A MODA DOS ANOS 20 A moda na década de 1920, aconteceu durante e logo após a Primeira Guerra Mundial (conhecido como “entre guerras”), quando a Europa e a América introduziram o que seria chamado de “mundo moderno”. As mulheres entraram na década de 20 com corpos ampulheta e saíram com a silhueta que lembrava um tapete enrolado.
ARTISTICAS E CULTURAIS No Brasil, na década de 20 ficou marcada pela semana da Arte Moderna, em 1922. O objetivo da semana era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade de São Paulo demonstrando o que havia na época em escultura, arquitetura, música, pintura e literatura. Mas não foi só a arte que trouxe a modernidade para o Brasil, pois aconteceu a transferência da capital federal para o Rio de Janeiro, personalidades da época reivindicavam mudanças na cidade, nas construções para ter uma imagem de acordo com os novos tempos e as reformas seguiriam formas parisienses.
ARTISTICAS E CULTURAIS Com estas mudanças, os hábitos sociais foram reestruturados, foi dado importância ao consumo. Mudanças estas, ocasionadas também pelo pós-guerra e pelas novas tecnologias que iam se espalhando entre alguns grupos sociais.
ARTISTICAS E CULTURAIS A mulher desta época tem novos hábitos, comportamentos e maneiras influenciados pela mudança do período. Ela inclusive, começa a surgir no mercado de trabalho, dá passeios de bicicleta, conduz automóvel, joga tênis. Surge uma mulher culta com estudos universitários. As mulheres que aparecem na Revista Fom-Fom (revista que circulou entre 13 de abril de 1907 a 28 de dezembro de 1945) são aquelas que praticam esportes, que são vistas pela avenida da cidade, que vão aos bailes elegantes e que participam ativamente da vida social, percebe-se uma revista voltada para o público de elite.
ARTISTICAS E CULTURAIS As chamadas “melindrosas” iam à praia de maiô inteiriço, fumavam em público, dirigiam seu próprio carro e falavam sobre sexo. O charleston, dança vibrante com movimentos rápidos de pernas e braços contagiou as jovens. Em festas e reuniões da alta sociedade e do meio intelectual, casais homoafetivos sentiram-se livres para se mostrarem.
ARTISTICAS E CULTURAIS Na arquitetura o que dominou foi a Art déco, numa mistura de formas geométricas, tons perolados, dourados, bronze e ilustrações abstratas tudo inspirado no movimento artistístico do modernismo.
ARTISTICAS E CULTURAIS Novos ritmos surgiram tais como o Jazz e o Blues. Os bailes eram embalados por danças como o charleston, o foxtrot, o tango, a rumba e o swing. O Teatro musical teve grande evolução e a Broadway atingiu o estopim.
ESTILISTAS DA eÉPOCA Os anos 20, como já citado anteriormente, foram marcados por muitas revoluções e no mundo da moda não seria diferente. Além dos filmes de Hollywood e seus astros, os quais eram muito copiados, especialmente pelas mulheres, no seu jeito de se vestir e nos seus trejeitos, muitos estilistas revolucionaram a moda. Em 1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres, um verdadeiro escândalo aos mais conservadores.
ESTILISTAS DA eÉPOCA A década de 20 foi da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Jean Patou, estilista francês que se destacou na linha "sportswear", criou coleções inteiras para a estrela do tênis Suzanne Lenglen, que as usava dentro e fora das quadras. Suas roupas de banho também revolucionaram a moda praia.
MODA MASCULINA Na moda masculina houve dois períodos distintos. No começo da década, os homens usavam terno curto, casaco e os fraques eram usados em ocasiões formais. A moda foi influenciada pelos uniformes militares da primeira guerra, como as calças retas, estreitas e curtas mostrando as meias. Em 1925, calças mais amplas entraram na moda, os paletós voltaram a ter cintura no lugar e as lapelas se tornaram maiores. O homem da década de 20 abandonou as roupas excessivamente formais em troca de peças mais esportivas. As camisas do traje a rigor tinham punhos independentes de linho engomado, com abotoaduras de couro ou madrepérola. Sobre a camisa: peitilho de linho engomado.
MODA MASCULINA
MODA MASCULINA Para a noite o smoking garantia o ar esnobe e discreto em tons de azul ou cinza escuro, meias e gravata combinando e um lenço branco no bolso esquerdo do paletó. Os homens andavam sempre bem barbeados, com cabelos curtos e penteados para trás. Bigodes curtos e rigorosamente aparados. Botinas, gravatas coloridas chapéus arredondados. Os cidadãos de classe alta geralmente usam cartola, os de classe média ou usavam fedora ou um chapéu de feltro e o chapéu de palha era popular no verão, os homens da classe trabalhadora usavam um boné “newsboy” ou nenhum chapéu.
