VIDA FRANCISCANA
Reunião Geral de 17 de Maio de 2015
Fraternidade Franciscana Secular da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria - OFS E-mail: porciuncula.ofs@gmail.com | Endereço: Av. Roberto Silveira nº 265, Icaraí. Niterói – RJ | CEP: 24230-151 Fraternidade Porciúncula da Juventude Franciscana do Brasil E-Mail: jufraporciuncula@yahoo.com.br
O DISCÍPULO E O MESTRE Irmão Adilson B. Braga, OFS
O discípulo antigo e o novato conversavam no pátio do Convento, quando em um dado momento, o novato perguntou: “O que é preciso para um novato se tornar mestre?” O antigo depois de pensar, respondeu: “Não sei bem ao certo, meu querido irmão, mas acho que é o tempo”. O novato, não satisfeito, então voltou a perguntar: “Quer dizer que quando ficamos velhos todos nos tornamos mestres?” O outro então respondeu: “Não sei como é, porém sei que não é bem assim”, e olhando no entorno e avistando um determinado irmão, falou – “Veja o irmão Zelão. Ele já é velho e continua sendo discípulo”. Um terceiro discípulo, que os ouvia calado, resolvendo participar da conversa disse: “Meus irmãos, não existe uma fórmula pronta para fazer um discípulo virar mestre. Ninguém sabe ao certo como isso acontece. Só sei que acontece e não é necessário ter idade avançada. Penso que é o próprio Deus que decide o momento. Quando isso acontece o até então discípulo recebe de Deus o dom da Sabedoria e da Prudência. Depois disso, tanto os mestres quanto os discípulos começam a notar que entre eles existe um discípulo diferenciado. A meu ver, pela vontade de Deus - é assim que um discípulo se torna mestre”.
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E AGORA? Revirava-se na cama de noite e passava os dias caminhando sem saber para onde. Ele sabia que alguma coisa tinha mudado para sempre, mas não sabia o quê. Os outros perguntavam o que aquele homem de vinte e quatro anos ia fazer na vida e ele mesmo não tinha a mínima ideia do que ia ser. Chegou a voltar para um daqueles jantares festivos com os rapazes e moças de sua companhia. No fim, quando saíram cantando pela rua, ele se sentiu paralisado no caminho. Aquela força do sonho tinha voltado. Ele teve a certeza de que ia ficar sabendo o que tinha que fazer, mas viu logo que não seria tão cedo. Uma coisa era certa, cada vez mais. Era Deus que estava mexendo com ele. Começou a passar horas, talvez dias, nos buracos que encontrou pelas montanhas ali ao lado. E alguma coisa lá de dentro, um “espírito” novo fazia com que orasse ao Pai dos céus. Mas o escuro continuava.
NOTÍCIAS E AVISOS CÍRCULO BÍBLICO ▪ Com as irmãs Marly e Gilda, o Círculo Bíblico ocorre as quintas-feiras após a missa das 8:00h. ENCONTROS COM CLARA E FRANCISCO ▪ A OFS e a Jufra convidam para o primeiro Encontros com Clara e Francisco de 2015, que ocorrerá na noite de quarta-feira, dia 20/05 às 19:00h, no salão superior, no contexto dos encontros de formação promovidos pela paróquia. Mais uma vez teremos a participação de Frei Vitório Mazucco, que apresentará o tema: “A identidade humana franciscana”. Contamos com a sua presença. Paz e Bem! TREZENA E FESTA DE SANTO ANTÔNIO ▪ Nos dias 31/05 a 14/06 ocorrerá na Paróquia Porciúncula de Sant'Anna a tradicional Trezena em honra de Santo Antônio de Pádua (e Lisboa). Neste ano a OFS será responsável pela aquisição e embalagem dos Pães de Santo Antônio. Assim, precisaremos do auxílio de todos os irmãos e irmãs!
