Jornal da Pesca Nº 018

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CHEGOU A INTERNET MÓVEL MAIS RÁPIDA DE SEMPRE!

18 ANO IV

JUNHO 2014 TRIMESTRAL GRATUITO DIRECTOR DINIS ERMIDA jornaldapesca@mundinautica.com

p. 6

COMPORTAMENTO DO ROBALO com Fernando Encarnação

p.18

SALTBanco JERK 330 E ACCORD 40 de ensaios com Fernando Corvelo

p. 20

ACHIGÃSDicas GRANDES NO VERÃO de Jaime Sacadura

77 SOLUÇÕES p. 22

A BARRAGEM DE FRATEL com José Gomes Torres

PARA PESCA COM AMOSTRAS

AS REPORTAGENS MAIS INTERESSANTES DE CAÇA E PESCA DA PENÍNSULA IBÉRICA.

OS MELHORES CONTEÚDOS INTERNACIONAIS.

300 HORAS DE ESTREIAS ANUAIS

p. 9


EDITORIAL

Números históricos

Um estudo recente efectuado nos registos oficiais do software de gestão utilizado na casa-mãe da VEGA não deixa margem para dúvidas: somando os resultados do mercado nacional e de exportação, a insígnia portuguesa alcançou no mês de Maio de 2014 a marca histórica do meio milhão de canas de pesca, vendidas desde o virar do século. O mesmo estudo mostrou que, relativamente a carretos, a VEGA caminha a passos largos para a marca das 250.000 unidades vendidas no círculo Portugal + Europa, no mesmo período de 2001 a 2014. Isto significa que, só nas duas principais categorias do mercado, há quase 750.000 produtos VEGA, distribuídos por mais de vinte disciplinas de pesca diferentes, cada um deles concebido, desde o primeiro traço, para as necessidades específicas da pesca em cada um dos dez países em que a Vega está presente neste momento. «Para nós é um motivo de enorme orgulho e satisfação pensar que, trilhando o nosso próprio caminho, conseguimos criar produtos ao longo destes

25 anos de existência da marca que permitiram, provavelmente, a tanta gente experimentar as alegrias da pesca», considerou Jorge Mourinho, um dos responsáveis da marca. «Graças a este trabalho, existem centenas de milhares de pescadores, nestes anos, em Portugal e noutros países, que puderam ter acesso a materiais de pesca com qualidade, a preços justos e adequados à realidade de cada um desses mercados». E este registo histórico diz respeito apenas a uma marca, portuguesa de nascença e hoje assumidamente global. Pensando na diversidade de marcas no nosso País, fica fácil perceber como a pesca ajuda milhares de pessoas a ter uma prática desportiva nas suas vidas. E como este desporto, alimentado por importadores, lojas e consumidores, contribui para os cofres do Estado, em taxas, impostos, salários e contribuições. Talvez fosse bom este mercado receber outro respeito por parte das autoridades. Dinis Ermida

Nº 18 ANO IV

EDITOR

Impressão

JUNHO 2014

Jorge Mourinho

Dilazo, S.A. ZI Frielas - Rua Cidade de Aveiro, 7 - A Armazém C - 2660-081 FRIELAS T. 219 897 340 F. 219 886 058 DISTRIBUIÇÃO Chronopost TIRAGEM 7.500 Exemplares PERIODICIDADE Trimestral PREÇO Gratuito ERC Nº registo: 125807 DEPÓSITO LEGAL Nº 305112/10

PROPRIEDADE Mundinautica, Lda.

REDACÇÃO, PUBLICIDADE E MARKETING Lourel Park, Ed. 5 2710-363 Sintra T. 219 617 455 F. 219 617 457

DIRECTOR Dinis Ermida dinis.ermida@mundinautica.com

Redacção Paulo Soares paulo.soares@mundinautica.com Nádia Cunha nadia.cunha@mundinautica.com

Nota:

COLABORAM NESTE NÚMERO

As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito.

APPA, Fernando Corvelo, Fernando Encarnação, Jaime Sacadura, José Gomes Torres, Pro Bass Nation, Ramon Vaz Meneses, Rui Santos.

© Mundinautica Portugal, Lda.

DEPARTAMENTO GRÁFICO Fernando Pina


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NOTÍCIAS Bass Nation Portugal

APPA / ESCOLAS

Circuito de margem já arrancou

Protocolo renovado

A barragem da Guiné, em Monfortinho, acolheu, nos dias 17 e 18 de Maio, as primeiras duas provas do circuito de margem da Bass Nation Portugal, com a presença de quase três dezenas de pescadores. A ocasião ficou marcada pelo regulamento inovador, que permitia deslocações de pescadores mesmo com peixe por pesar e só admitia exemplares com 27 cm, penalizando atletas que apresentassem peixes abaixo dos 25 cm, e pela presença das equipas de fiscais, cuja prontidão permitiu que os Victor Manuel teve um peixes ficassem «retidos por períodos fim-de-semana de ouro de tempo reduzidos», comentou Alberto Nunes, um dos participantes. O primeiro dos dois dias ficou ainda marcado pela abundância de capturas, com quinze pescadores conseguir atingir o limite de cinco peixes e sem qualquer grade, ao passo que no segundo só houve quatro limites e já houve quatro grades. Victor Manuel, do Mirandela Bass, que conseguiu limites nos dois dias e somou 6540 pontos, saiu deste primeiro fim-de-semana de provas no topo da classificação — também conseguiu o maior exemplar da prova. O 2º lugar coube a Fausto Leonor, do Crazy Bass, também com limites em ambos os dias e 3630 pontos, enquanto Nuno Duarte fechou o pódio com nove capturas e 3550 pontos. As próximas rondas do circuito serão realizadas na barragem de Vilarelhos, a 27 de Setembro, e Cedães, a 28.

Alunos de Figueira de Castelo Rodrigo mostram interesse na pesca

A APPA anunciou a renovação do protocolo anteriormente assinado com o Agrupamento de Escolas de Figueira de Castelo Rodrigo, saudando o regresso dos alunos destas escolas às competições daquela Associação. «Para esta situação, muito tem contribuído o empenho e interesse do Professor José Manuel Maia Lopes, marcando presença nas provas da zona Norte do Torneio Ventura Silva 2014», considerou a APPA, em comunicado. «Assim o agrupamento voltou a estar presente nas provas da APPA, o que bastante nos alegra». Esta re- n o vação permitirá a presença dos alunos na próxima prova, na Barragem do Carril, em Tomar, pelo que a direcção da APPA defendeu que se tratará de «uma prova bastante renhida». Pelo menos um aluno do agrupamento estará presente na finalíssima do Torneio.

EQUIPAMENTOS

TORNEIO VENTURA DA SILVA

Lifedge protege iPhone

Paulo Duarte vence na Coutada

Paulo Duarte com o maior exemplar da jornada

A Lifedge, marca especializada na protecção de gadgets, lança uma nova capa para o iPhone 5 e 5s 100% à prova de água, poeiras e choques. Permitindo o acesso a todas as funcionalidades do aparelho (excepto o sensor de impressão digital), botões, câmara, carga, dados, Wifi, 3G, 4G e auscultadores, a capa inclui um conjunto de acessórios úteis em todas as situações de exterior, seja no pesqueiro ou a bordo de um barco, e está disponível em quatro cores: cinza, azul água, preto e verde. Os interessados podem ainda adquirir à parte a pulseira flutuante e o acessório multiplex.

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Com dois peixes, medindo 30 e 48.8 cm (este último o maior exemplar da jornada) e valendo 38.8 pontos, Paulo Duarte teve em Maio uma estreia excelente no Torneio Ventura da Silva 2014, da APPA, na albufeira da Coutada, em Vila Velha de Ródão. Joaquim Varela, com 31.2 pontos, fruto da captura de três achigãs com 33.8, 27.0 e 30.4 cm, ficou em 2º lugar, ao passo que João Oliveira fechou o pódio com um exemplar de 35.6 cm (15.6 pontos). A segunda prova da Zona de Apuramento Norte decorre a 6 de Setembro na Barragem do Carril, e definirá os pescadores apurados para a finalíssima do Torneio Ventura Silva 2014. JUNHO 2014


NOTÍCIAS LEGISLAÇÃO

COM O VANGUARD DR640

Proibição de arrasto em alto mar Yamaha testa novo F115B Portugal acaba de decretar a proibição da pesca de arrasto e com redes de emalhar de fundo numa área superior a dois milhões de quilómetros quadrados do Atlântico Norte.

