, em comunhão com o Santo Padre o Papa Francisco, que estará abrindo a Porta Santa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. Nossa gratidão aos sacerdotes, religiosas e leigos que organizaram, em suas respectivas paróquias e comunidades, as caravanas para a 12ª Romaria ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Nosso reconhecimento a Dom Raymundo Damasceno Assis, DD. cardeal arcebispo de Aparecida, e a Dom Darci José Nicioli, CSSR, DD. bispo Auxiliar de Aparecida. Na pessoa do Padre João Batista de Almeida, CSSR, nossa perene gratidão aos Padres Redentoristas, voluntários e funcionários do Santuário Nacional. Deus lhes pague pela acolhida e pelo bem que realizam aos fiéis romeiros que se dirigem à “Casa da Mãe.” No contexto da celebração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, nas águas do rio Paraíba, a ser recordado em 2017, com alegria e esperança, comunico que a IMAGEM PEREGRINA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA ESTARÁ NA DIOCESE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, DE 30 DE AGOSTO A 01 DE DEZEMBRO DE 2016. As paróquias que se inscreveram, 95, irão receber, por um dia, a visita da imagem da Padroeira do Brasil, a Mãe da Misericórdia, conforme calendário a ser elaborado, dentro do contexto do Ano Santo da Misericórdia.


SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

DIOCESE 86 ANOS

OUTUBRO/2015

12ª Romaria Diocesana ao Santuário de N. Sra. Aparecida

Dia 19 e setembro, fiéis e padres de diversas paróquias da diocese estiveram no Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em Aparecida/SP. A peregrinação faz parte da Romaria Diocesana, realizada anualmente, e marca a comunhão da diocese com a Arquidiocese de Aparecida, animada pela fé do povo brasileiro na Virgem Maria. Juntamente com a diocese de São José do Rio Preto, estavam também em romaria, membros da

Arquidiocese de Goiânia/GO. O ponto alto da peregrinação foi a celebração eucarística das 9h, da qual participaram padres, religiosos e religiosas, seminaristas e fiéis das duas dioceses, além de devotos de várias partes do país. A Eucaristia, celebrada na memória do bispo e mártir São Januário, foi presidida por Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, e concelebrada por Dom Tomé Ferreira da Silva, bispo de Rio Preto, Dom José Carlos de Oliveira, bispo emérito de

Dia do Nascituro Por determinação da 43ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em 2005, celebra-se, ou deveria celebrar-se, em todo o Brasil, de 1 a 8 de outubro, a Semana Nacional da Vida e no dia 8 de outubro o Dia do Nascituro, ou seja, o Dia pelo direito de nascer. Uma data esquecida, mas que, sobretudo hoje, vale a pena recordar. Nascituro, o que está para nascer, é o que todos nós fomos um dia, no útero de nossa mãe. Ali teve início nossa existência, graças a Deus. Foi escolhido o dia 8 de outubro, por ser próximo ao dia em que se celebra a Padroeira do Brasil (12 de outubro), cujo título, ao evocar a concepção, lembra o fruto correspondente: Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Deus que se fez homem, Jesus Cristo, nascituro em seu seio, que faz João Batista exultar de alegria no ventre de Isabel (Lc. 1,39-45). Paradoxalmente, ao mesmo tempo em que nos maravilhamos com as atuais descobertas científicas sobre os meses iniciais de nossa vida, quando nossa afetividade e psicologia pessoais começam a ser formadas, constata-se a existência

de ataques à vida humana nascente. A propósito, diante da atual banalização da vida e de opiniões favoráveis ao aborto, defendido por inúmeras pessoas influentes, é importante lembrar que a Igreja compreende as situações difíceis que levam mães a abortar, mas, por uma questão de princípios, defende com firmeza a vida do nascituro, como bem nos ensina S. João Paulo II na Carta Encíclica "Evangelium Vitae" (Sobre Valor e a Inviolabilidade da Vida Humana): “É verdade que, muitas vezes, a opção de abortar reveste para a mãe um caráter dramático e doloroso: a decisão de se desfazer do fruto concebido não é tomada por razões puramente egoístas ou de comodidade, mas porque se quereriam salvaguardar alguns bens importantes como a própria saúde ou um nível de vida digno para os outros membros da família. Às vezes, temem-se para o nascituro condições de existência tais que levam a pensar que seria melhor para ele não nascer. Mas essas e outras razões semelhantes, por mais graves e dramáticas que sejam, nunca podem justificar a supressão deliberada de um ser

