EDITORIAL
Q
ueridos irmãos(as) em Cristo Jesus e que acompanham a missão dos Oblatos de Maria Imaculada da Província do Brasil, é com alegria que vos apresento a edição Novembro/Dezembro 2022 do nosso Informativo Nossas Notícias. E já adianto que vem recheada de muita coisa boa. Veremos como foram as celebrações que marcaram os Votos Perpétuos em São Paulo – SP, do Ir. George, OMI, e Ir. Geovani, OMI, e em Boa Vista do Gurupi – MA, do Ir. João Vitor, OMI. Depois traremos um pouco de como transcorreu também, a Semana Missionária e Ordenação Presbiteral do Pe. Rivaldo, OMI, em Vitória de Santo Antão – PE, e a Ordenação Presbiteral do Pe. Jefferson, OMI, em José de Freitas – PI. No mês de Setembro no Distrito de Palmeiral em Botelhos – MG, a leiga Regina tornou-se a primeira brasileira a receber do Superior Geral, Pe. Louis Lougen, OMI, o título de oblata honorária. Neste sentido, ela mesma partilha o que isso significou em sua vida. O Pe. Beto Mayer, OMI, escreve-nos uma bela reflexão sobre a espiritualidade do tempo natalino. Veremos como foi o “Dia Oblato do Distrito Sudeste”, no qual dentre outras coisas, tivemos o Pe. Miguel Pipolo, OMI, partilhando um pouco sobre os Capítulos Gerais passados.
Seguindo aquilo que a Igreja do Brasil fará, nossa Província também consagrou 2023 como Ano Vocacional. A esse respeito teremos uma reflexão do Animador Vocacional do Distrito Norte, Pe. Jefferson, OMI. Passado isso, teremos uma bonita reflexão de um Médico amigo do Pe. João Drexel, OMI, acerca do trabalho importantíssimo que a Associação Maria Helen Drexel desempenha a serviço dos menores necessitados. O Pe. Rubens Pedro Cabral, OMI, celebra neste ano seu jubileu de esmeralda de Ordenação Presbiteral, e tem passado pelos lugares onde trabalhou celebrando; neste sentido, traremos um pouco como foram as celebrações na Paróquia Santo Eugênio de Mazenod
– Diocese de Campo Limpo. Valorizando o lugar da liturgia na vida espiritual da vida da Igreja, o Santo Padre Papa Francisco, promulgou a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, cuja apresentação nos fará o Pe. Rodrigo Arnoso, CSsR. E por fim teremos as colunas fixas de Psicologia, Jupic e datas comemorativas. Concluo este Editorial desejando a todos os leitores(as) do nosso Informativo bimestral, uma excelente experiência de leitura e viagem pelo mundo oblato e seus últimos acontecimentos. Deus os abençoe e continue iluminando a cada um(a) na sua caminhada. Pe. Lindomar Felix da Silva, OMI. Provincial
EXPEDIENTE
OMI – NOSSAS NOTÍCIAS Tiragem: 1.000 exemplares | Edição: Grupo A REDE | Supervisão: Conselho da Província do Brasil Banco de Imagens: Adobe Stock | Contato: nossasnoticias@oblatos.com.br
O Jornal “OMI – Nossas Notícias” é uma publicação dos Oblatos de Maria Imaculada – Província Brasil, dirigida aos seus membros e leigos. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos seus autores e não representam necessariamente a opinião do jornal, de seus membros e da Congregação. É permitida a reprodução das matérias e artigos desde que previamente autorizada por escrito pela supervisão e com crédito em fonte.
OMI – PROVÍNCIA DO BRASIL
2
Rua Padre Marchetti, 596 – Ipiranga – CEP 04266-000 São Paulo, SP Tel.: +55 11 2063 3955
OBLATOS
www.omi.org.br MISSIONÁRIOS OBLATOS PROVÍNCIA DE MARIA IMACULADA BRASIL
PROFISSÃO PERPÉTUA
PROFISSÃO PERPÉTUA DOS IRMÃOS GEORGE LINS E GEOVANE PEREIRA, OMI
Ir. Herbesson Luiz, OMI.
www.omi.org.br
Imagens: Divulgação / WEB
N
o dia 20 de agosto foi realizado na capela Sagrada Família e Santa Paulina no bairro do Ipiranga-SP as 17: 00 horas, a Missa de votos perpétuos dos Irmãos George Lins e Geovane Pereira, OMI. A celebração foi presidida pelo padre Lindomar Félix da silva, OMI provincial da província Oblata do Brasil, e concelebrada pelos formadores do pós-Noviciado Santo Eugênio de Mazenod, padres Antônio Pereira e Sérgio de Santana, OMI. A celebração contou com a participação de vários fiéis, religiosos e religiosas, Oblatos e vários estudantes do Itesp. O Irmão George Lins recebeu a cruz que foi do padre Davi,OMI americano que doou toda sua vida como missionário em terras brasileiras. Já o Irmão Geovane Pereira recebeu a cruz que foi do padre Daniel,OMI Irlandês que também dedicou sua vida a evangelizar o povo de Deus em terras brasileiras. A vida religiosa é marcada pela profissão dos votos de pobreza, castidade obediência e no nosso caso enquanto oblatos também o voto de perseverança, realizados depois de um período de preparação que dura alguns anos, após a entrada no seminário ou convento. Após essa primeira profissão, segue-se uma sequência de votos temporários, quer dizer, profissões válidas por um ano. Nessa caminhada, em um determinando momento, o(a) religioso(a), se prepara para a sua Profissão Perpétua, que representa a adesão definitiva naquela ordem e congregação religiosa. Embora a primeira profissão marque para sempre a vida do religioso, a perpétua renova de forma decisiva o seu compromisso e seguimento a Deus e à Igreja. Rezemos por esses nossos irmãos para que sejam fiéis ao chamado que Deus lhes fez, sendo sinal do amor de Deus ao mundo, principalmente aos mais pobres e necessitados, no carisma de nosso fundador: Santo Eugênio de Mazenod, para o bem do povo de Deus e de toda a Igreja. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria Imaculada!
3
PROFISSÃO PERPÉTUA
PROFISSÃO PERPÉTUA DO IRMÃO JOAO VITOR FERREIRA, OMI FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA!