Pesca de arrasto também na mira das autoridades comunitárias

O Ministério da Agricultura e do Mar publicou uma portaria que proíbe a utilização de redes de arrasto e de emalhar de fundo numa área que inclui zonas dentro do limite das 200 milhas de Zona Económica Exclusiva e de alto mar, na zona abrangida pela plataforma continental estendida de Portugal ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. «Com esta legislação, Portugal tem agora protegido quase todo o seu leito marinho profundo das práticas de pesca de fundo mais destrutivas», comentou Gonçalo Carvalho, da Sciaena (Associação de Ciências Marinhas e Cooperação), membro de uma coligação para a conservação dos fundos oceânicos, a Deep Sea Conservation Coalition. Um estudo publicado em Maio deste ano na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences concluiu que o «arrasto de fundo intenso e ininterrupto é responsável por transformar grandes porções do talude continental profundo em desertos de fauna e paisagens marinhas altamente degradadas». O Conselho Europeu está, actualmente, a debater um novo regulamento para a gestão da pesca de profundidade no Atlântico Nordeste com o propósito de proteger os ecossistemas de águas profundas e a Comissária Maria Damanaki propôs mesmo uma eliminação gradual do uso de redes de arrasto de fundo no alto mar em toda a Europa e uma transição para artes e métodos de pesca selectivos e de baixo impacto ambiental.

Em Maio, a Yamaha Motor Portugal chamou a imprensa portuguesa a Cascais para apresentar o seu novo fora-de-borda F115B, uma evolução sobre um modelo de enorme sucesso recente do fabricante nipónico, o F115A, que se destaca pelos consumos mais reduzidos, pela maior leveza e pela manutenção mais fácil. Este novo bloco da Yamaha foi montado num semi-rígido também inovador, o Vanguard DR640 Diving, construído em Vila Nova da Cerveira pela Vanguard Marine, que há muitos anos constrói os barcos da marca Valiant. Trata-se de uma embarcação cheia de pormenores como os arrumos e os corrimões abundantes que promete muita utilidade a pescadores, caçadores submarinos e escolas de mergulho. Proporcionou uma condução muito agradável, mesmo em curvas apertadas, adornando apenas até apoiar o flutuador na água e sempre sem o motor cavitar. Em suma, um conjunto que permite tirar proveito das saídas de mar, com tecnologia de ponta e fabricado de qualidade, sem pesar demasiado na carteira.

PESCA DESPORTIVA DE ALTO MAR FUNDEADA, JIGGING, CORRICO E SPINNING SAÍDAS TODOS OS DIAS DA SEMANA PASSEIOS NA COSTA ESTORIL/CASCAIS

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COSTA

ROBALO

TEXTO E IMAGENS Fernando Encarnação

PREDAÇÃO E COMPETIÇÃO Quais os papéis que a predação e a competição desempenham na vida dos peixes? E como afectam os desenvolvimentos dos seus efectivos? É o que Fernando Encarnação mostra neste artigo.

O

s predadores são os animais que atacam, matam e se alimentam de presas, em geral indivíduos de outras espécies. É certo que nem sempre têm êxito nas suas investidas ou caçadas, pois os seus alvos também desenvolvem mecanismos de defesa; logo, pelo princípio da poupança de energia, os predadores tendem a caçar o alvo mais fácil ou a colocar-se em zonas onde poderão enfrentar situações de forte

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agitação e correntes, propícias como fontes de alimento. Na maior parte das vezes, os predadores optam por escolher os mais fracos ou doentes, seleccionando-os quando encontram vários indivíduos ou concentrando toda a sua capacidade de caça naqueles que encontram no seu território de caça e que serão a sua ‘refeição’. Os exemplares mais fortes e robustos, se não forem caçados ficarão para se reproduzir, pelo princípio da evolução das espé-

cies. Com isto, podemos concluir que os predadores contribuem no equilíbrio do ecossistema.

O papel da competição

Poderá existir predação sem competição e vice-versa? Não. Quando falamos de competição, temos de a associar à vida e à morte. A vida de uns que caçam e se alimentam de outros que morrem, uma vez que se verifica também algumas manifestações de agressividade dentro da competição. Por

norma, a competição traduz a interacção de indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes que disputam algo ou procuram simultaneamente um recurso essencial do meio, que é limitado. No topo dos motivos da competição, encontram-se a alimentação, o território, procura de parceiro fêmea/macho para reprodução, etc. Conforme as espécies que frequentam a linha de costa, a competição poderá gerar-se por: JUNHO 2014


COSTA

3 amostras para robalo

… que estão mesmo a pedir mar: SAKURA SMART MINNOW 165 F

Com 165 mm e 31.5 g, este minnow flutuante de meia água (afunda até 1.5 m nas recolhas) foi pensado para as alturas em que é preciso ter uma amostra grande no tamanho… e na eficácia. Destacando-se os lançamentos longos, mesmo em dias de muito vento, e pelo comportamento na água, mesmo em mar revolto, graças ao sistema de transferência de peso, este minnow chama as atenções do robalo pelas vibrações que produz e pelas seis cores disponíveis.

SAKURA REEFSAND MINNOW 120-130 SP

Um corpo pensado para voar como um míssil nos lançamentos e para simular peixes-presa muito comuns na dieta do robalo é o ponto forte deste minnow ‘suspending’, disponível em dois tamanhos (120 mm, com 14.8 g, ou 130 mm, com 18 g) e nove cores hiper-realistas. Na camada mais superficial da água (afunda até 80 cm), estas cores e a forma do corpo apelam aos olhos do robalo, ao passo que as três esferas de metal inox no interior e a paleta emitem vibrações impossíveis de falhar, em águas mexidas ou turvas.

SAKURA L16 KONEEL

Literalmente, este é um vinil de perder a cabeça. Além da aparência muito realista e do funcionamento da cauda na água, esta nova proposta da Sakura permite ao pescador remover, manualmente, a cabeça original para a substituir por cabeçotes dos mais variados pesos e tamanhos, pelo que um único vinil representa, na verdade, uma enorme variedade de soluções. A consistência do corpo foi pensada de propósito para numerosas trocas de anzóis.

PROCURA DE ALIMENTO Imaginemos quando algumas espécies se fixam em determinadas zonas, a título de exemplo, os robalos, quando patrulham determinada área, competem entre si por alimento, ou seja os mais aptos e caçadores serão os que, teoricamente, terão mais capacidades de conseguir alimento — não é que os outros não consigam, mas certamente conseguirão em menor quantidade. É certo que estamos a mencionar uma pequena característica das muitas que teremos de associar no conhecimento de determinadas espécies, mas esta é, sem dúvida, uma das mais importantes. TERRITÓRIO Seja por um local associado a uma zona onde abundam recursos ou alimento, seja uma zona que proporciona ocultação ou abrigo, quer entre a fase em que a espécie estará mais vulnerável (dia/noite) — por exemplo, quando um safio ou uma moreia chegam

a uma fenda e se instalam, ou até mesmo quando se refugiam temporariamente na baixa-mar (robalos, sargos e até douradas). O território, através do domínio de uma área de reprodução ou acasalamento, está também interligado com a competição; a evolução das espécies diz-nos que os indivíduos mais preparados e mais fortes deixam descendência através da reprodução, em detrimento dos mais fracos. RECURSOS NATURAIS A competição pode ser ainda definida pela capacidade de utilização dos recursos naturais que determinadas espécies têm ao seu dispor no ambiente natural que frequentam. Uns poderão deslocar-se na procura de mais recursos ou de um ambiente mais tranquilo, enquanto os mais fortes permanecerão na área. Claro está que as espécies acima da cadeia trófica poderão determinar essa permanência ou não, uma vez que, se existir

Quando os robalos patrulham determinada área, competem entre si por alimento


COSTA A competição pelo território é um dos modos como a natureza selecciona os exemplares de cada espécie

A questão do nicho Cada espécie tem o seu nicho ecológico, que é o modo de vida de um ser vivo ou espécie, o que inclui o conjunto de actividades que desempenha no ecossistema em que se encontra: o que come, quando se encontra mais activo ou inactivo (de dia ou de noite), como se reproduz, etc. Nicho ecológico é a ‘profissão’ de uma espécie ou organismo. E qual será o nicho ecológico do robalo? Poderemos concluir que será predador. Poderão existir duas espécies na mesma localidade se têm exigências ecológicas idênticas? Poderão, em alguns casos, mas por norma irá existir competição por alimento, território, abrigo, etc. Por exemplo, quando um safio ou uma moreia chegam a uma fenda e se instalam, essa fenda será da espécie que lá chegar em primeiro lugar, com excepção de a fenda conter mais que uma ‘moradia’, caso em que poderão coabitar.

um número elevado de predadores de certa espécie, essa mesma espécie não conseguirá permanecer nesse local por muito tempo, uma vez que, servirá de alimento ao predador e/ ou não conseguirá fazer o seu ciclo normal como espécie (reprodução, alimentação, etc.).

