Release NCARIOCA

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(APRESENTAÇÃO) É com muito prazer e determinação que a Pré-CONDe Carioca apresenta-se ao Brasil. Passaram-se quinze anos desde que o Rio de Janeiro realizou seu primeiro e único Ndesign, e, naquela época, o evento ainda estava num processo de formação do que ele é hoje. Depois de tanto tempo, já está mais do que na hora de fazermos dessa importante capital, novamente a sede do maior encontro de estudantes de Design da América Latina. Coincidência ou não, em 2011 teremos o N de número 21, e a cidade maravilhosa deseja, mais do que nunca, mostrar sua cara e todo o seu potencial de inspiração e criação. Junto com nossas reconhecidas faculdades, agências e profissionais, estamos em constante evolução para mostrar ao Brasil e ao mundo do que nós, estudantes, somos capazes. A energia do carioca precisa receber a fantástica diversidade artística e cultural do país, para que assim possamos confraternizar e trocar experiências acerca daquilo que todos nós temos em comum, o amor pelo design. E é com esse sentimento que desenvolvemos a pré-proposta de candidatura da nossa cidade.


(CONTEXTUALIZAÇÃO) “Se a contemporaneidade dilui as fronteiras, o design é por definição a atividade em que elas se interpenetram, em projetos em que a inventividade se põe a serviço de um cotidiano e de um mundo melhor para todos nós“ Adélia Borges - jornalista especializada em design

Não é novidade pra ninguém o ritmo em que o mundo está hoje. A quantidade de informação disseminada e a velocidade com que novas perspectivas surgem todo mundo já sabe, mas são tantas as fronteiras que foram dissolvidas (geográficas, tecnológicas, pessoais e profissionais), que o futuro das pessoas torna-se incerto. Nesse século, o design brasileiro expandiu-se, interna e externamente, de maneira nunca vista antes. Claro, o design é universal, mas infelizmente isso não quer dizer que ele seja compreendido por todos. Então como fica o futuro do designer diante disso tudo?

(PROBLEMATIZAÇÃO) Existem algumas relações onde o designer muitas vezes não está bem orientado a agir da forma correta nesse mundo acelerado. Dentre elas, a Pré-CONDe Carioca destacou as seguintes: “O bom é inimigo do ótimo” Autor Desconhecido

Design Bom e Design Ótimo O comodismo supera o idealismo. Sem precisar ir atrás da informação, muitos estudantes perdem a capacidade de questionar o que chega até eles. Então como podem criticar o seu próprio trabalho? A grande falta de qualificação dos profissionais de hoje deve-se àqueles que ficam estagnados no design bom, e não conseguem alcançar o ótimo. Independendo do projeto, o design deveria ser feito da melhor maneira possível. Estudante e Faculdade Claro que essa falta de qualificação também é consequência do ensino que nem sempre acompanha as constantes inovações. E o estudante? Não deveria estar cobrando da universidade aquilo que é de seu direito receber? Não gostaria de usar tudo que ela pode oferecer?


Estudante e Mercado de Trabalho Por que será que nos consideramos profissionais antes mesmo de nos formarmos? Nosso primeiro brief já nos torna diretamente responsáveis pela realização do projeto assim como um profissional, mas nem sempre somos encarados como tal. É muito importante que o estudante esteja sempre preocupado com o mercado e sua capacidade diante dele. Áreas do Design e Outras Profissões O design é multidisciplinar por dentro e por fora. Estamos nele e devemos nos direcionar por suas vertentes. Podemos também interagir com outras diversas profissões, mas até que ponto esses profissionais conhecem nosso trabalho e sabem a importância dele para ajudá-los também? Estados do Brasil e o Mundo O Brasil é muito rico em diferentes culturas, e, na nossa profissão, as trocas de regionalismo são importantes para evoluirmos. Nossos designers estão cada vez mais reconhecidos pelo mundo por sua versatilidade diante do mercado diversificado. Com todo esse potencial, por que será que muitos estudantes ainda saem do país para crescer na profissão? Sabemos como explorar o que o país e o mundo nos oferecem? Atualidade e Futuro Como o futuro está sempre próximo e acessível, novas profissões são criadas e pessoas são treinadas para trabalhar no que ainda não existe. E o designer? Não acha que ele deve estar sempre informado sobre novas possibilidades de criação? Físico e Virtual Mais uma vez temos que falar sobre as inovações tecnológicas. A globalização e suas novas mídias eliminam as fronteiras entre a presença física e a virtual. Não há mais limites, nem mesmo espaciais, para criar. O cliente nos encontra onde quer que estejamos. Forma e Função Na atual busca por personalidade, o design impera já que agrega valor à função por meio da forma, inovadora e exclusiva. Será que todo designer entende a importância do seu trabalho? Brincadeira e Seriedade Até que ponto devemos ser sérios no que fazemos? Nossa profissão abre espaço para brincadeiras, elas ajudam a nos inspirar, mas quando devemos parar? Tanto na vida real como em eventos de design, esse questionamento fica vago. Se momentos de descontração são importantes para o processo criativo, quando saberemos se estamos dando a devida atenção ao que requer seriedade?