Rubiataba-Mozarlândia/GO e os sacerdotes presentes. Para o próximo ano, em lugar da romaria, está prevista a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida à diocese, como preparação para o jubileu de 300 anos do aparecimento da imagem no rio Paraíba do Sul, a ser comemorado em 2017 com a presença do Santo Padre, o Papa Francisco. Texto: Paulo Castro Foto: Pedro Sant’Ana

humano inocente” (n. 58). E, usando da prerrogativa da infalibilidade, o Papa define: “Com a autoridade que Cristo conferiu a Pedro e aos seus sucessores, em comunhão com os Bispos – que de várias e repetidas formas condenaram o aborto e que... apesar de dispersos pelo mundo, afirmaram unânime consenso sobre esta doutrina - declaro que o aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, constitui sempre uma desordem moral grave, enquanto morte deliberada de um ser humano inocente. Tal doutrina está fundada sobre a lei natural e sobre a Palavra de Deus escrita, é transmitida pela tradição da Igreja e ensinada pelo Magistério ordinário e universal” (n. 62). Agradeçamos ao Criador pelo dom da vida que nos deu, e renovemos o nosso compromisso de lutar pela vida daqueles que, como nós fomos também, ainda não têm voz, mas que são chamados a um dia agradecerem a Deus por tão grande dom. Lutemos pela vida, contra o aborto. Dom Fernando Arêas Rifan

9 VOCAÇÕES

A vocação de Abraão

A história vocacional de Abraão encontra-se no livro de Gênesis entre os capítulos 12 a 25,18. Deus convida Abraão para sair da sua terra em Ur, sua casa, suas tradições, seus costumes religiosos e ir para uma terra que Ele iria mostrar. Foi prometido para Abraão que uma nova e grande nação seria formada e abençoada, a partir dele e de sua esposa Sarai. Uma grande responsabilidade foi concedida para esse patriarca “Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn12,3). Quando Abraão ouviu o chamado do Senhor, já tinha 75 anos, homem maduro e experiente. No entanto, não teve dúvidas. No ano de 1850 a.C., colocou-se a caminho em direção a Canaã, terra prometida à sua descendência. Com ele, foram sua esposa Sarai, que era estéril, seu sobrinho Ló e vários escravos. Confiando plenamente nas palavras do Senhor, Abraão orientou sua vida e sua vocação. Muitas provações e dificuldades teve de enfrentar, mas sua fé e sua confiança em Deus o mantiveram firme e forte no objetivo de formar uma nação santa. Deus foi realizando muitas obras na vida de Abrão e Sarai. Um dos grandes acontecimentos

foi o milagre da concepção de Sarai que, além de ser estéril, já tinha idade avançada. Mas Ele disse: “Olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz... Assim será tua descendência” (Gn 15,5). Abraão acreditou no Senhor e da união entre ele e Sarai nasceu Isaac, o filho da promessa. E, assim, a vontade de Deus tomou conta da vida de Abraão, dando início a formação do povo de Israel, o povo de Deus. A fé e a confiança de Abraão eram tão grandes que, mesmo diante de situações de dores e sofrimentos, não abandonou a vontade do Senhor. Como no dia em que Deus interveio e disse que não precisava sacrificar seu próprio filho no alto da montanha. Na hora em que ele ia sacrificar Isaac, Deus interveio e disse que não precisava sacrificar mais seu filho, pois ele provou sua fé ao extremo (Gn 22,1-19). Nessa passagem, aprendemos também que Nosso Deus é o Senhor da vida e não da morte, e grande foi a alegria de Abraão que continuou fiel a Ele. Pe. Rafael Dalben Ferrarez

Vice-reitor do Seminário Propedeutico N. Sra. da Paz padredalben@gmail.com


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Nossa Senhora Aparecida, Mãe da Misericórdia