Conclusão

A competição tem consequências evolutivas importantes nas espécies, a mesma favorece a especiação, pois a selecção natural tende a aumentar as diferenças ecológicas entre as espécies em competição, favorecendo assim a sua entrada em novos nichos. Por vezes, isso ocorre por uma radiação adaptativa, ou seja, uma divergência evolutiva dos membros de uma população

inicial, constituindo normalmente subespécies, como é o caso do sargo (o género Diplodus agrupa 22 espécies e subespécies). A especiação é, basicamente um ensaio de sobrevivência, com o objectivo gradual de reduzir ou eliminar a competição entre populações, como tal, a existência de uma nova espécie seria então uma tentativa de coexistir de modo mais eficaz. Quanto à predação, é um factor limitativo à invasão e instalação de novos organismos ou espécies, podendo abrir novos espaços ecológicos e actuar como agente de mudança, alterando não só os ecossistemas, mas favorecendo especiações, facilitando, assim, a entrada e fixação de outras espécies.


ESPECIAL

VEGA ∙ AKADA ∙ POTENZA ∙ SERT ∙ GARBOLINO ∙ SAKURA ∙ SUNSET

NOVIDADES 2014

VEGA AKADA MT 30 E 40

O topo-de-gama da Vega para spinning está ainda melhor, na nova versão para 2014, graças a alguns detalhes inovadores. Entre eles a bobine perfurada, que o torna ainda mais leve, o novo rodízio com titânio para reduzir a fricção da linha e evitar novelos ou a nova pega soft touch. Disponível em dois tamanhos, para achigã ou spinning de mar, tem corpo em alumínio, 12 rolamentos inox, sistema sem-fim e uma vocação lutadora que o impressionará.

VEGA AKADA LH

A nova proposta da Akada para casting destaca-se pela leveza (175 g) de um corpo construído em carbono, garantia de resistência à corrosão e ao desgaste. A qualidade de construção também se nota no rolar silencioso e macio (10+1 rolamentos) e na manivela em carbono, com pega em EVA — mas os amantes do casting apreciarão muito o travão centrífugo ajustável, com seis pins, a capacidade para 140 m de linha 0.30 e o ratio de 7.0:1. JUNHO 2014

VEGA FINESSA LH

VEGA LT 300 E 400

Do achigã ao spinning de mar, o LT é referência da versatilidade na pesca com amostras. Com oito rolamentos, rotor balanceado, sistema anti-retrocesso das agulhas (para ferragens mais imediatas) e um peso surpreendentemente leve, vem de série com duas bobines — no 3000, que tem ratio de 5.0:1, com capacidades para 200 m de 0.25; no 4000, que tem ratio de 5.5:1, com capacidade para 200 m de 0.30.

Pelo nome, pelo design inovador, pela pintura mate e pela sensação de qualidade que transmite, o pescador poderá ter receio de levar aos limites esta autêntica jóia, mas não se deixe enganar: a robustez do Finessa, os 8+1 rolamentos e a construção em metal anodizado pedem meças a qualquer carreto de casting do mercado. Como o Akada LH, tem travão centrífugo ajustável, com seis pins, ratio de 7.0:1 e capacidade para 140 m de linha 0.30.

VEGA SLATER LH

A fechar a gama de carretos de casting da Vega, e munido do mesmo travão centrífugo ajustável do Finessa, com seis pins, o Slater LH também é construído em metal anodizado e também enche 140 m de 0.30. Tem pega em borracha, 3+1 rolamentos, um ratio de 6.3:1 e pintura resistente ao desgaste.

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ESPECIAL

VEGA 2235 LUXXE SPIN

Fabricada em carbono Nanoflex e kevlar reforçado, com nove passadores Fuji Alconite e um peso total de apenas 245 g, a Vega Luxxe Spin 2235 promete potenciar a eficácia nas mãos do pescador. A pega em EVA, com acabamentos em cortiça, proporciona um conforto acrescido, e a acção de ponteira traz a sensibilidade necessária para sentir os ataques. Está disponível em 3.00 m, com acção 10-45 g.

VEGA 2280 SALT JERK

Com corpo em carbono de alto módulo C5 e pesando apenas 255 g, passadores Fuji Alconite, anel de segurança para as amostras e pega em EVA, com acabamentos em cortiça, a Salt Jerk 2280 é muito mais do que uma cana visualmente apelativa. O corpo, de 3.30 m, tem dois segmentos, que ficam com um comprimento que facilita o transporte e a arrumação, e a acção de 15-50 g deixa-a pronta para fazer face a todas as situações.

VEGA 1280-270 RAPTOR SPIN

A versatilidade é o grande destaque desta cana, adaptando-se tanto a pesca de margem como a embarcada. É resistente, fabricada em carbono de alto módulo C4, leve, pesando apenas 200 g, e fácil de transportar, medindo 2.70 m. Tem uma pega única em EVA, finalizada com um taco em cortiça, passadores Fuji Alconite e acção 15-50 g.

VEGA 1284-240 CYCLONE

Resistente e robusta, é ideal para a prática de pesca embarcada, tendo bom desempenho em mares adversos e fundos rochosos. A Cyclone 1284-240 tem corpo em carbono de alto módulo C4 traz nove passadores SiC, pega em EVA contínua e ainda um componente em cortiça à frente do carreto. Está disponível em 2.40 m, com acção 15-40 g e pesa apenas 240 g.

VEGA 1294 TWISTER

Construída para spinning de mar, a Twister é fabricada em carbono de alto módulo C4 com passadores SiC. Está disponível em 2.40 m e 2.70 m para pesca embarcada no modelo de 3.00 m para margem, com amostras mais pesadas.

VEGA 1154 AKADA BLADE

Concebida para a pesca ao achigã, a Blade destaca-se pelos acabamentos de luxo que apresenta. Com estrutura inteiriça de 6’4’’, tem corpo em carbono de alto módulo, pega em EVA anatómica, acção MH fast medium heavy 10-16 lb e a porta-carretos e passadores Fuji.

VEGA 1156 AKADA LBS

Uma proposta que dá ao pescador de achigã capacidade de resposta para todas as situações de pesca, de margem ou embarcada, quer com vinis, quer com amostras duras. Tem corpo, inteiriço, em carbono de alto módulo reforçado a kevlar, tratamento especial na pintura anti-desgaste, pega seccionada, em EVA, anel de segurança para as amostras e nove passadores em SiC. Está disponível em três configurações: 6’6’’ específico para amostras rígidas (acção Fast / Medium, de 1/4 a 5/8 oz ou 8 a 14 lb), 6’6’’ mais polivalente (rígidas e vinis, com acção Fast / Medium Heavy, de 1/4 a 3/4oz ou 8 a 15 lb) e por fim 7’, também com acção Fast Medium Heavy (de 1/4 a 1 oz ou 14 a 20 lb).

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ESPECIAL

VEGA 3257 VELOCE

Mais indicada para margem, esta topo-de-gama de dois segmentos apresenta características ergonómicas e de design que não passam despercebidas. Fabricada em carbono de alto módulo C5, inclui oito passadores SiC e pega do porta-carretos em cortiça e proporciona uma acção MH fast medium heavy 10-20 lbs. Com apenas 165 g e os seus 6’8’’ divididos por dois segmentos, a Veloce é fácil de transportar, para que a possa levar sempre consigo.

VEGA 2228 SLATER

Polivalente como poucas, a Slater adapta-se a vários contextos de pesca, afirmando-se como uma cana todo-o-terreno. O seu fabrico é simples mas incorpora o essencial: corpo em carbono de alta resistência C3, pega em EVA e passadores SiC. De fácil transporte, tem 6’ e 156 g divididos por dois segmentos e uma acção MH fast medium heavy 8-15lbs.