N
Imagens: Divulgação / WEB
o dia 27 de agosto do ano de 2022 aconteceu na Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro na Comunidade Nossa Senhora de Fátima | Vila 13 de Maio em Boa Vista do Gurupi MA a Santa Missa e Solene Oblação Perpétuo do Ir. João Vitor Ferreira Barboza, OMI. A Santa Missa contou com a presença da porção do povo de Deus da paróquia da cidade de Boa Vista do Gurupi e do município do Junco do Maranhão. Na presidência da Celebração o Padre Provincial Pe. Lindomar Felix, OMI e os padres daquela comunidade e da comunidade OMI do 40 horas PA. O irmão João neste ano de 2022 está presente em missão junto à paróquia citada acima de Boa Vista do Gurupi MA. Realiza os serviços de coordenação e animação do setor BR em especial a comunidade Nossa Senhora de Fátima na Vila 13 de maio, desempenha serviços junto a secretaria paroquial e em demais serviços pastorais junto às comunidades. Para a toda a Paróquia de Boa Vista do Gurupi MA esse momento de celebração animou ainda mais os corações perante as solenidades que marcam os 45 anos de fundação desta paróquia. Muitos momentos ainda estão por vir, mas, esse momento ficou também cravado em nossa história. Ainda no mês de novembro no dia 26 do corrente ano nos alegraremos com a Ordenação Diaconal do então Irmão João, OMI. Estendemos a todos o nosso convite para participarem desse momento de alegria e júbilo. Essa celebração também será transmitida pelas redes sociais de nossa Província Oblata do Brasil. Que Maria Imaculada interceda e acompanhe a vocação do Irmão João, OMI em sua jornada Missionária. E que o Senhor da messe continue chamando e animando nossos jovens para a missão OMI.
Pe. João Silvino, OMI.
4
www.omi.org.br
ORDENAÇÃO PRESBITERAL
DIA OBLATO
ORDENAÇÃO PRESBITERAL DO MISSIONÁRIO OBLATO JEFERSON
E
Imagem: Divulgação / WEB
sta é uma pequena síntese da experiência tão marcante. Foi grande a alegria para todos participar da ordenação do, agora então, padre Jeferson Miranda. Aconteceu no Piauí. Lá, alguns missionários foram acolhidos na casa da família por Dona Lurdes, mãe do padre Jefferson. Os demais membros da família também foram muito acolhedores. Iniciou-se a semana com os festejos da padroeira da cidade do missionário Jeferson, Nossa Senhora do Livramento. Foram feitas algumas visitas às casas, aos comércios, aos enfermos. Houve participação na organização da celebração de ordenação. Nessa preparação teve-se a oportunidade de convivência com os paroquianos da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, local escolhido para a celebração da ordenação presbiteral. Chegado o grande dia, no sábado, 14 de agosto de 2022, às 8h00min., a matriz de Nossa Senhora do Rosário, em José de Freitas - PI, aconteceu a ordenação sacerdotal do diácono Jefferson Miranda da Silva, OMI. O bispo ordenante foi Dom João Kot, OMI. A missa foi concelebrada por diversos presbí-
www.omi.org.br
teros. Contou com a presença de diáconos, formandos oblatos, leigos de outras localidades e, claro, da comunidade local. O lema de ordenação escolhido pelo Oblato Jeferson foi: “TENDE EM VÓS O MESMO SENTIMENTO DE CRISTO JESUS” (Fl 2,5). Após a ordenação, os jovens da Casa de Missão, juntamente com seus formadores, tiveram a oportunidade de ficar dois dias a mais. Eles aproveitaram para conhecer os lugares históricos da cidade piauiense. Dessa forma, esta missão foi muito importante para a etapa de formação, colaborando para a ampliação dos conhecimentos. Foi uma oportunidade alegre de se colocar em prática o carisma da congregação. Experimentou-se um pouco de tudo que foi tão marcante. Considera-se que foi um momento de muita profundidade e oração, onde se participou avidamente, se entregando de todo o coração à misericórdia de Deus. GRATIDÃO é o sentimento que fica. Paz e alegria! Jilvan Júnior Aspirante da Casa da Missão
DISTRITO SUDESTE REALIZA DIA OBLATO
“O
nível geral de governo inclui o Capítulo Geral e a Administração Geral. No espírito do Fundador eles asseguram que a Congregação permaneça fiel à sua missão e às exigências da vida religiosa. Garantem a nossa disponibilidade para as necessidades da Igreja toda” – C. 124 – CC&RR OMI. Nesta terça-feira, 23 de Agosto de 2022, aconteceu na Casa Provincial dos Oblatos de Maria Imaculada em São Paulo, a Reunião do Distrito Sudeste, que é conhecida como “Dia Oblato”. Participaram Padres e formandos. Assessorou o encontro o Pe. Miguel Pipolo, OMI, que explicou um pouco para nós, como foram os últimos Capítulos Gerais da nossa Congregação. Foi um momento muito rico de aprendizado, haja vista que estamos praticamente às portas do próximo Capítulo, o 37º da Congregação, marcado para começar no próximo dia 14 de Setembro. O encontro concluiu-se com o Provincial, Pe. Lindomar, OMI, partilhando a realidade atual da Província e presidindo a Santa Missa, seguida de um jantar e confraternização, gentilmente preparado pelo Ecônomo Provincial, Pe. Ednaldo, OMI. Que o bom Deus siga abençoando a caminhada missionária de nosso Distrito Sudeste.
Pe. Sérgio de Santana, OMI.
5
Imagens: Divulgação / WEB
ORDENAÇÃO PRESBITERAL
ORDENAÇÃO PRESBITERAL DO DIÁCONO RIVALDO TEIXEIRA DE CARVALHO, OMI. “EU SOU O BOM PASTOR” (JO 10,11)
E
ntre o dia 31/07 e 05/08 de 2022 aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São João Batista (Vitória de Santo Antão – PE) e na Paróquia Nossa Senhora dos Impossíveis (Pombos – PE), a missão em preparação para a ordenação presbiteral do Diácono Rivaldo Teixeira de Carvalho, OMI. Nesses dias, padres, seminaristas, pré-noviços e pós-noviços oblatos, juntamente com os leigos que vieram de várias regiões do Brasil e das paroquias citadas se uniram em missão pelas ruas e comunidades visitando as famílias. Foram dias de encontros, partilhas, peregrinação, comunhão entre as famílias, orações. Cada família visitada nos evangelizou de uma forma diferente, as histórias, lutas diárias nos fortalece e anima em nossas missões. Ficamos felizes com a dedicação das comunidades na preparação para ordenação do Diácono Rivaldo, OMI. Durante a semana tivemos partilhas no Rádio na cidade de Pombos, onde leigos, religiosos que vieram de outras realidades puderam partilhar sua experiência de vida missionária. Missas, proscrições, encontros com as crianças, formação, marcaram a semana missionária, que nos preparava para a ordenação no dia 06/08/22. Enfim, chegou o grande dia, o dia da entrega total do Diác. Rivaldo, OMI, como servo de Deus, disposto a tudo deixar por amor a Deus e, aos pobres. O tema escolhido para sua ordenação “Eu sou o Bom Pastor” lhe recordará sempre o cuidado que deve ter com os pobres, os mais excluídos da sociedade. Nas palavras do bispo ordenante “a finalidade da nossa missão é arrebanhar, congregar, reunir, animar, motivar” , eis o sentido oblativo de nossa vocação.
