Jornal da Pesca — Ed. Digital Nº 001

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DIGITAL

SÉRIE DIGITAL

01 ANO I

MAIO 2015 MENSAL EDIÇÃO DIGITAL DIRECTOR DINIS ERMIDA jornaldapesca@mundinautica.com

A ACTUALIDADE DA PESCA DESPORTIVA

p. 5

NOVIDADES 2016

SURF CASTING Canas Vega apresentadas

CONHEÇA AS SOLUÇÕES VEGA PARA A NOVA TEMPORADA

p. 7

p. 10

p. 15

SURF CASTING: APRESENTAÇÃO Imperium e Hurricane 75

BÓIA

Solaris e Bullfight em destaque

CHOCOS

Guia prático de pesca

PROTEK 4, UM CARRETO DE SONHO


EDITORIAL

NOVOS TEMPOS

Com a adesão, cada vez maior, dos consumidores de todo o mundo ao digital, as publicações em papel são confrontadas com um desafio, e o Jornal da Pesca não é excepção. Apesar de ter a vida algo facilitada, por ser uma publicação gratuita que espera pelos pescadores nos locais onde eles vão sempre, a sua loja, o Jornal da Pesca também tem de estar consciente da preferência que cada vez mais pessoas, em todas as actividades, manifestam pela publicação digital. Todas as edições do Jornal, até aqui, estão disponíveis em suporte digital, um cuidado que a nossa equipa tem sempre para proporcionar a leitura aos pescadores que perderam a edição em papel na sua loja. Mas, face aos resultados que o Jornal tem tido, com cada vez mais leitores a pedir que essa disponibilização em formato digital seja feita mais cedo, sentimos que era altura de lançar uma nova colecção do Jornal apenas online, com mais edições por ano e, por isso, com uma capacidade de informar muito maior.

Se gosta das edições em papel, não se preocupe: continuarão a aparecer algumas vezes por ano na sua loja de sempre (e a próxima muito em breve). Mas hoje estreamos esta série e esperamos que o novo formato continue a satisfazer os leitores como até aqui.

UMA EDIÇÃO DE NOVIDADES

Mais de uma dúzia de novas soluções da Vega, para as mais diversas modalidades de pesca, são apresentadas com detalhe nesta edição. O surf casting, a pesca à bóia, o spinning, a pesca embarcada e a pesca ao achigã, principais disciplinas da pesca portuguesa, ocupam um lugar de destaque natural nas colecções da primeira marca portuguesa de produtos de pesca, e esta edição do Jornal só poderia centrar-se nas muitas propostas apresentadas aos pescadores para este ano. Esperamos que goste. Dinis Ermida

Nº 1 EDIÇÃO DIGITAL MAIO 2016 PROPRIEDADE Mundinautica, Lda. REDACÇÃO, PUBLICIDADE E MARKETING Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra T. 219 617 455 F. 219 617 457

EDITOR Jorge Mourinho DIRECTOR Dinis Ermida dinis.ermida@mundinautica.com REDACÇÃO Paulo Soares paulo.soares@mundinautica.com DEPARTAMENTO GRÁFICO Fernando Pina

PERIODICIDADE MENSAL PREÇO Gratuito NOTA As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei está proibida a reprodução ou utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito. © Mundinautica Portugal, Lda.


NOTÍCIAS

CARVALHAL

OPEN FOI SUCESSO Mais de oito dezenas de pescadores, muitas capturas e um ambiente de muito convívio fizeram do 4º Open de Pesca de Grândola um grande sucesso.

Vai a caminho de se tornar um clássico. A edição deste ano do Open de Pesca de Grândola, que decorreu na praia do Carvalhal, foi mais uma vez um sucesso,

graças à afluência de pescadores, à boa quantidade de capturas e ao ambiente de festa que se verificou quer na pesca, quer no almoço de entrega dos prémios.

A Vega também esteve presente e, além dos prémios para os primeiros lugares, como uma cana Kaiser Surf, um carreto TD 70 e outros, também organizou um passatempo em que ofereceu uma cana Concept Surf a um dos pescadores que experimentaram, na praia, as suas novidades de 2016 (veja a reportagem já nas próximas páginas). Bruno Cantigas, com seis peixes a valer 4239 pontos e com o maior exemplar da jornada, foi o grande vencedor do Open, seguido por Zélia Afonso (1211 pontos) e por Carlos Grácio (528 pontos).