“Uma água turva e agitada não espelha a face de quem sobre ela se debruça. Se queres que a face de Cristo, que te protege, se espelhe em ti, sai do tumulto das coisas exteriores, seja tranquila a tua alma” Santo Antônio de Pádua FRATERNIDADE FRANCISCANA SECULAR DA IMACULADA CONCEIÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA JUVENTUDE FRANCISCANA PORCIÚNCULA Ministro Local: Élio Ferreira de Souza. Vice-Ministro Local: Carlos Fernandes. Coordenador de Formação: Aloysio Cerqueira. Tesoureiras: Marlucia Alves e Maria Carmem Rodrigues. Secretárias: Lícia da Rocha e Thais da Rocha. Coordenadores de Comunicação: Fernanda Olmi e Frederico Félix. Coordenadora do SEI: Rosa Ximenes. Animadora Fraterna da Jufra: Marlucia Alves. Assistente Espiritual da OFS: Frei Carlos José Körber, OFM. Secretário Fraterno da Jufra: Joana D’arck Caldas. Assistente Espiritual da Jufra: Frei Aldolino Bankhart, OFM.
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A IMACULADA CONCEIÇÃO Thiago Damato, JUFRA Formando do 2º ano na OFS A veneração à Imaculada Conceição da Mãe de Deus sempre foi um dos traços mais marcantes da espiritualidade franciscana. São Francisco foi, sem dúvida, quem melhor absorveu e processou a piedade mariana medieval. Iniciou, de modo espontâneo e natural, uma mariologia cavalheiresca, sustentada pelo princípio da generosidade do amor de Deus que, nos privilégios concedidos à Virgem, à serviço da encarnação redentora do Cristo, demonstrou Sua paixão materna e fraternal por toda a humanidade. Para o cavaleiro é preciso glorificar sua dama, conferir-lhe as virtudes mais eminentes. Sabemos que se destacam entres os escritos de Francisco a Saudação à Mãe de Deus e o Elogio das virtudes. Como nos afirma Frei Vitório Mazzuco, “nestas duas preces-poesias, Francisco rende uma homenagem e louvor à Virgem Maria, e junto com seus frades elevou e promoveu este modo de culto popular da Mãe de Deus”. De fato, a exaltação de Maria precedeu à reflexão sobre ela, pois antes de ser objeto de estudo, Nossa Senhora foi objeto de veneração e amor. Os Franciscanos, enamorados pela Virgem, sempre lhe devotaram um amor que não conhece limites, como confessava, no século XIII, o renomado Frei Guilherme de Ware, mestre do beato Duns Scotus, grande defensor da Imaculada: “Se tiver que falhar, prefiro que seja por superabundância, conferindo a Maria qualquer prerrogativa; do que falhar por defeito, diminuindo ou subtraindo dela qualquer prerrogativa que teve”. Em verdade, São Francisco legou aos seus filhos espirituais a honra de serem os paladinos dos privilégios da Mãe de Cristo, dentre os quais está o mistério de sua Imaculada Conceição. Os padres da igreja sempre viram em Maria Imaculada uma figura da própria Igreja Imaculada, bem como da promessa divina da santificação de cada um de nós por meio de Jesus Cristo. No entanto, concediam apenas uma “purificação” da Virgem no seio materno de Sant’Anna, logo após sua concepção; uma vez que criam que esta purificação ainda teria acontecido dentro do pecado. O debate entre os teólogos atravessou os séculos, tendo opositores e defensores da doutrina da Imaculada Conceição. Coube ao beato frei João Duns Scotus (1266-1308), o Doutor sutil, com sua ideia de “redenção preventiva” ou “pré-redenção” na concepção de Maria, enriquecer com sua contribuição teológica, aquilo que o Povo de Deus já acreditava espontaneamente sobre a Beatíssima Virgem, e manifestava nos atos de piedade e nas expressões gerais da vida cristã. Aqui estamos nos referindo ao chamado Senso dos Fiéis, fundamento que viria ser a fonte principal para a proclamação do dogma da Imaculada e que preconiza: “quando o Povo de Deus acredita em alguma coisa em muitos lugares, por muito 3