VEGA 1148 AKADA X-CAST VIPER

Com capacidade para se adaptar a diversos cenários de pesca, esta possante cana de casting prima pela qualidade de construção e detalhes de topo. É inteiriça, com o corpo de de 6’4’’ feito em grafite multi-camadas de alto módulo. Tem dez passadores Fuji Alconite, pega de cortiça com gatilho ergonómico, acção M fast medium 10-16 lbs, e ainda um pormenor especial no cabo: a assinatura de Jaime Sacadura, da Bass Brothers Team.

ANZOL VEGA TRIPLO

ANZOL POTENZA 7591

ANZOL POTENZA 7592

A gama de fateixas da Vega, em carteiras de cinco unidades em cor black nickel, vem em cinco tamanhos — 8, 6, 4, 2 e 1.

Em cor preta, os Potenza 7591 são anzóis O' Shaugnessy, de argola, preparados especificamente para a pesca com vinil que vêm em cinco tamanhos: nº 2 (carteira de nove), nºs 1 e 1/0 (oito unidades), nº 2/0 (carteira de sete) e, por fim, 3/0 (carteira de seis).

Com bico afiado a laser e haste prensada para facilitar a penetração nos vinis no cada vez mais popular spinning de mar, os Potenza 7592 são anzóis de tipo Octopus, de patilha e em cor preta, com quatro opções disponíveis: tamanho 1/0, em carteira de oito, 2/0 (sete) e 3/0 e 4/0 (seis unidades).

DESTORCEDORES VEGA 7167

DESTORCEDORES VEGA 7139

DESTORCEDORES VEGA 7040

DESTORCEDORES VEGA 9902

TRIANGLE W/ ITALIAN SNAP

SPLIT RING

NICE SNAP

SW SNAP

CALÇA COM ALÇA AKADA

Com design elegante, joelheiras reforçadas e um encaixe muito confortável, graças ao corte ergonómico e à composição em neopreno de 4 mm forrado a nylon, estas calças Vega são a protecção ideal contra os elementos, mesmo nos pesqueiros mais difíceis do spinning de costa. E vêm em seis tamanhos — M, L, XL, 2XL e 3XL.

BONE AKADA

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ESPECIAL SACO AKADA (TUBO)

SACO VEGA SPIRIT

Se tem canas inteiriças, conhece bem a importância de as transportar de forma segura e cómoda. Com 2.10 m de altura, 75 mm de diâme-

tro e acabamentos de qualidade, o saco rígido da Akada é a resposta adequada.

SACO AKADA NEOPRENO Garantia absoluta de segurança no transporte das suas canas de spinning, quer a caminho da pesca, quer entre pesqueiros. Este inovador saco, em neopreno grosso mas muito leve, tem tiras elásticas reforçadas e ajustáveis para facilitar o transporte

e presilha na ponta para pendurar — e a grossura vai diminuindo, ao longo dos seus 165 cm de comprimento, para acompanhar os passadores cada vez menores das canas. Nunca mais vai querer outros sacos!

SACO AKADA NYLON Provavelmente o saco de canas mais inovador de sempre na pesca com amostras. Fabrico em nylon impermeável com costura reforçada, tem duas particularidades notáveis: uma bolsa de protecção para carretos, cosida a uma das pontas e dotada de fecho em velcro, e, na ponta

oposta, uma longa tira em velcro, para que cada pescador possa ajustar o comprimento do saco à sua cana e ter a ponteira bem presa. Assim os carretos, por maiores que sejam, ficam protegidos de um modo cómodo, rápido e prático. Excelente!

SACO VEGA KRYPTON

Com fundo acolchoado e transpirável, para maior conforto, e duas tiras de prendimento à escolha (de cintura ou de ombro), o Krypton tem duas bolsas principais, para amostras ou outros objectos, e quatro compartimentos adicionais mais específicos, como garrafa de água, telemóvel, carteira, documentos, dinheiro, óculos, tabaco, etc. E há duas tiras superiores para evitar que saltem objectos mesmo quando as bolsas principais estão abertas. Leve e cheio de soluções, é uma solução excelente para a acção de pesca… e para o resto do dia.

Classe e qualidade — é o que se nota desde o primeiro contacto com os novos Mercury L e M, pensados para carretos de spinning e casting. Uma estética notável, costuras reforçadas, superfície impermeável e fecho em velcro são os destaques num saco que, quando vazio, fica na vertical ou pode dobrar-se para poupar espaço na mala.

SACOS VEGA COAST

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SACOS VEGA MERCURY PARA CARRETOS

Se gosta de transportar as suas amostras numa mala a tira-colo, dê uma espreitadela ao Coast no seu agente Vega. Muito leve, impermeável, com costuras reforçadas e tira regulável, esta proposta da Vega inclui duas bolsas frontais adicionais, mais pequenas, com tamanho para mais caixas de amostras. E tem uma estética tão interessante que, no fim da pesca, basta sacudir as areias e pode usá-lo em qualquer situação, incluindo para levar computadores, cadernos ou outros objectos.

Muito leve e denotando uma excelente qualidade de fabrico, o Spirit é um saco rígido com 162 cm de altura que consegue levar até três canas de pesca com amostras, separadas por umas práticas telas interiores, em tecido sintético, que facilitam muito a tarefa de trocar de cana a qualquer altura. Tem uma pega, de mão, e uma tira ajustável, de ombro, e um fecho zipper que corre toda a extensão do saco, facilitando o uso. Com a protecção que proporciona contra choques, quedas ou humidade, este saco é um verdadeiro descanso para quem estima as suas canas.

SACO VEGA MARS Uma estética muito agradável, que assinala de imediato o nível alto deste saco rígido, é a primeira impressão que recolhemos do contacto com o Mars. Tem duas versões, uma com 152 cm de altura e outra com 163, ambos com 11 cm de diâmetro, e inclui uma pega simples e uma tira para transporte ao ombro (ajustável e acolchoada), forro interior em tecido sintético anti-humidade e aplicações de esponja em ambas as extremidades interiores para proteger as canas. Segurança garantida, contra todos os riscos. JUNHO 2014


ESPECIAL AMOSTRAS AKADA KILLER MINNOW

AMOSTRAS AKADA ORIGINAL 140F

AMOSTRAS AKADA SLASH MINNOW 130F

T128

BM

HA17

T121

T122

CL

CLG

CLP

AF05

F125

T124

T125

GR

CBS

SC

F126

SP04-4

SP09-9

Se aprecia jerkbaits leves, eficazes, com cores realistas e provas dadas, não deixe de espreitar a gama Killer Minnow da Akada. São cinco modelos com cores diferentes, todos eles com comprimento de 95 mm e peso de 14 g, que trabalham muito bem nos primeiros 40 cm de profundidade. Pergunte por esta campeã de vendas na sua loja.

Minnow flutuante concebida para a pesca ao robalo, a Original tem 140 mm e pesa 28 g — por isso, e pelo formato do corpo e da paleta, mostra serviço quando animada na profundidade ideal, entre os 50 e os 120 cm. Além disso, as dezoito cores em que está disponível significam que, seja usada em águas claras ou turvas, há sempre um modelo que chamará a atenção do predador.

Com 18.5 g de peso distribuídos pelos seus 130 mm, as Slash Minnow, disponíveis em seis cores, foram uma das grandes estreias do catálogo da Vega em 2013. A forma e o tamanho da paleta, juntamente com o peso do corpo, foram pensados para a fazer trabalhar no primeiro meio metro de água, onde as cores brilhantes tornam impossível aos robalos não reparar nelas.

AMOSTRAS AKADA SLIM MINNOW 145F

AMOSTRAS AKADA STRONG MINNOW 115SU

AMOSTRAS AKADA BUBBLE PENCIL 80F

S701

S707

A1

G12-12

NI-06

AF01

AF05

SP04-4

SP09-9

G12-12

SB01

SP04-4 SP09-9

HA17

ME01

Mesmo com comprimento de 145 mm e peso de 20 g, as Slim são uma gama de seis cores pensada para a animação à superfície, trabalhando até aos 40 cm. As esferas no interior, em aço inox, são excelentes para lançamentos longos, produzindo sons e vibrações muito fortes aquando da recolha.

Se pesca ao robalo em fundos muito difíceis, onde precisa de lançamentos longos e de amostras que transmitam rapidamente os toques, experimente um dos modelos disponíveis da Strong. Trata-se de uma gama em seis cores que afundam até 2.5 m e são munidas de paletas longas que transmitem um movimento muito característico na recolha.

