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AUTOCOMPAIXÃO
Falamos muito sobre autoestima por aí, mas você já parou para pensar o real significado da autocompaixão? Quanto que utilizamos da autodestruição quando achamos que estamos "apenas" utilizando da autocrítica? Vamos falar então sobre cada um desses conceitos e tomar nossas decisões. Autoestima é o amor que temos com a gente mesmo. É a estima e o valor que damos a nosso ser. Porém, muito relacionado com os resultados que temos. Não deveria ser, mas quanto mais conseguimos as coisas e recebemos elogios, mais achamos que estamos bem e nos amamos. Infelizmente, isso também nos faz visitar alguns lugares de tristeza e decepções quando não conseguimos. A autocrítica é algo muito utilizado como uma ferramenta importante de evolução, não é mesmo? Quanto mais conseguimos perceber e aceitar nossos erros e vulnerabilidades, mas exercemos a crítica aquilo que não fizemos de forma saudável ou alcançamos os resultados esperados. Por outro lado, há quem exerça tanto a autocrítica que vira autodestruição. Já reparou que tem pessoas que pensam que são tão capazes de reconhecer os próprios erros que acabam sempre entrando em um cenário de desvalorizar suas conquistas? Agora vamos falar de algo simplesmente encantador. Há um tempo venho estudando sobre autocompaixão. No dicionário o significado de autocompaixão é "a maneira de enxergar com gentileza, preocupação, apoio e de forma amável a si próprio, como você faria com um amigo em alguma dificuldade.É permitir-se e aceitarse como se é, diminuindo assim as cobranças e críticas sobre você." E isso é muito lindo! Vamos pensar agora: será que usamos de autocompaixão? Será que exercitamos no nosso dia a dia esse apoio a nós mesmos apesar dos infortúnios e situações adversas que nos acontece? Posso garantir que muito pouco. Confundimos com pena, fraqueza ou fracasso. Na maioria das vezes não nos tratamos bem quando os resultados não foram como esperávamos e então utilizamos do exercício da crítica à nossa pessoa. Sim, à nossa pessoa toda. Se fosse somente à nossas atitudes ou aos nossos resultados, não teríamos a autoestima tão abalada a cada tombo. Ainda ensinamos aos nossos (filhos, cônjuges, colaboradores, amigos...) que o fracasso ou o resultado diferente do programado não é legal. Como podemos acreditar na construção de uma autoestima saudável se não somos capazes de reconhecer nossas limitações e nos acolher quando algo não foi como planejamos? Percebem como tudo se relaciona? O caminho, então, é esse exercício de autoamor e aceitação da nossa humanidade, nossa vulnerabilidade e nossas limitações diante daquilo que não aconteceu conforme planejamos. A autocompaixão é esse cuidado conosco mesmo porque só assim também poderemos ensinar a quem está próximo de nós mais respeito, aceitação as diferenças e resiliência emocional. Os erros acontecem e fazem parte do processo. Tenha autocompaixão com suas falhas. Afinal de contas, tem que ter coragem e força para ser compassivo.
Rejane Villas Boas
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@rejanevb_psico