(CONCEITUAÇÃO) Depois de vermos esses possíveis questionamentos, o que falta para que todos eles sejam solucionados? A resposta é mais simples do que parece. Falta orientação. orientação o.ri.en.ta.ção sf (orientar+ção) 1 Ato ou arte de se orientar. [...] 3 Direção, guia, regra. [...] O. escolar ou educacional: atividade de serviços especializados nas escolas, sobretudo as de grau médio, que visa a boa escolha de um ramo de estudos e, em conseqüência, de uma profissão. [...]O. social, Sociol: direção geral do pensamento e do esforço de um grupo social tal como é determinado por seus valores sociais dominantes ou suas idéias acerca do bem-estar do grupo. Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa

Desorientados, os estudantes do país muitas vezes não sabem a importância da sua faculdade, do conhecimento de mercado, das relações externas e da sua real capacidade para tornar-se um ótimo designer. Perdidos, formam-se profissionais desqualificados e desatualizados. Cegos, vão aos encontros de design sem saber que esses são ótimas ferramentas para ajudá-los a resolver essas questões. É por todos esses motivos que a nossa proposta pretende apresentar, sempre da forma mais transparente possível, meios de orientar os estudantes naquilo que eles necessitam. O evento seria dividido em etapas de direcionamento, caminhos, onde cada um possuiria atividades relacionadas, para responder com clareza às questões específicas dos participantes. Faremos tudo de maneira que, quem está indo ao Ndesign saberá antes mesmo porque está indo, o que irá fazer lá, e como isso o ajudará a crescer como pessoa e como profissional.

(TEMÁTICA) Como faremos para orientar os estudantes? Assim mesmo, com perguntas. As perguntas que são deles, mas eles mesmos não respondem, agora serão nossas para eles. Vamos trazer à tona seus próprios questionamentos. “Não são as respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas” Autor Desconhecido

Com base na idéia do FAQ (Frequently Asked Questions – perguntas frequentes acerca de um tema), traçamos uma linha de raciocínio com 5 perguntas que o designer poderia seguir para, assim que conseguir respondê-las, firmar-se melhor na profissão. Essas perguntas iriam estruturar o evento e levantar as dúvidas já citadas.


AONDE você pensa que vai? Para começar a entender sua realidade, você precisa primeiro entender o que é design e qual a importância dele para o mundo. Você sabe o que é design? Sabe por que está estudando design? Você leva o design a sério? É ótimo no que faz? Sabe como sua faculdade pode ajudá-lo? Você acha que vai se formar um profissional qualificado? É isso mesmo que você quer? Por que você vai ao Ndesign? Como ele o motiva? Você participa das atividades certas? O que você espera encontrar lá? Espera responder suas dúvidas sobre design? Espera melhorar a qualidade do seu design? AONDE você quer chegar? Agora que sabe o que é design e tem certeza que quer estar nesse mundo, você precisa descobrir aonde quer chegar com ele. Em qual área se encaixa melhor? Sabe como um profissional dessa área trabalha? Tem planos para o seu futuro? Pretende trabalhar em alguma empresa específica? Ou quer ser freelancer? Sabe como anda o mercado de trabalho para conseguir entrar nele? Se sente preparado para competir nele? Aonde quer chegar com ele no Brasil? E no mundo? POR QUE você quer chegar lá? Depois de já saber que quer mesmo fazer design e aonde quer ir com ele, porque você quer isso? Foi sua faculdade que o motivou? Você sabe como ela pode te ajudar a chegar lá? Sabe por que escolheu cursar design e não outra profissão? Sabia que pode unir design com outras profissões? Você quer chegar lá porque sabe que é ótimo e capaz? Ou não? QUANDO você quer chegar lá? Uma vez que sabe o que quer e porque quer fazê-lo, está na hora de traçar metas para chegar ao seu objetivo. Em quanto tempo vai conseguir chegar onde quer? Por quais etapas deverá passar? Como estará o mercado quando chegar lá? Como será o seu futuro profissional? COMO vai fazer para chegar lá? Você já sabe o que quer, porque quer e quando quer conseguir, mas ainda falta a pergunta mais importante: Como? Como vai fazer para alcançar as suas metas? Já completou alguma? Já se considera ou não um profissional? Dá a devida atenção a eventos ou matérias que possam ajudá-lo a vencer seus desafios? Sabe como sua faculdade pode ajudá-lo também? E outras profissões? Vai seguir apenas uma vertente ou mais de uma? Vai permanecer no seu país ou tentar ir para fora? Como você pretende tornar-se um profissional bem-sucedido?