A amostra de superfície por excelência para achigã. A Bubble Pencil, disponível em quatro cores, tem 80 mm e 8 g — com um peso destes e considerando o formato do corpo, é natural que não afunde, sendo a aposta ideal para pesqueiros com muita vegetação ou obstáculos.

AMOSTRAS AKADA BUBBLE WALKER 65F

AMOSTRAS AKADA KYM CRANK 60F

AMOSTRAS AKADA DIVE CRANK 55F

F124

ME01

SJ-01

SP07-7

SP03-3

SB01

A1

CR86

S701

DK03

G12-12

Funcionando sempre à superfície, este popper de alta qualidade, munido de uma pluma que transmite ao achigã a sensação de um peixe-presa ferido, é uma das mais recentes apostas de vulto da Vega para a pesca ao achigã. Vem disponível em quatro cores, três delas hiper-realistas, e o comprimento de 65 mm, o peso de 7 g e o formato da boca fazem dela a aposta ideal para jornadas de alta eficácia. JUNHO 2014

HC02

A paleta longa e quase horizontal deste crankbait não engana: foi feito para explorar cada camada de água até aos 2 m, para localizar os achigãs em dias difíceis em que eles não estejam dispostos a vir à superfície. As seis cores, brilhantes, foram todas pensadas para reflectir a luz disponível na coluna de água. Medem 60 mm e pesam 12 g.

A1

SP04-4

DK03

SM04

G12-12

Série de crankbaits de excelente qualidade, com seis cores diferentes, todas com pinturas policromáticas. Os corpos, com 55 mm e 15.5 g cada, trabalham até ao 1.80 de profundidade, permitindo animações muito realistas graças ao formato da paleta.

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ESPECIAL

SAKURA ALPAX

Inteiramente fabricado em alumínio, tem, nos seus tamanhos maiores, provas dadas na pesca a grandes predadores, como as corvinas. Equipado com oito rolamentos japoneses, sistema de oscilação da bobine S-Curve, rebordo das bobines em titânio e drag de afinação micrométrica, tem na precisão e resistência dos seus mecanismos internos a grande mais-valia que o destaca qualitativamente dos seus concorrentes no mercado. Disponível nos tamanhos 2008, ideal para a pesca de achigã, 4008 e 5008, para bóia e spinning no mar, e 6008 e 8008, para barco fundeado, spinning pesado e jigging ligeiro a pargos, anchovas e outros predadores. É fornecida com bobine suplementar idêntica à original e punhos Ergogrip, T-grip ou Force Grip conforme o tamanho e técnica a que se destina.

SAKURA OXIO 63 CTI

Um carreto de casting com corpo em carbono e titânio, com peso de apenas 168 g e com um freio duplo (magnético de calibragem rápida e centrífugo automático), que inclui um sistema anti-enleios e força de 5 kg, parece-lhe interessante para a pesca? E se acrescentarmos que tem onze rolamentos, ratio de 6.3:1 e capacidade para 100 m de 0.26, já fica com vontade de perguntar por ele no agente Sakura mais próximo? Pergunte, que pode estar aqui a máquina ideal para as suas jornadas.

SAKURA SPORTISM SPS 962 MH

Cana para spinning de mar com 2.92 m, totalmente equipada com componentes Fuji e construída em grafite de 24 Tons. Muito fina e equilibrada tem uma capacidade de lançamento que lhe permite propulsionar facilmente amostras ou jigs até 50 g. A acção rápida e a enorme reserva de potência, proporcionam grande facilidade de animação das amostras e ferragem. Já o cabo ergonómico e cuidadosamente dimensionado proporciona grande conforto de utilização. Cana sem rival na sua gama de preços.

SAKURA SHINJIN NEO SPIN 712 LR MH

Este modelo de 2.16 m e com blank inteiriço de encaixe no cabo foi idealizado para pescas de spinning e verticais embarcadas, nomeadamente de caiaque. Esta MH com capacidade de lançamento e animação até 50 g é indicada para pescas com vinis e pequenos jigs, oferecendo uma sensibilidade de ponta muito elevada e uma reserva de potência que permite lidar com predadores poderosos como os robalos e corvinas de dimensões consideráveis. Fabricada e reforçada com carbonos Mitsubishi IM24T e IM30T, está montada com passadores Fuji K e porta-carretos IPS-KN Custom da mesma marca.

SAKURA SHINJIN NEO CAST SINC 701 MH

Fabricada em carbonos Mitsubishi de 24 e 30 Tons e equipada com componentes Fuji, com passadores K-Tangle Free em Alconite, esta cana de casting inteiriça, com 7’, é indicada para pescadores exigentes que procurem uma cana polivalente. A acção rápida MH permite lidar com amostras de 1/4 a 1 oz e fios entre 7 e 17 lb. A extrema sensibilidade e o poderoso ‘backbone’ proporcionam uma excelente detecção dos toques e ferragens potentes e seguras. O design sóbrio mas muito apelativo denuncia o cuidado e a atenção ao pormenor da sua elaboração.

SAKURA SHINJIN NEO SPIN 701 M

Semelhante à cana de casting, a Sakura propõe esta cana inteiriça de spinning de acção Medium, com 7’, que se revela muito versátil. A acção Medium Fast (3/16 a 3/4 oz, 4 a 12 lb) revela-se ideal para a animação das amostras mais utilizadas nas nossas águas, como topwaters, jerkbaits, light texas, etc.

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JUNHO 2014


ESPECIAL VINIL SAKURA L16 SHAD

POPPERS SAKURA POP’N DOG 55F/70F

S06

S01

S04

Finalmente disponível no mercado nacional, o L16 Shad é a grande aposta da Sakura para este ano. Apresenta ranhuras dorsais e ventrais para uma perfeita acomodação dos anzóis, nomeadamente os WideGape, escondendo o bico dos mesmos e evitando prisões e perda de material, não influindo com a ferragem dos peixes. Apresenta ainda um pré-corte na cabeça que permite a separação da mesma sem recurso a tesoura, para posterior utilização com os cabeçotes L16 Shad Jig Head ou similares. A densidade do vinil utilizado e a cauda Shad de dimensões generosas permitem a emissão de fortes vibrações. Disponível em 120 e 150 mm e seis cores naturais, adequa-se na perfeição à pesca de robalos, corvinas e pargos ao spinning ou jigging.

VINIL SAKURA SLIT SHAD 150/175 MM

Estes dois novos tamanhos do Slit Shad foram calibrados para a pesca de robalos, pargos e corvinas no mar e para os lúcios e grandes lúcio-percas em água doce. Com um polímero de densidade média, sem adição de sal mas impregnados com um atractivo de crustáceos, revelam-se muito resistentes permitindo a utilização de jigs ou montagens muito pesadas. A sua natação apresenta uma cauda extremamente vibratória, fruto das duas zonas de articulação integradas no seu design. Disponível em oito cores.

024 FROG

RL03 REAL LIFE PERCHE

G12 GHOST BASS

RL09 REAL LIFE BASS

025 CICADA

A gama Pop’n Dog já tinha provas dadas por essa Europa fora, mas para este ano a Sert reforçou a aposta com dez novas cores, ainda mais realistas. Estes dois tamanhos (55 mm, com 7.7 g; e 70 mm, com 9 g), parecem mesmo ter sido pensados para os achigãs portugueses, graças à facilidade com que se destacam na superfície da massa de água. Lançamentos precisos e animações muito vivas numa gama de alta eficácia.

A Sert está muito entusiasmada com o seu novo crankbait, e percebe-se porque é que lhe chama «a nova máquina de guerra». O Bomba Crank está disponível em dois tamanhos (60 mm, com 13.5 g, e 70 mm, com 20.5 g) e foi criado para ‘varrer’ rapidamente pesqueiros difíceis (profundidades até 1.20 e 1.40 m, respectivamente) à procura de toques, evitando prendimentos. O ‘wobbling’ e as vibrações que produz são muito chamativos para qualquer predador.

Com comprimentos de 100 mm (24 g) ou 135 mm (55 g), o remake deste popper de referência da Sakura promete despertar a curiosidade dos predadores de mar. O seu design, que estreita na zona do pescoço e lhe dá um funcionamento fora do comum, quando animado com força, inclui um reforço em aço inoxidável que o torna mais resistente aos grandes predadores. A gama de cores foi também revista, tendo agora placas holográficas internas que capturam a luz e iluminam o TR Pulsion. Imperdível.