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tempo e através de muita gente, ele não se engana”. Portanto, nestes casos, o Povo de Deus precede os teólogos, e tudo isso graças a essa capacidade infundida pelo Espírito Santo, que o capacita para abraçar a realidade da fé com a humildade. Desta forma, o Povo de Deus faz–se magistério no crer, que deve ser depois ser aprofundado e acolhido intelectualmente pela teologia da Igreja, a quem cabe ensinar. Segundo a tradição, a Festa da Imaculada Conceição de Maria já era celebrada no Oriente no séc. VIII, um século antes das primeiras festividades registradas no Ocidente. Os franciscanos, fiéis à sua tradição imaculista, defendiam a proclamação do dogma. Pelo menos 300 anos antes da declaração desta verdade de fé, os frades menores, por ocasião de sua profissão na Ordem, faziam o chamado “voto de sangue”, juramento com o qual prometiam defender, até com o martírio, o mistério da Imaculada Conceição de Maria. Foi assim com o jovem Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, que no dia 16 de abril de 1761, no antigo Convento São Boaventura, em Macuco/RJ, com a mão direita sobre a bíblia declarou: “Prometo e juro por estes santos Evangelhos defender, até dar a própria vida, a conclusão em que confessamos que a Virgem Maria Nossa Senhora foi concebida sem pecado original e dele preservada pelos merecimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, seu Santíssimo Filho”. Sendo assim, depois de um longo caminho de piedade mariana imaculista e de reflexão teológica, Pio IX, no dia 08 de dezembro de 1854, definiu como dogma de fé a Imaculada Conceição da Virgem e Mãe de Deus, Maria Santíssima, nos seguintes termos: “declaramos, proclamamos e definimos que a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria foi preservada imune de toda mancha da culpa original no primeiro instante da sua conceição por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em atenção aos méritos de Cristo Jesus Salvador do gênero humano, está revelada por Deus e deve ser, portanto, firme e constantemente acreditada por todos os fiéis” (Bula Ineffabilis Deus). Os dogmas marianos nos revelam como o próprio Deus vê Maria: são privilégios, graças muito especiais que ela recebeu de Deus. Obviamente, eles falam também de Cristo, pois a Virgem recebeu essas graças em função de seu Filho. Assim, a verdade sobre Maria serve de “muro de proteção” para as verdades referentes a Cristo e, por conseguinte, à nossa Salvação. Acreditamos que as festas marianas indicam aspectos da existência humana que devolvem, para cada um de nós, traços da Redenção humana em toda sua riqueza. A Solenidade da Imaculada Conceição, especialmente, nos permite celebrar nosso próprio mistério de que não estamos envolvidos somente na culpa, mas também livre e purificados dela, junto com Maria, através de Jesus. Para o Papa Francisco: “Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão”. Concluímos certos de que, contemplando o mistério da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria, reafirmamos nosso desejo de, como fiéis penitentes, sermos puros de coração. 4
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VONTADE PRÓPRIA E VONTADE DIVINA John Main, OSB Extraído do livro de John Main OSB, THE PRESENT CHRIST (New York: Crossroad, 1991) pgs. 86-87.
A conversão, para todos nós, demanda significativas readaptações em nossa vida, em nosso ponto de vista. Podemos pensar acerca dessas readaptações, mas não será por meio do poder do pensamento que elas serão levadas a efeito. Ela só podem ser integradas em nossas vidas a partir do poder criativo que encontramos em nosso próprio coração, em nosso centro. É por isso que entenderemos melhor a meditação não como um processo de autodesenvolvimento, ou como uma ferramenta que empregamos para os fins que desejamos, mas, antes, como um processo de aprendizado, um processo de maravilhamento, de crescente humildade. A importância da meditação é tal que só alcançaremos a verdade se tivermos a confiança para enfrentá-la. Essa confiança surge a partir do encontro com o amor puro de nossos próprios corações. O que é verdadeiramente importante de se saber na vida, para a vida, é que Deus é, e que Deus é amor. É muito simples. A tarefa mais importante de qualquer vida que cumpra completamente seu potencial é a de chegarmos a essa luz para ser purificados, para que nos tornemos realidade, para descobrir nosso próprio potencial divino. Talvez, a primeira e mais importante lição a ser aprendida é a de que Jesus transformou o cotidiano. Caso vejamos isso claramente, podemos ver que nossa própria jornada espiritual, nossa própria prática religiosa, nossa vida pessoal, tudo está permeado com a luz transformadora do amor de Cristo. Só conseguimos ver com sua luz. O que vemos transforma quem somos. Tal como nos diz São João, nos tornamos semelhantes a ele.
