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achigã
Canas de Casting
para o pescador
Achigã
de
A selecção do material de casting coloca sempre algumas dificuldades ao pescador de achigã. A menor familiaridade com este tipo de material, por parte do pescador com menos experiência dificulta a escolha da cana adequada para cada tipo de tarefa, seja ela pescar com spinnerbait pesado, com um jig ou com um jerkbait.
Texto e imagens: Jaime Sacadura um flipping a uma distância adequada deve possuir um maior comprimento que uma cana normal. Neste tipo de técnica utiliza-se uma cana com pelo menos 7 pés (2,13 cm) e o normal é utilizar uma cana ainda mais longa para permitir lançamentos mais compridos. No entanto, para um pescador de mais baixa estatura, com braços mais pequenos, manusear uma cana tão comprida pode revelar-se ineficaz, pelo que alguns pescadores preferem utilizar canas que não ultrapassem os 2,15 m, mesmo para o flipping. Assim, para um pescador de baixa estatura, as canas mais utilizadas para utilização genérica são as de 1,80 m, reservando as mais compridas até 2,15 m para utilizações mais especializadas como a pesca com crankbaits, onde os lançamentos longos a duas mãos são quase obrigatórios, ou para situações de pesca em obstáculos com lançamentos mais curtos e precisos.
P
escar com uma cana com a acção adequada para cada tipo de técnica ou grupo de amostras é crucial para se obterem bons resultados. Para o pescador de achigã mais experimentado, o material de spinning fica, normalmente, reservado para pescar com linhas mais finas e amostras mais leves. A opção pelo material de casting tem várias vantagens. A cana de casting torna-se um prolongamento do braço de forma muito mais natural do que com o material de spinning. Mais difícil de utilizar, à partida, torna-se o equipamento preferido à medida que se ganha experiência. Quais são, então, os aspectos principais a analisar quando pretendemos seleccionar uma cana de casting que se ajuste às nossas necessidades?
Materiais utilizados e Acção da cana
A acção de uma cana deve ser escolhida em função da técnica, do peso e tipo de amostra e do diâmetro da linha a utilizar. Na maioria das situações, no caso das canas de casting, a acção preferida está compreendida entre a Média (Medium-M) e a Pesada (Hard-H). Já as acções de ponteira
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variam entre as Lentas ou Regulares, mais parabólicas (Slow ou Regular tip), como nas canas específicas de crankbait, que são construídas, geralmente, com uma mistura de fibra de vidro e fibra de carbono e as Rápidas ou Extra-Rápidas (Fast ou Extra Fast tip), como as canas para técnicas de fundo (estas construídas totalmente em fibra de carbono para maior sensibilidade). Raramente se utilizam canas de casting de acção Média Ligeira (Medium Light-ML) sendo preferível, neste caso, utilizar material de spinning. Existem, no entanto, excepções, como quando é necessário utilizar amostras muito leves, como acontece com os crankbaits mais pequenos, em que a utilização do material de casting apresenta algumas vantagens, permitindo lançar e trabalhar eficazmente amostras mais pequenas. Se enfrentarmos uma situação de pesca em que é necessário utilizar um Jig – por exemplo, uma zona com muitos obstáculos em que as prisões de uma amostra sem anti-erva seriam frequentes – a nossa escolha deverá recair sobre uma cana robusta, com potência suficiente para ferrar um bom exemplar no interior de vegetação cerrada e capaz de fazer o anzol do Jig passar o anti-erva conseguindo cravar-se nas cartilagens mais rígidas do achigã. Além disso,
Jornal da Pesca > Janeiro 2010
a cana deve ser capaz de contrariar a tendência do peixe para se refugiar no interior mais denso da vegetação. Assim, nesta situação, utiliza-se habitualmente uma cana de flipping de acção Pesada (Hard). As preferidas são as que possuem, além das características indicadas, uma acção de ponteira rápida (Fast Tip), suficientemente flexível para poder assegurar o lançamento mais eficaz em cada situação, que pode alternar entre o flipping e o pitching. Não esquecer que a classificação da acção das canas pode variar
de fabricante para fabricante e, consequentemente, a escolha por parte do pescador deve, também, ter em linha de conta, o diâmetro/resistência da linha e do peso da amostra que a cana foi concebida para utilizar. Tamanho da cana – em função da técnica e da altura do pescador Neste ponto, devemos seleccionar o tamanho da cana em função da técnica a utilizar, sem esquecer a sua adequação à compleição física do pescador, nomeadamente, a sua altura. No exemplo anterior, uma cana que permita
A cana
Porta-carretos e punho
Outro ponto a analisar numa cana de casting é o porta-carretos. Deve ser analisada a qualidade da base e a facilidade de fixação e remoção do carreto. A configuração desta área tem uma importância crucial pois, além de servir para a fixação estável do carreto é o ponto de interface entre a mão do pescador e o núcleo central da cana (também conhecido por “blank” da cana), ou seja, permite a
Akada HMC revela detalhes de elevada qualidade nos seus acabamentos.
