Especial Os Doze Profetas: Miquéias Profeta em tempos de crise e de dificuldades políticas e religiosas, Miquéias é pouco lido e conhecido. Mas o que ele anunciou marcou decisivamente a História da Salvação. Pág. 15
Notícias Retiro Espiritual em Preparação à Primeira Eucaristia No dia 09/05 aconteceu o retiro da catequese, com cerca de 100 crianças e adolescentes do Santuário Santa Edwiges. Pág. 08
STA. EDWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 294 * Junho de 2015
Santidade: Fruto da vida Pascal
Palavra do Bispo
O fruto da Páscoa, a Ressurreição, é testemunhado pela comunidade com energia, essa é a geradora da vida, da dedicação em seguir o que fora dado aos Apóstolos pelo Senhor, e deste ser vivido e aplicado na própria comunidade, romper as divisas, dar-se, ser para os outros aqueles que acolhem e fazem a vida, a pureza e a dedicação acontecer.
A experiência eucarística dos discípulos de Emaús
Pág. 06
A Missa nunca termina com a comunhão. Ela termina com a missão: o Cristo ressuscitado, que experimentamos na celebração eucarística, deve ser levado, comunicado, aos que ainda não o conhecem. Essa foi à missão dos discípulos de Emaús; hoje, essa missão é nossa. Nutridos da eucaristia, sejamos, de fato, uma Igreja missionária!
Pág. 05
Juventude
Assembleia da Juventude Josefino-Marelliana Nos dias 2 e 3 de maio a juventude esteve reunida em assembleia, a fim de tomar conhecimento de todas as articulações da Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana (PJJM) e das realidades vividas por cada grupo da província. O evento aconteceu na cidade de Apucarana, nas dependências da Paróquia Santuário São José. Pág. 10
02 calendário Festividades do mês de junho!
editorial
E já estamos no mês de junho, um mês que dedicamos ao Sagrado Coração de Jesus e aos santos que marcaram época na história da Igreja: Santo Antonio, São João, São Pedro e São Paulo. Celebramos o Sagrado Coração de Jesus na primeira sexta, após o Corpus Christi. Celebrar este momento é lembrar que Cristo foi verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus. E, sendo homem, também teve os mesmos sentimentos que nós temos. Mas com uma diferença: seu coração sempre foi manso e humilde, por isso nunca maltratou ninguém. Sendo Deus, nunca julgou, mas sempre usou de misericórdia, compadeceu-se dos sofredores e humilhados e sempre lhes prestou ajuda e consolo. No dia seguinte, após a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, celebramos a memória do Imaculado Coração de Maria. Não temos como falar do Filho sem falar da Mãe, não podemos celebrar o coração do Filho e não celebrar o coração da Mãe. Além da comemoração do Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, festejamos também os santos juninos, tradição da nossa cultura brasileira. Os responsáveis por trazê-las ao Brasil, foi os portugueses. São Antonio é conhecido como o “padroeiro dos pobres”, e é invocado a solucionar diversas situações difíceis. É popularmente conhecido como o santo casamenteiro. São João é o precursor de Jesus Cristo, anunciou os caminhos do Senhor e foi quem criou o batismo. São Pedro foi o primeiro Papa e segundo as Sagradas Escrituras, Jesus confiou “as chaves do céu” a ele, a quem foi dada a autoridade de pastorear a Igreja, interligando-a ao céu. No mesmo dia de São Pedro, comemora-se São Paulo, que oferece um grande testemunho de mudança de vida, onde deixa uma vida de pecado, por uma vida totalmente ligada aos ensinamentos de Jesus. Que a alegria do Senhor esteja conosco durante todo esse mês e que a comemoração das festas juninas alegrem os nossos corações. Fiquem com Deus! Karina Oliveira
karina.oliveira@santuariosantaedwiges.com.br
Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São Paulo Região Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Quermesse da Comunidade N.Sra. Aparecida Ministros Extraord. Sagrada Comunhão (Reunião) Grupo Emanuel (Encontro) Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)
Santuário Salão Pe. Segundo Sede da comunidade Salão São José Capela da Reconciliação
14h30
Santuário ou Sl. S. J. Marello
10 Dom
Pastoral da Família (Curso de noivos) AJUNAI (Encontro) Pastoral dos Coroinhas (Retiro) SAV (Missa)
OSSE Salão São José OSSE ou Sl. S. J. Marello Santuário
8h30 às 17h 9h às 10h40 9h às 16h 11h
8 Seg
Pastoral da Família (Reunião do ECC)
Salão São José Marello
20h
10 Qua
Comunidade Nossa Senhora Aparecida (Reunião do CPC)
Sede da Comunidade
20h
11 Qui
Pastoral da Família (Missa de entrega p/ ECC) SAV (Adoração vocacional)
Santuário Santuário
20h 20h
13 Sab
Catequese (Inscrições) Catequese (Inscrições) Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Pastoral dos Coroinhas (Vestição) Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)
Átrio do Santuário Átrio do Santuário Santuário Salão Pe. Segundo Santuário Santuário ou Sl. S. J. Marello
8h às 12h 13h às 17h 14h30 14h30 às 15h30 16h 19h30 às 21h30
14 Dom
AJUNAI (Encontro) Pastoral dos Coroinhas (Encontro) Pastoral da acolhida (Encontro)
Salão São José Salão São José Marello Salão São José
9h às 10h40 9h às 12h 14h30
15 Seg
Pastoral da Família (Reunião do ECC)
Salão São José Marello
20h
19 Sex
Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas)
OSSE Salão São José Marello
— 7h30 às 10h30
20 Sab
Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) Grupo Emanuel (Reunião sobre a Festa da Fogueira) Catequese (Inscrições) Conferência Vicentina (Preparação de cestas básicas) Catequese (Inscrições) Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Ministros Extraord. Sagrada Comunhão (Formação) Pastoral do Batismo (Encontro de preparação) Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro)
OSSE A definir Átrio do Santuário Salão São José Marello Átrio do Santuário Santuário Salão Pe. Segundo Salão São José Salão São José
Santuário ou Sl. S. J. Marello
O dia todo — 8h às 12h 8h30 às 10h30 13h às 17h 14h30 14h30 às 15h30 17h 18h 19h30 às 21h30
21 Dom
1º Aniversário Ordenação Episcopal Dom José Roberto PROMOÇÃO GERAL DO SANTUÁRIO SANTA EDWIGES Pastoral da Família (Encontro de Casais com Cristo) AJUNAI (Mostra Cultural) Pastoral dos Coroinhas (Encontro) SAV (Missa) Pastoral do Batismo (Celebração)
Santuário OSSE Salão São José Salão São José Marello Santuário Santuário
O dia todo O dia todo 9h às 10h40 9h às 12h 11h 16h
26 Sex
Pastoral da Família (Encerramento do ECC)
Santuário
20h
27 Sab
Catequese (Inscrições) Catequese (Inscrições) Grupo de Cantos dos Adultos (Ensaios) Infância Missionária (Encontro) Pastoral Missionária (Encontro) Ministros da Palavra (Reunião e escalas) Confraternização Junina das Pastorais do Santuário Grupo de Oração N.Sra. Fátima (Encontro) Grupo Emanuel (Encontro de espiritualidade)
Átrio do Santuário Átrio do Santuário Santuário Salão Pe. Segundo Sala São Pedro Sala Pe. Pedro Magnone Salão São José Marello Santuário ou Sl. S. J. Marello Capela da Reconciliação
8h às 12h 13h às 17h 14h30 14h30 às 15h30 15h30 16h 17h 19h30 às 21h30 20h
7 Dom
Responsável e Editora: Karina Oliveira Projeto Gráfico: 142comunicacao.com.br Fotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo Interno Equipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira
14h30 às 15h30
17h 17h 20h
19h30 às 21h30
Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: jornal@santuariosantaedwiges.com.br Conclusão desta edição: 05/06/2015 Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 4 .000 exemplares. Distribuição gratuita
Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111
especial 03
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
“JUBILEU DE PRATA” 28/10/1990 a 28/10/2015
“25 ANOS DE PRESENÇA DAS IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS EM SÃO PAULO” Durante os anos de 2005 a 2007 do “Jubileu de Prata” da nossa presença em São Paulo, as irmãs que aqui continuaram esta importante missão realizaram em comunidade e nos Centros Educacionais atividades missionárias, evangelizadoras e educacionais como: Encontros vocacionais que animaram jovens no discernimento vocacional e uma dessas motivações foi a Celebração dos 25 anos de vida Consagrada de Ir. Marcela Anes e Ir. Marisa Zanutto, que celebraram em comunidade e fraternidade. Exemplos de amor à vocação e a missão a elas confiada.
Tivemos vários jovens voluntários vindos da Itália, Inglaterra e Suíça que se dispuseram a trabalhar, brincar, ensinar e ajudar as crianças atendidas nos centros educacionais. A eles a nossa gratidão porque ouviram o chamado de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância”. Na Festa da Páscoa, no Dia das Mães, na Festa Junina, no Dia dos Pais e na Festa do Natal, as crianças demonstraram sempre muito carinho, amor, criatividade e encantaram com danças, teatros e músicas.