COMUNICAR COM A VIDA
Fred Félix, OFS
Somos todos convidados a anunciar o Evangelho. Contudo, isto não deve ser realizado primordialmente com palavras, mas antes com a própria vida. Assim diz o salmista - “Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz” (Sl 18ª, 4s). Devemos assim comunicar aos outros a Vida em Deus através de um agir, que vibre em afinação com a música divina. Nossa fraternidade pode ser vista como um “indivíduo”, que tem por cabeça o próprio Cristo e nós como seus membros. Como indivíduo ela deve comunicar sua espiritualidade, modo de vida, história, ações e realizações, a fim de espalhar sementes de esperança neste mundo corrompido pelo orgulho e pela ganância. Assim, foi criado o site: www.porciunculaofs.com, para que a partir do conhecimento de toda uma trajetória de quase 90 anos, possam ser escritos outros mais, de maneira que a espiritualidade franciscana, enamorada por Deus, transborde tanto para dentro, matando nossa sede insaciável pelo Altíssimo, como para fora, transmiti do a todos a Paz, que procede do Paráclito, e o Bem, que é a imagem do Criador . 5
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CALENDÁRIO DA FRATERNIDADE Dia 01 Dia 03 Dia 05 Dia 06 Dia 08 Dia 10 Dia 11 Dia 15
Dia 16 Dia 17 Dia 20 Dia 22 Dia 24 Dia 29 Dia 31 Dia 04 Dia 05 Dia 06 Dia 07 Dia 08 Dia 12 Dia 13 Dia 14 Dia 18 Dia 19 Dia 21 Dia 22 Dia 24 Dia 26 Dia 27 Dia 28 Dia 30
Dia do Trabalho – Memória de São José Operário Missa da OFS às 18h 5º DOMINGO DA PÁSCOA Aniversário da irmã Cândida Maria Aniversário da irmã Fernanda da Veiga Olmi Aniversário de Frei Carlos José Körber, OFM Aniversário da irmã Loize Maria Ramos Pereira (SEI) Missa da OFS às 18h Aniversário do irmão ministro Élio Ferreira de Souza 6º DOMINGO DA PÁSCOA Aniversário da irmã Arésia Maria Figueira Reis Dia Internacional da Família Missa da OFS às 18h Aniversário da irmã Edna Martins Cosenza Aniversário da irmã Sophia Mendonça Cutrin Encontro de Conselhos em São João de Meriti – RJ ASCENSÃO DO SENHOR VISITA FRATERNO PASTORAL e REUNIÃO GERAL DA FRATERNIDADE São Bernardino de Sena, ofm ENCONTROS COM CLARA E FRANCISCO – 19h Aniversário da irmã Margaret Alice Pritchard Missa da OFS às 18h PENTECOSTES Dedicação da Basílica de São Francisco Missa da OFS às 18h SANTÍSSIMA TRINDADE Aniversário de Edenir Barros Viana Missa da OFS às 18h Dia do Meio Ambiente - Celebração das Fraternidades 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM Aniversário da irmã Djanira de Carvalho Sarmento Aniversário da irmã Adélia Neves Siviero Missa da OFS às 18h Aniversário da irmã Maria Adélia Pacheco Rio Pinto Santo Antônio de Pádua, ofm Aniversário da irmã Antonieta Ventura da Rocha 11º DOMINGO DO TEMPO COMUM Aniversário de Arlete Nogueira Castro, Maria Carmen Rodrigues e Marilene C. Almeida Aniversário da irmã Lêda Alves Missa da OFS às 18h 12º DOMINGO DO TEMPO COMUM - REUNIÃO GERAL DA FRATERNIDADE São Tomas Moro, ofs (estadista) Aprovação da Regra Renovada (1978) Missa da OFS às 18h EPF - Escola Permanente de Formação 1ª e 2 SÃO PEDRO E SÃO PAULO, APÓSTOLOS Beato Raimundo Lulo, ofs (doutor e mártir) 6