6
No dia 07 de agosto o Neo-Sacerdote Padre Rivaldo, OMI, presidiu a primeira missa na comunidade Nossa Senhora da Piedade, zona rural de Pombos, berço de sua caminhada vocacional. Foi um dia de muita alegria para sua família e amigos que viram crescer e dar passos na busca por uma sociedade justa e fraterna. Que Deus por intercessão de Santo Eugênio de Mazenod e Maria Imaculada conceda um ministério frutífero ao querido irmão Padre Rivaldo, OMI.
Ir. Geovani Pereira, OMI.
www.omi.org.br
OBLATA HONORÁRIA
REGINA JOSÉ DA SILVA RECEBE O TÍTULO DE OBLATA HONORÁRIA
F
www.omi.org.br
-Aos Missionários que estão em atividade e aos que nas limitações e fragilidades, são nossos intercessores através das orações e exemplos de vida. -Aos jovens, que estão ouvindo o chamado de Deus e respondendo com um convicto SIM. Estou com positiva esperança nesta nova geração. - Finalmente gratidão ao Pe. Lindomar pela iniciativa de me indicar e ao Pe Louis Lougen OMI, reverendíssimo Padre Geral por me conceder tão nobre título e homenagem.
E agora? Tenho a viva consciência de que sou Igreja e neste tempo de transformação, de desafios e desamor, Deus-Pai, sempre presente na minha vida, me enviou este sinal e deseja que eu leve avante este carisma, a doação aos pobres do Reino no estilo de Santo Eugênio de Mazenod aqui em Palmeiral e onde quer que eu esteja. Deus Seja Louvado! Regina José da Silva
Imagens: Divulgação / WEB
oi com surpresa, alegria e muita emoção que no dia 04/09/2022, 23º Dom. do Tempo Comum, numa festiva Celebração Eucarística na igreja matriz Santa Rita de Cássia – Palmeiral MG que recebi o título de Membra Honorária da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada. A Santa Missa foi presidida pelo Provincial do Brasil Pe. Lindomar Feliz da Silva OMI e concelebrada pelos padres José Milton dos Reis, Sergio de Santana OMI e Thomas Patrick O’brien OMI. Também estavam presentes o Irmão George Lins OMI (animador da celebração), os seminaristas Adriano Ramos Soares de Lemos Junior, Fábio de Sousa Lira e grande número de Paroquianos da cidade e Comunidades Rurais. Fiquei honrada por receber este título, afinal ao longo de minha história de vida, de minha formação integral, sempre contei com a presença amiga, carinhosa, orientadora... de um Missionário desta Congregação. Abençoado é o povo de Palmeiral, por sempre ter a presença destes irmãos neste pequeno Distrito, orientando a fé, exercitando a caridade através de grandes projetos sociais, sempre próximos ao povo, especialmente dos pobres, vivendo o carisma de Santo Eugênio de Mazenod. A palavra de ordem agora é GRATIDÃO: - A Deus por sua infinita bondade em conduzir os Oblatos à Palmeiral e aqui, com tanto amor, plantaram sementes do Céu em nossa história por mais de 70 anos. - Aos Missionários falecidos, Mensageiros da Saudade, que fizeram a diferença numa época de tanta pobreza e dificuldades.
7
NATAL
PARA UMA ESPIRITUALIDADE NATALINA ISTO VOS SERVIRÁ DE SINAL: VOCÊS ENCONTRARÃO UM RECÉMNASCIDO, ENVOLTO EM FAIXAS E DEITADO NUMA MANJEDOURA (LC 2,12).
O
Evangelho de Lucas aproxima Jesus dos pobres já pelas circunstâncias do nascimento. Jesus nasce no espaço sagrado dos últimos. A opção de Jesus de ser e viver como pobre e depois, assumir sua opção pelos últimos da sociedade, vem desde os preparativos de seu nascimento: Jesus nasce fora de casa; nasce como os que não têm casa; é acolhido por aqueles que estão na mesma situação dele. De um nascimento simples, à margem da vida, na total e mais absoluta pobreza, brotou uma nova profecia: a espiritualidade de Jesus de Nazaré é a partir do último lugar da sociedade. Foi no mundo do povo pobre tentando sobreviver na sociedade da elite que Jesus plantou seu sonho e pequeno projeto missionário: ser fermento na massa – fermento de uma nova maneira de ver a realidade e abraçar o caminho das bem-aventuranças. O OLHAR NATALINO A PARTIR DA MANJEDOURA
Natal é um sacramento da encarnação de Jesus no coração da humanidade. Lucas nos dá uma pista muito bonita para um encontro orante com Jesus. Isto vos servirá de sinal: vocês encontrarão um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura (Lc 2,12). Nem sempre o Natal é para nós, discípulos e discípulas de Jesus, um tempo de retomada das nossas opções pelo pequeno projeto de Jesus – projeto de justiça, compaixão e mansidão - provado pela Cruz dos pobres! A pequenez evangélica fundamenta-se na maneira de ser do próprio Deus, manifestada na pessoa de Jesus de Nazaré: Ele tinha condição divina e não considerou o ser igual a 8
ser uma imagem de vida evangélica. Toda vida deve se tornar uma pregação viva, um pequeno reflexo de Jesus, que faça ver a Jesus, algo que brilhe como uma imagem de Jesus. O OLHAR DO MENINO JESUS
Deus como algo a que se apegar ciosamente. Mas esvaziou-se a si mesmo, e assumiu a condição de escravo; humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz (Fl 2,1-11). Jesus fez-se pobre, humilde, despojado - o pequeno e menor - e ensinou a seus discípulos e discípulas esse modo de ser. A palavra pequenez significa humildade, serviço, despojamento, simplicidade. Opõe-se a poder, prestígio, fama, status, aparência! A pequenez faz-nos solidários com os últimos da sociedade. São Carlos de Foucauld, escrevendo aos Irmãozinhos de Jesus, mostrou um caminho de oração a partir do presépio: Diante da manjedoura leiamos sempre amorosamente o Evangelho aos pés do Bem-Amado deixando que Jesus nos fale de si mesmo. É preciso que tratemos de impregnar-nos do Evangelho de Jesus, lendo e relendo, meditando sem cessar suas palavras e seus exemplos para que eles marquem nossas vidas como a gota d’água que recai sobre uma pedra sempre no mesmo lugar. É preciso ler e reler sem cessar o Evangelho a fim de pensar, falar e agir como Jesus. Toda a nossa vida, todo o nosso ser deve gritar o Evangelho. Toda a nossa pessoa deve respirar Jesus, todos os nossos atos e toda a nossa vida devem gritar que somos de Jesus, devem