POPPER SAKURA PULSION TR 100

SPINERBAITS SAKURA MONARC

Com quatro pesos (de 7 a 17.7 g), os dois primeiros com anzóis 2/0 e os dois maiores com 3/0, e seis cores disponíveis, a Monarc marca a estreia da Sakura nas gamas de spinnerbaits. E que estreia! Compactos, versáteis, fabricados em materiais de qualidade e munidos anzóis Owner e de duas lâminas, para fazer vibrações muito chamativas para predadores, os Monarc têm um funcionamento muito equilibrado logo à entrada na água — e a cabeça realista, com os célebres Sakur’eyes, é fatal.

MDW03

VINIS BIWAA SCORPITAIL MDW04

A ‘cauda de escorpião’ é uma inovação destinada a permitir ao pescador ter três acções numa única amostra — um funcionamento diferente conforme se recolha a direito, na vertical ou em jerking. Além disso, o corpo liberta odores e tem um sabor salgado, o que aumenta o tempo disponível para a ferragem. Esta amostra flutuante, com 13 mm e 5 g, faz mesmo a diferença em águas muito pescadas, naqueles dias em que ‘nada’ parece resultar. JUNHO 2014

CRANKBAITS BOMBA CRANK 60/70

MDW02

Se pensa que «o peixe já viu tudo», é porque nunca perguntou por estas amostras híbridas no seu agente Sert. O corpo, mole, está disponível em dezasseis cores e três tamanhos — 140 mm (35 g), para achigã e lúcio-perca, 180 mm (55 g), para robalo, e 200 mm (55 g), para predadores grandes de mar. Mas o destaque é a lâmina rotativa na cauda, que reflecte luz em todas as direcções. Uma amostra que parece estar mesmo a pedir pesca.

SOFTBAITS BIWAA DIVINATÖR

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ESPECIAL FLUOROCARBONO SAKURA AYA SPECTRE

SHOCK LEADER SAKURA IMPACT

Desenvolvido e produzido no Japão, este fluorocarbono híbrido apresenta características únicas, conseguidas através de um duplo processo de extrusão. Além das características principais do fluorocarbono, como a impermeabilidade, a resistência à abrasão e a invisibilidade, o Spectre recebeu um tratamento de superfície Duraspeed que lhe confere maior resistência ao nó, ponto mais fraco dos fluorocarbonos, e excelentes propriedades de maleabilidade e elasticidade, o que optimiza a sensibilidade e capacidade de lançamento, mesmo com carretos de casting. Disponível em bobines de 100 m (0.458 e 0.49) ou 150 m (0.155 a 0.395).

SACO SAKURA POSTMAN

Desenvolvido especialmente para a confecção de leaders, é constituído por resinas japonesas 100% PVDF fluorocarbono, apresentando uma elevada resistência ao nó e impermeabilidade que mantém constantes todas as suas características. A sua pouca elasticidade permite uma grande sensibilidade, optimizando as ferragens. Disponível em bobines de 30 m (0.20 a 0.50) e 20 m (0.60 a 0.80), ambas com bobinagem paralela.

MOCHILA SAKURA CHEST PACKER FRENTE

COSTAS

Nova mochila dupla da Sakura. Muito ligeira, oferece um volume de arrumação mais do que suficiente para as sessões de spinning em água doce ou no mar. Facilmente ajustável, está fabricado em polyester forrado a PVC impermeável. Possui dois grandes compartimentos atrás (33 x 25 x 15 cm) e seis frontais, divididos por duas bolsas (23 x 17 x 12 cm). Os fechos são à prova de água, garantindo uma protecção adicional aos seus equipamentos. Bolsas dianteiras

SACO SAKURA LITEBELT Este novo conceito tira-colo para o spinning apeado destina-se a substituir as tradicionais mochilas, permitindo um acesso muito rápido às suas amostras e demais acessórios. O design, especificamente estudado, permite evitar o deslizar característico para as laterais, evitando os estorvos sempre inoportunos na pesca. Incorpora um compartimento principal “full-size” (35 x 25 x 15 cm) dois outros de menores dimensões, também frontais, e um lateral mais pequeno. Fabricado em Polyester forrado a PVC.

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Saco de cintura (30 x 21 x 13 cm) fabricado em polyester forrado a poliuretano para elevada impermeabilidade, o Litebelt é constituído por uma bolsa principal, grande, uma média e uma pequena. As duas divisões maiores possuem ainda alguns bolsos interiores para melhor organização dos materiais. Principal opção dos pescadores de achigã de margem, que procuram boa capacidade de arrumação num formato cómodo e prático. JUNHO 2014


ZAGAIA

O QUE PROCURO NUMA ZAGAIA? Neste artigo, fique a saber as principais características a examinar aquando da compra de uma zagaia.

Q

uando me iniciei na pesca à zagaia, comprava todas as zagaias que me pareciam boas, ou pela cor, ou pelo formato ou simplesmente porque as achava ‘bonitas’, cometendo assim um atentado à minha carteira. Com o passar do tempo e muitas horas no mar, a experimentar vários tipos de zagaias, fui ganhando algum conhecimento e comecei a perceber o deveria procurar numa zagaia em função do pesqueiro, da espécie procurada, da deriva, etc. Assim sendo, hoje, quando vou escolher uma zagaia, recordo que devemos ter em atenção vários aspectos, entre eles o formato, a distribuição de peso e a cor.

Detalhes

Há dois tipos de zagaias: os long jigs, que são zagaias compridas e finas, e os short jigs, que são zagaias curtas e mais espalmadas. As primeiras são mais fáceis de puxar para

cima, pois oferecem menos resistência à água, ao contrário das segundas, que giram sobre si próprias e se agarram muito à água, oferecendo assim uma maior resistência. A distribuição do peso é importante principalmente quando pescamos a maiores profundidades e queremos que a nossa zagaia desça o mais rápido possível para evitarmos que se afaste muito da embarcação e pesque na vertical. Se conjugarmos a distribuição do peso na parte inferior da zagaia com um formato mais longo e esguio, temos um verdadeiro míssil para a pesca em profundidade. Outra das dúvidas que nos atormenta é a das cores a utilizar em função da luz do dia, da profundidade etc. O meu conselho é simples: experimente várias cores ao longo da jornada de pesca e tente perceber as melhores cores para as diferentes luminosidades e tons de água.

TEXTO E IMAGENS Rui Santos

ZAGAIAS A EXPERIMENTAR Fique a conhecer três gamas de zagaias com provas dadas nas águas portuguesas:

VEGA KNIFE METAL JIG

São quase quatro dezenas de modelos numa única série, com soluções para todos os estados do mar e para diferentes profundidades. Disponíveis em sete cores diferentes, têm um corpo em forma de lâmina que garante um afundamento rápido e um controlo muito preciso da acção de pesca. E vêm com nove pesos diferentes, de 80 a 400 g.

VEGA SEA METAL JIG

A gama de short jigs da Vega conta com quatro cores muito realistas, uma delas num prateado muito brilhante que tem mostrado serviço de norte a sul. É composta por oito modelos, com dois pesos, 45 ou 60 g, e é a resposta ideal para mares calmos ou para quem pretende poupar um pouco o físico sem perder eficácia.

VEGA ZERO DROPPER

Disponíveis em seis cores, as zagaias da gama Zero Dropper foram feitas para garantir ao pescador que estará sempre a trabalhar exactamente no fundo que pretende explorar, graças ao seu corpo afilado e aos pesos — as Zero começam nos 130 g e vão aos 300, passando pelos 170, 200 e 250 g. O facto de terem uma face fluorescente também as torna ideias para águas turvas ou mares muito mexidos.

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BANCO DE ENSAIO TEXTO E IMAGENS Fernando Corvelo

SALTJERK 330 E ACCORD 40

SPINNING DE NÍVEL O primeiro olhar sobre a SaltJerk 330 e o Accord 40 deixou-me bastante agradado sobre o que via nesta cana e neste carreto da Vega pensados para a pesca de predadores a partir da costa, oferecendo aos pescadores um conjunto importante de características de topo para a prática do spinning.

