MENSAGEM À COMUNIDADE
A ESPIRITUALIDADE NO COTIDIANO
A
espiritualidade cristã é “um modo de ser cristão no mundo” (GUTIÉRREZ, Gustavo. Beber no próprio poço, Petrópolis: Vozes, 1984, p. 23). Ser homem ou mulher “espiritual” é deixar-se guiar a cada dia pelo espírito de Deus, que em Jesus tornou-se Espírito do ressuscitado, que anima a luta em busca do “novo céu e da nova terra, onde habitará a justiça” (cf. 2Pd 3,13). A espiritualidade é, portanto, um caminho estreitamente ligado à vida concreta. No nosso caso, a complexa realidade brasileira é o lugar onde o agente pastoral é chamado a viver a cada dia a espiritualidade cristã e a deixar-se conduzir pelo mesmo Espírito que animou Jesus e o levou a inserir-se na trama humana e a assumir o risco da história. Na raiz da autêntica espiritualidade cristã existe sempre uma experiência viva e dinâmica de Deus, realizada por pessoas concretas que buscaram viver a Palavra na história, num tempo e cultura bem precisos. O Evangelho, fonte primeira da espiritualidade, é uma mensagem de vida que deveria abraçar todo o cristão, a sua existência inteira, corporal e espiritual, intelectual, volitiva e afetiva, individual e social. Podemos dizer que a espiritualidade cristã é mais ou menos profunda de acordo com a sua adesão à Palavra vivida concretamente na história e que gera solidariedade, paz, justiça, liberdade e vida para todos. Ser cristão inserido no mundo, em meio às agitações cotidianas, é acima de tudo ter Jesus Cristo como modelo de vida: suas palavras, suas ações, seu modo de relacionar-se com Deus (o “Pai”) e com as pessoas (os “irmãos”). Jesus, como verdadeiro homem, também viveu uma “espiritualidade” - o Espírito criador e recria-
dor do Pai age em Jesus. É esse Espírito que, na concepção de Jesus, cobre Maria com sua sombra (Lc 1,35). É ele que desce sobre Jesus no momento do Batismo (Lc 3,22); é esse espírito que o conduz através do deserto (Lc 4,1); é no Espírito que Jesus louva o Pai, que “escondeu as coisas do Reino aos sábios e entendidos e as revelou aos pequeninos” (Lc 10,21). É o Espírito também que envia Jesus em mis¬são: “o Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19). O Espírito consagra e conduz Jesus às ações concretas no mundo em favor da libertação dos pobres, da conversão dos pecadores, da saúde e reintegração dos doentes na sociedade;
enfim, para estar, de modo especial, a serviço dos injustiçados e marginalizados. Então, para ser discípulo de Jesus já não basta confessar abertamente, como Pedro, o seu messianismo; é necessário compartilhar do seu caminho, deixar-se orientar pelo mesmo Espírito que o animou: “O Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse” (Jo 14,26). Portanto, mais que “alma elevada” é preciso ter, como Jesus, um “coração de carne” para agir em favor dos mais necessitados. Onde estiver o “coração de carne” ali estará o Espírito de Deus: “Darei para vocês um coração novo, e colocarei um espírito novo dentro de vocês. Tirarei de vocês um coração de pedra, e lhes darei um coração de carne. Colocarei dentro de vocês o meu espírito, para fazer com que vivam de acordo com os meus estatutos e observem e coloquem em prática as minhas normas” (Ez 36,26-27). O amor, movente da espiritualidade
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cristã, não é algo puramente sentimental ou racional, mas a “força interior” que “nada faz de inconveniente, não procura o próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor; não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade” (1Cor 13,5-6). O cristão é chamado a viver no seu dia a dia esta mística do amor da forma como Jesus viveu. Anima-nos a certeza de que é na realidade diária que cada agente de
pastoral é chamado a viver em comunhão com Deus, a entrar na dinâmica do Espírito Criador, que o anima no compromisso com o mundo e o leva a transformar as situações de morte em vida, como fez Jesus. De fato, “toda a criação geme e sofre dores de parto até agora. E não somente ela, mas também nós, que possuímos os primeiros frutos do Espírito, gememos no íntimo, esperando a
adoção, a libertação para o nosso corpo” (Rm 8,22-23), a libertação de todos os que esperam resgatar sua dignidade, que nasce da espiritualidade cristã vivida concretamente na história. Fonte: Adaptado de CASTRO, Valdir José de. A espiritualidade no cotidiano. In: Revista Vida Pastoral (Maio-Junho de 1995), p. 15-20.
