EDITORIAL
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ueridos (as) leitores do Informativo Nossas Notícias, é com muita satisfação que fazemos chegar até você a edição Março/Abril do corrente ano, que vem recheada de acontecimentos para mantê-los antenados em nossas atividades missionárias. No dia 10 de dezembro a Província alegrou-se com a ordenação diaconal dos irmãos George e Geovani na Paróquia São Luís Gonzaga, em Mauá – SP. Veremos como foi, num texto feito pela equipe de comunicação da Diocese de Santo André. Esta edição chega até você no tempo pascal, momento muito lindo na espiritualidade da Igreja, onde mergulharemos no seu significado, através do texto do Pós-Noviço, Ir. David, OMI. Depois de muitos anos da administração de Dom Lúcio, OMI, como Vigário Apostólico do Pilcomayo, no Paraguai, o Santo Padre nomeou como seu substituto, o até então Pe. Miguel Fritz, OMI; veremos como isso aconteceu, no comunicado emitido pela Nunciatura Apostólica do Paraguai. Dentro das celebrações por ocasião Ano Vocacional, teremos o testemunho vocacional do Pré-Noviço oblato Fábio. No último dia 08 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, pela primeira vez nosso recém-eleito Superior Geral, Pe. Chicho Rois, OMI, escreveu-nos uma mensagem sobre a importância dessa celebração, e
aqui teremos a feliz oportunidade de lê-la. No Distrito Sudeste da Província, em São Paulo, os dois grupos de Leigos Associados encerraram suas atividades de 2022 com um Retiro espiritual pregado pelo Ecônomo Provincial, Pe. Ednaldo, OMI; a esse respeito, o Pós-Noviço Ir. Vianney, OMI, nos mostrará como foi. No final de 2022 ocorreu no México um encontro organizado por CIAL, para os responsáveis pelo Serviço de Animação Vocacional das Províncias, Delegações e Missões oblatas na América Latina; Pe. Rivaldo, OMI, representou a Província do Brasil, e nos falará como foi. Em Cuba a missão oblata completa 25 anos, enfrentando os desafios e fazendo acontecer o carisma mazenodiano; a esse respeito veremos a parte 1 desta bonita história ali construída na
celebração desta boda de prata. Em dezembro passado para encerrar as atividades do ano, o Pós-Noviciado Santo Eugênio esteve por três dias em um Retiro espiritual pregado pelo Pe. Beto Mayer, OMI; sobre isso, o Pós-Noviço Ir. Jassiel, OMI, nos escreve para mostrar como o encontro se deu. E concluindo, teremos as colunas fixas de psicologia, JUPIC, humor e datas comemorativas. Estimo a todos(as) uma boa leitura e que Santo Eugênio de Mazenod e os Beatos e Mártires hoje e sempre abençoe e ilumine a fé e a missionariedade de cada um(a) de vocês. Santa Páscoa a vocês e até a próxima edição do nosso Informativo, Maio/Junho do presente ano. Pe. Lindomar Felix da Silva, OMI. Provincial
EXPEDIENTE
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O Jornal “OMI – Nossas Notícias” é uma publicação dos Oblatos de Maria Imaculada – Província Brasil, dirigida aos seus membros e leigos. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal, de seus membros e da Congregação. É permitida a reprodução das matérias e artigos desde que previamente autorizada por escrito pela supervisão e com crédito em fonte.
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OBLATOS
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ORDENAÇÃO
OS IRMÃOS GEORGE E GEOVANI SÃO ORDENADOS DIÁCONOS EM MAUÁ
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“Jesus aparece pregando a misericórdia, consolando os aflitos, curando os doentes, sempre cercado de pobres, doentes, sofredores e pecadores. Jesus, que olha primeiro o sofrimento da pessoa para depois olhar o pecado. E ele é o Messias anunciado por João Batista, mas é o Messias que veio para chamar os pecadores e não destruí-los, que vem usar misericórdia e não a severidade”, refletiu o Evangelho. RITO DA ORDENAÇÃO
Os dois novos diáconos fizeram o juramento de fidelidade, se prostraram durante a ladainha, receberam a imposição das mãos do bispo, foram revestidos das vestes diaconais, acolheram o Livro dos Evangelhos e ao final entoaram junto ao povo, a Oração Vocacional, antes da bênção final concedida por Dom Pedro. Fonte: Site diocesesa.org.br
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ois missionários da congregação Oblatos de Maria Imaculada, Ir. George Lins, OMI e Ir. Geovani Pereira, OMI, foram ordenados diáconos transitórios, pelo bispo da Diocese de Santo André Dom Pedro Carlos Cipollini. O rito de ordenação diaconal aconteceu dia 10 de dezembro na Paróquia São Luiz Gonzaga (Mauá), que tem como pároco Padre Antônio Borges Mesquita, OMI, e vigário Padre José Valter Luz, OMI, e estiveram presentes os padres e missionários da congregação. A santa missa foi concelebrada também pelo provincial, Padre Lindomar Felix da Silva, OMI, e na assembleia fiéis de Recife, Bahia e das paróquias de São Paulo, por onde os missionários estiveram presentes em sua caminhada. Após a proclamação do Evangelho, os candidatos foram chamados a se apresentarem ao bispo diocesano, e o provincial Padre Lindomar, OMI, declarou com convicção, após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os responsáveis, ser testemunha de que estes candidatos foram considerados dignos. Dom Pedro falou sobre o tempo do Advento: “Neste momento em que acabamos de ouvir a palavra de Deus, nós nos colocamos no contexto do Advento, estamos nos preparando para celebrar o Natal e a Palavra de Deus vai nos instruindo, nos iluminando cada domingo, para que nós preparemos o coração, a fim de celebrarmos bem esse mistério maravilhoso da Encarnação. O Filho de Deus que se faz homem e que vem habitar no meio de nós.”