As mamães gestantes de Heliópolis vividas nestes anos que recordamos aprenderam com enfermeiras no pro- dos 25 anos de missão em São Paulo. jeto “Tudo pela Vida” os cuidados necessários para acolher os filhos que Ir. Silvania Perin Franciscana Angelina estavam para nascer. As irmãs têm o privilegio de participar do encontro com Papa Bento XVI e junto aos Amigos de Madre Clara Ricci do Encontro Nacional em Cascavel, Paraná. Ao Deus de bondade a nossa gratidão e nosso louvor por todas as graças
04 osse
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
A poderosa força da partilha
Com a sua doação de roupas, a Obra Social Santa Edwiges consegue ajudar mais outras duas entidades da cidade de são Paulo: a) CRATOD - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, programa realizado no território da Cracolândia. Que tem como atribuição ser um polo de coordenação e implementação de políticas públicas relacionadas à promoção da saúde, à prevenção e ao tratamento dos transtornos decorrentes do uso de álcool, tabaco e outras drogas, no Estado de São Paulo.
Agradecemos a todos que por meio da fé em Santa Edwiges, partilham e doam. Pois é esta poderosa ação de partilhar que torna esse trabalho possível, obrigado. Santa Edwiges Rogai por nós.
b) Unas (União de Núcleos e Associações de Moradores, São João Clímaco e Heliópolis), CCA Mina - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, para o atendimento de crianças e adolescentes. É um espaço de referência para o desenvolvimento de ações socioeducativas com crianças e adolescentes, buscando assegurar o fortalecimento dos vínculos familiares e o convívio grupal, comunitário e social.
para refletir
Vida e morte Uma carta de amor
Eu vim ao mundo em uma manhã fria de 1920 em uma cidadezinha do interior, logo que nasci senti que minha mão estava sendo segurada por alguém, porém não pude ver quem era. O que me lembro, é do olhar de minha mãe que mostrava um brilho diferente, que contrastava entre a dor e a felicidade. Após este tempo fui me fortalecendo e crescendo, logo comecei a perceber os mesmos sinais que vi em minha mãe, como diz o provérbio: “os olhos são a porta da alma”. Cada homem ou mulher que lhe conhecia vinha com esse brilho nos olhos e despertava em mim uma curiosidade. Porém, neste período tudo para mim era confuso, pois meus sentimentos eram perturbados pela minha evolução corporal que eram contrastantes. Ainda no colégio eu senti você bem perto de mim, quando no olhar de uma paixão adolescente vi o tempo se despedir de mim e ir para longe. Com tanta coisa passando pela minha cabeça logo me despercebi de você. Mas, não tardou marcar um encontro com você no sul da Itália. A Europa entra em guerra, eu um jovem soldado sou chamado ao Rio de Janeiro e sou destacado a um pelotão que partiria para a guerra, de princípio era somente para eu ser um tradutor e um mensageiro, pois como meus pais eram italianos eu falava fluentemente as duas línguas;
o português e o italiano. Porém o tempo foi passando e a necessidade chegou, logo peguei em armas para ir à fronte. Fomos mandados a um vilarejo no sul da Itália. Foi lá que a vi pela primeira vez bem de perto, olhei para os seus olhos e fiquei eufórico, meu coração acelerou, a adrenalina percorreu o meu corpo. Olhando para você só escutava os gritos: “em frente”, “corram homens” e o zumbido das balas e das explosões ecoavam em um silêncio quase mórbido. Quando dei por mim foi quando ouvi o tenente gritar vencemos, os Alemães estão batendo em retirada. Procurei você com os meus olhos e não a enxerguei mais. Um breve encontro que durou pouco, porém eu nunca mais esqueceria aquele sorriso que encanta os heróis. No final da guerra por volta de junho de 1945 voltei ao Brasil. Fui dispensado do serviço militar e homenageado como um bom soldado e tenho até medalha que diz isso. Alguns anos depois, me casei com uma linda mulher por nome Vitória e tive duas filhas que se chamaram Sofia e Mariana, que foram o meu orgulho. Mas nunca pude te esquecer. Hoje já velho com 89 anos vejo-te de novo com o mesmo sorriso. Minha amada paixão aqui em minha frente a estender a mão. Antes não pude te abraçar, te beijar ou te dizer que te amo, pois você me fez correr, aprender a observar as coisas deste mundo e sobre tudo apreciar o momento e o tempo
de cada coisa. Por isso escrevo esta carta, para dizer que a vida, sempre foi destinada a você querida e doce morte. Agora não tenho medo, pois sei que você me ensinou a valorizar o meu existir. Cartas de um pracinha Ficção escrita por Paulo Sergio Rodrigues Moral Muitas vezes corremos da morte e nos esquecemos de valorizar o que ela nos ensina. Tudo isso por medo ou vaidade de nosso egoísmo ou orgulho. A morte não é má, mesmo que muitas vezes seja brutal ou violenta. O que cabe a nós é interpretá-la, pois quando temos um ideal, à calma vem com ela e o amor faz parte de seu abraço. Pois, ela sempre caminha conosco, para nos lembrar que estamos vivos e temos que valorizar cada instante e não perder o foco com tudo que se move neste mundo, pois nem tudo que é bonito neste mundo é bom e nem tudo que é feio é mal. Pe. Paulo Sérgio - OSJ Vigário Paroquial
palavra do bispo 05
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
“A EXPERIÊNCIA EUCARÍSTICA DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS” “CONVERSAVAM SOBRE TODAS AS COISAS QUE TINHAM ACONTECIDO” (LC 24, 14).
Dois discípulos de Jesus retornam para casa. Caminham desiludidos. Mal conseguem se lembrar de que foi somente há alguns anos que haviam encontrado uma pessoa que mudara completamente suas vidas. Haviam abandonado sua vila e seguido aquele ‘estranho’. Jesus trouxe alegria e paz àqueles discípulos. Agora, segundo eles, Jesus está morto. Tudo se reduzira a nada. Eles haviam-no perdido. A alegria que preenchera seus dias abandonara-os completamente. A palavra que sintetiza os sentimentos dos discípulos de Emaús é ‘perda’! A vida parece, às vezes, somente uma longa sucessão de perdas. Por exemplo: quando nascemos, perdemos a proteção do ventre materno; quando envelhecemos, perdemos a juventude; quando adoecemos, perdemos nossa independência física; e assim vai (...)! Estas perdas fazem parte da vida, é preciso saber assimilá-las. No entanto, além de todas estas perdas há a “perda da fé”: perda da convicção de que nossa vida tem sentido. Esta, sim, é uma perda irreparável! Muitas vezes, chegamos à eucaristia com nossos corações entristecidos pelas muitas perdas que sofremos ao longo da vida. Como os dois discípulos que caminhavam de volta para sua aldeia, também dizem: ‘tínhamos boas expectativas (...), porém, agora, perdemos a esperança (…)’. Quando somos atingidos por uma perda após outra é muito fácil ficarmos ‘desiludidos’, ‘irados’, ‘amargos’ e ‘ressentidos’. O ressentimento, proveniente das perdas, vai aos poucos endurecendo o coração. Por isso, a celebração da Missa começa sempre pelo ato penitencial, pois é o momento que suplicamos pela misericórdia de Deus, para que transforme o nosso coração endurecido num coração sensível, aberto para receber a graça de Deus (coração partido=coração contrito). Uma comparação simples ajuda-nos a compreender o ato penitencial: um solo seco e endurecido é incapaz de receber água, e, consequentemente,
nenhuma semente será capaz de germinar neste solo. Somente o ‘solo partido’ é capaz de receber água e fazer com que a semente cresça e dê frutos”! É isto que significa começar a eucaristia com um ‘coração contrito’ (partido), um coração aberto para receber a graça de Deus. “Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles” (Lc 24, 15). Jesus junta-se a esses discípulos, caminha ao lado deles. Segue o mesmo ritmo de cada um deles. Mas em seguida, ilumina os acontecimentos que ocorreram em Jerusalém, à luz da Sagrada Escritura (querigma). O mesmo acontece na celebração da Missa. As leituras do Antigo e Novo Testamento e a homilia que acompanha estas leituras têm a finalidade específica de tornar-nos capazes, sensíveis, para ‘discernir’ a presença de Cristo, quando ele caminha conosco, especialmente nos momentos de sofrimento. A cada dia há uma leitura diferente. Existem palavras para nos acompanhar todos os dias. Jesus nunca nos abandona! Quando afirmamos que a Palavra de Deus é sagrada, estamos afirmando que a Palavra divina está plena da presença de Deus. Na estrada de Emaús, Jesus tornou-se presente através de sua Palavra; e foi esta presença que transformou a tristeza em alegria, a lamentação em festa. É isto o que ocorre em cada celebração da eucaristia. A Palavra que é lida e pronunciada nos conduz à presença de Deus e transforma nossos corações e mentes. A Palavra de Deus não
é ‘informativa’, mas ‘performativa’. É um conhecimento que tem a missão de transformar nossa vida. “Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia adiante” (Lc 24, 38). Jesus não pede para ser convidado. No entanto, eles insistem que Jesus entre. Jesus aceita. Entra e fica com eles. Não consideramos habitualmente a eucaristia como um convite para que Jesus permaneça conosco. Somos mais inclinados a pensar em Jesus nos convidando para sua casa e sua mesa. Porém, Jesus, primeiramente, quer ser convidado; sem um convite sincero e expresso, ele irá para outros lugares. É muito importante perceber que Jesus jamais se impõe a nós. Se não o convidarmos para entrar em nossa ‘casa’, ele permanecerá sempre um estranho, um desconhecido. Já o convidamos a entrar em nossa casa? Desejamos que ele nos conheça por trás das paredes da nossa existência mais íntima? Queremos que ele nos toque onde somos mais vulneráveis? A eucaristia necessita deste convite. Precisamos dizer a Jesus: ‘Não quero que permaneça mais como um estranho. Quero que você se torne o meu amigo mais íntimo’! Jesus aceita o convite. Entra na casa e senta-se à mesa com eles. Estabelece-se a amizade entre eles. Jesus é o convidado, mas, assim que entra na casa deles, Jesus se transforma em ‘anfitrião’, convida-os a comungarem plenamente com ele. A casa dos discípulos torna-se a casa de Jesus. “Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a benção,
partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Jesus, porém, desapareceu da vista deles” (Lc 24, 30-31). Quando os discípulos comungam, Jesus se torna invisível. Precisamente quando a presença de Jesus torna se mais acentuada, ele torna-se um ser aparentemente ausente (invisível). Estamos diante de um dos aspectos mais sagrados da eucaristia: a comunhão mais íntima com Jesus ocorre em sua ausência (invisibilidade). Durante todo o tempo que passara com os discípulos não ocorrera uma comunhão plena. Mas, quando comem o ‘pão eucaristizado’, reconhecem-no. Este reconhecimento é a ‘percepção espiritual’ profunda de que, agora, Jesus habita no mais íntimo de cada um deles: Jesus respira neles, fala através deles; enfim, vive neles. E neste momento mais sagrado da comunhão, Jesus desaparece! Desaparece porque passa habitar dentro de nós! “Naquela mesma hora, levantaram-se e voltaram para Jerusalém (...)” (Lc 24,33). A Missa nunca termina com a comunhão. Ela termina com a missão: o Cristo ressuscitado, que experimentamos na celebração eucarística, deve ser levado, comunicado, aos que ainda não o conhecem. Essa foi à missão dos discípulos de Emaús; hoje, essa missão é nossa. Nutridos da eucaristia, sejamos, de fato, uma Igreja missionária!