C

om acabamentos em encarnado, esta cana é esteticamente muito bonita e o primeiro contacto com ela deixa-nos logo a sensação de que estamos na presença de uma excelente vara que nos irá permitir pescar com qualidade e com uma performance elevada na procura dos robalos pela nossa costa fora. Com um comprimento de 3.30 m e duas secções, a Salt-Jerk é especialmente indicada para pescar a partir da praia, permitindo ultrapassar facilmente a rebentação, com a sua grande capacidade de lançamento e com a possibilidade

A estética da SaltJerk junta-se à qualidade de construção para criar uma cana muito agradável

que nos dá de poder jogar com o seu tamanho para evitar que a linha fique ‘presa’ no enrolar da onda, perdendo-se, dessa forma, o contacto com a amostra e a sensibilidade do seu trabalhar dentro de água. Tem uma grande capacidade de lançamento, quer com amostras duras, quer com os vinis que cada vez mais são utilizados no spinning de costa. Lança longe sem qualquer esforço, não sendo necessário o pescador esforçar-se demasiado em cada lançamento para colocar a sua amostra lá mais fora. Basta um pouco de técnica para aproveitar a enor-

me potencialidade desta vara em termos de lançamento… as costas agradecem! Com uma boa qualidade de construção e componentes fiáveis para aguentar as horas passadas junto ao mar, como é o caso dos passadores Fuji Alconite ou o porta-carretos de rosca, que garante uma fi-

A acção (15/50 g) permite trabalhar com vários tipos de amostra, incluindo as mais leves

xação segura do carreto, esta cana assume-se como uma opção deveras interessante para quem procura um equipamento equilibrado e perfeitamente adaptado à realidade da nossa costa e do nosso mar. A sua acção entre 15 e 50 g permite uma grande amplitude na escolha da amostra, demonstrando, ao mesmo tempo, a SaltJerk a capacidade para trabalhar bem amostras mais leves sem perder capacidade com amostras ou vinis mais pesados que agora utilizamos nas nossas jornadas de surf spinning.

O Accord 40

O Accord 40 é um carreto bem conseguido esteticamente e muito confortável de utilizar, em grande parte devido à forma da pega da manivela, que é bastante prática e semelhante à que vimos apenas em carretos de outros segmentos. A forma esférica, geralmente utilizada para a pesca mais

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BANCO DE ENSAIO pesada, é aqui utilizada e com vantagem, na minha opinião. Muito leve, este carreto vem com duas bobines em metal com capacidade para 250 m de 0.30, o que é mais do que suficiente para o spinning. O enrolamento é bastante linear e perfeito, mostrando-se bastante equilibrado no seu trabalhar,

Teste de mar

Este conjunto teve de enfrentar um dia um pouco difícil em termos de mar e vento para a prática do spinning. Numa jornada de fim de tarde na bonita praia da Légua, ao norte da Nazaré, fiz uns lançamentos procurando encontrar os robalos encostados e com vontade de entrarem nas amostras que lhes iria apresentar. Num mar com sets de ondas fortes a baterem numa praia cavada, efeito das correntes que são tão características ali, e com uma nortada moderada, os lançamentos com um vinil da Fiish montado num cabeçote de 25 g sucederam-se, deixando-me logo bastante agradado com a forma como este era ‘disparado’ da SaltJerk. As recuperações permitiam atestar da força do mar que obrigava a um trabalhar um pouco mais enérgico dos artificiais de forma a contrariar o efeito do mar e do vento, não se saindo nada mal, mais uma vez, a vara da Vega. Com uma acção semi-parabólica, a cana mostrou-se excelente quando, depois, optei

Accord 40: um enrolamento linear e perfeito, um trabalhar suave, equilibrado e sem folgas

A forma da pega da manivela é bastante prática é aqui utilizada e com vantagem

A SaltJerk é especialmente indicada para a praia,

sem folgas e com suavidade. A ratio de recuperação é de 5.5:1, o que me parece uma velocidade adequada às animações que vamos imprimir à maioria das amostras utilizadas e à pesca a partir da praia. Confesso que esta é uma velocidade de recuperação que me agrada, não sendo demasiado rápida nem muito lenta. O Accord 40 está equipado com sistema anti-re- por amostras um pouco mais trocesso e tem sete rolamentos leves para ver até onde conseque lhe conferem uma adequa- guia sentir o seu trabalhar e a capacidade da vara de transda suavidade do mecanismo. Gostei especialmente da asa de mitir ao artificial as animações cesto, do diâmetro correcto e de que lhe procurava imprimir. Vertical_Pub_AW.pdf 12/04/14 Rapidamente 02:11 percebi que tamfuncionamento muito1eficaz.

permitindo ultrapassar facilmente a rebentação, com a sua grande capacidade de lançamento e com a possibilidade de jogar com o seu tamanho para evitar que a linha fique ‘presa’ no enrolar da onda bém aqui a SaltJerk não deixava os seus créditos por mãos alheias… um mimo, esta cana! O Accord 40, como disse anteriormente, é uma excelente opção para um conjunto de spinning que se pretende leve

e eficiente, com um funcionamento suave e muito preciso. Infelizmente o peixe não apareceu e não consegui ‘sentir’ a cana a trabalhar o peixe, mas pelo que testei, penso que estamos perante uma excelente escolha.

968 729 702 RUI SANTOS

EMBARCAÇÃO MARITIMO-TURISTICA

V. N. MILFONTES (Lic. 151-2012)

APOIO:

JUNHO 2014

· PESCA NOTURNA · PESCA COM ISCO VIVO · PESCA VERTICAL COM VINIS · PESCA À ZAGAIA 19 · PESCA FUNDEADA


ACHIGÃ

CAPTURAR GRANDES EXEMPLARES...

NO PICO DO CALOR (I) Q

TEXTO E IMAGENS Jaime Sacadura www.sacadura.com

uando pensamos em pescar nos meses mais quentes do ano, podemos supor que os únicos períodos produtivos são o amanhecer e o entardecer. Sem sombra de dúvida que os achigãs costumam apresentar maior actividade no período imediatamente anterior ao nascer e ao pôr-do-sol, principalmente no que diz respeito ao número de ataques que, em certas ocasiões podem suceder-se a um ritmo frenético. A menor luminosidade dessas alturas do dia favorece a emboscada e a captura das presas, como os peixes de que o achigã se alimenta. A abundância de insectos perto da superfície da água, nesse período, favorece a deslocação dos peixes-presa a esse nível, em busca de alimentação. Este factor pode levar a um autêntico frenesim alimentar e aos excelentes resultados das amostras de superfície neste período do ano, mesmo em zonas menos profundas. Já passei por situações em que os achigãs, que se alimentavam avidamente de insectos ao final do dia, ataca-

Captura com spinnerbait

Nesta edição, Jaime Sacadura inicia uma mini-série de artigos em que explora um dos temas mais importantes nesta fase do ano.

vam tudo o que caía na água e qualquer amostra que caísse ou se movimentasse nessa camada de água revelou-se extremamente produtiva.

O calor não é inimigo do achigã

No entanto, o pescador que enfrenta a canícula pode conseguir bons exemplares, mesmo no pico do calor. A noção de que o achigã se deixa de alimentar quando a temperatura sobe demasiado não podia estar mais longe da verdade.

O metabolismo dos achigãs aumenta com o aumento da temperatura da água, pelo que o peixe tem que se alimentar frequentemente. O valor térmico ideal para metabolizar o alimento e produzir crescimento nos achigãs, ronda os 25—27º C, pelo que estes têm tendência a manter um nível alto de actividade, excepto para valores de temperatura da água muito superiores aos 30º C. Os períodos de actividade têm tendência a não ser muito alargados, mas podem existir ao longo de todo

o dia desde que surjam oportunidades de alimentação. Este factor acaba por explicar a possibilidade de capturar grandes exemplares, mesmo no período de maior calor do dia e vários pescadores já o comprovaram, pois os seus records foram capturados precisamente neste período do ano.