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TEMPO LITÚRGICO
A ESPIRITUALIDADE PASCAL A
VIVA COM ALEGRIA
Alegria é uma alegria profunda que não pode ser tirada, mesmo em meio à tristeza. A Paixão e a Ressurreição de Jesus nos ensinam que o sofrimento se transforma pela fé em Cristo Ressuscitado. Com essa fé, somos capazes de manter um sentimento duradouro de alegria mesmo em meio à tristeza que sentimos pela perda de um ente querido, por não conseguirmos atingir uma meta importante ou por um revés durante a recuperação de uma doença. VIVER SEM MEDO
A ressurreição nos ensina que Deus pode vencer qualquer coisa, até mesmo a morte. Quando o Ressusci4
tado aparece às mulheres no sepulcro e depois aos seus discípulos, as suas primeiras palavras são “Não tenham medo!” (Mt 28:5,10) Essas palavras falam ao nosso coração, ajudando-nos a lidar com o medo de perder o emprego, uma doença grave ou um relacionamento desmoronando. Nossa fé nos permite confiar que Deus pode superar nossos problemas mais sérios. VIVA COM NOVOS OLHOS
Páscoa significa viver com uma sensação de novidade. Assim como o retorno da primavera eleva nosso espírito e nos faz sentir como se o mundo inteiro fosse novo, a Ressurreição de Jesus torna “novas todas as coisas”. (Ap. 21:5) O espírito da Páscoa é um espírito de renovação que nos permite apresentar-nos no trabalho com uma atitude positiva, renovar relacionamentos que não damos valor e expressar apreço e afeição aos que nos são mais próximos. Significa ver o mundo com novos olhos, os olhos de Deus. Podemos aproveitar esses 50 dias para cultivar o espírito pascal que nos permite ser verdadeiramente cristãos: abraçar a alegria, viver sem medo e ver o mundo novamente como se fosse a primeira vez.
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Páscoa celebra Cristo voltando à vida. Celebramos porque fomos resgatados do pecado e da morte e trazidos para a família de Deus por este ato de Jesus. Nossas falhas foram totalmente pagas e estamos conectados a Deus para sempre de uma forma que nunca foi feita antes desta bela obra de Cristo na Páscoa. A temporada da Páscoa, começando no Domingo de Páscoa e continuando por 50 dias, é uma oportunidade para cultivarmos um espírito que define quem somos como cristãos. Então, o que significa viver o espírito da época pascal em termos práticos? Aqui estão três sugestões concretas.
Ir. David
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NOMEAÇÃO
O SANTO PADRE PAPA FRANCISCO NOMEIA UM OBLATO COMO NOVO ADMINISTRADOR APOSTÓLICO DO PILCOMAYO NO PARAGUAI
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Santo Padre, Papa Francisco, aceitou a renúncia de Sua Excelência Dom Lucio ALFERT, O.M.I. ao governo pastoral do Vicariato Apostólico de Pilcomayo, ao mesmo tempo, nomeou o Padre Miguel FRITZ, O.M.I. como Administrador Apostólico da sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis (isto é, a critério da Santa Sé) do mesmo Vicariato. A notícia é publicada hoje; sexta-feira, 18 de novembro de 2022, às 12:00 horas, em Roma (8:00 horas do Paraguai), na edição de L’Osservatore Romano (Boletim da Santa Sé).
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Desde a sede do Vicariato, o anúncio é feito por Dom Alfert, na presença do P. Fritz, e de alguns representantes do clero, religiosos, religiosas e fiéis. Depois, na Catedral de Mariscal Estigarribia, terá lugar a celebração eucarística, da pose do novo Administrador Apostólico. O Núncio Apostólico transmite a Dom. Lucio Alfert, gratidão da parte do Santo Padre e também em seu próprio nome; pelo generoso e longo serviço prestado neste Vicariato, ao mesmo tempo faze votos para que o Padre Miguel Fritz, possa desempenhar com sucesso o trabalho pastoral como Administrador Apostólico.