MODA MASCULINA
MODA FEMININA As mulheres se encontravam encontravam livres dos espartilhos, e da silhueta que fez parte silhueta em em “S” que de suas suas vidas vidasaté atéoofinal finaldo doséculo século19. A 19. induA inmentária da da década de 20 umauma silhuedumentária década de trazia 20 trazia silta tubular. A cintura do vestido ou ooucós da hueta tubular. A cintura do vestido o cós saia ficava logo acima dosdos quadris, onde o da saia ficava logo acima quadris, onde corpo dada mulher ainda é largo, escondendo o corpo mulher ainda é largo, esconden-a cintura verdadeira, e o busto eranão saliendo a cintura verdadeira, e o não busto era tado, pelo contrário, era escondido. Os vestisalientado, pelo contrário, era escondido. dos curtos, leves e elegantes, maioria ema Os vestidos curtos, leves e aelegantes, seda, costas easoscostas braços maioriadeixavam em seda,asdeixavam e osà mostra. tecidos tule eo otule crêpe braços à Já mostra. Já como tecidoso como eo georgette eram eram bordados comcom pérolas, crêpe georgette bordados péromiçangas, canutilhos. Acrescentava-se a ves-a las, miçangas, canutilhos. Acrescentava-se tidos ou ou saias vestidos saiasmuito muitocurtas, curtas, uma uma cauda, panos panos esvoaçantes esvoaçantesou oufranjas. franjas.
MODA FEMININA
MODA FEMININA Depois do uso dos "achatadores", começou-se a usar o sutiã. Por volta de 1925, este possuía alça ajustável na frente e uma tira de tecido, geralmente elástica, dividida no meio. Usava-se também uma nova roupa de baixo: a combinação. As meias vinham em tons beges, que indicava as pernas de fora. Os chapéus em estilo “cloche” eram enterrados até os olhos. Os turbantes também tinham o seu espaço. Com as plumas de avestruz, muito usadas nos music-halls (teatros
MODA FEMININA de revista), realizavam-se extravagantes adornos multicoloridos, inclusive os grandes leques com varetas de tartaruga que acompanhavam os elaborados vestidos de noite. Colar de pérola era usado longo, com um nó ou dando várias voltas ao redor do pescoço. No inverno usava-se mantôs com gola e punhos ornados com pele.
CORTES DE CABELO Com a revolução na sociedade e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, o cotidiano desta exigia mais praticidade pra arrumar os cabelos, então eles deixaram de ser longos, estilo Rapunzel, para curtos, chamados na época de “La garçonne”. Além dos chapéus e turbantes, já citados anteriormente, se usavam faixas no cabelo, as quais ajudavam com que a franja ficasse pesando na frente do rosto.
MAQUIAGEM A maquiagem, também era um sinal da nova liberdade feminina, a boca em cor carmim era então pintada em forma do arco do cupido, ou, em formato de um coração. As sobrancelhas eram tiradas e delineadas á lápis e os olhos eram bem marcados. A pele em uma tonalidade branca, fazia contrastar com as cores fortes da maquiagem. As máscaras para cílios eram bem diferentes do que estamos acostumados, poies elas vinham na forma de um bloco sólido ao qual se adicionava água e passava nos cílios com uma escovinha.
unhas Entre as décadas de 20 e 30, com o “boom” da tecnologia em pinturas de carros, algo semelhante era usado pelas mulheres, como um verniz, e logo depois foi introduzido ao mercado um produto mais adequado e voltado para a estética feminina. Dessa mesma época vem também o uso da half moon nail ou a famosa unha meia-lua, tão famosa no universo retrô, mas não exatamente como usamos e conhecemos hoje. A half moon nail consistia em deixar a meia-lua branca da unha (na raiz) sem a cor, e as pontas também, sendo usada apenas no meio da unha. Há relatos de que nos primórdios começou a se usar dessa forma por medo de que a tintura usada danificasse as unhas, ou algo do tipo, de acordo com a crendice popular.
unhas
SAPATOS MODA FEMININA Nos anos 20, se as encontravam saias ficavam mais As mulheres livrescurtas, dos es-e os sapatoseganhavam e detalhes. partilhos, da silhuetamais em cores “S” que fez parte Sapatos com até fivelas, de suas vidas o finalno do estilo séculoque 19. Ahoje inchamamos Jane, eram os mais dumentáriade Mary da década de 20 trazia uma posilpulares. Para dançar nasdo grandiosas festas a hueta tubular. A cintura vestido ou o cós la maioria das mulheres daGatsby, a saia ficavaopção logo da acima dos quadris, onde eram sapatos de salto médio, queescondenao longo o corpo da mulher ainda é largo, da ricos como do adécada cinturaganharam verdadeira, e odetalhes, busto não era pedrarias, ficaram com oera bicoescondido. cada vez salientado,epelo contrário, mais redondo.curtos, O sapato ficava firme no pé,a Os vestidos leves e elegantes, assim moçasdeixavam poderiam dançare os o maioria as em seda, as costas charleston durante com muito conforbraços à mostra. Jáhoras tecidos como o tule eo to. A georgette vida social eram não se resumia com a festas, crêpe bordados péro-e havia sapatos diferenciados para a prática dea las, miçangas, canutilhos. Acrescentava-se esporte, quemuito o tênis era um passatemvestidos sendo ou saias curtas, uma cauda, po muito popular naou época. panos esvoaçantes franjas.