Jaime Sacadura
em acção de pesca com a nova Akada a mostrar-se à altura das exigências.
transmissão de todas as vibrações que a cana recebe para a mão do pescador. Assegura que o pescador sente as vibrações da amostra, todas as irregularidades do fundo e os toques do peixe. Alguns designs desta zona expõem o blank para que os dedos do pescador tenham um contacto directo com ele, aumentando, assim, a sensibilidade. Quanto ao punho, embora a cortiça seja um dos materiais mais utilizados dadas as suas excelentes propriedades, já é habitual vermos canas, até mesmo canas de topo de gama, com punhos em materiais sintéticos, como espumas de alta densidade, que acabamos por utilizar com agrado. O tamanho do punho deve estar de acordo com as técnicas a utilizar,
sendo os punhos maiores reservados para canas de maior potência, em que o apoio completo para o antebraço é fundamental, quer em acção de pesca, quer na ferragem.
Passadores
Neste ponto, as alternativas entre os materiais utilizados têm, como objectivo final obter uma superfície simultaneamente rígida e suave para servir de guia à linha. Os materiais mais recentes - Alconite, Zirconite, SIC, com estruturas de apoio em aço inoxidável ou titânio nos modelos mais caros - permitem obter maior resistência à abrasão das linhas e maior leveza do conjunto e, idealmente devem ser resistentes aos choques. Na maioria
Ficha Técnica As canas utilizadas neste teste correspondem à linha HMC da AKADA que propõe 3 canas em fibra de carbono entre o 1,80m e os 2,13m (6’6’’ a 7’’ pés) e com acções entre o Médio (Medium-M) e o Pesado (Hard-H).
dos casos, a qualidade destes componentes tem vindo a subir, mesmo nos modelos mais baratos. O número de passadores é variável – de 6 a 8 nas canas de spinning e de 8 a 10 nas de casting – sendo preferíveis as que possuem os valores mais elevados pois permitem uma condução da linha mais eficiente e menores hipóteses de esta contactar com o blank, em acção de pesca.
Qualidade geral de construção da cana/Relação qualidade/preço
Por último, resta analisar a quali-
dade geral de construção da cana, o equilíbrio da cana e o seu peso, a qualidade dos materiais utilizados, e compará-lo com o preço pedido. Existem gamas de preços para todos os consumidores e em função dos parâmetros analisados, podemos chegar a uma conclusão no que respeita à relação entre a qualidade da cana e o seu preço. Em acção de pesca, todos os modelos revelaram um índice de conforto muito aceitável, com acções agradáveis e de acordo com as indicações de fábrica. A utilização de grafite de alta densidade (Hi-modulus
Modelo: AKADA HMC Material: Fibra de carbono (Hi-modulus SHM nanocarbon) Dimensão: 6’6’’ – 1,98m; 7’’ – 2,13 m Peso: modelos 6’6’’ – 132 gramas; modelo 7’ – 148 gramas Modelos e acção: 0130-66M – acção Média (Medium); 0130-66MH – acção Média Pesada (Medium Heavy); 0130-7H – acção Pesada (Hard) Peso amostra (recomendado): 66M –1/4-5/8 oz (7 a 17 gramas); 66MH – 3/16-5/8 oz (5 a 17 gramas); 7H – 5/16-3/4 oz (9 a 21 gramas) Resistência do nylon (recomendado): 66M – 8-14 lb (3,6 a 6,4 kg); 66MH – 12-16 lb (5,4 a 6,5 kg); 7H – (6,5 a 9 kg) Ponteira: modelos 6’6’’- Extra-Fast; modelo 7’ – Fast Passadores: 10 passadores em todos os modelos (Fuji Alconite)
SMH nanocarbon) dá origem a canas muito leves que associadas ao carreto se revelam muito equilibradas e fáceis de utilizar. A rápida acção de ponteira permite projectar amostras leves sem esforço e permite lançamentos com elevada precisão. O elevado número de passadores (Fuji Alconite) e o seu posicionamento, permitem uma boa condução do fio e aumentam a distância dos lançamentos, assegurando ainda que a distribuição das cargas é homogénea em todo o blank da cana, quer no momento da ferragem, quer na luta com o peixe. O suporte de carreto é bastante funcional, estando a rosca integrada na pega de espuma superior para maior comodidade do utilizador na colocação e remoção do carreto. Nesta zona, a estrutura interna da cana está em contacto directo com a mão do pescador o que ajuda a aumentar a sensibilidade aos toques. A espuma de alta densidade utilizada nas pegas é confortável e não escorrega com a utilização, mesmo com tempo húmido. O modelo 66M possui a acção mais maleável da gama e adapta-se bem a cana “todoo-terreno” para quem só possui uma cana de casting, funcionado bem com quase todas as técnicas e amostras de peso intermédio (spinnerbaits, jerkbaits, amostras de superfície, empate Texas, etc). Para situações e técnicas/ amostras em que o peso a utilizar está mais perto do limite superior da cana ou quando se pesca em águas com exemplares de peso um pouco mais elevado, o modelo 66MH é o mais indicado. O modelo 7H funciona bem como substituto de uma cana de flipping para pescar com jigs ou Texas pesado em zonas com grandes exemplares e muitos obstáculos e, em alternativa, funciona adequadamente como cana para swimbaits de peso médio ou empates Carolina dada a sua dimensão. jP
O punho
e o porta carretos da Akada HMC revelaram-se bastante confortáveis.
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