Natal é um tempo agraciante para reaprender a olhar. O olhar de Jesus a partir da manjedoura se focaliza no submundo dos pobres abandonados e menos amados que estão nas ruas como povo sofredor com fome e sede de mais vida (Mt 25,31-45). Como Jesus, somos convidados a sair do nosso pequeno mundo para consolar, secar as lágrimas, anunciar a justiça, vingar a paz e salvar vidas. É o que Jesus chama de amor, pois tudo nele respira paz, amizade e ternura e tem um sabor de fraternidade. Jesus vem como menino – indefeso e necessitado de nossa ajuda. O olhar de Jesus faz acontecer o novo olhar que nos recria e abre um futuro novo onde a comunhão fraterna seja o caminho de vida. É um olhar sem rancor e sem julgamento; um olhar que sonda a verdade, despertando nossas consciências, sacudindo as velhas estruturas, derrubando os muros da separação e da violência. Queremos, como Jesus, ver-nos livres para amar e viver à maneira dele. Jesus vem iluminar nossos olhos com a sua luz, como rezamos no Salmo 36,10: Na luz de Jesus, vemos a Luz. Jesus pede somente o nosso amor. Para isso ele nos convida a refletir e rezar seus sentimentos, pensamentos e sua vontade para aprendermos a viver com ele e a praticar com ele a compaixão solidária. Isto vos servirá de sinal: vocês encontrarão um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura (Lc 2,12). A festa de Natal nos convida ao recolhimento contemplativo para saboreamos sua www.omi.org.br
verdadeira mística e missão. Jesus, embora fosse rico, se tornou pobre por causa de você, para com a sua pobreza enriquecer a vocês (2Cor 8,9). O OLHAR DOS PASTORES
Lucas apresenta os pastores como os queridos escolhidos do anúncio do nascimento de Jesus. Assim, os pastores que precisavam vigiar e tomar conta dos rebanhos, mesmo à noite, estavam também vigilantes e ansiosos de tempos novos, de tempos de graça e libertação. A vigilância é uma virtude básica para os que querem ver o Reinado de Deus – a construção da verdadeira fraternidade universal. Na visita o Menino Jesus, houve uma identificação mútua: Jesus se identifica com os pastores, e eles com ele. Tudo acontece porque entre os pastores e o Menino Jesus não há distância. Estavam juntos neste novo espaço sagrado! Era a vez dos pobres e dos pequenos. Os pastores representam uma comunidade de pobres vista como os últimos da sociedade. Essa nova comunidade dos pastores com a família de Nazaré faz a experiência de fé e reconhece, glorifica e anuncia que Deus lhe foi revelado na sua misericórdia e compaixão. Jesus recebe a primeira adoração no espírito e na verdade pelos pobres pastores. Para Jesus nossos espaços fraternos são pequenos santuários, onde podemos crescer na dinâmica do amor: louvar em espírito e verdade (Jo 4,24) e amar como somos amados por Jesus (Jo 13,34-35). O OLHAR DOS TRÊS MAGOS
Na contemplação da visita dos três reis magos (Mt 2,1-12), somos convidados a percorrer novos caminhos, seguir as estrelas e encontrar Jesus com Maria e José, para proclamar a chegada de Jesus como nosso irmãozinho que vem libertar o mundo. Queremos com os magos aprender a olhar para um novo sonho natalino que faz brilhar tempos melhores. Seguir o brilho das estrelas é descobrir os caminhos da verdadeira paz. Guiados pela estrela, queremos ir ao encontro de Jesus nascido pobre, sair em busca de nossos desejos e sonhos e percorrer outros caminhos, construindo um mundo melhor. A palawww.omi.org.br
vra estrela vem da língua zenda e quer dizer desejo, sonho, expectativa. É uma palavra que nos lança para buscar mais vida, mais esperança, mais libertação. Seguir o desejo ou o sonho é seguir uma estrela. Seguir uma estrela é estar seguindo uma orientação interior para saber para onde se vai, para conhecer o rumo de sua vida. Maria e José, junto com o povo Nazareno acolherem Jesus como uma nova luz que brilha no horizonte. Jesus será a inspiração que guia suas vidas daqui para frente. Os magos compreenderam que esse caminho não passa pelo palácio ou pelo templo, mas pelas grutas, pelas periferias, pelas margens da sociedade – pelo mundo dos mais pobres! Como eles, seguimos a estrela que nasce no horizonte de nosso coração. Ela nos conduz por caminhos novos até Jesus, o Pobre e Manso! Os presentes dos magos são símbolos da oblação que todos nós somos convidados a oferecer a Jesus. Basta levar à manjedoura e entregar a Jesus a realidade da nossa vida: o ouro simboliza todo o nosso amor humano, nossa afetividade, nosso desejo de amar e ser amado; o incenso simboliza nossas motivações, aspirações, sonhos, nossa espiritualidade e mística, nossos dons e carismas; a mirra faz lembrar a nossa dor, as feridas e machucaduras da vida, doenças, enfermidades, sofrimentos, angústias, dúvidas - enfim, a nossa cruz de cada dia. Num mundo neoliberal onde o Natal se transformou em sacramento do lucro, festa máxima da religião do mercado, é preciso que encontremos novas formas de resgatar o sagrado deste tempo, afirmando profeticamente a esperança. Todas as esperanças! As esperanças são também coletivas: é o sonho do povo por justiça e paz. É também o desejo da terra, porque a criação abriga a esperança, ela também será libertada do jugo a que foi submetida; a criação geme e sofre em dores de parto até agora e nós também gememos em nosso íntimo esperando a libertação (Rm 8,18-23). CELEBRAR NATAL
Natal é sacramento do Verbo Encarnado! Não é simplesmente uma
festinha de aniversário para comemorar mais um ano a mais do nascimento de Jesus. É que os ícones atuais do Natal do Papai Noel, do pinheirinho, das guirlandas verde-vermelhas tomaram o lugar do grande festejado. Muitas pessoas já nem sabem o significado desta festa; sabem apenas que é um dia anual para ganhar presentes. Quanto distanciamento do mistério que celebramos! Celebrar Natal - é tempo de nascer. A palavra natal vem da palavra latina natus, que significa tempo de nascer. Tempo para lembrar o eterno renascer da natureza com motivação para um permanente renascer interior. Pensando neste contexto, Natal representa o início do nosso momento de amor e graça. Encarnando o Natal neste espírito, bastaria uma atitude de recolhimento. E que esta reflexão se traduza em paz interior, solidariedade para o próximo e mais respeito para com a natureza. Celebrar Natal – um convite a mudança no olhar. Quem sou eu para Jesus? Como sou para Jesus e para minha família ou comunidade? Como quero ser para viver como uma pequena luz natalina para iluminar o povo que ainda vive nas trevas dos conflitos, das crises, dos confrontos difíceis? Para prepararmos para uma verdadeira celebração do Natal de Jesus, podemos repensar e rezar: Celebrar Natal – a coragem de ser diferente! Como vamos celebrar o Natal? Diante da pobreza vivida pela maioria da humanidade, como vamos abraçar um Natal dentro de uma economia solidária? Temos coragem de sermos diferentes e viver com mais austeridade, simplicidade e coerência? Coragem de deixar de lado a comercialização e consumismo da festa? Como seria bonito fazer uma festa que realmente celebra a pessoa e missão de Jesus hoje e não entrar na fúria consumista nem na idolatria materialista. Celebrar Natal – tempo de viver como pequenos Evangelhos Vivos! Meu abraço fraterno e natalino. Pe. Beto Mayer, OMI.