A mãe de Jesus e nossa merece ser honrada como Mãe da Misericórdia e Mãe de Misericórdia, porque experimenta e gera a Misericórdia. Maria está, desde a sua concepção, envolta na misericórdia infinita (preservada do pecado original), ao mesmo tempo em que o seu agir está assinalado pelo amor efetivo aos seres humanos, especialmente pelos pecadores e sofredores. Maria é a

pessoa que conhece mais a fundo o mistério da misericórdia divina. A invocação “Salve Rainha, Mãe de misericórdia”, destaca a qualidade do olhar materno de Maria: “esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei”, e conclui com o sentido desta sua misericórdia: “ó clemente, ó piedosa, ó doce, Virgem Maria”. A partir do seu “eis-me aqui” e o seu “faça-se” (Lc 1,28), a misericórdia divina se faz carne e entra na história. Ela é Mãe da divina graça porque é Mãe de Deus, autor da graça. Ela nos faz compreender que Deus, por pura misericórdia, mostra-nos muitas vezes além do necessário do que seria justiça nos conceder; dá-nos que Deus nos dá além dos nossos méritos. No Magnificat, Maria louva ao Pai Misericordioso: “a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem”; “socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia” (Lc 1, 50.54). A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira do Brasil, começa em 1717 como prova concreta da misericórdia divina. Época do Brasil colonial, que estava dividido pelo “muro vergonhoso

da escravatura”. Os escravos eram constantemente castigados, geralmente com açoites, a punição mais comum no Brasil Colônia. Além da escravidão, não havia liberdade política e econômica, o que impedia o crescimento do país. Mostrando-se solidário a todos esses sofrimentos, “Nossa Senhora Aparecida se apresenta com a face negra, primeiro dividida, mas depois unida nas mãos dos pescadores”. A imagem da Imaculada Conceição encontrada, primeiro o corpo e depois a cabeça, tornou-se uma unidade de corpo e cabeça, o prenúncio da soberania, da Independência do Brasil, que seria conquistada em 7 de setembro de 1822. A devoção mariana, vivida no horizonte da centralidade de Jesus Cristo e do Reino de Deus, é legítima e saudável. Deve ser respeitada e estimulada, para que a mãe de Jesus molde nosso coração de discípulos e missionários de Cristo, levando-nos a viver autenticamente o mistério de amor e misericórdia em nossos tempos. Pe. Gilmar Antônio F. Margotto

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Votuporanga

Encontro com Secretários Paroquiais

Sob a proteção de São Jerônimo, a diocese de São José do Rio Preto reuniu no último dia 30 de setembro, na Casa do Clero, secretários(as) paroquiais para uma manhã de oração, formação e confraternização. A oração foi conduzida pela secretária da Paróquia Santo Antônio de Pádua de São José do Rio Preto, Beatriz. A assessoria da formação com o tema: Atendimento pessoal com eficiência

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a serviço da evangelização, foi feita pelo Pe. Wagner Aparecido Scarponi, de São Paulo. Destacamos alguns pontos da palestra: O (a) secretário(a) paroquial é mais que um mero funcionário, ele é um vocacionado, um discípulo missionário do Senhor, que está a serviço do Reino de Deus; deve ser um conhecedor de sua realidade, especialmente paroquial(também

o que há no território) e também diocesano, conhecer as estruturas da Igreja Particular, deve estar sempre em sintonia com outro vocacionado o padre, este que possui muitas virtudes, mas também limitações. O assessor aponta, ainda, algumas atitudes fundamentais, que o(a) secretário(a) deve ter no cumprimento de sua missão na paróquia, que podem ser conferidas no link com a apresentação feita por ele. Padre Scarponi conclui sua fala com a citação da 1ª Cor 12,12-13, na qual enfatiza a riqueza da unidade e da diversidade manifestada pelo Espírito na sua Igreja. Encerrando esse momento de formação, Dom Tomé destaca a importância e valoriza a pessoa de cada secretário (a) paroquial, reforçando que cada um deles(as) é um vocacionado a serviço do Reino de Deus. O evento termina com um delicioso almoço de confraternização. Pe. Natalício Nascimento dos Santos

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pastoraL BÍBLiCo-CateQuÉtiCa

Catequese: missão, desafio, construção A pessoa do catequista é fundamental para a vida da Igreja. Por meio dela, a Igreja vai exercendo de um modo específico a “educação da fé”. Bela missão, rica de possibilidades e também de desafios imensos. A MISSÃO DE CATEQUISTA O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão de catequista, que podemos assim resumir: • O catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja. • O catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus. • O catequista ajuda a comunidade a interpretar, criticamente, os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição. Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer. É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa. Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo. CONDIÇÕES PARA SER

nhão e participação em uma comunidade. • Vivência pessoal e comunitária da fé. • Espírito e capacidade de trabalhar em equipe. • Consciência da vocação e missão a que foi chamado a realizar em uma comunidade. • Ser capaz de reconhecer o valor e a importância dessa missão. O DESAFIO DE SER CATEQUISTA