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NOTÍCIAS

EXPANSÃO

VEGA ESTREIA-SE NOS EUA Com a Intimidator, uma cana de surf casting que resultou de uma longa série de testes no terreno, a Vega entra este Verão no exigente mercado norte-americano.

Em Outubro último, a Vega noticiou a preparação da sua entrada no mercado dos Estados Unidos, um dos maiores, a nível mundial, no que toca à pesca desportiva. Os consultores locais realizavam uma apu-

rada série de testes a diversos materiais, principalmente canas de pesca de mar, destinada a construir uma gama inteiramente adaptada às necessidades dos pescadores de cada região.

O primeiro grande resultado desse trabalho está, finalmente, à vista, e vai começar a chegar às lojas norte-americanas no próximo Verão. Chama-se Intimidator e é uma cana de surf casting desenvolvida exclusivamente para a pesca de fundo conforme é praticada naquele país, com exigências como a que estas imagens demonstram. Como outras que em breve serão divulgadas em mais pormenor, esta cana foi levada aos limites em sessões de pesca em tipos de fundo muito diversificados, com o mar em diferentes estados e ao longo de todo o ano, de modo a que a configuração final tivesse o poder de resposta mais adequado possível à realidade daquelas pescas. Os nossos parabéns a toda a equipa de consultores locais pelo trabalho desenvolvido!

DESCARREGUE GRATUITAMENTE

CATÁLOGOS VEGA ONLINE A actual oferta da Vega à distância de um clique: catálogos Vega 2016 já estão disponíveis online. Este ano, a Vega apresentou dois catálogos. Um deles com as grandes novidades da marca para 2016, nos segmentos das canas e dos carretos. A acompanhar cada produto, há uma série de dados técnicos

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e, inclusive, o preço de venda ao público recomendado pela marca. O outro catálogo, por sua vez, apresenta toda a actual oferta comercial da Vega, recheando as suas cem páginas

com as melhores propostas da marca. Consulte e descarregue gratuitamente!

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REPORTAGEM

2016

NOVA COLECÇÃO CHAMA ATENÇÕES TEXTO e IMAGENS Redacção

Algumas das novas soluções Vega de 2016 para surf casting chamaram as atenções, na edição deste ano do Open do CAP Grândola.

A

Vega aproveitou a realização do Open de Grândola, uma prova de surf casting que já se tornou um clássico, para apresentar alguns dos produtos que se destacam na sua colecção de 2016 para esta disciplina. A escolha do momento foi feliz, com dezenas de pescadores a experimentar três canas e três carretos que encheram as medidas.

INSIGNIA, O DESTAQUE NATURAL «Deixe lá ver a cana preta» era a frase que, invariavelmente, saía da boca dos pescadores que se aproximavam do paddock da Vega na praia do Carvalhal e eram convidados a experimentar uma das três canas em exposição. O novo topo de gama da marca para surf casting chamava as atenções pela sóbria cor negra mas, acima de tudo, pelo blank extremamente fino que ostenta — um pormenor a que qualquer pescador de competição está muito sensível ao fim de uma jornada como o Open do Carvalhal. Formando um equilibrado conjunto com o Hurricane 75, um carreto muito leve e com prestações evoluídas, e uma chumbada de 150 g, a InA Insignia impressionou por vários motivos, da espessura reduzida às sensações nos lançamentos

signia de 4.5 m brilhava nos constantes testes de lançamento a que era sujeita por um sem fim de pescadores. E os sinais de aprovação sucediam-se. Um dos pescadores rendidos à Insignia era Mário Guerra, já proprietário de duas canas Vega: «É muito confortável a lançar. Devo ter feito uns 120 m e já vi lançamentos aqui de 140, 150 m. Tem o meio-termo perfeito entre o ser rígida e o ser macia», considerou. «E os acabamentos são muito bons. Este porta-carretos é o ideal para se pegar. E este blank fino é muito, muito bom. Isto é que é uma arma! Justifica plenamente o preço que vai ter». José Grilo também não escondia a sua impressão favorável da Insignia: «Gostei muito da ponteira, é macia. A lançar a rodar, deve dar para distâncias muito grandes, eu devo ter passado os 140, 130 m. Tenho uma Potenza Hybrid, que para mim é uma das melhores canas que já tive. Mas esta Insignia consegue ser mais leve. Vê-se que está feita para conseguir distâncias longas, mesmo com linhas finas. E que excelentes acabamentos!».