9
FORMAÇÃO
FORMAR-SE PARA E A PARTIR DA LITURGIA EM VISTA DE UMA AUTÊNTICA VIDA CRISTÃ: UMA URGÊNCIA DA PASTORAL LITÚRGICA
O
Imagem:collectionapi.metmuseum.org
Pontificado do Papa Francisco tem sido marcado por muitos pronunciamentos sobre a vida litúrgica da Igreja. Como sabemos ele é filho do Concílio Vaticano II, por isso, os seus discursos sobre a liturgia da Igreja, buscam sempre colocar em relevância, os princípios indicados pela Sacrosanctum Concilium, no que se refere a promoção da reforma e restauro da lex orandi da Igreja. A intenção do pontífice é mostrar que em tempos em que muitos criticam o caminho percorrido pela comunidade eclesial em favor da reforma litúrgica, a urgência que se apresenta a nós é de uma formação para e a partir da liturgia, em favor de uma autêntica vida cristã. No bojo dos pronunciamentos do bispo de Roma, encontra-se expresso o desejo pela promoção de uma vida litúrgica compreendida como uma fonte inesgotável de espiritualidade cristã. Neste ano Francisco presenteou a Igreja com dois importantes do-
10
cumentos que se debruçam sobre a vida litúrgica da Igreja. O primeiro foi a Carta Apostólica, em forma de Motu Proprio Traditiones Custodes e o segundo é uma Carta Apostólica Desiderio Desideravi. O primeiro documento busca normatizar o uso da liturgia anterior a reforma litúrgica engendrada à luz das reflexões conciliares, em 1970, mostrando que na Igreja existe um único missal, que testemunha uma única lex orandi, em constante processo de amadurecimento. Já o segundo documento testemunha a necessidade da formação litúrgica de todo o povo de Deus, a fim de que todos os membros do corpo de Cristo, possam participar de uma forma ativa, consciente, plena e frutuosa da liturgia. A publicação destes dois documentos evoca a riqueza das reflexões sobre a vida litúrgica da Igreja, construídas ao longo dos quase 60 anos de existência da Sacrosanctum Concilium. Em tempos hodiernos faz-se urgente resgatar os ensinamentos do Vaticano II, sobretudo no que se refere a vida litúrgica da Igreja. Pois assistimos nascer no seio de nossas comunidades, em tempos hodiernos, grupos que tendem a retornar a práticas litúrgicas, que no decorrer da história da Igreja, foram revistas, pois já não mais auxiliavam na promoção da celebração e atualização do Mistério Pascal, por conseguinte já não contribuíam, para que a comunidade cristã encontrasse nas ações litúrgicas, uma fonte perene de
espiritualidade, em vista da vivência de uma autêntica vida cristã. Ao pensar a reforma e restauração da vida litúrgica da Igreja, os padres conciliares indicaram que não bastava revisar e propor novos ritos e preces para a comunidade eclesial. Fazia-se urgente formar o povo de Deus, para um novo modo de viver a liturgia da Igreja. Neste sentido a Carta Apostólica Desiderio Desideravi, que trata da formação litúrgica do povo de Deus vai chamar a nossa atenção, para uma formação mistagógica para e a partir da liturgia. Sobretudo, colocando em evidência o papel da Pastoral Litúrgica, muitas vezes compreendido erroneamente, como apenas um grupo para preparar as celebrações Eucarísticas ou celebrações da Palavra que acontecem em nossas comunidades. Enquanto toca a ela auxiliar a comunidade cristã e apontar caminhos para um salutar envolvimento de todos os membros do corpo de Cristo, nos atos litúrgicos da Igreja. Em Desiderio Desideravi somos convidados em primeiro lugar a contemplar a beleza e a verdade da liturgia. Toda ação litúrgica é realizada por Jesus, em unidade com a sua Igreja. Por isso, as ações litúrgicas testemunham a comunidade que aí se reúne, para prestar um culto ao Pai, por meio do Filho, no Espírito. Este documento nos ajuda a superar um rubricismo e esteticismo, que mantam o espírito da liturgia. Em segundo lugar Francisco nos convida a pensar sobre a necessidade da formação litúrgica do povo de Deus. Faz-se mister iniciar os membros do Corpo de Cristo na linguagem simbólica da liturgia. Aqui devemos ressaltar que a formação deve se dar para e a partir da liturgia. Sendo assim, desde o tempo do seminário aqueles que aswww.omi.org.br
piram a vida presbiteral devem desenvolver a consciência que é toda a Igreja, membros e cabeça que celebram. Todo o povo de Deus deve ser capacitado para compreender a linguagem da liturgia, que é lugar de encontro com Cristo. Na continuidade da reflexão, o documento vai ressaltar a importância da ars celebrandi. Neste terceiro ponto encontramos a chave para a promoção de uma participação consciente, plena e frutuosa do povo de Deus na liturgia. Aqui o documento ressalta as funções fundamentais de quem preside a assembleia e seus demais membros. Chama a atenção para as atitudes que engessam a liturgia e o
excesso de criatividade, que acaba esvaziando o mistério que somos convidados a celebrar e atualizar. Assim sendo, mais que formação técnica e racional a ars celebrandi é um mergulho no espírito da liturgia, nos deixando formar pelos textos e gestos litúrgicos. Desiderio Desideravi é um pertinente convite a toda a comunidade cristã a viver a liturgia, como momento oportuno de atualização da história da salvação. Desse modo, faz-se necessário vencer a tentação de querermos voltar atrás, no processo de renovação da vida litúrgica da Igreja. Hoje mais do que nunca precisamos recuperar o que nos ensina a Sacrosanctum Concilium:
liturgia é participação no ministério sacerdotal de Cristo, em vista do culto a Deus e a santificação dos homens. A liturgia será hoje e sempre fonte e cume de toda à vida cristã.