(OBJETIVOS) Como daremos essas respostas? Por meio desse nosso esquema dinâmico, o participante poderá planejar sua grade de acordo com a pergunta que deseja solucionar. Mostraremos agora algumas medidas que pretendemos tomar para responder cada pergunta, respectivamente.

INCENTIVAR Nossa proposta pretende dar mais destaque para os projetos de conclusão de curso e às exposições, a fim de estimular os que apresentam, e motivar os que assistem a estarem constantemente melhorando suas criações. Para que o aluno posicione-se diante da profissão a partir da faculdade, pretendemos promover mesas redondas ou debates onde estudantes do Brasil todo possam entender a situação acadêmica do país, e assim saber o que, e como cobrar do seu curso. RELACIONAR Os estudantes precisam entender o que o evento pode trazer de bom e participar das atividades principais sem deixar de confraternizar com os outros participantes. Ocorre uma segmentação dos encontristas dependendo do que eles procuram, e nós pretendemos dissolver os grupos através de uma estrutura de horários que facilitará todos a participarem de todos os tipos de atividade. Refletindo o jeito carioca de ser, faremos com que as atividades sejam sérias na medida certa, sem que os encontristas precisem se dispersar para conseguir diversão, aprendendo com descontração num constante processo criativo. DIRECIONAR O Ndesign tem a capacidade de instruir o estudante a descobrir e/ou aprimorar a área do design em que ele se encaixa melhor. É capaz até mesmo de provocar efeitos opostos: fazê-lo descobrir que não tem vocação para a profissão ou que a ama e quer viver dela intensamente. O NRio planeja promover palestras de profissionais e empresas bem-sucedidas que irão ampliar a visão dos alunos para o mercado, e mostrá-los do que eles são capazes diante da concorrência. Também pretendemos resgatar a ideia de trazer para o Brasil designers do Cone Sul, e até mesmo de outros países, para que eles possam venciar o nosso design e nós possamos aprender com o deles também. UNIR A pré-conde tem como uma de suas metas incentivar o movimento estudantil a partir da criação de centros acadêmicos em diferentes faculdades, estabelecendo maior comunicação entre elas. Além disso, no sentido de união, o NRio propõe atividades em que profissionais de diferentes ramos participem, a fim de estreitar o nosso relacionamento com eles. Assim teremos mais clareza para distinguir as áreas e trocar experiências.


(CONCLUSÃO) Bem, essa foi uma breve explicação de todo o nosso processo de questionamento e elaboração da proposta. Esperamos que ela tenha sido clara para apresentar nossas aspirações para a realização do encontro. Adoraríamos receber críticas e sugestões. Sua opinião é importante para nos fazer crescer e preparar um evento sob medida para você.

(SAIBA MAIS) BLOG http://www.ndesignrio.blogspot.com/ TWITTER http://www.twitter.com/NDesign_Rio_021


A PRÉ-CONDe COMISSÃO Bárbara “Babu” Carreira . UFRJ Bianca Galvão . UFRJ Fábio “Faybes” Meireles . UFRJ Fabrício e Silva . UFRJ Felipe “Barril” Grisolia . UFRJ Igo “Japonês” Mayama . UFRJ Juliana Montenegro . UFRJ Lucas “Luke” Garcia . UNIVERCIDADE Maria Eduarda “Duda” Rodrigues . UFRJ Paulo Vitor “Pv” Bastos . UFRJ Sully Ceccopieri . UFRJ COLABORADORES Ailton “Feliz” Henriques . ESPM-Rio Ana Carolina “Carolê” Marques . UFRJ Gabriella “Gabi” Luduvice . UFRJ Michel Mello . ESDI Paulo Muniz . PUC-Rio Harrison Mendonça . UFRJ


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