A SOBRIEDADE DA IMPERIUM Num tom acobreado que servia de introdução à sobriedade do seu trabalhar, a Imperium não deixou de chamar atenções. Vítor Messias, por exemplo, ficou com vontade de a experimentar mais vezes:

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REPORTAGEM

UM TROVÃO AMARELO-VIVO

O comportamento espectacular da Imperium no lançamento

«Gostava de poder testá-la em situação real de pesca, com isco e com os fios habituais. Gostei muito da cana, tem uma reserva de potência que promete! Era bom era ver essa promessa com umas horas de pesca a sério». As mãos e o olhar percorriam os 4.5 m da cana, que merecia a sua aprovação: «Nunca tive uma cana da Vega. Se é desta? Talvez… Esta está muito bem acabada, não haja dúvida de que é uma cana que promete». André Gustavo, também adepto do surf casting, não participou no concurso, mas aproveitou o passeio em família para fazer uns lançamentos, a convite, e a Imperium agradou: «Bom, que leveza!», considerou, após o primeiro lançamento, efectuando de imediato o segundo. «Que prazer lançar com ela! Parabéns, é uma cana muito agradável, e trabalha como eu gosto. Gostei destes acabamentos», disse apontando para a pega anatómica e, depois, para o logo da Fuji que indica que os passadores são Fuji Alconite. «Vocês estão de parabéns!».

A terceira cana que a equipa da Vega disponibilizou aos presentes foi a Traffic Surf, uma cana que começa por impressionar pela cor mas que, depois de alguns lançamentos, impressionou por outros motivos. Quem o disse foi Carlos Silva, um pescador de lazer: «Muito boa a lançar! Está mesmo no ponto, para mim! Aqui diz acção de 100-250 g mas para mim chumbadas de 150 g como esta devem ser o perfeito para ela. Sente-se bem nos braços, a lançar, está muito bem». Pedro Ribeiro concordava: «A Traffic é boa lançadora. Podia ser um pouco mais rígida! Mas isso é mais um gosto pessoal, gosto mais de canas mais rígidas. Da Vega? Claro que conheço, tenho uma Super Caster!».

A Traffic mostrou a sua vocação lançadora

OS CARRETOS Para formar um bom conjunto de pesca é preciso um carreto que se equilibre bem com a cana, principalmente numa disciplina como esta, bastante baseada nos lançamentos. Por isso, a equipa da Vega escolheu atentamente os carretos acoplados a cada cana: Hurricane 75: A Vega escolheu o seu novo topo de gama para fazer uma autêntica demonstração de poder. Com dez rolamentos e um drag power de 10 kg, o Hurricane destaca-se pelo oscilar especialmente desacelerado da bobine (Slow Oscillation System) que contribui para um acamar do fio, nas recolhas, especificamente desenhado para facilitar os lançamentos.

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Cameron 75: A mesma construção e a mesma vocação guerreira que o Hurricane, que também lhe serve de modelo no que toca ao drag power de 10 kg, ao ratio de 4.3:1 e ao sistema de oscilação lenta da bobine. Mas tem uma estética mais sóbria e alguns ajustes no fabrico que lhe permitem apresentar um PVPR acessível a mais bolsas. Insignia 60: Com justiça, um dos carretos mais populares desta marca portuguesa, graças ao drag de alta qualidade, aos seis rolamentos em inox e ao excelente desempenho nos lançamentos. «Gosto muito deste carreto. Tenho três! É um grande carreto, não fica nada atrás dos de uma certa marca que tem uma grande fama», contou o pescador Pedro Ribeiro.

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NOVIDADES 2016

IMPERIUM 450 E HURRICANE 75

NOVOS PARADIGMAS DO SURF CASTING TEXTO e IMAGENS Redacção

A Vega lançou, este ano, uma cana e um carreto que prometem tornar-se referência no surf casting nacional. Fique a saber tudo.

O

surf casting foi uma das modalidades de pesca que mais evoluíram, tecnicamente, nos últimos anos. A acompanhar essa evolução, também os materiais que utilizamos, nomeadamente canas e carretos, se aperfeiçoaram bastante, tornando-se cada vez mais refinados no seu design e, mais importante, nas características e matérias-primas utilizadas na sua produção, indo ao encontro das expectativas dos pescadores que exigem prestações cada vez mais elevadas dos seus materiais. Para esta época, a Vega apresenta duas propostas que prometem transformar-se referências no surf casting nacional, a cana IMPERIUM e o carreto HURRICANE 75.