Pe. Rodrigo José Arnoso Santos, CSsR. Missionário Redentorista, presbítero. Mestre em Sagrada Liturgia pelo Ateneu Santo Anselmo de Roma e Doutorando em Teologia pela PUC-SP. Professor no ITESP e UNISAL.
ANO VOCACIONAL
“UM CORAÇÃO PEREGRINO EM MISSÃO”: UM ANO VOCACIONAL OBLATO
www.omi.org.br
C
ertamente o Espírito continua a soprar novos ares sobre a Igreja no Brasil. Um sinal visível disso é o fato acontecido em abril deste ano, na 58ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ocasião em que se aprovou, por unanimidade, a realização do terceiro Ano Vocacional na Igreja do Brasil, a ser celebrado de 20 de novembro de 2022 a 26 de novembro de 2023, com o seguinte tema: “Vocação: graça e missão” e “Corações ardentes, pés a caminho” como lema. Pode-se considerar que uma das intenções do Ano Vocacional é poder despertar a Igreja para a reflexão de que, como o próprio tema e lema mostram, o chamado de Deus à uma vocação é graça. E que o acolher de tal graça é capaz de fazer arder muitos corações, assim como ardiam os corações dos discípulos de Emaús, até que os pés possam se colocar a caminho, em missão. E esta bela iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil mostrou-se como inspiração para nossa família religiosa dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, desta Província brasileira. Assim, sentindo-se inspirada pelo terceiro
Ano Vocacional da Igreja no Brasil, lançará, também, um Ano Vocacional, aqui, que terá como tema: “Um coração peregrino em missão”. Este Ano se estenderá do dia 8 de dezembro de 2022 ao dia 8 de dezembro de 2023. Temos a certeza de que este Ano Vocacional continuará despertando em nós a consciência de que há uma diversidade de vocações, cada uma com sua importância na propagação do carisma deixado por nosso fundador, Santo Eugênio de Mazenod. Por isso somos agradecidos por nossos missionários (clérigos e irmãos), formandos, juventude e leigos Oblatos de Maria Imaculada, vocacionados e todos aqueles que, com generosidade, vivem conosco este carisma. Que este Ano Vocacional continue nos fazendo irmãos, Família Oblata; nos unindo sob o mesmo espírito, como verdadeiros corações peregrinos. Corações capazes de – após se tornarem ardentes pelo encontro com o Senhor – se colocarem em missão. Pe. Jefferson Miranda da Silva, OMI.
11
Imagem: Globo.com e omi.org.br
JUBILEU ORDENAÇÃO
JUBILEU DE ESMERALDA DE ORDENAÇÃO SACERDOTAL DO PE. RUBENS PEDRO CABRAL, OMI
P
e. Rubens Pedro Cabral, OMI completará no próximo mês de Outubro 40 anos de vida sacerdotal. Em oração sentiu-se inspirado a celebrar seu Jubileu de Esmeralda peregrinando pelas 16 comunidades pelas quais passou e ofertou sua vida em missão nestas últimas quatro décadas. Formado em filosofia, teologia e psicologia, Pe. Rubens foi Provincial dos Oblatos de Maria Imaculada e Coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil, foi pároco nas periferias de São Paulo durante 27 anos, dos quais 13 anos foram dedicados à Paróquia Santo Eugênio de Mazenod, na forania MBoi Mirim, da qual foi o primeiro pároco e permaneceu até 2011. Neste mês de agosto, seis das sete comunidades da Paróquia Santo Eugênio de Mazenod, fundadas no tempo em que foi pároco, acolheram as celebrações eucarísticas em ação de graças ao seu jubileu. Todas as celebrações foram marcadas por muita emoção. O povo fez questão de vir ao seu encontro e celebrar em conjunto. Com alegria, partilharam sobre suas vidas e o atualizaram sobre seus familiares e lutas diárias. Dom Luiz Antônio Guedes, bispo diocesano em exercício e Monsenhor Luis Carlos Parede, junto com Pe. Eduardo de Assis, OMI, concelebraram a missa presidida pelo aniversariante, no dia 14 de agosto, na Comunidade Santo Antônio. Pe. Eduardo Assis, OMI, testemunhou que antes de se tornar irmão e missionário na mesma congregação que Pe. Rubens, o conheceu em uma de suas muitas formações sobre sexualidade e afetividade para as juventudes, em 1991, e desde lá, teve sua vida alcançada por sua oferta. Monsenhor Parede destacou que desde os tempos de Dom Emílio, primeiro bispo diocesano, a contribuição bastante frutífera de padre Rubens nas reuniões do clero e na organização da Pastoral Familiar. bDom Luiz enfatizou que
12
fez questão de participar desta celebração como forma de manifestar sua profunda gratidão por toda assistência, disposição e colaboração do Padre Pedro junto à formação diocesana de novos diáconos e presbítero durante seu ministério enquanto bispo diocesano. Nas celebrações, Pe. Pedro fez questão de destacar os testemunhos que carrega em seu coração, das vivências junto a essas comunidades, e quão enriquecedoras foram as amizades construídas ao longo dos anos. Em cada comunidade foi fazendo memória das pessoas e famílias que apoiaram o desenvolvimento de cada comunidade. “Naquele tempo não tínhamos a PASCOM presente ainda na paróquia, para apoiar no registro de toda essa caminhada, mas aos poucos essa história vai sendo resgatada e preservada” e destacou o quanto é importante que na família, nas comunidade e também os sacerdotes adotem um olhar e uma postura que destaquem os tesouros de