CURRICULUM VITAE DO REV. P. MIGUEL FRITZ, OMI
- Nascimento: 10/05/1955 em Hannover – Alemanha Formação Religiosa e Profissão: Noviciado: 11/10/1974, Gelsenkirchen – Alemanha -Primeira Profissão: 02/11/1975, Mainz, Província da IMO da Alemanha - Estudos em filosofia e teologia: Universidade de Gutenberg, Mainz Alemanha (Diploma em Teologia e Licenciatura em Antropologia) - Profissão perpétua: 01/11/1980, Mainz – Alemanha Congregação Religiosa: Oblatos de Maria Imaculada (O.M.I) Ordenação: - Diácono ordenado: 02/11/1980, Mainz – Alemanha - Ordenado sacerdote: 28/05/1981, Mainz – Alemanha Serviços Ministeriais: - 1981-1984: Vigário Paroquial, Gelsenkirchen – Alemanha - 1985-1987: Vigário Paroquial, Colonia Independencia, Villarrica – Paraguai - 1987-1988: Casa de formação dos Oblatos em Lambaré, Assunção - 1988-1994: Vigário da Paróquia de Santa Maria, Mariscal Estigarribia – Paraguai - 1994-1995: Ano sabático - 1995-2006: Delegado Vigário do Vicariato Apostólico de Pilcomayo e Pároco da Paróquia de Santa Maria, Mariscal Estigarribia – Paraguai - 2007-2010: Superior da Província do Paraguai - 2010-2016: Membro do Conselho Geral, Generalato, Roma – Itália - 2016-2022: Delegado Vigário do Vicariato Apostólico de Pilcomayo e Pároco da Paróquia de San Leonardo, Fischat – Paraguai Fonte: episcopal.org.py Tradução: Ir. Robinson S. Villalba, OMI 5
ANO VOCACIONAL
MEU CHAMADO À VIDA OBLATA om esta frase do nosso fundador desejo iniciar minha partilha vocacional: Neste tempo de formação a centralidade da minha vida está no amor esponsal a Cristo. Meu nome é Fábio de Sousa Lira, sou pré-noviço da Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada, OMI. Sou filho de Francisco das Chagas Silva Lira e Francisca Macedo de Sousa Lira, eles que me educaram e me ensinaram a viver uma vida inserida na igreja onde o desejo que eu sentia de ajudar as pessoas carentes foi sendo transformado na busca de viver uma vida missionária em prol de ajudar os mais necessitados. Durante anos, participei e ajudei a minha comunidade Santa Teresinha do Menino Jesus em Presidente Médici-MA. Foi através dessas experiências missionárias com o povo de Deus que percebi que Deus tinha me chamado a viver uma vida consagrada e as exigências de uma resposta concreta e as inquietações começaram a fazer pensar sobre a minha vocação, foi então que comecei a buscar e tentar encontrar o meu lugar e a cada encontro com o Senhor inquietava meu coração e com o passar do tempo, atento ao agir da graça de Deus , fui sentindo o meu chamado à vida religiosa. Após ficar claro o meu desejo pela vida religiosa , então , fiz uma experiência vocacional em outra congregação mas percebi que não era naquela congregação que Deus me chamava e comecei a buscar e conhecer outros carismas e congregações e encontrei pela internet o site dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, onde me identifiquei com o carisma “Ele me enviou para evangelizar os pobres e os pobres são evangelizados”, S. Eugênio de Mazenod, tendo esco-
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lhido o seguimento de Jesus Cristo, nos convida a ser servidor e proclamar a liberdade aos oprimidos e alguns anos passaram e pela providência de Deus tive a oportunidade de conhecer o Pe. Paulo Joanil da Silva, OMI, em um curso da CRB (Conferencia Religiosa do Brasil) e através dos seus ensinamentos sobre a vida consagrada enraizada no verdadeiro discípulo mis-
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VIVENDO EM MAIOR UNIÃO COM DEUS”. (SANTO EUGENIO DE MAZENOD)
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sionário de Jesus Cristo, despertou a minha vontade de dar início a um caminho vocacional com Oblatos de Maria Imaculada, no qual a cada dia pude confirmar o chamado de Deus. O meu ingresso na congregação foi no dia 17 de fevereiro de 2020, na casa da missão em Aparecida de Goiânia-GO, onde pude impulsionar o meu sim a Deus, buscando a corresponder a minha vida de oração comunitária, deixando-me a ser moldado como um vaso de argila nas mãos do oleiro. No ano de 2021, na etapa do pré-noviciado, na cidade de Sumaré- SP, pude aprofundar mais ainda, tendo uma constante abertura para experimentar minhas realizações, alegrias, dificuldades, sofrimentos, desafios e fragilidades. A respeito desta etapa, no qual eu estou vivenciando posso testemunhar que este período é um tempo de interiorização e aprofundamento espiritual necessário para que eu possa deixar a vontade de Deus agir em minha vida para corresponder com generosidade o meu chamado e proclamar a palavra de Deus como o nosso pai Santo Eugênio. Hoje, buscar ser religioso é ser outro Cristo no mundo. É experimentar as diversas formas de servir o povo de Deus e, principalmente, está disposto a entregar sua vida a consagração. No relacionamento pessoal com Cristo nossa missão vai concretizando na simplicidade e pobreza e na alegre disponibilidade. Para S. Eugênio viver a alegria de ser de Deus “É preciso então amar os outros com a força de Jesus Cristo”. Ser missionário de Oblatos de Maria Imaculada é viver uma madura convicção de ser chamado por Deus à vida Religiosa e ter um profundo desejo de fazer, inteiramente, a vontade de Deus. Pré-Noviço Fábio de Sousa Lira
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LEIGOS
LEIGOS ASSOCIADOS CONCLUEM SUAS ATIVIDADES DE 2022 COM UM RETIRO
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pós cerca de dois anos de pandemia do novo coronavírus que obrigou muitas pessoas a interromper certas atividades, é com uma alegria transbordante que os leigos associados aos Missionários Oblatos de Maria Imaculada da Província oblata do Brasil, região de São Paulo, se reuniram no dia 19 de novembro de 2022, das 8h às 17h, para o retiro anual. O Distrito Sudeste possui dois grupos. Um grupo na Paróquia Santo Eugênio de Mazenod de Campo Limpo e o grupo Água Funda. O retiro aconteceu na Casa de Retiros Sagrada Família e Santa Paulina, localizada no Ipiranga, sob a pregação do Pe. Ednaldo, OMI, ecônomo provincial, e com a participação de 18 leigos Oblatos, sendo 11 de Campo Limpo e 07 de Água Funda e de nós formandos Pós-Noviços, Ir. Herbesson, OMI, e Ir. Vianney, OMI, sob o tema “Leigos e leigas, peregrinos da esperança como a Virgem Maria”. Durante sua fala, Pe. Ednaldo os convidou a serem peregrinos da esperança como a Virgem Maria, por meio de suas experiências. Foi com uma missa que todos concluímos à noite o Retiro, para continuarmos a sermos peregrinos da esperança nos nossos diversos ambientes de vida.