Dom José Roberto
Bispo Auxiliar de SP e Vigário Episcopal da Região Ipiranga
06 palavra do pároco-reitor
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Santidade Fruto da vida Pascal Caros, amigos, devotos, romeiros, paroquianos que se servem do Jornal Santa Edwiges, que a paz esteja com todos!
o que é fundamental, “Com grande energia davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus e eram muito estimados.”(At 4,33).
Tenho escrito nos anos anteriores nesta minha coluna, e falando sempre dos santos que celebramos neste mês: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo, todas as colunas da Igreja, santos de uma importância incontestável. Este ano quero refletir e levar a um vértice da fé, este nos encaminha para a Santidade, que é a vivência Pascal.
O fruto da Páscoa, a Ressurreição, é testemunhado pela comunidade e descrito no versículo acima citado, com energia, essa é a geradora da vida, da dedicação em seguir o que fora dado aos Apóstolos pelo Senhor, e deste ser vivido e aplicado na própria comunidade, romper as divisas, dar-se, ser para os outros, irmãos, amigos, aqueles que acolhem e fazem a vida, a pureza a dedicação acontecer.
A comunidade dos Atos dos Apóstolos é o modelo de virtude, estão na pós-páscoa, e tem esse ardor crescente animado pelos testemunhos de Pedro e dos Apóstolos, se acompanharmos os três primeiros capítulos ele sempre com entusiasmo e muito eloquência adverte, convida a conversão chama e apresenta o Cristo aos que não o conhecem, e desafia também os que o conheceram a mudar a visão, chegando ao que se descreve em Atos 3,32 “A multidão dos fiéis tinha uma só alma e um só coração. Não chamavam de própria nenhuma de suas posses; ao contrário, tinham tudo em comum.” e na sequência se apresenta
Em uma sociedade onde se vê, se denuncia tantas usurpações, tantas malandragens, e o que nos cerca nos jornalismos, falar de santidade parece estar fora da vida ou da sociedade, ser santo não significa ser bobo, basta ver a força e o testemunho de Pedro, Paulo e dos outros Apóstolos, significa sim, lutar e apresentar a verdade, e por ela se por á serviço, à disposição. A pureza de coração e a entrega de tudo e de todos citada nos Atos, é fruto de um testemunho e de uma vivência, por isso que os cristãos precisam ser semente de novos tempos, ser sementes de justiça, de
respeito, ser aqueles que causam a motivação de ser respondido a cada circunstância com o devido respeito ao que se propõe qualquer que seja o evento, o respeito à vida e a sociedade envolvida. Nos evangelhos após a ressurreição, Jesus enviou os Apóstolos, e hoje, somos nós que devemos fazer esta parte do Ide, de fazer o anúncio, como em João Ele pediu a Pedro, “apascenta os meus cordeiros” (Jo21, 16c) e em Marcos, “Ide por todo o mundo, proclamando a boa notícia a toda a humanidade”. (M16, 15). Como ressuscitados caminhemos, com força e santidade para ser sinal de esperança no mundo. Com carinho, uma boa celebração dos santos deste mês, e o convite a nós, você e eu, sejamos testemunhas com energias da Ressurreição do Senhor.
Pe Paulo Siebeneichler – OSJ
Pároco-Reitor da P. S. Santa Edwiges pepaulo@santuariosantaedwiges.com.br
psicologando
A Solidão Num mundo cercado e vigiado 100% do tempo, muitas vezes é difícil sentir-se só, ou perceber-se só. Sempre tem um e-mail, um whatsapp, uma notificação nas redes sociais, sem falar no telefone que não para de tocar. Somos solicitados o tempo todo!
algumas coisas. Não podemos deixar essas coisas que nos incomodam no mundo virtual. Após essa cutucada na ferida é importante também que estejamos abertos a procurar ajuda profissional de um psicólogo. Não adianta nada parar para refletir e depois voltar correndo para o computador e pesquisar algumas soluções no Google.
Reitero a importância de ficar sozinho de vez em quando. A solidão não deve ser vista como algo negativo e sim como um momento de reflexão e introjeção. Vivemos numa esquizofrenia de vozes que nunca se calam, câmeras que nunca desligam e pessoas plugadas o tempo todo. As pessoas não se perguntam se a outra está bem ou não. A pergunta é... Você está logado? Está online?
(Esta é uma cena do filme 1984, que foi adaptado do livro homônimo do autor George Orwel, que cunhou o termo Big Brother, o Grande Irmão).
Com isso nos envolvemos em relacionamentos medíocres e efêmeros, consequentemente terminamos esquecendo-se do nosso Eu e negligenciando principalmente nosso lado emocional.
As vozes e respostas para muitas perguntas estão justamente na solidão e não no teclado do celular ou computador. A solidão a que me refiro é estar só e refletir, avaliar um pouco a sua vida, seus desejos e até se incomodar de verdade com
O psicoterapeuta Flávio Gikovate cita que a solidão é boa, que ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade a pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são como ficar sozinho: Ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Givaldo Psicólogo Organizacional e Clínico - CRP 06-96511 givaldo20psc@yahoo.com.br
especial 07
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Batismo 26 de Abril de 2015
Meneses Produções Fotográficas Tel.: 2013-2648 / Cel.: 9340-5836
Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mateus 28-19)
Kauan Ferreira da Silva
Ray de Oliveira Souza
Safira Ribeiro Morais
Sofia Silva Russo Martins
Thayná Oliveira dos Anjos
08 notícias
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Retiro Espiritual em Preparação à Primeira Eucaristia Encontro trabalhou o lema da Campanha da Fraternidade desse ano, “Eu vim para servir”. Oblatos de São José a caminho dos Cem Anos no Brasil
No dia 09/05 aconteceu o tradicional retiro da catequese, das crianças do Santuário Santa Edwiges, reunindo cerca de cem crianças e adolescentes. O encontro aconteceu na OSSE (Obra Social Santa Edwiges) onde os catequizandos foram recebidos com muita alegria e realizaram mais um momento de reflexão e aprofundamento da fé. O dia iniciou com o encontro de todas as crianças na igreja para separação dos grupos, em seguida foram encaminhadas para a OSSE, onde realizaram a oração da manhã e depois tomaram um gostoso café. Após o café as crianças foram orientadas para um dia diferente e dirigidas para oficinas. A primeira oficina ficou por conta do frei Carlos Frederico OSJ, que falou sobre a “Campanha da Fraternidade” e destacou o tema desse ano, “Fraternidade: Igreja e Sociedade” com o lema: “Eu vim para servir”. Frei Carlos ressaltou ainda que o objetivo da campanha é chamar a atenção da sociedade para a importância de criar um mundo mais solidário e que as pessoas ajudem os mais necessitados. De forma dinâmica o grupo de adolescentes AJUNAI do Santuário Santa Edwiges, trabalhou o tema central do retiro, “Eu vim para servir”. Para Kaique Brito, coordenador do grupo, ser cristão é colocar-se a serviço, é querer para o outro o mesmo bem-estar que deseja para si. O grupo enfatizou a importância das crianças permanecerem
no “serviço” e participarem de outros grupos dentro da igreja. Dessa forma, reforçaram o convite para que façam parte do time AJUNAI. A terceira sala foi conduzida pela irmã Teodora da Congregação das irmãs Franciscanas Angelinas. Com muita sabedoria e dinamismo, ela falou sobre a Instituição da Eucaristia. “Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”. Foi feita a dinâmica dos doze apóstolos onde as crianças se caracterizaram e fizeram a partilha do vinho e do pão. Todos os catequizandos participaram e tiveram um momento muito rico. Para finalizar, as crianças se reuniram no salão principal e partilharam as experiências vividas nas oficinas oferecidas, em seguida teve palestra com o pároco Paulo Siebeneichler. Na ocasião o padre apresentou vestes, paramentos e partes que integram a liturgia, uma explicação clara e dinâmica de como é preparada a Santa Missa. O dia foi envolvido com muita animação e o encerramento aconteceu com uma linda oração motivada pelo pároco e logo depois um lanche de despedida.
