BANCO ENSÁIO
TEXTO António Frade e Paulo Soares IMAGENS Redação
FRENETIKA
VAI SER MOTIVO DE INVEJA!!! S empre que pensamos em adquirir uma nova cana sem a podermos testar antes, somos assaltados por algumas dúvidas relativas aos materiais e características que a compõem e se essas mesmas características são as que efectivamente procuramos. Quando essa cana é para a pesca à bóia no mar, as dúvidas podem ser ainda maiores e umas simples “sacudidelas” á porta da loja não serão, regra geral, suficientes para que fiquemos inteiramente elucidados em relação às suas características dinâmicas. Já em relação aos materiais que a compõem e que lhe dão a “alma”, nomeadamente o tipo de carbono utilizado, geralmente encontram-se inscritos na própria cana juntamente com outra informação como o peso, comprimento, capacidade de lançamento, etc. Esta informação permite adivinhar o “nível” da cana mas não é totalmente esclarecedor, pelo que se tivermos acesso a uma descrição mais pormenorizada de todas estas características da cana, estaremos menos sujeitos ao erro na selecção do produto que procuramos. Serve esta introdução para apresentar um novo topo de gama da Vega para a pesca à bóia, a Frenetika. O objectivo principal da marca na concepção da Frenetika foi aproximar-se o mais possível do “ideal” para esta disciplina: peso reduzido, equilíbrio, conforto de utilização, resistência elevada, capacidade e rapidez de ferragem…fácil de conseguir em separado mas extremamente difícil de conjugar na mesma cana. Assim a Vega não poupou nas
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matérias-primas, utilizando tela de carbono de alto módulo que associada a um inovador composto de resinas de ligação e ao processo de fabrico e tecnologia Nanoflex, permite maior rigidez e resistência com a mesma quantidade de material. Também o conceito de construção foge ao estabelecido sistema de 1 secção/1 metro. A cana de 6,0m tem 7 secções, e a de 7,0m tem 8 secções. Esta opção empresta ainda maior rigidez e velocidade de resposta ao blank. A Frenetika tem uma capacidade de lançamento até 80g e uma acção de ponteira muito rápida que permite ferragens imediatas e eficientes. É uma cana muito equilibrada, dando a sensação de ser ainda mais leve do que é. Note-se que pesa somente 350g aos 6,0m e 440g aos 7,0m. Sendo uma cana muito ligeira na mão, revela-se bastante potente o que é evidente na forma como lidou e içou alguns sargos superiores a quilo. A montagem de passadores da marca Fuji é mais um argumento de peso da Frenetika, todos conhecemos a qualidade que esta marca japonesa de componentes, coloca nos seus produtos. A zona do punho tem um acabamento acetinado,
que além de muito agradável ao toque, permite uma “pega” muito segura. A Frenetika surpreende pela sua versatilidade que permite a utilização de fios muito finos e bóias muito leves, ao mesmo tempo que tem potência para pescas mais pesadas como as com bóias de pião, usual mais a sul, ou como as com pilados e bóias de correr de 35g ou 40g, como a que se pratica na figueira da foz. É TOP no nosso mercado. Neste Banco de ensaio, tivemos também oportunidade de “contactar” com um novo carreto da Vega, o Triton 50. É um carreto visualmente muito apelativo, com uma pega muito cómoda em Eva de dimensão generosa e que se revelou muito fluido no funcionamento. Gostámos particularmente do drag de afinação micrométrica, muito progressivo. Tem um design moderno, com o corpo de dimensão reduzida e rotor e bobine larga o que facilita os lançamentos. O “pé” do carreto é bastante resistente, não apresentando deformações quando sujeito a esforços e stress. Tem 9 rolamentos, 5.2:1 de recuperação, bobine suplente em alumínio e está também disponível no tamanho 30.
A Frenetika revelou-se uma ''matadora''.
Triton 50, robusto e equilibrado.
Alguns sargos kileiros içados sem dificuldade.
PRIMAVERA
2º TRIMESTRE
2013