Ir. Vianney, OMI
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MENSAGEM
COM MARIA, MISSIONÁRIOS PEREGRINOS DA ESPERANÇA EM COMUNHÃO CELEBRAÇÃO DA SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA 8 DE DEZEMBRO DE 2022 LJC ET MI
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porção da verdade nos é revelada e que o Espírito de Deus tem semeado no outro, e nos é oferecido como dom. Caminhar como Jesus e com o outro, sempre vivendo em comunhão como dom e tarefa, tornamo-nos profetas peregrinos, cantando louvores ao Senhor, e anunciando com nossas vidas o mundo novo e a nova humanidade que já nasceram e esperam que se manifestem em toda a sua plenitude Gostaria de começar e continuar a conversa com todos os membros da nossa família comparti-lhante o que a contemplação desta passagem evangélica nos traz para nossa vida e missão. Ao ence-rrar a Eucaristia do Capítulo Geral comecei esse diálogo. Como seria bom, em nossas reuniões durante estes dias, dedicar algum tempo para partilhar os frutos dessa contemplação. Como seria bom se pudéssemos escutar os ecos que vêm de todos os cantos da nossa casa comum, de todas as nossas comunidades e
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ueridos Irmãos Oblatos e todos irmãos e irmãs da nossa família carismática. Hoje saudamos Maria, “bendita entre as mulheres” quando contemplamos o milagre da miseri-córdia no mistério da sua Imaculada Conceição. Celebramos a nós mesmos por termos ela como nossa mãe e padroeira, e pedimos a ela interceder por nós como nossa mãe. Em sua palestra durante sua audiência aos capitulares do 37º Capítulo Geral, o Papa Francisco nos convidou a “ter Maria como companheira de viagem de forma que ela sempre acompanhe vocês na sua peregrinação”. Depois de lembrar o episódio da “peregrinação” dela à casa de Elizabete, o Papa nos disse: “Possa Maria ser também para vocês um exemplo disso, para a vida de vocês e de suas missões”. Neste dia de festa, quero voltar à estrada com Maria e com toda a nossa família, para gradualmente nos tornarmos tais missionários peregrinos, semeadores da esperança em comunhão, como foi o sonho do nosso Capítulo Geral. O texto do Evangelho proposto pelo Papa nos fala do encontro de Maria com Elisabete (Lc 1,39-56). Para muitos, esta passagem do Evangelho é um paradigma inspirador da ação missionária da Igre-já. Para mim, ao participar da vida das igrejas da África do Norte, tenho sido capaz de atestar a fe-cundidade delas. Chamados a conduzir, anunciar e partilhar o mistério da salvação que habita em nós, saímos com pressa para encontrar a “outros”, colocando-nos a serviço deles, com fez Maria. É um modo que nos revela a presença de Jesus e nos convida deixar no caminho a marca da esperança e comunhão entre nós e com toda a criação. Caminhar, sair para encontrar o outro e colocarmo-nos a serviço dele, descobrimos nossa própria identidade. Isto é também como aquela
instituições, de todas as expressões da nossa família carismática. Sejamos criativos em colocar na mesa comum o que cada um está descobrindo. Por estes dias teremos em mãos a Ata do 37º Capítulo Geral. Sabemos que a aceitação dos documentos do Capítulo não acontece espontaneamente; é uma graça que precisamos aprender a aco-lher. Como faremos isso? Os membros do Capítulo afirmaram vigorosamente que todos eles devem ser os primeiros animadores dessa fase. É evidente que eles são as testemunhas privilegiadas de tudo o que aconteceu. Não tenhamos medo de incomodá-los ao lhes pedir que partilhem sua experiência! Escutemos suas estórias; tentemos caminhar com eles e peçamos a graça de nos aliar à experiência deles. Acredito que uma boa aceitação do documento capitular ocorrerá quando cada membro da nossa família carismática se torne um animador da fase pós-capitular; animadores porque se permi- tiram ser desafiados pelo Espírito; animadores porque buscaram formas de pôr em prática criativamente as sugestões propostas. Todos nós, então, somos chamados para partir em nossa jornada. Assumamos esta peregrinação juntos e a façamos juntos com os pobres para nos renovar em nossa vocação; tornar nossa casa comum um lar digno de ser vivido; viver como família a riqueza da nossa diversidade cultural e no interior das várias vocações distintas que nosso carisma encarna. Caminhe-mos todos como missionários peregrinos da esperança em comunhão. Permitam-me nesta fase de aceitação e animação pós-capitular, propor de novo como modelo o que Maria experimentou no mistério da “visitação”. Ele escutou do mensageiro algumas Boas Noticias que excediam todas as expectativas. Mesma sem www.omi.org.br