São muitas as causas que comprometem um bom trabalho de catequese. Entre elas, estão problemas de ordem pessoal, de ordem estrutural e de ordem processual. Entre as causas pessoais, destacam-se: imaturidade dos catequistas, problemas afetivos, irresponsabilidade, falta de motivação, falta de espiritualidade, falta de vocação, catequese como fuga, necessidade de afirmação psicológica de si, busca de destaque pessoal e status, falta de conhecimento, falta de tempo. Entre as causas estruturais, situam-se: falta de projeto e plano de ação, falta de apoio do pároco, da comunidade, de coordenadores; falta de apoio, compreensão e acompanhamento dos pais, principalmente do pai; falta de recursos e material para trabalho. Entre as causas processuais, estão: falta de formação e aprofundamento, falta de integração com outras pastorais, autoritarismo de coordenadores, falta de acolhida e valorização dos catequistas, excesso de atividades. Fonte: Site – Sou Catequista

CATEQUISTA

• Capacidade de comu-

Pe. José Eduardo Vitoreti

Administrador Paroquial Paróquia Nossa Senhora de Fátima de São José do Rio Preto


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O exército cristão da medicina

Diz o ditado que de “médico e de louco todos nós temos um pouco”. Partindo da sabedoria popular, devemos nos apropriar do dom de amenizar a dor e tentar a cura de nossos irmãos independente de nossa formação profissional. Assim como São Lucas, médico e companheiro fiel do apóstolo Paulo, devemos ser “médicos de homens e de almas”. Foi o escritor do Evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos. Que Lucas era pessoa bem instruída é evidente em seus

escritos nos quais termos médicos eram comuns. Também os Santos Cosme e Damião, irmãos gêmeos, morreram por volta de 300 D.C, crê-se que foram médicos e sua santidade é atribuída pelo motivo de haverem exercido a medicina sem cobrar por isso, devotados à fé. Alguns de nós escolhemos, por vocação ou opção, trabalhar na área da saúde. Medicina é um sacerdócio diz-se também. Contudo, lembremos que, além dos médicos, temos enfermeiros e técnicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos, dentistas, nutricionistas e outros profissionais do setor, que juntos, formam um verdadeiro exercito em prol da saúde de seu semelhante. A equipe que, trabalhando em conjunto se complementa e dá suporte ao enfermo, é sem dúvida capacitada por Deus para atender ao próximo. De alguma forma, esses profissionais foram tocados espiritualmente quando assumiram o compromisso de cuidar do outro. Naturalmente,

como humanos e falhos que somos, alguns se perdem ou se desvirtuam no caminho, tais quais ovelhas desgarradas. Entretanto, a grande maioria se dedica com amor ao seu trabalho. Hoje sabemos que a fé e a espiritualidade são capazes de curar, através de melhora da imunidade, neurotransmissores e hormônios são produzidos levando-nos a reagir melhor às doenças e promover mudanças no prognóstico dessas. As missas de cura e libertação são prova de que, quando elevamos nosso espírito em oração com a comunidade, criamos uma sintonia de bem estar capaz de produzir endorfinas que aliviam dores e trazem conforto às angústias e ansiedades. A saúde física e mental depende de muitos fatores, mas certamente a fé é o que pode trazer o diferencial para a nossa cura interior. Dra. Rossana C. Garambone Affonso Clinica médica e Nutrologia