O COMPROMISSO PERFEITO A IMPERIUM, disponível em 4.50 m e com uma potência de lançamento até 300 g, vê o seu blank produzido em carbono de alto módulo da Mitsubishi. O recurso à nanotecnologia permite ‘mais com menos’, isto é, atingir o mesmo nível de características com recurso a menor quantidade de matéria-prima. Com isto, não só se consegue baixar o custo de produção, oferecendo um produto mais competitivo, como também se diminui o seu peso, com ganhos evidentes no conforto de utilização. O blank apresenta-se muito fino, com somente 22 mm de diâmetro na base do cabo e 21 mm no topo, sendo por isso praticamente nula a sua conicidade, o que permite uma enorme rigidez. A segunda secção, mais cónica, oferece também uma elevada rigidez, determinante na rápida resposta dinâmica ao esforço. Essa velocidade de resposta vai determinar grande parte da capacidade de lançamentos dos

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blanks, que no caso desta cana é muito elevada. A secção de ponteira é tubular, com acção muito poderosa e rápida, apresentando no entanto uma boa progressividade. Os componentes Fuji seleccionados para a sua montagem, passadores KW com armação em inox e anilhas Alconite e porta carretos DPSM GB, garantem prestações de alto nível e uma excelente durabilidade. Pormenores de acabamento como o punho anatómico que garante uma ‘pega’ muito eficiente e confortável, o reforço dos encaixes, o seu acabamento anti-deslizante para facilitar a montagem e desmontagem da cana e o underwrapping dos passadores para garantir maior protecção do próprio blank, elevam a fasquia e posicionam a IMPERIUM ao nível das melhores ofertas do mercado para a sua gama de preços. Em resumo, esta é uma cana de prestações muito elevadas ao nível do lançamento, revelando-se muito equilibrada na relação 7


NOVIDADES 2016

potência/sensibilidade e com acabamentos de gama superior, sendo aconselhada para pescas nocturnas a grandes exemplares e a mares ‘rijos’, em que seja exigido mais peso de chumbada.

MÁQUINA IMPARÁVEL O HURRICANE é o novo topo de gama da marca para o surf casting e apresenta características técnicas inovadoras e diferenciadoras. A destacar, temos o sistema de oscilação ultra lento da bobine, feito através de um Worm Shaft de alta precisão. Este sistema permite uma arrumação óptima do fio na bobine, com espiras paralelas sucessivas e sem quaisquer irregularidades. Esta bobinagem perfeita, em conjunto com as bobines cónicas, permite alcançar distâncias de lançamento só ao alcance de carretos de gama alta das grandes marcas internacionais — estes de preços muitíssimo mais elevados. O veio, em titânio, é muito mais resistente e leve do que os tradicionais, produzidos em aço inox. A roda de coroa e pinhão de ata-

Acabamento anti deslizante das zonas de encaixe e ‘underwrapping’ em todos os passadores.

Os encaixes, em ‘woven carbon’ K2, reforçam a fiabilidade da Imperium 450

que, fabricados por máquinas de comando digital, apresentam dentes helicoidais largos e precisos, contribuindo para uma elevada suavidade de funcionamento e uma enorme durabilidade. Já os dez rolamentos de esferas utilizados são de fabrico japonês e reduzem a fricção das engrenagens à sua expressão mínima, permitindo um desempenho e uma durabilidade muito optimizados. O drag estanque, de afinação micrométrica, revela-se muito preciso e sem solavancos, característica fundamental para todos os que pescam muito fino. A manivela mecanizada, com pega em EVA de alta densidade, está bem dimensionada e mostra-se muito confortável. Estamos, pois, na presença de um carreto de gama alta, com um design moderno e fino e um peso bastante reduzido, que no entanto não perde robustez nem performance. É fornecido com uma segunda bobine em alumínio, de menor capacidade, optimizada para a utilização de fios muito finos como os utilizados na competição.

A estanquicidade e a potência de 10 kg garantem prestações notáveis

A utilização do titânio no fabrico do veio é pouco comum nesta gama de preços

FICHAS TÉCNICAS VEGA HURRICANE · Tamanho disponível: 75 ·D rag power: 10 kg · E mbraiagem: Dianteira ·R olamentos: 10 ·B obines: 2 (alumínio, perfuradas) ·C apacidade: 300 m de 0.40 mm (bobine principal); 160 m de 0.35 mm (long casting)

·R atio: 4.3:1 ·M anivela: Articulada, Ambidestra ·P ega: Anatómica e almofadada ·N otas: Sistema anti-retrocesso de agulhas ·R otor balanceado ·P VPR: 165 €.