PÓS-NOVICIADO tudo compreender, ela confiantemente abandonou-se nas mãos de Deus. Enquanto a Palavra se tornava carne e seu corpo feminino estava mudando para acolhê-Lo e alimentá-Lo em seu útero, ela partiu com pressa, superando a tentação de auto-referência. Caminhando com confiança, ela permitiu que a fé e a esperança crescessem em seu coração, lembrando repetidamente que “para Deus nada é impossível”. E naquela jornada missionária, Maria era um sacramento e um anúncio da presença do Salvador em nossa história. Colocando-se ao serviço de Elizabete, ela recebeu o dom da confirmação de sua própria identidade e mais tarde, a explosão de alegria profética que se tornou um hino a Deus que é Santo e Misericordioso; e que estava levando a sua criação à plenitude, e isto através dos pobres e dos famintos, dos simples e dos humildes. Peçamos a Maria nos ensinar a acolher de todo coração a graça do último Capítulo Geral. Ca-minhemos com ela de mãos dadas, como o Papa Francisco propôs, colocando-nos a serviço do outro e viver a alegria de ser profetas da comunhão e esperança. Cresçamos na fé, esperança e amor como família carismática que deseja responder hoje à sua vocação como missionários dos pobres cuidando da nossa casa comum. Gostaria de convidá-lo a me acompanhar com sua oração na peregrinação que assumirei para abraçar e mostrar comunhão com nossos irmãos na Ucrânia. Com eles, gostaria de abraçar todos os membros da nossa família carismática que estão em peregrinação em situações difí-ceis, no sofrimento, assaltado por todos os tipos de situações causadas por injustiças e ambições hu-manas Com Maria e com todos os nossos santos da nossa família, e com aqueles que nos precederam nesta peregrinação, caminhemos pelos caminhos de serviço aos mais abandonados, sendo semeadores de esperança e comunhão. Feliz festa da Imaculada Conceição de Maria. Seu irmão peregrino, em Cristo e Maria Imaculada. Tradução: Pe. Miguel Pipolo, OMI.
Luis Ignácio Rois Alonso, OMI Superior Geral
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PÓS-NOVICIADO SANTO EUGÊNIO DE MAZENOD ENCERRA SUAS ATIVIDADES EM 2022 COM RETIRO ESPIRITUAL
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os dias 3 a 6 de dezembro de 2022, o escolasticado (casa de teologia) Santo Eugênio de Mazenod esteve em retiro sendo pregado pelo Pe. Beto, OMI. O retiro aconteceu no Centro Marianista Caná, localizado em Campinas, interior de São Paulo, este teve como tema, “Corações ardentes e pés a caminho”. Tendo em vista que alguns irmãos iriam renovar a Oblação, os temas foram propícios para tal preparação, afim de animar-nos a colocar os nossos pés, nos passos de Jesus de Nazaré. Como Oblatos, nossa primeira missão é nossa comunidade, Pe. Beto, OMI, em todas as partilhas nos fazia refletir sobre o nosso compromisso com a comunidade, já que as nossas Constituições e Regras (CC e RR) número 40, nos convida a ter momentos profundos e intensos com a comunidade a quem vivemos. No retiro nos foi proposto, algo muito importante que o nosso pai fundador nos deixou como exemplo, “ser homens do evangelho”. Ser homens do evangelho é contemplar e se deixar ser contemplado pelo Mestre Jesus de Nazaré, e sobre tudo, aprender dele a ser instrumento vivo da Verdade que nos liberta. Pois o Mestre de Nazaré nos leva a contemplar a vida dos crucificados de hoje e perceber seu rosto misericordioso e esperançoso no meio deles. Fomos convidados a cultivar uma espiritualidade positivista, visto que, em nossa sociedade muitas pessoas vivem o negativismo como uma regra de vida, porém, nós como homens do evangelho devemos dar testemunho do profundo amor em nosso dia a dia. Para que isso aconteça, a vivência da Eucaristia como compromisso de encontro conosco e com os irmãos é deixar-nos ser comungado por Jesus de Nazaré, assim como encontramos no evangelho de Lucas 24,13-35. Jesus se colocou a caminhar entre os discípulos de Emaús e explicando as escrituras, porém foi só no do partir do pão, que eles transformaram a dor da perda em esperança. Que o Bom Deus nos ajude a vivenciar diariamente a nossa Oblação que se concretiza em nossa comunidade e na missão. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, e Maria Imaculada. Ir. Jassiel dos Santos, OMI
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ANO VOCACIONAL
OBLATOS DE MARIA IMACULADA PROMOVEM ENCONTRO A NÍVEL DE AMÉRICA LATINA COM ANIMADORES VOCACIONAIS “PEREGRINOS DE ESPERANÇA EM COMUNHÃO”