PENSANDO NA VIDA DE FÉ
AS 15 DOENÇAS DA LIDERANÇA, SEGUNDO O PAPA FRANCISCO
O
que o líder de uma equipe pode aprender com o papa Francisco? Para o especialista em gestão norte-americano Gary Hamel, muitas coisas. A partir de um recente discurso do pontífice sobre as mazelas do Vaticano, o autor elaborou uma lista das 15 doenças que podem acometer um executivo. Segundo o artigo publicado na Harvard Business Review, gestores são tão sensíveis a patologias quanto qualquer ser humano. Mas, quando elas não são tratadas, o trabalho de toda uma equipe pode desmoronar, i.é, comprometem a saúde da liderança. Pensar que somos imortais, imunes ou indispensáveis: o líder que não tem autocrítica e se julga acima daqueles que trabalham para ele sofre da “patologia do poder”. De acordo com Hamel, a pessoa é tomada por um complexo de superioridade e deixa de se importar com os mais fracos. Trabalho em excesso: pessoas que mergulham no trabalho sem reservar tempo para descanso acabam se estressando e perdendo a concentração. Para o especialista, a ocupação excessiva mostra desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Um tempo de descanso é necessário e permite recarregar as baterias. “Petrificação”: líderes que tem um “coração de pedra” tendem a perder serenidade, agilidade e ousadia, defende Hamel. Substituir a sensibilidade humana por pura formalidade também é perigoso quando
se lida com um grupo. Como afirmou o papa, um líder precisa de desprendimento e generosidade. Planejamento sem limite: quando um gestor planeja tudo até o último detalhe por medo do imprevisível, o processo criativo perde a espontaneidade. Organização é importante, desde que haja espaço para a intuição e o improviso, diz Hamel. Falta de coordenação: se um líder perde o senso de comunidade e o objetivo de integrar seu grupo, o sistema todo perde seu equilíbrio. Segundo o especialista, o grupo que não é regido com “camaradagem” e trabalho em equipe vira “uma orquestra que produz ruído”, comprometendo resultados. “Alzheimer” da liderança: acontece quando um líder se esquece da gratidão que deve àqueles que sempre o apoiaram ou trouxeram inspiração. Tal reconhecimento não deve perder lugar para “caprichos” e “obsessões”, considera Hamel. Rivalidade: segundo o especialista, o título de líder não serve para contar vantagem sobre os outros. O dever fundamental do líder seria justamente o oposto: atentar-se para os interesses e anseios de sua equipe. “Esquizofrenia existencial”: é a doença de quem vive uma vida dupla e marcada pela hipocrisia. Segundo Hamel, acontece quando o gestor se isola de clientes e funcionários e se dedica apenas a questões burocráticas, perdendo contato com a realidade. Fofoca: o artigo descreve a fofoca como uma “grave doença” que começa às vezes em uma conversa simples, mas pode sujar o nome de um colega e contaminar a harmonia que existe numa equipe. “Puxa saquismo”: é a patologia que atinge aqueles que cortejam seus superiores com
o interesse de ganhar uma promoção. Para isso, ressalta Hamel, deixam de lado os objetivos da equipe como um todo. Líderes são afetados por esta doença quando incentivam e tiram proveito da cumplicidade de seus subordinados. Indiferença: acontece quando o profissional mais experiente não compartilha seu conhecimento com aqueles que estão começando. Por “ciúmes ou engano”, a pessoa guarda para si o aprendizado que poderia ser útil para o desenvolvimento da equipe. Excesso de severidade: ocorre com o gestor que acredita que, para ser sério e respeitado, é preciso ser austero. Na verdade, ressalta Hamel, o excesso de severidade é um sintoma de medo e insegurança. Sempre que possível, o líder deve se esforçar para ser cortês, bem