cada núcleo, seja o familiar ou o comunitário. “É importante destacar as qualidades, virtudes, grandezas e belezas das comunidades e das famílias”. Sabendo da generosidade do ponto Padre Rubens Pedro indicou que aqueles que quisessem presenteá-lo em virtude do jubileu que o fizessem doando alimentos para apoiar o trabalho com os pobres através de cada comunidade. Nestas 6 celebrações foram arrecadados mais de meia tonelada de alimentos destinados às quatro conferências vicentinas da paróquia Santo Eugênio de Mazenod. Até o mês de outubro serão ao todo 16 celebrações. Aqui em nossa diocese a última celebração será no dia 09 de outubro as 17h na Paróquia Senhor Bom Jesus de Piraporinha - Forania M’Boi Mirim - paróquia onde Padre Rubens Pedro foi ordenado em 1982. Fonte: PASCOM da Paróquia Santo Eugênio de Mazenod – Diocese de Campo Limpo e https://dcl.org.br/ www.omi.org.br
ASSISTÊNCIA SOCIAL
A
GENTE PEQUENA
história da Associação Maria Helen Drexel me foi apresentada, nos idos de 1978, pela senhora Cléo, esposa do Dr. Boris Barone, amigo e meu professor na Escola Paulista de Medicina, onde me formei médico em 1974. Conheci então o Padre João Drexel, idealizador da Associa’cão e soube de suas passagens e aventuras aqui no Brasil. Já com a especialização em Pediatria e comungando os mesmos ideais e esperanças, desde então nos tornamos amigos e irmãos de coração. Assim comecei a atender seus meninos do Primeiro Lar em meu consultório pediátrico n a Vila Mariana. Alguns deles permanecem vivos na minha memória, como o Andrigo, o Cassius, o Eduardo, o João, o Renato e o Rafael. Guardo comigo, ainda, os presentes afetivos que recebidesses meninos, hoje homens feitos. Além dessa atividade assistencial tivemos várias passagens humanas e pitorescas. Em 1980, como Coordenador de Ensino Médio do HospitalUmberto I - Matarazzo, pude reccrutar meus Residentes para um trabalho de Pediatria Social na Comunidade do jardim das Embuias, Santo Amaro, São Paulo, onde o Padre João trabalhava. As crianças e familiares eram atendidas por mim, por Preceptores de Ensino e pelo grupo de Residentes, em um galpão adaptadoe improvisado com o Ambulatório Médico. Esta atividadeextra hospitalar enriqueceu o carátere a experiência desses jovens profissionais de saúde. Nesse mesmo galpão, meu filho Fábio, nascido em 1980, foi batizado pelo Padre João, com a participaçãoativa e carinhosados amigosconquistadosna comunidade. Dentre nossas aventuras, organizamoso atendimentomédicocom participaçãode meus Alunos e Residentes num acampamentoerguido clandestinamenteno Parque Ibirapuera em São Paulo. Muitas das crianças, acampadascom seus familiares, foramorientadas e tratadasde problemasrespiratórios, diarreias e outras comorbidades. Numa das vezesencontramoso Senador Suplicy, importanteapoio à essas causas e que havia, inclusive, dormindo numa das barracas do acampamento paramentado de pijama e tudo o mais. Com tantas estórias e experiências vividas nestes 44 anos de convívio fraterno, tenho no João um amigo da família, verdadeiro companheiropara todasas horas. Guardo com emoção e gratidão todos os momentos vividos na Associação e desejoque permaneçamos seus ideais por outros 49 anos.Por fim, meus agradecimentos pela oportunidade de ter participado e convivido com pessoas maravilhosas que conheci ao longo dos anos na Associação Maria Helen Drexel. Abraço e beijo a todos. Prof. Dr. Domingos Palma www.omi.org.br
13
PSICOLOGIA
VIOLENCIA INTRAPSIQUICA A PESSOA MANIFESTA CONSCIENTE E INCONSCIENTEMENTE
V
viu e escutou ao seu redor. Há vários tipos de violência que não serão abordados nesse artigo, trago somente uma maneira de sabermos que a violência é uma ação praticada pelo sujeito consciente ou inconsciente. O melhor de tudo é tomar consciência quando a ação provinda do pré-consciente ou inconsciente quando o sujeito diz: eu não sei o motivo pelo qual eu fiz isso, vê-se que encontra no sistema do inconsciente. Nas duas situações, o melhor é buscar apoio de um profissional da área, um psicólogo. ESTUDOS DA NEUROCIÊNCIA
As bases neurais do comportamento violento têm sido consistentemente estabelecidas nos últimos anos, onde regiões cerebrais e neurotransmissores, bem como as suas ligações com diversos genes, hormônios e transtornos psiquiátricos, têm sido estudadas por psicólogos, neurocientistas, médicos, entre outros. Dentre as estruturas corticais, o Córtex Pré-Frontal (CPF) é a região cerebral mais amplamente associada com a agressão impulsiva e a violência em humanos. Homens com Transtorno de Personalidade Antissocial têm mostrado alterações no Córtex Orbitofrontal, no Córtex Cingulado Anterior (CCA), na Ínsula e na Amígdala. Similarmente, pacientes com Transtorno de Personalidade Borderline e Transtorno Explosivo Intermitente também apresentam características de funcionamento atípico nessas regiões. Estudos de neuroimagem têm confirmado uma disfunção e redução no volume do COF, CCA e CPFvm em pessoas com comportamentos agressivos e violentos. Violência deixa registro, marca, trauma e tristes lembranças, se não for trabalhada, por todo o sempre.
Pe. José Ronácio, OMI.