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a cidade de Puebla (México) aconteceu de 28 de novembro a 02 de dezembro o III Congresso OMI da Pastoral Vocacional da América Latina. Os Participantes foram os seguintes: Pe. Miguel Ángel Goytia (México), Ir. Ramiro Antonio Nájera López (Guatemala), Ir Domingo Francisco Caño (Guatemala), Pe. Giovanny Nova (Venezuela), Pe. Luis Lujan (Argentina), Pe. Fernando Berrutti (Uruguay), Pe. Martin Lacky (Guatemala – Polaco), Pe. Cándido González (México), Ir. Verónica Amaro (Uruguay – COMI), Ir. Editson García (México), Pe. Gerson Ríos (Perú), Pe. Gualberto Miranda (Paraguai) e Pe. Rivaldo Teixeira de Carvalho (Brasil). A Pastoral Vocacional tem novos paradigmas e temos muitos desafios, levando em conta as novas formas de trabalhar com a juventude. A ideia é estabelecer um diálogo fraterno entre todos os Animadores Vocacionais da América Latina. O Pe. Martin Lacky, OMI abordou a temática: A realidade da juventude e o carisma da OMI, hoje, e nos provocou com a seguinte indagação: “Que atitudes o Oblato deve ter para estar próximo dos jovens”? O Pe. Martin, traz o relato de experiências missionárias sobre os jovens que são muito exigentes e esperam de nós, Animadores Vocacionais, uma postura referencial de transparência, paciência e humildade no acompanhamento vocacional. O seu testemunho missionário mostra que também hoje o Oblato deve cultivar uma comunidade de jovens líderes para reconhecer o
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mundo e as suas necessidades para sermos agentes de mudança e de comprometimento com a instauração do Reino de Deus. A II colocação foi sobre Alguns elementos pastorais para a difusão da Cultura Vocacional com o Pe José Ángel Mendoza [Operador Diocesano]. O Sacerdote enfatizou que a cultura vocacional é um constante compromisso de oração pelas vocações para que os jovens cultivem uma experiência de escutar ao chamado do Senhor [1 Sm8-9], como uma resposta a realidade da cultura atual. Pe. Mendoza refletiu sobre alguns indicadores de Culturas Juvenis/Cultura Vocacional: olhamos para a situação socioeconómico e religiosa-vocacional dos jovens. Segundo o Sacerdote, temos que ver como aproveitar a presença dos jovens nas paróquias, às vezes envolve investir dinheiro e tempo. Como Animadores Vocacionais, temos que investir nesses jovens, ou seja, exercício de análise da realidade juvenil. Em cada momento histórico, os jovens formaram ambientes culturais nos quais se utiliza uma linguagem verbal e não verbal com significados próprios. Ao entrar nestas áreas com uma intenção formativa e de acompanhamento, é importante considerar as suas próprias características, uma vez que tendem a ter algumas diferenças com o passado. O Padre propõe algumas reflexões sobre este tema, baseadas em suas experiências de Sacerdote Operário, como por exemplo, uma análise das diversas culturas juvenis e seus desafios
no acompanhamento vocacional. Esta ajuda a descobrir mais especificamente como a cultura atual na qual estão imersos os jovens, tem os afetado. Com o Pe. Ariel Martínez, OMI, [Provincial do México], refletimos sobre as dificuldades que encontramos hoje no práticas da Pastoral Vocacional e as propostas concretas para a Pastoral Vocacional, para o CIAL e para a Administração Geral. No ultimo momento, com Pe. Fernando Berrutti, OMI [Provincia Cruz do Sul] realizamos Partilhas no âmbito das realidades juvenis por unidade e o planejamento da Pastoral Vocacional na América Latina, bem como as ferramentas de trabalho para promover as vocações. Um dos pontos que tem surgido na plenária de todas as unidades com grande ênfase foi: a questão das vocações tardias e como contemplar essa situação?! Desejo aproveitar a importância do Ano Vocacional na nossa Província Oblata do Brasil para relembrar aos os meus Irmãos Oblatos, Juventude Oblata e Leigos Associados que a Missão de Animação Vocacional é de toda a Província. Que Maria Imaculada nos ajudem sempre nessa missão. Agradeço desde já a todos pelo apoio e ajuda no Serviço de Animação vocacional. Um abraço e minhas orações pelo bom êxito do Ano Vocacional OMI. Pe. Rivaldo Carvalho, OMI Animador Vocacional Nacional-Brasil
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ESPECIAL
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ncarnarmo-nos no Povo e na Igreja de Cuba – este foi o primeiro objetivo que o primeiro grupo missionário, que chegou à Ilha dia 15 de dezembro de 1997, se propôs. Os Oblatos, já desde os anos 70 do século passado, foram convidados para fundar sua missão em Cuba, mas, por diferentes motivos, só no ano 1995, na reunião Intercapitular, os Superiores Maiores aceitaram o compromisso, encarregando a Província do Haiti a assumir esta nova missão. Aconselhados pelos bispos de Cuba, a província mexicana também se uniu a esta responsabilidade.