notícias 09
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Crianças e adolescentes do Santuário Celebram a Primeira Eucaristia Emoção e júbilo na festa do Sacramento da Comunhão
Era visível a emoção e brilho no olhar de cada criança e adolescente que esperava ansiosamente receber pela primeira vez, o Corpo e o Sangue de Cristo. Foi no dia 17 de maio que 110 catequizandos juntamente com seus familiares, puderam celebrar e se emocionar ao receber o sacramento da Comunhão. A Santa Missa foi presidida pelo Pároco e Reitor do Santuário, Pe. Paulo Siebeneichler. Uma celebração emocionante onde durante a homilia, o padre destacou que a Ascensão de Jesus é sinal de vida nova, e ainda que Cristo tenha voltado ao céu e permanece entre nós de inúmeras formas, principalmente pela Sagrada Eucaristia. Padre Paulo ressaltou a importância das crianças e adolescentes participarem de outros grupos dentro da igreja, seguir servindo o Bom Pastor e os convidou para conhecerem algumas pastorais. O Pároco falou ainda sobre a obrigação do cristão de ser fiel na participação das Missas e enfatizou que se deve resistir à tentação do desânimo causado ao ver tanta injustiça, corrupção, violência e sofrimento. No final da celebração, as crianças e seus familiares comemoraram a realização deste sacramento e agradeceram seus catequistas pela bela caminhada realizada.
10 juventude
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Assembleia da Juventude Josefino-Marelliana
Nos dias 02 e 03 de maio a nossa juventude esteve reunida em assembleia a fim de tomar conhecimento de todas as articulações da Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana (PJJM) e das realidades vividas por cada grupo da província. O evento aconteceu na cidade de Apucarana, nas dependências da Paróquia Santuário São José. Cooperação é um termo que se encaixa muito bem quando levamos em consideração todo um trabalho voltado para a juventude. Marcada com a presença de representantes de quase todos os grupos de jovens da nossa congregação, a assembleia foi um momento em que percebemos que temos jovens comprometidos com o trabalho juvenil, que querem cooperar. Não é à toa citar que essa foi a assembleia da PJJM que mais reuniu jovens nos últimos anos. Sabemos que muitos grupos enfrentam realidades em que, às vezes, a participação nos eventos que a nossa Pastoral Juvenil propõe tornar-se difícil, mas, mesmo assim, fazem o possível para estarem presentes. Em meio a tantos projetos que temos à nível de pastoral, realmente, é fundamental que todos estejam antenados ao que é proposto e aonde queremos chegar
com toda essa articulação. Os coordenadores dos grupos, assessores e demais jovens presentes na assembleia puderam partilhar suas realidades juvenis por meio do estudo de um questionário, que foi aplicado com o objetivo de integrar e saber à que ponto o nosso trabalho pastoral está sendo visualizado nas paróquias. O Centro Juvenil Vocacional e a Equipe Provincial são “bra-
ços” que auxiliam no desenvolvimento da PJJM, sendo eles os responsáveis pela realização de grande parte das atividades. Há a preocupação de que todos saibam diferenciar ambos. Com isso, em um momento de formação foi apresentado cada um. O Centro Juvenil é um espaço físico que tem a preocupação em capacitar e assessorar os jovens e os grupos juvenis, já a Equipe Provincial é um grupo de pessoas responsáveis por difundirem a Espiritualidade Josefino-Marelliana. Levando em consideração o tempo, em breve chegará o momento de trocarmos a Equipe Provincial e, para isso, alguns jovens já se dispuseram a dar continuidade no trabalho. No segundo dia de assembleia a agitação foi maior. Os jovens passaram por um momento formativo sobre a história da evangelização da juventude desde a vinda dos Oblatos
de São José para Brasil. Também foi apresentado o Plano Trienal (2016-2018), que promete agitar a juventude, visando toda uma preparação para comemorarmos os 100 anos da presença dos Oblatos de São José no Brasil, que acontecerá em 2019. Por falar no centenário da congregação, uma notícia que entusiasmou os jovens foi a do projeto Santo José. Trata-se de um CD com músicas inéditas de São José, que será gravado em ocasião dos 100 anos. Segundo os organizadores, em breve, será disponibilizado o regulamento e os interessados poderão compor e enviar suas músicas, que passarão por um processo seletivo. O objetivo é que, posteriormente, as músicas sejam executadas nas celebrações. Em setembro, nos dias 12 e 13, iremos comemorar o Dia do Jovem Josefino, que neste ano acontecerá em Curitiba. Os preparativos já estão a todo vapor e a equipe organizadora repassou as informações durante a assembleia. A Paróquia Senhor Bom Jesus do Portão e o Colégio Bagozzi serão palco dessa festividade, que será celebrada por meio de um evento esportivo, a Liga Marelliana. As inscrições dos grupos iniciaram no dia 20 de maio e devem ser feitas através do
e-mail juventudejosefina@ gmail.com. Para tornar a comunicação da nossa pastoral juvenil mais visível, foi criada uma fanpage onde serão disponibilizadas informações sobre as atividades que estão por vir. Curta e ajude-nos a divulgá-la: Pastoral Juvenil Josefino-Marelliana Brasil. Ao final da assembleia, foi realizado o lançamento oficial do Livro do Centro Juvenil Vocacional que conta a história, os objetivos, os pressupostos e apresenta os projetos da entidade. O material está à venda e pode ser solicitado junto a equipe. Não poderia deixar de citar a Noite de Talentos Juvenil. No dia 01 de maio, em virtude das comemorações da Festa Provincial de São José, ocorreu um evento onde os jovens e adolescentes esbanjaram o que eles têm de melhor, os talentos. Foram várias apresentações musicais, teatrais e de dança, que divertiram e alegraram o público presente no Auditório do Colégio São José. O rumo está traçado, vamos todos juntos, passo a passo Rumo à Meta. Vanderson Luiz de Lima Voluntário do Centro Juvenil Vocacional
vocações 11
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
A ALEGRIA DO CHAMADO II PARTE
A carta circular aos consagrados e às consagradas “ALEGRAI-VOS” da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, retrata os principais desejos do Papa Francisco a todos os chamados à vida Consagrada de como atuarem com este maravilhoso Dom de Deus em meio à Igreja e à Sociedade. No capítulo quatro da Carta há uma importante reflexão em torno do Chamado e a Alegria consequente deste. Nesta edição continuarei a transcrever e comentar para a nossa própria animação da Vocação em meio às dificuldades e adversidades que surgem hoje no mundo em que vivemos. O papa Francisco chama-nos a deter o nosso espírito no fotograma da partida: «A alegria do momento no qual Jesus olhou para mim»; a evocar significados e exigências subentendidos na nossa vocação: «É a resposta a um chamamento, a um chamamento de amor». Estar com Cristo requer que partilhemos com Ele a vida, opções, obediência de fé, bem-aventurança dos pobres, radicalidade do amor. Partilhar a vida com Cristo e com a Igreja, a meu ver é lembrar que nada possuímos nesta existência, mas somos responsáveis pelo importante Dom que é a vida. Fixar o olhar em Cristo é ter consciência deste dom e jamais se cansar de amar, lutar, fazer o bem em reconhecimento à dignidade do outro. Trata-se de renascer vocacionalmente. «Convido todo o cristão a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se dei-
xar encontrar por Ele, de o procurar dia a dia sem cessar». Renovar-se ou deixar ser renovado por Cristo é resgatar o sentido de nosso Batismo, animar-se por ser reconhecido(a) um ser especial, amado(a) pelo Pai que nos cria, nos anima, nos chama e nos quer próximos a si, como quis os apóstolos. Não nos escondamos do olhar de Jesus, não tenhamos medo se ele nos seduz, pois temos a certeza de caminhar no rumo certo, à Meta garantida. Paulo leva-nos a essa visão fundamental: «Ninguém pode pôr outro alicerce diferente do que já foi posto» (1Cor 3, 11). O termo vocação indica este dado gratuito, como um depósito de vida que não cessa de renovar a humanidade e a Igreja no mais profundo do seu ser. Deus na pessoa do Pai, Filho e Espírito Santo já fez a sua parte, já estabeleceu um alicerce de segurança a todos, cabe a nós fixarmos aí nossas aspirações e confiar, assim seremos capazes de renovar e alimentar nosso próprio espírito. Na experiência da vocação, o próprio Deus é o sujeito misterioso do chamamento. Ouvimos uma voz que nos chama à vida e ao discipulado pelo Reino. O papa Francisco, ao recordá-lo – «tu és importante para mim» –, usa o discurso direto, na primeira pessoa, de modo a que a consciência desperta. Importante é todo aquele que acredita na sua própria alegria e no entusiasmo, pois sabe que este não vem de conceitos e teorias, mas do Dom de Deus escondido em nossos corações.