humorado e transmitir entusiasmo. Acumulação compulsiva: é o caso de quando o líder tenta acumular bens materiais, não por necessidade, mas para se sentir seguro. Segundo palavras do papa destacadas por Hamel, nenhuma riqueza pode preencher o “vazio de um coração”. Círculos fechados: acontece quando a vontade de pertencer a um grupo “seleto” da liderança se torna maior do que a identidade de uma equipe. Também começa com boas intenções, mas pode acabar fragmentando uma organização. Extravagância: ocorre com pessoas que tentam acumular poder a qualquer custo e fazem de tudo para mostrar que são mais capazes que os outros. Tal comportamento é danoso, argumenta Hamel, porque leva as pessoas a justificar o uso de quaisquer meios para atingir seu objetivo. Fonte: http://goo.gl/EkJ5vS
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A PASTORAL PAROQUIAL
DÍZIMO
DOAÇÃO ESPONTÂNEA
A
experiência pastoral corrobora que a confiança na providência divina, especialmente os que optaram pelo Dízimo, não decepciona e permite a alegria da partilha. Muitos Dizimistas dão o testemunho de que sua contribuição com a Igreja e a comunidade, só trouxeram bênçãos às suas vidas, porque Deus não desampara os que nele confiam. A Palavra de Deus diz que há mais bem-aventurança em dar do que em receber (At 20, 35). É um ato desprovido de um anseio de prosperidade medíocre, pois doar, no sentido cristão, é não esperar nada em troca. Como Povo de Deus, sem deixar de lado nossa missão evangelizadora e de amparo aos necessitados, temos responsabilidade com a Igreja, Casa de Oração (a Igreja que somos nós e os templos). O cristão consciente de sua participação no Dízimo e nas Ofertas concretiza na partilha em comum a Palavra que diz: “Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria.” (2Cor 9,7)
GRUPO DE ORAÇÃO
“N
inguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser pelo Espírito Santo, que é fonte que jorra em plenitude e santidade e que realiza em nós maravilhas” (1Cor 12,3). De modo singular o Grupo de Oração de nossa comunidade faz de seu encontro semanal – Terça-feira às 14h – um momento de bendição a Deus (Sl 138,14). Participe! Contemplar é um modo de ser em Deus!
CHÁ DA PASTORAL DA CARIDADE
Q
ue tal um chá, solidariedade e diversão no mês dedicado a Santo Antônio, São João e São Pedro? Dia 23 de Junho, a partir das 13h30, a Pastoral da Caridade realizará o CHÁ da ESPERANÇA, cujo objetivo é arrecadar fundos para auxiliar nos trabalhos de confecção de roupas para bebês e agasalhos, que são preparadas no decorrer do ano e entregues às instituições que atendem crianças carentes. Participe e contribua!
FELIZ
CRISMA JUVENIL
INSCRIÇÃO PERMANENTE
ANIVERSÁRIO PADRE NEY!
A
catequese da Confirmação Juvenil (Crisma) está ocorrendo durante a semana e no final de semana (Quinta às 19h e Domingo às 9h30). Importante frisar que não há tempo limitado para a inscrição no Crisma, pois elas estão permanentemente abertas. A dinâmica é construída junto com o Jovem e o diálogo é bastante aberto. Venha participar conosco! O JOVEM É APÓSTOLO DO OUTRO JOVEM!
PREPARAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO
A
s inscrições para o próximo encontro de Preparação para o Sacramento do Matrimônio estão abertas. O encontro acontecerá no dia 21 de Junho, com início previsto para as 8h30 e conclusão às 17h30 – maiores informações na Secretaria Paroquial.
N
ossa prece e abraço carinhoso ao Padre Ney por ocasião da passagem de seu aniversário natalício, no próximo dia 27 de Junho. Agradecemos por sua vida e missão, celebrando conosco o mistério pascal, anunciando a Boa Nova de Jesus Cristo e no magistério, como historiador na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo!