Paulinho Ribeiro lança CD “Tudo está nas mãos de Deus” O cantor e compositor Paulinho Ribeiro lançou seu novo cd “Tudo está nas mãos de Deus”. O show, realizado no salão da Catedral de São José, em 25 de setembro, teve abertura com as bailarinas da academia Atram de Potirendaba, ao som do pout-pourrit de Paulinho Ribeiro. O evento contou com a participação dos cantores: Rogério Aquino, interpretando “Jesus, fica comigo” e Antônio Fiorotto Junior, “Mulher Predestinada”, músicas consagradas de Ribeiro. Além das treze novas obras do álbum, suas filhas, Mariana e Gabriela Ribeiro, apresentaram uma nova leitura da música “Olhando sua Cruz”, acompanhadas pelo violonista Leandro Moraes, sendo um momento de muita emoção e belíssima interpretação. A banda formada por doze integrantes proporcionou um espetáculo ímpar

aos presentes. O cantor relatou o período difícil que sua família enfrentou nos últimos quatro anos com a enfermidade de sua esposa, Lúcia Ribeiro, que passou por duas cirurgias cerebrais e seções de radioterapia para a

retirada de um tumor benigno de difícil tratamento. Neste período, foi inspirado por Deus a compor as canções gravadas nesse novo CD, comemorando a vitória dada por Deus à família.

Amigos e amigas leitores(as) de nosso Jornal: agradeço o carinho e a atenção dedicados à coluna “Pergunte e responderemos” - conto com a interação de vocês para que, cada vez mais, possamos esclarecer nossas dúvidas de fé. Vamos a nossa pergunta do mês, um pouco mais filosófica: Podemos afirmar que o homem é um ser religioso e precisa da experiência com o Sagrado para sua felicidade? O humano tem a necessidade de buscar a Deus e de relacionar-se com a Bondade; sente o desejo de lançar-se diante de um Criador que é capaz de levá-lo à perene realização de si mesmo como criatura; precisa salvar-se da angústia da finitude e das suas limitações, por isso mergulha na bem aventurança da perfeição e na eternidade daquele que lhe assegura a continuidade e a autossuperação; necessita conhecer a verdade e a comunhão, assim, busca a sabedoria e a relação com o Bem para compreender sua essência e seu lugar em meio à imensidão. Deus é uma das fontes de encontro do homem consigo mesmo, é o amor que convida o humano a experimentar a felicidade e a descobrir-se como ser espiritual e virtuoso. Quem não é religioso não enriquece a própria humanidade; acaba por regredir ao instintivo do animal. A essência do homem está na sua capacidade de reproduzir a realidade de Deus e ser um ícone divino, marca que está na dignidade humana, no fato de ser pessoa e poder se realizar nos mais variados aspectos, adentrando

a dinâmica das possibilidades (o homem vai além de si mesmo, dirige-se para Deus, para poder encontrar-se a si próprio) Deus, portanto, é o único capaz de levar o homem à perfeita realização de si mesmo, de mantê-lo dinâmico frente ao movimento da existência, de sustentá-lo, sobretudo, nas situações limites e de acalmá-lo nos momentos de contradição entre o que é e o que aspira ser. Deus dá sentido ao anseio humano pelo infinito e a sua negação ou vínculo por meio de uma relação interesseira, seria a tragédia do homem que busca a si mesmo. Santo Agostinho preocupou-se muito com a concretização da felicidade, por isso escreveu A Vida Feliz propondo um encontro entre Deus e o homem, afirmando que o sentido para vida, isto é, a verdadeira felicidade, só pode estar em Deus, na comunhão com a Trindade, no conhecimento de Deus, no desejo de retorno ao seio do Criador. A sabedoria, para ele, era o supremo tesouro que conduzia à verdadeira felicidade, posse do conhecimento capaz de saciar, plenamente, a aspiração humana pela beatitude. Deus, portanto, seria o único bem que poderia assegurar a felicidade. Envie também sua dúvida que poderá ser respondida na próxima edição do jornal, escreva e-mail para robertobocalete@yahoo.com.br. Obrigado e até o mês que vem.

Pe. Roberto Bocalete

Administrador Paroquial da Paróquia São João Batista - Américo de Campos


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2º Encontro Ampliado de Ensino Religioso

No dia 12 de setembro desse corrente ano, foi realizado pela equipe do Regional Sul 1 da CNBB o 2º encontro Ampliado de Ensino Religioso, na sede do UNIFAI (Centro Universitário Assunção), na Vila Mariana, São Paulo. As dioceses do regional sul 1 foram convidadas para que comparecesse pelo menos um representante, com objetivo de receberem formação capaz de transmiti-las aos educadores de suas regiões diocesanas. A esse encontro compareceram 40 representantes sendo educadores e professores de Ensino Religioso. O bispo de referência do Ensino Religioso, Dom Júlio Endi Akamine, apresentou a todos, com muita clareza, os objetivos do encontro e orientações. Como também houve palestra de Dom Carlos Lema Garcia, responsável pelo Vicariato da educação, na arquidiocese de São Paulo, refletindo o tema: Projetos pessoais de vida. Padre Antonio Ribeiro, da Região Lapa, ressaltou as necessidades dos encontros para formação e troca de experiências. Padre Edísio, coordenador da Pastoral do Ensino Religioso, falou sobre os subsídios que elabora e estão disponíveis como materiais e legislação para o ensino religioso. A Profª Leonor Maria Bernardes Neves, da diocese de São José do Rio Preto, apresen-