Chama-me a ser consciente da minha ideia, do meu juízo, para pedir comportamentos coerente com a consciência de mim próprio, com o chamamento que sinto, o meu chamamento pessoal: « Gostaria de dizer a quantos se sentem indiferentes a Deus, à fé; a quantos estão distantes de Deus, ou a quem o abandonou; também a nós, com as nossas “distâncias” e os nossos “abandonos” de Deus, talvez pequenos, mas demasiado frequentes na vida quotidiana: Olha no fundo do teu coração, olha no íntimo de ti mesmo e interroga-te: tens um coração que aspira a algo de grande, ou um coração entorpecido pelas coisas? O teu coração conservou a inquietação da procura, ou permitiste que ele fosse sufocado pelos bens que, no fim, o atrofiam?» E eu pergunto mais: será que damos a chance ao nosso coração de ser amado, de ser chamado para uma única e verdadeira missão? Damos a chance de ser renovados, convertidos, iluminados e fortalecidos pelo Dom maior que nos faz suportar todas as dores e fraquezas que vierem? A relação com Jesus Cristo precisa ser alimentada com a inquietação da procura; torna-nos conscientes da gratuidade do dom da vocação e ajuda-nos a justificar as razões que levaram à opção inicial, e que permanecem na perseverança: «Deixar-se conquistar por Cristo significa estar sempre orientado para aquilo que está à minha frente, rumo à meta que é Cristo (cf. Fl 3, 14)». Permanecer constantemente à escuta de Deus requer que estas perguntas se tornem as coordenadas que marcam o nosso
tempo quotidiano. Este mistério indizível que trazemos dentro de nós e que participa do inefável mistério de Deus só pode ser interpretado à luz da fé: «A fé é a resposta a uma Palavra que interpela pessoalmente, a um Tu que nos chama pelo nome» e, «enquanto resposta a uma Palavra que precede, será sempre um ato de memória; contudo, esta memória não o fixa no passado, porque, sendo memória de uma promessa, torna-se capaz de se abrir ao futuro, de iluminar os passos ao longo do caminho». «A fé contém precisamente a memória da história de Deus conosco; a memória do encontro com Deus, que toma a iniciativa, que cria e salva, que nos transforma; a fé é memória da sua Palavra que inflama o coração, das suas ações salvíficas, pelas quais nos dá vida, purifica, cuida de nós e alimenta. Quem traz em si a memória de Deus, deixa-se guiar pela memória de Deus em toda a sua vida, e sabe despertá-la no coração dos outros». Memória de ser chamado aqui e agora. Deixemos com que a Memória de Deus nos guie para onde a providencia sugerir. Façamos os mesmos caminhos da Jovem de Nazaré Maria, do Jovem Operário do povo José de Nazaré e, do Jovem sacerdote Marello. Eles nos indicam com o seu sim, como seguir, como deixar ser conduzidos. Amém! Pe. Marcelo Ocanha - OSJ
Animador Vocacional epicuro7@bol.com.br
12 são josé
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
SÃO JOSÉ TRABALHADOR
São muitas as atribuições que a josefologia dá a São José, e dentre as quais, algumas são colhidas dos próprios evangelhos, os quais deram- lhe os títulos de: Pai de Jesus, Esposo de Maria, Descendente de Davi, Homem justo, Carpinteiro. Além dessas, outras nós as colhemos da tradição da Igreja, fruto da reflexão e do amor dos seus devotos, e dentre estas temos: Educador de Jesus, Homem casto, Servo obediente, Humilde, Silencioso, etc. Todas essas são muito importantes para indicar concretamente o perfil do nosso Santo, mas uma bastante conhecida entre nós é aquela de Trabalhador. Este aspecto na vida de São José é fundamental, pois indica que o trabalho não é castigo de Deus, mas que é dado para a realização do ser humano. Com o trabalho, nós somos colaboradores de Deus na obra da criação. São José foi o colaborador de Deus na ordem da criação, não apenas com o exercício de seu trabalho, mas de maneira grandiosa, como colaborador dela na obra da nossa redenção. O trabalho fez parte integrante de sua vida, pois com ele manteve a sua dignidade de homem, com ele sustentou a sua família, com ele, mediante o suor derramado, os calos nas mãos, o manejo das ferramentas, ele educou o Filho de Deus. O trabalho fez parte essencial da vida de Jesus. Sendo ele semelhante a nós em tudo, dedicou a maior parte dos anos de sua vida sobre a terra, até aos 30 anos, ao trabalho manual, junto a um banco de carpinteiro em companhia de seu Pai São José. Jesus, ao assumir a realidade humana, tornando-se homem, com a sua encarnação, santificou toda ela, e, portanto também o trabalho. O plano da encarnação se encontra, nesse ponto, com São José, o qual foi escolhido por Deus para ser o próprio apresentador de seu Filho ao mundo. São José, por causa do seu matrimônio com Maria, do qual nasceu Jesus, e da sua própria descendência davidica, transmitiu a Jesus o título de filho de Davi. Mas além desse título que ele transmitiu, e que foi indispensável para o reconhecimento do Filho de Deus como Messias, ele transmitiu a Jesus também aquela dimensão humana, que o caracterizou
como um homem. De fato, ele recebeu a qualificação ma que Jesus “Embora sendo Filho de Deus e Deus ele de “Filho do carpinteiro”. próprio, quis ser visto e considerado Filho do carpinteiPor causa dessa característica, Jesus não se envergo- ro, e não negou de transcorrer uma grande parte da sua nhou de ser um trabalhador, por isso, ele trabalhou com vida no trabalho manual”. suas mãos de homem se identificando diretamente com A Exortação Apostólica Redemptoris Custos (nº 22) o trabalho humano. Deus poderia ter escolhido, para ser do Papa João Paulo II, evidenciou claramente a missão o pai de seu Filho aqui na terra, um nobre da família sa- de São José quando afirma que “Graças ao seu banco cerdotal daquele tempo, afinal, a linhagem sacerdotal in- de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício dicava uma relação direta com o Templo de Jerusalém. juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho huPoderia ter escolhido um escriba ou doutor da lei, pessoa mano ao mistério da redenção”. Por isso, Cristo quis versada nos textos sagrados. Poderia, enfim, ter escolhi- assumir a sua qualificação humana e social de José, o do um saduceu, pessoa ligada às questões religiosas. Mas carpinteiro de Nazaré. nada disso ele fez, porque São José melhor exprimia a Escolhendo de ser considerado Filho de José (Lc função de um simples pai; um trabalhador, que com a sua 3,23), Jesus herdou, como afirmamos, o título de Filho singularidade de simples carpinteiro, manifestava a reali- de Davi, mas contemporaneamente assumiu também o dade do trabalho na vida de todas as pessoas. Foi graças título de “Filho do Carpinteiro” (Mt 13,55), e na carao banco da carpintaria, no qual São José exerceu a sua pintaria de Nazaré trabalhou com mãos de homem (GS profissão, juntamente com Jesus, que ele aproximou o 22), santificando o trabalho. trabalho humano ao mistério da nossa redenção. Nós, os devotos de São José, devemos nos sentir feliNinguém, depois de Maria, esteve tão próximo das zes por tê-lo como o modelo para cada um de nós, pois mãos, da mente, da vontade e do coração de Jesus, como o trabalho, qualquer que seja ele, professor, médico, São José. Por isso Papa Pio XII, propondo-o como exem- doméstica, dona de casa, gari, lavrador, motorista, peplo para os trabalhadores, afirmou que ele é o Santo que dreiro, artista... É a maneira com que nos realizamos, é na vida mais penetrou o espírito do evangelho. Nenhum a nossa maneira de contribuir para bem desse mundo, trabalhador foi tão perfeitamente e tão profundamente como o fez com tanto empenho o nosso santo protetor. penetrado da presença de Deus na sua vida do que São Rezemos particularmente nesta novena, por todos os José, o qual viveu na mais íntima comunhão de família e trabalhadores, por todos os que buscam um trabalho de trabalho com o próprio Filho de Deus. Por isso, o mespara o próprio sustento e da sua família. Rezemos para mo Papa aconselha aos trabalhadores, que se quisessem que haja justiça para os trabalhadores, para que os paestar mais próximos de Cristo, deviam ir a José. trões tenham a consciência da retribuição justa aos seus O trabalho dignifica o homem, como sempre nos dis- empregados e para que tenham meios suficientes, leis se a Palavra de Deus e como sempre diz a Igreja. Ser favoráveis para proporcionarem um ambiente de tratrabalhador é cooperar na criação, é continuar a criação balho realizador para todos os trabalhadores. Que São de Deus. Com o nosso trabalho exercemos toda a nossa José, proteja bondosamente todos os trabalhadores. liberdade de filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança; com o trabalho devemos transformar o mundo, portanto, valor do trabalho não está simplesmente Pe. José Antonio Bertolin, OSJ nele mesmo, não está no simples fazer ou produzir. Na pebertolin@net21.com.br verdade, pode-se dizer que o trabalho é um “termômetro do homem”. Ele o qualifica como alguém que constrói a liberdade e a paz e torna-se participante na obra do Criador. CREDENCIADA – BONA e SINTEKO O Papa Leão XIII com a EncícliARCIA RASPADOR ca Quamquam Pluries (1889) exprimindo um sentimento paterno pelos trabalhadores, preocupava-se com a situação deles, e por isso colocava em realce a dignidade do trabalho dando o exemplo de São José e assim se exprimia: “Os operários... devem recorrer a São José e dele tomarem a sua imitação. Ele, se bem que da estirpe real, unido em matrimônio com a mais santa e excelsa entre as mulheres, e pai putativo do Filho de Deus, passou a sua vida no trabalho... O trabalho operário, longe de ser desonra...”, ele dignifica. Da mesma forma, na Encíclica Rerum Novarum (1891), também de Leão XIII, se afir-
Ademir
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Josemaria Escrivá de Balaguer 26 de Junho
ao mesmo tempo em que continuava exercendo o seu ministério, especialmente entre os pobres e doentes. Além disso, estudava na Universidade de Madrid e dava aulas para manter a família. A missão da Opus Dei é a de promover entre os fiéis cristãos de qualquer condição social uma vida plenamente coerente com a fé no meio do mundo e contribuir, assim, para a evangelização de todos os ambientes da sociedade. Ou seja, difundir a mensagem de que todos os batizados estão chamados a procurar a santidade e a dar a conhecer o Evangelho, tal como recordou o Concílio Vaticano II. Quando rebentou a Guerra Civil espanhola, e com ela a perseguição religiosa, ele exercitou o ministério na clandestinidade, até conseguir sair de Madri e fixar residência em Burgos. Acabada a guerra, em 1939, regressou a Madri e obteve o doutorado em direito. Nos anos que se seguiram, dirigiu numerosos retiros para leigos, sacerdotes e religiosos.
Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em Barbastro, Huesca na Espanha, no dia 9 de janeiro de 1902. Os pais José e Dolores, tiveram seis filhos, sendo que as três meninas mais novas morreram ainda criança. O casal deu aos filhos uma profunda educação cristã. Em 1915, a indústria de tecido do pai faliu e a família mudou-se para Logrou, onde havia mais trabalho. Nessa cidade, Josemaría reconheceu sua vocação religiosa. Intuiu que Deus desejava algo dele, depois de observar na neve algumas pegadas dos pés descalços de um frade. Em vez de ficar tentando descobrir o que ele lhe pedia, decidiu primeiro tornar-se sacerdote. Ingressou no seminário de Saragoça, onde também cursou direito como aluno voluntário. Seu pai morreu em 1924, e ele se viu como chefe de família. No ano seguinte, recebeu a ordenação sacerdotal e foi exercer o seu ministério numa paróquia rural e, depois, em Saragoça também. Com autorização do seu bispo, em 1927 foi para Madri, com o objetivo de formar-se em direito. Um ano depois, durante um retiro espiritual, pediu a Deus para mostrar-lhe com clareza o que precisava ser feito e, assim, funda a Opus Dei, um caminho moderno de evangelização para a Igreja. Desde então, trabalhava na instituição,
Em 1946, fixou residência em Roma, fazendo o doutorado em teologia pela Universidade Lateranense. É nomeado consultor de duas congregações da Cúria Romana, membro honorário da Academia Pontifícia de Teologia e prelado honorário do papa. De Roma desloca-se, em numerosas ocasiões, a diversos países da Europa, América Central e do Sul, a fim de impulsionar o estabelecimento e a consolidação da Opus Dei nessas regiões. Josemaría morreu em consequência de uma parada cardíaca, no dia 26 de junho de 1975, em seu quarto de trabalho e aos pés de um quadro de Nossa Senhora, a quem lançou o seu último olhar. Todavia a Opus Dei já estava presente nos cinco continentes, contando com mais de sessenta mil membros de oitenta nacionalidades. Foi Beatificado no dia 17 de maio de 1992 e foi canonizado em 6 de outubro de 2002 pelo papa João Paulo II na praça de São Pedro em Roma. A festa litúrgica de São Josemaría Escrivá de Balaguer é celebrada no dia 26 de junho. O seu corpo repousa na igreja prelatícia de Santa Maria da Paz, em Roma.··.
santo do mês 13 Mensagem especial
Caminhando... O fato de não mais existir um lugar para estacionar, dar voltas e voltas, e ter que deixar para mais tarde o que poderia ser resolvido na hora, me fez repensar e tomar a decisão de andar a pé. Eu nem mais me lembrava o quanto é bom. Por volta das 9 horas, visto uma roupa confortável, calço um par de tênis, e lá vou eu percorrer as ruas do meu bairro. Eu que antes as percorria só de carro, sem ter tempo para ver nada, agora conheço tantas coisas... Tantas lojas interessantes, que eu via só de relance. E sem falar na oportunidade de bater um papinho. Volto para casa sempre trazendo alguma coisa. O pãozinho doce da padaria da praça, o pão de torresmo, a rosca de nozes... Delícia dos deuses! Afinal, depois de tanto caminhar, que mal há em ter um delicioso lanche da tarde, não é? Outro dia, em uma dessas andanças, encontrei uma senhorinha que há tempos não via. Tinha sido vizinha de minha sogra. Morava em frente á casa dela. Depois se mudou, pois precisava de uma casa maior. Perdemos o contato. Senti uma saudade imensa de um tempo que a muito se foi, levando com ele tantas coisas que fizeram parte da minha vida. Conversa vai, conversa vem, eu a convidei para tomar um café e podermos conversar mais à vontade. Você sabe que já tenho 94 anos, disse-me ela. Todos os dias saio para caminhar um pouquinho. Meus filhos não gostam, mas quem manda em mim sou eu. Saio mesmo. Ando devagar, mas está bom, não é? Pra que pressa, se o dia tem tantas horas... Tenho que ajudá-lo passar. Perguntei pelos filhos, e ela toda orgulhosa disse que teve dezoito. Três já se foram... Agora só tenho quinze... Entre netos e bisnetos, setenta! Nome dos netos não esqueço, mas dos bisnetos... Eu os chamo de menino e menina. Assim não erro. Velha sábia! Domingo é meu aniversário, disse-me ela. A partir de sextafeira ligarei para todos, para lembrá-los que domingo iremos à missa das 9 horas. Eu sei que eles não esquecem, mas por via das dúvidas eu ligo. É tão bonito ver a família toda reunida. O padre, que é muito meu amigo, disse reservará um espaço para nós, como faz todos os anos. Eu costumo sentar no último banco. Assim vejo todos! Depois nos reuniremos para o almoço em minha casa. Eu não faço nada. Já cozinhei muito. Deixo por conta dos filhos, que capricham no cardápio. Eu como de tudo. Nada me faz mal. Conversamos durante um bom tempo, até que ela disse que precisava voltar para casa, pois a hora do almoço estava chegando. Gostaria de revê-la, eu disse. Melhor deixar por conta do acaso. Certamente nos veremos novamente, disse. E ela se foi, e eu fiquei a olhá-la, até que virou a esquina, levando um pouco do meu passado. Heloisa P. de Paula dos Reis
Fonte: http://www.paulinas.org.br
hppaulareis@yahoo.com.br
14 osj
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
VIVENDO O NOSSO CARISMA Um princípio solar: o escondimento faz parte do nosso DNA carismático. Mas estamos convencidos disso? Jesus é o centro de nossa vida e nós precisamos viver no coração de Cristo, em intimidade com Cristo, escondidos com Cristo. Reflita: uma pérola para formar-se precisa do “escondimento” dos abismos; uma semente para produzir frutos deve antes “apodrecer na terra”; uma criança para nascer precisa do “escondimento” de nove meses; Jesus para se tornar missionário do mundo precisou do escondimento trinta anos em Nazaré com José e Maria. Assim nós, hoje, para fazer nascer o amor precisamos de vida interior, de escondimento. A única solução completa, total para uma verdadeira paz interior é colocar Cristo no lugar do “eu”. O escondimento é sim nossa “fonte” carismática na ótica Marelliana e se encontra nas Constituições, no artigo terceiro e sétimo.
Art. 3 - Os Oblatos de São José, fiéis ao carisma do Fundador, são chamados a reproduzir na sua vida e no apostolado o mistério cristão como o viveu São José: na união com Deus, na humildade, no escondimento, na laboriosidade, na dedicação “aos interesses de Jesus”. Art. 7 - Assim, os Oblatos escolhem “seguir de perto o Divino Mestre, na prática dos Conse¬lhos evangélicos” vivendo “escondida e silenciosamente operosos à imitação de São José, grande modelo de vida pobre e obscura” e dedicando-se ao apostolado ministerial que lhes é peculiar.