6345-450 IMPERIUM

· S ecções: 3 ·P eso: 560 g · Corpo: carbono de alto módulo Mitsubishi · A cção: 100-300 g ·C omprimento: 450 cm · Porta-carretos: Fuji DPSM GB (tubular)

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·P assadores: KW, com armação em inox e anilhas Alconite (0+1+6) ·P VPR: 228 €.

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NOVIDADES 2016

CANA 6540-530 SOLARIS

A RAINHA DA VERSATILIDADE

TEXTO e IMAGENS Redacção

Uma cana que dá resposta a dois tipos de solicitações completamente diferentes, graças a um mecanismo simples que facilita muito a vida ao utilizador.

S

e alguma vez houve uma cana que merecesse um olhar atento, é a Solaris. Principalmente por parte de quem é adepto de duas disciplinas completamente diferentes de pesca — o surf casting e a pesca com bóias pesadas, como a que se pratica em falésias como as da Costa Vicentina. E porque é que a Solaris consegue dar resposta a necessidades tão diferentes? Porque entre várias características que saltam rapidamente à vista, como a qualidade de construção e os bons acabamentos, há uma importantíssima mas mais discreta.

tância entre porta-carretos e tacão é muito inconveniente. Para manter o dedo no fio e detectar toques mais subtis, o pescador necessita de colocar a mão sobre o carreto, o que leva a que sobre muito cabo da cana a seguir ao cotovelo. É este o problema que o porta-carretos deslizante da Solaris vem resolver: com esta solução da Vega, o pescador consegue estar colado à parede, beneficiando de uma distância curta entre o porta-carretos e o fim da cana para pescar sem desconforto e sem se desequilibrar.

O PORTA-CARRETOS DESLIZANTE

SUPERFÍCIE ADEQUADA

O posicionamento do porta-carretos é um dos aspectos em que as canas de surf casting mais diferem das de pesca à bóia. Quem faz os lançamentos longos que são necessários na pesca de fundo precisa de um porta-carretos bem afastado do tacão da cana, de modo a que o pescador possa abrir os braços e potenciar o movimento de alavanca que fará a sua montagem voar por muitas dezenas de metros. Mas, em inúmeros pesqueiros de bóia, que muitas vezes deixam pouco espaço de manobra ao pescador, essa dis-

Uma ligeira compressão permite ao pescador fixar o porta-carretos no ponto da cana que lhe seja mais conveniente, passando a poder optar por um cabo longo, apto aos lançamentos do surf casting, ou por um mais curto, próprio dos pesqueiros de bóia. E se pensa que este deslizar pode ferir o blank, contribuindo para uma menor longevidade da cana, não se preocupe: ele está coberto com uma camada especial que fornece a protecção necessária.

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NOVIDADES 2016

DUPLA VOCAÇÃO Com 5.30 metros de comprimento e uma leveza extraordinária (apenas 560 g), a Solaris responde às exigências da pesca à bóia, inclusive a mais pesada, com bóias que passem os 50 g ou que cheguem aos 100 g, como é muito comum na Costa Vicentina e noutros locais do País onde se pesca em altura. Mas essa aptidão não a impede de funcionar muitíssimo

bem no surf casting, onde a qualidade do blank em carbono e a acção 80-230 g lhe garantem uma capacidade de lançamento adequada e uma sensibilidade que deixará bastante satisfeitos os amantes da pesca de fundo. Em suma: se as suas jornadas se dividem entre a bóia pesada e o fundo, tem aqui uma aliada para muitos anos. Pergunte pela Solaris na sua loja de pesca mais próxima e veja por si!

FICHA TÉCNICA

6540-530 SOLARIS · S ecções: 5 ·C orpo: Carbono ·C omprimento: 530 cm ·P eso: 560 g

·A cção: 80-230 g · Tipo de acção: Semi-parabólica ·P assadores: SiC (seis)

·P orta-carretos: Tubular, ajustável ·A presentação: Saco de pano preto ·P VPR: 121 €

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NOVIDADES 2016

CANA 6650 BULLFIGHT EVOLUTION

FASQUIA AINDA MAIS ALTA

TEXTO e IMAGENS Redacção

Já era difícil melhorar uma das canas com maior reputação na pesca à bóia em Portugal, mas a Vega conseguiu.