Imagem: satura_ / Adobe Stock
iolência é definida pela Organização Mundial da Saúde como “o uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação”, embora o grupo reconheça que a inclusão de “uso do poder” em sua definição expande a compreensão convencional da palavra. Ela se manifesta de diversas maneiras, porém o caminho dela se encontra no inconsciente. Ela começa bem cedo, desde a primeira infância, ou até mesmo no período da vida ultra interina, ou seja, a gestação. O inconsciente da criança capta todas as mensagens, estende-se ao longo do desenvolvimento humano. Quando adulto, ela se manifesta nas mais diversas expressões no comportamento do sujeito, no viés do inconsciente. Terá momentos de expressões e momentos de reminiscência, a memória vai explicitando na fase da vida. A violência intrapsíquica não significa que foi o sujeito que a praticou, ela foi praticada por terceiros e introjetada no inconsciente da pessoa sem que ela mesma tenha se percebido, isto ocorreu ou ocorre no processo de toda vida da pessoa, desde a gestação até adultez, na vida adulta. Freud descobriu duas tópicas do aparelho psíquico. A segunda tópica se refere a três instâncias que denominou de ego, superego e ide. A primeira tópica se refere ao inconsciente, consciente e pré-consciente. Quando esse sistema se encontra em conflito interno, ocasiona um sofrimento psíquico, muita gente fala que o psicológico está sofrendo. Vejamos como é interessante quando as três se encontram em desarmonia ou foram desarmonizadas no processo do desenvolvimento da pessoa, por vários motivos, ou razões, podendo ter sido por fatores internos, diretamente ou por externos. Em vários casos o acontecido já foi instituído no inconsciente da pessoa desde bem antes do nascer, através do gestos, falas que
14
www.omi.org.br
JUPIC
A DEMOCRACIA É A PIOR FORMA DE GOVERNO, A EXCEÇÃO DE TODAS AS DEMAIS – WINSTON CHURCHILL
O
presidente não entendeu a natureza política mais abrangente da carta em defesa da democracia. Assim como não entendeu até hoje a natureza da onda disruptva que o levou –para própria surpresa- ao Palácio do Planalto. O PT também não havia entendido a natureza dos movimentos de protesto de 2013, e pagou por isso um preço alto em 2016. Em cada uma dessas ocasiões (2013, 2016 e 2018), o solavanco foi causado por movimentos de elites descontentes talvez consigo mesmas. É o que está acontecendo agora. A sensação é a de que o Brasil está se desfazendo em pedaços, sem que as eleições sinalizem como juntar os cacos. Ao contrário, elas evidenciam o triunfo do regionalismo, Tanto Lula como Bolsonaro se apresentam como líderes nacionais, mas é só no nome. O presidente acha que os eventos pró-democracia são contra ele, o que não é. Em 11 de agosto será lida uma Carta na Faculdade de Direito da USP. É essencial defender o que temos de democracia no Brasil. Mas é ilusório supor que ela tenha atingido um está- gio superior. Em 2013, ela foi sacudida por manifestações que até hoje não conseguimos interpretar bem. Mas a intensidade e a extensão do movimento pelo país afora apontavam para grandes deficiências que não foram satisfeitas. Ao contrário, parece que se agravaram com a escolha de Bolsonaro. Nos movimentos de rua da época havia uma demanda por
www.omi.org.br
serviços públicos decentes. De lá para cá, apesar da boa performance do SUS durante a pandemia, nada melhorou. A edu- cação foi para o espaço, com a escolha de ministros dedicados à guerra cultural ou a conchavos com pastores. Mesmo a saúde, colocada à prova, revelou indícios de corrupção e uma verda- deira batalha para um governo negacionista se dispusesse a comprar as vacinas. Também as demandas de combate à corrupção foram supultadas. De lá para cá, o que se viu foi um recuo em todos os níveis. Recuo na forma de leis, como a da improbidade administrativa ou mesmo a que desqualifica o uso de celular como prova de crimes. O mais importante nesse campo, sem dúvida, foi a adoção de um orçamento secreto.. é o instrumento mais suspeito da história recente do Brasil, e, no entanto, foi praticamente naturalizado; uma tragédia. O Supremo pouco conseguiu no sentido de trazer luz a estes gastos pa- roquiais que detém a parte do leão no orçamento nacional. Os movimentos de rua de 2013revelaram, principalmente, uma grande distância entre as pessoas e seus representantes. De um modo geral, políticos eram vaiados como uma puni- ção por seu alheamento aos problemas reais. Não há dúvida de que Bolsonaro se aproveitou do desgaste do processo, das lacunas do campo da democratização, inclusive no campo da segurança pública, no qual se apresentou
como a única alternativa, apesar de equivocada. O que aconteceu depois do esgotamento da experiência da democratização foi apenas uma falsa renovação na política brasileira. Com suas características populistas, Bolsonaro trou- xe uma bancada inepta para a Câmara, parlamentares que foram eleitos apenas por terem co- lado sua imagem à dele. O que era considerado a raiz do fracasso do chamado presidencicialis- mo de coalizão –o toma lá, dá cá- acabou se fortalecendo com o franco domínio do Centrão, que praticamente tomou as rédeas do governo, incluindo os postos-chaves, além de grande parte do dinheiro público. Os partidos políticos, tão criticados nas ruas de 2013, transitaram de eleições financia- das por empresários para o uso de recursos do Estado. E não foram nada modestos ao defini- rem um fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões. Nada disso torna menos importante a defesa do Esta- do de Direito e da democracia. Nunca entendemos bem o que aconteceu em 2013. O que não significa que deixemos de nos esforçar para compreender aquilo que pode ser realmente um novo passo, uma defesa da estabilidade e sobrevivência da democracia brasileira. Pe. Miguel Pipolo, OM. 15
AGENDA OBLATA
NOVEMBRO 11 13 18 22 25 27 30
Pe. Marcos José Lima Cleiton Pe. Francisco Reardon Douglas Pe. Arlindo Silva Moura Pe. Macário Francisco de Souza Pe. Fernando A.. M. dos Santos
Aniversário (1962) Aniversário Falecimento (1999) Aniversário Ordenação (2000) Aniversário (1972) Ordenação (2013)
DEZEMBRO 02 05 07 08 08 08 08 08 09 10 15 14 15 15 17 19 19 22 27 29 29 29
SIGA @oblatosdemariaimaculada
NO INSTAGRAM
Pe. Paulo Joanil da Silva Hebersson Pe. Antonio Borges Mesquita Pe. Geraldo Levron Pe. Antonio Kleber G. de Farias Pe. Armando Ferreira Gomes Pe. Antônio Pereira Sobrinho Pe. Lindomar Felix da Silva Pe. Sérgio de Santana Pe. João Altino Barbosa Pe. Pedro Paulo Santos Pe. Marcos José de Lima Pe. Eduardo de Assis Santos Ir. Jefferson Miranda Pe. Bernardo Colgan Pe. Thomas O’Shea Pe. Vicent Inalegwu Isa Pe. Macário F. de Souza Pe. Roberto Fitzpatrick Pe. Thomas O’Sea Pe. Paulo Joanil da Silva Pe. Jaime Sulivan
Ordenação (1963) Aniversário (1985) Ordenação (1985) Aniversário (1934) Ordenação (2017) Votos Perpétuos (1987) Votos Perpétuos (2007) Votos Perpétuos (2007) Ordenação (2017) Ordenação (1981) Ordenação (2004) Ordenação (1996) Aniversário (1970 Aniversário (1986) Ordenação (1967) Ordenação (1965) Aniversário (1985) Ordenação (2007) Aniversário (1938) Aniversário (1938) Primeiros Votos (1974) Falecimento (2001)
DATAS OBLATAS 03 Canonização de Santo Eugênio de Mazenod (1995) 21 Ordenação de Santo Eugênio de Mazenod (1811) Chegada dos Irlandeses em Goiás (1962)
o melhor presente de natal TRIIIMMM M
M TRIIIMM
M
OMI – NOSSAS NOTÍCIAS
COORDENAÇÃO DESTA EDIÇÃO Pe. Sérgio de Santana, OMI.
Ir. George Lins, OMI.
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO OMI / 11 93412-6082 16
Agência Grupo A REDE