1 2 3 4
Todavia, estes textos devem se tornar “constituição” da vida de cada um, e não apenas norma ou papel que aceita tudo. De fato, só o verdadeiro Escondimento é a marca registrada da santidade, o caminho obrigatório para um discipulado autêntico e uma missionariedade cheia de frutos para o Reino! Mas com certeza é algo de muito difícil para o mundo dos ibopes, do glamour, do sucesso, dos títulos cheios de vaidade, das personalidades cheias de bazófia e empáfia, do mundo onde conta mais o rótulo do que o conteúdo. Escondimento é atitude de vida: é por exemplo, capacidade de fazer algo, mas, de deixar a glória ao outro, é se alegrar quando vejo que os outros têm sucesso e se projetam melhor do que eu, é ter a humildade, palavra que vem do “húmus” terra, chão e implica em não buscar aplausos e agir unicamente por Ele e seu Reino. José e Maria viveram assim, os santos(as) todos(as), inclusive o nosso Fundador, mergulharam na humildade e no serviço feito por Ele, até à cruz. Outro caminho é pura ilusão! Vejamos alguns gestos concretos possíveis, e não importa se pequenos! Mas você pode descobrir e viver muitos outros ‘escondimentos’ em sua vida. • Ter bem claro na mente que tudo o que acontece de bom, todos os dons, o que fazemos de bonito é sempre graça de Deus. Este pensamento nos deixa na humildade e com os pés no chão sem a idolatria do “EU”. “Não podemos praticar um só ato de virtude que não seja obra do Espírito Santo” . 1 • “Preciso que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,20). Esta escolha de vida de S. João Batista, pode ser minha, nossa também! • Meditemos isso: se te escondes, Deus vem em tua procura, se quer aparecer, Deus se esconde de ti! È experiência de vida. Não deixemo-nos
levar pela plateia: é enganadora! • Por que querer sempre aparecer, ser visto ser olhado, querer aplausos, honras? Minha felicidade não depende do que os outros pensam de mim, ou dizem de mim, mas o que pensa Deus de mim 2. A felicidade está em mim não nos outros. Aos olhos do mundo José era um “Zé ninguém”, mas, aos olhos de Deus? “Quando for elogiado sorria, e pense que Deus 3 vê o interior” escreveu o Fundador. • Já pensou em fazer uma ação (trabalho, gesto de caridade, oração, estudar...) só para Jesus, evitando ser visto pelos homens “Tudo sempre para a maior glória de Deus Nosso 4 Senhor?”. O escondimento é humildade, simplicidade, é trabalhar sem ser reconhecidos, louvados. Somo capazes de amar assim o Senhor? • Já lhe aconteceu de você fazer algo bonito e outro ser elogiado? Isto, sabemos que aconteceu ao pé da letra com o Fundador! Como se sentiu ele? E como se sentiria você? • Pode acontecer algumas vezes que nos sintamos deixados de lado, esquecidos, ou não amados... Nestes momentos como é bom colocar-se diante da Eucaristia e perceber que Ele, o ‘Escondido no sacrário’ também é deixado de lado.. esquecido, não amado... Pelo menos estamos em boa companhia! • Em toda sombra da vida, em todas as dores pessoais, nos irmãos que sofrem, nos males sociais e até da Igreja, em cada acontecimento doloroso, e até em nossas fragilidades e pecados podemos perceber e sentir o escondimento de Deus, que, todavia, faz nascer uma nova vida como fosse um parto espiritual. Nenhuma dor se perde tudo se transforma no AMOR DE DEUS! Padre Mário Guinzoni, OSJ
Congregação dos Oblatos de São José
Marello, Giuseppe. Scritti e insegnamenti del Venerabile Giuseppe Marello, organizado por P. Mário Pasetti, Asti: Tipografia S. Giuseppe.1980. p.345. (Tradução do Padre Alberto Santiago). Cfr. Istruzioni di volo per aquile e polli , Anthony de Mello, Piemme, Casale Monferrato, 1996. Marello, Giuseppe. Scritti e insegnamenti del Venerabile Giuseppe Marello, organizado por P. Mário Pasetti, Asti: Tipografia S. Giuseppe.1980. p.198. (Tradução do Padre Alberto Santiago). Marello, Giuseppe. L. 20. Studi Marelliani- San Giuseppe Marello Epistolário II parte, Editore: Casa Generalizia della Congregazione Oblati di S. Giuseppe, Roma, Anno 1 nn.1-2, Gennaio\ Giugno, p. 107B, 2009.
“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O OLHAR DE MARIA.” 1ª quarta-feira do mês: “Terço pela Família” 2ª quarta-feira do mês: “Terço pelos Enfermos” 3ª quarta-feira do mês: “Terço pela Esperança” 4ª quarta-feira do mês: “Adoração ao Santíssimo” Horário: 19:45h VENHA PARTICIPAR CONOSCO E TRAGA SUA FAMÍLIA!
especial 15
santuariosantaedwiges.com.br
junho de 2015
Os Doze Profetas: Miquéias Profeta em tempos de crise e de dificuldades políticas e religiosas, Miquéias é pouco lido e conhecido. Mas o que ele anunciou marcou decisivamente a História da Salvação.
Os personagens bíblicos normalmente têm nomes com sentidos e significados. Em geral são difíceis de ser compreendidos por quem não conhece a língua hebraica ou a grega. Os significados têm a ver com a missão, a origem, um projeto de vida, um outro elemento que pode ser importante dentro da história do personagem ou do conjunto da auto apresentação de Deus na História. Um nome interessante é o do Profeta Miquéias, que em hebraico é Mika, que é uma abreviação de Mikaya. Este é um nome classificado como “teofórico”, isto é, que expressa uma ação, qualidade ou realidade relativa a Deus. No caso é quase como uma pergunta: “Quem é como o Senhor?” O personagem Miquéias. Conhecemos na Bíblia dois Profetas com o nome Miquéias. Um deles é identificado como “filho de Jamla”. Nós o encontramos em 1 Reis 22,13– 28. O outro é este que queremos estudar aqui. Miquéias usa imagens diversas e proclama oráculos cheios de segredos. Não faz, por exemplo, qualquer menção da Assíria que ameaça o país, exceto em 5,4. Apresenta o Messias e sua mãe com alusões e simbolismos (5,1–5). Aliás, estes poucos versículos são muito importantes na teologia e espiritualidade. Miquéias, do qual temos o Livro de Miquéias, sexto livro do grupo dos Doze Profetas,foi contemporâneo de Isaías, tendo vivido entre 737 a.C. até cerca de 686 a.C. Lemos no seu livro, capítulo 1 versículo 1, que ele viveu nos tempos de Joatão, Acaz e Ezequias, um pouco antes da Samaria, e daí em diante. Ora, Samaria, capital do Reino de Israel, no norte, foi cercada por vários anos, entre 734 e 720 a.C. Foi neste último ano que a cidade caiu sob a força da Assíria. Ao que parece Miquéias foi testemunha disto tudo. Miquéias também apresenta em seu livro um pequeno trecho praticamente igual a Jeremias. Podemos
conferir Jeremias 26,18–19 e Miquéias 3,12. Isto pode significar que Jeremias, posterior a Miquéias, conheceu sua profecia e, provavelmente, impressionou-se com ela. O contexto de Miquéias, Profeta do século VIII. Miquéias cita o cerco de Senaquerib, rei da Assíria, em 4,9s.11.14. Isto aconteceu durante a campanha de 701 a.C., quando ele invadiu a Palestina. É o tempo de condições morais e religiosas muito fracas. De fato, no Livro de Miquéias nota-se a prática da idolatria e a prostituição sagrada (1,7), com sortilégios e ídolos (5,9–14). Homens gananciosos apoderavam-se do campo e casas (2,2), usavam de fraudes (6,11), amontoando tesouros de iniquidades (6,9ss). Os chefes devoravam os bens do povo (3,1ss), vendiam-se por presentes (3,11) e recompensas (3,11; 7,2s). Corrompiam-se os juízes e até mesmo os profetas que anunciavam oráculos tendenciosos (3,5.11). Havia uma falsa segurança nas situações estabelecidas, com a certeza de que nunca o Senhor deixaria seu povo (2,6s; 3,11). Miquéias deveria ser um aldeão, homem simples, mas severo nas suas palavras. Ele enfrentará dificuldades e provações diversas. Ele tem segurança de sua vocação (3,8) estando ligado às tradições proféticas fundamentais. O Livro de Miquéias. Tem um estilo robusto, vivo. Faz o diálogo fluir usando as palavras dos adversários (2,6s.10); 3,11; etc.). Interroga (1,5; 2,7; 4,9) e responde (6,6s), atacando os opositores (2,3ss.8ss; 3,1.6.9s; etc.). Fala de seus próprios sentimentos como indignação (3,1), confiança (7,7), certeza (3,8). Chega a fazer o próprio Deus falar diretamente (1,6s; 2,3.13; 4,6s; 5,9–14; 6,3ss). Não deixa de falar com coragem em nome de Deus (2,3ss; 3,5–8; 4,7). O esquema é este: Processo contra Israel, Povo da Aliança: 1,2—3,12 (1ª parte); Promessas a Sião, isto é, ao Povo da Aliança: 4,1—5,8 (2ª parte); Ameaças de calamidades contra Judá: 5,9—7,7 (3ª parte); e conclusão ou última parte: Esperanças para Judá: 7,8–20 (4ª parte ou conclusão). O esquema é de “ameaça e promessa”. Um texto difícil. Miquéias é um Livro Profético que apresenta dificuldades para ser compreendido facilmente. Tem uma linguagem complicada, parece meio “quebrada”. Isto talvez não apareça na leitura em português ou em outra tradução, mas aparece na língua hebraica. Além disso, há o problema da autenticidade de Miquéias. Isto se deve à forma final do texto. Há duas maneiras de enxergá-lo: ou mudado, cheio de intervenções redacionais e, portanto, “corrompido” ou simplesmente original, com uma linguagem muito próxima da rudeza do falar sem erudição ou elaboração literária, quando se dá às palavras um significado fundamentalmente direto. E há também passagens obscuras e termos incompreensíveis no texto hebraico, como em 6,14; 7,2; 1,10s; 6,9s. Sobre estes problemas e outros, muitos estudiosos já propuseram soluções e caminhos para a compreensão de Miquéias. Mensagem e Teologia de Miquéias. Miquéias é consciente de sua missão profética e coloca sua confiança apenas no Senhor (3,8; 7,7). Ele denuncia os pecados do povo que deseja apenas oráculos de salvação (1,6–11). Ataca também