CALENDÁRIO PASTORAL PAROQUIAL 02
TERÇA
04
QUINTA
Reunião PRESBITÉRIO
Cúria Regional
8h30 às 11h30
Conselho Pastoral Paroquial
Salão Superior
20h30
Missa Corpus Christi
Catedral da Sé
9h
Missa Corpus Christi
Igreja
16h
06
SÁBADO
Missa
Igreja
16h
07
DOMINGO
Missa (10º Domingo TC)
Igreja
8h30; 11h e 19h
12
SEXTA
Missa Sagrado Coração de Jesus
Igreja
18h
13
SÁBADO
Missa com a Bênção dos Pães
Igreja
16h
14
DOMINGO
Missa com a Bênção dos Pães (11º Domingo TC)
Igreja
8h30; 11h e 19h
18
QUINTA
MISSA DA CATEQUESE
Igreja
20h
20
SÁBADO
Missa
Igreja
16h
21
DOMINGO
Missa (12º Domingo TC)
Igreja
8h30; 11h e 19h
Preparação para o Matrimônio
Salão Paroquial
8h30 às 17h30
22
SEGUNDA
Pastoral da Caridade (Preparação Salão)
Salão Paroquial
13h30 às 17h
23
TERÇA
Chá/Bingo da Pastoral da Caridade
Salão Paroquial
13h30 às 17h
24
QUARTA
Festa Junina da Pastoral Amizade (São João Batista)
Salão Paroquial
20h30
26
SEXTA
Pastoral do Dízimo
27
SÁBADO
Preparação para Batismo
Salão Superior
8h30 às 12h
Missa
Igreja
16h
FESTA JUNINA DE RUA
Alameda Jauaperi
17h às 22h
Missa (13º Domingo TC)
Igreja
8h30; 11h e 19h
Celebração do Batismo
Igreja
9h30
28
DOMINGO
20h30
Coleta do Óbolo de São Pedro
29
SEGUNDA
RETIRO DOS PADRES
ATIBAIA
SEMANA TODA
30
TERÇA
Celebração da Palavra
Igreja
18h
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A PASTORAL PAROQUIAL
PASTORAL DO BATISMO
CONTROLE ANUAL DE ENTRADAS E SAÍDAS DE CESTAS BÁSICAS JANEIRO À DEZEMBRO DE 2014 Entradas: - 1090 Cestas Básicas - 1200 Sacolinhas oriundas das doações do Domingo do Quilo
Saídas:
N
ossa comunidade paroquial teve a alegria de acolher nos meses de Abril e Maio novos(as) discípulos(as) de Cristo, batizados com o nome de: Christian Conte Oliveira, Laura Camarini Ambrosio, Manuela D’Angelo Martins Ferreira, Eduardo Morato Carneiro, Arthur Barboza Di Eugenio, Beatriz Afonso Vargens, Arthur Rodrigues Yu, Miguel Dutra da Silva, Miguel Pereira da Costa, Joaquim Lima Oliveira Serrano, Rodrigo Giarronte Caro, Paula Pestana Gabriel, Maria Manuella Camargo Lopes Mesquita de Oliveira, Raul da Silva Marciano, Felipe Kenzo Ohara, Davi Chaves Aloise, Julia Emi Yamada Oshimoto, Antonio Lopes Kersul, Victor Ribeiro Hora, José Roberto Cardoso Granadeiro Corrêa, João Paulo Cardoso Granadeiro Corrêa, Lucca Nicasio Ferreira, Miguel Nicasio Ferreira, Lucas Fernandes Sarria dos Reis, Yuri Zelent Prado, Natália Cury Koloszuk, Fernanda Rigamonti Urada Coimbra, Andre Michelin Cardoso, Sofia Silva Behmer, Antonio Casagrande Marote, Gabriel Henrique Pires de Andrade, Sophia Verderesi Ribeiro, Rafael Casanosi Minervini Lima Pereira, Ana Clara Oliveira Silva e Thomaz Souza Araujo. Que nosso testemunho de fé e esperança, anime na vida cristã todos os que foram batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
- 490 Cestas Básicas e 1200 Sacolinhas: Centro de Convivência; Favela do Moinho; Creche Reino dos Pequeninos; Moradores de Rua e Recanto Shalom – Ir. Rosina. - 600 Cestas Básicas: Associação Apoiando Famílias em Itaquaquecetuba – Ir. Lucimar. - 2.700 Sacolinhas de Natal (Campanha: Faça uma Criança Feliz): todas as instituições supracitadas; Quintal da Criança – Ir. Derli; Centro Comunitário N. Sra. de Fátima – Ir. Maria das Dores; e Creche Dino Bueno – Ir. Luci.
44 ANOS EVANGELIZANDO DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA
ATENDIMENTO Segunda, das 13h30 às 17h30. Terça à Sexta, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Sábado, das 13h30 às 17h30. DA SECRETARIA: E-mail da Secretaria: pnse.secretaria@uol.com.br • Acesse o site: www.paroquiansesperanca.org.br
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PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA ESPERANÇA
Ano XVIII – Edição 198 – Junho/2015 – Tiragem: 1.000 exemplares • Periodicidade: mensal Distribuição: gratuita • Responsável: Cônego Dagoberto Boim • Projeto gráfico e diagramação: Minha Paróquia (minhaparoquia.com.br) • Impressão: Gráfica Paulo (11) 9 6399-4474
Endereço: Av. dos Eucaliptos, 556 - Moema São Paulo, SP • CEP 04517-050 Tel/Fax.: (11) 5531-9519 • e-mail: pnsesperanca@uol.com.br