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A missão de Cuba foi promulgada oficialmente pelo Superior Provincial do México, P. Vicente Louwagie OMI, em 26 de julho de 1997 em uma celebração Eucarística na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe na Cidade do México. Assim começou a nova aventura oblata em Cuba. O grupo missionário se compunha de 6 oblatos: 4 sacerdotes e 2 escolásticos. Estes são nossos irmãos que começaram a nova etapa na história da missão oblata: P. Gilberto Piñón G. superior da nova missão (México), P. Pablo Fuentes H. (Argentina), P. Adrián Difícil M. (Haiti), P. Daniel Díaz D. (México), dois escolásticos haitianos Claudio Gilbert e Ocelin Civil. Depois de sua chegada, os oblatos participaram de uma oficina de inculturação para todos os agentes estrangeiros que havíamos entrado em Cuba esse ano, organizado pelo Sr. Bispo Emilio Aranguren E., nessa ocasião, bispo de Cienfuegos. Aqui, gostaríamos de agradecer muito a Dom Emilio por receber e acompanhar os oblatos em sua chegada a Cuba. Ainda que, atualmente, já não haja presença oblata nestes lugares, vale a pena mencionar as três missões que os oblatos começaram em Cuba: Paróquia de San José, Abreus, Cienfuegos, Diocese de Cienfuegos; Paróquia de San José, Martí, Matanzas, Diocese de Matanzas; Paróquia de San José, Yaguajay, Sancti Spiritus, Diocese de Santa Clara. O início do ano de 1998 foi cheio de alegria e de esperança pela visita do Papa João Paulo II em Cuba; houve uma volta grande de fiéis às igrejas e
casas de missão; também aumentaram os números de recepção de vários sacramentos. Esse ano chegou à missão o Ir. Jesús Ernesto Méndez T. para sua experiência missionária e os dois escolásticos, Claudio Gilbert e Ocelin, regressaram para continuar sua formação. Em agosto de 1999, os oblatos tomaram a decisão de deixar a missão em Cienfuegos e começar um novo compromisso na Arquidiocese de La Habana, na paróquia de San Isidro, Manágua. Esta mudança nos permitiu acompanhar o irmão Jesús Ernesto, que decidiu ficar em Cuba e aqui continuar seus estudos teológicos no Seminário Nacional de São Carlos. No ano 2003, foi ordenado diácono na Paróquia de San Isidro de Manágua pelo Cardeal de La Habana Jaime Ortega e, posteriormente, ordenado sacerdote no México.
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Na próxima edição traremos a sequência deste artigo especial. Aguarde!
Tomasz Szafranski, OMI
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PSICOLOGIA
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“O REI NA BARRIGA”
ornou-se uma expressão popular no Brasil, criada na monarquia de Portugal. O objetivo é descrever à luz da psicanálise o funcionamento da expressão o “rei na barriga” e trazer um contraponto, à luz bíblica, para justificar o comportamento de quem opta ou vivencia, seja consciente ou inconscientemente o rei na barriga. Como é interessante quando as pessoas as enxergam noutras a vivência dessa expressão no comportamento. Elas atuam, às vezes, sabendo quando outas as identificam e se torna uma fala recorrente, como também pela intuição e não pelo o autoconhecimento. A origem da expressão ocorreu no período da monarquia portuguesa, uma das notícias mais festejadas pelo reino era a de que o rei teria um herdeiro para sucedê-lo. Por isso, quando a rainha ficava grávida do soberano, ela passava a ser tratada de uma forma mais cuidadosa por todas as outras pessoas do reino, pois estava carregando um futuro príncipe ou princesa. A bajulação valia até mesmo se o bebê em questão fosse um bastardo (fonte Internet). Tal expressão tem seus sinônimos e em cada região do Brasil utiliza um ou mais. Não irei identificá-los por não haver necessidade quanto ao objetivo, no entanto, algumas pessoas identificam no comportamento de alguém quando conhece a pessoa há mais tempo e que essa pessoa mudou de padrão como: fulano depois que comprou um carro, ficou rica ou em relação a um cargo que foi promovida, ficou com o nariz empinado e assim sucessivamente. A partir da autoimagem que a pessoa tem de si mesma, ela pode se intitular que nasceu assim e assim vai continuar. Pode ser algo distorcido, por nascer assim é uma maneira da pessoa se vê ou confirmar como os outros as veem. O temperamento e o caráter reforçam essa ideia de que nasceu assim. Sabe-se que essas duas modalidades têm algo hereditário, entretanto, deve-se tomar consciência para não interferir nas relações uns com os outros, ou seja, na relação interpessoal. Um dos aspectos que se pode explorar quanto a mudança do comportamento seja ela quem for, pode-se entender a partir da segunda tópica de Freud, quando este, descreveu que a mente humana
possui uma estrutura que chamou de id, ego e superego. Este último, é formado na relação da convivência com as figuras cuidadoras, ou seja, com os pais. São eles que inculcam os valores morais, éticos e de autoridade na fase do desenvolvimento humano, já a partir da segunda infância. O superego, como é chamado também de supereu. Quando o sujeito tem consciência das manifestações do superego na sua vida adulta, pode-se lidar com mais tranquilidades com relação as manifestações no próprio comportamento e quando não, quem pode estar atuando? Será o inconsciente, marcas registradas no psicológico do sujeito repassadas pelas as figuras parentais (os pais), sem que a pessoa tenha ciência de tal comportamento. Sendo assim, o comportamento dos pais incide sobre os filhos e as gerações futuras, dando um resultado no comportamento da prole. Falar de um caso clinico: o sujeito descobriu uma característica sua que é similar a de uma das figuras parentais, tal