os falsos profetas, “oficiais” para a condescendência das autoridades (3,5 —7,11) e anuncia o castigo iminente. Miquéias denuncia desordens morais e sociais da sociedade como o culto sincretista de Samaria (1,7) e de Judá (5,11–13), a murmuração e a ingratidão para com o Senhor que é acusado injustamente de não auxiliar seu povo na crise com a Assíria (6,3ss — trecho utilizado na Liturgia Cristã da Paixão, aplicado ao Servo sofredor de Isaías). Miquéias não tolera a confiança no poderio militar (1,13; 4,14; 5,9s), nos ricos (3,10) e a exploração dos fracos, especialmente dos sacerdotes e falsos profetas (3; 7,3). É por isso que Samaria será arruinada (1,6), em uma visão que, provavelmente é posterior aos próprios fatos que anunciar, como uma advertência a Judá. Os ídolos de Samaria serão despedaçados e devorados (1,7). Judá será, também ele, destruído. A montanha do Templo será uma colina coberta de árvores (3,12; 6,16). Profetas mercenários serão cobertos de vergonha (3,5s). Mas haverá uma esperança! Trata-se do messianismo em sua forma régia e do anúncio do Resto. Miquéias deve conhecer o Livro do Emanuel, do Profeta Isaias e apresenta o oráculo do nascimento do Emanuel (5,1–3). O nascimento do Messias é o centro da história de Israel e o Senhor permite a calamidade realizando, assim, o julgamento. A salvação virá não para todo Judá ou Israel, mas para o “Resto”. Assim se lê em Miquéias 4,7–8: Farei do estropiado um resto e do disperso uma nação poderosa. E o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre. E tu, Torre do Rebanho, colina da filha de Sião, em ti entrará a autoridade antiga, a realeza da filha de Jerusalém. E todos os que creem em Jesus como Messias e celebram o Natal como o Evento da Encarnação recordam-se deste texto de 5,1–7: Mas tu, Belém de Éfrata, embora pequena entre os clãs de Judá, de ti sairá para mim aquele que deve governar Israel. Suas origens vêm de tempos antigos, de dias imemoráveis. Por isso ele os abandonará até o tempo em que a parturiente dará à luz. Então o resto de seus irmãos voltará para os israelitas. O resto de Jacó será no meio de numerosos povoscomo orvalho vindo do Senhor, como gota de chuva sobre a erva, que não espera no homem e não conta com ninguém. Miquéias anuncia a necessidade do cumprimento da prática da justiça, do amor e da humildade da fé: requisitos fundamentais para a salvação, já anunciados por Amós, Oséias e Isaías. “Já te foi revelado, ó homem, o que é bome o que o Senhor exige de ti:nada mais do que praticar o direito,amar a bondadee caminhar humildemente com teu Deus!” (Miquéias 6,8). Sião, símbolo da futura realidade do Povo da Aliança, será o centro de todos os povos e Jerusalém a metrópole de um grande reino onde haverá paz e justiça (4,1–5). A humildade do penitente (7,8ss) é a segurança da esperança (7,14–20). Pe. Mauro Negro - OSJ Biblista PUC Assunção. São Paulo SP mauronegro@uol.com.br
PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE JUNHO 13/jun Adriane da Silveira 02/jun Ana Lucia Andrade 25/jun Ana Lucia de Souza Ramos 25/jun Ana Maria de Souza 30/jun Antonio Almeida de Sá Barreto 01/jun Antonio Roberto G. Gomes Silva 21/jun Carla de Oliveira Aragão 01/jun Catarina M. Cordeiro 22/jun Célia Maria Menezes Martos 24/jun Cícera Maria da Silva 13/jun Cícera Tenório L. de Barros 09/jun Cleadimar Campelo da Silva 21/jun Cristian de Abadia Gomes 24/jun Davi Manoel de Souza 03/jun Diomar Maria de Macedo 15/jun Dirce Sarro Sanches 19/jun Edinaldo Cruz Oliveira 16/jun Edinaldo José Ferreira 17/jun Edison Bonadip 20/jun Eliane Joaquim de Sousa 08/jun Elisabete Elsa Celestino 30/jun Elizena Souto Santiago Souza 23/jun Ereniota Tele dos Santyos 01/jun Erisvaldo Batista Souza 04/jun Esmeraldina Pereira Carvalho 02/jun Everaldo Xavier dos Santos 23/jun Fátima Busani 14/jun Fernanda de Souza Freire 04/jun Fernando Lopes 01/jun Filomena Pizza dos Santos 19/jun Francisca da Silva Lima Brito 02/jun Francisca Jussara Ferreira 30/jun Francisca Maria Vicente 05/jun Francisco Alves Batista
25/jun Francisco Soares das Chagas 28/jun Giksolan Carneiro da Silva 26/jun Guilherme Costa da Silva 17/jun Hebe Gomes Faria Oliveira 28/jun Idarlene Rocha Costa 20/jun Irani dos Santos Sousa 12/jun Irene Batista dos Santos 23/jun Izaíra Carvalho Toneti 03/jun Jaciro Tiveron 15/jun Janete Primo de Oliveira 23/jun Joana A. Carvalho 24/jun Joana Claudia Sousa Campos 28/jun Joaquim Silas 03/jun Joelson Pinheiro de Carvalho 23/jun José Alves de Melo Neto 28/jun José Pedro Melo de Oliveira 27/jun Josefa Nunes da Silva 16/jun Justina de Brito 05/jun Kamila Oliveira da Cruz 21/jun Kelli Gonçalves Pedro 14/jun Leonor da Silva Dutra 22/jun Lindalva Carneiro da Frota 11/jun Lívia Nery 19/jun Lucas Ferreira da Silva 22/jun Lucidalva Amorim Silva 24/jun Luiz Nazario de Oliveira 26/jun Luzinete Sodré Martins 26/jun Maikon Alencar de Lima 10/jun Manoel Neto Figueredo 10/jun Manoel Pereira Sobrinho 23/jun Maria Alina de Jesus Dantas 14/jun Maria Aparecida da Silva 04/jun Maria Aparecida Ferreira 21/jun Maria de Fátima dos Santos
26/jun Maria de Jesus Furtado 01/jun Maria de Lourdes Tavares 08/jun Maria do Livramento Sampaio 27/jun Maria Dulce André da Silva 18/jun Maria Eldir dos Santos 16/jun Maria Eliete Borges dos Santos 23/jun Maria Eunice Feitoza 13/jun Maria Freitas da Silva 17/jun Maria José do Nascimento 06/jun Maria José Gonçalves 28/jun Maria Julia A. Vieira 19/jun Maria Leite Cavalcante Almeida 13/jun Maria Lucia Feijó Sampaio 26/jun Maria Luzia dos Santos Oliveira 26/jun Maria Neuza Fiuza 02/jun Maria Paulina de Araujo 06/jun Maria Regina Justiniano 23/jun Maria Zilma Pereira da Silva 19/jun Maria Zuleide de Sousa Gomes 11/jun Marilda Santos Lima 18/jun Mario Tinelli 08/jun Marleide Bandeira de Sousa 10/jun Marlene Santana da Silva 25/jun Mônica Fonseca André da Silva 26/jun Monize Alves da Mota 14/jun Neusa Matias 02/jun Nubia Maria de Brito Bezerra 06/jun Olinto Dias Pereira 10/jun Orminda Pacheco Ferreira 23/jun Paulino Gomes de Oliveira 01/jun Paulo Ramão Silva Santos 06/jun Paulo Sérgio S. de Oliveira 04/jun Quitéria Izabel da Silva 21/jun Raimunda de Santana
08/jun Raimunda Lourenço 22/jun Regina Aparecida Mello Mora 08/jun Renata Maria Martins 14/jun Roberto Alves Carneiro 23/jun Roberto Furlan 13/jun Rosangela Freitas da Silva 14/jun Rozilene A. Vale Soares 09/jun Shirley Joyce Oliveira Jacome 22/jun Silvania Bezerra da Silva 07/jun Sinval Rodrigues dos Santos 01/jun Sonia Maria L. de Souza Bezerra 13/jun Tânia Silva de Abreu 28/jun Thiago Santana 24/jun Valdir Neres de Farias Ferreira 23/jun Valdirene de Almeida Souza 06/jun Vitalia Rodrigues Shimabukuro
DÍZIMO REZEMOS PELOS DIZIMISTAS DE NOSSA COMUNIDADE E PELOS QUE AINDA VÃO SER Oração: Recebei, Senhor, a minha oferta./ Ela não é uma esmola, porque não sois mendigo./Não é apenas contribuição porque não precisais dela./ Não é o resto que me sobra que vos ofereço. Esta importância, Senhor, representa a minha gratidão e o meu reconhecimento, pois se tenho algo,/é porque Vós me destes./ Amém! Muito obrigado a todos que são dizimistas em nossa comunidade. Maiores informações sobre o dízimo na entrada da Igreja ou durante a semana na secretaria paroquial.
CAMPANHA DO TERRENO DA CAPELA NOSSA SENHORA APARECIDA Ana Cristina da Silva Camargo Francimar Ferreira Itala Zambretti Maria Regina da Silveira Maria Roseni Alves Santos Marta E Ernandes Marta Maria Sousa