E

sta cana representa o maior sucesso de vendas da pesca à bóia nos últimos anos em Portugal, e não é por acaso: é por causa de uma relação qualidade/preço que a tornou referência de mercado. Por isso, lançar uma nova versão em 2016 seria arriscado, mas, a julgar pelas primeiras reacções nas lojas, o Bullfight regressa com uma nova versão que vai dar que falar.

COMPETITIVA A Evolution está disponível em três comprimentos — 4.00 m, com quatro secções e um peso de 310 g; 5.00 m, com cinco secções e 420 g; e por fim 6.00 m, com seis secções e 570 g. Todas têm passadores em SiC (com qualidade revista e melhorada), a acção mais representativa da pesca à bóia (20-100 g) e um corpo em carbono que apresenta uma acção semi-parabólica e garante um poder de levantamento de 4 kg. A esse poder de levantamento não será estranho o reforço do terceiro e do quarto elementos, com o fim de aumentar

a rigidez geral e a rapidez do blank, bem como a sua fiabilidade. Este blank conta com um tipo de reforço integral, o CCYR (Cross Carbon Yarn Reinforcement) que aumenta a sua resistência a estrutural, ao desgaste e aos lances de pesca. A Vega optou também por um revestimento termo-retráctil na zona do cabo, para uma pega mais confortável, com maior aderência, o que é muito importante numa pesca em que se está em permanência com a cana na mão e em que se mexe muito em engodos e iscos.

CONCLUSÃO Feitas as contas (e de contas se trata, porque esta Bullfight Evolution coloca ao dispor dos amantes da pesca à bóia características que, noutros casos, só com investimentos muito maiores estariam disponíveis), esta solução da Vega conseguiu melhorar o que já estava excelente — e vai continuar a ser uma das canas mais vistas nos pesqueiros de todo o País.

FICHA TÉCNICA

6650 BULLFIGHT EVOLUTION · S ecções: 4 / 5 / 6 ·C orpo: Carbono de alta resistência ·C omprimento: 400 / 500 / 600 cm ·P eso: 310 / 420 / 570 g

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·A cção: 20-100 g · Tipo de acção: Semi-parabólica · L evantamento: 4 kg ·P assadores: SiC (nove / dez)

·P orta-carretos: Cremalheira ·A presentação: Saco de pano ·P VPR: a partir de 57 € 12


NOVIDADES 2016

CANA 6230-300 PRIME SPIN

VENHA O QUE VIER

Esta nova proposta da Vega foi pensada para quem quer fazer face a situações muito variadas na pesca no mar com amostras.

TEXTO e IMAGENS Redacção

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NOVIDADES 2016

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er uma boa cana de spinning, hoje em dia, não é fácil. Tem de ser bastante leve, para se mostrar confortável (numa disciplina em que a cana está praticamente o tempo todo na mão do pescador); mas ao mesmo tempo robusta, para transmitir confiança. Tem de ser rígida nos locais certos, para permitir ao utilizador lançar um leque relativamente amplo de amostras e pesos; mas ao mesmo tempo sensível o suficiente para assinalar os toques. Tem de ser forte, para aguentar lutas mais duras, com peixes maiores que possam surgir; mas ao mesmo tempo maleável o bastante para que o pescador consiga gerir os arranques do peixe. Tem de ter uma aparência interessante e equilibrada; mas ao mesmo tempo manter o bom aspecto mesmo com vários anos de utilização. E, como se tudo isto já fosse pouco, tem de ser fabricada em materiais resistentes, para garantir uma longevidade que leve o utilizador a respeitar a marca; mas ao mesmo tempo tem de ter um preço que não a torne inacessível.

EQUILÍBRIO Conseguir um compromisso equilibrado entre todos estes requisitos não é fácil; mas é aí que a constante procura da Vega pelas melhores soluções entra em cena. A Prime Spin é uma cana de 3 m, em duas secções, que baseia as suas valias no excelente blank em carbono de alto módulo de última geração. Muito leve mas com uma robustez assinalável e uma acção bastante rápida, este blank apresenta uma ponteira cujo terço superior é relativamente macio, o que se revela uma vantagem no lançamento de amostras leves. Mas o resto da ponteira e o cabo são bastante potentes, o que confere à cana uma capacidade de elevação testada de 8 kg e uma potência considerável para o combate a peixes grandes — podendo inclusive ser utilizada na pesca às corvinas, a partir de terra! Além disso, vem inteiramente equipada com componentes Fuji, sempre uma garantia de longevidade. Visite a sua loja de pesca e veja por si.