Temperatura elevadas — peixes profundos

As principais razões que podem obrigar os achigãs a procurar maiores profundidades

Fundo de uma zona com vegetação e coberturas


ACHIGÃ resultam da diminuição da taxa de oxigénio disponível e da redução do alimento disponível. Com águas mais quentes, a taxa de oxigénio dissolvido diminui, pelo que as presas habituais do achigã têm tendência a procurar águas mais frescas e mais oxigenadas. Em barragens de águas claras e com ausência de vegetação, pode acontecer que a maioria dos achigãs tenha tendência para procurar zonas mais profundas, acabando por seguir as presas. Nesta situação, os peixes têm tendência a procurar estruturas submersas onde se sintam confortáveis e que lhes permitam efectuar emboscadas com maior probabilidade de sucesso. Mas, mesmo a melhor estrutura submersa de uma determinada área não pode suportar achigãs, se não possuir alimento. A ausência de cardumes de peixe-presa ou de lagostins pode explicar a ausência de achigãs, mesmo dos melhores locais potenciais. Por isso, a pesca em estruturas mais fundas no Verão, pode ser extremamente frustrante. Tanto pode conduzir a uma pescaria fabulosa, como a um dia inteiro sem qualquer captura.

Na próxima edição

Não perca no nº 20 do Jornal da Pesca, em Julho, a continuação deste artigo onde Jaime Sacadura vai explicar como pescar em pouca profundidade no pico do calor, os locais a explorar e as amostras mais produtivas. Momento de uma captura com jig

Recomendações para pescar no pico do calor 1. Utilizar vestuário protector adequado e arejado. Especial atenção para a protecção de zonas sensíveis na cabeça, como as orelhas, nariz e nuca – um chapéu de abas largas é o ideal. 2. A utilização de protector solar de factor de protecção elevado é essencial para evitar queimaduras solares graves. Aplicar abundantemente nas zonas mais expostas, não esquecendo o rosto, as costas das mãos e os antebraços, que recebem a exposição mais prolongada. Em dias muito quentes procure zonas de sombra e faça algumas pausas. 3. A explosão de insectos (principalmente mosquitos) com a chegada das temperaturas elevadas é uma constante. Usar um repelente adequado, principalmente se for pescar no final da tarde, e evitar o mais possível zonas de pele expostas, nestes períodos. 4. Utilizar sempre óculos de sol certificados para proteger os olhos da radiação ultravioleta. As lentes polarizadas têm a vantagem adicional de permitir localizar visualmente os achigãs e outros elementos importantes dentro de água. 5. Transportar sempre grandes quantidades de água e consumi-la com bastante frequência. O calor excessivo e o esforço são factores que contribuem muito rapidamente para fortes desidratações. Captura com crankbait


ROTEIROS

LÚCIO-PERCAS NO FRATEL

O PREDADOR SELECTIVO Ainda há poucos anos, achávamos uma grande sorte pescar este estranho peixe, quando nos calhava por acaso, enquanto pescávamos achigãs.

TEXTO E IMAGENS Gomes Torres

A

s lúcio-percas chegaram quase sem se fazer notar, através dos rios internacionais e por cá prosperaram, à semelhança do que aconteceu pelo resto da Europa. Esse será certamente o motivo pelo qual os rios que as guiaram até nós, possuem as populações mais consolidadas e potencialmente, os maiores exemplares a nível nacional. Para quem vive no interior-centro do país, foi interessante constatar a colonização das barragens por esta espécie. Desde o troço internacional do rio Tejo, foram chegando notícias de capturas cada vez mais a jusante e cada vez de maiores dimensões. Verificamos que se adaptam a águas em movimento, estabelecendo até curiosas relações com o fluxo de água, as épocas do ano e a profundidade. Para o bem e para o mal, um dos alimentos preferidos foi chegando também: os alburnos, abletes, ‘talibãs’, o que for… O outro alimento importante já cá existia há algumas décadas, o lagostim vermelho do Louisiana, que, consoante o período do ano, pode representar a totalidade da sua dieta alimentar. Actualmente, a população está estabelecida em todas as albufeiras e afluentes do maior rio nacional e não é nada invulgar a sua captura, sendo possível direccionar o dia de pesca exclusivamente para esta espécie.

Barragem do Fratel

Esta albufeira, a primeira do rio Tejo inteiramente em água nacionais, foi a que, desde há uma década, demonstrou possuir

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O monumento geológico Portas de Ródão é o ex-libris da barragem do Fratel

mais capacidades para a rápida proliferação de lúcio-percas. Tem uma enorme população de lagostins desde há muito, facilmente denunciada pela quantidade de armadilhas dos pescadores profissionais destinadas à sua captura. Os alburnos, sem qualquer procura para a actividade comercial, prosperam e compõem o espectro de alimento disponível para que toda a espécie de predadores possa ter alimento em abundância. Não menos importante, são os areais na metade mais a montante da albufeira, importantes para a reprodução, com fluxo de água quase constante, originado pela produção de energia eléctrica da central. O facto de se tratar de uma albufeira com pouca capacidade de armazenamento determina que toda

a água que chegue de Espanha seja utilizada na produção de electricidade. Esta condição faz com que o nível sofra pequenas variações, factor determinante para o sucesso das posturas de todas as espécies piscícolas. O único senão é que a água raramente atinge temperaturas elevadas, sendo por isso difícil a reprodução com elevada taxa de sucesso para as

espécies que desovam a temperaturas mais altas, como o achigã. É vulgar, mesmo nos meses mais quentes, a temperatura da água rondar os 18 °C, atrasando as posturas, a eclosão e o crescimento dos alevins, tornando toda a geração presa fácil dos restantes predadores que mantêm a actividade em águas frias, como é o caso da lúcio-perca.

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Vinis e amostras duras de cores vivas, são obrigatórias nesta pesca

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JUNHO 2014


ISCOS ENGODOS ROTEIROS Chegar à água

Decorrente da inacessibilidade das margens, não é possível exercer a pesca apeada em grandes extensões, salvo nos pontos de acesso à água de seguida descritos. Esta albufeira possui três acessos com rampa em cimento, o que é algo raro no panorama nacional. O que se encontra mais a montante e na margem direita localiza-se em Vila Velha de Ródão, mesmo no centro da povoação, e possui um cais de embarque, embora se encontre com acesso limitado aos operadores turísticos e pescadores profissionais. Seguindo para jusante, junto à povoação de Arneiro encontra-se o segundo ponto, este já na margem esquerda do rio. O acesso é a partir da EN 18, possui rampa em cimento e cais de embarque. O terceiro ponto encontra-se na margem esquerda junto ao paredão da albufeira, com acesso a partir do IP2. O cais de embarque encontra-se estranhamente localizado umas dezenas de metros a montante, num disAnuncio_20x14.ai 1 25-02-2013 15:17:37 creto e sinuoso acesso de terra.

Pescar

O relacionamento deste peixe com o fundo é uma constante, excepto nas horas de menor luminosidade em que é possível pescá-lo a menor profundidade e mais próximo das margens. Desta forma, a nossa escolha de iscos vai fundamentalmente para os vinis montados em cabeçotes, imitando os peixes-presa ou lagostins, bem como os crankbaits, nos mesmos padrões de alimento. De um modo geral, as amostras que produzam vibração e brilho podem ter importância acrescida em determinadas condições, porque permitem uma localização mais fácil por parte do predador. Nas amostras duras, cores mais visíveis como os laranjas, brancos, ou verde-alface, são normalmente cores que despertam o ataque das lúcio-percas. Também as cores que pretendem imitar lagostins e alburnos, são iscos de primeira escolha. A lúcio-perca é um peixe que vive em cardumes de indivíduos de tamanhos semelhantes. Os maiores exemplares tendem a ser solitários, excepto no período da

Um excelente exemplar, pescado com isco de vinil

desova, em que se concentram nos locais propícios à reprodução. Desta forma, depois de capturado um exemplar é sempre boa opção insistir no mesmo local. No entanto, devemos também ter em conta que estamos em presença de uma espécie extremamente selectiva no alimento e muito menos agressiva que o achigã, sendo frequente a identificação dos cardumes na sonda do barco, sem que consigamos um único ataque, o que torna a sua pesca um desafio acrescido, quando pescada com iscos artificiais. Daí que a insistência seja muitas vezes a palavra-chave, constatando-se frequentemente surtos de actividade simultânea

das lúcio-percas, o que acaba por nos fazer esquecer rapidamente o período de inactividade. Sem margem para dúvida, o estímulo maior na pesca deste peixe prende-se com conseguir os ataques, ou provocar a actividade dum cardume, quando este se encontra num estado inactivo. A pesca de predadores com iscos artificiais tem características próprias de cada espécie e o pescador mais completo será aquele que consegue perceber as diferenças de comportamento entre espécies, tirando partido dessa sensibilidade. Cada espécie adopta comportamentos específicos, tornando cada uma delas um desafio diferente.

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