característica era de vaidade e, portanto, começou a aceitar que era vaidoso. A pessoa já tinha 35 anos quando chegou a consciência de tal comportamento. Antes as pessoas lhe diziam que tinha um rei na barriga e isto a incomodava bastante, após ter tomado consciência, começou a aceitar que o que as pessoas diziam era verídico. Outro caso clinico era a questão do poder. O comportamento atuava da mesma forma do supereu de uma das figuras parentais, ou seja, dos pais. Quando se deu conta que as pessoas diziam que bastava assumir o poder, por perceberem que havia uma mudança em seu comportamento, pois agia de forma inconsciente. Porque bastava assumir o cargo de diretor da empresa que atuava de forma semelhante a atitude de uma das figuras parentais com o “nariz empinado” ou seja, o rei na barriga. Outro aspecto sutil, consiste na mania de grandeza ou megalomania. Pode ser uma variante da formação do superego nas gerações da prole, como também, a vivencia de uma realidade de leve a extrema carência das necessidades básicas na família, de modo geral, pode incidir de alguma forma no desenvolvimento de alguém que se apresente com o habito comportamental: arrogância, orgulhoso e prepotência. O contraponto da expressão “o rei na barriga”, encontra-se em uma citação bíblica: o inicio do Evangelho de São Lucas a respeito da mãe de Jesus. Ela carregou o rei na barriga (no ventre) e nem por isso recebeu e se ouviu falar que ela se comportasse com o significado que hoje temos, ela tinha tudo para se comportar, porém, optou em servir como mãe de um Rei. Ela, à luz de seu comportamento, oferece elementos para nossa autoanálise. O comportamento é um constructo do consciente e do inconsciente, ou seja, o nosso comportamento se forma a partir dessa realidade. Caso busque o autoconhecimento, o viés é a realidade cada vez mais da consciência sobre a realidade e se não, fica a dimensão do inconsciente como primazia sobre a realidade. Cabe a cada um de nós, permanentemente, a autorreflexão ou auto avalição do agir nas dimensões das relações intra e interpessoais (relações consigo e com os demais), ou seja, o comportamento, como é que está atuando na realidade da vida? Pe. José Ronácio Vieira da Silva, OMI.
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JUPIC
COPA DO MUNDO 2022 – UMA TRAGÉDIA
M
ilhares de trabalhadores morreram e morrem no Catar devido à exploração de mão de obra. Contam-se aos borbotões... Uns dizem que já morreram mais de seis mil; outros dizem que é muito mais... Os atestados de óbito apontam causas as mais diferentes, menos a real... E não há dia livre...um sábado por exemplo. A tragédia é ainda pior pois são muitos os jovens de países vizinhos ao Catar que foram para lá em busca de vida melhor para suas famílias. E lá ficarão para sempre... Falta um Karl Marx para apontar as atuais formas de exploração do trabalho.
GOVERNAR
É
mais que executar leis, administrar o dia a dia e manter a ordem. É definir obje- tivos, atender a demandas, desenhar planos e programas, e construir o futuro. Tudo isso foi negligenciado a partir de 2019. Temos partidos bilionários, porém miseráveis no bom trabalho democrático. Do alto de sua função institucional, caberia aos partidos a funda- mental tarefa pedagógica de preparação para a vida pública responsável, selecionando os vo- cacionados aos altos encargos do poder, afas-
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tando os desertores de predicados morais mínimos, ensinado cultura, economia e teoria política de rigor para, ao fim do processo formativo, gerar homens e mulheres capazes de externar pensamento crítico e bem compreender os complexos desafios contemporâneos. Os partidos deveriam: (1) selecionar os vocacionados aos mais altos encargos do poder; (2) afastar os desertores de predicados morais mínimos; (3) ensinar cultura, economia e teoria política; (4) gerar homens e mulheres capazes de externar pensamento crítico e compreensíveis para enfrentar os complexos desafios da contemporaneidade. É possível encontrá-los pelo país afora ?
MARIANA
N
este novembro tivemos a tragédia da barragem que se desfez em Mariana; matou 19 pessoas, inundou o rio Doce com rejeitos minerais ao longo de 660 km do rio. Alama deixou três povoados em ruína em Minas Geais e Espírito Santo, e provocou prejuízos em 40 municípios ao longo de 660 km do rio. Já se passaram sete anos e ainda há famílias lutando por indenização.
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Pe. Miguel Pipolo, OM.
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AGENDA OBLATA MARÇO 04 Ir. José Diemeson de M. Gomes 04 Ir. Iorbee Emmanuel 08 Pe. Armando Ferreira Gomes 10 Pe. Luís de Melo 11 Ir. Jhordan de Simone Lima 12 Pe. Wesley Soares de Araujo 12 Higor 15 Pe. Cleto Cox 16 Pe. José Valter Ferreira da Luz 16 Pe. Thomas Delaney 18 Ir. João Vitor Ferreira Barbosa 22 Pe. Cleber William Lopes Pombal
Aniversário (1986) Aniversário (1992) Aniversário (1957) Aniversário (1952) Aniversario (1994) Aniversário (1979) Aniversário Falecimento (1967) Aniversário (1959) Aniversário (1933) Aniversário (1995) Aniversário (1975)
ABRIL 03 Pe. Ricardo de Almeida 09 Ir. Geraldo Groenen 20 Pe. Eduardo Figueroa 24 Pe. George Schwenden 27 Pe. Carlos Francisco de Lucena 29 Pe. João Altino Barbosa
Aniversário (1980) Aniversário (1956) Aniversario (1933) Falecimento (1981) Aniversário (1971) Aniversario (1949)
DATAS OBLATAS 11 PRIMEIROS Votos de Santo Eugênio e Pe. Tempier (1816) 25 Dia em que St. Eugênio fundou Grupo de jovens Imaculada Conceição – JOMI para os dias de hoje.
ele não está mais aqui. ressuscitou!
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