FICHA TÉCNICA

6230-300 PRIME SPIN · E strutura: Encaixes · S ecções: 2 · Corpo: Carbono módulo

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de

·C omprimento: 300 cm ·P eso: 250 g cção: 30-80 g alto · A ·P assadores: Fuji (1+8)

·P orta-carretos: Fuji, tubular · Capacidade de levantamento: até 8 kg · VPR: 108 €.

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PRÁTICOS

DICAS PRÁTICAS PARA

PESCA AO CHOCO

TEXTO e IMAGENS Redacção

Com a temporada destes deliciosos cefalópodes ainda bem lançada, tome nota destas dicas que podem ser úteis nas suas jornadas.

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estas próxima semanas, tem muitas oportunidades para conseguir umas boas jornadas de pesca ao choco. Aproveite estas dicas:

1. PROCURE FUNDOS MISTOS Apesar de conseguir mudar de cor, o choco gosta muito de permanecer sobre fundos que juntem rocha, areia e/ou vegetação, quer como camuflagem para os seus ataques, quer para se proteger dos seus próprios predadores. Quando pescar embarcado use a sonda e tente explorar transições entre tipos de fundos. Já se pescar apeado, procure fazer o reconhecimento da zona na maré baixa por forma a concentrar as suas acções nestas áreas de transição.

MATERIAL Com grande variedade de cores, a gama de palhaços Akada tem eficácia comprovada em todos os tipos de fundo. O Live Fish dourado (ver imagem na página seguinte) é exemplo de uma das cores com mais capturas todos os anos.

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2. NÃO FERRE ‘À BRUTA’… Ao sentirmos o ataque, temos sempre o instinto natural de ferrar, um acto que na pesca ao choco não tem o mesmo papel que noutras pescas. Por vezes, até, o choco ferra-se sozinho, e ao tentarmos espetar o anzol com força podemos estar a afastar o palhaço para longe dele, deitando fora tudo o que fizemos bem até então. Se quiser mesmo ferrar, faça apenas um gesto com o pulso, não precisa de mais.

3. …E NÃO USE CANAS MUITO RÍGIDAS Pelos mesmos motivos, devemos optar por canas algo macias, cujas ponteiras tenham alguma tolerância para os nossos movimentos e para a tensão que o choco cria. As canas rijas rasgam os tecidos do corpo do choco, e perdemos o lance.

MATERIAL Canas como a Tomcat [ver caixa], dotadas de grande sensibilidade, facilitam o acto da ferragem.

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PRÁTICOS

4. RECOLHA COM CALMA

5. DESFERROU? ABRA A ASA DE CESTO, DEPRESSA!

Considerando a qualidade das coroas existentes nos palhaços e a moleza do corpo dos chocos, é bem possível que muitas ocasiões em que a nossa captura se desferra se devam ao facto de estarmos a recolher depressa demais. O truque é recolher devagar, para não rasgar o choco, mas de forma regular, para a linha estar sempre esticada. É comum sentirmos um ataque e, quando recolhemos, vermos que vem lá um choco ou um polvo… mas agarrados à chumbada ou ao fio, e como não fomos muito brutos na recolha (nem na ferragem), ainda vamos a tempo de os apanhar.

No entanto, se já tinha recolhido o choco até uma certa altura e ele se desferrou… abra imediatamente a asa de cesto do seu carreto. É que… o choco ainda está activo! Assim que se desferra, ele regressa imediatamente para o fundo onde estava, e se nós abrimos a asa de cesto, a chumbada vai fazer com que o palhaço passe mesmo à frente dele, e o choco ataca-o novamente. É muito comum, quando se faz isto, sentirmos o ataque do choco quando a chumbada ainda não teve tempo de chegar ao fundo.

MATERIAL Não sendo muito exigente com os carretos, na pesca ao choco devemos utilizar um carreto de tamanho 40/60, equilibrado com a cana que usarmos. O Empire 40 é uma boa alternativa, com um ratio equilibrado e cinco rolamentos, oferece uma elevada resistência e um peso reduzido.