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tou e orientou sobre o material de ensino religioso de sua autoria que está disponibilizado no site da nossa diocese: www.bispado.org.br, que auxilia também a disciplina Ensino Religioso Escolar. O encontro foi esclarecedor e de muita riqueza, porque tivemos, além das palestras, momentos de animação, oração, missa, almoço e café. Nos momentos das palestras, houve, o tempo todo, participação dos presentes que receberam com

muito carinho toda atenção. O Padre Alexandre Boratti, da diocese de Limeira, apresentou também as experiências desenvolvidas em sua diocese como projeto de vida. Pela avaliação final feita por Dom Julio com os participantes, houve manifestações muito boas sobre o encontro e propuseram a continuidade desses trabalhos em 2016. Colaboração: Leonor Maria Bernardes Neves

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Coluna do Seminário

Outubro, mês missionário

Todo cristão batizado é chamado a ser discípulo e missionário de Jesus Cristo: discípulo enquanto seguidor do Senhor, e missionário, enquanto testemunha de sua salvação. Mas de maneira especial, o candidato à vida sacerdotal tem um compromisso maior para com o discipulado e para com a missionariedade. O seminarista é chamado a demonstrar, com a sua resposta ao chamado de Deus, o seu seguimento a Jesus Cristo e a sua missão de torná-lo conhecido e amado, anunciando-o a todos os que estão à sua volta. Assim, prepara-se para a grande missão que lhe será confiada quando receber o sacerdócio ministerial. A centralidade da missão é sempre Jesus Cristo, e o objetivo da atividade missionária é dirigir os corações das pessoas a Ele, para crerem em Sua palavra, Nele se converterem e Nele esperarem. Assim, a Igreja cumpre sua missão no mundo, comunicando o Evangelho a toda a criatura, conforme ordenou o mestre: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Estar em missão é estar disposto a anunciar sempre, por palavras e obras, a pessoa de Jesus Cristo. De modo mais concreto, é sair ao encontro das pessoas, fortalecer aquelas que já fazem a experiência do amor de Deus e levar a esperança àquelas

que, ainda, não experimentaram desse amor. Nisso, cumpre-se o desejo do Papa Francisco que, já no início de seu pontificado, ressaltou o seu desejo de uma Igreja missionária, uma Igreja que saia às ruas. Foi com esse intuito que, na última semana de julho deste ano, todos os seminaristas foram enviados em missão. Numa sociedade e num mundo sedento de paz, o tema da semana missionária dizia: “Jesus Cristo é nossa Paz!” (cf. Ef 2,14-16). Cada seminarista pode se inserir na realidade das diferentes comunidades em que estiveram presentes e sentir o que o povo sentia. A presença de cada um deles foi um sinal de esperança para as pessoas que, em cada gesto, palavra e experiência trocada, via uma luz no fim do túnel, diante das dificuldades, dores e sofrimentos. Rezemos, pois, pela Igreja e pela sua atividade missionária no mundo, a fim de que mesmo diante das adversidades, possa comunicar a Boa Nova de Jesus a toda criatura. E reze pelos seminaristas, para que a vida de todos eles seja um constante atividade missionária em favor das comunidades. Seminarista Paulo Henrique de Castro