SAPATOS Sapatos bicolores com solas grossas de borracha e também sapatos com cadarço eram os preferidos entre os esportistas. Os primeiros modelos de tênis famosos, como Keds e All Star, surgiram em 1916 e 1917, respectivamente, e ganharam espaço na década seguinte.
REFEReNCIAS MODA FEMININA ALMEIDA JUNIOR, 1923b, p. 17-18 As mulheres se encontravam livres dos es- LIMA, 1999; TAKASU, 2000; LORIMER, 2001 partilhos, e da silhueta em “S” que fez Interparte - http://www.scielo.br/scielo (Revista Brasileira de Política nacional - SciELO) de suas vidas até o final do século 19. A in- http://www.prof2000.pt/users/imgp/isabel%20pires/mulher.htm dumentária da década de 20 trazia uma sil- http://www.revistacontemporaneos.com.br/n2/pdf/resenhafonfon.pdf hueta tubular. A cintura do vestido ou o cós - http://almanaque.folha.uol.com.br/anos20.htm da saia ficava logo acima dos quadris, onde - fonte: http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/decada-de-1920-os-anos-loucos/ o corpo da mulher ainda é largo, esconden-http://decennie1920.tumblr.com/post/24746345772/contexdo a cintura verdadeira, e o busto não era to-hist%C3%B3rico-art%C3%ADstico-e-design-da-d%C3%A9cada https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo salientado, pelo contrário, era escondido. https://pt.wikipedia.org/wiki/Modernismo_no_Brasil Os vestidos curtos, leves e elegantes, a https://www.hometeka.com.br/inspire-se/os-anos-20-tudo-sobre-a-arquitetura-e-o-design-da-epoca/ maioria em seda, deixavam as costas e os http://aevolucaodeumsec.blogspot.com.br/2010/05/anos-20.html braços à mostra. Já tecidos como o tule e o http://tudehistoria.blogspot.com.br/2011/04/cinema-na-decada-de-20.html crêpe georgette eram bordados com pérohttp://historian.blogs.sapo.pt/7405.html las, miçangas, canutilhos. Acrescentava-se a http://conhecerahistoria12.blogspot.com.br/2011/11/o-inicio-e-o-fim-dos-loucos-anos-20.h vestidos ou saias muito curtas, uma cauda,
panos esvoaçantes ou franjas.
equipe MODA FEMININA Juliana de Couto Gomes As mulheres se encontravam livres dos esValentin partilhos, e daCamila silhueta em “S” que fez parte Alana Sokolowskei de suas vidas atéToller o final do século 19. A inAndreia Mara Brolezzi Brasil uma sildumentária da década de 20 trazia Pamela MoraesdoOthmar hueta tubular. A cintura vestido ou o cós Jessica Brasil Skroch da saia ficava logo acima dos quadris, onde Berezoski Santos o corpo Joanita da mulher ainda édos largo, escondenOdeteverdadeira, Prasnievski de do a cintura e oQuadros busto não era Sheila Marize Toledo era Pereira salientado, pelo contrário, escondido. Os vestidos Claudia curtos, Marcatto leves e elegantes, a maioria Andriely em seda,Aparecida deixavamdeasPaula costas e os VanusaJáCarara dacomo Silva o tule e o braços à mostra. tecidos Pedro Reinaldo Pereira com pérocrêpe georgette eram bordados Franchini las, miçangas,Tatiane canutilhos. Acrescentava-se a Isabel Guelmann vestidos ou saias muito curtas, uma cauda, panos esvoaçantes ou franjas.
equipe MODA FEMININA As mulheres se encontravam livres dos espartilhos, e da silhueta em “S” que fez parte de suas vidas até o final do século 19. A indumentária da década de 20 trazia uma silhueta tubular. A cintura do vestido ou o cós da saia ficava logo acima dos quadris, onde o corpo da mulher ainda é largo, escondendo a cintura verdadeira, e o busto não era salientado, pelo contrário, era escondido. Os vestidos curtos, leves e elegantes, a maioria em seda, deixavam as costas e os braços à mostra. Já tecidos como o tule e o crêpe georgette eram bordados com pérolas, miçangas, canutilhos. Acrescentava-se a vestidos ou saias muito curtas, uma cauda, panos esvoaçantes ou franjas.