Squid jig e toneira Akada, na cor rosa

O dourado é uma das cores com resultados mais notáveis

FICHAS TÉCNICAS VEGA EMPIRE 40 ·R olamentos: 5 ·B obines: 2 · Capacidade: 200 m de 0.30 mm (bobine principal); 150 m de 0.25 (bobine match) · Embraiagem: dianteira · Ratio: 5.1:1

·M anivela: Articulada, ambidestra ·P ega: Anatómica ·P VPR: 40 € ·N otas: Sistema anti-retrocesso de agulhas · Rotor balanceado · Bobines em alumínio · Outros tamanhos disponíveis: 20 e 60.

2208-160 TOMCAT

· E strutura: Encaixes · S ecções: 1+1 MAIO2016 ·C orpo: Fibra de vidro maciça

·C omprimentos disponíveis: 160 ou 180 cm ·A cção: 30-100 g

·P assadores: SiC (dez) · Porta-carretos: Tubular ·P VPR: a partir de 24 €.

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NOVIDADES 2016

PROTEK 4

REALMENTE INOVADOR TEXTO e IMAGENS Redacção

Na incessante busca por evoluções técnicas e ao nível dos materiais que apresenta aos pescadores, a Vega sobe uma vez mais a parada e propõe um carreto realmente inovador.

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Protek 4 é um concentrado de tecnologias, oferecendo uma mecânica muito fluída num corpo extremamente robusto. Logo ao primeiro contacto, destaca-se o design arrojado e a conjugação pouco comum de materiais no fabrico do seu corpo. Este e o pé, produzidos em liga de alumínio de elevada rigidez, são engenhosamente acoplados a uma poderosa armação em aço inox que serve, ao mesmo tempo, de base para o corpo e para o pé, permitido conjugar uma enorme resistência estrutural e um peso total bastante reduzido, com um design realmente distintivo. A manivela mantém a sua estrutura em aço inox e alumínio, ofe-

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recendo uma pega em EVA de alta densidade que se revela bem dimensionada e confortável. O rotor, também produzido em alumínio, apresenta uma original forma em arco, o que permite aligeirar todo o conjunto, conservando a resistência face ao design mais tradicional, e oferece uma maior fluidez de rotação.

CONSTRUÍDO PARA IMPRESSIONAR Mecanicamente, o Protek 4 está equipado com nove rolamentos de esferas, japoneses, para um superior apoio das engrenagens móveis e com um rolamento de agulhas que impede o retrocesso infinito do rotor, aumentando a capacidade de ferragem e o conforto de utilização. A roda de coroa, produzida em duralumínio, é sobredimensionada e apresenta os dentes mais largos e de engrenagem helicoidal de 17


NOVIDADES 2016

O rotor aberto e em arco aumenta a fluidez de rotação, mantendo os níveis de resistência e reduzindo o peso

Roda de coroa sobredimensionada, com dentes de engrenagem helicoidal e sistema de elevação da bobine apoiado em dois rolamentos, para maior precisão

alta precisão, o que potencia a fluidez e diminui o desgaste. A elevação da bobine é feita através de um sistema de roda dentada de grande precisão, permitindo uma bobinagem de distribuição perfeita — inclusive com multifilamentos. O drag, sistema fundamental no combate com grandes exemplares, é composto por três discos em carbono impregnados de uma massa especial que optimiza a eficiência energética do mesmo, permitindo uma potência real de 8 kg e apresentando uma afinação micrométrica que evita os indesejáveis solavancos e consequentes roturas dos fios. Este carreto vem equipado com duas bobines de alumínio perfuradas, uma com capacidade para 200 m de fio 0.30 mm e outra para 150 m de 0.25 mm — esta mais adequada à utilização de multifilares. O rácio de recuperação é de 5.1 voltas de rotor por volta de manivela, permitindo a recolha de cerca de 75 cm de fio a cada manivelada. Este rácio permite ainda um elevado equilíbrio entre velocidade e força.

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A construção blindada evita a intrusão de impurezas, conservando uma rotação fluida e precisa do Protek 4

A bobine suplementar, com capacidade para 150 m de 0.25 mm

CONCLUSÃO Sendo um carreto muito robusto e equilibrado, é ideal para todas as pescas de spinning ligeiro, como o praticado aos robalos, assim como para a maioria das técnicas de bóia praticadas em Portugal. O Protek 4 é, pois, um carreto de gama alta, destinado aos pescadores exigentes que pretendam alguma exclusividade nos seus materiais apresentando ainda assim uma relação qualidade/preço excepcional.

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