Seminário Maior Diocesano


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LI E RECOMENDO

2015: ANO DA PAZ

O Verdadeiro Poder - Práticas de Gestão que Conduzem a Resultados Revolucionários. O autor Vicente Falconi Campos, um dos maiores e mais renomados consultores do país, é considerado um mestre na gestão de resultados e pessoas por empresários de todo os ramos e seguimentos. Nasceu em 1940, em Niterói/RJ. Graduou-se em Engenharia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (1963) e M.Sc. e Ph.D em Engenharia pela Colorado School of Mines (USA) (1968 e 1972). Foi Professor de Engenharia na UFMG de 1964 a 1992. Publicou seis livros na área de Gestão Empresarial, que venderam mais de um milhão de exemplares Falconi, ao lado de outros nomes como Gerdau, desenharam um modelo de excelência de gestão que vem sendo aprimorado pela Fundação Nacional de Qualidade, bem como por eles mesmos. Todas as teorias e ferramentas de gestão modernas estão juntas dentro desse modelo, que ao ser adotado por uma organização, permite que ela avance para um caminho em que a preocupação pelos resultados financeiros, ambientais e sociais estejam equilibrados. O título induz a acreditar que trata-se de um livro de autoajuda. Mas nem de longe é isso. É sim, uma conversa com o leitor sobre as experiências vividas pelo autor, em companhia de seus colegas de caminhada, na busca da melhoria da gestão das organizações e do país. O autor esclarece a importância nas empresas da manutenção do Foco correto. Trata do porquê falhamos nesse intuito. O Foco de todas as ações nas empresas deve estar sempre voltado para a satisfação de quatro stakeholders (clientes, funcionários, sociedade e acionistas). O autor ajuda a determinar, claramente, como estabelecer cada foco além de ensinar a estabelecer métricas para acompanhar se as definições estão sendo seguidas, conforme acordado e planejado. Um dos pontos mais valiosos é a explicação da ligação entre as ações tomadas sem foco no funcionário, com o turnover (rotatividade de funcionários) alto (na área de vendas, administrativa ou fabril) e, consequentemente, a perda de conhecimento técnico (que deverá ser reposto em treinamentos) e prático (irrecuperável), que gera a impossibilidade de manter um ambiente estável. Aponta como motivos para o fracasso: 1. Não colocamos as metas certas (ou não definimos nossos problemas de forma correta). 2. Não fazemos bons Planos de Ação, seja por que desconhecemos os métodos de análise, ou por

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falta de conhecimento técnico. 3. Não executamos completamente, e a tempo, os Planos de Ação. 4. Circunstâncias fora de nosso controle. Ao esclarecer o método para garantir que as decisões corporativas tenham nexo com o foco no sucesso do empreendimento, Falconi apoia-se em três pilares: - Liderança, esta é definida como bater metas consistentemente por meio de sua equipe, fazendo a coisa certa, - Método e - Conhecimento do Processo. Ninguém trabalha apenas pelo dinheiro. Sonhar grande dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, promover a meritocracia. Promover uma avaliação do desempenho de forma honesta e construtiva, dando feedback/retorno contínuo (pelo menos uma vez por ano) alinhar os interesses das pessoas com os da organização por meio de um Sistema de Incentivos, promover a cultura de tomar decisões com base em fatos e dados. Para o alcance dos objetivos e manutenção do foco correto, destaca a necessidade da análise dos resultados e de estabelecer metas. Esse é outro achado do livro: os critérios, a disciplina e a paixão empregados no método para estabelecer as metas. Mas a novidade da abordagem é a visão teórica cheia de sentido, o plano de mudanças descrito, com definição de prazos, está detalhado e repleto de motivos de começar já a implantação na sua empresa/ setor/equipe. Essa obra além de muito dinâmica e de uma leitura fácil, traz conceitos que podem ser facilmente aplicados em uma empresa e preparar os gestores em busca de uma visão holística e uma administração focada em resultados e lucratividade. “O Verdadeiro Poder é o legado do consultor e administrador Vicente Falconi Campos para as lideranças do nosso país. O livro relata, por meio de casos e exemplos em que o autor esteve diretamente envolvido, todas as questões importantes para que uma empresa ou projeto possa se desenvolver e crescer... O texto esclarece, com didática, quais são os pontos de sucesso, que estão por trás do crescimento saudável e do saneamento de grandes empresas e instituições governamentais. Em outras palavras, Vicente Falconi revela o que está por trás dos resultados alcançados.” Profa. Me. Liszeila R. A. Martingo

A Paz começa com a defesa da vida! A Igreja do Brasil comemora a “Semana da Vida”, de 1 a 7 de outubro, culminando no dia 8 com o “Dia do Nascituro”, cujo tema central, neste ano, é “Cuidar da Vida e Transmitir a Fé”. Desde 2005, quando foi instituída pela CNBB, havia o entendimento sobre a importância de uma semana específica para tratar dessa temática. É sabido que o caminho da conscientização é longo e cheio de obstáculos, se considerarmos o mundo consumista e individualista vividos nos dias de hoje, que vão ao encontro dos conceitos básicos do Evangelho de Jesus Cristo. De forma corajosa, a Igreja debate a preservação da vida e faz com que nossa sociedade reflita sobre o assunto, recuperando valores que estão sendo deixados de lado. No ano de 2013, por ocasião da Semana Família, o Papa Francisco enviou à CNBB mensagem dizendo que, “de modo particular, diante da cultura do descartável, que relativiza o valor da vida humana, os pais são chamados a transmitir aos seus filhos a consciência de que esta deva sempre ser defendida, já desde o ventre materno, reconhecendo ali um dom de Deus e garantia do futuro da humanidade”. Dom Severino Clasen, bispo de Caçador (SC), bem descreve, que “precisamos ter uma semana de impacto de cuidado pela vida, de sensibilizar o ser humano que é importantíssimo que criemos e sacramentemos, na consciência de todos, o valor da vida, a riqueza da vida”. Diz, ainda, Dom Severino, que “criamos a Semana da Vida e um dia específico para aquele que mais precisa de cuidado e que menos defesa tem, que é a criança no útero materno, o nascituro”. Antes disto, o Papa João XXIII nos ensinava - Pacem in Terris -, que “ao nos dispormos a tratar dos direitos do homem, advertimos, de início, que o ser humano tem

direito à existência”. Embora nos pareça tão obvias essas colocações, encontramos ainda quem, por desconhecimento ou ideologia, esquece que o direito à vida é um direito fundamental, e que dele, decorrem os outros direitos. Nesta linha de raciocínio, os direitos do nascituro, desde a concepção, devem ser respeitados. A garantia legal desse direito está em nossa Lei Maior quando, em seu artigo 5º, garante aos brasileiros, a inviolabilidade do direito à vida, direito este acompanhado pelo artigo 2º do Código Civil Brasileiro, quando estabelece que a personalidade civil da pessoa, inicia com o nascimento com vida, mas a Lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Desta forma, fica claro que a personalidade do homem começa a partir da concepção, sendo que, desde tal momento, o nascituro é considerado pessoa, e como tal deve ter sua dignidade respeitada. Criamos uma consciência de paz, quando homenageamos o novo ser humano, ou se preferir, a criança, que ainda vive dentro da barriga da mãe, e que tem o direito, de nascer, à proteção de sua vida e à saúde. A paz será real e verdadeira, quando o respeito à vida humana deixa de ser apenas verbalizado e assume papel prático, com trabalho em defesa da vida de forma plena, além de respeito à sua essência, desde a concepção até a morte natural. Suscitar, nas consciências, nas famílias e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos é dever de todos nós cristãos. Shalom irmãos!

Coronel Jean Charles Serbeto

Bacharel, Mestre e Doutor em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. Bacharel em Direito. Vereador em São José do Rio Preto/SP e membro da Renovação Carismática Católica


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Alimentação Saudável

Pão Caseiro Integral

Ingredientes: • 1 xícara (chá) de leite morno • 1 xícara (chá) de água morna • 50 gramas de fermento biológico • 3 ovos • 2 colheres (chá) de sal • 4 colheres (sopa) de açúcar • ½ xícara (chá) de óleo de girassol (pode ser de milho ou soja) • 500 gramas de farinha de trigo • 500 gramas de farinha de trigo integral Modo de Preparo: • Em um recipiente, dissolva o fermento no açúcar, acrescente o leite, a água, os ovos, o óleo e o sal. Misture bem; • Adicione as farinhas e sove a massa até desgrudar das mãos; • Divida a massa em três partes, faça um rolo e coloque em assadeiras para pão de forma, untadas e polvilhadas com farinha de trigo; • Deixe a massa crescer até dobrar de volume, em torno de 50 minutos; • Leve para assar em forno pré-aquecido (180◦ C), por aproximadamente 40 minutos. A farinha de trigo integral contém mais fibras, minerais e vitaminas do que a farinha de trigo refinada. Tente inserir, gradativamente, alimentos integrais no seu dia a dia.

Priscila Basso Castelar Vieira Nutricionista

Site da Diocese: http://bispado.org.br/


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